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Lourdes Castro Manuel Zimbro

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Chiado 8 – Arte Contemporânea, inaugurado em janeiro de 2002, é um projeto da Companhia de Seguros Fidelidade Mundialque, aproveitando a localização privilegiada de um dos seus edifícios centrais, decidiu participar nas iniciativas de reabilitaçãodo Chiado através da criação de um espaço de divulgação da arte contemporânea.

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À DistânciaLinha de Horizonte

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Bruno MarchandLinha de Horizonte

A sombra é a mais primordial das imagens.Antes de as imagens se separarem das coi-sas para serem coisas em si mesmas, assombras eram todas as imagens. E eram-node forma peculiar: ao contrário da maioria dasimagens com que nos confrontamos nosdias de hoje, as sombras nunca reproduzi-ram apenas uma configuração: elas sempreatestaram uma presença e um estado. Paraque haja uma sombra, sabemo-lo, tem dehaver um corpo – uma matéria com uma dadaforma, com uma dada densidade, dispostano espaço, exposta à luz. A sombra é umcorrelato desse corpo e, simultaneamente,uma prova da sua existência física. É por issoque se pode dizer, em termos vagamente se-mióticos, que a sombra é simultaneamenteum ícone – algo que manifesta uma seme-lhança direta com o objeto que refere – e umíndice – um sinal que depende intimamenteda presença ou da ação desse mesmo objeto.Por outras palavras, a sombra não é mera-mente uma imagem da coisa, ela é uma suaemanação; pertence-lhe e prolonga-a, coe-xiste e transforma-se com ela, no espaço eno tempo.

Uma parte substancial da prática artísticade Lourdes Castro tem sido fruto do seuprofundo envolvimento com a sombra en-quanto fenómeno e, sobretudo, enquantoterritório fértil para a produção de sentido.Assinalar este facto implica, contudo, reco-nhecer um outro, porventura menos evi-dente: é que ao escolher envolver-se com ouniverso das sombras, como fez do iníciodos anos 1960 em diante, Lourdes optoutambém por abordar os objetos na base dasua dimensão mais intangível, da sua pre-sença mais espectral. Como se o que lhe in-teressasse não fosse propriamente a suacondição material ou as suas valências con-creta e definida, mas antes o rasto que elesimprimem no mundo e em cujo caráter tran-sitório se pode ler o apreço da artista pela

fugacidade de tudo o que existe, bem comopor processos de síntese, de contenção e,sobretudo, de desapego.

A noção de desapego foi, aliás, uma daspremissas iniciais do trabalho de LourdesCastro, mais concretamente no âmbito do tra-balho que produziu em Paris a partir do finalda década de 1950. Corriam os anos do “NovoHumanismo”1 de Pierre Restany e desse gi-gantesco esforço de reposicionamento dolugar do Homem na ressaca do holocausto,e no quadro de uma sociedade progressiva-mente mais industrializada, eminentementeurbana e cosmopolita. As diretivas do Nou-veau Réalisme, nascidas da pena de Restany,eram tão claras na sua cisão programáticacom o lirismo da Arte Informal quanto equí-vocas no contraste ideológico com a euforiaiconográfica da Pop Art. Bem para lá da su-perfície e do apreço comum pelos objetosdo quotidiano, o que na Pop anglo-saxónicaera celebração e ironia, era no Nouveau Réa-lisme continental gesto crítico e denúnciadas estruturas capitalistas. O capitalismo, é certo, lida mal com a ambiguidade. Nadamelhor, então, do que oferecer à turba cos-mopolita a imagem cristalizada da sua vora-gem na forma de assemblagens de toda asorte de objetos descartados. No caso deLourdes Castro, essas assemblagens oraeram compostas por objetos da mesma fa-mília cromática, ora por objetos heteróclitosbanhados por tintas metalizadas que os ni-velavam e lhes mitigavam os contrastes for-mais, ao mesmo tempo que sublinhavam aerosão da identidade individual inerente àconstrução de toda e qualquer comunidade.

Um dado apagamento dominava já estasobras iniciais. De facto, a singularidade deLourdes no quadro estético do Nouveau Réa-lisme parecia encontrar-se precisamente nomodo cuidadoso como evitou sempre que asua obra resvalasse no fosso de espetacula-ridade que vem acoplado ao exercício do

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excesso. Mais do que isso, no seu trabalhotransparecia já a tensão entre o materialismotradicionalmente associado à produção artís-tica e o seu progressivo interesse pelo vastouniverso das coisas quotidianas que esca-pam à materialidade. Não seria com surpresa,então, que o círculo mais íntimo da artista viaa sua obra do início dos anos 1960 preterir a densidade dos corpos e dos objetos quehabitavam o seu quotidiano a favor da pre-sença etérea das suas respetivas sombras.

Num parcimonioso movimento de experi-mentação e de libertação face aos meiosartísticos convencionais, as sombras proje-tadas que Lourdes registou durante as duasdécadas seguintes começaram por ser fixa-das em serigrafias, papéis e telas, para de-pois se verem pintadas e recortadas emplexiglas, desenhadas em paredes ou bor-dadas em lençóis. Como que numa extrapo-lação desta postura experimental, o passoque levou Lourdes a ir substituindo a opaci-dade rugosa da tela pela presença diáfanado plexiglas foi o mesmo que, de meados dadécada de 1960 em diante, a fez libertar-selentamente do reino estrito da representa-ção para incorporar na sua obra o campo dapresentação. O dispositivo que permitiriaesta transformação interna foi o teatro desombras, que Lourdes experimentou logoem 1966, e cujas potencialidades não só vi-riam a intensificar o seu envolvimento com ouniverso das sombras, como viriam tambéma revolucionar os métodos e os objetivos queguiaram toda a sua prática artística futura.

Entre 1973 e 1985, Lourdes Castro conce-beu e apresentou, em colaboração estreitacom Manuel Zimbro, três espetáculos doteatro de sombras, a saber: um programacomposto pelas peças Pic-nic à sombra,Contorno e Noite e dia (1973), e outros doisintitulados As Cinco Estações (1975) e Linhade Horizonte (1981). Como teve oportunidadede afirmar por diversas vezes, Lourdes en-

carou estas peças não propriamente comoteatros, mas antes como as mesmas “propo-sições quotidianas” que sempre a fascina-ram e que, neste novo contexto, ganharamvida, movendo-se “como sombras no es-paço”2. Sobre um retângulo de pano prepa-rado, com cerca de seis metros quadradosde área, o público testemunhava o encanta-tório desfilar da sombra de Lourdes Castrolevando a cabo, lenta e graciosamente, se-quências de ações quotidianas. Aquelaseram situações e tarefas do dia-a-dia, todauma porção de vida que não consta nas en-tradas biográficas e que é quase tão imper-cetível quanto as suas próprias sombras.Regar uma planta, servir um chá, pentear ocabelo ou dançar – o teatro de sombras é olugar do extraordinariamente comum, a ce-lebração dos pequenos gestos, magistral-mente encenados no corpo da artista eprojetados sobre um ecrã na forma da ima-gem espectral de si mesmos.

À Distância – Linha de Horizonte revisita o último dos teatros de sombras de LourdesCastro e Manuel Zimbro. Num diaporamarealizado por Catarina Mourão3, o visitanteencontra uma reposição daquela obra porintermédio da sucessão de cerca de trêscentenas de imagens com as quais a fotó-grafa francesa Claire Turyn a documentouem 1985, e à qual se apôs a sonoplastia ori-ginal. Em certo sentido, não será erradopensar-se que a distância que o título da ex-posição menciona se refere aos quase trintaanos que medeiam a última apresentaçãopública desta peça e a atualidade. Trata-se,de facto, de invocar a sua memória e trazê-laao presente. Contudo, a aceção de distânciaa que verdadeiramente se alude aqui talvezse meça mais no plano da extensão do queno plano da duração, reportan do-se essen-cialmente à ideia de espaço implicada naprópria perceção do horizonte. Com efeito,o horizonte é o limite da visão – cada tomada

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de vista traz consigo a medida do nossoafastamento em relação a esse limite, e asua configuração é o contorno que os nos-sos olhos fazem do mundo. No caso destapeça, o horizonte é resultado da sombra docéu projetada sobre a superfície do mar, oencontro absolutamente nivelado das suasimensidões gémeas a produzir a mais finadas linhas. A linha, aliás, que Lourdes dese-nhou centenas de vezes num mesmo bloco,tantas quantas as vezes que fez Linha deHorizonte.

Esse mesmo bloco e esse mesmo dese-nho são o centro desta exposição, mas nãosão o seu verdadeiro objeto. Há muito queLourdes abandonou qualquer ambição de in-troduzir novos objetos no mundo. Do mesmomodo, há muito que Lourdes se desligou douniverso dos efeitos para se dedicar ao intri-cado movimento das causas. O seu trabalhotem sido o da incorporação, em todas as di-mensões da vida quotidiana, do nível de con-centração que a experiência artística impõe.Um nível de concentração que, uma vez in-corporado, se transforma em pura disponi-bilidade, em incondicionada atenção. Nesseespaço de encontro com o mundo abre-seum abismo, descobre-se a vertigem da íntimaligação de todos os fenómenos, o estilhaçarda linha do tempo e a insustentabilidade dasua absurda hierarquia. E um desenho frágil,displicente e não intencionado pode ser olugar de uma convergência, de uma revela-ção, o exemplo claro de um percurso queaprendeu devagar o espanto das coisas, eque exercita esse ensinamento na absolutaradicalidade de saber mostrar sem quasedar a ver.

1Pierre Restany, “Lourdes Castro: A presença da ausência”,Paris, Galerie Edouard Loeb, 1966.

2Lourdes Castro, “Teatro de sombras”, in Diálogo sobrearte contemporânea (teatro, performance, música).Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1985.

3Uma versão deste mesmo diaporama fez parte daexposição Lourdes Castro e Manuel Zimbro: À luz dasombra apresentada no Museu de Serralves no ano de2010. A relação entre Catarina Mourão e Lourdes Castrodeu também origem ao filme Pelas Sombras, produzidopor Laranja Azul e estreado em 2010.

Sala 1 [capa e pp. 6-9]

Linha de Horizonte, 1981-1986Diaporama realizado por Catarina Mourão em 2010 a partir da documentação fotográfica de Claire Turyn

Sala 3[p. 11 e folder]Linha de Horizonte, 1978-1986 Grafite sobre papel em bloco27 x 38 cm

Lista de obras

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Projeto de exposições (2009-2013)Miguel Wandschneider (Culturgest)CoordenaçãoGabinete de Comunicação e Imagem (Fidelidade Mundial)Curador Bruno MarchandCoordenação de produção e de montagemAntónio Sequeira Lopes (Culturgest)Montagem Fernando TeixeiraHeitor FonsecaLaurindo MartaSílvia Santos

Catálogo

Texto Bruno Marchand Desenho Pedro Falcão Proporção[A5] – 14,8 × 21 cmTipo de letraNew Rail AlphabetFotografiaTeresa Santos / Pedro TropaCoordenação editorial Rosário Sousa Machado (Culturgest)Revisão de provas am edições / antónio alves martinsImpressão e acabamentoGráfica MaiadouroTiragem2000 exemplares

ISBN978-972-769-074-9

A artista e a Culturgest gostariam de agradecer a Ana PaulaGordo (directora da Biblioteca de Arte) e à Fundação CalousteGulbenkian, a Catarina Mourão, a Claire Turyn e a Pedro Morais.

CHIADO 8 – ARTE CONTEMPORÂNEALargo do Chiado, n.º 8 / 1249-125 LisboaTel. : 213.401.676 / www.fidelidademundial.pt

24.0526.07.2013

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Lourdes Castro nasceu no Funchal em 1930.Vive e trabalha na ilha da Madeira desde 1983.Formou-se na Escola de Belas-Artes de Lis-boa (ESBAL), em 1956. Partiu para Muniquecom René Bertholo, em 1957 e em 1958 paraParis. Já aí instalada, é-lhe atribuída umabolsa de estudo, de Pintura, pela FundaçãoCalouste Gulbenkian. Viveu em Paris durante25 anos. Nessa cidade, e com René Bertholo,começa, em 1958, a revista KWY, a que sejuntaram, a partir do número 6, Christo, CostaPinheiro, Gonçalo Duarte, Jan Voss, JoãoVieira e José Escada, dando origem ao grupohomónimo no âmbito do qual se apresen-taram em diversas exposições, nomeada-mente na Sociedade Nacional de Belas-Artes,Lisboa (1960); Universidade de Saarbrücken,Saarbrücken (1960); Galerie Soleil dans laTête, Paris (1961); Galeria 2000, Bolonha (1962).Em 1972 e 1979 foi artista residente naDeutscher Akademischer Austauschdienst(DAAD), em Berlim. Expôs individualmentepela primeira vez em 1955, no Clube Funcha-lense, Funchal. Expôs inúmeras vezes emcidades como: Funchal, Lisboa e Porto; Bor-déus, Lombreuil e Paris; Baden-Baden, Ber-lim, Colónia, Essen, Frankfurt, Munique eNuremberga; Basel; Amesterdão; Liubliana,Malmö; Praga; Milão e Londres. Por volta de1966 realizou as suas primeiras experiênciascom o Teatro de Sombras, no qual contoucom as colaborações de René Bertholo, noperíodo inicial, e de Manuel Zimbro, entre 1973e 1986. No âmbito do Teatro de Sombrasconceberam três programas distintos: Pic--nic à Sombra, Contorno e Noite e Dia (1973 a1974);As Cinco Estações (1975 a 1980); Linha de

Horizonte (1981 a 1986). Das apresentaçõesque fez deste projecto, destacam-se: Pic-nicà Sombra, Contorno e Noite e Dia: Akademieder Künste, Berlim (1973-1974); Neue GalerieSammlung Ludwig, Aachen (1973-1974); An-vers e Amesterdão (1973-1974); Galerie Ernst,Hanôver (1975); Théâtre d’Orsay Renaud-Barrault, Paris (1975); Musée d’art modernede la Ville de Paris / ARC, Paris (1975); Melk-weg, Amesterdão (1975); Estreia de As CincoEstações: Festival d’Automne, Paris (1975);Museo de Arte Moderno Jesús de Soto, Ciu-dad Bolívar (1976); Museo de Bellas Artes,Caracas (1976); Fundação Calouste Gulben-kian, Lisboa (1977); Escola Superior de Belas--Artes, Porto (1977); Teatro Municipal, Funchal(1977); Teatro Stabile, Trieste (1978); TeatroBibiena, Mântua (1978); Küsntlerhaus Betha-nien, Berlim (1979); Cité Universitaire, Paris(1980); Staastsmuseum, Munique (1980); Es-treia de Linha de Horizonte, no Château dePourtalès, Estrasburgo (1981) e no âmbito dasactividades culturais organizadas por oca-sião do Carnevalle, Veneza (1981); Neue AlteOper, Frankfurt (1982); Osnabrück, Alemanha(1982); Centre Georges Pompidou / GrandeSalle, Paris (1982); CAM – Fundação CalousteGulbenkian, Lisboa (1985); Bienal de SãoPaulo, São Paulo (1986). Mais recentementeo seu trabalho foi alvo de restrospetivas deque se destacam: Grande Herbário de Som-bras, CAM – Fundação Calouste Gulbenkian,Lisboa (2002); Sombras à volta de um centro,Museu de Arte Contemporânea da Funda-ção de Serralves, Porto (2003); À Luz daSombra, Museu de Arte Contemporânea daFundação de Serralves, Porto (2010).

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