LONA 423- 25/08/2008

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Curitiba, segunda-feira, 25 de agosto de 2008 | Ano IX | nº 423| [email protected]| Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo | DIÁRIO d o B R A S I L Leitores de Paulo Leminski festejam a obra do escritor Página 8 Luana Marques Medeiros/LONA ENSAIO ENSAIO ENSAIO ENSAIO ENSAIO Muitas vezes as pessoas deixam de escalar pela distância da maioria dos lugares onde a natureza disponibiliza relevos propícios para a prática. Para atrair adeptos, as academi- as adaptam às suas estruras, téc- nicas de escalada dentro de sa- las de aula. Cada instituição de ensino terá equipes de cinco estudantes. Um sorteio feito pelos organiza- dores do programa definirá duas equipes por semana que produ- zirão matérias de TV. Alunos de Jornalismo participam de projeto com canal de televisão Página 3 Um dos assuntos debatidos foi o desvio de verbas de al- gumas organizações não go- vernamentais, que inclusive é objeto de investigação da CPI das ongs. Simpósio discute corrupção em ongs Página 3 Rhuana Ramos/LONA Fundado em 16 de dezembro de 1939, o Cine Luz foi destruí- do por um incêndio. Reconstruí- do anos depois, é hoje uma das raras opções de salas de exibição fora dos shopping centers. Página 7 Cine Luz atrai fãs de filmes não comerciais Confira a seção de classificados do LONA Página 7 O mês de agosto é marcado por diversas tragédias na his- tória mundial e é chamado de mês do “cachorro-louco”. Deno- minado da mesma forma, Pau- lo Leminski, que fazia aniver- sário no dia 24 de agosto, ainda é lembrado por muitos artistas e especialmente seus fãs, que se renovam a cada geração. Autodidata, Leminski fez história na provinciana Curiti- ba, com diversas parcerias e com uma poesia fora do comum. Vinte anos depois de sua mor- te, o autor é apontado pela in- fluência que exerceu na inova- ção dos conceitos e percepções da capital paranaense. Páginas 4, 5 e 6

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JORNAL- LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, segunda-feira, 25 de agosto de 2008 | Ano IX | nº 423| [email protected]|Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo |

DIÁRIO

do

BRASIL

Leitores de Paulo Leminskifestejam a obra do escritor

Página 8

Luana Marques Medeiros/LONA

ENSAIOENSAIOENSAIOENSAIOENSAIO Muitas vezes aspessoas deixam de escalar peladistância da maioria dos lugaresonde a natureza disponibilizarelevos propícios para a prática.

Para atrair adeptos, as academi-as adaptam às suas estruras, téc-nicas de escalada dentro de sa-las de aula.

Cada instituição de ensinoterá equipes de cinco estudantes.Um sorteio feito pelos organiza-dores do programa definirá duasequipes por semana que produ-zirão matérias de TV.

Alunos de Jornalismoparticipam de projetocom canal de televisão

Página 3

Um dos assuntos debatidosfoi o desvio de verbas de al-gumas organizações não go-vernamentais, que inclusiveé objeto de investigação daCPI das ongs.

Simpósio discute corrupção em ongs

Página 3

Rhuana Ramos/LONA

Fundado em 16 de dezembrode 1939, o Cine Luz foi destruí-do por um incêndio. Reconstruí-do anos depois, é hoje uma dasraras opções de salas de exibiçãofora dos shopping centers.

Página 7

Cine Luz atrai fãs defilmes não comerciais

Confira a seção declassificados do LONA

Página 7

O mês de agosto é marcadopor diversas tragédias na his-tória mundial e é chamado demês do “cachorro-louco”. Deno-minado da mesma forma, Pau-lo Leminski, que fazia aniver-sário no dia 24 de agosto, aindaé lembrado por muitos artistase especialmente seus fãs, que serenovam a cada geração.

Autodidata, Leminski fezhistória na provinciana Curiti-ba, com diversas parcerias ecom uma poesia fora do comum.Vinte anos depois de sua mor-te, o autor é apontado pela in-fluência que exerceu na inova-ção dos conceitos e percepçõesda capital paranaense.

Páginas 4, 5 e 6

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Marcos Paulo de Assis

Artista: The Stone RosesÁlbum - The Stone RosesLançamento -1989

O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalismo daUniversidade Positivo – UP

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR - CEP 81280-330. Fone (41) 3317-3000

“Formar jornalistas com abrangentes conhecimentos ge-rais e humanísticos, capacitação técnica, espírito criativo eempreendedor, sólidos princípios éticos e responsabilidade so-cial que contribuam com seu trabalho para o enriquecimentocultural, social, político e econômico da sociedade”.

Missão do curso de Jornalismo

Expediente

Reitor:Reitor:Reitor:Reitor:Reitor: Oriovisto Guima-rães. VVVVVice-Reitor:ice-Reitor:ice-Reitor:ice-Reitor:ice-Reitor: JoséPio Martins. Pró-ReitorPró-ReitorPró-ReitorPró-ReitorPró-ReitorAdministrat ivo :Administrat ivo :Administrat ivo :Administrat ivo :Administrat ivo : ArnoAntônio Gnoatto; Pró-Pró-Pró-Pró-Pró-Reitor de Graduação:Reitor de Graduação:Reitor de Graduação:Reitor de Graduação:Reitor de Graduação:Renato Casagrande; Pró-; Pró-; Pró-; Pró-; Pró-Reitora de Extensão:Reitora de Extensão:Reitora de Extensão:Reitora de Extensão:Reitora de Extensão:Fani Schiffer Durães; Pró-Pró-Pró-Pró-Pró-Reitor de Pós-Gradua-Reitor de Pós-Gradua-Reitor de Pós-Gradua-Reitor de Pós-Gradua-Reitor de Pós-Gradua-ção e Pesquisa:ção e Pesquisa:ção e Pesquisa:ção e Pesquisa:ção e Pesquisa: Luiz Ha-

milton Berton; Pró-ReitorPró-ReitorPró-ReitorPró-ReitorPró-Reitorde Planejamento e de Planejamento e de Planejamento e de Planejamento e de Planejamento e AAAAAva-va-va-va-va-l iação Inst i tucional :l iação Inst i tucional :l iação Inst i tucional :l iação Inst i tucional :l iação Inst i tucional :Renato Casagrande; Coor-Coor-Coor-Coor-Coor-denador do Curso dedenador do Curso dedenador do Curso dedenador do Curso dedenador do Curso deJornalismo: Jornalismo: Jornalismo: Jornalismo: Jornalismo: Carlos Ale-xandre Gruber de Castro;Pro fessores -or ientado-Pro fessores -or ientado-Pro fessores -or ientado-Pro fessores -or ientado-Pro fessores -or ientado-res:res:res:res:res: Elza Aparecida e Mar-celo Lima; Editor-chefe:Editor-chefe:Editor-chefe:Editor-chefe:Editor-chefe:Antonio Carlos Senkovski

Nos anos 80, falava-se mui-to que as bandas procuravamo “pop perfeito”. Echo and theBunnymen, Ride, DepecheMode e vários outros corriamatrás desse cálice sagrado.Certamente o Stone Roses emseu álbum de estréia chegoumuito perto desse termo.

A banda era essencialmen-te melódica, guitarras muitobem trabalhadas, com dedilha-dos e frases criativas. O guitar-rista John Squire criou um es-tilo único de tocar. O vocalista Ian Brow hoje tem uma conso-lidada carreira solo e sempretoca em seus shows clássico dos

A época era de efervescênciapunk, estilo que tinha destruí-do o pensamento hippie de “paze amor, flower power, tudo é lin-do e maravilhoso”. A nova ordemera o “no future”, a humanida-de é um lixo, a única saída é nosdivertir ao máximo. Com o lema“Do it yourself”, faça você mes-mo, os punks mostraram quecom três acordes era possívelfazer música. Os Sex Pistols le-varam isso ao extremo. Essecontexto é interessante paraanalisar o The Clash, pois aomesmo tempo em que erampunks em atitude e visual, elesmisturavam ao seu som ele-mentos de reggae e ska, que-brando também outros padrões.

Quando estava sendo gra-vado, Clash exigiu que sua gra-vadora lançasse um disco du-plo pelo preço de um simples,fato inédito na época. Isso se-ria feito também no próximoálbum, “Sandinista”, que foilançado como um triplo. Du-rante as gravações, o produtorGuy Stevens, alcoólatra e vi-ciado em drogas, tinha um mé-todo pouco comum para esti-

Roses. Blur, Oasis e outras ban-das da atualidade são influen-ciadas diretamente por essesmalucos de Manchester.

The Stone Roses foi lança-do em 1989, época em que aqualidade das bandas e a diver-sidade de estilos eram grandes.Ironicamente, o segundo ál-bum seria lançado apenas em1994 sem o mesmo impacto.

Ian Brown declararia numaentrevista: “Queremos ser a pri-meira banda a tocar na lua, so-mos bons os suficiente para isso!”,mostrando uma prepotência quecertamente foi um dos fatorespara o fim dos Roses em 1995.

A chamada “cena de Man-chester”, onde se acreditava bro-tarem bandas diariamente, con-tribuiu muito para a música nosanos 80, e os Stone Roses foramuma peça importante nesse ce-nário. Boatos sempre surgemsobre uma possível volta, o últi-mo dizia que Ian Brown teriarecusado uma proposta de qua-se dois milhões de dólares pararealizar uma turnê.

mular a banda em estúdio: ati-rava cadeiras nos músicos, pro-curando incitar a raiva e ener-gia das letras, para aparecernas interpretações.

Alguns dos maiores suces-sos do Clash estão em LondonCalling, frutos da parceriaMick Jones e Joe Strummer:as faixas Train in Vain, Gunsof Brixton, Spanish Bombs, to-das com uma pegada punk in-comparável, porém misturan-do elementos de outros estilos.

Letras de cunho políticoretratando a classe traba-lhadora da Inglaterra, drogas,violência, shows cheios deenergia e atitude faziam doClash uma mistura explosiva.

Esse álbum foi o ápice dabanda, que pouco tempo depois

acabaria, dando espaço ao tra-balho solo dos seus membros.O mais expressivo foi o de MickJones, que formou, nos anos 80,o Big Audio Dynamite (B.A.D) -um som mais dançante.

Joe Strummer faleceu em2002, vítima de parada car-díaca aos 50 anos de idade.No mesmo ano, LondonCalling foi relançado numaversão remasterizada, come-morando 25 anos do Clash.

Vale a pena conferir tambémo documentário Rude Boy, quemostra a história da banda.

A coluna “Álbuns Clássicos” é escrita pelo estudante de jor-nalismo e músico Marcos Paulo de Assis.

Marcos tem 34 anos, toca na noite curitibana desde 1998 embares de MPB. Atualmente é integrante da banda de Heavy/Doom “A Tribute to the Plague”.

Alguns vídeos dos álbuns resenhados estarão sempre dispo-níveis no endereço http://br.youtube.com/user/anubisctba.

Email para contato e sugestões [email protected]

Álbum – London CallingArtista – The ClashLançamento – 1979

Olá, olá! Sejam todos bem-vindos! Seguindo a linha da se-mana passada, continuamoscom as indicações de filmes quevocê não pode deixar de ver an-tes de bater as botas. De novo,nossa escolha não foi original,já que falaremos de um dos di-retores mais conhecidos e talen-tosos da história do cinema:Charles Chaplin. Seria atémeio “chato” comentar sobreapenas um filme do famosoCarlitos, já que sua carreira écomposta de inúmeros clássicosimperdíveis. Porém, tendo queescolher um, vamos ao meu fa-vorito. Assim fica mais fácil.

O ano era o de 1936 quan-do Chaplin e sua ex-esposa,Paulette Godard, filmaram“Tempos Modernos”, obra mui-to famosa devido às cenas daprimeira parte que mostram oVagabundo como um emprega-do de uma linha de montagem,que, por causa do trabalhomecânico, tem uma crise ner-vosa e acaba sendo engolidopelas máquinas. É evidente acrítica à sociedade capitalistae à exploração do trabalho emlinhas de produção.

Seu conteúdo, supostamen-te “socialista”, fez com que o fil-me fosse banido de alguns paí-ses, como a Alemanha hitleri-

ana e a Itália de Mussolini (qua-tro anos depois, Chaplin filmou“O Grande Ditador”, obra quecritica descaradamente os sis-temas totalitários). Mas nãoforam apenas os países que vi-viam sob a bandeira do nazis-mo e do fascismo que viraramas costas para Modern Times.Os próprios americanos, que vi-viam na época do “Caça às Bru-xas”, liderada pelo senador Jo-seph McCarthy, abriram pro-cesso contra o cineasta e o per-seguiram politicamente até queChaplin fosse banido da Améri-ca do Norte e se refugiasse naSuíça.Tempos Modernos foi fil-mado alguns anos depois do ad-vento do som no cinema, porémChaplin insistiu em fazer co-médias mudas. O som pode serouvido no filme apenas em apa-relhos mecânicos, como video-fones, fonógrafos e rádios, o quereitera o tema do filme sobre atecnologia e a exploração.

Não deixando o som de lado,contudo, Chaplin gostava deaproveitar as qualidades sono-ras estéticas. Isso fez com quecompusesse a trilha de “Tem-pos Modernos” e a canção dacena final do filme, Smile, en-trasse para a história.E porhoje é só pessoal.(Ana Pele-(Ana Pele-(Ana Pele-(Ana Pele-(Ana Pele-grini Costa)grini Costa)grini Costa)grini Costa)grini Costa)

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Geral Objetivo do programa “Desafio da Notícia” é mostrar as várias perspectivas da informação

Rhuana Ramos

Rômulo Porthos

Na quinta-feira, o curso deDireito da Universidade Positi-vo promoveu mais uma pales-tra do III Simpósio Paranaensede Direito do Terceiro Setor. Oprofessor Sílvio Luiz Ferreirada Rocha, da PUCSP, partici-pante do debate, afirma que nãohá possibilidade de as organi-zações do terceiro setor assumi-rem o papel do Estado. “A Cons-tituição Federal coloca comodever do Estado atuar na áreade saúde e educação. O que asentidades do Terceiro Setor po-dem fazer nessas áreas é umaatividade complementar”.

A professora Maria Naza-ré Lins Barbosa, da FGV,apresentou o Terceiro Setorcomo algo novo. “Novas de-mandas são feitas pela socie-dade com relação ao meio am-biente, projetos de geração derenda e qualidade de vida, porexemplo. Porém, o Estado

Curso de Direito promove palestra sobre ongsMarisa Rodrigues

Depois de produzir o progra-ma ecológico Band Pé no Rio, aRede Bandeirantes de Televisãodá início nesta semana a umnovo projeto destinado aos estu-dantes. É o Desafio da Notícia,programa que contará com alu-nos de cursos de jornalismo dediferentes instituições de ensino.Ao todo, serão seis participantes:Universidade Positivo, Universi-dade Federal do Paraná, Facin-ter, Universidade Estadual dePonta Grossa, UniversidadeTuiuti do Paraná e Unibrasil.

Cada instituição terá umaequipe de cinco alunos, que nãopoderá ser alterada no período deprodução. Por meio de um sorteiofeito pelos organizadores do pro-grama, duas equipes terão queproduzir matérias de TV. As equi-pes receberão pautas idênticas -uma espécie de roteiro que dá ori-entações na construção da repor-tagem, com temas da atualidadeexpostos na mídia. O principal de-safio para os alunos será mostrara notícia com outra perspectiva.

Os primeiros alunos a parti-cipar do programa serão os estu-dantes da Universidade Federaldo Paraná e da Facinter. O tem-po máximo para a criação será deuma semana e o material produ-zido deverá ter quatro minutos.As matérias serão exibidas sem-pre aos sábados, e além de mos-trar ao público o material feitopelos estudantes, também teráum tempo destinado à reflexão.

Para Marcela Galvão, jorna-lista e produtora do Desafio daNotícia, o objetivo principal épensar sobre o processo de pro-dução, as diferentes formas deabordagens dos conteúdos apre-sentados e ajudar a aumentarcriatividade no telejornalismo.“Além de incentivar a forma cri-ativa de trabalho, o programadeseja preparar o estudante,mostrando as condições reais domercado e o dia-a-dia de um jor-nalista”, diz.

Depois da veiculação das ma-

Rede Bandeirantes lança desafioaos estudantes de jornalismo

Câmara Federal aprova lei que amplia licença maternidade

nem sempre consegue atendê-las e as ongs surgem para su-prir esta necessidade”.

Outro assunto discutido foi odesvio de verbas de algumas ongs,que inclusive é objeto de investi-gação de uma CPI. Sobre a Co-missão Parlamentar, o professoracredita que o resultado aponta-rá a necessidade de uma reformalegislativa do terceiro setor. “É im-portante que se estabeleça crité-rios para definir quais entidades

podem integrar o terceiro se-tor, além de estabelecer regrasclaras de atribuição de recur-sos públicos a essas entidades”,diz Ferreira. O controle podeser feito pelas comissões do le-gislativo, pelo Tribunal de Con-tas e também pela sociedade ci-vil. “Eu sugeriria que as ONGsdivulgassem o montante rece-bido e, se possível, descreves-sem quais serviços prestam àpopulação”, completa.

Rebeca Alcântara

Os deputados federaisaprovaram, por unanimida-de, a proposta que amplia alicença-maternidade de qua-tro para seis meses. As em-presas terão o direito de esco-lher se querem ou não fazeralteração desse prazo. Paraincentivar as empresas priva-das a estenderem o benefício,elas receberão incentivos fis-cais e o selo de “Empresa Ci-dadã”, que prevê a dedução in-tegral do valor pago, nesses60 dias mais de licença, noImposto de Renda de PessoaJurídica.

térias, os telespectadores poderãoeleger o material que mais agra-dou por meio de mensagens decelular. A Rede Bandeirantes tam-bém vai disponibilizar os vídeosem seu site para quem desejarassistir pelo computador. A inten-ção é eleger o melhor ponto de vis-ta e promover a discussão entreestudantes e sociedade sobre aimportância do jornalismo.

Para o professor AlexandreCastro, coordenador do curso deJornalismo da Universidade Po-sitivo, a experiência será muitovaliosa, pois além de possibilitaro contato dos alunos com umgrande veículo de comunicação,oferecerá oportunidade para dis-cutir o exercício da profissão.

A aluna do terceiro ano do cur-so de Jornalismo da UP JulianaFontes ficou entusiasmada com oprojeto. Ela participou do progra-ma Band Pé no Rio no ano passa-do e acredita que este tipo de con-tato com alunos de instituições di-ferentes ajuda a ampliar o campode conhecimento, fundamentalpara quem deseja ser jornalista.“Apesar de ser uma competição,eu fiz muitas amizades. Até hojemantenho contato com os estu-dantes que conheci ao longo do pro-grama”, diz a estudante.

Para a freira Ivoneide Lopes,da Associação Feminina de Pro-teção à Maternidade e Infância,é muito importante esse tempoa mais, já que a criança com seismeses exige um pouco menos doque os quatro no que diz repeitoà amamentação, por exemplo.“Colocar uma criança na escoli-nha aos quatro meses pode pre-judicar de várias formas seu de-senvolvimento”, completa.

A professora Ângela Maria daCosta é mãe de uma criança deum ano e dez meses. Ela consi-dera muito importante esse tem-po de adaptação da criança coma mãe. Ela explica que a mu-lher não dorme direito, aindaestá se acostumando com uma

nova vida. “É um tempo de re-cuperação para a mãe e de pro-ximidade para o bebê. Já que oexigido da amamentação só nopeito é de seis meses, nada me-lhor do que ter esse tempo dedi-cado exclusivamente à criança”,diz. Por outro lado, Ângela con-corda que todo esse tempo forapode desestabilizar a mulher noemprego. Como esses 60 dias amais são opcionais, várias em-presas podem tentar compensara mulher de outras formas paraque ela continue sua vida apósos quatro meses obrigatórios.

Roseneide de Oliveira nãoteve nem o tempo obrigatório, elaficou apenas um mês de licen-ça. Sua patroa pagou os outros

meses para continuar traba-lhando. Para ela, é importan-te esse tempo para curtir a fi-lha, já que ela acabava deixan-do o bebê com a irmã para irtrabalhar. Roseneide gostariade ter tido os quatro mesesobrigatórios e seis meses seri-am melhor ainda. “Assim po-deria ter curtido muito maisminha única filha,” completa.

A medida deverá entrar emvigor apenas em 2010 e aindadepende da sanção do presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva.Atualmente, 93 municípios e11 estados, segundo a Socieda-de Brasileira de Pediatria, jápermitem que as mães desfru-tem de seis meses de licença.

Rhuana Ramos/LONA

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Ana Tigrinho

Bruna Cruz

É tradição popular dizer queagosto é o mês do cachorro-lou-co. Existe até uma explicaçãocientífica, um tanto vaga, parajustificar a crença. Dizem que,por causa do clima, é o mês queas cadelas entram no cio, ge-rando uma maior promiscuida-de entre os animais, o que tor-na mais fácil a contaminaçãoda raiva, doença que deixa oscachorros, literalmente, loucos.

Há quem diga que agostotem esta fama porque é o mêsque tudo dá errado. Alguémduvida? No dia 6 deste mês aprimeira bomba atômica atin-ge a cidade de Hiroshima noJapão, em 1945. Três dias de-pois outra bomba é jogada nopaís, desta vez em Nagasaki.

Mesmo antes das explosões edas guerras mundiais, agos-to já podia ser consideradoum mês mórbido. Em 1909,no dia 15, morre um dos mai-ores escritores brasileiros,Euclides da Cunha, autor deOs Sertões. E a tradição con-tinua... Na política, as mor-tes ficam por conta do suicí-dio de Getúlio Vargas, em 24de agosto de 1954, que muda-ria completamente a históriado Brasil, e do acidente malexplicado de Juscelino Ku-bitschek, no dia 22 do mes-mo mês, mas 22 anos depois.O mundo do rock sofre duasperdas irreparáveis, uma 1977e outra em 1989. Respectiva-mente: o rei Elvis Presley, nodia 16, e o "maluco beleza"Raul Seixas, no dia 21.

Enquanto alguns se vão,outros vêm, e o ciclo natu-ral continua. Sendo assim,

não dá para generalizar agos-to como um mês infeliz. Afi-nal, foi no oitavo mês do ca-lendário gregoriano que nas-ceram alguns brasileiros mui-to importantes e que, de al-guma maneira, escreverampara sempre seu nome na his-tória do país. Em 1827, no dia5, nasce o Marechal Deodoroda Fonseca, um dos pais daproclamação da República noBrasil. O médico OswaldoCruz nasceu no mesmo diaque o Marechal, mas em 1872.Alguns futuros escritorestambém vêm ao mundo: Jor-ge Amado e Gonçalves Diassão do mesmo dia 10, o pri-meiro de 1912 e o outro de1823. Além dos nascimentos,outro grande fato dentro da li-teratura acontece. Em 1977,no dia 4, Rachel de Queiroz éa primeira mulher a ser elei-ta para a Academia Brasilei-ra de Letras.

Parece que nascimento degrandes escritores é moda nomês de agosto. Moda ou coinci-dência? Tanto faz, é fato. Emagosto, no dia 24, nasce umafigura que chegou para abalara pacata Curitiba. Paulo Le-minski Filho, poeta/ escritor,músico, professor, publicitário,mas principalmente agitadorcultural. No mês do cachorro-louco, nasceu o verdadeiro ca-chorro-louco, por excelência etítulo. Ou melhor, um auto-tí-tulo. "O pauloleminski/ é umcachorro louco/ que deve sermorto/ a pau e pedra/ a fogo apique..." Neste poema, do livroCaprichos e relaxos (1983), elefala exatamente sobre isso.

Para o jornalista e escritorToninho Vaz, autor de O Ban-dido que Sabia Latim, biogra-fia do poeta, Leminski se auto-definia assim porque era estaa imagem que as pessoas ti-nham dele. “O Paulo era sociale intelectualmente inconveni-ente. Provocava um certo des-conforto nos ambientes e seauto-definia colocando o verbona terceira pessoa. Eram osoutros que diziam isto”.

O ex-estranhoNascido e criado em Curiti-

ba – com uma passagem du-

rante a infância em Santa Ca-tarina e na adolescência no se-minário de São Bento, em SãoPaulo - Paulo Leminski semprese destacou na cidade natal, es-pecialmente como agitador cul-tural, sempre com um espíritode vanguarda. No final dos anos1960, Curitiba era uma cidadeprovinciana e careta. Leminskiveio para quebrar este conceitoe incorporou na capital a mar-ca do underground. "Ele se ins-creve naquela categoria conhe-cida como 'maldito', sem obedi-ência às regras sociais e muitoconceituada nos anos rebeldes.Rebeldia intelectual é isso", ex-plica Toninho.

Com os amigos Carlos Joãoe Lélio Sottomaior, criou em1968 o Grupo Áporo, que pre-tendia dar um ar de vanguar-da à capital. No ano em que arebeldia foi um fenômeno mun-dial, eles também fizeram suasreivindicações. Num manifestode 30 laudas, mostravam quaiseram os objetivos do Áporo ebatiam de frente com os inte-lectuais da Boca Maldita, al-guns dos "culpados" pelo conser-vadorismo em Curitiba.

O Grupo foi apresentado nocaderno de cultura do jornalDiário do Paraná, ganhandodestaque de primeira página.Na matéria, que está transcri-ta na biografia do poeta, Le-minski explica as razões de cri-ar o movimento. "Curitiba é acapital do segundo Estado daFederação em potencial econô-mico, mas sob o ponto de vistacultural é uma aldeia. (...) o queestá superado na Europa ou noRio e São Paulo, passa aquicomo vanguarda".

Para Toninho Vaz, este es-pírito inquietante e à frente deseu tempo é a principal carac-terística do poeta. “Uma parti-cularidade sua que destaco é odespojamento e a informalida-de enquanto um intelectual.Era anti-acadêmico – o que, nosanos 60 e 70, representava umavanguarda. Como resultado detanta dedicação, se tornou omaior poeta da sua geração”.

Como figura intelectual econtracultural, Paulo Leminskiganha destaque em sua cidadenatal e também em outras par-

tes do Brasil. Destaque princi-pal para suas poesias e músi-cas, que influenciaram artistasde várias gerações e foram re-conhecidas por pessoas que eleadmirava.

Letra e músicaLetra e músicaLetra e músicaLetra e músicaLetra e músicaDesde criança Leminski de-

monstrou aptidão para a lingua-gem. Autodidata, aprendeu in-glês, japonês, grego e outras lín-guas na raça. Na escola, se des-tacava nas disciplinas de histó-ria e língua portuguesa. Foi comestas disciplinas que começou alecionar em cursinhos de Curiti-ba, ainda na década de sessenta.

“É a inteligência aliada auma imensa carga cultural tí-pica de quem se dedica de corpoe alma à leitura. O Paulo devo-rava obras fundamentais parao pensamento contemporâneo esabia fazer uso disso”, diz Toni-nho. Entre os autores preferi-dos do poeta, destaque para Ja-mes Joyce, Ezra Pound, Mai-akovski e outros autores clás-sicos. Seu interesse pela cultu-ra oriental, além das artesmarciais, incluía um autor emespecial: Matsuó Bashô.

Por influência do poeta ja-ponês Leminski começou a es-crever haikais – ou haiku, umaforma poética de origem japo-

O dia do "Cachorro-louco"Em seu aniversário, Paulo Leminski ainda é lembrado por fãs e amigos

Paulo Leminski durante uma e

Literatura

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nesa que valoriza a concisão ea objetividade. É formado portrês versos - o primeiro com cin-co sílabas, o segundo com setee o terceiro com cinco, e geral-mente contém uma referênciaà natureza. O livro DistraídosVenceremos, de 1987, traz vá-rios hakais de Leminski, comoeste: “Primeiro frio do ano/ fuifeliz/ se não me engano”.

Outra influência foram ospoetas concretos, como os ir-mãos Augusto e Haroldo Cam-pos, Décio Pignatari e PedroXisto, que o curitibano conhe-ceu na Semana Nacional dePoesia de Vanguarda em 1963,quando tinha apenas 18 anos.Os concretistas viraram ami-gos e foram responsáveis pe-las primeiras publicações deLeminski.

Além de poesias, escreveuas biografias de pessoas queconsiderava maracantes: Je-sus Cristo, o poeta simbolistaAugusto dos Anjos, o revoluci-onário Leon Troitski e o pró-prio Matsuó Bashô.

Entre todas as obras, um li-vro experimental que levou oitoanos para ser escrito. “Eu con-sidero o Catatau uma obra ex-cepcional e ainda pouco conhe-cida. É um trabalho original ede muito fôlego. Ele levou anosescrevendo quando ainda nãoera conhecido, foi um trabalhode formiga”, explica Toninho.Leminski teve a inspiração deescrever Catatau em uma desuas aulas no cursinho. Aidéia parte de uma teoria queRené Descartes esteve no Bra-sil junto com a expedição de

Maurício de Nassal. Além de Leminski, a paca-

ta Curitiba serviu de berço tam-bém para uma das mais impor-tantes bandas underground dacapital, A Chave. O grupo criouum espaço cultural para que osartistas pudessem se reunir ediscutir as idéias que tinhamem comum. A Casa Branca eraum casarão todo branco locali-zado na Rua Padre Anchieta eservia de estúdio, laboratório fo-tográfico, ateliê de artes plásti-cas e até de moradia para al-guns dos integrantes.

Leminski e a banda A Cha-ve foram importantes figuras nocenário underground de Curi-tiba e não demoraram para secruzar. Assim como Leminskie a Tropicália, os integrantes daChave lutavam para a forma-ção de uma cultura original-mente brasileira, em um perío-do de ditadura e repressão.

“Nós tínhamos idéias em co-mum, era inevitável que um dianos cruzássemos”, conta CarlosGaertner, componente da ban-da. Ele e mais Ivo Rodrigues,Paulo Teixeira e Orlando Aze-vedo formaram a Chave e cria-ram a Casa Branca. O objetivoera tornar o casarão da PadreAnchieta um centro culturalcom estúdio de som e artes plás-ticas. No fim das contas, a CasaBranca era, além de tudo, pon-to de encontro e até residênciade vários dos integrantes dabanda, incluindo Leminski esua esposa, Alice. Daí para fren-te Leminski se firmou como oprincipal letrista do grupo.

Foi nesse cenário que Le-

minski teve uma das suas mai-ores surpresas. Em uma tardede sábado, ele andava sobre omuro em seu exercício quandoouviu alguém parar na frenteda casa. Espantado, percebeuque eram nada mais nada me-nos que Gal Costa e Caetano Ve-loso. Admirador de Caetano e daTropicália, Leminski chegou aoconhecimento deles por meio deum poeta baiano que mostrou oCatatau para Caetano e desper-tou seu interesse para os poe-mas do curitibano. No fim dascontas Leminski teve uma dassuas músicas gravados por seuídolo, Verdura, do LP OutrasPalavras, de 1981.

Junto com a banda A Cha-ve, Leminski criou o projeto Emprol de um Português Elétrico,que tinha como objetivo melho-rar o ponto fraco do rock da épo-ca, as letras.

Além disso, mais de 90 mú-sicas suas, algumas compostassozinho e outras com parceiros,foram gravadas por grandes ar-tistas brasileiros.

Ainda hoje!“Estava sendo cada vez

mais difícil ser feliz. Este mun-do, um hospício, fugi pelos fu-ros do vício”, este é trecho deum rock de Leminski. O ví-cio, o alcoolismo como doença,aliada ao ritmo frenético davida, acabou sendo fatal paraele. Paulo Leminski morreuno dia 7 de junho de 1989, emdecorrências de uma cirrosehepática.

Mesmo depois de 20 anos desua morte, o poeta continuavivo e lembrado sempre. Anu-almente, para comemorar seuaniversário, era promovido oevento Perhappiness (palavracriada por Leminski que signi-fica "talvez felicidade"), umasemana de manifestações artís-ticas e culturais. Há dois anos,o Perhappiness parou de serpromovido. Para não deixar deser lembrado, neste ano foi rea-lizada a Semana do Cachorro-louco, com eventos que home-nagearam o poeta.

Mais que isso, sua produçãoainda permanece viva. “Suaobra não está esgotada. Pelocontrário, nas minhas andan-ças pelo país, posso perceberque a fama está chegando ago-ra no interior”, fala Toninho.Para o amigo Luiz Rettamozo,isto acontece pela simplicida-de da sua poesia. “O Paulotrouxe uma linguagem comuma todos, a um povo de muitaslínguas. Eis a sua maior for-ça: a poesia”!

É esta força que continuapresente em Curitiba e emtodo o país. Seus poemas emúsicas são admirados cadavez mais por jovens que, quan-do ele morreu, ainda não eramalfabetizados.

Em 2006, a banda curitiba-na Relespública colocou emuma das faixas do CD MTVApresenta um trecho de Oraçãode um Suicida, que Leminskifez em uma parceria com o ir-mão Pedro. “Quando a terra seacabar/ você vai chorar/ nãoadianta mais...” O trecho é corona boca dos jovens que acom-panham os shows do grupo.

Esta música, como muitasoutras, foi gravada original-mente pela Blindagem. A ban-da, com mais de 30 anos de car-reira, também tem conquista-do um público mais jovem e quecanta todas as músicas escri-tas por Paulo Leminski.

Nas comunidades do Orkut de-dicadas ao poeta, a maior parte dosmembros é jovem. Um deles é LucasMazza, de 20 anos. Lucas tambémdeseja ser escritor um dia e Leminskipara ele é uma inspiração. “Seus po-

emas são atuais em qualquer épo-ca. Ele foi um gênio e sempre serálembrado por isso”.

A preocupação com a “imor-talidade” de sua literatura es-teve presente em vários textos.O conto O Resto Imortal, pre-sente no livro Gozo Fabuloso,editado em 2004, reflete exa-tamente isto.

“Queria não morrer detodo. Não o meu melhor. Queo melhor de mim ficasse... Du-rante muito tempo, cultiveieste sonho desesperado. Umdia, intuí. Esta máquina é pos-sível. Tinha que ser um livro.Tinha que ser um texto...”

O resto imortal de PauloLeminski continua. Estánuma pedreira com o seunome, um espaço de shows naCuritiba que ele queria quefosse de vanguarda.

Está em colégios, no Cen-tro Acadêmico de Letras daUnesp, de Araraquara (justoele, um anti-acadêmico). Masestá, principalmente, em suasobras, nvos amigos e fãs quesempre procuram manterviva sua memória.

Lemisnki com Vítola, Marinho Galera, Ivan Graciano, e adupla Nhô Belarmino e Nhá Gabriela

ntrevista com sua filha estrela, em 1984

Fotos do livro “O bandido que sabia latim”

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Eli Antonelli

Rosangela Gerber

Roberta Dienst

Mais conhecido pela sua po-esia irreverente e pela prosarebuscada de “Catatau”, o poe-ta Paulo Leminski (1944-1989)foi também um letrista de su-cesso nos anos 1980. Nomescomo Moraes Moreira, CaetanoVeloso e Guilherme Arantes gra-varam suas composições.

Entre as parcerias musicaisde Leminski, a banda Blinda-gem foi uma das mais impor-tantes. O guitarrista Paulo Tei-xeira destaca que a parceriacomeçou quando Ivo Rodriguesainda tocava na banda “Chave”.A partir da proposta de gravarum CD com o Blindagem, Ivopassou a tocar exclusivamentecom a banda.Paulo destacaainda que a re-lação entre elese Leminski nãoera puramenteprofissional esim de umagrande amizadeque gerava ascomposições.

“Nós temosum projeto degravar um CDexclusivo comc o m p o s i ç õ e sdessa parceria com Leminski”.De acordo com a assessoria decomunicação da banda, é neces-sário um patrocínio para que oprojeto saia do papel. O valorestimado é de R$ 60 mil, mas ocusto com o DVD é maior. Oprojeto já foi enviado para aFundação Cultural de Curitibae o resultado deverá sair aindaneste ano.

Em 1971, o compositor pa-ranaense Marinho Gallera co-nheceu Paulo Leminski e AliceRuiz. “Éramos quase vizinhose nos encontrávamos sempre. OPaulo começava a dedilhar seuviolão para compor suas primei-ras canções. Era poeta feito e o“Catatau” já estava sendo escri-to. Tocávamos e cantávamosvárias canções, principalmente“Flor de Cheiro”, a sua primei-ra, e “Live with me”, trecho de

Literatura O escritor Paulo Leminski fez parceria com grandes nomes da MPB

Todas as músicas do poetapoema de Shakespeare, que elemusicou.

Por volta de 1974 Leminskimostrava sua música no Movi-mento Atuação Paiol-MAPA,onde toda semana jovens com-positores, poetas e músicos seencontravam. “Paulo apresen-tou sua contundente ‘Verdura’,depois gravada por Caetano Ve-loso”, destaca Marinho.

Ele relembra ainda que Le-minski escrevia em quantida-de, alta qualidade e diversida-de. “Talvez porque não conse-guisse musicar todos seus poe-mas, começaram e surgir algu-mas parcerias.”

As parceriasA primeira parceria ocorreu

em 1976 com a música “Gar-ganta”. Para Ivo Rodrigues,iam os textos ligados ao rock,gravados pela Blindagem. Para

o compositorMarinho eramescolhidas as le-tras de MPB.Na seqüência,houve parceriascom Moraes Mo-reira e Guilher-me Arantes,que o lançaramnacionalmente.Vieram grava-ções com NeyM a t o g r o s s o ,Paulinho Bocade Cantor (No-

vos Baianos), entre outros.Marinho relata que no come-

ço dos anos 80 foram feitas ou-tras canções, que foram apre-sentadas em espaços alternati-vos.

O cantor Guilherme Aran-tes lembra que seu primeirocontato com a obra de Leminskifoi a partir de Paulinho Boca deCantor e de Moraes Moreira. “Arelação que tinha com Le-minski era mais que profissio-nal, era uma relação de amiza-de, ele foi várias vezes a minhacasa e a gente saia às vezes emSão Paulo para tomar umas,etc.” Guilherme Arantes desta-ca que no período de 83 e 84 fezum disco inteiro com o poeta eo convidou para fazer o disco“Pirlimpimpim 2”, para a SomLivre, em que a principal mú-sica foi “Xixi nas Estrelas”, ten-

do como produtor musical GutoGraça Mello.

Para Guilherme Arantes,Leminski trabalhava sem tercontextualização da época emque escrevia. “Leminski foi umados poetas mais significativos dageração junky/ beat dos anos 80,junto com Ana Cristina César.Dois gênios, embora Leminskitenha sido infinitamente maisprofícuo e fértil”, destaca o can-tor.

Homenagens a LeminskiDurante muitos anos foi or-

ganizado o evento denominadoPerhappiness, termo inventadopor Leminski que significa tal-vez + felicidade. Marinho Gal-lera participou do evento nosanos de 1999/2000, junto comPaulo Vítola. Em seguida, aGramophone Produtora de Áu-dio, com a anuência de AliceRuiz, Áurea e Estrela Ruiz Le-minski, foi montado o ProjetoFazia Poesia.

Marinho destaca ainda en-tre 2003 e 2004 foi produzidopela Deiró Cine TV vídeo compoemas de Leminski, interpre-tados por Áurea, Alice e Estre-la e com participação do com-positor e de Paulo Vitola, e estádisponível em DVD, com loca-ção grátis, no Vídeo 1 da PadreAnchieta.

Ao mesmo tempo foi grava-do o CD “Fazia Poesia”, con-tendo canções dos dois. O CDcontém canções com letra emúsica de Leminski até entãoinéditas, como Flor de Cheiro,Caixa Furada, Quem faz amorfaz barulho – e ainda a “par-ceria” dele com Shakespeare –Live with me - e Nóis Fumo,letra e música de Paulo e Ali-ce Ruiz dos anos de 1975 e1976. Contém também parce-rias dos anos 70/80. O CD tema participação de Alice Ruiz,Áurea e Estrela Ruiz Le-minski, Paulo Vitola, PauloBotas, Eduardo Spiller Pena,Mario Conde, Sérgio Albach,Maria Ester Brandão, KoitiWatanabe, Grupo Nimphas,Álvaro Ramos, Fernando Mon-tanari, Ricardo Saporski, en-tre outros.

Vida brevePaulo Leminski Filho nas-

ceu em 24 de agosto de 1944,em Curitiba, filho de ÁureaLeminski e Paulo Leminski.Conhecido como escritor de po-emas breves, era especialistaem haicais, estilo de poema ja-ponês de três versos.

Em 1975, es-creveu o livro deprosa experi-mental “Cata-tau”, sua princi-pal obra, consi-derado pelo pró-prio autor comoum “romance-idéia”.

A obra é ta-xada por muitoscomo incompre-ensível e ilegí-vel, traz muitoda influência fic-cional do escritor argentino Jor-ge Luis Borges. No artigo “Umgabinete de raridades”, publica-do em 1996, o poeta MaurícioArruda Mendonça classifica“Catatau” como uma soma desentidos que entrelaça história,filosofia, ciência e literatura. Se-

Divulgação

Além da obrapoética, PauloLeminski deixoutraduções degrandes nomes daliteratura, dentreeles Petrônio, JohnFante, Mishima eJames Joyce

gundo o poeta, a obra dispensaanálises que se conectam emapenas aspectos literários. Men-donça indica que Leminski vaiincluindo em seu texto váriosconceitos e idéias. Com muitohumor, ele coloca em discussão

as chamadasverdades abso-lutas.

Além daobra poética,Paulo Le-minski deixoutraduções degrandes nomesda literatura,dentre eles Pe-trônio (Satyri-con), John Fan-te (Pergunte aoPó), Mishima(Sol e Aço) e Ja-

mes Joyce (Giacomo Joyce).Suas versões eram famosaspela coloquialidade e pelagrande liberdade de estilo.

A maior parte desses li-vros foi publicada pela edito-ra Brasiliense e está fora decatálogo.

“A relação quetinha com Leminskiera mais queprofissional, erauma relação deamizade, ele foivárias vezes aminha casa”, dizGuilherme Arantes

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Cultura

Cine Luz: meio século de cinemaDaniel Mocellin

Rodrigo Truppel

É comum nos dias de hojeas pessoas relacionarem cinemaaos grandes shoppings, comsuas enormes praças de ali-mentação e lojas. O convite:“Vamos ao cinema?” lembra emprimeiro lugar os centros decompras, depois Hollywood. Nacabeça dos moradores de Curi-tiba, essa frase não remete aoprimeiro cinema da cidade, quejá rodava vários filmes em seuprojetor muito antes de qual-quer shopping center ser inau-gurado, e que, apesar de solitá-rio, encontra-se em bom estadode conservação e exibe uma pro-gramação muito diferente docinema comercial.

Fundado em 16 de dezembrode 1939 com a exibição do filmeMeia Noite (Midnight, 1939), deMitchel Loisem, o Cine Luz foiconstruído na praça Zacarias e,por muito tempo, foi ponto deencontro e de referência na ci-dade. Por longos 22 anos, depoisde muitas películas rodadas einundações (quando choviamuito, o cinema passava pordificuldades), a sede do Cine Luzna Zacarias, por ironoia do des-tino, foi consumida por umgrande incêndio em 26 de abrilde 1961, enquanto exibia O Ho-mem do Sputnik, de CarlosManga.

O principal cinema da cida-de até então já tinha feito exibi-ções de milhares de filmes, in-clusive das gigantes Warner,Columbia e Paramount.

Depois de 24 anos, graças aum espaço cedido por uma em-presa, o Cine Luz, sob admi-nistração da Fundação Cultu-ral de Curitiba, foi reinaugu-rado na Rua XV, em frente àPraça Santos Andrade, em 14de agosto de 1985, com a exibi-ção de A Marvada Carne, de An-dré Klotzel.

Foram-se os anos de auge doLuz. Na década de 50, era co-mum ver a fila alcançar o fi-nal da quadra. Mas hoje, coma criação dos cinemas dentrode shoppings, poucas pessoasainda o freqüentam. De segun-da a sexta, a média de públicoé de dez pessoas - em uma ter-ça-feira do mês de maio, ape-nas quatro das 125 poltronasestavam ocupadas.

Mas nos domingos é difícilalgum ficar vazio, já que o va-lor do ingresso é de apenas umreal. Apesar do baixo custo deentrada representar uma con-corrência, os cinemas comerci-ais oferecem outros atrativos:lugar para estacionar, praçasde alimentação com opções va-riadas, poltronas confortáveis.

A professora Helena Fagun-des, 41 anos, costuma freqüen-tar o cinema pelo menos duasvezes por mês. O motivo de elair ao Luz geralmente nas quin-tas-feiras e sábados é que, se-gundo a professora, cada vezfica mais difícil ver bons filmes,ricos em cultura e informaçãopassando nas televisões e noscinemas comerciais. “Venho verfilmes aqui já faz alguns anos.Eu fico meio chateada com tan-tas poltronas vazias. Quando oCine Luz ainda era lá na Pra-

ça Zacarias, meu pai me leva-va lá. Tinha vezes que a genteficava quase 50 minutos na filaesperando uma sessão. Mas daívieram os shoppings e pronto:nunca mais ouvi falar do CineLuz, eu achei até que tinha fe-chado. Foi por acaso que des-cobri que ainda existe, muitaspessoas nem sabem da existên-cia dele”, afirma.

O atrativo do Cine Luz ésua programação. Atualmen-te o espaço é mantido pelaFundação Cultural de Curiti-ba, e o cinema é lugar de im-portantes festivais cinemato-gráficos do Paraná (no anopassado foi palco do IV Putz -Festival Universitário de Ci-nema e Vídeo de Curitiba), demostras de filmes nacionais einternacionais. Quem gosta deuma produção que saia do con-texto do cinema norte-ameri-cano não deve deixar de ir aoLuz. Lá, filmes comerciais nãotêm vez. Ao invés disso, cine-ma brasileiro, europeu, japo-nês, documentários e muitosoutros gêneros compõem agrade.

Logo na entrada é possívelperceber que ali se trata de umespaço cultural: o que mais cha-ma atenção na portaria é umantigo projetor, um dos primei-ros que vieram ao Brasil. A pe-quena sala de filme, junto coma salinha de projeção, com umequipamento de quase 40 anosde idade, leva a uma viagem notempo, e a sensação é de estarna época que o Cine Luz aindanão havia pegado fogo.

Nas paredes, fotos do antigocinema, ainda bastante movi-mentado e procurado por mui-tos. Uma mistura de história,cultura e entretenimento quefazem do primeiro cinema dacidade o mais simpático de to-dos eles até hoje.

A família Cine LuzHá dez anos Márcia Morais

trabalha na bilheteria e naportaria do Cine Luz, comotodos os outros funcionários, éuma “faz tudo”. “Aqui não temmuito movimento, então vocêacaba assumindo cargos paraque os gastos diminuam”.Márcia acha que o fraco movi-mento tem motivos bem espe-

cíficos: “O cinema está aban-donado, não tem uma infra-estrutura ideal para atenderos telespectadores, não temconforto, não tem ar condicio-nado. No final de semana queaumenta o público, o banhei-ro fica quase que insuportável,falta um investimento, umareforma para que o Cine Luzdê aos seus clientes um poucomais de conforto”.

Leocir Mateus, 40 anos, 16dedicados ao cinema, é o proje-cionista. Trabalhou em outrosespaços da capital, como o Gro-ff, a Cinemateca, o Guarani e o

Ele foi um dos principais da cidade, mas caiu no esquecimento e vive dias de solidão

Leocir e seu instrumento de trabalho: há 16 anosprojetando histórias

Ritz. Os projetores com os quaisMateus trabalha são da décadade 60 e funcionam numa salacom capacidade para até 125pessoas.

O barulho que o projetor fazé muito alto e não tem saída dear, portanto é quase impossívelficar na sala de projeção. Ma-teus liga o projetor, regula oáudio, sai da sala e espera o fil-me acabar. O projecionistaacha que a falta de público édevido à pirataria: “Hoje vocêcompra DVD pirata uma sema-na antes de ele ser lançado nocinema”.

Daniel Mocellin/Acervo Cine Luz

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Um esportenas alturas

Texto e fotos: Luana Marques Medeiros

Para todos aqueles que não têm tempo dePara todos aqueles que não têm tempo dePara todos aqueles que não têm tempo dePara todos aqueles que não têm tempo dePara todos aqueles que não têm tempo deir às montanhas, algumas academias cria-ir às montanhas, algumas academias cria-ir às montanhas, algumas academias cria-ir às montanhas, algumas academias cria-ir às montanhas, algumas academias cria-ram cursos especiais de escaladas em pare-ram cursos especiais de escaladas em pare-ram cursos especiais de escaladas em pare-ram cursos especiais de escaladas em pare-ram cursos especiais de escaladas em pare-des de até 16 metros. des de até 16 metros. des de até 16 metros. des de até 16 metros. des de até 16 metros. AAAAA grande vantagem é grande vantagem é grande vantagem é grande vantagem é grande vantagem époder praticar um esporte radical sem sairpoder praticar um esporte radical sem sairpoder praticar um esporte radical sem sairpoder praticar um esporte radical sem sairpoder praticar um esporte radical sem sairda cidade.da cidade.da cidade.da cidade.da cidade.

A professora de Educação Física MelissaA professora de Educação Física MelissaA professora de Educação Física MelissaA professora de Educação Física MelissaA professora de Educação Física Melissade Souza, de 22 anos, diz que o esporte me-de Souza, de 22 anos, diz que o esporte me-de Souza, de 22 anos, diz que o esporte me-de Souza, de 22 anos, diz que o esporte me-de Souza, de 22 anos, diz que o esporte me-lhora, principalmente, o desempenho aeró-lhora, principalmente, o desempenho aeró-lhora, principalmente, o desempenho aeró-lhora, principalmente, o desempenho aeró-lhora, principalmente, o desempenho aeró-bico e a força muscularbico e a força muscularbico e a força muscularbico e a força muscularbico e a força muscular.....

O competidor e também professor de Edu-O competidor e também professor de Edu-O competidor e também professor de Edu-O competidor e também professor de Edu-O competidor e também professor de Edu-cação Física cação Física cação Física cação Física cação Física Anderson Gouveia, que está trei-Anderson Gouveia, que está trei-Anderson Gouveia, que está trei-Anderson Gouveia, que está trei-Anderson Gouveia, que está trei-nado para participar de sua primeira Copanado para participar de sua primeira Copanado para participar de sua primeira Copanado para participar de sua primeira Copanado para participar de sua primeira Copade Escalada, lembra que é necessário tomarde Escalada, lembra que é necessário tomarde Escalada, lembra que é necessário tomarde Escalada, lembra que é necessário tomarde Escalada, lembra que é necessário tomarcuidado com os equipamentos de segurança.cuidado com os equipamentos de segurança.cuidado com os equipamentos de segurança.cuidado com os equipamentos de segurança.cuidado com os equipamentos de segurança.Sapatilhas, cordas, ganchos, travas, cadei-Sapatilhas, cordas, ganchos, travas, cadei-Sapatilhas, cordas, ganchos, travas, cadei-Sapatilhas, cordas, ganchos, travas, cadei-Sapatilhas, cordas, ganchos, travas, cadei-rinhas e magnésio são essências.rinhas e magnésio são essências.rinhas e magnésio são essências.rinhas e magnésio são essências.rinhas e magnésio são essências.

E avisa que, quando as pessoas resolve-E avisa que, quando as pessoas resolve-E avisa que, quando as pessoas resolve-E avisa que, quando as pessoas resolve-E avisa que, quando as pessoas resolve-rem participar de escaladas em montanhas,rem participar de escaladas em montanhas,rem participar de escaladas em montanhas,rem participar de escaladas em montanhas,rem participar de escaladas em montanhas,sempre devem ir acompanhadas de um guia,sempre devem ir acompanhadas de um guia,sempre devem ir acompanhadas de um guia,sempre devem ir acompanhadas de um guia,sempre devem ir acompanhadas de um guia,pois as trilhas podem enganarpois as trilhas podem enganarpois as trilhas podem enganarpois as trilhas podem enganarpois as trilhas podem enganar. O cuidado. O cuidado. O cuidado. O cuidado. O cuidadocom o horário de ida e volta e o local ondecom o horário de ida e volta e o local ondecom o horário de ida e volta e o local ondecom o horário de ida e volta e o local ondecom o horário de ida e volta e o local ondejogar o lixo é fundamental. O esportista nãojogar o lixo é fundamental. O esportista nãojogar o lixo é fundamental. O esportista nãojogar o lixo é fundamental. O esportista nãojogar o lixo é fundamental. O esportista nãodeve esquecer de levar também kit de pri-deve esquecer de levar também kit de pri-deve esquecer de levar também kit de pri-deve esquecer de levar também kit de pri-deve esquecer de levar também kit de pri-meiros socorros e celularmeiros socorros e celularmeiros socorros e celularmeiros socorros e celularmeiros socorros e celular.....

O estudante de Direito Gabriel Coutinho,O estudante de Direito Gabriel Coutinho,O estudante de Direito Gabriel Coutinho,O estudante de Direito Gabriel Coutinho,O estudante de Direito Gabriel Coutinho,de 21 anos, treina há um ano e meio e dizde 21 anos, treina há um ano e meio e dizde 21 anos, treina há um ano e meio e dizde 21 anos, treina há um ano e meio e dizde 21 anos, treina há um ano e meio e dizque seu físico já melhorou muito. Como todoque seu físico já melhorou muito. Como todoque seu físico já melhorou muito. Como todoque seu físico já melhorou muito. Como todoque seu físico já melhorou muito. Como todoiniciante, começou a treinar duas vezes poriniciante, começou a treinar duas vezes poriniciante, começou a treinar duas vezes poriniciante, começou a treinar duas vezes poriniciante, começou a treinar duas vezes porsemana e, aos poucos, foi aumentando parasemana e, aos poucos, foi aumentando parasemana e, aos poucos, foi aumentando parasemana e, aos poucos, foi aumentando parasemana e, aos poucos, foi aumentando paratrês, quatro e até cinco vezes. Hoje, ele setrês, quatro e até cinco vezes. Hoje, ele setrês, quatro e até cinco vezes. Hoje, ele setrês, quatro e até cinco vezes. Hoje, ele setrês, quatro e até cinco vezes. Hoje, ele sesente mais preparado e até já escalou o Picosente mais preparado e até já escalou o Picosente mais preparado e até já escalou o Picosente mais preparado e até já escalou o Picosente mais preparado e até já escalou o Picodo Marumbi.do Marumbi.do Marumbi.do Marumbi.do Marumbi.