Lona 839 - 01/10/2013

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lona.redeteia.com Opinião Colunistas Página 5 “O estado de emer- gência é aquele momento que diz “eu te avisei” para os que não se esfor- çaram o suficiente para prevenir que catástrofes do gê- nero aconteçam”. “Essa análise se deve mediante a colocação de um código no site. Essa ferramenta tam- bém conta com um serviço ainda mais de- talhado por meio de uma atualização paga”, Matheus Klocker. O que fazem os estudantes de jor- nalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Jéssica Carvalho. Editorial Webjornalismo Por onde anda? Notícia Antiga Edição 839 Curitiba, 01 de outubro de 2013 “O fim de semana paranaense no Brasilei- rão começou com o Coritiba sendo derrota- do mais uma vez, desta vez para o lanterna Náutico, no Recife. O detalhe mais impres- sionante é que a equipe pernambucana não vencia há quatorze jogos, ou seja, a equipe paranaense foi a responsável por reavivar as esperanças de quem já tem vaga quase ga- rantida na série B de 2014”, Osmar Murbach. Futebol Professores prome- tem fazer greve se Beto Richa não pagar o que deve a categoria Professores da rede pública de ensi- no do Paraná se reuniram para uma Assembleia Extraordinária no último sábado (28). O evento aconeceu no Colégio Estadual do Paraná (CEP). Professores e funcionários de todo o estado organizaram caravanas e vie- ram até Curitiba para participar. A pauta principal foi a dívida de R$ 50 milhões que o governador tem com a classe. Página 4 APP-Sindicato Outubro Rosa começa hoje A campanha, idealizada na década de 1990, tem como objetivo chamar atenção para o câncer de mama nas mulhe- res. A ginecologista Márcia Luiza Krajden explica as ma- neiras de “prevenção” e alerta para as mulheres que têm his- tórico de câncer na família: “qualquer uma de nós mulhe- res podemos ter essa doença que tem maior risco de de- senvolvimento com o históri- co familiar”. Página 3

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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lona.redeteia.com

Opinião

Colunistas

Página 5

“O estado de emer-gência é aquele momento que diz “eu te avisei” para os que não se esfor-çaram o suficiente para prevenir que catástrofes do gê-nero aconteçam”.

“Essa análise se deve mediante a colocação de um código no site. Essa ferramenta tam-bém conta com um serviço ainda mais de-talhado por meio de uma atualização paga”, Matheus Klocker.

O que fazem os estudantes de jor-nalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Jéssica Carvalho.

Editorial Webjornalismo Por onde anda?

Notícia Antiga

Edição 839 Curitiba, 01 de outubro de 2013

“O fim de semana paranaense no Brasilei-rão começou com o Coritiba sendo derrota-do mais uma vez, desta vez para o lanterna Náutico, no Recife. O detalhe mais impres-sionante é que a equipe pernambucana não vencia há quatorze jogos, ou seja, a equipe paranaense foi a responsável por reavivar as esperanças de quem já tem vaga quase ga-rantida na série B de 2014”, Osmar Murbach.

Futebol

Professores prome-tem fazer greve se Beto Richa não pagar o que deve a categoria

Professores da rede pública de ensi-no do Paraná se reuniram para uma Assembleia Extraordinária no último sábado (28). O evento aconeceu no Colégio Estadual do Paraná (CEP). Professores e funcionários de todo o estado organizaram caravanas e vie-ram até Curitiba para participar. A pauta principal foi a dívida de R$ 50 milhões que o governador tem com a

classe.

Página 4

APP

-Sin

dica

to

Outubro Rosa começa hojeA campanha, idealizada na década de 1990, tem como objetivo chamar atenção para o câncer de mama nas mulhe-res. A ginecologista Márcia Luiza Krajden explica as ma-neiras de “prevenção” e alerta para as mulheres que têm his-tórico de câncer na família: “qualquer uma de nós mulhe-res podemos ter essa doença que tem maior risco de de-senvolvimento com o históri-co familiar”.

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Expediente

As chuvas fortís-simas que caíram no fim de semana e se estenderam por alguns dias dessa semana em vários municípios paranaenses tive-ram mais conse-quências do que simplesmente im-pedir que os para-naenses pudessem aproveitar o dia de sol para lotar os parques estaduais, fazendo com que ficassem em casa. Até quinta-feira, dia 25, dez muní-

cipios do estado declararam estado de emergência.Declarar estado de emergência não é apenas avisar que a situação está complicada, é um modo de tentar acelerar a dispen-sa de licitações e possibilitar a so-licitação de recur-sos para a recupe-ração da cidade. O estado de emer-gência é aquele momento que diz “eu te avisei” para os que não se es-

forçaram o sufi-ciente para preve-nir que catástrofes do gênero aconte-çam.Se, como diz a len-da, para cada um real gasto em pre-venção se econo-miza cem (ou algo parecido), parece que os adminis-tradores do estado preferem seguir não acreditando em catástrofes na esperança de não gastar nem um e nem cem reais. Quem sofre com

essa falaciosa eco-nomia são os ha-bitantes dessas cidades pequenas (ou bairros peri-féricos de cidades maiores) que vi-vem em condições precárias e só são lembrados quando vem um temporal e acabam sofrendo ainda mais.O grande proble-ma é que só se pode declarar es-tado de emergên-cia quando tudo já deu errado. As autoridades não

Remediando

Jéssica CarvalhoPor Onde Anda?

Reitor: José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

Professora-orientadora: Ana Paula MiraEditores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina GeronazzoEditorial: Da Redação

encaram um con-junto de casas na encosta de um morro como uma emergência en-quanto elas não vierem abaixo por causa de um dilú-vio ou da erosão natural do solo. É muito bonito falar o que se fez para ajudar as vítimas desses desastres da natureza, e, para isso, é ne-cessário que eles aconteçam.Claramente, os governantes op-

tam pelos gastos de recuperação e não de prevenção. Ato que apenas demonstra a fal-ta de preocupação do poder em rela-ção aos cidadãos, em especial aque-les que não dis-põem de recursos e vivem em locais mais pobres. Já os mais privilegiados têm até calçadas de granito na rua de casa.

Editorial

tura de outra in-stituição (embora sinta saudade da UP quase todos os dias, acreditem) e expandir meus horizontes fazen-do um curso que me especializa em marketing digital, basicamente, mas aguardo ansiosa-mente pelos meus 60 anos. E que ven-ham os chás e cur-sos de história da arte.

Depois que me formei em Jornal-ismo, comecei a ter contato com outros segmentos da comunicação. Quase fui pro lado negro da força, quase virei design-er, quase virei pub-licitária e, cansada de tanta incerteza, quase virei hippie (também cogitei distribuir poemas na XV).Em seguida, fui

convidada por um ex-professor queri-do para trabalhar na PUCPR e iniciei oficialmente a vida adulta por lá na se-gunda-feira depois da minha formatu-ra (vejam que tran-scendental). Hoje, uma das coisas que faço é atuar na in-stituição como as-sessora de comu-nicação da Escola de Comunicação e Artes.

Além disso, estou terminando uma p ós-g raduação em Comunicação Digital e E-Brand-ing (também na PUCPR), sou so-cial media da Toda Letra e trabalho como freelancer para alguns setores do Grupo Marista, além de ter outros mil projetos espal-hados por aí.Acho que foi legal conhecer a cul-

WEBJORNALISMO: UMA ANÁLISE DA SUA AUDIÊNCIA

Matheus Klocker

mais um reforçador de que o jornal-laboratório online deve ser estudado com mais atenção. Curiosamente o meio online é o melhor de se analisar, pensando que as ferramenta de análise de audiência online são extre-mamente mais eficazes.Existem várias ferramen-tas de monitoramento que permitem que se possa ana-lisar o comportamento do usuário dentro de um site. Esse tipo de análise é um dos privilégios que a internet nos oferece. Muitos veículos de comunicação ficam limitados a alguns modelos clássicos de análise de audiência, com margens de erro e dados mui-tas vezes nada específicos. Já a internet acaba tendo uma grande vantagem, pela possi-bilidade de desfrutar de dados

extremamente mais detalha-dos sobre o seu público.Dentre várias ferramentas que nos possibilita fazer uma análise, a que mais se destaca é o Google Analytics. O Google Analytics é uma ferramenta gratuita, desenvolvida pelo Google, que faz o monitora-mento completo da audiência de um determinado site. Essa análise se deve mediante a colocação de um código no site. Essa ferramenta tam-bém conta com um serviço ainda mais detalhado por meio de uma atualização paga.A obtenção de dados de análise de audiência em um website é uma conse-quência de uma mudança significativa no formato da navegação do usuário pelas páginas da internet. Segun-

do Pariser (2012, pg. 101), a era da navegação anônima está chegando ao fim e cada vez mais os internautas tem seu comportamento regis-trado, estudado e utilizado para ofertar conteúdo per-sonalizado. O autor estuda o impacto desse registro no conteúdo ofertado ao leitor.Para aproveitar melhor esses recursos é necessário um investimento maior na aná-lise dos dados obtidos. Esse estudo pode elucidar como as conclusões gerais obtidas pelos estudos Eyetrack (es-tudos de comportamento do leitor conduzidos pelo Poyn-ter Institute) se aplicam ao ambiente dojornalismo online brasileiro e, mais especificamente, na lógi-ca de produção de conteúdo de um veículo laboratorial

acadêmico.Os estudos Eyetrack são con-duzidos pelo Poynter Institute com leitores de jornal impres-so e sites noticiosos e trazem uma série de informações relevantes sobre o que captura a atenção do usuário. No en-tanto, para melhor aproveitar esses dados é importante que o produtor de conteúdo co-nheça seu website, o material publicado nele e a relação do usuário com isso. Esses da-dos podem ser obtidos pela análise sistemática do veículo e através do acompanhamen-to da audiência pelo Google Analytics.Dessa forma, é importante ter em mente que quando se possui um website, é preciso delinear um perfil dos usuá-rios da sua página e do tipo de conteúdo que mais atrai

e mantem a atenção desses leitores. É importante querer identificar os principais pon-tos de entrada de novos inter-nautas, como as redes sociais e como, a partir da chegada no site, o leitor consome o con-teúdo publicado.Tendo todos esses resultados em mãos, com a ajuda de ferramentas já citadas acima, será possível elaborar um manual de conduta do autor que possa melhor aproveitar as informações apuradas para atrair e manter a atenção do usuário. Estudos como esse apontam o quanto as infor-mações que temos sobre os usuários de sites de notícias impacta sobre a forma como os dados são apresentados e as estratégias mais eficientes para garantir que o leitor consuma o seu conteúdo publicado.

O jornalismo ainda sobrevi-ve, década após década, em várias plataformas. Até mes-mo as mais antigas ainda sobrevivem, como o rádio e o jornal impresso. Porém vivemos em um mundo que já é familiarizado com a web 2.0. Uma sociedade que desfruta dos benefícios da internet quase que 24 horas por dia. Por esse motivo o jornalismo online se mostra como o principal meio de se fazer jornalismo.No final do mês de abril desse ano, o terceiro ano de jornalismo da Universidade Positivo aplicou um ques-tionário em trinta e cinco alunos do curso de design. Nesse questionário foi cons-tatado que mais da metade desses alunos se informam apenas pela internet. Esse é

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3Notícias do Dia

Protesto de postos de saúde promovem paralisaçõesO atendimento se ausentará por 30 minutos nos postos de saúde e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s). Categoria exige melhores condições de trabalho

Funcionários do Sis-tema Único de Saú-de fazem protesto e paralisam por trinta minutos os serviços de atendimento em Postos de Saúde e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), nos dias 30/09, 01/10 e 02/10. O objetivo do manifesto é que cha-mar atenção da pre-feitura que estaria tra-tando com descaso a área da saúde de Curi-tiba. Para o dia 03/10, uma Assembleia Ge-ral entre a categoria decidirá quais serão as medidas tomadas e se entrarão em greve no dia 07/10. Entre as reivindica-ções da classe então melhores condições de trabalho, aumen-to do piso salarial. A Coordenadora de

Lucas de Lavor

Saúde do Sindicato dos Servidores Pú-blicos Municipais de Curitiba (SISUC) Ire-ne Rodrigues, explica que “a intenção é de que a prefeitura possa estar revendo a sua postura com os trabalhadores da saúde”. As parali-sações irão acontecer nas trocas dos turnos e durarão 30 minutos. Para a Assembleia vai “delinear o nosso fu-turo, a decisão é da ca-tegoria”. Além do piso salarial, está em pauta o fim das unidades mistas e igualdade na gratificação do salá-rio. “É a insatisfação com a descriminali-zação com a diferença de tratamento que foi dado a saúde ao longo do ano”.“A insatisfação é com a descriminalização e a

diferença de tratamen-to que foi dado à saúde ao longo do ano, dar benefícios para outras áreas e deixou a saúde de fora” diz Irene Ro-drigues. Reclamações Estrutu-

ra precária nas unida-des básicas é um dos agravantes para a rei-vindicação de melhor estrutura de trabalho. Funcionários da uni-dade de saúde do Um-bará que não quiseram

se identificar denun-ciam que baratas e ra-tos são comuns. “Volte e meia aparece barata por aqui”. Mesmo com a demora na abertura das unidades, os usuá-rios se mostram com-

preensíveis e “sabemos que a para a melhora do atendimento, tem que ter mobilização sim”, disse Roseli dos Santos que esperava na fila.

Campanha Outubro Rosa começa hojePontos turísticos de todo o Brasil serão iluminados nessa terça-feira (01). 52.000 casos com 13.000 óbitos foram registrados somente esse ano

Desde a década 1990 a campanha iniciada na Califórnia chama-do “Outubro Rosa” têm ajudado inú-meras mulheres no combate ao câncer de mama. Em Curitiba e no ano de 2013, o Instituto Humanista de Desenvolvimen-to Social (Humsol) é quem se responsabi-liza pela promoção do Outubro Rosa na cidade. A ilumina-ção do Congresso em Brasília é uma das ini-ciativas que apoiam a causa dos cuidados com câncer de mama: nessa noite, todos os prédios públicos de Brasília serão “rosas”, além de vários pontos turísticos brasileiros como o Cristo Reden-

Lucas de Lavor

tor.Tania Gomez, pre-sidente do Humsol, explica que o rosa é usado por causa da simbologia mundial do “laço cor de rosa”. Em Curitiba, há sete anos pontos turísticos como o Jardim Botâ-nico são iluminados pelo rosa comemo-rando a data. Segundo a Organização Mun-dial da Saúde, o Brasil registrou 52000 casos de câncer de mama com 13000 óbitos e, em 2030, estima-se que sejam 100 mil ca-sos.Mulheres com his-tórico de câncer de mama na família e que possuem muitas chances de desenvol-vimento do tumor

não tem conseguem “prevenir”, segundo a Médica ginecologista Marcia Luiza Krajden. “O que da para fazer é reduzir o consumo de agravantes como ta-baco, raio x. Além do diagnóstico precoce que pode contribuir para a prevenção”. Márcia explica que as mulheres devem sem-pre estar em alerta, pois “qualquer uma de nós mulheres po-demos ter essa doença que tem maior risco de desenvolvimento com o histórico fami-liar”. A prevenção da mulher varia: se uma mulher não tem his-tórico da doença na família, ela deve fazer a mamografia com 40 anos de idade. Caso

contrário, ela deve comparecer ao mé-dico com dez anos a menos de quando a pessoa da família foi diagnosticada.

Brasília Rosa

Desde 2002 Brasília é iluminada de rosa

durante todas as noi-tes de outubro em homenagem as come-morações do Outubro Rosa. O evento, que é promovido e organi-zado pela Secretaria da Mulher da Câmara de deputados e pela Procuradoria Especial da Mulher do Senado

Federal, contará com uma exposição foto-gráfica de mulheres mastectomizadas e outras atrações, como a apresentação do Grupo Feminino de Percussão Batalá.

Venilton Küchler/SESA

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4 Geral

Professores se reúnem em Assembleia para decidir o futuro da categoriaO evento aconteceu no dia 28 de setembro no Colégio Estadual do Paraná (CEP). Professores e funcionários de todo o estado organizaram caravanas e vieram até Curitiba para participar. A pauta principal foi a dívida de R$ 50 milhões que o governador deve a classe

No último sábado (28), professores e funcionários da Rede Estadual de Ensino do Paraná se reuniram para uma Assembleia Es-tadual Extraordiná-ria, em Curitiba. O evento aconteceu no Colégio Estadual do Paraná (CEP) e contou com a par-ticipação de cara-vanas de professo-res e funcionários de todo o estado. A pauta era definir com toda a classe as ações que seriam realizadas para co-brar a dívida que o governador Beto Richa tem com a categoria, incluin-do a possibilidade de início de greve e acampamento em frente ao Palácio.A assembleia foi convocada devi-do ao não cumpri-mento da palavra do Governador que, no dia 13 de setem-bro, havia prome-tido pagar a dívida de R$ 50 milhões à classe, entre pro-moções, progres-sões e percentuais do PSPN (Piso Sa-larial Profissional Nacional) atrasa-dos, coisa que não fez. Para o mês de outubro, Richa pro-meteu o pagamento do reajuste de 0,6% no salário dos pro-fessores, em folha complementar, no dia 4 de outubro. A definição da data para o depósito foi feita pela Secretaria de Estado da Admi-nistração e Previ-dência.Para pressionar o pagamento destes atrasados, foi apro-vado na Assembleia um calendário de lutas para o mês de outubro, levando em conta a expec-tativa de pagamen-to em folha com-plementar no dia 4. “Esse calendário

Tayná de Campos Soares

foi criado para que, caso o governador nos dê outro calo-te, nós tenhamos como reagir”, co-menta a presiden-te do Sindicato dos Professores do Pa-raná (APP), Marlei Fernandes de Car-valho.No calendário está previsto que, caso o governo não pa-gue o que deve, será montado um acam-pamento em frente ao Palácio Iguaçu, nos dias 7, 8 e 9 de outubro, e haverá greve nos dias 10 e 11do mesmo mês. Em declaração ao site da APP-Sindi-cato, o diretor de comunicação e pro-fessor, Luiz Carlos Paixão, comenta sobre o assunto: “Já deixamos evidente que não aceitare-mos nenhum calo-te. Se confirmar o pagamento no dia 4, vamos continuar cobrando todos os atrasados e outros pontos importan-tes da nossa pauta, como a saúde, o car-go de 40 horas, alte-ração nos contratos PSS, enquadramen-to dos aposentados, adequações na car-reira do professor, entre outros”.

Independentemente do pagamento dos atrasados, o calen-dário proposto será cumprido. No dia 28 de outubro será feito uma vigília em frente ao Palá-cio Iguaçu, no dia 29 um ato em con-junto com os ser-vidores estaduais, enfatizando a ques-tão da saúde e paga-mentos, e no dia 30 será realizado o ato nacional pela valo-rização dos funcio-nários da educação, em Brasília. A APP-Sindicato está estu-dando a possibili-dade de uma ação judicial para cobrar do governo, com ju-ros, o atrasado das promoções e pro-gressões.

Fernanda Lages da Silva é professora há 25 anos e veio de Guarapuava para participar da As-sembleia. “Fiz ques-tão de vir e parti-cipar desse evento que é de extrema importância para nossa classe. Con-cordo com tudo o que foi decidido. Não podemos dei-xar de receber o que trabalhamos. Vou lutar pelos meus di-reitos até quando eu puder”, comenta.

A professora Eliza Campos, que tra-balha na cidade de Inácio Martins, no Colégio Estadual Parigot de Souza, comenta que apesar de não ter compa-recido, ela acompa-nhou as decisões e concorda com tudo e ainda destaca a importância do pro-fessor ser sindicali-zado. “Somos uma categoria grande e desunida, ser sindi-calizado é uma for-ma do grupo se unir e ficar mais forte”, ressalta.

Recepção ao gover-nador

Enquanto a dívida não é paga, os pro-fessores estão se organizando para recepcionar o go-vernador nas cida-des que ele visitar. Apucarana foi uma das primeiras cida-des a recepcionar Beto Richa. Pro-fessores expuseram faixas com o dizer: “Governador, não aceitamos calote”. O Norte Pioneiro também se manifes-tou quando recebeu Richa.Os professores es-tão verificando as cidades que o go-

vernador vai visitar para poder recep-cioná-lo.

Dívida

No dia 27 de agos-to a APP-Sindicato, junto à Secretaria de Estado de Educa-ção (Seed), fez um levantamento do que o governo deve à classe. O valor de R$ 48.870.551,52 é referente à diferen-ça do Piso Salarial Profissional Nacio-nal (PSPN), novo enquadramento do Quadro de Funcio-nários da Educação Básica (QFEB) e a promoções e pro-gressões a que os professores e fun-cionários têm direi-to.

Dia de luta e luto

O principal pro-testo dos professo-res foi no dia 30 de agosto desse ano. Mas a luta por me-lhorias na educação não vem de hoje. Há anos os professores reivindicam seus direitos, e o dia 30 de agosto tornou-se um marco na sua história, pois foi nesta data, no ano de 1988, que cer-ca de 150 professo-res acampavam em

frente à Assembleia Legislativa do Esta-do, em Curitiba, du-rante uma greve que completava 15 dias. Junto a eles, outros trabalhadores da rede pública se jun-taram. Eles queriam uma audiência com o governo do Estado para discutir uma pauta de reivindica-ções.

Quando chegaram ao local, foram re-cebidos pela Polícia Militar, que usou a cavalaria, cães e bombas de efeito moral para disper-sar a multidão. Vá-rias pessoas ficaram feridas.

Após 25 anos do ocorrido, os edu-cadores se reúnem todo 30 de agos-to para manifestar e exigir melhores condições de tra-balho. Nesse ano, professores e fun-cionários de 2,1 mil escolas marcharam e pediram a valori-zação da educação, além de pressionar o governador Beto Richa para pagar o que deve à catego-ria.

APP-Sindicato

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5Colunistas

Do campo pro LonaSábado tem mais uma derrota do alviverde “em cacos” e vitória do Paraná, que segue firme

Osmar Murbach

O fim de sema-na paranaense no Brasileirão começou com o Coritiba sen-do derrotado mais uma vez, desta vez para o lanterna Náu-tico, no Recife. O detalhe mais impressionante é que a equipe p e r n ambu c an a não vencia há quatorze jogos, ou seja, a equipe paranaense foi a responsável por reavivar as espe-ranças de quem já tem vaga qua-se garantida na série B de 2014. A expectativa da torcida e da di-retoria alviverde era de que o ver-dão conseguisse trazer na baga-gem pelo menos um pontinho de Pernambuco, mas a atuação do Cori mais uma vez foi pífia e o time foi facil-mente envolvido pelo Náutico do início ao fim dos 90 minutos. O técnico não era mais Marqui-nhos Santos, mas a equipe atuava com e mesma apatia de quando o ex-treinador estava na bei-ra do gramado. Coube ao Náu-tico jogar, e jo-gar bem. Com destaque para grande atuação de Oliveira, que entrou no se-gundo tempo e Maikon Leite, os autores dos gols do embate. Maikon Leite, por sinal, mar-cou dois, um de-les muito bonito, de bate pronto, e infernizou a

vida do zagueiro Chico, que mais uma vez apre-sentou lentidão e não conseguiu se acertar com Bonfim, que na zaga Coritiba-na parecia ser o mais lúcido. Escudero jogou como Escudero e foi expulso após cometer uma fal-ta boba no meio da segunda eta-pa. O resultado final foi um três a zero bem me-recido pelo time do Náutico, que jogou como se não estivesse na última colocação do Brasileiro. Ao Coritiba resta esperar a a p r e s e n t a ç ã o do novo técni-co para ver se o fato novo forta-lece o time para sequencia da competição. E o técnico novo que venha pre-parado, pois vai ter problemas para reunifi-car e dar moral para esta equipe, que como dis-se Alex, na saí-da do gramado, está em cacos. O Paraná, que havia sido der-rotado pelo Fi-gueirense na úl-tima rodada da série B, se rea-bilitou contra o Asa no mini-tour que fez de Santa Cataria até Arapiraca, no interior de Ala-goas. E a reabi-litação foi em grande estilo. De virada, o trico-lor aplicou uma goleada de qua-tro a um sobre o time alagoano. Quem assis-tiu ao começo

da partida não imaginava que o resultado seria este. O Paraná começou muito atrás, dando es-paços para o Asa, que aproveitou e marcou logo aos 16 minutos. A partir daí o Pa-raná se adian-tou, foi pra cima e logo conseguiu o empate com Reinaldo, após cruzamento do lateral esquer-do Paulinho. A virada seria questão de tem-po, e saiu aos 31 minutos. Paulo Sérgio recebeu e fez um belo gol de cobertu-ra, na saída do goleiro do Asa. No segundo tempo, o Asa tentou reagir, mas desorgani-zadamente. O Paraná passou a abusar dos con-tra-ataques e num deles, aos 22 minutos, Ri-cardo Conceição aproveitou bom passe de Pauli-nho, um dos des-taques da par-tida, para fazer mais um. Quem fechou a conta foi JJ Morales, que marcou da entrada da área após receber lançamento aos 41, um minu-to após entrar na partida. Fim de jogo, o Para-ná venceu mais uma e se apro-ximou muito da C h a p e c o e n s e , vice-líder da sé-rie B. O trico-lor se mantem firma na busca por uma vaga na série A do ano que vem, e ago-ra abriu cinco

pontos para o quinto colocado, Sport, do Recife. Atlético sofre primeiro revés em casa, mas se mantem no G4Em jogo emo-cionante na noi-te de domingo na Vila Capane-ma, o Atlético perdeu a inven-cibilidade jo-gando em seus domínios na sé-rie A. O Vitória, que no começo do Brasileiro fi-gurava entre os primeiros, mas teve uma queda brusca, volta a se reerguer sob o comando de Ney Franco, conheci-do da torcida pa-ranaense. O ex-pressivo placar de 5 a 3 resume bem o que foi o jogo: Emo-ção até o fim, muita vontade dos dois times, e claro, mui-ta bola na rede. No primeiro tempo, parecia que o Vitória es-tava jogando em casa. O Atlético estava confiante para mais uma vitória, assim como a torci-da rubro-negra, já que o retros-pecto da equipe em Curitiba era muito bom: seis vitórias e cinco empates. Entre-tanto, foi o Vi-tória quem foi pra cima. Renato Cajá, no come-ço do primeiro tempo, Airton, em cobrança de falta e Dinei, no apagar das lu-zes da primeira etapa fizeram os três primeiros da equipe baiana. Depois do in-

tervalo, a histó-ria parecia que tomaria rumos diferentes. O Atlético voltou a jogar como a torcida gosta e conhece. Eder-son fez os dois primeiros gols, o primeiro após belo cruzamento de Roger e o se-gundo após so-bra na entrada da área. Logo de-pois do segundo gol, Roger fez o terceiro após co-brança de escan-teio de João Pau-lo. Entretanto, a noite era mes-mo do Vitória. Ney Franco co-locou Willian Henrique no jogo, e o atacan-te não desper-diçou. Primei-ro, após receber um belo passe na entrada da área, Willian fu-zilou e acertou a meta de Wever-ton. Pouco de-pois ele cruzou para Ayrton e o lateral direito fez seu segun-do gol, o quinto do Vitória, dan-do números fi-nais à partida. O Atlético per-deu a chance de assumir a vice-liderança da sé-rie A, viu o rival Vitória se apro-ximar na tábua de classificação, mas ainda assim mostrou poder de reação e a tão conhecida obe-diência tática que mostrou nos jogos anterio-res. O problema foi a defesa que não se acertou e deu muito espa-ço para a equi-pe do Vitória..

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NOTÍCIANTIGA O que fazer em Curitiba?

- Conferências- Mesas-redondas

- Cursos- Oficinas

De 30/09 a 05/10Psicologia Hoje

Programação e inscrições

Informaçõ[email protected]

psicologiaup.wordpress.com(41) 3317-3169

up.com.br/semanadepsicologia

III Semana Acadêmica de Psicologia 2013

Galeria Teix

De 5 a 30 de setembro, na Galeria Teix (Rua Vicente Machado, 666), fica a exposição “Quanto um Cha-péu de Palha”, e reúne 11 obras inéditas em tecido, bordadas e pintadas à mão do artista Alexandre Linhares. Informações: (41) 3018-2732.

Exposição “Consciente do Inconsciente” no MASAC

De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Or-dem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da ar-tista plástica Nilva Rossi.

Memorial de Curitiba

Até dia 3 de novembro, no Memorial de Curitiba (R. Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico) fica a ex-posição “Curitiba Protesta”. As recentes manifestações populares que tomaram conta das ruas de todo o país são tema da exposição Curitiba Protesta. Integram a mostra 60 imagens feitas por fotojornalistas que acom-panharam as manifestações, apresentando um recorte visual dos principais momentos dos atos que lotaram ruas e avenidas do centro da capital. Entrada franca. In-formações: (41) 3321-3328.

A NASA (Ad-m i n i s t r a ç ã o Nacional da A e r o n á u t i c a e do Espaço), agência do Go-verno dos Esta-dos Unidos da Ámerica, ini-ciou suas ope-rações no dia 1º de outubro de 1958. A NASA realiza pesqui-sas e desenvol-ve tecnologias

e programas de exploração espacial. Cria-da oficialmen-te no dia 29 de julho de 1958, a NASA subs-titiu o NACA – National Advi-sory Comittee for Aeronau-tics (Comitê Consultivo Na-cional para a Aeronaútica) . Entre os vários

programas de-senvolvidos, es-tão satélites e sondas de pes-quisa espaciais. As pesquisas li-gadas a astrofí-sica se aprofun-dam em tópicos como Big Bang com a ajuda de grandes obser-vatórios.