LONA607-14/10/2010

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Curitiba, quinta-feira, 14 de outubro de 2010 - Ano XII - Número 607 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Guerra eleitoreira no segundo turno Opinião Rota 66 aborda problemas fundamentais da sociedade Resenha Pág 7 Pág. 2 SWU falha na proposta de sustentabilidade Divulgação Militantes de Dilma Rousseff e José Serra intensificam campanhas nas ruas e principalmente na internet. Estratégias de marketing dos dois candidatos ficam mais agressivas com a proximidade do dia da votação. Cultura A trajetória dos filmes brasileiros e a nova tentativa de disputa pelo Oscar Pág 4 e 5

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, quinta-feira, 14 de outubro de 2010 - Ano XII - Número 607Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Guerraeleitoreira nosegundo turno

Opinião

Rota 66abordaproblemasfundamentaisda sociedade

Resenha

Pág 7

Pág. 2

SWU falha naproposta desustentabilidade

Divulgação

Militantes de Dilma Rousseff e José Serra intensificam campanhas nasruas e principalmente na internet. Estratégias de marketing dos doiscandidatos ficam mais agressivas com a proximidade do dia da votação.

Cultura

A trajetóriados filmesbrasileiros e anova tentativade disputapelo Oscar

Pág 4 e 5

Curitiba, quinta-feira, 14 de outubro de 20102

OpiniãoReitor: José Pio Martins.Vice-Reitor: Arno Anto-nio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: RenatoCasagrande; Pró-Reitorde Planejamento e Ava-liação Institucional: Cos-me Damião Massi; Pró-Reitor de Pós-Gradua-ção e Pesquisa e Pró-Reitor de Extensão: Bru-no Fernandes; Pró-Reitorde Administração: ArnoAntonio Gnoatto; Coor-denador do Curso deJornalismo: Carlos Ale-xandre Gruber de Cas-tro; Professores-orienta-dores: Ana Paula Mira eMarcelo Lima; Editores-chefes : Daniel Castro( c a s t r o l o n a @ g m a i l .com.br), Diego Henriqueda Silva ([email protected]) e NathaliaCavalcante ([email protected]) .

“Formar jornalistas comabrangentes conheci-mentos gerais e huma-nísticos, capacitação téc-nica, espírito criativo eempreendedor, sólidosprincípios éticos e res-ponsabilidade social quecontribuam com seu tra-balho para o enriqueci-mento cultural, social,político e econômico dasociedade”.

O LONA é o jornal-laboratório diário doCurso de Jornalismo daUniversidade Positivo –UPRedação LONA: (41)3317-3044 Rua Pedro V.Parigot de Souza, 5.300 –Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR- CEP 81280-30. Fone(41) 3317-3000

Expediente

Missão docursode Jornalismo

A música reuniu durante três dias milhares de pessoas emnome da sustentabilidade do planeta. Pelo menos essa era a prin-cipal ideia do Festival Starts With You, o SWU. Mas o fato é quede sustentável o evento acabou não tendo nada. O ideal foi porágua abaixo, ou melhor, foi sufocado pela grande quantidade delixo espalhado pelos 200 mil metros quadrados da Fazenda Mae-da.

As reclamações sobre a falta de lixeiras disponíveis e o acú-mulo de lixo no local dos shows iniciaram já no primeiro dia doevento. Eram latinhas de cerveja, copos plásticos, bitucas de cigar-ros entre outros tipos de dejetos. Tirando o pessoal que, para fugirdas filas do banheiro optou, por assim dizer, irrigar as plantinhas.

Alguns dos incentivos que estavam sendo dados pela orga-nização do evento para conseguir cumprir seu objetivo de consci-entização foram o saquinho plástico para colocar a sua bituca, maisde três pessoas no carro ganhava 50% de desconto no estaciona-mento e para as pessoas que acamparam, o banho teve duraçãode sete minutos.

Além disso, já na entrada do local onde aconteciam os sho-ws, estavam expostas obras construídas com o intuito de chamara atenção de todos para reflexão. A criatividade foi longe, roda gi-gante movida a pedaladas, labirinto feito de lixo, ônibus verde. Noentanto, a interação com os monumentos foi quase imperceptívelconsiderando que, ao pisar na fazenda o foco principal eram osPalcos Ar, Palco Água, Tenda Heineken Greenpeace e Palco OiNovo Som. Cada qual procurando a atração esperada, aquela dovalor do ingresso.

O sentimento que fica após a participação do evento é nos-tálgica na questão musical. As bandas que se apresentaram nosdois principais palcos (Ar e Água) eram de extrema qualidade efizeram o público vibrar a todo instante. A decepção só fica pre-sente em perceber que na realidade o que motivou a realização doSWU de fato não se concretizou.

Giórgia Gschwendtner

Sustentabilidade(In)

As reclamações sobre a falta delixeiras disponíveis e o acúmulo de lixono local dos shows iniciaram já noprimeiro dia do evento. Eram latinhas decerveja, copos plásticos, bitucas decigarros entre outros tipos de dejetos.

A organização do evento já comenta a possibilidade da se-gunda edição no ano que vem. Para que isso seja possível é neces-sário que se repense alguns acontecimentos desse SWU e que opróximo cumpra com o seus objetivos. Espero que as pessoas quereclamaram das condições encontradas no festival tenham perce-bido a importância da sustentabilidade. E que o tropeço em seupróprio lixo faça com que exista uma mudança de atitude parapoder dizer “até ano que vem”.

Fotos: Divulgação

Quando a discussão são os programas sociais do governo federal,provavelmente você já ouviu a seguinte frase: “Não se pode dar o pei-xe, tem que ensinar a pescar”. Acredito também que quem repetiu essafrase nunca sentiu falta do peixe na mesa de todo o dia. Pois é, se pelomenos só faltasse o peixe para mais de 11% da população brasileiraque vive na extrema pobreza, a frase poderia ser levada em considera-ção neste caso.

No entanto, falta arroz, falta feijão, falta água. Falta dignidade. Muitofácil dizer: “O que é dado, não se dá valor”. E se a ajuda dos progra-mas sociais fosse um quarto da renda de uma família? É isso que cons-tata o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo aSíntese de Indicadores Sociais do IBGE, entre as famílias que recebematé um quarto de salários mínimo por pessoa, 28% da renda é com-posta por recursos dos programas de assistência. Para você, é somenteum pouco de dinheiro. Mas para mais de três milhões de famílias éuma forma de cidadania. Talvez a única forma de cidadania. Em pro-gramas do porte do bolsa família, por exemplo, é impossível que nãohaja problemas. Independentemente de críticas e elogios, os programassociais de transferência de renda garantiram e ofereceram mais opor-tunidades de educação, saúde, trabalho, segurança e qualidade de vida.Muito além do atendimento das necessidades básicas, o importante éque o dinheiro destinado a assistência social tem tirado milhares debrasileiros da extrema pobreza todos os anos. E não pense você que ogoverno está fazendo um favor. Seção VI, Artigo 203 da ConstituiçãoBrasileira de 1988: “A assistência social será prestada a quem dela ne-cessitar, independentemente de contribuição à seguridade social”. As-sistência social não é favor. É direito.

Enquanto existirem tantas pessoas precisando desta ajuda, ensi-nar a pescar não vai resolver. Há de se ajudar, para que falte peixe namesa do brasileiro.

Não é dar o peixe. Éemprestar o anzolLaura Beal Bordin

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Política

A internet como

Aline Reis

A propaganda eleitoralgratuita na TV termina nopróximo dia 28 de outubro, atrês dias do segundo turnoda eleição. Nessa etapa a es-sência das propagandas po-líticas da candidata DilmaRousseff (PT) e do candida-to José Serra (PSDB) mudousignificativamente.

Na Idade Média havia acultura da oralidade, em queboatos eram disseminadospor todas as cidades. Hojesão os boatos via web quepodem ser influentes na de-cisão do eleitorado, entre-tanto, para a jornalista eprofessora da UniversidadePositivo Ana Paula Mira, asment iras veiculadas nagrande rede não se susten-tam por muito tempo. “Aomesmo tempo que é fácil dis-seminar informações, menti-ras ou boatos pela internet,é difícil que a mentira semantenha porque as pessoascomeçam a checar a infor-mação”, conta.

Neste contexto, os boatosna internet podem ser usa-dos como ferramenta de ma-rketing, já que a sua dissemi-nação é muitas vezes mais rá-pida do que acontecia nacultura oral da Idade Média.“Muitas vezes os boatos sãolevados como verdade, eisso é prejudicial ao candi-

dato que sofre com isso”, ex-plica a profissional de ma-rketing Clarissa Saldanha.

No si te www.dilma13.com.br , da candidata petis-ta Dilma Rousseff , uma dasabas fala das “verdades so-bre Dilma”, rebatendo boa-tos que estão sendo envia-dos pelo correio eletrônico.Já no site do candidato JoséSerra www.serra45.com.brhá matérias criticando o atu-al governo.

Estratégias políticastucanas

O PSDB usa questões con-servadoras como base de suacampanha. A união civil en-tre homossexuais, a descri-minalização do aborto e areligião têm sido frequentesna campanha de José Serra.O PSDB tem usado questõesespir i tuais como um dosganchos da campanha. Umdos mais influentes nomesdo partido, e ex-presidenteda República Fernando Hen-rique Cardoso, é ateu, e nou-tros períodos, os tucanos ja-

mais utilizaram com tantaênfase as questões religio-sas. Para Clarissa, há a va-lorização da experiência po-l í t ica do candidato . “OPSDB vem explorando o cur-rículo do candidato, valori-zando o seu histórico e mos-trando a imagem de um can-didato preparado para apróxima etapa”.

Estratégias políticaspetistas

A campanha de DilmaRoussef f é embasada naaprovação recorde do gover-no Lula. A imagem da can-didata é sempre veiculadaao do presidente, que, porsua vez, já foi até utilizadopor campanhas tucanas. “OPT aprovei ta a força donome do Lula para passarsegurança e perspectiva dacontinuidade dos projetosfederais”, analisa Clarissa.

A força da internet nacampanha

Os TT’s na mídia social“Twitter” são os assuntos

mais discutidos durante odia. Ontem, durante muitotempo um dos TT’s foi o“#serramilcaras”. Este as-sunto chegou entre os maiscomentados graças à mili-tância política do PT e dospartidos aliados na web.

Noutro nicho, José Serratem mais seguidores queDilma Rousseff e tambémmais tweets, ou seja, mensa-gens postadas no microblog.

Para Ana Paula Mira ,contudo, a internet será maise melhor explorada nas pró-ximas eleições, daqui a doisanos. “A internet é uma fer-ramenta muito nova e temosque levar em conta que oacesso ainda é muito peque-no no Brasil. Mas nas próxi-mas eleições, e, sobretudona próxima eleição presiden-cial, será um fator importan-te”.

Mentiras e acusaçõesAlgumas mensagens que

chegam por correio eletrôni-co dizem que Dilma Rousse-ff foi sequestradora e terro-

rista. As mensagens não têmautoria, e o PSDB nega qual-quer envolvimento. No twit-ter, contudo, alguns simpati-zantes de José Serra conti-nuam propagando as infor-mações.

A militância petista, so-bretudo a jovem, desmenteas acusações e defende acandidata por meio de vári-as outras redes de relaciona-mento. Os petistas classifi-cam as mentiras como “jogosujo” e a circulação de calú-nias pode prejudicar a can-didata. “Para o candidatoque tem seu nome “sujo”por boatos ou “achismos” éruim, porque mesmo que eleexplique aquele e-mail ouboato, os eleitores podemnão acreditar”.

Pesquise, eleitora e eleitor!A votação do segundo

turno é no dia 31 de outubrodas 8h às 17h, mas antes deir às urnas, é necessário pes-quisar.

Mensagens eletrônicas,jornais, rádio e televisão de-vem ser questionadas sim.Na internet , é necessárioolhar os dois lados da moe-da, já que, neste meio as in-formações podem ser muitosegmentada. “A internet fazcom que o eleitor que já de-cidiu seu voto só leia coisasa respeito do seu candidato”,explica Ana Mira.

Os boatos na internet podem ser usados como ferramenta demarketing, já que a sua disseminação é muitas vezes maisrápida do que acontecia na cultura oral da Idade Média

O embate político morno do primeiro turno fica para trás, e agora, DilmaRousseff (PT) e José Serra (PSDB) têm propagandas mais pesadas

estratégiade marketing

Curitiba, quinta-feira, 14 de outubro de 20104

Dança

“Lula, o filhodo Brasil” é opróximo filmeque poderepresentar oBrasil em LosAngeles

E o Oscar vai para...Nathalia Cavalcante

O Brasil já é representadono Oscar desde a década de1950, com “Orfeu Negro”, deMarcel Camus, vencedor nacategoria de melhor filme es-trangeiro. Porém, como odiretor era francês, o prêmiofoi para aquele país. O filmefoi realizado em co-produ-ção com a França e Itália. OBrasil também já participoucom as seguintes indicações:melhor atriz e ator, melhorroteiro adaptado, melhor di-retor, melhor direção, melhorfotografia e melhor curta-me-tragem.

“O Beijo da Mulher-Ara-nha”, de 1985, de Hector Ba-benco e “Cidade de Deus”,de 2002, de Fernando Meire-lles, concorreram a quatroindicações cada. O primeiro,co-produção com os EstadosUnidos, disputou em: me-lhor filme, melhor diretor,melhor roteiro adaptado emelhor ator. A produção deBabenco venceu a categoriade melhor ator com o esta-dunidense Wil l ian Hurt .“Cidade de Deus” foi indi-cado a melhor fotografia,melhor direção, melhor edi-ção e melhor roteiro adapta-do.

Os filmes brasileiros vol-

taram com força, na décadade 1990, com a retomada docinema, que se caracterizoupor uma enorme diversida-de de estilos e temáticas. Deacordo com o professor decinema Nelson Bucker, osfilmes começaram a ser tra-tados com melhor qualidadetécnica, além de contaremcom diretores que se comu-nicavam com a linguagemtelevisiva. “A participaçãodo Brasil no Oscar está liga-da ao cinema de retomada ecom a narrativa da televi-são”, lembra. Desde então opaís é representado e elogi-ado em suas indicações.

“Salve Geral”, de Sérgio

Rezende, garantiu a disputapela indicação ao Oscar2010. O filme de Rezendeconta com a atuação de An-dréa Beltrão, no papel de Lú-cia, uma mãe que tenta tiraro filho da prisão. No entan-to, ela acaba se envolvendocom a criminalidade, porprecisar de dinheiro.

O crítico de cinema Car-los Alberto Mattos, fez parteda banca julgadora, que es-colheu “Salve Geral” comorepresentante brasileiro. Se-gundo o crítico de cinema,os critérios na escolha deum vencedor obedecem aoque as estatísticas compro-vam. “A Academia escolhe

filmes sóbrios, bem realiza-dos e que expressem algo ca-racterístico da cultura dorespectivo país. O fator emo-ção também costuma contarpontos”, explica.

Mattos avalia as partici-pações do Brasil no Oscarcomo sendo razoáveis. “Jáconcorremos a filme estran-geiro, melhor atriz, monta-gem, fotografia e roteiro, pelomenos”, complementa. Paraele, o filme de Walter Salles,poderia ter vencido na cate-goria de melhor filme estran-geiro. “Demos azar no anode ‘Central do Brasil’, mascom frequência chegamos àsshort lists, mesmo quando

OS CONCORRENTES DO BRASIL | Conheça alguns países que também estão na disputa pela estatueta

>>Life above All,de Oliver Schmitz(África do Sul)

When we leave,de Feo Aladag(Alemanha) <<

>>A barefoot dream,de Kim Tae-gyun(Coréia do Norte)

También la lluvia,de Icíar Bollaín

(Espanha) <<

DivulgaçãoDivulgação

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Divulgação

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não faturamos uma das cin-co indicações”, conclui. Ocrítico de cinema acreditaque o motivo pelo qual "Cen-tral do Brasil" não venceu foipor ter concorrido com “AVida é Bela”, de Roberto Be-nigni. ”Naquele ano houve ofenômeno de comunicaçãode ‘A Vida é Bela’, que nosroubou a oportunidade”,lembra. Não faltaram moti-vos para a vitória. “O filmepoderia ter ganhado o Oscarpor seu apelo universal, suacoincidência com o momen-to de revalorização do cine-ma humanista em todo omundo e a qualidade em sido filme”, diz. De acordocom o crítico de cinema, "Ci-dade de Deus" certamente te-ria vencido, se não concor-resse nas categorias de filmeem inglês. O professor decinema Nelson Bucker tam-bém apostava em “Centraldo Brasil”. “É um filme quetem um trabalho maravilho-so, tema fantástico e atorescompetentes”, reforça.

Este ano o longa “Lula, ofilho do Brasil, de Fábio Bar-reto, foi o escolhido para re-presentar para representar opaís na disputa por uma dascinco vagas ao Oscar. O Mi-nistério da Cultura haviadisponibilizado no site doórgão, uma enquete que apu-raria a preferência do públi-co. A iniciativa tinha comoobjetivo estimular a aprecia-ção do cinema brasileiro,por parte do público e, alémdisso, levar em consideraçãoa opinião dos internautas.Porém, na enquete, entre 23produções, “Nosso Lar”, deWagner de Assis, acumulou70% dos votos, enquanto

Para CarlosAlberto Mattos édifícil apontaruma questãoresponsável peloBrasil ainda nãoter conquistado oOscar de melhorfilme estrangeiro,porque dependedascircunstâncias edos concorrentesde cada ano

que a b iograf ia de Lulaamargurou o sexto lugar,com apenas 2% dos votos. Aenquete recebeu em torno de130 mil votos, o primeiro lu-gar, 89 mil deles.

Para Carlos Alberto Mat-tos é dif íci l apontar umaquestão responsável peloBrasil ainda não ter con-quistado o Oscar de melhorfilme estrangeiro, porque de-pende das circunstâncias edos concorrentes de cadaano. No entanto, Nelson Bu-cker acredita que faltam re-cursos para a divulgaçãodos filmes, pois as leis de in-centivo cobrem somente aprodução. “Falta uma dis-

cussão sobre essa maior di-vulgação para que os exibi-dores possam ter público”,diz. Apesar disso, os filmesnacionais que chegaram aoOscar se preocuparam com aqualidade técnica. “São fil-mes tão excelentes que mes-mo com poucos recursos en-traram e foram à disputa”,afirma. De acordo com o pro-fessor de cinema, os filmesbrasileiros que abordam as-suntos re lac ionados aosproblemas nacionais, fazemmais sucesso, pois as pesso-as, geralmente, gostam dever tragédias. Além disso,são temas que causam gran-de interesse na sociedadeeuropeia e estadunidense.No entanto, não se deve con-siderar esse fato como pri-mordial. “O pior problema évender isso, como uma ima-gem única do país. O impor-tante é pensar que é um re-corte da realidade”, acres-centa. Em relação ao filme deFábio Barreto, resta esperar oresultado, previsto para odia 25 de janeiro. “Lula, o fi-lho do Brasil” concorre com95 filmes para uma vaga nadisputa de melhor filme es-trangeiro. A cerimônia deentrega do Oscar será no dia27 de fevereiro de 2011.

Para quem gosta de críti-cas de c inema, o s i tewww.criticos.com.br apre-senta discussões sobre vári-os filmes nacionais e inter-nacionais. Já quem quisersaber mais a respeito do tra-balho do crítico de cinema,Carlos Alberto Mattos, bastaacessar os seguintes endere-ços : ht tp ://carmattos .wordpress.com/ e https://twitter.com/carmattos.

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Central do Brasil (1), Cidade de Deus (2),Salve Geral (3), Orfeu Negro (4) e O Beijo daMulher-Aranha (5) são algumas dasproduções brasileiras que já foram indicadasao Oscar em diferentes categorias

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La pivellina, de TizzaCovi e Rainer Frimmel(Áustria)

Diretora de The Black Tulipdurante lançamento dofilme (Afeganistão) <<

DivulgaçãoDivulgaçãoDivulgação

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Gênero

Tatiane GodinhoEscreve quinzenalmente sobre gênero,às quintas-feirastaty_ [email protected]

Segundo estudo,homens fiéis sãomais evoluídos

A traição não está somen-te relacionada com a imora-l idade ou safadeza. Estátambém ligada à inteligên-cia. É o que revela o estudofeito pela revista “SocialPsychology Quarterly”. Elaaponta que os homens quetraem suas parceiras têm me-nor nível de coeficiente deinteligência (QI).

A pesquisa foi realizadacom homens fiéis e infiéis àssuas parceiras, pelo psicólo-go especializado em com-portamento de gênero, casa-mento e poligamia SatoshiKanazava. O cientista com-parou o QI e o comportamen-to de milhares de adultos eadolescentes dos EstadosUnidos. Ele chegou à con-clusão de que os homensmais inteligentes preferemvalorizar a exclusividade se-xual e a monogamia. Já os

menos inteligentes preferemter várias parceiras.

Obviamente, os homensdiscordam disso, pois pen-sam que se trata de mais umdiscurso feminista. Para agrande maioria deles, a trai-ção é pautada somente nocaráter e nada tem a ver coma capacidade intelectual.

Indo mais a fundo nosentido de cada palavra, nodicionário “caráter” signifi-ca: conduta de vida, valores;modo de ser e se colocar di-ante das questões da vida;brio; vergonha na cara.

Já “intelectualidade” é a ca-pacidade de expor questões comdestreza; palavras e atos bem or-denados; mente aguçada; capa-cidade superior em desenvolvercoisas.

Olhando os dois signi-ficados, e em se tratando detraição, dá para ver que um

Divulgação

complementa o outro. No en-tanto, não dá para fazer ge-neralizações, afinal, homensinteligentes também traem,assim como há a traição demuitas mulheres. Por isso,antes da inteligência e docaráter deve vir o mais im-portante, a palavra princi-pal, o respeito com o compa-nheiro.

Os homens maisinteligentespreferem valorizara exclusividadesexual e amonogamia. Já osmenos inteligentes,preferem ter váriasparceiras

Opnião | Voto obrigatório

Obrigadopor nosescolherDafne Hruschka

O Brasil é uma democra-cia; essa é a base do nossopaís. Mesmo assim, aindaestamos encalhados nessasituação que se alastra des-de 1934. A obrigatoriedadedo voto. O voto é tratadocomo um “dever cívico”, quedeve ser exercido por todosos brasileiros maiores de 18anos como obrigatório. É fa-cul tat ivo apenas para osanalfabetos, os maiores de70 anos e jovens adultos en-tre 16 e 18 anos.

A definição de uma demo-cracia é de que a tomada dedecisões importantes está namão do povo, direta ou indi-retamente, por meio de repre-sentantes eleitos. Entretanto,no Brasil, o eleitorado é obri-gado a optar por candidatosque muitas vezes não mos-tram todas as suas propostas– frequentemente porquenão há tempo o bastantepara isso. Elegem-se 513 de-putados por voto proporcio-nal, 81 senadores, 25 gover-nadores e um presidentenestas eleições.

Apesar deste grande nú-mero de candidatos, o tempodeles na televisão e em ou-tros meios é exíguo, o queprejudica a massa eleitoral,alienando-a de suas propos-tas . E ainda assim muita

gente é obrigada a escolheralguém.

Embora ainda tenha-se aopção de votar “branco” –transmitindo seu voto auto-maticamente àquele que estána frente nas votações – e“nulo” – anulando o votocompletamente –, ficamospresos à obrigatoriedade deir às urnas e fazer uma esco-lha. Ou, nesse caso, a faltade escolha.

O voto nos Estados Uni-dos da América não é obri-gatório, mas funciona; aspessoas que votam são aque-las que estão plenamenteconscientes de suas escolhaspara os representantes pú-blicos. Não é uma questão decompromisso do cidadão ounão com a eleição, mas simcom a capacidade do candi-dato de representar o povo.

Vale lembrar que no casodo voto não obrigatório dosEUA, os candidatos a qual-quer cargo são obrigados aapresentar sempre suas pro-postas; uma possível isen-ção de participação no horá-rio político pode prejudicá-lo na hora de se eleger. É ne-cessária uma conquista deconfiança do eleitorado, coi-sa que não necessariamenteacontece no Brasil, princi-palmente no caso dos depu-tados federais e estaduais.

Embora ainda tenha-se a opção de votar“branco” – transmitindo seu votoautomaticamente àquele que está nafrente nas votações – e “nulo” – anulandoo voto completamente –, ficamos presos àobrigatoriedade de ir às urnas em e fazeruma escolha. Ou, nesse caso, a falta deescolha

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Homem pardo na faixa dos20 anos. É este o perfil de víti-ma preferida da Polícia Militarde São Paulo quando o assun-to é matar. Digo o “perfil de ví-tima preferida” porque as mor-tes podem se estender tambémaos homens negros e brancos,mais velhos ou mais novos (atéas crianças e os adolescentesentram na “dança”). Em algunscasos, mulheres também. Nãoentrarei no mérito da questãodas causas e/ou consequênciasde tais atos. Vou apenas exporminha opinião, baseado na lei-tura do livro reportagem “Rota66”, do jornalista Caco Barce-llos. Meus caros leitores pode-rão tirar suas próprias conclu-sões após a leitura do livro.

Já faz vários anos queBarcellos anda na companhiade seguranças armados. Dizemque é devido às revelações fei-tas no livro “Abusado”, sobreos bastidores do tráfico de dro-gas no Rio de Janeiro. Duvido.Conversando a respeito com vá-rias pessoas, inclusive professo-res, a maioria concorda que épor temer represálias da pró-pria PM, instituição que, porobrigação, deveria prover segu-rança ao cidadão (e não exter-miná-lo de forma covarde). Dis-so eu não duvido.

Nasci e cresci em SãoPaulo, capital, e sempre ouvia omote de que “bandido bom ébandido morto”. A princípio atéconcordava, afinal qualquer cri-ança quer viver num lugar tran-quilo. Não posso reclamar davizinhança, mas naquela época(anos 80) a cidade ainda passa-va por um “boom” populacio-nal, e a violência crescia namesma proporção (continuacrescendo até hoje). Nunca deimuita importância ao modo deatuação da PM até saber quenuma noite, ao voltar para casa,quando meu pai ainda era ado-lescente (por volta de 1974), ha-

dos números, mesmo porquenão os recordo com exatidão,mas o grosso das abordagensseguidas de mortes dos cida-dãos era de inocentes ou de jáfichados por crimes leves. Osbandidões mesmo, peixes gran-des, gozavam e ainda gozam derelativa paz (por também esta-rem armados até os dentes).

Corajosos foram aquelesque em tempos imemoriais luta-ram por sua liberdade e contraa tirania, geralmente em menornúmero e com armas menosmodernas, como as tribos bárba-ras ao enfrentarem os legioná-rios do Império Romano. Estes,entre outros, são dignos de os-tentar medalhas e citações hon-rosas. O resto é apenas o resto.

Meu pai costuma dizer quenão existe mais esse negócio deforte ou fraco e maior ou menordepois que inventaram a pólvo-ra. Sou obrigado a concordarcom ele, afinal qualquer umcom uma arma na cintura seacha o máximo. E mais ainda osuniformizados. Em grupo e ar-mados são os maiorais, mas esozinhos? E desarmados?

Entusiastas do trabalhopolicial ou até mesmo puxa-sa-cos descarados podem argu-mentar que o salário da catego-ria é insuficiente tendo em vis-ta a atividade que desenvolvem

via sido abordado por uma RP(Rádio Patrulha). Por ironia dodestino, justo naquele dia, eleestava sem documentos e já le-vou uma “coça” dos PMs. Asorte dele foi estar perto de casae passar um amigo do outrolado da rua naquele momento.Ao presenciar tal cena, o amigocorreu para casa e chamou meuavô. No final das contas ficoutudo bem, mas poderia ter sidopior se a abordagem tivessesido feita pela Rota. Deste epi-sódio herdei o costume de levarmeu RG até quando vou ao ba-nheiro. Claro que estou exage-rando quanto a levar o docu-mento comigo quando a nature-za chama, mas não saio de casasem ele.

Baseado única e exclusi-vamente na conduta da Rota,tenho a impressão de que suasfileiras são compostas por co-vardes dos mais lastimáveis.Explico. Cada viatura é com-posta por uma equipe de cincointegrantes armados com revól-veres calibre 38 e metralhado-ras (herdadas da época em quea polícia comum ainda enfren-tava as guerrilhas em assaltosa bancos durante a ditaduramilitar). Bom, pelo menos eraesse o tipo de armamento usa-do quando o livro foi concluído,em 1992. Armados até os den-tes, por assim dizer, abordamaleatoriamente qualquer cida-dão que desperte algum tipo dedesconfiança por parte de qual-quer integrante da equipe. Esta,por sua vez, tem o costume dejá chegar atirando e perguntardepois. Detalhe: adoram atirarpelas costas, na cabeça (portrás) e na nuca.

Apesar de os policiaisafirmarem que só matavam “cri-minosos conhecidos” em tiro-teios alegando legítima defesa,apenas uma minoria das víti-mas tinha alguma morte nascostas. Não entrarei na questão

e, por isso, agem desta forma. Concordo plenamente que uma po-lícia mais bem preparada, equipada e com melhores salários seriamais eficaz na repressão ao crime (e automaticamente na proteçãoao cidadão comum), mas isso não justifica essa conduta típica defaroeste.

Onde está escrito que estes indivíduos podem chegar ati-rando e fazerem o que bem entenderem? O fato de carregarem umaarma de fogo e usarem uma carteira com a insígnia de policial nãoé justificativa. O trabalho deles é preservar a vida e levar o cida-dão meliante à justiça para responder por seus atos. A arma estáno cinturão apenas como medida preventiva.

Infelizmente, vivemos numa terra de ninguém, onde a lei be-neficia apenas os ricos. Nas ruas impera a lei do mais forte. A cri-minalidade e a violência aumentam a cada dia, reflexo direto da(falta de) conduta da própria polícia, despreparada para desem-penhar suas funções, e de um Estado corrupto. E o povo permane-ce onde sempre esteve, à mercê de sua própria sorte.

Resenha

O prazer de matars

É essa a impressão que o livro “Rota 66”, do jornalista Caco Barcellos, passa a seus leitores

Rodrigo Araujo

Apesar de ospoliciais afirmaremque só matavam“ c r i m i n o s o sconhecidos” emtiroteios alegandolegítima defesa,apenas uma minoriadas vítimas tinhaalguma morte nascostas.

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MúsicaMenu

A exposição que já passou pelo Rio, São Paulo e Recife, está emCuritiba participando da Bienal de Design. Na mostra "Rico Lins:Uma Gráfica de Fronteira", o artista quer destacar a diferença entre

Beatles Cover

Cultura

Curitiba tem apresentadoaos consumidores de músi-ca novidades boas em rela-ção a shows de grandes ar-tistas da música popular.Um dos pontos positivos éque, em 2010, a cidade apre-sentou e apresentará atra-ções de qualidade de formagratuita, como no FestivalNuJazz e a futura primeiraedição da Virada Cultural,na versão paranaense, emmeados de novembro. A sen-sação é a de que a cidadepassa por melhorias no quediz respeito à aproximaçãoda massa curitibana à músi-ca, que não se representa nasgrandes FMs. É um processootimista, lento e gradativo,que precisa levar em consi-deração mudanças de men-tal idade dos c idadãos e ,principalmente, dos produ-tores de eventos.

Eventos gratuitos, como oNuJazz, têm o caráter demostrar Jazz e Fusion a pes-soas que nunca tiveram con-tato com algo parec ido.Curitiba precisa, finalmente,acostumar seus jovens aconsumirem cultura de qua-lidade, o que poderia susten-tar parte da impressão quese tem de cidade cultural-mente evoluída.

A caminhada é longa atéque a maioria tenha acessofácil a bons instrumentistas– muitas vezes naturais daprópria cidade. Utopia ounão, há de se perceber nomínimo um esboço do queseria um pontapé inic ialpara essa quebra deparadigma.

Grande parte do públicode jazz é de pessoas abasta-das, que frequentam hotéis ebares de alto padrão. Artis-tas de fora do estado tocamcom frequência em espaçoscomo o Teatro da Caixa, ou oPaiol, mas sempre com pro-moção de evento que divergedo ideal, no que de refere à

anexação de novos públicos. Percebiam-se, há anos, os

c ircui tos cul turais deCuritiba de uma maneira fe-chada a quem é de fora, nãoadmitindo “intrusos” perifé-ricos que não sejam atingi-dos através de propagandasem Livrarias e Bibliotecas.Há alguns meses, casas docentro da cidade apresentamartistas de jazz ao menosuma vez por semana, compreços mais acessíveis.

Contudo, o próprio festi-val de Jazz também pecou emaspectos acerca justamentedo que acabou de ser lembra-do. Dizem que com esmolademais, o santo fica descon-fiado. Concretizado pela ini-ciativa privada, o NuJazzteve algumas de suas maio-res atrações no palco monta-do em bairro nobre, por mo-tivos de publicidade de umadas empresas financiadoras.O m o n u m e n t a lpercuss ionis ta mineiroRobertinho Silva pôde serapreciado apenas por quemse dispôs a ir até o Batel, ouapenas por quem mora naregião.

Mas houve HermetoPascoal, na Praça Osório,coração de Curitiba, lugarmais hospitaleiro em que asdiferentes origens se encon-tram. Quem foi, conferiu uma

Rico Lins: Uma Gráfica de Fronteira

O Trio Quintina apresenta releituras enovas composições de músicas de circo.O espetáculo CYRK mostra um universolúdico e divertido. No repertóriotambém estão músicas consagradas daMPB, como Piruetas de Chico Buarque,Gargalhada, de Pixinguinha, eBicicleta, de Toquinho e Mutinho. O triodivide o palco com dois convidadosespeciais, o músico João Gomes e operformer circense Yamba Daher.

Música Circense

Juliana Guerra

Daniel D'Alessandro

Onde: Teatro do Paiol (Praca Guido Viaro, s/n - Prado Velho)Quando: Sexta e sábado às 21h e domingo às 17hQuanto: R$ 12

Onde: Galeria da Caixa(R. Conselheiro Laurindo,280, Centro)Quando: Até dia 24, das10h às 21hQuanto: Entrada Gratuita

A banda brasileira "All You Need Is Love", que presta homenagemaos Beatles em comemoração aos 50 anos da banda inglesa. Oquarteto promete fidelidade ao figurino, voz e trejeitos da bandaoriginal. No repertório estão: “I Want To Hold Your Hand”, “Help”,

Onde: Teatro Positivo (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza,5300, Campo Comprido)Quando: Sexta-feira, dia 15, às 21h15Quanto: De R$ 45 a R$ 120

Reggae paz e amor

Onde: Curitiba Master Hall (R. Itajubá,143, Portão)Quando: Sábado, dia 16, às 22hQuanto: R$ 60

A banda “Chimarruts” se apresenta nesse sábado em Curitiba nolançamento do quinto CD “Só para Brilhar”. As músicas da bandagaúcha de reggae falam de paz e amor. O disco já é considerado umdos melhores de pop reggae do Brasil.

Divulgação

Divulgação arte e design. Estãoexpostos capas de revistas,de CDs e livros e projetosdesenvolvidos pelo artistapara o cinema e a televisão.

“Yellow Submarine”,“Let It Be”,” Lucy In TheSky With Diamonds”,“All You Need Is Love”.A banda é a única noBrasil que tem os direitosde gravação ecomercialização dasmúsicas dos Beatles.Durante o show, seráfeita a gravação do DVD.

Divulgação

das maiores autoridades damúsica popular de todos ostempos encantando até osfortes pingos de chuva queteimavam em cair durantetoda a noite daquela sexta.Lago da Osório, municípiode Curitiba, poderia ser can-tado na ocasião, fazendomenção a um disco do artis-ta.

O saldo que fica é o degratidão pelo NuJazz, queproporcionou às pessoas,antes acostumadas apenascom a overdose de conteúdosmercantis, ao menos tenhamnoção a respeito do que setratam Hermeto, Azimuth eRobertinho Silva. Claro, nãoserá desta vez ainda que ou-viremos músicas de artistascomo estes no alto-falantedos celulares que tocam den-tro dos biarticulados. Masalgo fundamental dessa artejá está sendo trabalhado: apreparação do ouvido daspessoas. Ouvir Jazz e Fusioné uma questão de estar ounão habituado.

Será uma mudança alongo prazo e é preferívelacreditar que dará certo.A V i r a d a C u l t u r a l , q u econtará com Paulinho daViola e o próprio Hermeto,poderá reforçar a transi-ç ã o q u e a i n d a éincipiente.

Música petit-pavéno

Curitiba precisa,finalmente,acostumar seusjovens a consumiremcultura de qualidade,o que poderiasustentar parte daimpressão que setem de cidadeculturalmenteevoluída