LONA 699 - 19/04/2012

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[email protected] @jornallona lona.up.com.br O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil Ano XIII - Número 699 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, quinta-feira, 19 de abril de 2012 Estatização de petrolífera espanhola vira polêmica na Argentina Pág. 2 Jazz Central conta mais uma vez com a participação do coreógrafo norte- americano, Brian Thomas Pág. 4 “Dilma criou um padrão global para o combate à corrupção”, diz Hillary Clinton Agência Brasil Em visita diplomática ao Brasil, a secretária de Estado norta-americana elogiou o governo atual na primeira Conferência Anual de Parceria para Governo Aberto, em Brasília Pág. 3

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO

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Curitiba, quinta-feira, 19 de abril de 2012

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O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

Ano XIII - Número 699Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade Positivo

Curitiba, quinta-feira, 19 de abril de 2012

Estatização depetrolífera espanhola

vira polêmica naArgentina

Pág. 2

Jazz Central conta mais uma vez com a

participação docoreógrafo norte-americano, Brian

Thomas

Pág. 4

“Dilma criou um padrão global para o combate à corrupção”, diz Hillary Clinton

Agência Brasil

Em visita diplomática ao Brasil, a secretária de Estadonorta-americana elogiou o governo atual na primeiraConferência Anual de Parceria para Governo Aberto,em Brasília Pág. 3

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ExpedienteReitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consentino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editora-chefe: Suelen Lorianny | Repórter: Vitória Peluso | Pauteira: Renata Pinto | Editorial: Daniel Zanella.

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Joenalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

Ainda não é sensata a ideia de uma antologia histórica do século XXI, mas já é possível prever a importância da tecnologia em nossa dinâmica social e a transformação de nossas vidas a partir das novas ferramentas científicas. São computadores, celulares, carros inteligentes, e-books, redes sociais e as múltiplas possibilidades de interação e redução de distâncias que fazem de nossa época um momento único e multifaceta-do. [Recentemente, um cientista norte-americano anunciou a patente e a viabilização de um notebook ao custo de US$ 25 cada unidade.]

Podemos ver o fim das fronteiras e barreiras de comunicação, o contí-nuo barateamento e customização das tecnologias, além do fácil acesso à informação. Por outro viés, é possível perceber o caráter naturalmente capitalista dos meios de produção, interessados, muitas vezes, em ace-lerar a Lei de Moore – aquela que prega que a cada dezoito meses uma tecnologia inventada se torna defasada – aumentando, assim, a ingestão tecnológica, em um regime cíclico e vicioso.

O Brasil, de forma evidente, aproveita-se de sua estabilidade econô-mica e política, de passar à margem das crises crônicas dos países de Primeiro Mundo e se configura como um personagem essencial do jogo tecnológico, uma potência com mais de 250 milhões de linhas telefôni-cas, com vendas de computadores, entre desktops, notebooks, netbooks e tablets, que devem atingir quase 18 milhões de unidades em 2012. Somos a sexta maior economia do mundo, com a ascensão significativa das camadas mais baixas às redes de consumo.

Ainda sofremos muito com o nosso atraso sistêmico, a tributação elevada e as dificuldades na formação de pesquisadores, o que nos força a adquirir tecnologia de fora. Mas o desafio principal de nossos gover-nantes ainda é inserir sua população no contexto dos avanços de nosso tempo, ou seja, transformar todos os seguidos predicados que o Brasil ostenta ao exterior em maiores possibilidades para seus cidadãos.

Converter dados positivos em bem-estar social.

Editorial

Economistas são taxativos no que tange à estatização da YPF, a Petrobras da Argenti-na: novamente los hermanos deram um tiro no pé. A ação, enviada ao Congresso Nacio-nal do país vizinho pela pre-sidenta de centro-esquerda Cristina Kirchner causou mal-estar entre a diplomacia espa-nhola e argentina, isso porque a empresa que detinha os direi-tos administrativos da YPF, a Repsol, é espanhola e perderá o monopólio do mercado de combustíveis na Argentina.

A motivação portenha para fundamentar a nacionalização da YPF é de que a Repsol não tem cumprido os investimen-tos prometidos e desencadeia um processo de importação de hidrocarbonetos no país.

É fato que a produção de combustível no país caiu cer-ca de 35% nos últimos anos, o que levou o país a gastar mais de US$ 9 bilhões para suprir a demanda. Demanda, aliás, que sofreu em 2011 com a falta de “gasosa” em território argenti-no.

A presidenta foi feliz? Ora, em 1991, quando a YPF era estatal a Argentina era autos-suficiente na produção de com-bustíveis. Veio o progresso, a modernização. Menem, então presidente, baixou um decre-to presidencial (as nossas fa-mosas medidas provisórias) e passou o controle da estatal à iniciativa privada. Deu no que deu.

A preocupação da presi-denta Kirchner, entretanto, por

Populismo de Kirchner e gasosa argentina

Aline Reis

Opinião

mais que aparente, não deve ser somente a satisfação dos e das motoristas argentinas. Uma pesquisa extraoficial fei-ta pela Management e Fit re-velou que a popularidade de Kirchner caiu cerca de 17% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os moti-vos que levaram los hermanos à insatisfação com o governo da presidenta estão a inflação, o desemprego e, sobretudo, o aumento de impostos, confor-me a mesma pesquisa.

Para analistas políticos a in-tenção desta medida é acalan-tar os corações nacionalistas e agradar o povo argentino. Po-pulismo típico do casal Kirch-ner, mas que, de forma alguma, pode ser culpado pelas desgra-ças econômicas argentinas, que vêm desde o governo Menem, este sim munido de ideais ul-traliberais. O Kirchner anterior começou a ajustar os ponteiros renegociando a dívida externa do país com o Fundo Monetá-rio Internacional (FMI), mas esse próprio fundo não vê com bons olhos a nacionalização proposta pela Kirchner atual.

A estatização da “gasosa” argentina, antes de econômica, é uma medida política. Não se pode governar num país com o povo insatisfeito. De todos os males que o populismo pode trazer, o fazer com que o povo se sinta bem é o menor. Agora resta aos e às argentinas torcer para que o preço da “gasosa” baixe e que não falte combus-tível para os carros e para Ar-gentina seguirem.

Carta do Leitor

Eu não sei por que a igreja ainda trata com tanto desrespeito a opção sexual das pessoas. Não entende qual é a relação entre preferência sexu-al e a fé de cada um. Eu acredito sim que a escolha do lugar não tenha sido pensada para provocar os religiosos e afins e sim por ser um dos prin-cipais pontos históricos da cidade. Não gosto de saber que tem uma or-ganização que apenas olha para o próprio umbigo e impede outras pes-soas de serem felizes com seus direitos garantidos como qualquer outro. (sobre o texto da bandeira da parada da LGBT)

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

Luís Zavan, 5º período do curso de Jornalismo da Universidade Positivo

Brasil tecnologicamente atrasado

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Curitiba, quinta-feira, 19 de abril de 2012

O presidente da Alemanha, Christian Wulff, renunciou depois de uma série de escândalos em que ele estava envolvido.

“A Alemanha precisa de um presidente que conte com um amplo apoio da população”, disse o presidente. ‘’Estou convencido de que as investigações vão comprovar minha

inocência”.

Em Curitiba, João Claudio, Derosso deix-ou a presidência do legislativo municipal em março deste ano, acusado por nepotismo.

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Em visita ao Brasil, Hillary Clinton elogia condutas de DilmaEm reunião com a presidenta, a secretária de estado norte-americana falou sobre a transparência do governo e o combate de corrupção no Brasil

Anteontem foi o últi-mo dia que a secretária de estado americana Hillary Clinton ficou no Brasil. Em sua visita, ela discutiu temas como o acordo livre de comércio entre o Brasil e os Estados Unidos, cor-rupção e transparência.

Em relação à transpa-rência, ela elogiou o traba-lho que a presidente Dilma vem fazendo à questão. “A sua dimensão econô-mica [do Brasil] se torna cada vez mais importante, não só para os dois países, mas para o mundo”, disse a secretária. Hillary ainda falou sobre a corrupção no país, dizendo que Dil-ma criou um padrão global para o seu combate.

Ao analisar a declara-ção da secretária norte-americana, o professor de teoria política da Univer-sidade Positivo Pedro Elói Rech questiona a conclu-são de Hilary. “É inegável que o Brasil apresenta in-centivo à transparência e que isso colabora na luta contra a corrupção. Porém, é improvável que a ameri-cana acompanhe a política brasileira o suficiente para poder dizer que o país está estabelecendo um padrão mundial’’, disse o profes-sor. “Provavelmente, foi um elogio de aproxima-ção”.

Apesar de Rech consi-derar a declaração da se-cretária sobre a corrupção muito importante, afirma que o combate não é algo muito perceptível no Bra-sil. “O que para nos fica difícil é ter ações visíveis de combate à corrupção, teríamos que fazer uma análise do modelo de go-vernabilidade do Brasil.’’ Mesmo assim, Rech afir-ma que não podemos dizer que essa declaração não tem fundamento nenhum, afinal Dilma trocou re-centemente os principais ministros do seu governo devido a denúncias de cor-rupção.

Rech lembra que Dil-ma acabou de retornar dos EUA, onde foi promover o programa Ciência Sem Fronteiras, apesar de não saber se a visita de Hillary teve al-guma ligação com a viagem da presi-dente.

Roteiro da visita

No primeiro dia, ela partici-pou de encontro com empresários da Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI), e defendeu um acordo comercial entre Brasil e Es-tados Unidos. “É claro que a nos-

sa relação implica maior crescimento, mas precisa-mos resolver alguns pro-blemas, como eliminar a bitributação e considerar um acordo de livre comér-cio”, disse a secretária, em entrevista ao portal G1. Outros países já têm esse acordo prestes a vigorar; na Colômbia, o acordo en-trará em vigor no dia 15 de maio.

Ela também participou de uma reunião com a pre-sidente Dilma Rousseff. No encontro, as duas deba-teram questões a respeito da transparência do go-verno sobre uso de verba pública em diversas áreas, como destino do dinheiro arrecadado com impostos e gastos do governo.

Hillary afirmou que transparência é a cura para

a corrupção e elogiou o governo de Dilma dizendo que o Brasil se tornou um exemplo mundial na luta contra a corrupção.

Nesse ano, o Brasil é co-presidente da OGP (Open Government Par-

Hillary Clinton em coletiva após reunião no Itamaraty.

Matheus KlockerJulio RochaVictor Morau

tnership), uma iniciativa internacional com o objeti-vo de incentivar governos a promover transparência, luta contra a corrupção, participação social, como tentativa de tornar os go-vernos mais abertos.

Veja mais sobre corrupção pelo mundo

Agência Brasil

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Curitiba, quinta-feira, 19 de abril de 2012

Organizadora fala do evento de dança Jazz Central

4 Geral

Curitiba é novamente palco da segunda mostra internacional de jazz, o Jazz Cen-tral. O evento traz à comunidade da dan-ça curitibana a oportunidade de ter cursos com profissionais de renome internacio-nal.

A primeira edição do evento contou a presença do diretor, coreógrafo e bailarino americano Brian Thomas, que retorna nes-ta segunda edição. O bailarino conta com um currículo estrelado, com trabalhos ao lado de Michael Jackson, Pink, Ricky Martin, Beyoncé, Whitney Houston e ou-tros. Confira uma entrevista com a diretora do evento, Mariana Feitosa.

O que é o Jazz Central?É um evento de dança jazz, sem cunho

competitivo, em que as pessoas encontra-ram-se para fazer uma troca de experiências e histórias de vida.

Como que começou essa parceria com o coreógrafo americano Brian Thomas?

Na realidade, ele já esteve aqui no Brasil três anos atrás: foi onde eu o conheci, num evento competitivo de dança. Ele veio como professor convidado, e eu trabalhei como in-térprete dele. Como ele dava aula uma vez ao dia, e o resto do tempo eu tinha que ficar junto com ele, começamos a conversar mui-to e descobrimos que tínhamos muita coisa em comum. Assim surgiu a ideia de fazer um evento nosso, que não fosse competitivo.

Quais os trabalhos que Brian Thomas já realizou no exterior?

Ele já trabalhou com mui-ta gente famosa. Posso citar Michal Jackson, Usher, Ri-cky Martin, Beyoncé, Whit-ney Houston, Lisa Minnelli, a lista é bem longa.

Este ano o Jazz Central acontece durante uma se-mana. Quais são as novida-des para esta edição?

Este ano a novidade em termos de cursos é o curso de MTV Style Video, em que ele vai coreografar e filmar no estilo de um videoclipe para a MTV.

Como surgiu a ideia de oferecer aulas para ONGs?

É uma coisa que eu sem-pre quis fazer e há três anos, quando eu estava conversan-do com Brian Thomas, ele também comentou que sem-pre quis fazer um trabalho de inclusão social, e assim conseguimos fechar mais ou menos como seria o nosso

evento trabalhando com crianças carentes.

Quais são os tipos de curso que as pessoas podem se inscrever?

Nós temos quatro cursos. Jazz intermediário, jazz avançado, o workshop coreográfico e o MTV Style Video.

Quantas pessoas são esperadas para este ano?

No ano passado, nós tivemos por volta de 200 participações; este ano já estamos com mais de 300, e as inscrições continuam abertas.

Onde os ingressos para as mostras são en-contrados?

Diretamente com a organização ou diretamen-te no teatro, nos dias dos espetáculos.

Você também está envolvida com a primei-ra Bienal de Dança, que acontece de 22 a 29 de abril logo após o Jazz Central. Conte-nos um pouco sobre o evento.

Será um grande evento, pois os organizadores estão trazendo muita gente de fora do Brasil. Eu sei que tem uma companhia bem famosa dos Es-tados Unidos, da Polônia e muita gente boa da-qui do Brasil também. Vai ter cursos, palestras, workshop, a preços bastante acessíveis. Reco-mendo muito.

ServiçoA programação do Jazz Central conta com os

cursos Jazz Intermediário, Avançado e Workshop Coreográfico, uma mostra avaliada por Brian Thomas e o MTV Style Video, que está encer-rando hoje.

Os cursos acontecerão de sexta-feira a do-mingo e todos serão ministrados pelo coreógra-fo Brian Thomas. O nível intermediário será nos dias 20 e 21, das 10 às 11h30, o avançado será nos mesmos dias das 13h30 às 15h. Já o Workshop será nos três dias, sendo que nos dois primeiros irão das 15h15 às 17h45 e no domingo será das 10h45 às 12h45. A idade mínima para participar do Workshop é 14 anos e o nível recomendado é avançado.

A mostra avaliada contará com duas noites de apresentação, e Brian estará na plateia como ava-liador. Essa mostra não possui caráter competi-tivo.

Div

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ção

Matheus KlockerJulio RochaVictor Morau

Organizadores do evento Brian Thomas e Mariana Feitosa

Coreógrafo renomado volta para participar da segunda mostra interncaional de jazz de Curitiba