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12/28/13 Lúcifer – O mistério de Prometeu | GnosisOnline www.gnosisonline.org/textos-especiais/lucifer-o-misterio-de-prometeu/ 1/21 Teologia Gnóstica Textos Especiais Lúcifer – O mistério de Prometeu 22 Comentários “O diabo – se é permitido num livro de ciência empregar esta palavra desacreditada e vulgar – o diabo se dá ao mago e o feiticeiro se dá ao diabo.” (Eliphas Lévi) Lúcifer Prometeu, acorrentado na dura rocha da lide cotidiana, sofre com o Abutre do materialismo e da vulgaridade que abunda na sociedade. Esse Abutre do vulgarismo, da profanidade, da anti-iniciação, corrói o fígado desse Titã, que por amor à essência humana, roubou o Fogo do Olimpo. O fígado é o Calvário onde crucificamos todos os dias o Salvador. A figura trágica e rebelde de Prometeu , símbolo da humanidade, constitui um dos mitos gregos mais presentes na cultura ocidental. Filho de Jápeto e Clímene – ou da nereida Ásia ou ainda de Têmis, irmã de Cronos, segundo outras versões – Prometeu pertencia à estirpe dos Titãs, descendentes de Urano e Gaia e inimigos dos deuses olímpicos. O poeta Hesíodo relatou, em sua Teogonia, como Prometeu roubou o fogo escondido no Olimpo para entregá-lo aos homens. Fez do limo da terra um homem e roubou uma fagulha do fogo divino a fim de dar-lhe vida. Para castigá-lo, Zeus enviou-lhe a bela Pandora, portadora de uma caixa que, ao ser aberta, espalharia todos os males sobre a Terra . Quem é Samael Psicologia RECEBA AS POSTAGENS DO GNOSISONLINE Seu endereço de e-mail... Assinar RSS Assinar 1102 Seguidores TEXTOS A ds by PlusHD.6 A d O ptions HOME NOSSO BLOG FÓRUM FALE CONOSCO LIVRO DE VISITAS ÁREA RESTRITA

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Teologia Gnóstica Textos Especiais

Lúcifer – O mistério de Prometeu

22 Comentários

“O diabo – se é permitido num livro de

ciência empregar esta palavra desacreditada e vulgar – o diabo se dá ao mago e o

feiticeiro se dá ao diabo.” (Eliphas Lévi)

Lúcifer Prometeu, acorrentado na dura rocha da lide cotidiana, sofre com o Abutre

do materialismo e da vulgaridade que abunda na sociedade.

Esse Abutre do vulgarismo, da profanidade, da anti-iniciação, corrói o fígado desse

Titã, que por amor à essência humana, roubou o Fogo do Olimpo. O fígado é o

Calvário onde crucificamos todos os dias o Salvador.

A figura trágica e rebelde de Prometeu, símbolo da humanidade, constitui um dos

mitos gregos mais presentes na cultura ocidental. Filho de Jápeto e Clímene – ou da

nereida Ásia ou ainda de Têmis, irmã de Cronos, segundo outras versões –

Prometeu pertencia à estirpe dos Titãs, descendentes de Urano e Gaia e inimigos

dos deuses olímpicos.

O poeta Hesíodo relatou, em sua Teogonia, como Prometeu roubou o fogo

escondido no Olimpo para entregá-lo aos homens. Fez do limo da terra um homem

e roubou uma fagulha do fogo divino a fim de dar-lhe vida. Para castigá-lo, Zeus

enviou-lhe a bela Pandora, portadora de uma caixa que, ao ser aberta, espalharia

todos os males sobre a Terra .

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Como Prometeu resistiu aos encantos dessa

mensageira, Zeus o acorrentou a um penhasco,

onde uma águia (em alguns mitos, era um abutre)

devorava diariamente seu fígado, o qual se

reconstituía ao amanhecer. Lendas posteriores

narram como Hércules matou o pássaro e libertou

Prometeu. Na Grécia, havia altares consagrados ao

culto a Prometeu, sobretudo em Atenas. Nas

Lampadofórias (festas das lâmpadas),

reverenciavam-se ao mesmo tempo Prometeu,

que roubara o fogo do céu, Hefesto, deus do fogo,

e Atena, que tinha ensinado o homem a fazer o

azeite de oliva (ou seja, os elementos necessários para a prática da Alquimia.

Entenda quem tiver entendimento).

Prometeu Acorrentado é a única parte sobrevivente de uma Trilogia que teria, na

ordem de apresentação, Prometeu Acorrentado, Prometeu Libertado e Prometeu

Portador do Fogo. O nome do drama satírico não é conhecido.

O mito de Prometeu, inseparável da questão da origem do “fogo”, situa-se entre os

mais antigos e universais, pois encontramos seus equivalentes nas mitologias

indiana, germânica, céltica, eslava, pré-colombiana etc. O fogo significava a

matéria-prima alquímica que originava e fortalecia a inteligência e a sabedoria,

fazendo com que os Homens se diferenciassem dos animais (intelectuais). A

tragédia teatral Prometeu Acorrentado, de Ésquilo, foi a primeira a apresentá-lo

como um rebelde contra a injustiça e a onipotência das forças da natureza ,

imagem particularmente apreciada pelos poetas românticos, que viram nele a

encarnação do amor à liberdade humana, que leva o homem a enfrentar com

entusiasmo o seu destino. Prometeu significa, etimologicamente, “o que é

previdente”, o que pensa primeiro e depois age, ao contrário de seu irmão,

Epimeteu, aquele que primeira faz e depois reflete.

O mito, além de sua repercussão literária e artística, tem também ressonância

profunda entre os pensadores místicos. Simbolizaria o Herói que, para beneficiar a

humanidade, sacrifica-se e enfrenta o suplício inexorável; a grande luta das

conquistas iniciáticas e da propagação de seus benefícios à custa de dor e

sofrimento.

O verdadeiro Lúcifer Prometéico da Doutrina Arcaica é, por antítese, edificante e

essencialmente dignificante, justamente o contrário do que supõem teólogos como

Des Mousseaux e o Marquês de Mirville. É, pois, a alegoria da retidão, o símbolo

extraordinário e maravilhoso do mais alto sacrifício (Christus-Lúcifer dos Gnósticos)

e o Deus de Sabedoria sob diversos nomes.

Xolotl-Lúcifer-Prometeu É Uno com o Logos

Ministro do Demiurgo Criador e Senhor resplandecente das sete mansões do

Hades, Sabbath e do mundo manifestado, a quem estão encomendadas a Espada

e a Balança da Justiça Cósmica, a lei do peso, da medida e do número; o Horus, o

Brahma, Ahura-Mazda, etc, sempre inefável.

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LÚCIFER-XOLOTL, o duplo de Quetzalcoatl, é

o Guardião da Porta e das chaves do

Lumisial, para que nele não penetrem senão

os ungidos que possuem o segredo de

Hermes.

Aqueles que amaldiçoam imprudentemente

o LÚCIFER náuatle sublevam-se contra o

REFLEXO CÓSMICO DO LOGOS, anatemizam

o DEUS vivo manifestado na matéria e

abjuram a sempre incompreensível

sabedoria, que se revela por igual nos contrários de luz e trevas.

A glória de Satã é a sombra de Adonai e o Trono de Satã é o escabelo do Senhor.

Semelhança, parecença, similitude: sol e sombra, dia e noite, lei dos contrários.

Dois são os exércitos do Logos ou Demiurgo Arquiteto do Universo: nos âmbitos

sublimes, as aguerridas hostes de MIGUEL e, no abismo do mundo manifestado, as

legiões de Satã.

Os dois são, evidentemente, o imanifestado e o manifestado, o virginal e o caído na

geração animal.

Mas, sem dúvida alguma, somente sobre Satã recai a vergonha da geração, jamais

sobre o Logos; aquele perdeu seu elevado estado virginal de Kummara quando

comeu o fruto proibido. Com a Ressurreição Esotérica, o Lúcifer náuatle reconquista

o estado virginal de Kummara.

A Pedra angular da Grande Obra é o Lúcifer náuatle. Sobre esta Pedra Mestra,

situada pelos sábios no fundo mesmo de nosso sistema sexual, o Grande Rabi

Jesus edificou sua Igreja.

Mefistófeles na Bíblia Goethiana

Inúmeros místicos iluminados, como

Samael Aun Weor, veem na obra de

Goethe a mão inconfundível de um

Iniciado esclarecido, e percebem

plenamente o grande significado

cósmico nela contido. Devemos

entender que a história de Fausto é um

mito tão antigo quanto a humanidade.

Goethe apresentou-a envolta numa

verdadeira luz mística, iluminando um

dos maiores problemas da Filosofia, o

Mito do Salvatur Salvandus “travestido”

como O Tentador, o Insuflador da

Rebeldia Interior contra o

Adormecimento e a ingenuidade

irresponsável da Essência humana. Esse

Tentador é representado pelo Diabo,

chamado nessa obra de Mefistófeles.

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Na monumental e absolutamente prospectiva obra de Goethe, Mefistófeles diz a

Fausto: “Com essa dose no corpo, logo vês Helena de Tróia em qualquer mulher”.

Fausto, I, 2603-4. Nesse momento, Fausto estava paralisado pela fascinação da

imagem de Helena refletida em um espelho. Em uma de suas cartas a C.G. Jung ,

Freud cita Mefistófeles, dizendo: “Sinto-me como aquele que vê Helena em toda

mulher !” Helena de Troia, para Goethe, o Iniciado alemão, seria a representação

arquetípica de nossa Alma Gêmea, nossa Amada Imortal como a chamava

Beethoven. Mas, afinal, quem seria Mefistófeles?

A história de Fausto é bem conhecida: O Dr. Fausto é um velho cientista que

sacrificou toda a sua vida em nome da ciência e da pureza de sua alma.

Mefistófeles aposta com Deus que consegue atraí-lo para o seu lado. Deus permite

que a experiência seja feita. Mefistófeles conhece bem sua presa: Fausto está

cansado e alquebrado, insatisfeito com as coisas que realizou e sente que, na

verdade, perdeu tempo, sacrificando sua mocidade, sua saúde e sua riqueza.

Provavelmente morrerá pobre e desconhecido sem nunca ter amado. Na prática,

não é muito difícil aceitar um pacto proposto por Mefistófeles: este lhe dará a

juventude perdida, dinheiro e o amor de uma mulher. Em troca, Fausto lhe dará sua

alma. Com o pacto selado, Fausto conhece e se apaixona por Margarida, cuja alma

também estará em perigo.

Fausto é a obra da vida inteira de Goethe. Começou a ser escrita em 1774, a

primeira parte foi publicada em 1808; a segunda somente foi concluída em 1832,

pouco antes da morte do autor. Resumo de uma época e prova da genialidade de

Goethe, Fausto faz parte do patrimônio cultural da humanidade.

Enquanto o Livro de Jó designa Satã como sendo um dos Filhos de Deus, o mito de

Fausto fala de Lúcifer como estando presente também na convocação que ocorre

no capítulo inicial da história. Dele vem a nota salvadora de dissonância que forma

um contraste na harmonia celestial e, como a luz mais brilhante provoca a sombra

mais densa, a voz de Lúcifer realça a beleza do canto celestial.

O “Tentador”, do Livro de Jó

“Entre pensamentos e visões noturnas, quando cai sobre os homens o sono

profundo, sobrevieram-me o espanto e o temor, e todos os meus ossos

estremeceram. Um espírito passou por diante de mim, e fez-me arrepiar os cabelos

do corpo. Parou ele, mas não consegui discernir sua aparência. Um vulto estava

diante dos meus olhos, e ouvi uma voz abafada: Pode o homem mortal ser mais

justo do que Deus? Pode o homem ser mais puro do que seu criador? (Jó 33:12-18)

O Livro de Jó tem sido chamado de “poema dramático de uma história épica”. Os

capítulos 1 e 2 são um prólogo que descreve o cenário da história. Satanás, o

Tentador, apresenta-se ao Senhor, junto com os filhos de Deus, e desafia a piedade

de Jó, dizendo: “Porventura, teme Jó a Deus debalde?” Vai mais longe e sugere que

se Jó perdesse tudo o que possuía, amaldiçoaria a Deus. Deus dá permissão a

Satanás para provar a fé que tinha Jó, privando-o de sua riqueza, de sua família e,

finalmente, de sua saúde.

Mesmo assim, “em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios”. O que se questiona

é sobre o verdadeiro significado dessa visita do Diabo a Deus. Se esse Diabo do

Livro de Jó fosse o nimigo por excelência, por que Deus o receberia juntamente com

25/12/2013 - 3 Comentários

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os outros Anjos do Céu? Portanto, concluímos que o Tentador é um “símbolo”

referente ao Diabo Tentador, reflexo da Divindade.

Leiamos mais sobre o “mito” do Profeta Jó. Esse profeta, então, é visitado por três

amigos – Elifaz, Bildad e Zofar –, os quais, à luz do gnosticismo, são a representação

dos 3 Traidores Psicológicos que vemos em todos os “mitos iniciáticos”, que ficam

impressionados pela deplorável condição de Jó, e permanecem sentados com Jó

durante sete dias sem dizer uma só palavra.

A maior parte do livro é composta por três diálogos entre Jó e Zofar, seguidos pelo

desafio de Eliú a Jó. Os quatro homens tentam responder à pergunta: Por que sofre

Jó? Elifaz, argumentando a partir da sua experiência, declara que Jó sofre porque

pecou. Argumenta que aqueles que pecam são punidos. Como Jó está sofrendo,

obviamente pecou. Bildad, sustentando sua autoridade na tradição, sugere que Jó é

um hipócrita.

Também ele faz a inferência de que se os problemas vieram, então Jó deve ter

pecado. “Se fores puro e reto, certamente, logo despertará por ti.” Zofar condena Jó

por verbosidade, presunção e pecaminosidade, concluindo que Jó está recebendo

menos do que merece: “Pelo que sabe Deus exige de ti menos do que merece a

tua iniquidade”.

Os três homens chegam basicamente à mesma conclusão: o sofrimento é

consequência direta do pecado, e a iniquidade é sempre punida. Argumentam que

é possível avaliar o favor ou desfavor de Deus a alguém pela prosperidade ou

adversidade material. Assumem erroneamente que o povo pode compreender os

caminhos de Deus sem levar em conta o fato de que as bênçãos e a retribuição

divina podem ir além da vida presente.

Na sua resposta aos seu amigos, Jó reafirma a sua inocência, dizendo que a

experiência prova que tanto o justo como o injusto sofrem, e ambos desfrutam

momentos de prosperidade. Lamenta o seu estado deplorável e as sua tremendas

perdas, expressando a sua tristeza em relação a eles por acusarem-no em lugar de

trazer-lhe consolo. Depois que os três amigos terminam, um jovem, chamado Eliú,

confronta-se com Jó, que prefere não responder suas acusações. O argumento de

Eliú pode ser resumido desta maneira: Deus é maior do que qualquer ser humano,

isso significa que nenhuma pessoa tenha o direito ou autoridade de exigir uma

explicação dele. Argumenta que o ser humano não consegue entender algumas

coisas que Deus faz.

Ao mesmo tempo, Eliú sugere que Deus irá falar se ouvirmos. A sua ênfase está na

atitude do sofredor, ou seja, uma atitude de humildade levará Deus a intervir. Essa

é a essência da sua mensagem: em vez de aprender com o seu sofrimento, Jó

demonstra a mesma atitude dos ímpios para com Deus, e esta é a razão pela qual

ainda está sofrendo aflição. O apelo de Eliú a Jó é: 1. ter fé verdadeira em Deus, em

vez de ficar pedindo explicação; 2. mudar a sua atitude para uma atitude de

humildade.

Não se deve concluir que todas as objeções dos amigos de Jó representem tudo o

que se pensava de Deus durante aquela época. Na medida em que a revelação da

natureza de Deus foi se fazendo conhecida através da história e das Escrituras,

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descobrimos que algumas dessas opiniões eram incompletas. Evidentemente, isso

não faz com que o texto seja menos inspirado, antes nos dá um relato inspirado

pelo ES dos incidentes como realmente aconteceram.

Quando os quatro concluíram, Deus respondeu a Jó de dentro de um redemoinho. A

resposta de deus não é uma explicação dos sofrimentos de Jó, mas, através de

uma série de perguntas, Deus procura tornar Jó mais humilde.

O Bafometo dos Templários

Uma das imagens de mais forte presença no

universo ocultista de nossa época, por vezes

erroneamente interpretada como uma rebuscada

representação do diabo católico, recebe o nome de

Baphomet. Todavia, apesar de muito ter sido

especulado sobre o lendário ídolo dos Templários,

pouca informação confiável existe a respeito desta

enigmática figura. Daí vêm as inevitáveis questões: o

que de fato esta imagem significa e qual a sua

origem? Além disso, o que ela hoje representa

dentro das Ciências Arcanas? Há algum culto

atualmente celebrado cujos fundamentos estejam

calcados neste Mistério?

Em 1307 uma série de acusações daria início a cruel perseguição imposta pelo

papa Clemente V (Arcebispo de Bordéus, Beltrão de Got) e pelo Rei de França Felipe

IV, mais conhecido como Felipe o Belo, contra a Ordem dos Cavaleiros do Templo,

também chamada de Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo, ou, simplesmente,

Templários. O processo inquisitorial movido contra os Templários foi encerrado em

12 de setembro de 1314, quando da execução do Grão-Mestre da Ordem do

Templo, Jacques de Molay, juntamente com outros dois Cavaleiros, todos

queimados pelas chamas da Inquisição.

No longo rol de acusações estavam: a negação de Cristo, recusa de sacramentos,

quebra de sigilo dos Capítulos e enriquecimento, apostasia, além de práticas

obscenas e sodomia. O conjunto das acusações montaria um quadro claro do que

foi denominado de desvirtuação dos princípios do cristianismo, os quais teriam sido

substituídos por uma heterodoxia doutrinária de procedência oriental, sobremodo

islâmica.

No entanto, dentre as inúmeras acusações movidas contra os Templários, uma

ganharia especial notoriedade, pois indicava adoração a um tipo de ídolo, algo

diabólico, entendido como um símbolo místico utilizado pelos acusados em seus

supostos nefastos rituais. Na época das acusações, costumava-se dizer que em

cerimônias secretas, os Templários veneravam um desconhecido demônio, que

aparecia sob a forma de um gato, um crânio ou uma cabeça com três rostos. Na

acusação, embora seja feita menção a adoração de uma “cabeça”, um “crânio”, ou

de um “ídolo com três faces”, nada é mencionado, especificamente, sobre a

denominação Baphomet.

De onde, então, teria surgido o termo? Não se sabe com precisão onde surgiu o

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termo Baphomet. Uma das possíveis origens, entretanto, é atribuída a pesquisa do

arqueólogo austríaco Barão Joseph Von Hammer-Pürgstall, um não simpatizante do

ideal Templário, que em 1816 escrevera um tratado sobre os alegados mistérios

dos Templários e de Baphomet, sugerindo que a expressão proviria da união de

dois vocábulos gregos, Baphe e Metis, significando Batismo de Sabedoria. A partir

desta conjectura, Von Hammer especula a respeito da possibilidade da existência

de Rituais de Iniciação, onde haveria a admissão, seja aos mistérios seja aos

segredos cultuados pela Ordem do Templo.

Segundo Von Hammer, de acordo com suas descobertas, os ídolos Templários se

tratavam de degenerações de ídolos gnósticos valentinianos, sendo que, de todos

eles, o mais imponente formava uma estranha figura de um homem velho e

barbudo, de solene aspecto faraônico. Um traço bem marcante de todas as figuras

era a forte presença de caracteres de hermafroditismo ou androginia, traços que,

ainda de acordo com a descrição de Von Hammer, endossariam cabalmente as

acusações de perversão movidas pelo clero contra os Templários.

Dessa descrição aparece outra referência que muito diz sobre o mistério que cerca

o nome Baphomet: ela aponta para a imagem de um “homem velho”, o qual seria

adorado pelos Templários. Este “homem velho” possuía as mesmas características

de Priapus, aquele criado “antes que tudo existisse”. Contudo, a mesma imagem,

por vezes aparecendo com armas cruzadas sobre o peito, sugere proximidade com

o deus egípcio Osíris, havendo até quem afirme ser Osíris o verdadeiro Baphomet

dos Templários.

Seguindo a mesma lógica e pensamento de que o vocábulo Baphomet teria vindo

da Grécia Antiga, também existe a hipótese de que sua procedência esteja na

conjunção das palavras “Baphe” e “Metros”, algo como “Batismo da Mãe”. Por sua

vez, a partir deste raciocínio, surge uma outra proposição poucas vezes

mencionada nos estudos sobre Baphomet, a qual aponta ser “Baphe” e “Metros”

uma corruptela de Behemot, um fantástico ser bíblico de origens hebréias. Esta

teoria é importante, visto Behemot ser citado (e por vezes traduzido) como uma

grande fêmea de Hipopótamo que habitava as águas do rio Nilo, sendo uma das

representações da “Grande Mãe”, esposa do deus Seth.

Na concepção egípcia dos Deuses, a fêmea do Hipopótamo faz uma espécie de

contraparte do Crocodilo (Typhon), da mesma forma pela qual existem os bíblicos

Behemot e Leviathan.

De acordo com o pesquisador Raspe, outra definição que ganha importância,

principalmente na abordagem dos cultos que atualmente são rendidos a

Baphomet, mostra o suposto ídolo dos Templários como uma fórmula oriunda das

doutrinas gnósticas de Basilides. Neste sentido as palavras anteriormente

apresentadas, que originaram o termo Baphomet, seriam Baphe e Metios. Assim,

teríamos a expressão “Tintura de Sabedoria”, ou o já apresentado “Batismo de

Sabedoria”, como o significado de Baphomet.

Considerando que a palavra Baphomet possua raízes árabes, especula-se também

que ela seja a corruptela de Abufihmat (ou ainda Bufihmat, como pronunciado na

Espanha), expressão moura para “Pai do Entendimento” ou “Cabeça do

Conhecimento”. Se nos lembrarmos das acusações movidas contra os Templários,

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de que eles adoravam uma “Cabeça”, veremos nesta hipótese algo plausível de ser

aceito. Apesar de todas as alusões até aqui feitas, a figura de Baphomet que se

tornou mais famosa, servindo de principal referência para os ocultistas atuais, é

mesmo aquela cunhada no século 19 pelo abade Alfonse Louis Constant, mais

conhecido pelo nome Eliphas Levi Zahed, ou simplesmente Eliphas Levi.

De acordo com a descrição do abade, publicada pela primeira vez em 1854, a

imagem de Baphomet, o Bode de Mendes ou ainda o Bode do Sabbath, é feita do

seguinte modo: “Figura panteística e mágica do absoluto. O facho colocado entre os

dois chifres representa a inteligência equilibrante do ternário; a cabeça de bode,

cabeça sintética, que reúne alguns caracteres do cão, do touro e do burro,

representa a responsabilidade só da matéria e a expiação, nos corpos, dos

pecados corporais.

As mãos são humanas para mostrar a santidade do trabalho; fazem o sinal do

esoterismo em cima e em baixo, para recomendar o mistério aos iniciados e

mostram dois crescentes lunares, um branco que está em cima, o outro preto que

está em baixo, para explicar as relações do bem e do mal, da misericórdia e da

justiça. A parte baixa do corpo está coberta, imagem dos mistérios da geração

universal, expressa somente pelo símbolo do caduceu.

O ventre do bode é escamado e deve ser colorido em verde; o semicírculo que está

em cima deve ser azul; as pernas, que sobem até o peito devem ser de diversas

cores. O bode tem peito de mulher e, assim só traz da humanidade os sinais da

maternidade e do trabalho, isto é, os sinais redentores. Na sua fronte e em baixo

do facho, vemos o signo do microcosmo ou pentagrama de ponta para cima,

símbolo da inteligência humana, que colocado assim, em baixo do facho, faz da

chama deste uma imagem da revelação divina.

Este panteus deve ter por assento um cubo, e para estrado quer uma bola só, quer

uma bola e um escabelo triangular.” Devido à eficiência de sua ideação, Levi

propositalmente faz com que se acredite que exatamente essa forma de

Baphomet era a presente na celebração dos Antigos Mistérios.

A figura emblemática do Bode de Mendes, de Eliphas Levi, como vemos no início

deste texto do site GnosisOnline, foi uma das primeiras, senão a primeira, que

associou o bode ao ídolo Templário. É muito provável, dada a condição de

sacerdote católico do Abade Alfonse Louis Constant, que a imagem Bíblica do

sacrifício do Bode Expiatório tenha lhe servido de inspiração.

O bode no Egito, entretanto, não possuía um significado religioso grande, exceto por

este culto sacrificial, promovido na cidade de Mendes. Daí a denominação

escolhida por Levi, o Bode de Mendes.

Porém, é significativo mencionar que o bode, do mesmo modo como atribuído ao

carneiro, sempre foi símbolo de fertilidade, de libido e força vital. Contudo,

enquanto o carneiro assume características solares, o bode se relaciona às

lunares. Em outras palavras, é costume relacionar carneiros, ou cordeiros, como

símbolos de aspectos considerados “positivos” das divindades, enquanto que aos

bodes estariam reservados os “negativos”.

Assim, se naquele convencionou-se associar uma imagem de pureza, vida e

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santidade, neste são associados luxúria, sacrifício e perversão. Em ambos os casos,

contudo, é importante salientar que tanto o carneiro quanto o bode são claros

símbolos de divindades solares, sendo que no primeiro tem-se a exaltação da

Divindade, enquanto no segundo a expiação e morte do Deus.

As inscrições SOLVE ET COAGULA da imagem de Eliphas Levi são outro claro

exemplo do enfoque dualista de seu Baphomet. Originalmente presentes nos

antebraços do Hermafrodita de Khunrath, esses dois preceitos misteriosos

mostram que o Andrógino domina completamente o mundo elementar, agindo

sobre a natureza, de modo inteiramente onipotente. As inscrições são dois pólos

que marcam o ciclo solar de Vida, composta de Geração, Nascimento e Morte, para

depois haver uma nova Geração que dará continuidade ao interminável ciclo da

Vida.

A essa propriedade de transformação, ou melhor, ao elemento que permite esta

transformação, os Mestres deram o nome de Mercúrio Filosofal, ou Água dos

Sábios, a mesma Tintura de Sabedoria, da qual falava o gnóstico Basilides ainda no

século 2º.

A imagem do Baphomet de Eliphas Levi, enfim, é a representação emblemática

deste Mercúrio Filosofal ou do Andrógino Primordial. Também de Eliphas Levi vem

outra curiosa explanação sobre a origem do nome Baphomet, que se tornou voga

nos dias de hoje. Segundo o erudito Abade, esta palavra era a forma cifrada de se

dizer Tem Ohpab, uma espécie de acróstico inverso de Baphomet, que formaria a

sentença iniciática Templi Omnium Hominum Pacis Abbas.

Pergunta: Por que muitos estudantes gnósticos

temem a CARTA 15 do TARÔ? Por que ali o DIABO, ou

TIPHÓN BAFOMETO, está representado com seios,

como se fosse também ANDRÓGINO?

Samael Aun Weor: Bem, falemos um pouco sobre a

carta 15 do Tarô. Sinto prazer em falar de dita

lâmina… Não sei por que as gentes julgam tão mal a

Tiphón Bafometo. Sem embargo, os gnósticos jamais

ignoram aquela frase que diz: “Eu creio no Mistério

do Bafometo e do Abraxas”.

A Carta 15 do Tarô (o Diabo) é profundamente

significativa. Recordemos que se acha depois das

Cartas 13 e 14. Inquestionavelmente, a 13

corresponde à morte do “mim mesmo”, do “si mesmo”, do ego. Indubitavelmente, a

Carta 14 nos fala dessa Temperança, dessa CASTIDADE, dessa Perfeição que

resulta da morte do ego. Depois vem a 15, que corresponde inevitavelmente ao

ANDRÓGINO PRIMIGÊNIO, ao Mistério do Bafometo e do Abraxas, ao DIABO

(palavra, esta última, que algo horroriza às gentes piedosas, porém que constitui

algo extraordinário para o Sábio).

Na Catedral de Notre Dame de Paris aparece um corvo. Ele mira, fixamente, até o

rincão do Templo, para esse lugar onde se encontra a Pedrazinha Angular, a PEDRA

MESTRA, a Pedra da Verdade. Tal pedra tem uma forma, sim, terrível, com cornos

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que horrorizam: O DIABO (pavor de muitos pseudo-esoteristas e pseudo-ocultistas)

… Os Alquimistas medievais dizem: “Queima teus livros e branqueia o Latão”…

Por que o Corvo Negro mira em direção ao Diabo? Porque devemos morrer em si

mesmos, porque é necessário que desintegremos os “elementos inumanos” que

levamos dentro. É urgente que os reduzamos a cinzas, a poeira cósmica. Assim

será como podremos “branquear o latão”, esse Latão ou Cobre, representado na

Estrela da Manhã. Já sabemos todos, com inteira claridade, que em um dia não

muito distante, aquele Luzeiro Vespertino se chamava também Lúcifer, o “Fazedor

de Luz”.

O Mito Egípcio de Seth

A Lenda de Osíris é um dos mais antigos e

importantes mitos no Egito e na religião

egípcia. O mito define a posição de Osíris

como Senhor dos Mortos e do Submundo e o

direito de Hórus (e de todos os faraós) ao

trono. Também exibe os poderes e deveres

de outros deuses e o seu grande adversário,

Seth. Com a generosa idade desta lenda e

escassez de versões completas, é mostrada

aqui uma versão criada por David C. Scott, a

partir de passagens de vários documentos e

fontes.

Nos tempos distantes, na Era Dourada

quando os Deuses andavam sobre a terra com os humanos; naqueles antigos dias,

Osíris, o bisneto de Rá, sentava-se no Trono dos Deuses, reinando sobre o mundo

assim como Rá o fez sobre os Deuses. Ele foi o primeiro Faraó, e Ísis, a primeira

Rainha. Eles reinaram por muitos Eóns juntos, pois o mundo ainda era jovem e a

Velha Morte não era tão severa quanto é hoje.

Seus métodos eram justos e perfeitos, e garantiram que Maat permanecesse em

equilíbrio, fazendo com que a Lei fosse mantida.

E assim, Maat sorriu para o mundo. Todas as pessoas louvaram Osíris e Ísis, e a

paz reinou sobre todos, pois esta foi a Era Dourada. Mas, ainda assim, havia um

problema. O orgulhoso Seth, o nobre e Soberbo Seth, irmão de Osíris. Ele, que

defendeu a Carruagem do Sol das garras de Apep (ou Apopi), o Destruidor, pôs a

desordem em seu coração. Ele cobiçava o Trono de Osíris. Ele cobiçava Ísis. Ele

cobiçava o poder sobre o mundo e desejava tirá-lo de seu irmão. Em sua mente

sombria, ele formulou um plano para assassinar Osíris e dele tirar tudo. Ele

construiu uma caixa e inscreveu em sua superfície um maléfico encanto que iria

acorrentar e aprisionar qualquer um que entrasse.

Seth levou a caixa para o grande banquete dos Deuses. Esperou até que Osíris

ficasse embriagado, desafiando-o para um teste de força. Cada um deles iria entrar

na caixa e tentar, através da força, sair de dentro. Osíris, confiante em seu poder,

porém frágil em sua mente por causa da bebida, entrou na caixa. Seth rapidamente

despejou chumbo derretido na caixa. Osíris tentou escapar, mas a magia perversa

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o segurou indefeso, levando-o à morte. Seth ergueu a caixa e lançou-a no rio Nilo. A

caixa desapareceu levada pelas águas.

Seth reivindicou o Trono de Osíris para si e demandou que Ísis se tornasse sua

Rainha. Nenhum dos outros deuses se atreveu a impedir Seth, pois ele havia

matado Osíris e poderia facilmente fazer o mesmo a eles. O grande Rá deu suas

costas e lamentou. Ele não se opôs a Seth.

Essa foi a Era de Trevas. Seth era tudo que seu irmão não era. Cruel e desalmado,

não se importando com o equilíbrio de Maat ou com os humanos, filhos dos

Deuses. A guerra dividiu o Egito, e tudo estava sem lei enquanto Seth governava. Em

vão os egípcios choravam para Rá, pois seu coração estava endurecido pela mágoa

que não o deixava escutar os apelos.

Somente Ísis, a abençoada Mãe Divina Ísis, lembrou-se dos humanos. Somente ela

não temia Seth. Ela procurou por todo o Nilo pela caixa contendo seu amando

marido. Finalmente ela a achou, presa em um ramo de tamareira que havia se

tornado uma grande árvore, pois o poder de Osíris ainda estava ativo, mesmo que

ele estivesse morto. Ela abriu a caixa e limpou o corpo sem vida de Osíris. Ela

carregou a caixa de volta para o Egito e a colocou na casa dos Deuses.

Ísis transformou-se em um pássaro e voou sobre o corpo de Osíris, cantando uma

canção de lamento. Ela rezou por ele e lançou um encanto. O espírito de Osíris

atendeu suas preces e tomou o corpo de Ísis. Da comunhão espiritual que

aconteceu, Ísis concebeu um filho cujo destino seria vingar o seu pai. Ela batizou a

criança de Hórus, o que tudo vê, e a escondeu numa remota ilha, longe dos olhos

de seu tio Seth.

Ela, então, foi ao encontro a Thoth, o sábio Thoth, que conhece todos os segredos,

e implorou por sua ajuda. Ela pediu por uma magia que pudesse trazer Osíris de

volta à vida. Thoth, Senhor do conhecimento, procurou através de sua magia. Ele

sabia que o espírito de Osíris havia deixado seu corpo e estava perdido. Para

restaurar Osíris, Thoth deveria recriá-lo, assim seu espírito iria reconhecer e tomar

novamente o seu corpo.

Thoth e Ísis juntos criaram o Ritual da Vida, o qual iria permitir que os humanos

vivessem para sempre após a morte. Mas antes que Thoth pudesse pôr em ação

sua magia, o cruel Seth descobriu seus planos. Ele roubou o corpo de Osíris e o

esquartejou, espalhando seus pedaços pelo Egito. Ele estava certo de que Osíris

jamais renasceria.

Ainda assim, Ísis não caiu em desespero. Ela implorou pela ajuda de sua irmã

Néftis, para guiá-la e ajudá-la a encontrar os pedaços de Osíris. Por muito tempo

elas procuraram, trazendo cada pedaço para Thoth para que ele pudesse realizar

sua mágica. Quando todos os pedaços estavam reunidos, Thoth procurou Anúbis,

Senhor dos Mortos. Anúbis costurou os pedaços, lavou as entranhas de Osíris,

embalsamou-o em linho e realizou o Ritual da Vida. Quando a boca de Osíris abriu-

se, seu espírito entrou em seu corpo e ele ganhou vida novamente.

Mas, nada que foi morto uma vez, nem mesmo um Deus, poderia viver novamente

na terra dos vivos. Osíris foi para Duat, o Mundo Subterrâneo. Anúbis cedeu o trono

a Osíris e ele se tornou o Senhor dos Mortos. Ali, ele aplicava o julgamento das

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almas dos mortos. Condenava os justos à Terra Abençoada do além-vida, mas os

pecaminosos eram condenados a ser devorados pelo demônio Ammut (os Mundos

Infernos).

Quando Seth descobriu que Osíris estava vivo novamente, ficou enfurecido. Mas

sua ira amenizou-se, pois sabia que Osíris não poderia jamais retornar à terra dos

vivos. Sem Osíris, Seth acreditava que iria sentar no Trono dos Deuses por toda a

eternidade. Mas, em sua ilha, Hórus atingiu a força da maturidade. Seth enviou

muitas serpentes e demônios (os diversos agregados psicológicos) para matar

Hórus, mas este derrotou a todos. Quando estava pronto, sua mãe Ísis deu a ele

grande magia para usar contra Seth, e Thoth deu a ele um punhal mágica.

Hórus procurou Seth e o desafiou pelo trono. Seth e Hórus lutaram por muitos dias,

mas, no final, Hórus derrotou Seth e o castrou. Mas Hórus, piedoso, não tirou a vida

de Seth, pois se derramasse o sangue de seu tio não o faria melhor do que ele.

Seth manteve seu título no trono, e Hórus pronunciou-se como filho de Osíris. Os

deuses iniciaram uma luta entre eles, os que apoiavam Hórus e aqueles que

apoiavam Seth.

Banebdjetet saltou no meio do conflito e demandou que os Deuses terminassem

com a luta pacificamente ou então Maat entraria em desequilíbrio. Ele ordenou que

os Deuses buscassem o conselho de Neith. Esta, íntima da guerra mas sábia em

conselho, pronunciou que Hórus era o herdeiro por direito do Trono dos Deuses.

Hórus lançou Seth para as Trevas, onde ele vive até hoje.

E assim, Hórus cuida dos humanos enquanto vive, guia os passos do Faraó

enquanto vive, e seu pai Osíris cuida dos humanos no além-vida. E assim, os

Deuses estão em paz. E assim Seth, o Condenado, eternamente tenta sua

vingança, lutando contra Hórus conseqüentemente.

Quando Hórus vence, Maat está segura e o mundo permanece em paz. Quando

Seth vence, o mundo entra em redemoinho. Mas os humanos sabem que tempos

obscuros não duram para sempre, e que os raios brilhantes de Hórus irão

novamente resplandecer sobre eles.

No Final dos Tempos, Hórus e Seth lutarão uma última vez pelo mundo. Hórus irá

derrotar Seth para sempre e Osíris poderá retornar a este mundo. Neste dia,

conhecidos pelos Hierofantes egípcios como o Dia do Despertar, todas as tumbas

serão abertas e os justos que morreram ganharão a vida novamente, e toda

tristeza e sofrimento irão terminar para todo o sempre.

Poema Sobre O Arcano 15 (A Paixão)

A temível hora sexta congela

meus frágeis ossos de pavor

Em mim mesmo encontro a fera

que devo embater com todo ardor

No espelho a imagem reflete

inocente, o monstro que sou

Naveguei muito para o leste,

mas minha mente me guiou

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Ah, na grande treva do palco

de ensaio infinito onde sou ator

meu latão brilha bem fraco, limpá-lo

irei do lodo e do negror

Do caminho de duas estradas

agora dolorida me voltou a noção

Nos dois fogos vejo a palha

em um queimar-se, em outro não

Vermelhas rosas vejo a resplandecer

no infinito, nas covas da colina distante

Nas serras sombrias onde não havia viver

jardim mavioso nasce de instante em instante

Baphometo dos mistérios velados,

dos templários que de ti se embeberam

Me entregue as flores douradas dos prados

passo a passo, pelas dores que as antecederam

O colossal deus dos vales sombrios

assim se ergue em sutil majestade

semeando espinhos pelos caminhos

para criar fortes pés e de aço a vontade

Tanto tempo errei nas aulas da vida!

Em frágeis laços caía, em buracos vários

descia a procurar estrelas, sucumbia

ante o doce sabor do pecado

Quem vem pela estrada afora da montanha

solitária, onde em correntes Prometeu mora?

É Hércules, herói legendário por suas façanhas

que vem em fortes passos para a ti liberar agora

Tags: diabo lúcifer prometeu satã satanás

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22 Respostas to “Lúcifer – O mistério de Prometeu”

21/03/2013

Moisés

saudações.

Lucifer é a serpente iniciadora de todos os universos.

É Cristo também como foi criado desde o principio do tempos.

A voz da sabedoria diz isso.

Jesus Cristo sabia disso mas cumpria o seu papel na história da

humanidade.

Assim seja

19/01/2013

Parca

Então o lucifer é o reflexo do estado interior do ser humano e enquanto o ser

humano é mal ele é ” feio” quando num mestre ele é um anjo novamente ?

Que bom terem esclarecido isso, afinal esse medo bobo que as pessoas

tem do mal é irracional…

Paz a todos e obrigado!

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19/01/2013

renildo

quero apreder mais sobre cabala vcs ai tem como ensina oline

29/12/2012

nousvate

para compreende a psicologia de lúcifer se tem que estar com uma

psicológica alem do bem e do mal sem preconceitos e sem achismo algum

ver o mundo de forma totalmente diferente que as pessoas comum as ver.

29/12/2012

nousvate

Se eis filho de deus transforme essa pedra em pão e mate sua fome.

nem só de pão vivem o homem mas de toda a forca do espírito.

A Fe e o pão dos sábios,conjugada a magia da forca sexual lúcifer só vence

um niciado quando esse e descarregado sexualmente e colocado no chão

esse realmente e o deserto que todos vive nesse caminho da superação

17/06/2012

Marcus vinicius

Com poucas palavras digo a vocês que esse site é super interessante,

descobri algumas coisas que eu não sabia.

Mas ja conhescia outras aqui citadas…

Parabens.

09/06/2012

ernandes

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mestres gnostico eu quero saber se o lucifer ja foi perduado ou continua

condenado,porque eu vi no site shtareer que ele foi enganado,que quando

as seitas invocam ele não e ele que vem mas um holograma criado pela

mente do que invocar, queria saber se e verdade,porque tem muitos sites

que inventam muita coisa sem sentido.ok

10/06/2012

Gnosis Online

Lúcifer, como ARQUÉTIPO CÓSMICO que se encontra TAMBÉM dentro

da psique do ser humano, será limpo, iluminado e purificado depois

que eliminarmos as sujeiras psicológicas de nossa mente…

21/05/2012

Luiz

A lendária cabeça de ouro de Baphomet que os Templários roubaram da

Palestina na época das cruzadas, e ela está hoje e atualmente muito bem

guardada, mas está cabeça foi confiscada pela Igreja de Roma e guardada

em segredo entre os grandes tesouros do Vaticano.

E é foi assim que Roma-Igreja governou toda a Europa por 1.200 anos.

Hoje os árabes pretendem fazer uma grande excursão contra a Itália para

reaver este Tesouro místico-ocultista.

10/03/2012

Calixto

Me serve de alento e dissolve varios temores ; como ate o de errar quando

tento acertar

08/03/2012

camilla

eu acho que todu mintira pqnao tem como voocs sabe como ele ta e nem i

la ve e depois volta

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08/03/2012

Gnosis Online

Camilla, estude com calma, você é jovem ainda, sem o conhecimento

necessário para abordar um tema tão sério e profundo.

Tudo a seu tempo, Camila…

05/02/2011

Jean

Segundo Alita(gnóstico) a paixão é um veículo para a destruição. O que tem

a me dizer sobre isso?

28/12/2010

Gilio Jr

Saiba que, eu já estive a ler sobre este arcano, 15 em outra! :->

07/12/2010

valma

gostaria de saber mais sobre lúcifer

07/12/2010

Gnosis Online

Vama, todos os textos sobre Cristo também falam sobre Lúcifer. Visite

nosso link Teologia mais vezes… Teremos novidades em breve…

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19/09/2010

Edson

Lucifer nesse sentido como Lucifer-Prometeu, seria como Ogum na

Umbanda?

24/02/2011

RAFAEL AUGUSTO

Ogum, ou São Jorge, vem sempre para matar o Dragão, ou o ego; este

esta montado em um cavalo branco; sua tunica é vermelha; tem

espada e lança; por de traz esta uma dama, uma mãe chamada

sophia; muito se assemelha a kalki.

Ógum é marte, é o quinto Orixa, seu metal é ferro, sua cor é vermelho

é senhor da força.

lucifer ou baphometo é EXU, o mensageiro, o mais rapido , em seu

trono esta o falo, o caduceu, a primeira oferenda do dia tem que ser

para ele, me recorda o guardião que é quem toma a unção primeiro,

EXÚ é quem guarda o templo, e quem dá abre o rito.

01/09/2010

marconi barroso

E eu pensava o contrário. Diferentemente do texto sobre o 15, em questão

pensava que tal número trazia maus presságios. Sempre o via

alegoricamente representado por um ser humano pendurado de cabeça pra

baixo, sacrificado como o fascista Duce, na segunda guerra.

02/09/2010

Gnosis Online

Todo número, todo arcano, tem dupla energia, alguns têm o aspecto

negativo mais exaltado em certas dimensões, outros têm o aspecto

positivo mais exaltado nessas mesmas dimensões.

No campo profissional, por exemplo, o 15 não vibra bem. Mas no

campo iniciático são as Provas que o Cristo Íntimo joga sobre nós para

nos PROVAR, para nos ajudar a descobrir nossas fraquezas e falhas.

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16/08/2010

thayna

sera qe vc realmete existi mais naum qero qe vc aparesa para mim

11/10/2012

robson

Pelo que diz a história geral Lúcifer tinha vários nomes ao decorrer de

todos seus acontecementos Mefistófeles, Baphomet Tiphón Bafomato

mostrando seu poder de sabedoria êxito, riqueza fama etc…

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