LONA 692 - 10/04/2012
description
Transcript of LONA 692 - 10/04/2012
Curitiba, quinta-feira, 05 de abril de 2012
reda
caol
ona@
gmai
l.com
@jo
rnal
lona
lona.up.com.br
O único jornal-laboratório
DIÁRIOdo Brasil
Ano XIII - Número 692Jornal-Laboratório do Curso de
Jornalismo da Universidade Positivo
Curitiba, 10 de abril de 2012
Debate sobre o Orçamento Municipal 2013 está aberto à população
Projeto virtual busca discutir dilemas da
classe média brasileira
Pág. 2
Natação auxilia no desenvolvimento das
crianças
Pág. 4
Semana Jovem está em sua 5ª edição
Pág. 3
Brunno Covello/SMCS
Cada cidadão pode participar com três
perguntas queserão sorteadas para discussão
com representantes da prefeitura, em
consultas públicas
Pág. 3
Curitiba, quinta-feira, 05 de abril de 2012
Os deslizamentos de terras em Teresópolis – na serra fluminense - causaram a morte de cinco pessoas e, ao menos, outras mil ficaram desabrigadas. O pro-blema novamente não foi a chuva, fenômeno natural que, sabidamente, pode ocorrer na abundância desproporcional como essa que causou tamanha tragédia. Existem seguras formas de prevenção para o acontecimento, como: proibição de construções em áreas de risco e remoção das existentes, alerta pluviométrico (não resolve, mas serve como atenuante), construção de encostas e dutos de canalização, entre outras.
A raiz do problema está na administração pública, que, mesmo sabendo, com precisão científica, de quando, onde e como ocorrem estas fatalidades, não to-mam providências para saná-las. A mesma situação já havia acometido os mo-radores de Teresópolis em janeiro de 2011, deixando um saldo de quase 300 mortos e milhares de desabrigados. Para se ter uma ideia, na Síria que vive uma guerra civil não declarada, num dia de violentos combates como foi o último sá-bado (7), morreram em torno de 100 pessoas, ou seja, um terço dos que morrem, num único evento, pela inépcia do poder público em nosso país.
Mas ao olhar para a dimensão do que acontece no Rio de Janeiro, não se pode deixar passar incólume a semelhante realidade da capital paranaense. Não houve vítimas fatais de que se tenha notícia, mas bairros como Boqueirão, Xa-xim, Uberaba e redondezas, sofrem com a mesma frequência, da mesma falta de cuidados dos administradores municipais.
No último domingo (8), segundo o Simepar , choveu em Curitiba 35 milíme-tros, isso equivale a um terço do que se espera de chuva para o mês inteiro. Como resultado, casas foram inundadas e dezenas de pessoas ficaram desabri-gadas. Repetindo a dose do que acontece no Rio, os pontos problemáticos na cidade são sempre os mesmos, a periodicidade é sazonal e o descaso das autori-dades parece ser proporcional.
Há anos, moradores desses bairros, lamentam o aniversário de problemas que envelhecem junto com as promessas de solução. Enquanto nos coretos centrais da cidade as autoridades comemoram 319 anos de uma cidade linda, bem plane-jada e que, na ostensiva propaganda oficial, beira a perfeição.
2 2 2 2
Reitor: José Pio Martins|Vice-Reitor e Pró-Reitor de Adminis-tração: Arno Gnoatto | Pró-Reito-ra Acadêmica: Marcia Sebastiani |Coordenação dos Cursos de Co-municação Social: André Tezza Consentino|Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Za-clis Veiga Ferreira|Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima|Editoras-chefes: Renata Silva Pinto, Suelen Lo-rianny e Vitória Peluso|Editorial: Óscar Cidri
O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universi-dade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.
EditorialOpiniãoPrograme ou
seja programado
Em 1977, no Novo Mé-xico (EUA), um jovem loi-ro, magro e de óculos foi apresentado na delegacia de Albuquerque após ultrapas-sar um sinal vermelho em alta velocidade. Esse jovem de 22 anos, preso anterior-mente por outra infração no trânsito, representa fielmen-te o estudo feito por Douglas Rushkoff sobre a socieda-de moderna e sua nova eli-te dominante. Abandone a imagem do típico infrator jovem, bêbado e descompro-missado com sua bagagem intelectual - em pouco tem-po ele estaria programando sua vida. Simples assim.
Intitulado “Program or Be Programmed: Ten Comman-ds for a Digital Age” (Pro-grame ou seja Programado: Dez comandos para a Era Digital), o livro de Rushko-ff propõe a linguagem dos computadores como o novo meio de comunicação. Atra-vés de dez pontos princi-
Maximilian Rox
Chuva, sempre tão (im)previsível
pais, ele explica como ter uma vida digital saudável a fim de não cair no outro ex-tremo dessa classe: a que é programada por esse meio. A programação é necessária para que a máquina tenha utilidade, mas ela facilmente manipula. Suas facilidades logo se tornam indispen-sáveis. Ou você é daquelas pessoas que não viveria sem Facebook? Ou até mesmo sem um computador? Pense nisso, e tome cuidado.
A seção de Tecnologia da Gazeta do Povo trouxe nesta semana duas matérias valorizando o conhecimento da programação nas atuais profissões e no cotidiano das pessoas. O conhecimento dessa área virou um dife-rencial no mundo moderno. Pois aquele mesmo infrator, alguém que você não res-peitaria de imediato, fundou uma empresa que te domina há exatamente 37 anos. O nome dela é Microsoft.
Expediente
O site www.classemediasofre.tumblr.com é um dos mais originais projetos virtuais lançados no Brasil nos últimos anos. Editado desde janeiro de 2011 pelo escritor Alex Castro, possui aproximadamente dois milhões de acessos por mês. É um espaço bem peculiar e espirituoso, dedicado a repercutir os dramas da classe média brasileira, em tudo aquilo que ela tem de estereotipada e vitimada.
É uma delícia de ler, de forma simples e direta, este Brasil de contornos racistas, elitistas, que reclama dos voos domésticos, tem horror ao PT e faz questão de dizer que não é homofóbico. São diversos prints de con-versas em redes sociais relatando os sofrimentos de quem realmente move o país, discussões sobre os impostos “escorchantes que assolam os produtos nacionais e internacionais...”, tudo temperado com perspicácia e mor-dacidade.
Alex Castro reflete um Brasil que gostaria de ser Primeiro Mundo e que tem ojeriza à pobreza, que mal con-segue disfarçar o conservadorismo, incapaz de entender esse ‘gente’ que ouve música sertaneja e não tem I-Pad – mesmo que pago em seis prestações. Um país que economiza o ano inteiro pra passar 15 dias no exterior e depois ficar lembrando como lá fora as coisas são melhores... Um país que se enxerga em violência, corrupção, perversidade e imbecilidade, que não gosta de pagar gorjeta e remunerar bem as suas empregadas, um Brasil crente de que a futilidade nas redes sociais é exclusividade nacional – já que no ‘exterior’ são todos tão inteli-gentes e filosóficos, não?
Classe média “sofre”Daniel Zanella
Curitiba, quinta-feira, 05 de abril de 2012 3
População de Curitiba pode participar de debates sobre Orçamento Municipal de 2013
Daniel MartiniMarcela AndressaPamela Castilho
Serão feitas consultas públicas para que a população possa fazer sugestões para o Orçamento Municipal de 2013
Brunno Covello/SMCS
A partir de hoje a po-pulação curitibana pode participar de debates para fazer sugestões ao Orçamento Municipal de 2013. As consultas pú-blicas acontecerão nas regionais da cidade, das 19h às 21h, horário pró-
prio para cidadãos que trabalham 8 horas por dia.
O cidadão recebe um envelope que poderá pre-encher com três suges-tões, será feito um sorteio no local e o cidadão que estiver presente discutirá com um dos representan-tes da Prefeitura sobre a proposta.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura
de Curitiba, “são 37 se-cretarias no total. Espe-ra-se que 5 mil pessoas participem dos debates. É bom que o cidadão es-teja no local na hora do sorteio para que ele pos-sa discutir pessoalmente com um dos represen-tantes”.
Além dos debates presenciais, a popula-ção pode fazer suges-tões também pelo tele-fone discando 156 ou pelo Portal da Prefeitura (www.curi t iba.pr.gov.br).
Após todas as consul-tas públicas, as secreta-rias de Planejamento e Finanças irão tabular os dados e as sugestões. No mês de maio será exi-bido em uma audiência pública os resultados e as propostas escolhidas da população.
Locais dos debates
Dia 10
Rua da Cidadania do Pinheirinho – Rua Winston Churchill, 2033Rua da Cidadania do Boqueirão – Terminal do CarmoRua da Cidadania Boa Vista – Av. Paraná, 3600, Boa Vista
Dia 11
Cajuru, Escola Municipal Omar Sabbag - Rua Pedro Bochino, 140 – Vila OficinasCIC, Administração Regional da CIC - Rua Manoel Val-domiro de Macedo, 2460, CICPortão, Rua da Cidadania Portão - Rua Carlos Klemz, 1700, Fazendinha
Dia 12
Santa Felicidade, Rua da Cidadania Santa Felicidade - Via Vêneto s/nºMatriz, Rua da Cidadania Matriz - Praça Rui BarbosaBairro Novo, Rua da Cidadania Bairro Novo - Rua Tiju-cas do Sul, 1700, Sítio Cercado
Semana Jovem continua atésábado na capitalDaniel MartiniMarcela AndressaPamela Castilho
No último domingo, começou em Curitiba a quin-ta edição Semana Jovem, juntamente com o início do “Street of Styles”, encontro Internacional de Grafitti.
Palestras, exposições, gincanas e atividades es-portivas acontecem em toda a cidade.
A faixa etária estimada para o evento é de 15 a 29 anos. Os eventos da semana são realizados em conjunto com 15 secretarias e órgãos
municipais e conta com a parceria da secretaria Estad-ual da Educação para levar a programação dentro das es-colas estaduais.
No ano passado o evento contou com a participação de 4,5 mil jovens. São exi-bições de filmes, passeios turísticos, debates e cursos que tem como objetivo a ampliação do conhecimento pessoal e profissional.
O encerramento das ativ-idades acontecerá com uma festa na praça Osório, dia 14 abril. A festa terá duração de duas horas, das 14h da tarde às 16h e contará com diver-sas apresentações culturais.
Curitiba, quinta-feira, 05 de abril de 2012 4 Esporte
Natação ajuda desenvolvimento físico e comportamental de crianças
4 Esporte
A prática do esporte auxilia em diversos aspectos, contribuindo para a saúde física e mental. Os pais aprovam e as crianças também
A natação é um exercí-cio que desenvolve prati-camente todos os grupos musculares, além de ser uma atividade física sem impacto e auxiliar no de-senvolvimento neuromo-tor. Segundo a pediatra Gabriela Monticelli, “a prática dessa atividade é indicada para qualquer faixa etária a partir dos seis meses, pois tem uma grande amplitude de bons efeitos colaterais”.
A especialista afirma ainda que, para as crian-ças, já adaptadas ao am-biente aquático desde o útero, a natação amplia a relação de cumplicidade com os pais já que eles podem estar presentes durante as aulas. “Há o desenvolvimento da co-ordenação motora, da so-cialização e da memória.
A criança que pratica um esporte como esse se torna mais calma, desenvolve o apetite e a paciência. Há também o benefício para crianças deficientes, pois existe uma amplitude de movimento e resistência ao exercício no ambien-te aquático. Aumenta a capacidade cardiopulmo-nar, por isso crianças com asma podem ter os proble-mas respiratórios diminu-ídos com essa prática”, afirma.
Maria Isabel Manfron, mãe de Maria Emília, de seis anos, afirma ter colo-cado a filha para praticar natação porque é um es-porte completo. “Ouvi di-zer que traz muitos bene-fícios e melhora a saúde. Percebi que os problemas respiratórios dela [Ma-ria Emília] diminuíram, ela tem rinite, mas ulti-mamente não anda tendo crises. Ela também ficou mais disposta, mais li-
gada, por gastar bastante energia. Além disso, ela está menos suscetível a doenças. Minha filha ado-ra, não abre mão das au-las. Mesmo no inverno ela não para.”
Maria Isabel contou também que já praticou natação. “Fiz hidroginás-tica quando estava grá-vida da Maria Emília até os oito meses. Percebi um retorno bem positivo, aju-dou em várias questões, principalmente no parto.”
Amanda Peloia, for-mada em educação física e professora de natação explica mais sobre os be-nefícios do esporte: “A natação traz vários bene-fícios. Melhora no desen-volvimento motor, físico em geral, principalmente nessa faixa-etária. O co-ração e pulmão também melhoram bastante, além de colaborar com a orga-nização espacial.”
A professora afirma ainda que o esporte be-neficia não só o físico, mas o com-p o r t a m e n t o das crianças. “Nessa idade as crianças estão come-çando a ter contatos com as regras, a desenvolver d i s c i p l i n a . Durante as
Pamela CastilhoMarcela AndressaDaniel Martini
Maria Emília não abre mão das aulas de natação
aulas, ensino a guardar os objetos usados duran-te as aulas, isso também é trabalhado. Elas também começam a criar um sen-so de competição. Nós or-ganizamos campeonatos e elas adoram, não querem sair da água.“
Em relação a convivên-cia com os pais, Amanda afirma que sempre tem boas respostas dos pais. “Sempre tenho um bom feedback dos pais. Como eu pego a fase de transi-ção das crianças, os pais ficam de boca aberta com
as mudanças fantásticas que acontecem, tanto no corpo, como também no comportamento das crian-ças.”
ServiçoAcademia Nado Livre
– natação e fitness. Rua Nicolau José Gravina, 1948.
As aulas de natação para crianças a partir de seis anos custam de R$ 135 por mês a R$ 157 por mês.
Mais informações (041) 3372-2577 ou nado-livrecuritiba.com.br
Professora ensina alunos como nadar de costas
Dan
iel M
artin
i Daniel M
artini