LONA 783 - 03/06/2013

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Voluntários se organizam para distribuição de alimentos e roupas a pessoas que não têm onde morar. Semanal- mente, o grupo visita pelo menos oito pontos da cidade com grande concentração de pessoas em situação de rua. O projeto, que teve início em 2012, é chamado Rango de Rua e arrecada, prepara e distribui alimentos para a população em situação de rua por toda a cidade de Curitiba. Página 3 Página 2 “É de extrema importância que esses anos de ditadura sejam expostos, que ver- dades cheguem e crimes se- jam apurados”. Ágatha San- tos. Ditadura “O que questiono – sobre- tudo a mim mesmo – é o seguinte: seria o suicídio um ato covarde ou cora- joso?” João Lucas S. Dusi. Suicídio O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Daniel Mocellin. Por Onde Anda? lona.redeteia.com Quarta-feira, 03 de junho de 2013 NotíciAntiga No dia 3 de junho de 1924, o escritor Franz Kaf- ka morreu vítima de tuberculose. Com apenas 40 anos, Kafka deixou um conjunto de vários livros sem publicar. Seu desejo era que os escri- tos fossem queimados após sua morte. Porém, seus trabalhos foram publicados e são reconhe- cidos até hoje. Mais informações: www.simepar.br Mín. 7ºC Máx. 18°C Curitiba Ano XIV Edição 7834 Conheça os projetos de Quentin Tarantino que vão além dos filmes de sucesso dirigidos pelo ameri- cano. Muitas nuvens Projeto distribui alimentos a desabrigados em Curitiba Canoagem Solidária A competição de canoagem que aconteceu no lago da Universidade Positivo na última quarta-feira tem como objetivo motivar crianças com alguma defi- ciência (física ou intelectual) a praticar esportes. O organizador do evento é o tricampeão de canoagem e ex-BBB Fernando Fernandes, que perdeu o movi- mento das pernas após um acidente de carro. Página 3 Universitários não se interessam por política Uma enquete realizada pelo Lona com uma amostragem de 300 alunos universitários aponta o desinteresse dos es- tudantes de ensino superior a respeito das pautas discutidas na Assembleia Legislativa do Paraná. A maioria dos 12% de jovens que afirmam acom- panhar constantemente as discussões da Assem- bleia dizem ter interesse maior por assuntos como a maioridade penal e dis- cussões sobre os planos de carreira de servidores públicos. Maria Carolina Lippi

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO

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Voluntários se organizam para distribuição de alimentos e roupas a pessoas que não têm onde morar. Semanal-mente, o grupo visita pelo menos oito pontos da cidade com grande concentração de pessoas em situação de rua. O projeto, que teve início em 2012, é chamado Rango de Rua e arrecada, prepara e distribui alimentos para a população em situação de rua por toda a cidade de Curitiba.

Página 3

Página 2

“É de extrema importância que esses anos de ditadura sejam expostos, que ver-dades cheguem e crimes se-jam apurados”. Ágatha San-tos.

Ditadura

“O que questiono – sobre-tudo a mim mesmo – é o seguinte: seria o suicídio um ato covarde ou cora-joso?” João Lucas S. Dusi.

Suicídio

O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Daniel Mocellin.

Por Onde Anda?

lona.redeteia.comQuarta-feira, 03 de junho de 2013

NotíciAntigaNo dia 3 de junho de 1924, o escritor Franz Kaf-ka morreu vítima de tuberculose. Com apenas 40 anos, Kafka deixou um conjunto de vários livros sem publicar. Seu desejo era que os escri-tos fossem queimados após sua morte. Porém, seus trabalhos foram publicados e são reconhe-cidos até hoje.

Mais informações: www.simepar.brMín. 7ºC Máx. 18°C

Curitiba

Ano XIVEdição 7834

Conheça os projetos de Quentin Tarantino que vão além dos filmes de sucesso dirigidos pelo ameri-cano.

Muitas nuvens

Projeto distribui alimentos a desabrigados em Curitiba

Canoagem Solidária

A competição de canoagem que aconteceu no lago da Universidade Positivo na última quarta-feira tem como objetivo motivar crianças com alguma defi-ciência (física ou intelectual) a praticar esportes. O organizador do evento é o tricampeão de canoagem e ex-BBB Fernando Fernandes, que perdeu o movi-mento das pernas após um acidente de carro.

Página 3

Universitários não se interessam por políticaUma enquete realizada pelo Lona com uma amostragem de 300 alunos universitários aponta o desinteresse dos es-tudantes de ensino superior a respeito das pautas discutidas na Assembleia Legislativa do Paraná. A maioria dos 12% de jovens que afirmam acom-panhar constantemente as discussões da Assem-bleia dizem ter interesse maior por assuntos como a maior idade penal e dis-cussões sobre os planos de carreira de ser vidores públ icos .

Maria Carolina Lippi

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P2 Segunda

OPINIÃO

ReitorJosé Pio Martins

Vice-Reitor e Pró-Reitorde Administração

Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica

Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo

Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador

Ana Paula MiraEditores-chefes

Júlio Rocha e Marina GeronazzoEditorial

Júlio Rocha

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positi-vo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30Fone: (41) 3317-3044.

EditorialBrincadeira de mau gosto

junho, 2013

Por Onde Anda?

Ágatha Santos

Daniel Mocellin

Depois de o bullying entrar na moda, qualquer brincadeira besta virou motivo para reclamações e acusações. Qualquer piadinha e gozação pas-sou a ser vista por muitos como uma grave ofensa à humanidade. Ao mesmo tempo, muitos se levanta-ram contra o humor po-liticamente correto defen-dendo que o povo estava recebendo mal brincadei-ras supostamente inocen-tes.O humor negro, defendido

com força por muitos, tem seus limites. A partir de certo ponto, o engraçado se torna cruel e as risadas vêm do sofrimento alheio. Esse é o caso do “estupro” pelo facebook (existe in-clusive a hashtag no twit-ter #FBrape). Por alguma razão doentia, um grupo crescente de pessoas acha engraçadíssimo humilhar mulheres e garotas nas re-des sociais.A demonstração dessa misoginia, de origem apa-rentemente desconhecida,

está resultando em prob-lemas que vão além dos xin-gamentos no twitter. Uma jovem italiana de 14 anos se suicidou após receber uma série de ofensas no face-book por ter aparecido bêbada em um vídeo que circulou pela rede. O site de Mark Zuckerberg está sendo processado por ter dado espaço para o bully-ing contra a menina, além de ter sido alvo de críticas por deixar passar por tem-po prolongado um vídeo da decapitação de uma

mulher.Estes são dois (de vários) exemplos de como uma grande massa de usuários das redes sociais alimenta um prazer mórbido pelo sofrimento alheio, espe-cialmente de mulheres. O facebook se tornou um mecanismo seguro para agredir sem sofrer repri-mendas. As piadinhas e os pensamentos obscuros, que antes eram compar-tilhadas em círculos pequenos de pessoas maldosas , encontraram

o ambiente perfeito para se disseminar.Mesmo com a política do site contra o uso de imagens agressivas e de conteúdo sexual, é comum que se esbarre eventualmente em algu-ma foto de pessoas mu-tiladas ou mulheres com pouca (ou nenhuma) roupa. Um triste exemplo de mau uso do facebook e da tolerância do público que pouco faz para evitar que esse tipo de conteúdo tenha espaço.

Acervo Pessoal

Comissão da Verdade

É preciso comentar já no primeiro parágrafo que Luís Inácio Lula da Silva, o Lula, e Dilma Roussef, a presidenta, viveram os “anos de chumbo” deste país – foram vítimas perseguidas por terem ideo-logia política de esquerda – e nem assim estes anos foram desvendados. Continuam si-lenciados a sete chaves. Nen-huma política destes resolveu essa importante questão que mancha a história do Brasil.Nesta última terça-feira, 28, a historiadora Dulce Pandolfi e a cineasta Lúcia Murat presta-ram depoimentos carregados de emoção para à Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, neste depoimento elas relataram as agressões

que sofreram durante o Re-gime Militar. Foram relatados afogamentos, diversos tipos de abuso sexual e choques elétricos, o que levou as lágri-mas quem assistia ao plenário da Assembleia Legislativa do Rio.Dulce foi membro da ANL (Aliança Nacional Liberta-dora) – organização armada da esquerda. Em 1970, após fugir do Recife para o Rio de Janeiro já por motivos de repressão, a historiadora foi presa em agosto do mesmo ano. Durante a prisão foi remetida a torturas inimag-ináveis. “As sessões de tortura só acabavam quando eu atin-gia o meu limite”, foi o que afirmou a vítima, além de ter

o corpo paralisado por ter sido injetado, a força, o “soro da verdade” e porque um médico, Dr. Amilcar Lobo, era integrante do regime e autorizou que as torturas continuassem. Dulce ficou presa por 1 ano e 4 meses, ela afirma que é fundamental trazer a tona essas verdades para construir um país mais justo e humano.A cineasta Lúcia Murat ficou presa 3 anos e meio e tam-bém relatou os momentos de horror. Murat foi vítima de abusos sexuais, teve bara-tas introduzidas na vagina por militares, ficava pendu-rada em um pau de arara entre outras coisas terríveis. A cineasta conta que tentou

se suicidar 2 vezes e chegou a implorar para ser morta pois, era preferível a morte do que os terrores aos quais era vítima. Além disso, Lúcia afirmou que as companheiras de cela eram vítimas desse re-gime também. Assim como Dulce, a cineasta fala sobre a importância de contar que foram sim praticados crimes de lesa humanidade durante a ditadura e cita nomes de criminosos - como o militar Nagib.O presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, o advogado Wa-dih Damous disse que a im-portância da comissão está em relembrar os jovens que a tortura já foi instaurada –

nos anos 60 – como política de Estado no país. Para Átila Roque, diretor-executivo da Anistia Internacional do Bra-sil, a comissão da verdade tem o importante papel de revelar os crimes de lesa hu-manidade cometidos durante o regime. Portanto, é de ex-trema importância que esses anos de ditadura sejam exp-ostos, que verdades cheguem e crimes sejam apurados. Quem sabe assim a sociedade brasileira, o Estado e as insti-tuições são colocados diante do imperativo da justiça, que parece não funcionar como deve.

Depois de formado (estu-dei de 2006 a 2009), comecei a estudar marketing e logo de-pois consegui um emprego em uma multinacional. Mas com poucos meses de trabalho novo, percebi que a vida empresarial não tinha muito a ver comi-go. Então decidi largar tudo e comecei sozinho um pro-jeto que envolvia aquilo que eu gostava no jornalismo: a comunicação na internet e fotografia, junto de uma área que sempre me desper-tou muito interesse, a gas-tronomia. Então criei o Por-tal CWB Gourmet (www.cwbgourmet.com.br), que entrou no ar em fevereiro do ano passado. O projeto me rendeu muitos frutos, tanto que precisei paralisá-lo temporariamente, pois apareceram diversos esta-

belecimentos que precisa-vam de um cuidado com a comunicação. Foi então que eu abri a minha agência de gerenciamento de redes so-ciais e aqui estou mexendo com comunicação online, principalmente para restau-rantes e bares. Esses clientes também renderam muitos trabalhos que vocês podem ver no meu portfólio de fotografia gastronômica, em www.fotocomsabor.com.br.

Ano passado também foi muito especial porque lancei um livro-fotográfico reportagem sobre a vida na Ilha do Mel, que na ver-dade foi o meu TCC de jor-nalismo. O nome do livro é: “Bem-vindo a Nova Brasília, a vida na Ilha do Mel”.

João Lucas S. DusiCovardia ou Coragem?O Monte Fuji, além de

ser a montanha mais alta do Japão, é também um vulcão ativo. Apesar do baixo risco de erupção, no ano 864 ele irrompeu. Com a secagem da lava, uma flo-resta cresceu naquele local, tão extensa que era chama-da de “Mar de Árvores” – ou, originalmente, “Ju-kai”. Hoje, a mesma região é chamada de Floresta Aokigahara, ou como é popularmente conhecida: Floresta do Suicídio. Em média, mais de 100 corpos são encontrados por ano – em avançado estado de pu-trefação ou já decompostos (apenas a ossada).

A partir do método em qual era especialista, o aforismo, no livro Além do Bem e do Mal, o filó-

sofo alemão Nietzsche afir-ma que o pensamento do suicídio é um forte conso-lo, pois com ele podemos passar mais de uma noite. Sejam por problemas mundanos ou existenciais, há quem não tenha pen-sado, nem que por apenas um momento, em desistir de tudo?

Sem mais papo furado, o que questiono – sobre-tudo a mim mesmo – é o seguinte: seria o suicídio um ato covarde ou cora-joso? Posso me posicionar desde já, se assim preferi-rem: digo que é uma ação que demanda uma deter-minação inimaginável e uma enorme coragem para ser executada. Para definir melhor meu posiciona-mento, preciso passar

minha visão e divagar so-bre algumas questões que me fizeram enxergar não só este ato popularmente execrável (i.e., o suicídio), mas tudo, de uma forma diferente: o Nada e Juízo de Valor.

Nada com o N maiús-culo, sim. Refiro-me à ausência absoluta de qual-quer sentimento, sentido, matéria; um “lugar” (ou seria não-lugar?) que a imaginação pode ter uma parca ideia do que se trata, mas poderia figurar por completo. Talvez um sui-cida em potencial consiga, apesar de ainda que ge-nericamente. Digo generi-camente devido ao fato de concebermos o mun-do através dos sentidos e partindo do princípio de

que sentimentos são de-rivados de descargas hor-monais naturais, sendo tecnicamente impossível chegar a um vazio absolu-to. O máximo que podem-os tentar é controlar o humor através de re-médios de tarja preta, reduzindo nossa psique a uma experiência mi-rabolante da indústria farmacêutica, negando o próprio Eu que gritaria agoniado se não estivesse afogado num rio de quími-ca.

O juízo de valor tenta nos apontar o que é certo e o que é errado, partindo de princípios ilusórios (não naturais) oriundos da mente humana (racio-nal e fértil) a fim de reger a humanidade de modo

a não predominar o caos do homem em seu estado natural (animalesco, ten-do como necessidade se alimentar e reproduzir). O suicida nega juízos de va-lores, estando além do bem e do mal, não mais preocu-pado com definições que regem a sociedade. Ele está errado por isso? Qual a real importância ou honra de um trabalho de 8 ou 12 horas por dia que vai te fornecer um punhado de papel sujo (dinheiro) para que seja possível desfru-tar da prisão social que o homem criou para si mes-mo? O suicida reconhece a condição perecível do ser, nega o ilusório teatro so-cial e, determinado, se en-trega à tarefa mais corajosa possível: desbravar o nada.

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GERALSEGUNDA03 JUNHO, 2013P3

Projeto “Rango de Rua” leva alimento a moradores da rua de Curitiba

LIS CLAUDIA FERREIRA

Todas as sextas à noite o advogado Ivo Cruz tem um compromisso que para ele é muito especial. Ivo inicia sua jornada às 21h e só termina perto das 3h da madrugada. O advogado participa junta-mente com outros voluntá-rios do “Rango de Rua”.O Rango de Rua arrecada,

prepara e distribui alimentos para a população em situação de rua por toda a cidade de Curitiba. O projeto teve inicio em 2012 e inicialmente era realizado por alguns amigos que se reuniam e cozinhavam em suas próprias casas. Após a divulgação em redes sociais mais pessoas decidiram se voluntariar e um restaurante da cidade cedeu espaço para o preparo das refeições que depois são distribuídas em embalagens de isopor.O trabalho do grupo co-

meça no início da semana, quando o cardápio é defini-do e se iniciam as arre-cadações dos alimen-tos que geralmente são doados pelos próprios voluntários. Na sexta--feira às 21h o grupo se encontra para colo-car as refeições previa-mente preparadas nas embalagens de isopor e seguem para o centro da cidade. Por volta de 23h iniciam a distribui-ção da qual participam aproximadamente 15 voluntários que se reve-zam semanalmente. O ponto inicial é a Praça Tiradentes, depois o grupo segue passando pelos locais em que as pessoas que mo-ram na rua costumam se abrigar para dormir.

Resgate Social

Para Ivo o objetivo do pro-jeto vai além da distribuição de alimentos: “Mais do que alimentar nós queremos res-gatar”, diz. O grupo já possui parceria com uma Clínica de Reabilitação para dependen-tes químicos: “Nós cadastra-mos as pessoas, identificamos quem tem dependência quí-mica e querem ajuda, ofere-cemos tratamento e tentamos tirá-las da rua”, declara Ivo. “Se não houvesse mais pes-soas morando na rua seria maravilhoso”. Os voluntários do Rango de Rua também orientam as pessoas que vi-vem em situação de rua so-bre solicitação de benefícios a que tenham direito, ajudam a conseguir trabalho e em al-guns casos, auxiliam no retor-no à cidade de origem.Muitas pessoas em situação

de rua já conhecem os vo-

luntários e os esperam para se alimentar antes de dormir: “Eles são como anjos”, decla-ra Paulo, que vive na rua há 5 anos. “Se eu ganho comida eu não uso o crack, quando

eu fico com fome eu dou um jeito de conseguir dinheiro e acabo comprando a droga também”.A química Márcia Capudi

participa do Rango de Rua desde dezembro de 2012 e conta sua experiência: “Eu fui convidada para partici-

par da Ceia de Natal e quando vi como era eu fiquei encanta-da”. Segundo ela, o grupo nunca sofreu nenhum tipo de violência ou agressão por parte de pessoas que moram na rua.Para alguns é

difícil olhar de perto a realidade das ruas, o técni-co em qualidade Carlos Eduardo

Cordeiro conta que quando começou, chegava em casa e não conseguia dormir: “Eu estava no meu quarto, com meu cobertor quentinho e me lembrava que muitas pessoas estavam passando

frio nas ruas”.Segundo Tatiane Correa,

uma das idealizadoras do Rango de Rua, o trabalho fica um pouco mais difícil no in-verno, pois cai o número de voluntários e aumentam as

necessidades de quem mora na rua. Contato para ajudar por meio de doações ou vo-luntariado pode ser feito por meio da página do Rango de Rua no facebook.

“Eu estava no meu quarto, com meu cobertor quentinho e me lembrava que muitas pessoas es-tavam passando frio nas ruas.”

Desde 2010 o Movimento Nacional de População de Rua (MNPR) em parceria com o Núcleo de Comunica-ção e Educação Popular (NCEP) da Universidade Fed-eral do Paraná, propuz e distribui o jornal “A Laje”. O jornal é uma publicação mensal feita por alunos do curso de jornalismo e busca dar voz à população em situação de rua. Semanalmente são realizadas reuniões para definições de pautas e os integrantes do projeto vão a campo para apurar informações e fazer as matérias com a população da rua.Paulo mora na rua e é leitor fiel do jornal: “Eu leio, fico sabendo do que está acontecendo, nós também quere-mos informação”, declara. Segundo Paulo, a iniciativa é bem vista por todos que moram na rua: “Alguém se importa a ponto de fazer um jornal sobre a vida na rua”.O periódico pode ser acessado por meio do link www.jornalalaje.worpress.com ou na versão impressa dis-tribuída na cidade.

Estudantes fazem Jornal para a população em situação de rua

Desde 2012, projeto mobiliza voluntários que, semanalmente, preparam comida para desabrigados

Aconteceu na última quarta-feira (29), no lago da Universidade Posi-tivo, a terceira edição da “Canoagem Solidária”, evento que tem por obje-tivo mobilizar e incenti-var crianças que tenham algum tipo de deficiência física, visual e intelectual para a prática do pa-radesporto.O tricampeão mundial em canoagem, Fernando Fernandes, famoso por ter participado da segun-da edição do reality show “Big Brother Brasil”, é o criador e incentivador do evento. Após ter sofrido um acidente de carro e perdido a mobilidade dos membros inferiores, Fer-nando descobriu no des-porto uma saída para a sua reintegração social, e a motivação para se-guir a vida.

Com o auxílio de alunos do curso de Educação Física da universidade e de outros atletas presen-tes, Fernando orientou cerca de 70 crianças no lago (oriundas de institu-ições de apoio ao defici-ente, da comunidade e da Associação Maria Amé-lia), e mostrou que, por mais que as crianças se sintam presas em suas ca-deiras, dentro do caiaque elas têm tanta mobilidade quanto qualquer outra pessoa.“Redescobri a minha vida na canoagem. Quando se sofre uma fratura medular e perde os movimentos, a grande dúvida é saber como sua vida será dali para frente. E o caiaque me traz o equilíbrio ne-cessário, tanto físico quando mental. Quando estou dentro do caiaque,

a sensação é de que eu es-tou andando novamente”, diz Fernandes.Além das atividades, aconteceu pela manhã uma palestra com o tema “Canoagem para a edu-cação ambiental”, minis-trada por Fernando Fer-nandes no auditório do bloco azul, na qual conversou com as crianças e pessoas presentes sobre a interação que a canoa-gem proporciona com a na-tureza. O paratleta ainda fa-lou sobre o retorno que

tem deste projeto e o quanto lhe é gratificante: “Quando você vê a cri-ança entrando no caiaque e sorrindo, é a melhor sensação e retorno que se pode ter, e isso vale muito mais que uma medalha de ouro, porque ela é uma conquista individual e o projeto é uma motivação maior, eu não remo pela minha vitória e sim pelo ganho das crianças; são elas as vencedoras. Esta é a minha motivação”, de-clara Fernandes.

Em cenário nacional, Cu-ritiba é o polo da canoa-gem e o Paraná está bem avançado no incentivo ao esporte adaptado. Se-gundo Décio Roberto Calegari, Coordenador do Paradesporto da SEES (Secretaria Especial do Esporte do Paraná), a ide-ia é começar a divulgação na capital e estender o in-centivo às cidades do in-terior do estado com mais índice de pessoas com de-ficiência.

Evento de canoagem incentiva a prática de paradesportos

LUCAS SOUZA

O tricampeão de canoagem e ex-BBB Fernando Fernandes, que perdeu o movimentos das pernas, organiza a disputa que aconteceu no lago da Universidade Positivo

Lis Claudia

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SEGUNDA03 JUNHO, 2013

P4 Política

Jovem curitibano mostra pouco interesse pela Assembleia Legislativa do Paraná

tal, somente 25% acom-panham o trabalho do seu candidato depois de eleito. O linkbuilder Vi-tor Assanuma, de 22 anos, argumenta sobre esse baixo índice de acompan-hamento da Assembleia Legislativa pela juven-tude: “A desmotivação se dá porque nas escolas, no ensino fundamental e mé-dio, não se dá a importân-cia do ensino político.”Também seguiu alto o ín-dice de desinteresse políti-copor parte da juventude curitibana. Cerca de 85% dos entrevistados respon-deram que o jovem hoje tem pouco interesse na política. O programador Tobias Cavichioli, de 24 anos, justifica esse dado: “A juventude de hoje em dia é revolucionária de sofá, acha que simples-

mente compartilhar sua indignação em redes sociais vai movimen-tar algo. Antigamente tivemos movimentos políticos de verdade, como o movimento dos caras pintadas”. O estu-dante Lucas Martins, de 19 anos, também com-plementa: “A política fica de fora nas rodas de con-versa”.A surpresa fica por conta do conhecimento dos entrevistados pela série Diários Secretos, trabal-ho investigativo da Gaze-ta do Povo que apresenta todas as movimentações de funcionários da As-sembleia entre janeiro de 2006 e março de 2009. 35% dos entrevistados responderam que conhe-cem a série que revelou o desvio de mais de R$

100 milhões dos cofres do Legislativo. A jornalista Greyci Gabriela Casa-grande relembra o impac-to da cobertura: “A série comprovou aquilo que muitas pessoas já descon-fiavam e especulavam. Abriu os olhos da socie-dade”, explica. Acessando o Portal da Transparên-cia, todo cidadão pode conferir o trabalho dos

deputados na Assem-bleia Legislativa, assim como a presença deles nas sessões, os orçamentos aprovados, os controles de votação, a relação dos funcionários e as verbas de ressarcimento para os deputados estaduais.

MAXIMILIAN ROX

A Assembleia Legislativa do Paraná não seencontra entre as principais preo-cupações do jovem curi-tibano. Esta é a conclusão de uma enquete realizada pelo Lona com cerca de 300 estudantes universi-tários. Dentre os princi-pais índices destacados na enquete, algumas afir-mações dos jovens quanto ao seu acompanhamento nas decisões tomadas pe-los deputados estaduais chamam atenção. Quando perguntados sobre o con-hecimento das decisões da Assembleia, 88% dos jovens responderam que não acompanham as pau-tas discutidas pelos depu-tados, enquanto 12% re-sponderam que têm esse acompanhamento con-stante. Dentre as respos-tas afirmativas, a redução da maioridade penal e os projetos de mudança no plano de carreira dos Servidores Públicos de Educação foram alguns dos apontados como os de maior interesse pelos jovens entrevistados nas decisões dos deputados estaduais.Apesar disso, 58% dos entrevistados lembram para qual deputado estad-ual votaram nas últimas eleições, porém, desse to-

Distúrbios alimentares atingem cerca de 4 % da popu-lação mundialNúmero de pessoas ao redor do mundo que possuem algum tipo de transtorno alimentar é significa-tivo; mulheres são as maiores vítimas

AMANDA FURMAN

Saúde

“88% dos jovens respon-deram que não acompan-ham as pautas discutidas pelos deputados, enquan-to 12% responderam que têm esse acompanhamen-to constante.”

Enquete revela os principais motivos do desinteresse dos jovens curitibanos napolítica e nas pautas discutidas pelos deputados estaduais

Acompanhe a Assembleia na internet

Você pode acompanhar pela internet todas as notí-cias, pautas e discussões realizadas na Assembleia Legislativa do Paraná. O endereço virtual da As-sembleia éwww.alep.gov.br, e você poderá encon-trar todas as atualizações por parte do Legislativo do Estado do Paraná. Estas foram as principais pau-tas discutidas nos últimos dias:

- Assembleia aprova projeto do executivo que al-teram a legislação do ICMS (Imposto sobre circula-ção de mercadorias e serviços). Fonte: assessoria de imprensa da assembleia legislativa.

- A CCJ (Comissão de constituição e justiça da Assembleia), aprova reajuste de 6,49% em parcela única aos servidores estaduais. Fonte: Assessoria de imprensa da assembleia legislativa.

- Rasca (PV), apresenta projeto que reserva 5% de vagas para bicicletas nos estacionamentos do Paraná. Fonte: Por Assessoria de Imprensa, com a colaboração do jornalista Adriano Rima.

Os transtornos alimen-tares atingem ,cerca de 1 a 4% da população mundial e 90 % do casos aconte-cem com mulheres entre 20 e 30 anos de idade, em-bora o número de casos entre homens seja cres-cente. Esses transtornos são perturbações no com-portamento alimentar do ser humano. Esses trans-tornos estão ligados dire-tamente ao emagrecimen-to extremo (caquexia), à obesidade (ingestão de grandes quantidades de comida), ou outros prob-lemas ligados à perda ou ao ganho de peso.

Os principais transtor-nos alimentares são a an-orexia nervosa e a bulimia nervosa, ambas doenças que se caracterizam pelo fato de o indivíduo pos-suir intensa preocupação com o seu peso ,medo ex-cessivo de engordar e uma percepção distorcida da sua imagem corporal.

Anorexia x Bulimia

A anorexia nervosa é car-acterizada pelo medo in-

tenso que a pessoa possui de adquirir peso, mesmo estando abaixo do seu peso ideal. Os sintomas mais característicos des-sa doença são imagem corporal completamente distorcida, exercitar-se de modo excessivo, recu-sar-se a comer próximo a outras pessoas e usar comprimidos para urinar réticos),evacuar(laxantes) ou reduzir o ap et i te (compr imidos para perda de peso).

No caso de bulimia, a pes-soa exagera na ingestão de alimentos e utiliza méto-dos como vômitos ou uso de laxantes para evitar o ganho de peso. Entre os diversos sintomas dessa doença, estão ir regular-mente ao banheiro após qualquer refeição; vômito autoinduzido e o uso de laxantes e diuréticos.Na maioria dos casos, já existe uma certa pré-dis-posição genética para es-sas patologias, embora o grande agente causador desses transtornos sejam as pressões advindas da sociedade para se manter

dentro dos padrões de belezas.

Fase de aceitação

A pessoa que pos-sui alguma dessas pa-t o l o g i a s passa por um período conturbado até a fase de aceitação da doença, já que elas se consideram saudáveis e negam qual-quer tipo de compor-tamento anoréxico ou bulímico.

“O processo de reconhe-cimento desses transtor-nos é demorado. A pessoa até tem a consciência do que está vivendo, mas ela não se importa, porque seu foco está no resultado que ela está obtendo com isso. O fato de a maioria dos familiares e amigos não saberem lidar com a situação piora muito o quadro. Comentários do tipo “nossa como você

tá magra” apenas incen-tivam mais a pessoa a continuar no processo da doença. Como são trans-tornos psicológicos, cada pessoa tem seu momento de percepção do transtor-no de uma forma particu-lar. Depois disso a aceita-ção do tratamento é mais fácil, mas o processo em si é bastante trabalhoso e exige dedicação e força de vontade do paciente “, conta Giulia Lacerda, jornalista que abordou o tema no seu trabalho de conclusão de curso, por ter vivido de perto essa situação. Ela teve um quadro de anorexia

durante quase um ano, levando em conta seu período de tratamento.

Consequências

As consequências da an-orexia e bulimia nervosa podem ser tanto físicas como psicológicas. En-tre as físicas, podem ser citadas a debilidade dos órgãos, arritmias cardía-cas, desenvolvimento de distúrbios associados à desnutrição e até mesmo a morte. Já as psicológicas podem acarretar grandes desgastes emocionais e estado constante de ansie-dade.

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SEGUNDA03 JUNHO, 2013 COLUNISTASP5

Além de tudo é legal ver Tarantino fazendo o personagem mais atormentado do longa.04 – Planeta Terror (2007)

Mais um vez uma par-ceria com Rodriguez. Planeta Terror (R.R) fez parte de um pro-jeto chamado Grind-house, juntamente com À Prova de Morte (QT). Cada um di-rigido por um diretor, porém com o mesmo estilo, que remetia aos filmes trash norte-americanos que por sua vez eram chama-dos de Grindhouse. Na gringa os filmes foram exibidos juntos, fazendo uma homena-gem ao gênero. Aqui infelizmente isso não aconteceu, e À Prove de Morte foi lançado um bom tempo depois.

03 – Amor à Queima Roupa (1993)

Um filme que conta apenas com o roteiro de Tarantino. Lançado em 1993 o longa não fez muito sucesso com o público. Porém foi esse filme que ajudou a carreira de Tarantino a alavancar, e deu a ele a chance de gravar Cães de Aluguel. Dirigido

por Tony Scott.

02 – Assassinos por Natureza (1994)Mais um filme que conta apenas com o roteiro de Tarantino, mas que dessa vez fun-cionou muito bem tan-to com o público como com a crítica. Dirigi-do por Oliver Stone, o filme satiriza toda a violência que existe na nossa sociedade. Uma parceria que deu certo e que seria ótimo se acontecesse nova-mente.

01 – Sin City – A Ci-dade do Pecado (2005)

Em primeiro lugar fi-cou Sin City. Outra vez aquela velha e boa parceria: Rodriguez + Tarantino. Agora tam-bém com Frank Miller na direção. O filme é uma adaptação da HQ de mesmo nome, que mostra a história de vários personagem que moram em Sin City. Aqui Tarantino fica como ”diretor especial convidado”, que dirigiu apenas uma sequen-cia em todo o filme (na minha opinião a melhor). Em geral um ótimo filme, principal-mente para quem gos-ta do gênero.

Matheus KlockerCinema no Divã

Quentin Tarantino

O mercado de games está em um estado de ansiedade máxima. Pou-cos dias separam gamers famintos por novidades da maior feira da área do entretenimento eletrôni-co: a E3. Em meio a toda essa tensão, qualquer especulação de preço de consoles, rumores de títulos novos ou decla-rações pré-evento já são suficientes para que os jornalistas fiquem aflitos com tamanho trabalho que terão nessa edição da conferência. Estamos falando de três empresas disputando os holofotes com seus consoles de nova geração, desenvol-vedoras tentando con-quistar os bons dólares do bolso dos jogadores, anúncios acompanha-dos de mais anúncios. Um vulcão de novidades que só serão postas nas prateleiras nos próximos meses: eis a definição

perfeita para a cobertura de um evento interna-cional de games.Por vezes essa tensão me pega por osmose, e logo me vejo ansioso, procu-rando por detalhes grá-ficos de algum jogo que talvez seja anunciado. Não gosto de ficar me remoendo por algo que muitos irão comparar, criticar, elogiar e vanglo-riar, mas que talvez nem seja desfrutado por esses críticos – assim como foi com Tomb Raider. Saber de opiniões diver-sas é interessante; mas adotar uma postura crítica constante cansa, estressa, tira o funda-mental dos games: se divertir. Em um mer-cado recheado de títulos – e com os preços não tão divertidos para nos-sos bolsos – não temos opções senão escolher aqueles que mais nos agradam. E assim criti-

camos, quantificamos e qualificamos; tudo para o bem do tempo e dinheiro.Não foi por meio de análises prévias ou gameplays críticos que conheci muitas das minhas franquias preferidas. Descobri-as pela simples busca de entretenimento que me agradasse. Es-pecialistas me dirão quais Final Fantasy eu deveria ter jogado, críticos me dirão quais games de tiro eu não deveria jogar por cau-sa de seus gráficos, jogadores me dirão quais games de ter-ror s e r i a m o s m e l -h o r e s p a r a s e j o g a r d e n o i t e , c o m p e t i-dores me provarão quais games de es-tratégia são os mais equilibrados para uma competição. Eu não me importo – continuarei

jogando Fatal Frame, Bioshock, Warcraft III, Mortal Kombat. Não faz diferença a idade ou mesmo o preço que pagamos pelos games que adoramos jogar: eles continuam sendo diver-tidos. Isso é algo mágico dentro dos videogames.O jornalismo de games é estranho. É onde o pú-blico jovem pode se de-clarar especialista, criti-cando, quantificando e qualificando todo o con-teúdo que chega até seus olhos. Para esse leitor que já se acostumou a ler revistas com reviews e sites com notícias fres-quinhas, todo cuidado é pouco. Um mundo onde falhas pequenas podem indignar muitos. Mas cobrimos games porque adoramos mesmo.Por vezes sinto falta do tempo em que, sem nen-huma revista ou site, sem preview ou review, ía-

mos às locadoras alugar fitas de Super Nintendo, passando o dia inteiro se aventurando naquele game totalmente novo. Estávamos isentos do espírito crítico, guia-dos apenas pela pura e simples diversão. Era um tempo bom, mas já passou. Os videogames amadureceram, vir-aram temas para críticas e polêmicas. Sobre-viveram a crises finan-ceiras e discussões na mídia. O jornalismo especializado acom-panhou tudo isso, se moldou com as preo-cupações da área e hoje apresenta uma forma mais elaborada e responsável para co-brir o entretenimento eletrônico. É um jor-nalismo extremamente divertido de se fazer, mas que nunca deixou de ser sério.

Maximillian RoxPress Start

Dias de tensão

No dia 27/03/1963 nascia em Knoxville, nos Estados Unidos, um menino que se tor-naria um dos grandes nomes do cinema: Quentin Tarantino. Apaixonado pelo cin-ema, começou cedo e com 22 anos escreveu o seu primeiro roteiro. C onhecido por clás-s icos como Pulp Fic-t ion e Bastardos In-g lór ios , mu i t o s n ã o s a b e m q u e Ta r a n -t i n o n ã o a p e n a s d i -r i g e c o m o t a m b é m p r o d u z , a t u a e ro-te ir iza . A ideia desta l i s ta é explorar a car-re ira do diretor, e i r a lém daqueles f i lmes que todos já conhe-cem como sendo de Quent in Tarant ino.

10 – Alias (2002 – 2004)

Muita gente já sabe que Quent in Tarant i-no faz vár ias pontas em seus f i lmes , mas nem todos sabem que sua fama de ator vai muito a lém disso. Um de seus maio-res papéis foi o do v i lão McKenas C ole no ser iado Al ias . E le apareceu em a lguns capítu los durante todo o ser iado, que teve o seu f inal no

ano de 2004.

09 – CSI: Investiga-ção Criminal (2005)

Pode parecer menti-ra, mas entre mais de vinte trabalhos como diretor, um deles foi o de um capítulo da tão famosa séria CSI. O capítulo em questão é o Grave Danger (volume 1 e volume 2), a season f inale da quinta temporada do seriado. Um fim de temporada um tanto quanto cheio de esti-lo. Com direito a pes-soas enterradas vivas (eu já vi isso?) e bastan-te sangue!

08 – O Albergue (2005)

Um filme chamado por muitos de doen-tio, mas que tem o seu valor. Com Tarantino apenas como Produ-tor Executivo, (mes-mo sendo o primeiro nome que aparece nos créditos iniciais) o longa se classifica apenas como mais um filme do gênero, com sangue, violência e al-guns valores um tanto quanto questionáveis. Uma ótima pedida para quem curte filmes de terror moderno.

07 – Grand Hotel (1995)

Um filme discreto, di-vidido em quatro seg-mentos. ”The Man from Hollywood” é o segmento escrito e dirigido por Quentin Tarantino. Interes-sante lembrar que essa é uma das primeiras vezes que acontece a parceria Quentin Tar-antino + Robert Ro-driguez.

06 – My Best Friend’s Birthday (1987)

O primeiro filme da carreira de Tarantino. Díficil de se achar e interessante de se as-sistir. Muito fácil de perceber vários toques do diretor que seriam mais frequentes filmes futuro. Recomendado!

05 – Um Drink no In-ferno (1996)

Dirigido por Robert Rodriguez e rotei-rizado e atuado por Tarantino. Um filme bem peculiar, que de-pois de certo ponto se transforma em algo totalmente diferente do que era esperado. Mas mesmo assim di-vertido de se assistir.

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AGENDASEGUNDA03 JUNHO, 2013

NOTÍCIANTIGA

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Há 90 anos, morria o escritor austríaco Franz Kafka

Franz Kafka nasceu em Boêmia, situada na Eu-ropa Central. Irmão mais velho entre sete filhos, cresceu sob a influência das culturas alemã, theca e judaica. Formou-se em Direito e virou escritor. “A Metamorfose”, “O Cas-telo” e “O Foguista” estão entre as obras mais famo-sas do autor, que possui o estilo irônico e lúcido como referência. Com tendências ao realismo e à metafísica, Kafka es-

creveu romances e contos discutindo conceitos de perseguição e alienação. Viveu apenas 40 anos, mas escreveu mais de 40 obras, mesmo contra a sua von-tade: desejava que quei-massem seus manuscritos quando morresse. Al-guns estudiosos instigam que a infância conturbada e conflitos com o pai o levaram, futuramente, a ter conflitos emocionais. Outros consideram que o início na Primeira Guerra Mundial foi o motivo que o incitou aos devaneios mentais que o levaram à depressão. Protagoni-

sta de inúmeras tentati-vas de casamento frustra-das, Kafka era fluente em alemão e tcheco e, mesmo contra sua vontade, aca-bou se formando em Di-reito. Além de exercer a profissão de advogado, trabalhou em uma agên-cia de seguros contra aci-dentes de trabalho. Kafka morreu de insuficiência cardíaca no dia 3 de junho de 1924 em um sanatório enquanto tratava de tu-berculose.

O que fazer em Curitiba?

Museu Paranaense

Até dia 15 de novembro, no Museu Paranaense (Rua Kellers, 289 - São Francisco) fica a exposição “Negros no Paraná: passado e presente”. Informações: (41) 3304 3300 e www.cultura.pr.gov.br

Conservatório de MPB

Até dia 21 de junho, no Conservatório de MPB de Curitiba (R. Mateus Leme, 66 - Setor Histórico) tem seleção de contrabaixista para a Orquestra À Base de Corda. Entrada Franca. Informações: (41) 3321-3318.

Wik

i Com

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Exposição “Bossa: Encantamento Pictórico”, com pinturas dos artistas plásticos Sandra Marchi e Carlos Rocha

Local: Salão Brasil do Memorial de Curitiba (Rua Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico).Data: de 28 de maio (abertura às 19h) a 23 de junho de 2013.Horário de visitas: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados e domingos, das 9h às 15h. Entrada franca.

Nos Jardins do Éden – Fotografias de Christian Cravo

Data: 28 de maio a 04 de agosto.Local: CAIXA Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Lau-rindo, 280 – Centro Horário: Visitação: terça a sábado, das 9h às 20h e domin-go, das 10h às 19h Entrada franca.

Semana de Teatro Italiano – Mia Cara Curitiba

Data: de 28 de maio 2 de junho e 5 a 8 de junho às 20h; 9 de junho às 16h30 (premiação)Local: Teatro José Maria Santos (Rua 13 de maio, 655); pre-miação no Teatro Guaíra (Rua Conselheiro Laurindo, s/n – Centro)Valor: apresentações gratuitas e abertas ao público. Retirar