Lucas de Ourique Tecnicas de Viveiros

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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO Técnicas realizadas em viveiro florestal Acadêmico: Lucas Kosvoski de Ourique Curso de Engenharia Florestal São Gabriel, RS, Brasil Junho de 2011.

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para estudantes de Engenharia Florestal

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  • RELATRIO FINAL DE ESTGIO

    Tcnicas realizadas em viveiro florestal

    Acadmico: Lucas Kosvoski de Ourique

    Curso de Engenharia Florestal

    So Gabriel, RS, Brasil

    Junho de 2011.

  • 2

    Tcnicas realizadas em viveiro florestal

    Por:

    Lucas Kosvoski de Ourique

    Relatrio de estgio final apresentado ao Curso de Graduao em Engenharia Florestal, rea de Silvicultura, da Universidade Federal do Pampa UNIPAMPA, como requisito parcial para obteno do grau de Engenheira Florestal.

    Orientadora: Prof. Dra. Nirlene Fernandes Cechin

    So Gabriel, RS, Brasil

    Junho de 2011.

  • 3

    Universidade Federal do Pampa

    Campus So Gabriel

    Engenharia Florestal

    A Comisso Examinadora, abaixo assinada,

    Aprova o Relatrio de Estgio

    Tcnicas realizadas em viveiro florestal

    Elaborado por

    Lucas Kosvoski de Ourique

    Como requisito parcial para obteno do grau de

    Engenheiro Florestal

    COMISSO EXAMINADORA:

    ______________________________

    Prof. Dra Nirlene Fernandes Cechin

    ______________________________

    Prof. Dr. talo Filippi Teixeira

    ______________________________

    Gestor Ambiental Marcelo Rodrigo Muller

    So Gabriel, Junho de 2011.

  • 4

    Resumo

    Universidade Federal do Pampa

    Campus So Gabriel

    Engenharia Florestal

    Tcnicas realizadas em viveiro florestal

    Por: Lucas Kosvoski de Ourique

    Orientadora: Prof. Dra Nirlene Fernandes Cechin

    No perodo de 01 de abril de 2011 a 10 de junho de 2011, foi realizado o estgio prtico

    profissional do acadmico Lucas Kosvoski de Ourique, no viveiro da Floricultura Amor

    Perfeito, localizada no Municpio de So Gabriel - RS. Durante este perodo foram

    realizadas diversas atividades, dentre as quais algumas tcnicas utilizadas em viveiros

    florestais. Foram desenvolvidos trs testes para determinar o mais adequado para a

    quebra da dormncia tegumentar da Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit., com o

    intuito de verificar o potencial germinativo desta espcie, buscando determinar um

    mtodo que possa ser facilmente utilizado, para obter, em menor tempo, os melhores

    resultados e os menores custos na produo de mudas da espcie nos viveiros

    florestais de pequeno e mdio porte. Tambm foi realizada a produo de mudas de

    espcies nativas, como a Erythrina crista-galli (corticeira-do-banhado) e o Ficus enormis

    (figueira), pela propagao vegetativa por estaquia. Ainda foi realizada a semeadura,

    em tubetes, de outras espcies nativas e exticas, cujas sementes foram coletadas no

    Municpio de So Gabriel. Outra tcnica de viveiro realizada foi o transplante de mudas

    arbreas de algumas espcies que estavam em sacos plsticos para baldes.

    Finalmente, foi realizado um estudo para proporcionar uma melhor reestruturao da

    rea do viveiro da Floricultura Amor Perfeito.

    Palavras-chaves: Viveiro Florestal, Quebra de dormncia, Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit.

  • 5

    Lista de Ilustraes

    Figura 1 Exemplar de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Praa Fernando Abbott So

    Gabriel RS..........................................................................................................................................

    14

    Figura 2 Aspecto de alguns frutos coletados de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit, So

    Gabriel RS, 2011................................................................................................................................

    15

    Figura 3 Sementes de leucena perfuradas por inseto da Ordem Thysanura So Gabriel RS,

    2011.............................................................................................................................................

    15

    Figura 4 Quebra de dormncia das sementes de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit, So

    Gabriel RS, 2011.........................................................................................................................

    16

    Figura 5 Substrato e recipientes utilizados nos testes de germinao da leucena (a) substrato (b)

    bandeja com 200 clulas (c) tubetes, So Gabriel RS, 2011..........................................................

    17

    Figura 6 Bandeja com os 5 tratamentos do primeiro teste (a) e detalhe das sementes nos

    espaos da bandeja (b), So Gabriel RS, 2011...........................................................................

    19

    Figura 7 Sementes de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit com perfuraes, utilizadas no

    tratamento T1, So Gabriel RS, 2011..........................................................................................

    20

    Figura 8 Irrigao diria realizada no teste 3, s 16:00 horas da tarde, So Gabriel RS,

    2011.............................................................................................................................................

    22

    Figura 09 Transplante de Ip amarelo Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) para balde,

    com diminuio de copa para fins de adaptao da espcie, So Gabriel RS, 2011......................

    24

    Figura 10 Estacas de figueira em tubetes na casa de sombra. So Gabriel, 2011......................... 25

    Figura 11 Tamanho mdio das estacas selecionadas de corticeira do banhado, So Gabriel

    RS, 2011......................................................................................................................................

    26

    Figura 12- Estacas de corticeira do banhado dispostas na casa de sombra, So Gabriel RS......... 27

    Figura 13 - rea do viveiro, So Gabriel RS, 2011....................................................................... 28

    Figura 14- Germinao da semente de leucena (a) teste dois, com o detalhe do furo da semente

    aparecendo no fololo. (b) Bandeja com o teste um ao final dos 30 dias..........................................

    29

    Figura 15 Comparativo do percentual de germinao, ao final de 15 dias, entre o primeiro e o

    terceiro testes com os mesmos tratamentos realizados, So Gabriel RS, 2011.............................

    31

    Figura 16 Comparativo do percentual de germinao, ao final de 30 dias, entre o primeiro e o

    terceiro testes com os mesmos tratamentos realizados, So Gabriel RS, 2011. ..........................

    32

    Figura 17 Comparativo do percentual de germinao, ao final de 30 dias, entre os trs testes

    realizados, So Gabriel RS, 2011. ..............................................................................................

    33

    Figura 18 Croqui do viveiro da Floricultura Amor Perfeito, So Gabriel RS, 2011........................ 34

    Figura 19 Modelo de bancada para tubetes no Viveiro da floricultura Amor Perfeito - So Gabriel,

    2011...............................................................................................................................................

    35

    Figura 20 Croqui rea de casa de sombra 1, So Gabriel RS, 2011............................................ 36

  • 6

    Figura 21 Bancada na rea de rustificao dos Pets, com divisrias de taquara, So Gabriel

    RS, 2011......................................................................................................................................

    36

    Figura 22 Croqui rea de rustificao com as embalagens Pets................................................... 37

  • 7

    Lista de tabelas

    Tabela 1 Primeiro teste cinco tratamentos realizados para a quebra de dormncia tegumentar

    da Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit So Gabriel RS, 2011..................................................

    18

    Tabela 2 Segundo teste - quatro tratamentos realizados para a quebra de dormncia tegumentar

    da Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit, para sementes com tegumento furado, So Gabriel

    RS, 2011.......................................................................................................................................

    20

    Tabela 3 Terceiro teste cinco tratamentos realizados para a quebra de dormncia tegumentar ar

    da Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit.........................................................................................

    21

    Tabela 4 Total de sementes germinadas aps 15 dias e aps 1 ms no primeiro teste e seus

    respectivos percentuais de germinao.........................................................................................

    29

    Tabela 5 Total de sementes germinadas aps 15 dias e aps 1 ms no segundo teste e seus

    respectivos percentuais de germinao...............................................................................................

    30

    Tabela 6 Total de sementes germinadas aps 15 dias e aps 1 ms no terceiro teste e seus

    respectivos percentuais de germinao...........................................................................................

    30

    Tabela 7 reas das Dependncias do viveiro Florestal com suas dimenses com a

    reestruturao................................................................................................................................

    32

    Tabela 8 Cronograma das atividades realizadas no estgio em abril de 2011, So Gabriel............ 40

    Tabela 9 Cronograma de Atividades realizadas no estgio em maio de 2011, So Gabriel............ 41

  • 8

    Sumrio

    Organizao.................................................................................................................... 9

    1. INTRODUO............................................................................................................ 10

    1.1 Objetivos................................................................................................................... 11

    1.2 Reviso Literatura.................................................................................................... 11

    1.2.1 Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit.................................................................. 11

    2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS............................................................................... 13

    2.1. Quebra de dormncia Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit................................ 13

    2.1.1Coleta dos frutos.................................................................................................... 14

    2.1.2 Quebra de dormncia da leucena........................................................................ 15

    2.1.3 Substrato e recipientes....................................................................................... 16

    2.1.4 Testes realizados................................................................................................. 17

    2.1.4.1 Primeiro teste.................................................................................................... 18

    2.1.4.2 Segundo teste................................................................................................... 19

    2.1.4.3 Terceiro teste..................................................................................................... 20

    2.1.5 Luminosidade....................................................................................................... 21

    2.1.6 Irrigao................................................................................................................ 21

    2.2 Transplantes de Mudas Nativas de sacos plsticos para Baldes............................... 22

    2.3 Reprodues vegetativas de rvores nativas.......................................................... 24

    2.3.1 Estaquia realizada com Ficus enormis (Figueira)................................................ 24

    2.3.2 Estaquia realizada com Erythrina crista-galli (L.) - Corticeira do

    Banhado........................................................................................................................

    25

    2.4 Reestruturaes do viveiro florestal da Floricultura Amor Perfeito......................... 27

    3. RESULTADOS.......................................................................................................... 28

    3.1. Quebra de dormncia Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit............................... 28

    3.2 Reestruturaes do viveiro florestal da Floricultura Amor Perfeito......................... 33

    3.2.1 Reestruturao da casa de sombra..................................................................... 34

    3.2.2 Reestruturao da rea Rustificao 7 Pets...................................................... 36

    3.2.3 Construo de um laboratrio para as atividades no viveiro florestal.................. 37

    4. CONCLUSES E RECOMENDAES................................................................... 38

    5. REFERNCIAS......................................................................................................... 39

    6. ANEXOS...................................................................................................................... 40

  • 9

    Organizao

    A empresa Floricultura Amor Perfeito tem como responsvel tcnico o Gestor

    Ambiental Marcelo Rodrigo Muller, estando situada na Rua Coronel Soares, 867, sala 2,

    no centro do Municpio de So Gabriel - RS.

    O viveiro onde so produzidas as mudas comercializadas pela floricultura fica

    localizado na Rua Francisco Silva, N 3571, no Bairro Medianeira.

    A floricultura Amor Perfeito atua em diversos ramos relacionados produo de

    mudas, sendo que esta direciona suas atividades para a produo de flores de corte,

    hortalias e mudas de rvores nativas e exticas para diversas finalidades (frutferas,

    arborizao urbana, recuperao de reas degradas, plantios comerciais, etc).

    A produo da floricultura comercializada para diversas pessoas, empresas e

    rgos pblicos relacionados sua rea de atuao.

  • 10

    1. INTRODUO

    Atualmente a crescente preocupao ambiental quanto degradao da flora e

    da fauna e a conseqente perda da diversidade pauta na mdia e inquieta a populao.

    A degradao tem como grande responsvel o homem, com a explorao massacrante

    e desenfreada das matas nativas, sem nenhum comprometimento em recuperar estas

    reas, tornando este recurso cada vez mais escasso.

    Com o novo paradigma ambiental, referente degradao de florestas naturais, a

    partir dos anos 70, comeou uma maior dificuldade na obteno de madeira. Sendo

    assim, o interesse para o uso de espcies exticas se tornou mais vigente, pois na

    maioria das vezes, as espcies exticas podem se adaptar bem ao ambiente e

    apresentam crescimento mais rpido que as nativas. Logo, o produtor poder obter uma

    produo maior em menor tempo. A entrada de espcies exticas muitas vezes

    oportuna, pois pode suprir a necessidade energtica, tirando a presso das poucas

    espcies nativas ainda encontradas na regio.

    O viveiro florestal o local aonde acontecem s primeiras pesquisas com relao

    introduo de espcies. Para obter sucesso na implantao de uma espcie, devem

    existir tcnicas de reproduo em viveiros que apresentem bons resultados e que

    possam diminuir o tempo de produo das mudas, bem como aumentar a eficincia de

    sua produo.

    Estudos comprovaram a eficcia da quebra da dormncia pelo uso de diversos

    mtodos, mas alguns com a necessidade de serem realizados em laboratrios, com

    produtos que apresentam alguma periculosidade e com custos um tanto altos.

    A obteno de um mtodo mais fcil, e que possa ser feito de forma mais simples,

    em qualquer local, essencial para a utilizao em viveiros de pequeno e mdio porte.

    A Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. originria da Amrica Central, de onde

    se dispersou para outras partes do mundo devido a sua versatilidade de utilizao.

    uma espcie arbrea considerada invasora, mas que surge como uma alternativa a

    dificuldade de produo de madeira para diversas finalidades, como na produo de

    madeira, carvo vegetal, no melhoramento do solo, na recuperao de reas

    degradadas, para fazer adubao verde, pois esta uma espcie leguminosa e fixadora

    de nitrognio e as suas folhas podem ser utilizadas como forrageira, servindo como

    fonte de alimento para o gado por ser altamente palatvel.

  • 11

    As sementes da leucena apresentam uma dormncia tegumentar que impede

    muitas vezes, a curto espao de tempo, a sua germinao. Para superar a dormncia

    tegumentar podem ser utilizadas trs tcnicas: a imerso das sementes em gua

    quente, a escarificao cida e a escarificao mecnica.

    1.1 Objetivos:

    O presente estgio teve como principal objetivo determinar o teste mais adequado

    para a quebra da dormncia tegumentar da Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit., a fim

    de verificar a viabilidade e o potencial germinativo das sementes da espcie, procurando

    determinar um mtodo que possa ser facilmente utilizado para obter, em menor tempo,

    os melhores resultados e os menores custos na produo de mudas da espcie nos

    viveiros florestais de pequeno e mdio porte.

    Os objetivos secundrios deste trabalho foram, a realizao de algumas

    atividades tcnicas, como a produo de mudas de Erythrina crista-galli (corticeira-do-

    banhado) e o Ficus enormis (figueira), por meio da propagao vegetativa por estaquia;

    a semeadura, em tubetes, de outras espcies nativas e exticas, o transplante de mudas

    de Ip amarelo Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) que estavam em sacos

    plsticos para baldes e a realizao de um estudo para a reestruturao da rea do

    viveiro da Floricultura Amor Perfeito.

    1.2 Reviso Literatura

    1.2.1 Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit

    As espcies exticas, muitas vezes introduzidas de forma correta, no se tornam

    invasoras, enquanto que outras viram um problema aos ambientes naturais. A gravidade

    do impacto , principalmente, pela falta de manejo adequado e pela falta de controle na

    disperso da espcie introduzida. O manejo de espcies exticas invasoras parte

  • 12

    fundamental das estratgias de conservao da biodiversidade e deve ser feito de forma

    multidisciplinar e integrada (ZILLER et al 2008).

    Para Blum et al (2008), o sucesso na implantao de espcies arbreas depende

    do planejamento a introduo das rvores na paisagem urbana, proporcionando, assim,

    diversos benefcios, contudo deve-se ter cuidado com quelas espcies que tem

    capacidade de realizar invaso biolgica, denominadas atualmente exticas invasoras.

    Segundo Teles (2000), a leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit uma

    leguminosa arbrea, originria da Amrica Central, e com diferentes e diversificados

    usos.

    A leucena considerada uma excelente forrageira, com nveis de protena bruta e

    digestibilidade elevados, podendo ser utilizada na alimentao animal como alternativa

    alimentar para o rebanho, devendo ser fornecida principalmente sob a forma de feno ou

    de silagem (SANTOS, 2009). Assim, a leucena torna-se uma alternativa para maximizar

    o aproveitamento da forragem de boa qualidade produzida na poca chuvosa, e ser

    armazenada em forma de feno para pocas mais secas.

    De acordo com Peixoto (2007), a leucena uma espcie fixadora de nitrognio e

    em alguns locais freqentemente encontrada no estgio secundrio de sucesso

    florestal, sendo muito utilizada em solos degradados e em reflorestamentos. A leucena

    pode produzir de 4 a 6 toneladas de matria seca e 750 quilos de sementes em um

    hectare.

    A leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. uma forrageira de alto valor

    nutritivo, difundida em quase todo o Brasil e outras regies tropicais do mundo. Possui

    teores de protena capaz de suprir as necessidades dos rebanhos de ovinos e de

    bovinos com tranqilidade (REIS , 2001).

    Segundo Aleixo et al.(2008), a Leucena apresenta um crescimento muito rpido, o

    que a qualifica para auxiliar em restauraes de reas degradadas, no controle de reas

    com presena de eroso, na melhoria da fertilidade do solo pela fixao de nitrognio, e

    na fixao de CO atmosfrico.

    Segundo Fowler et al (2001), a dormncia das sementes se caracteriza quando

    os tecidos que as envolvem exercem um impedimento que estas no podem superar,

    sendo conhecida como dormncia tegumentar. Esta a dormncia mais comum, e est

    relacionada com a impermeabilidade do tegumento empregando certa resistncia

    mecnica ao crescimento do embrio.

  • 13

    A dormncia das sementes uma estratgia adaptativa das espcies, no que se

    refere sobrevivncia e perpetuao. Porm, muitas vezes uma caracterstica

    negativa para o homem manejar e fazer as sementes germinarem (COSTA et al, 2010).

    Conforme Oliveira et al.(2003), um dos principais problemas que dificultam a

    produo de mudas de espcies florestais a dormncia apresentada por algumas

    espcies, principalmente as da famlia das leguminosas. Inmeros so os tratamentos

    para a superao da dormncia, entre eles se destacam as escarificaes mecnica e

    qumica, e a imerso em gua quente.

    Assim Teles (2000), verificou em um estudo onde foi realizada a quebra de

    dormncia de sementes de leucena, que os mtodos de escarificao cida e por gua

    quente demonstraram grande eficincia na superao da dormncia, apresentando altos

    ndices de germinao.

    Para a produo das mudas de leucena, necessrio quebrar a dormncia

    natural das sementes, causada pela impermeabilidade do tegumento gua, a qual se

    denomina semente dura (TELES, 2000).

    2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

    O estgio foi realizado no perodo de 01 de abril a 10 de junho de 2011, no

    viveiro da floricultura Amor Perfeito, localizada em So Gabriel.

    O Municpio est localizado na metade sul do estado do Rio Grande do Sul, na

    regio da Campanha. Apresenta um clima subtropical, com temperaturas mnimas

    durante o ano de 14C, e temperaturas mximas de 25C, com precipitao mdia

    mensal de 132 mm e mdia anual perto de 1600 mm (TEMPO AGORA, 2011).

    2.1. Estudo da quebra de dormncia tegumentar da Leucaena leucocephala (Lam.)

    de Wit.

    O estudo da quebra da dormncia tegumentar da Leucaena leucocephala (Lam.)

    de Wit. foi realizado nos dias 11 de abril de 2011, com dois testes, e no dia 29 de abril

    de 2011 com o terceiro teste.

  • 14

    2.1.1 Coleta dos frutos

    Os frutos de leucena foram coletados, de forma aleatria, em duas rvores

    localizadas na esquina Norte da Praa Fernando Abbott, na regio central de So

    Gabriel (Figura 1).

    Figura 1 Exemplar de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Praa Fernando Abbott So Gabriel

    RS, 2011.

    Fonte: Cechin, 2011.

    Os frutos apresentaram um total de 300 sementes, sendo que alguns destes

    estavam perfurados (Figura 2).

    Aps a retirada das sementes dos frutos, foi possvel perceber que algumas

    apresentavam um pequeno furo no tegumento. As perfuraes foram feitas por um

    pequeno inseto da ordem Thysanura, conforme pode ser observado na figura 3.

  • 15

    Figura 2 Aspecto de alguns frutos coletados de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit, So Gabriel

    RS, 2011.

    Fonte: Cechin, 2011.

    Figura 3 Sementes de leucena perfuradas por inseto da Ordem Thysanura, So Gabriel RS, 2011

    Fonte: Cechin, 2011.

  • 16

    2.1.2 Quebra de dormncia da leucena

    A quebra de dormncia das sementes da Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit

    foi realizada em copos plsticos descartveis, nos quais foram identificados com o

    auxilio de uma caneta de ponta molhada, o tipo de tratamento que seria realizado

    naquele recipiente (Figura 4).

    Na quebra de dormncia das sementes foi utilizada gua, a qual foi colocada nos

    recipientes em diferentes tempos de imerso das sementes e a temperatura de 85C,

    de acordo com os tratamentos propostos pelos testes. Nos tratamentos que

    necessitavam de gua quente foram utilizados recipientes metlicos, e a gua foi

    aquecida at, aproximadamente 85 C, antes que a mesma comeasse a ferver, o que

    poderia ser prejudicial de forma geral as sementes. O volume de gua utilizado nos

    tratamentos foi 4 vezes maior que o volume das sementes.

    Figura 4 Quebra de dormncia das sementes de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit.

    Fonte: Ourique, 2011.

    2.1.3 Substrato e recipientes

    O substrato utilizado no experimento foi o MECPLANT (Figura 5a), produzido pela

    indstria Wolf Klabin LTDA. A composio do substrato utilizado base de casca de

    pinus, vermiculita, corretivo de acidez e fertilizantes minerais. Este tem capacidade de

  • 17

    reteno de gua de 60%, capacidade de troca catinica (CTC) de 200 mmol c/Kg e

    natureza fsica slida.

    Os recipientes utilizados no primeiro e segundo testes foram bandejas de isopor

    (Figura 5b) com 200 clulas para semeadura. As bandejas foram numeradas com a

    numerao 30 e 31 para teste um e teste dois, respectivamente, seguindo a numerao

    das bandejas utilizadas no prprio viveiro.

    Os recipientes utilizados no teste trs foram os tubetes para rvores nativas

    (Figura 5c), os quais foram preenchidos com 100 gramas, em mdia, de substrato.

    Figura 5 Substrato utilizado nos testes de germinao da leucena (a), bandeja de isopor com 200 clulas

    (b) e tubetes (c). So Gabriel RS, 2011.

    Fonte: Ourique, 2011.

    2.1.4 Testes realizados

    Na anlise da quebra de dormncia das sementes de leucena foram

    determinados 3 (trs) testes.

    No primeiro teste foram realizados 5 tratamentos: Testemunha (T1), gua a

    temperatura ambiente e imerso das sementes por 24 horas (T2), gua quente ( 85C)

    e imerso por 5 minutos (T3), gua quente ( 85C) e imerso por 10 minutos (T4) e

    gua quente ( 85C) e imerso por 15 minutos (T5).

  • 18

    No segundo teste foram repetidos apenas os tratamentos T1, T2, T3 e T4 que

    foram realizados no primeiro teste (Tabela 2) e no terceiro teste foram repetidos todos os

    5 (cinco) tratamentos conforme os mesmos foram realizados no primeiro teste. O

    Terceiro teste foi encerrado no dia 30 de maio de 2011.

    2.1.4.1 Primeiro teste

    No primeiro teste foram utilizados 5 (cinco) tratamentos para a quebra da

    dormncia tegumentar das sementes de leucena, sendo todos realizados com a

    utilizao de gua em diferentes temperaturas e em diferentes tempos de imerso

    (Tabela 1). Os processos de quebra de dormncia das sementes foram realizados nos

    dias 10 e 11 de abril de 2011.

    No tratamento um (T1) no foi realizada nenhuma interveno, pois o mesmo

    serviu como testemunha, para verificar a viabilidade das sementes. No tratamento dois

    (T2) foi colocada gua da torneira nos copos que continham as 30 sementes, onde estas

    ficaram de imersas na gua por 24 horas. Nos tratamentos trs (T3), quatro (T4), cinco

    (T5), foi utilizada a gua aquecida a temperatura de 85C. Aps, esta foi colocada nos

    3 copos referentes aos trs tratamentos (T3, T4, T5) e as sementes ficaram submersas

    na gua pelo tempo de 5, 10 e 15 minutos, respectivamente.

    Tabela 1: Primeiro teste cinco tratamentos realizados para a quebra de dormncia

    tegumentar da Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit, So Gabriel RS, 2011.

    Tratamentos Metodologia

    T1 Testemunha

    T2 gua a temperatura ambiente e imerso por 24 horas

    T3 gua quente ( 85C) e imerso por 5 minutos

    T4 gua quente ( 85C) e imerso por 10 minutos

    T5 gua quente ( 85C) e imerso por 15 minutos

  • 19

    No teste foram utilizadas, para cada tratamento, 30 (trinta) sementes sadias

    (n=150), sem nenhuma perfurao ou algum tipo de patgeno presente nas mesmas. A

    semeadura foi realizada no dia 11 de abril, em uma bandeja de isopor (Figuras 6a e 6b).

    A bandeja foi numerada com o nmero 30 e, aps a semeadura, esta foi colocada na

    estufa para a germinao.

    Figura 6 Bandeja com os 5 tratamentos do primeiro teste (a) e detalhe das sementes nas clulas da

    bandeja (b), So Gabriel RS, 2011.

    Fonte: Ourique, 2011.

    2.1.4.2 Segundo teste

    Na anlise da viabilidade das sementes, aquelas que j apresentavam o

    tegumento furado no momento da coleta tambm foram testadas (Figura 7).

    6a 6b

  • 20

    Figura 7 Sementes de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit com perfuraes, utilizadas no tratamento

    T1 So Gabriel RS, 2011.

    Fonte: Ourique, 2011.

    Neste teste foram realizados 4(quatro) tratamentos, com a finalidade de verificar o

    percentual de germinao que estas poderiam apresentar (Tabela 2). As sementes

    tambm foram semeadas em uma bandeja de isopor, na qual foi colocado o nmero 31,

    e aps esta foi colocada na estufa para a germinao.

    Tabela 2: Segundo teste - quatro tratamentos realizados para a quebra de dormncia

    tegumentar da Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit , para sementes com tegumento

    furado, So Gabriel RS, 2011.

    Tratamentos Metodologia

    T1 Testemunha

    T2 gua a temperatura ambiente e imerso por 24 horas

    T3 gua quente ( 85C) e imerso por 5 minutos

    T4 gua quente ( 85C) e imerso por 10 minutos

    Aps 15 dias foi realizada a contagem do nmero de sementes germinadas no

    primeiro e segundo testes. A avaliao final da germinao da leucena nestes testes foi

    realizada ao termino do perodo de 1 (um) ms.

  • 21

    2.1.4.3 Terceiro teste

    Nesta avaliao foram realizados os mesmos tratamentos utilizados no teste um,

    conforme a metodologia utilizada no mesmo (Tabela 3). Foi realizada uma nova coleta

    de sementes da espcie e, neste caso, foram utilizadas somente as sadias. A

    semeadura foi realizada no dia 29 de abril de 2011, em tubetes plsticos. Aps, estes

    foram colocados diretamente na casa de sombra.

    Tabela 3: Terceiro teste cinco tratamentos realizados para a quebra de dormncia

    tegumentar da Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit., So Gabriel RS, 2011

    Tratamentos Metodologia

    T1 Testemunha

    T2 gua a temperatura ambiente, imerso por 24 horas

    T3 gua quente (aprox. 85C), imerso por 5 minutos

    T4 gua quente (aprox. 85C), imerso por 10 minutos

    T5 gua quente (aprox. 85C), imerso por 15 minutos

    2.1.5 Luminosidade

    No primeiro e segundo testes, as bandejas foram cuidadosamente colocadas na

    estufa, que consegue manter a temperatura mais alta, acelerando o processo de

    germinao. No Terceiro teste, os tubetes foram colocados diretamente na bancada da

    casa de sombra, ficando embaixo do sombrite com 50% de luminosidade.

  • 22

    2.1.6 Irrigao

    Nos trs testes foram realizadas irrigaes peridicas, no mnimo duas por dia,

    dependendo da situao climtica. A primeira irrigao era realizada s 8:30 da manh e

    a segunda irrigao s 16:00 horas da tarde (Figura 8). De acordo com as necessidades

    dirias de gua, foram realizadas mais algumas irrigaes neste intervalo.

    Figura 8 Irrigao diria realizada no teste 3, s 16:00 horas da tarde.

    Fonte: Ourique, 2011.

    2.2 Transplantes de Mudas Nativas de sacos plsticos para Baldes

    No estgio, tambm foram realizadas atividades referentes ao transplante de

    mudas nativas de sacos plsticos para baldes.

    As maiorias destas mudas j apresentavam um elevado grau de deteriorao das

    embalagens (sacos plsticos), dificultando o seu manejo e inviabilizando a

    comercializao das mesmas. Algumas mudas estavam em tamanho to avanado que

    os sacos plsticos no conseguiam mais sustent-las.

  • 23

    No presente trabalho foram realizados transplantes com mudas nativas de Ip

    amarelo - Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC), Ip Roxo - Handroanthus

    heptaphyllus (Vell.) Mattos, Ip Ouro - Handroanthus alba (Cham.) Mattos e Angico

    Vermelho - Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan.

    No transplante foi utilizado podo, baldes, terras reformadas do prprio viveiro, p

    de jardineiro, guiam de taquara e barbantes.

    Primeiramente, foram realizados 2 (dois) furos na parte inferior de cada balde,

    para que no ocorresse o acmulo de gua nos recipientes, o que acarretaria em

    problemas com patgenos.

    Os sacos que envolviam as mudas foram retirados, e estas foram

    cuidadosamente acondicionadas no centro de cada balde. Aps, foram colocadas duas

    ps rasas de terra, preenchendo os espaos laterais, sempre de forma mais firme e

    socada para que no ocorressem bolhas de ar dentro do balde.

    Logo, foi realizada reduo foliar nas mudas, para fins de adaptao ao novo

    recipiente e diminuio da atividade fotossinttica das mesmas, e os conseqentes

    impactos gerados, como a dificuldade de enraizamento pelo transplante. Para finalizar,

    junto s mudas foram colocaram guias para orientar o crescimento vertical da planta,

    evitando que as mudas bifurcassem e perdessem valor comercial.

    Aps os transplantes das mudas, estas foram levadas para a rea de rustificao

    e foram colocadas em linha, estando prontas para a comercializao (Figura 9).

  • 24

    Figura 9 Transplante de Ip amarelo Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) para balde, com

    diminuio de copa para fins de adaptao da espcie, So Gabriel - RS.

    Fonte: Ourique, 2011.

    2.3 Reprodues vegetativas de rvores nativas

    Outra tcnica desenvolvida para a produo de mudas foi a estaquia. Esta

    atividade foi realizada com duas espcies nativas do pampa gacho, de muita

    importncia para o bioma local, e que apresentam muita dificuldade na produo de

    mudas. As duas espcies utilizadas foram a Erythrina crista-galli (L.), comumente

    conhecida como corticeira do banhado e o Ficus enormis, a figueira, as quais tm o

    corte proibido, em todo o Estado, pela lei N 9.519, de 21 de janeiro de 1992,

    posteriormente reeditada pela lei n 11.026/97 que institui o Cdigo Florestal do Estado

    do Rio Grande do Sul e apresenta outras providncias, nos artigos 33 e 34.

    Art. 33 - Fica proibido, em todo o territrio do Estado, o corte de: I - espcies nativas de figueiras do gnero Ficus e de corticeiras do gnero Erytrina; II - exemplares de algarrobo (Prosopis nigra) e inhanduv (Prosopis affinis). Art. 34 - O corte das espcies a que se refere o artigo anterior poder ser autorizado pelo rgo

    florestal estadual, em carter excepcional, quando a medida for imprescindvel execuo de obras de relevante utilidade pblica ou interesse social do Estado e as espcies no sejam passveis de transplante sem risco a sua sobrevivncia. (Redao dada pela Lei n 11.026/97).

  • 25

    2.3.1 Estaquia realizada com Ficus enormis (Figueira)

    A figueira selecionada como rvore matriz para a obteno de estacas fica

    localizada na Praa Fernando Abbott, no centro do Municpio de So Gabriel - RS,

    prxima a Cmara de Vereadores. No total foram retiradas 200 estacas, com

    aproximadamente 12 centmetros de comprimento e largura aproximada de uma caneta.

    (Figura 10). As estacas foram colocadas nos tubetes, a uma profundidade mdia de 5

    cm, tendo como substrato um composto de casca de pinus, vermiculita, corretivo de

    acidez e fertilizantes minerais.

    Figura 10 - Estacas de figueira em tubetes na casa de sombra. So Gabriel, 2011

    Fonte: Ourique, 2011.

    Foi realizada uma reduo foliar nas estacas, almejando uma melhor adaptao

    das mudas e um maior ndice de pega das mesmas. Aps, as estacas foram levadas

    para a casa de sombra.

    At o final do perodo de estgio, no foi possvel verificar resultados conclusivos

    na tcnica de estaquia com Ficus enormis (Figueira).

  • 26

    2.3.2 Estaquia realizada com Erythrina crista-galli (L.) - Corticeira do Banhado

    A corticeira do banhado escolhida como rvore matriz para a retirada das estacas

    fica na propriedade rural do Sr. Marcelo Muller, localizada no Corredor do Mudador, a 5

    km da rea do viveiro.

    As estacas foram retiradas da corticeira, com aproximadamente 12 centmetros

    de comprimento e largura aproximada de 6-8 milmetros (Figura 11). Foi realizada ainda

    uma reduo foliar nas estacas, sendo que estas, tambm, foram colocadas nos

    tubetes, a uma profundidade mdia de 5 cm, tendo como substrato um composto de

    casca de pinus, vermiculita, corretivo de acidez e fertilizantes minerais. Aps, as estacas

    foram levadas para a casa de sombra (Figura 12).

    Assim como ocorreu na estaquia da figueira, tambm no foi obtido nenhum

    resultado conclusivo para a estaquia com a corticeira at o final do perodo de estgio.

    Figura 11 Tamanho mdio das estacas selecionadas de corticeira do banhado, So Gabriel RS, 2011

    Fonte: Ourique, 2011.

  • 27

    Figura 12 Estacas de corticeira do banhado dispostas na casa de sombra, So Gabriel RS, 2011.

    Fonte: Ourique, 2011.

    2.4 Reestruturaes do viveiro florestal da Floricultura Amor Perfeito

    O viveiro no ano de 2010 sofreu uma grande avaria ocasiona por uma tempestade

    de vero, que derrubou a casa de sombra e devastou uma grande parte da rea de

    rustificao.

    A fim de melhorar a estrutura do viveiro, com o reaproveitamento do espao, foi

    elaborado um trabalho de reestruturao da rea nos seguintes pontos:

    - rea de rustificao das espcies produzidas com a utilizao de recipientes

    alternativos (garrafas Pets) e comercializao das mudas.

    - rea de rustificao das espcies arbreas e ornamentais e comercializao de

    mudas.

    - Reestruturao e construo da casa de sombra

    - Construo de um local com espao maior para trabalhar com as mudas, guardar os

    materiais, com banheiro para o viveiro e um pequeno laboratrio para realizar algumas

    tcnicas de produo de mudas que necessitam de tal ambiente.

    O viveiro possui uma rea com dimenses de 35 metros de frente, por 120 metros

    de extenso, at a beira da BR 290 (Figura 13).

  • 28

    Na sua estrutura, conta com uma rea de rustificao e comercializao, que tm

    mudas de rvores nativas e exticas produzidas em garrafas pets. Existe ainda uma

    estufa, direcionada a produo de hortalias e de flores para a floricultura. Ao lado das

    estufas fica a casa do viverista, uma dependncia com amplo espao.

    Figura 13 - rea do viveiro, So Gabriel RS, 2011

    Fonte: Google Earth, adaptado pelo autor.

    3. Resultados

    3.1. Quebra de dormncia Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit

    No dia 12 de maio de 2011, foi feita a ltima anlise e contagem do primeiro e

    segundo testes de germinao das sementes de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit

    Conforme possvel observar na tabela 4, no primeiro teste de germinao das

    sementes foram os tratamentos T5 (15 minutos de imerso), T3 (5 minutos de imerso)

    e T4 (10 minutos de imerso), respectivamente, que apresentaram os melhores

    percentuais de germinao 1 ms aps a semeadura. De acordo com o primeiro teste, o

  • 29

    tratamento T4 o mtodo mais indicado para quebra de dormncia das sementes de

    leucena.

    Tabela 4: Total de sementes germinadas aps 15 dias e aps 1 ms no primeiro teste e

    seus respectivos percentuais de germinao, So Gabriel RS, 2011.

    Tratamentos Total de sementes germinadas aps

    15 dias

    Percentual de germinao aps

    15 dias (%)

    Total de sementes germinadas aps

    1 ms

    Percentual de germinao aps

    1 ms (%)

    T1 2 6,67 4 13,3

    T2 2 6,67 6 20,0

    T3 12 40,0 21 70,0

    T4 14 46,67 24 80,0

    T5 11 36,67 19 63,3

    Assim, a partir dos bons percentuais de germinao obtidos no primeiro teste de

    quebra de dormncia, os tratamentos T1, T2, T3 e T4 foram repetidos, s que desta vez

    diretamente embaixo do sombrite, com a finalidade de verificar a confiabilidade e o

    sucesso dos tratamentos.

    Figura 14- Germinao da semente de leucena (a) teste dois, com o detalhe do furo da semente

    aparecendo no fololo. (b) Bandeja com o teste um ao final dos 30 dias.

    Fonte: Ourique, 2011.

  • 30

    O segundo teste apresentou percentuais de germinao bem inferiores aos

    obtidos no primeiro teste, principalmente nos tratamentos T1 e T2 (Tabela 5). Tal fato

    evidncia que, possivelmente, as sementes foram prejudicadas pelo ataque de insetos

    que se encontravam presentes no interior dos frutos no momento da coleta. Estas

    sementes apresentavam o seu tegumento perfurado, o que pode propiciar uma

    diminuio na viabilidade das mesmas.

    Segundo Peixoto et al. (2007), a predao desfavorvel para as plntulas

    quando a dormncia natural das sementes j foi quebrada, pois diminui muito a

    viabilidade. Porm, se as sementes de leucena estiverem ainda em estado dormente, a

    predao das sementes podem ajudar a acelerar a quebra de dormncia, e pode ser um

    ponto positivo para a germinao das sementes.

    Tabela 5: Total de sementes germinadas aps 15 dias e aps 1 ms no segundo teste e

    seus respectivos percentuais de germinao, So Gabriel RS, 2011.

    Tratamentos Total de sementes germinadas aps

    15 dias

    Percentual de germinao aps

    15 dias (%)

    Total de sementes germinadas aps

    1 ms

    Percentual de germinao aps

    1 ms (%)

    T1 0 0,00 1 3,33

    T2 1 3,33 1 3,33

    T3 1 3,33 3 10,0

    T4 2 6,67 4 13,3

    Na tabela 6 possvel verificar que apenas no tratamento T2 o percentual de

    germinao duplicou aps 1 ms da semeadura das sementes, quando comparado ao

    valor obtido aps 15 dias. Nos demais tratamentos houve um aumento muito significativo

    no percentual de germinao aps 1 ms da realizao da semeadura.

    Tabela 6: Total de sementes germinadas aps 15 dias e aps 1 ms no terceiro teste e

    seus respectivos percentuais de germinao, So Gabriel RS, 2011.

    Tratamentos Total de sementes germinadas aps

    15 dias

    Percentual de germinao aps

    15 dias (%)

    Total de sementes germinadas aps

    1 ms

    Percentual de germinao aps

    1 ms (%)

    T1 2 6,67 8 26,7

    T2 1 3,33 2 6,67

    T3 6 20,0 17 56,7

    T4 10 33,3 21 70,0

    T5 8 26,7 18 60,0

  • 31

    Na figura 15 possvel verificar que no tratamento T1 do terceiro teste, as

    sementes germinadas aps 15 dias de semeadura apresentaram o mesmo percentual

    de germinao daquele obtido no primeiro teste (6,67%). Ainda considerando o

    percentual de germinao aps 15 dias, nos tratamentos T2 (6,67) e T3 (40,0) do

    primeiro teste os percentuais de germinao duplicaram, quando comparados aos

    mesmos tratamentos realizados no terceiro teste, onde T2 apresentou um percentual de

    3,33% e T3 de 20,0%.

    De acordo com a figura 15, podemos observar a partir de uma anlise preliminar

    realizada aps 15 dias, que o teste um apresentava diferenas em praticamente todos

    os tratamentos, com uma superioridade significante.

    Figura 15 Comparativo do percentual de germinao, ao final de 15 dias, entre o primeiro e o terceiro

    testes, com os mesmos tratamentos realizados, So Gabriel RS, 2011.

    Ao final da anlise dos testes um e trs, pode-se verificar que os experimentos

    tiveram sucesso na quebra de dormncia da leucena, e em ambos, o teste 4, com gua

    quente por 10 minutos, se sobressai aos demais, ficando com ndices de germinao

    entre 70% a 80% (Figura 16).

  • 32

    Figura 16 Comparativo do percentual de germinao, ao final de 30 dias, entre o primeiro e o terceiro

    testes com os mesmos tratamentos realizados, So Gabriel RS, 2011.

    Segundo estudo realizado por Teles et al. (2000), a imerso em gua a uma

    temperatura de 80C por 5 minutos foi eficiente para quebrar a dormncia das sementes

    e no influiu na germinao e no vigor das sementes de leucena. O ndice de

    germinao das sementes de leucena com o tratamento de gua quente a 5 minutos

    ficou em 93%, e com gua quente por 10 minutos com 83% de ndice de germinao.

    Em tratamento com gua quente por 15 minutos o ndice de germinao ficou em 63%,

    sendo estes valores muito prximos aos valores obtidos neste estudo.

    De acordo com a figura 17, possvel verificar o baixo percentual de germinao

    das sementes do teste dois, que so as sementes semeadas com pequenos furos. O

    percentual mximo de germinao obtido neste teste foi no tratamento T4, onde este

    apresentou um percentual de 13%.

    Em teste realizado com sementes perfuradas por Peixoto et al (2007), este

    apresentou um nvel de germinao muito baixo, cerca de 24% de germinao, em

    relao as sementes que estavam intactas que apresentaram em mdia um percentual

    de 63% de germinao, demonstrando a diminuio no percentual germinativos de

    sementes perfuradas .

  • 33

    Figura 17 Comparativo do percentual de germinao, ao final de 30 dias, entre os trs testes realizados,

    So Gabriel RS, 2011.

    3.2 Reestruturaes do viveiro florestal da Floricultura Amor Perfeito

    Aps as medies tomadas do viveiro e estimativa das novas estruturas, o viveiro

    apresentar as seguintes dimenses.

    Tabela 7: reas das Dependncias do viveiro Florestal com suas dimenses com a

    reestruturao, So Gabriel RS, 2011.

    Dependncias

    Dimenses (m)

    rea (m2)

    1 Casa sombra 44 x 8,5 352

    2

    2.1

    Galpo

    Mini Laboratrio

    12 x 12

    5 x 5

    144

    25

    3 Estufa de Hortalias 35 x 6,5 227,5

    4 Casa do viverista 7 x 10 70

    5 rea rustificao rvores 15 x 65 975

    6 rea rustificao - ornamental 15 x 45 675

    7 rea Rustificao Pets 17 x 21 357

  • 34

    A figura 18 apresenta as mudanas estruturais que sero realizadas no viveiro

    florestal.

    Figura 18: Croqui do viveiro da Floricultura Amor Perfeito, So Gabriel RS, 2011

    Fonte: ZWCAD, adaptado pelo autor.

    3.2.1 Reestruturao da casa de sombra

    A casa de sombra ter uma rea de 374 m2, sendo 44 metros de comprimento e

    8,5 metros de largura. Na casa sero construdas bancadas com 8 metros de

    comprimento por 1 metro de largura, para a colocao dos tubetes (Figura 19). Cada

    uma das bancadas ter capacidade para armazenar aproximadamente, 2000 tubetes

    para a produo de mudas de espcies nativas.

  • 35

    .

    Figura 19: Modelo de bancada para tubetes no Viveiro da floricultura Amor Perfeito - So Gabriel, 2011.

    Fonte: Ourique, 2011.

    Para a casa de sombra sero confeccionadas 5 bancadas, totalizando 10000

    mudas em tubetes. O espao entre as bancadas ser de 0,75 metros, permitindo

    facilmente a locomoo e a realizao das atividades nestes espaos. (Figura 20).

    A rea restante ser destinada para as mudas de espcies florestais que

    necessitam ter maiores cuidados em relao ao das geadas e dos ventos. Assim,

    como as mudas de Delonix regia (flamboyant) que necessitam ficar um perodo maior

    dentro da casa de sombra, para somente mais tarde poderem ir, com mais vigor, para a

    rea de rustificao,

  • 36

    Figura 20: Croqui rea de casa de sombra 1, So Gabriel RS, 2011.

    Fonte: ZWCAD 2008, adaptado pelo autor.

    3.2.2 Reestruturao da rea Rustificao 7 Pets

    Na rea localizada, atualmente, na entrada principal do viveiro, foram realizadas

    divises para poder acomodar melhor as mudas nas embalagens pets (Figura 21).

    Figura 21: Bancada na rea de rustificao dos Pets, com divisrias de taquara, So Gabriel RS, 2011.

    Fonte: Ourique, 2011.

  • 37

    As bancadas tm em mdia 3,5 metros de comprimento e podem acomodar, em

    mdia, 100 a 120 mudas produzidas em embalagens Pets de refrigerantes. So 4

    bancadas por linha e 16 linhas de bancadas, totalizando 64 bancadas com 6400 a 7680

    mudas na rea de rustificao.

    As bancadas ainda foram dispostas de forma classificada, separando as

    embalagens em tamanho e cor (pet transparente e pet esverdeado).

    Figura 22: Croqui rea de rustificao com as embalagens Pets.

    Fonte: ZWCAD 2008, adaptado pelo autor.

    3.2.3 Construo de um laboratrio para as atividades no viveiro florestal

    No local ser construdo um pequeno laboratrio, com 25 m2 de rea, sendo 5

    metros de comprimento e 5 metros de largura. No laboratrio sero colocados alguns

    equipamentos e utenslios, visando o manejo adequado das sementes que,

    posteriormente, sero utilizadas na produo de mudas.

  • 38

    Na lista de equipamentos que sero colocados constam: freezer horizontal para a

    conservao das sementes, balana analtica, computador para o controle das

    atividades de produo e de comercializao das mudas, estufa esterilizadora,

    termmetro digital para o controle de temperatura e escarificador de sementes.

    Os utenslios utilizados sero: pinas, lixas, objetos cortantes (facas, estiletes)

    recipientes para lquido de diversos volumes (100 ml, 500 ml, 1litro, 5litros), fogareiro

    (manejo com gua quente), pia, bancada para o manejo das sementes, entre outros

    utenslios necessrios as atividades operacionais de um viveiro.

    4. CONCLUSES E RECOMENDAES

    No teste de quebra de dormncia da Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit, foi

    possvel concluir que a espcie pode ter a sua dormncia tegumentar facilmente

    quebrada, a partir da imerso das sementes, por 10 minutos, em gua quente, a uma

    temperatura aproximada de 85C.

    O espao fsico do viveiro poder ser melhor utilizado, a partir da adaptao e

    reestruturao de algumas de suas dependncias, deixando o viveiro mais organizado e,

    assim, facilitando a realizao das atividades no mesmo.

    De maneira geral, inmeras so as possibilidades de experimentos e tcnicas que

    podem ser utilizadas em viveiros.

    Recomenda-se aos futuros estagirios buscar por informaes nos diversos

    canais de comunicao (internet, jornais e revistas especializadas nas reas dos

    estudos realizados) disponveis atualmente. Assim, quaisquer atividades desenvolvidas

    tero uma fundamentao terica adequada. Logo, a situao prtica precisar,

    somente, ser adaptada para a realidade do viveiro.

  • 39

    5. REFERNCIAS

    ALEIXO, V. et al.; Relaes alomtricas para Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. Cincia Florestal, v. 18, n. 3, jul.-set. 2008. BLUM, C. T.; BORGO M., SAMPAIO A. C. F.; ESPCIES EXTICAS INVASORAS NA ARBORIZAO DE VIAS PBLICAS DE MARING-PR 3 Rev. SBAU, Piracicaba, v.3, n.2, jun. 2008, p.78-97

    COSTA, P.A. et al; QUEBRA DE DORMNCIA EM SEMENTES DE Adenanthera pavonina L. Pesq. Agropec. Trop., Goinia, v. 40, n. 1, p. 83-88, jan./mar. 2010.

    FOWLER, J. A. P., MARTINS, E. G. Manejo de Sementes de Espcies Florestais Documentos 58 ISSN 1517-536X Novembro, 2001 Colombo, PR.

    OLIVEIRA, L.M. et al.; AVALIAO DE MTODOS PARA QUEBRA DA DORMNCIA E PARA A DESINFESTAO DE SEMENTES DE CANAFSTULA (Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert. Revista rvore, Viosa-MG, v.27, n.5, p.597-603, 2003.

    PEIXOTO, P. B.; HEMTRIO, N. S. & GUILHERME, F. C. EFEITOS DA PREDAO DE SEMENTES SOBRE A GERMINAO EM LEUCAENA LEUCOCEPHALA. Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil, 23 a 28 de Setembro de 2007, Caxambu MG. SANTOS L. L.; AVALIAO DA QUALIDADE DA MANIOBA (Manihot pseudoglaziovii) SOB DIFERENTES FORMAS DE CONSERVAO. Tese de mestrado Universidade Federal de Sergipe, ncleo de ps-graduao e estudos em recursos naturais, 2009, 78 pag. SOUZA, E.R.B.; EFEITO DE MTODOS DE ESCARIFICAO DO TEGUMENTO EM SEMENTES DE Leucaena diversifolia L . Pesq Agropec Trop 37(3): 142-146, set. 2007. REIS, J. B. C.; COMPOSIO QUMICO-BROMATOLGICA DE LEUCENA (Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit) E DE PAU-FERRO (Caesalpinia ferrea Mart.) EM TRS ALTURAS DE CORTE. Centro de Cincias Agrrias da Universidade Federal do Piau, mestrado em produo animal. Teresina Piau, 2001, 34 pag. TELES M. M. et al. Mtodos para Quebra da Dormncia em Sementes de Leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. Revista. brasileira zootec., 29(2):387-391, 2000. ZILLER et al; PROGRAMA ESTADUAL PARA ESPCIES EXTICAS INVASORAS Instituto Ambiental do Paran IAP do Estado do Paran. 2008.

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  • 40

    em:http://www.al.rs.gov.br/legiscomp/arquivo.asp?Rotulo=Lei%20n%C2%BA%209519&idNorma=954&tipo=pdf Acesso em: 25 abr 2011.

    Jornal Tempo Agora. Disponvel em: http://jornaldotempo.uol.com.br Acesso em 12 de maio de 2011.

    ANEXO A - CRONOGRAMA DE ATIVIDADE REALIZADO NO PERIODO DE ESTGIO

    As atividades desenvolvidas no perodo de estagio esto descritas nas tabelas

    abaixo para o ms de abril e maio do ano de 2011.

    Tabela 8: Cronograma das atividades no estgio em abril de 2011, So Gabriel.

    Dias (Abril) Atividades

    1 Visita as dependncias do viveiro florestal floricultura amor perfeito

    4 Reunies composio cronograma de trabalhos

    5 Coleta de sementes Erythrina crista-galli

    6 Coleta de sementes Leucena leucocephala

    7 Coleta de sementes - Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan

    8 Limpezas e desinfestao de bandejas de germinao

    11 Quebra de dormncia de sementes Leucena leucocephala, e semeadura

    12 Semeadura Parapiptadenia rigida - 250

    13 Composio de bancada suporte para tubetes

    14 Composies de bancada suporte para tubetes

    15 Coleta de sementes Pltano

    18 Semeadura Erythrina crista-galli - 10

    19 Semeadura guapuruvu - 52

    20 Estaquia de corticeira do banhado - 104

    23 Semeadura - arbustiva - 48

    25 Enchimento tubetes 300. Semeadura pltano - 50

    26 Semeadura aroeira piriquita schinus molle - 56

    27 Semeadura ariticum - 30

    28 Estaquia salgueiro

    29 Quebra de dormncia e semeadura de Leucena Terceiro teste

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    Tabela 9: Cronograma de Atividades realizadas no estgio em maio de 2011, So

    Gabriel.

    Dias (maio) Atividades

    2 Limpeza de tubetes retirada de inos

    3 Estaquia de figueira Ficus enormis

    4 Estaquia de figueira Ficus enormis

    5 Transplante de mudas de Ip ouro de sacos plsticos para baldes.

    6 Transplante de mudas de ip amarelo de sacos plsticos para baldes.

    9 Transplante de mudas de ip roxo de sacos plsticos para baldes.

    10 Transplante de mudas de pitangueira de sacos plsticos para baldes.

    11 Transplante de mudas de Jeriv de sacos plsticos para baldes.

    12 Transplante de mudas de Jambolo de sacos plsticos para baldes.

    13 Transplante de mudas de jambolo de sacos plsticos para baldes.

    16 Projeto de revitalizao da rea de rustificao.

    17 Coleta a campo de material (taquara) para rea de rustificao.

    18 Projeto de revitalizao da rea de rustificao.

    19 Projeto de ampliao e cobertura para rea de sombrite

    20 Projeto de ampliao e cobertura para rea de sombrite

    23 Execuo de ampliao e cobertura para rea de sombrite

    24 Execuo de ampliao e cobertura para rea de sombrite

    25 Execuo de ampliao e cobertura para rea de sombrite

    26 Limpeza de tubetes retirada de inos

    27 Transplante de mudas Leucena bandejas para os tubetes

    30 Contagem e fechamento do experimento com a leucena

    31 Fotografar as dependncias do viveiro com as modificaes.