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1 de 31 Exercício Social 2010 – Abr/09 a Mar/10 Lucro recorde de R$986,5 milhões no FY’10 São Paulo, 10 de junho de 2010 - A COSAN LIMITED (NYSE: CZZ; Bovespa: CZLT11) e a COSAN S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO (Bovespa: CSAN3) anunciam hoje seus resultados referentes ao exercício social de 2010 (FY’10), findo em 31 de Março de 2010. Os resultados do FY’10 são apresentados de forma consolidada, de acordo com a legislação societária brasileira. Destaques FY’10 Receita líquida recorde, de R$15,3 bilhões, 144,6% superior ao exercício social anterior EBITDA recorde de R$1,7 bilhão Lucro Líquido de R$986,5 milhões Moagem de cana de 50 milhões de toneladas, comparada com 43 milhões no exercício anterior Sumário de Informações Financeiras e Operacionais (R$MM) 4T'09 4T'10 FY'09 FY'10 2.349,8 4.394,1 Receita operacional líquida 6.270,1 15.336,1 239,9 773,9 Lucro bruto 799,4 2.125,4 10,2% 17,6% Margem Bruta 12,7% 13,9% (99,5) 396,5 Lucro (prejuízo) operacional (709,1) 1.412,9 -4,2% 9,0% Margem Operacional -11,3% 9,2% 165,9 575,9 EBITDA 718,0 1.733,1 7,1% 13,1% Margem EBITDA 11,5% 11,3% 40,4 744,7 EBITDAH 765,7 2.064,0 1,8% 16,3% Margem de EBITDAH 12,1% 13,2% (39,9) 309,6 Lucro (prejuízo) antes de minoritários (474,4) 979,0 (40,2) 308,7 Lucro (prejuízo) líquido (473,8) 986,5 -1,7% 7,0% Margem Líquida -7,6% 6,4% 334,6 745,4 Capex 1.346,1 1.926,1 3.035,6 4.255,4 Dívida Líquida 3.035,6 4.255,4 3.396,6 5.157,6 Patrimônio líquido e Minoritários 3.396,6 5.157,6 Definições: FY’10 - exercício social de 12 meses iniciado em 1º de abril de 2009 e encerrado em 31 de março de 2010 FY’09 - exercício social de 11 meses iniciado em 1º de maio de 2008 e encerrado em 31 de março de 2009 4T’10 - trimestre encerrado em 31 de março de 2010 4T’09 - trimestre encerrado em 31 de março de 2009 Marcelo Martins, CFO & DRI Luiz Felipe Jansen de Mello, Relação com Investidores [email protected] www.cosan.com.br

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Exercício Social 2010 – Abr/09 a Mar/10

Lucro recorde de R$986,5 milhões no FY’10

São Paulo, 10 de junho de 2010 - A COSAN LIMITED (NYSE: CZZ; Bovespa: CZLT11) e a COSAN S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO (Bovespa: CSAN3) anunciam hoje seus resultados referentes ao exercício social de 2010 (FY’10), findo em 31 de Março de 2010. Os resultados do FY’10 são apresentados de forma consolidada, de acordo com a legislação societária brasileira.

Destaques FY’10 Receita líquida recorde, de R$15,3 bilhões, 144,6% superior

ao exercício social anterior

EBITDA recorde de R$1,7 bilhão

Lucro Líquido de R$986,5 milhões

Moagem de cana de 50 milhões de toneladas, comparada com 43 milhões no exercício anterior

Sumário de Informações Financeiras e Operacionais (R$MM)4T'09 4T'10 FY'09 FY'10

2.349,8 4.394,1 Receita operacional líquida 6.270,1 15.336,1 239,9 773,9 � Lucro bruto 799,4 2.125,4 10,2% 17,6% Margem Bruta 12,7% 13,9%(99,5) 396,5 � Lucro (prejuízo) operacional (709,1) 1.412,9 -4,2% 9,0% Margem Operacional -11,3% 9,2%165,9 575,9 � EBITDA 718,0 1.733,1 7,1% 13,1% Margem EBITDA 11,5% 11,3%

40,4 744,7 � EBITDAH 765,7 2.064,0 1,8% 16,3% Margem de EBITDAH 12,1% 13,2%(39,9) 309,6 � Lucro (prejuízo) antes de minoritários (474,4) 979,0 (40,2) 308,7 � Lucro (prejuízo) líquido (473,8) 986,5 -1,7% 7,0% Margem Líquida -7,6% 6,4%334,6 745,4 Capex 1.346,1 1.926,1

3.035,6 4.255,4 Dívida Líquida 3.035,6 4.255,4 3.396,6 5.157,6 Patrimônio líquido e Minoritários 3.396,6 5.157,6

Definições: FY’10 - exercício social de 12 meses iniciado em 1º de abril de 2009 e encerrado em 31 de março de 2010 FY’09 - exercício social de 11 meses iniciado em 1º de maio de 2008 e encerrado em 31 de março de 2009 4T’10 - trimestre encerrado em 31 de março de 2010 4T’09 - trimestre encerrado em 31 de março de 2009

Marcelo Martins, CFO & DRI

Luiz Felipe Jansen de Mello, Relação com Investidores

[email protected] www.cosan.com.br

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A. Panorama de Mercado

A moagem no Centro-Sul (CS) brasileiro totalizou 541,9 milhões de toneladas de cana na safra 2009/10, 7,3% superior à safra passada, conforme dados divulgados pela UNICA. A produção de açúcar teve um acréscimo de 7,3% alcançando 28,6 milhões de toneladas, enquanto a produção de etanol caiu 5,6%, atingindo 23,7 bilhões de litros, dos quais 17,5 bilhões de etanol hidratado e 6,2 bilhões de anidro, um aumento de 3,8% e queda de 24,8%, respectivamente, em relação a safra anterior. Esse quadro reflete a quebra de safra em razão de níveis recordes de chuvas fora de época, o que não apenas diminuiu o número de dias para moagem, como também a concentração de açúcares totais recuperáveis na cana (ATR), que ficou em 130,25 kg / tonelada de cana, comparado à 140,88 kg / ton da safra anterior. Além disso, devido ao aumento do preço do açúcar no mercado internacional ao longo da safra, o mix desse ano foi mais voltado para o açúcar (42,6%) comparado com 39,5% no ano anterior.

A UNICA estima que a moagem total para a safra 2010/11 atingirá 595,9 milhões de toneladas de cana na Região Centro-Sul que, aliada a uma melhora no ATR para 138,59 kg/ton e 43,29% da cana voltada para a produção de açúcar, mantendo o mix mais açucareiro que o histórico de anos anteriores, resultará na produção de 34,1 milhões de toneladas de açúcar, 20,1 bilhões de litros de hidratado e 7,3 bilhões de litros de anidro, crescimento de 19,1%, 15,4% e 16,2%, respectivamente. Essas projeções são resultado principalmente de (i) maior produtividade agrícola (toneladas de cana / hectare) devido à maior intensidade das chuvas durante o plantio e crescimento da cana, apesar de efeitos negativos como a ferrugem alaranjada que pode atingir algumas variedades de cana e do envelhecimento do canavial; (ii) maior quantidade de ATR na cana, resultado das condições climáticas mais adequadas à colheita e maturação da cana, apesar da maior quantidade de cana bisada, antecipação do início da safra e da evolução da colheita mecanizada (iii) aumento da capacidade de moagem em função da entrada em operação de 10 novas unidades e ramp-up da área de colheita das que entraram em operação nas safras passadas, efeito que começa a desaparecer devido ao arrefecimento do processo de alto investimento em 2007 e 2008 no setor.

Números mais recentes da UNICA demonstram um aumento na moagem de cana-de-açúcar neste início da safra 2010/11 até a quinzena finalizada em 16 de maio, totalizando 93,9 milhões de toneladas, 27,1% superior ao mesmo período da safra passada, principalmente pela antecipação do início da operação das unidades produtoras. O mix de produção no período continua priorizando o açúcar para atender os contratos que não puderam ser cumpridos no ano passado, sendo 41,9% voltado para este produto e 58,1% voltado para o etanol. A produção de açúcar alcançou 4,4 milhões de toneladas, um aumento de 38,7% em relação a safra passada, enquanto que a de etanol atingiu 3,8 bilhões de litros, sendo 2,9 bilhões de etanol hidratado e 829,0 milhões de etanol anidro, um crescimento de 11,5% e 74,6%, respectivamente.

O preço médio do açúcar bruto neste trimestre foi de ¢US$24,52/lb, 92,8% superior ao do 4T’09 e 3,6% acima do

Preços do Açúcar – Últimos 24 Meses

-

5,0

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20,0

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abr-08 jul-08 out-08 jan-09 abr-09 jul-09 out-09 jan-10

US

¢/l

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US

$/to

n

NY #11 LIFFE #5 ESALQ Cristal

Fonte: NYBOT, LIFFE e ESALQ

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3T’10. É necessário destacar a variação dos preços no período: após um rally em janeiro, quando o preço do açúcar bruto alcançou ¢US$29,9/lb, o nível mais alto dos últimos 29 anos, os preços caíram 44,5% até o fechamento do trimestre. O movimento de queda continuou, atingindo a mínima de ¢US$13,67/lb no início de maio, 54,3% inferior à máxima de janeiro.

Esse movimento pode ser explicado por alguns fatores: (i) as exportações de 500.000 toneladas de açúcar out-of-quota da União Européia, conforme mencionado na última Carta; (ii) a exportação de aproximadamente 1 milhão de toneladas de açúcar provenientes do Brasil no trimestre que não eram esperadas pelo mercado com base nas estimativas de estoques iniciais para a safra; (iii) a recuperação e alongamento da safra indiana que, em geral, termina em março e era estimada entre 13 e 15 milhões de toneladas. Em maio, ainda existiam diversas usinas processando cana, com novas estimativas entre 18 e 19 milhões de toneladas; (iv) o diferimento da demanda em resposta aos elevados preços e (v) a expectativa de condições climáticas mais favoráveis para a safra 2010/11 brasileira e indiana, resultando em estimativas mais otimistas de produção de açúcar que variam entre 32-35 e 24-25 milhões de toneladas, respectivamente.

Por outro lado, os estoques mundiais encontram-se muito abaixo dos níveis históricos e precisarão ser recompostos e existem diversas incertezas em relação à safra de alguns países como, por exemplo: (i) no Brasil e na Índia, caso as condições climáticas não sejam tão favoráveis, a produção será menor que a esperada; (ii) o anúncio, pelo governo do Paquistão, da intenção de comprar aproximadamente 900 mil toneladas; (iii) a potencial importação da China para recomposição de estoques estratégicos, uma vez que estes foram liberados para conter a inflação no mercado doméstico após uma quebra safra e (iv) a necessidade de que os Estados Unidos permitam quotas adicionais para importação de açúcar bruto para suprir a demanda no mercado doméstico.

O açúcar refinado no mercado internacional acompanhou parcialmente o movimento do açúcar bruto, caindo 37,6% em 61 dias. O preço médio no período foi de US$659,15/ton, 75,5% e 7,4% superior ao 4T’09 e 3T’10, respectivamente. Devido à falta de disponibilidade de açúcar para refino, principalmente porque o Brasil está no período de entressafra, a média do prêmio de branco foi de US$118,58/ton.

No 4T’10, o Real enfraqueceu frente ao Dólar, com cotação média de R$1,80/US$, 3,6% superior à média do trimestre anterior. No período analisado, chegou a ser cotado em R$1,87/US$, devido aos primeiros sinais de desaceleração econômica de Portugal, Itália, Grécia e Espanha. O câmbio ao final do período foi de R$1,78/US$, comparado com R$1,74/US$ em dezembro de 2009 e R$2,32/US$ em março de 2009.

No mercado doméstico de açúcar, o preço médio do cristal no 4T’10, base ESALQ, foi de R$70,80 por saca de 50Kg, ou ¢US$35,65/lb, representando um aumento de 22,8% em relação ao trimestre anterior e 63,7% comparado ao 4T’09. Esses preços refletem a menor

disponibilidade de açúcar devido à safra chuvosa e às fortes exportações durante a safra, que somaram 19,8 milhões de toneladas na safra (abril/09 a março/10).

Em resposta aos fatores apresentados anteriormente e condições macroeconômicas, os

Posição dos Fundos (% do volume) vs. Preço NY11 (centavos dólar/libra-peso)

-5%

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abr-06 ago-06 nov-06 mar-07 jul-07 nov-07 mar-08 jul-08 nov-08 mar-09 jul-09 nov-09 mar-10

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US

¢/lb

Fonte: NYBOT e CFTC (Commodities Futures Trading Commission)

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grandes hedge funds, pequenos fundos e especuladores que estavam posicionados na commodity em razão de seus bons fundamentos, diminuíram rapidamente suas posições compradas no açúcar, acelerando a queda de preços desse produto. Ao final do 4T’10, representaram 158 mil lotes, ou 15,8% dos contratos em aberto, 30,2% inferior ao fechamento do trimestre anterior.

No mercado doméstico de etanol, a menor disponibilidade de etanol devido à aceleração da demanda em 2009 (crescimento das vendas de automóveis flex) e à oferta reduzida devido à safra chuvosa, resultaram no expressivo aumento de preços, tanto para o anidro, quanto para o hidratado. O preço médio para o hidratado, base ESALQ, foi de R$1,041/litro no 4T’10, 40,8% maior que no mesmo trimestre do ano anterior e 9,7% superior ao 3T’10. O preço médio do anidro foi de R$1,188litro, 43,1% superior ao do 3T’09 e 8,6% superior ao trimestre anterior.

A paridade média do preço do etanol hidratado em relação à gasolina no Brasil, ponderada pela frota, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), era de aproximadamente 69% ao final do 4T’10, voltando para níveis inferiores à paridade de 70% em 6 estados, que representam mais de 50% da frota flex do país. A partir de fevereiro e até 1º de maio de 2010, a mistura de etanol anidro na gasolina passou de 25% para 20%. Mesmo com essa mudança, o consumo de anidro permaneceu estável comparado aos meses de fevereiro e março de 2009, uma vez que o consumo de gasolina aumentou significativamente em razão dos preços de etanol acima da paridade durante grande parte do período.

Segundo a ANFAVEA, foram licenciados 652,7 mil veículos flex-fuel em todo o Brasil no 4T’10, representando 87% do total das vendas de veículos novos, um crescimento de 16,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo a ANP, o volume comercializado de Diesel nos 3 primeiros meses de 2010 foi 12,7% superior aos do ano anterior, atingindo 11,1 bilhões de litros. O volume de gasolina A apresentou expressivo aumento, de 29,7% no período, com 5,9 bilhões de litros comercializados, em função dos preços do etanol hidratado acima da paridade e da diminuição da mistura de anidro. Por esses mesmos motivos, o consumo de etanol apresentou queda de 24,7% no período, com volume de 2,8 bilhões de litros.

400,0

600,0

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1.000,0

1.200,0

1.400,0

abr-08 jul-08 out-08 jan-09 abr-09 jul-09 out-09 jan-10

R$/

mil

lit

ros

Anidro Hidratado

Preços do Etanol – Últimos 24 Meses (ESALQ)

Fonte: ESALQ

Vendas Mensais de Combustível

2,1 2,0 2,0 2,1 2,1 2,2 2,2 2,0 2,4 2,0 1,9 2,1 2,1 2,0 2,0 2,1 2,0 2,1 2,3 2,1 2,6 2,5 2,4 2,6

3,7 3,7 3,8 3,9 3,9 4,1 4,13,6

3,53,2 3,1

3,6 3,6 3,5 3,7 3,9 3,8 3,94,3

3,93,8

3,4 3,54,3

1,1 1,1 1,0 1,1 1,11,2 1,2

1,21,4

1,3 1,2

1,3 1,4 1,31,4

1,4 1,4 1,51,5

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2

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abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10

Bil

es d

e li

tro

s

Gasolina C Diesel Hidratado

Fonte: ANP

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B. Dados de Produção 4T'09 4T'10 Dados Operacionais FY'09 FY'10

207 181 Cana Moída (mil tons)* 42.594 50.314 132 16 Própria (mil tons) 21.537 23.459

75 164 Terceiros (mil tons) 21.057 26.855 Produção -

9 - Açúcar Bruto (mil tons) 2.531 2.519 - - Açúcar Refinado (mil tons) 656 994 - - Etanol Anidro (mil m3) 734 623

8 9 Etanol Hidratado (mil m3) 936 1.211 111,7 115,0 ATR cana (kg/ton) 139,0 129,8 61,7% 99,5% Nível de mecanização (%) 50,8% 64,5%

*Este total consolida os dados de produção da NovAmérica apenas a partir de junho de 2009. Na safra 2009/10, considerando 100% da produção da NovAmérica, a Cosan moeu 53,1 milhões de toneladas

No exercício social de 2010, a Cosan moeu 50,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 18,1% a mais que no exercício anterior apesar das chuvas atípicas que diminuíram os dias disponíveis para moagem. Esse aumento na moagem deve-se, principalmente, à incorporação da NovAmérica, ocorrida em junho de 2009. A Cosan finalizou esse exercício com 64,5% da colheita feita de forma mecanizada, em comparação a 50,8% no ano anterior. Do total de cana moída, 53,4% eram provenientes de terceiros.

As chuvas excessivas também foram responsáveis pela diminuição de 6,6% da quantidade de ATR obtido, atingindo, no acumulado, apenas 129,8kg / ton de cana, o que possibilitou uma produção de 2,5 milhões de toneladas de açúcar bruto e 1,0 milhão de toneladas de açúcar branco, além de 1,8 bilhão de litros de etanol, sendo 1,2 bilhão de etanol hidratado e 0,6 bilhão de anidro, um incremento de 29,4% e uma queda de 15,1%, respectivamente.

Cabe ressaltar que o ATR descrito acima é o ATR medido em laboratório na entrada da cana-de-açúcar na usina, enquanto que o ATR médio do Centro Sul apresentado pela UNICA é calculado com base na conversão estequiométrica dos produtos. Utilizando a mesma metodologia da UNICA, o ATR médio da Cosan no exercício 2009/10, foi de 136,58 kg / ton de cana.

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C. Performance Operacional

O exercício social de 2010 apresenta diferenças na forma de se analisar os resultados operacionais da Cosan quando comparado ao exercício social 2009. Dentre elas vale destacar:

(i) Em função da alteração do exercício social 2009 para 31 de março, o FY’09 é composto de apenas 11 meses - o intervalo de maio de 2008 a março de 2009 -, enquanto que o FY’10 compreende 12 meses - abril de 2009 a março de 2010;

(ii) A depreciação apresentada nos demonstrativos e análises do resultado do FY’09 teve seu critério alterado para este exercício social, refletindo a depreciação contida no CPV (Custo dos Produtos Vendidos) e nas despesas operacionais (SG&A), ao contrário do exercício anterior, onde a depreciação estava demonstrada com base na produção, ou seja, pela entrada na produção dos bens e serviços prestados, além da depreciação apurada nas despesas operacionais. Vale ressaltar que a depreciação contida nas despesas operacionais não sofreu alteração de critério, somente a depreciação produtiva;

(iii) A CCL somente começou a ser consolidada em Dezembro de 2008, portanto os números de CCL apresentados para o 4T’09 e FY’09 compreendem somente os resultados para os meses de fevereiro a março de 2009 e de dezembro de 2008 a março de 2009, respectivamente;

(iv) Em junho de 2009, foi vendido o negócio de distribuição de combustível de aviação, portanto os números a partir do 2T’10 não incluem os resultados deste negócio;

(v) Os resultados de NovAmérica passaram a ser consolidados a partir de junho de 2009, data de sua incorporação pela Cosan S.A.

EBITDA por Unidade de Negócio

EBITDA (R$ MM) - FY'10 CAA Rumo CCL Total*Receita Operacional Líquida 5.380,1 158,2 10.145,1 15.336,1 (-) CPV & Custo de Serv. Prestados (4.068,0) (115,5) (9.374,6) (13.210,7) (=) Lucro Bruto 1.312,1 42,7 770,5 2.125,4 Margem Bruta 24,4% 27,0% 7,6% 13,9%

(-) Despesa com Vendas (464,5) - (400,1) (864,6) (-) Despesas Gerais e Administrativas (386,3) (18,1) (92,7) (497,2) (±) Outras Receitas Operacionais 312,2 4,0 16,9 333,1 (+) Depreciação e Amortização 584,7 14,2 37,5 636,3 (=) EBITDA 1.358,3 42,8 332,0 1.733,1 Margem de EBITDA 25,2% 27,0% 3,3% 11,3%

(=) EBITDAH 1.689,2 41,8 332,0 2.063,0 Margem de EBITDAH 29,6% 26,4% 3,3% 13,5%

* Total considera os efeitos de eliminações de consolidação

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Receita Líquida

4T'09 4T'10 Composição das Vendas (R$MM) FY'09 FY'102.349,8 4.394,1 Receita Operacional Líquida 6.270,1 15.336,1

853,7 1.850,2 CAA 3.129,6 5.380,1 502,4 1.215,5 � Vendas de Açúcar - CAA 1.805,1 3.377,8 64,1 347,7 Mercado Interno 233,8 1.062,3

438,2 867,8 Mercado Externo 1.571,3 2.315,5 337,5 602,1 � Vendas de Etanol - CAA 1.176,0 1.747,6 257,8 549,7 Mercado Interno 775,1 1.325,9

79,8 52,4 Mercado Externo 401,0 421,8 3,6 5,7 � Cogeração de Energia - CAA 15,1 92,4

10,3 26,8 � Outros Produtos e Serviços - CAA 133,4 162,2 9,7 38,3 Rumo 53,9 158,2 9,7 24,9 � Elevação 53,9 142,1 - 13,4 � Transporte - 16,1

1.505,7 2.588,7 CCL 3.106,0 10.145,1 1.393,7 2.401,6 � Vendas de Combustível - CCL 2.893,9 9.437,3

106,3 170,4 Etanol 220,6 757,0 594,6 1.208,6 Gasolina 1.267,0 4.111,0

588,1 999,3 Diesel 1.156,3 4.338,5

104,7 23,3 Outros 250,0 230,9 98,2 168,9 � Vendas de Lubrificantes - CCL 186,4 634,0 13,8 18,1 � Outros Produtos e Serviços - CCL 25,8 73,7

(19,3) (83,0) Eliminações de Consolidação (19,3) (347,4)

A receita líquida atingiu R$15,3 bilhões no FY’10, comparado a R$6,3 bilhões no ano anterior. A maior contribuição para esse aumento veio da CCL, com receita de R$10,1 bilhões no período, representando 66,2% do faturamento líquido. Além disso, a incorporação da NovAmérica, os melhores preços do açúcar e a entrada em operação de projetos de cogeração alavancaram a receita da CAA, que cresceu 71,9%, para R$5,4 bilhões.

Receita Operacional Líquida (R$ MM)

1.505,7

2.588,7

1.850,2853,7

38,3

9,7

(83,0)

4Q'09 4Q'10

CAA Rumo CCL Eliminations from Consolidation

5.380,13.129,6

158,2

53,9

10.145,1

3.106,0

(347,4)(19,3)

FY'09 FY'10

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(19,3)

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Venda de Açúcar - CAA

As vendas de Açúcar totalizaram neste ano fiscal R$3,4 bilhões um crescimento de 87,1% com relação ao ano anterior. Os principais fatores que contribuíram para o aumento de R$ 1,6 bilhão foram:

⇒ Preços recordes no mercado internacional e doméstico, 28,9% e 54,4%, superiores ao exercício anterior, que contribuíram com ganhos de receita de R$453,5 milhões e R$127,3 milhões, respectivamente;

⇒ O maior volume de açúcar vendido, responsável por uma receita adicional de R$640,5 milhões. Este incremento de volume foi resultado da (i) incorporação da NovAmérica, (ii) mudança de mix para priorizar o açúcar, (iii) redução no nível do estoque de passagem e (iv) do efeito de comparação com o ano anterior, que teve apenas 11 meses.

Açúcar

Volume (Mil tons) e Preço Médio Unitário (R$/ton)

280,1631,7

877,7

79,6

4T'09 4T'10

MI ME

358,5 1.054,7

3.079,9

2.693,2

FY'09 FY'10

7061050

592817

Preço Médio

711,3

1.157,83.051,7

4.134,6

Os estoques de açúcar terminaram este exercício social 49,0% abaixo do ano anterior, refletindo a estratégia comercial adotada para aproveitar os altos preços do produto no último trimestre.

Estoques de Açúcar

4T'09 4T'10000 ton 266,4 135,8 R$'MM 109,3 93,6 R$/ton 410 689

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Vendas de Etanol - CAA

A receita de etanol no FY’10 totalizou R$1,7 bilhão, apresentando um crescimento de 48,6% quando comparada ao ano anterior. Podemos destacar, a seguir, os principais fatores que elevaram a receita em R$ 571,6 milhões:

⇒ Ganhos de R$513,2 milhões decorrentes do aumento do volume de etanol vendido em função da: (i) incorporação das usinas da NovAmérica; (ii) redução dos estoques de passagem aproveitando os altos preços desta entressafra e; (iii) do efeito de comparabilidade com o FY’09, que teve apenas 11 meses;

⇒ Ganhos de R$40,7 milhões, devido ao aumento de 13,9% no preço médio do mercado doméstico, apesar dos preços 18,3% inferiores no mercado internacional;

⇒ Perdas de R$78,0 milhões devido ao efeito das vendas no mercado externo, que apresentou preços médios mais baixos que o mercado doméstico.

Etanol

Volume (Milhões de litros) e Preço Médio Unitário (R$/mil litros)

513,7353,2

47,283,5

4T'09 4T'10

MI ME

1.038,71.559,7

456,4

587,9

FY'09 FY'10

773

1073

Preço Médio

787 814

436,8560,9

1.495,1

2.147,5

Os estoques de etanol, 76,2% menores que no ano anterior, refletindo a estratégia comercial de vender a preços elevados no período de entressafra (4T’10).

Estoques de Etanol

4T'09 4T'10000 m³ 287,2 68,2 R$'MM 201,0 56,2 R$/m³ 700 824

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Co-geração de energia - CAA

A receita de energia totalizou R$92,4 milhões com a evolução do plano de investimento em co-geração, que ainda deve continuar crescendo fortemente ao longo dos próximos anos. Neste ano, as unidades Serra, Gasa, Costa Pinto, Rafard, Tarumã e Maracaí entregaram energia conforme contratos de venda de energia bilaterais e/ou em leilões, totalizando o volume vendido de 596 mil MWh, com preço médio de R$141,6/MWh.

Energia Elétrica

Volume (‘000 MWh) e Preço Médio Unitário (R$/MWh)

33.0

4T'10

Energia

596.0

FY'10

Preço Médio

142147

Outros Produtos e Serviços - CAA

Mesmo após a segregação das receitas de elevação portuária e venda de energia da conta de outros produtos e serviços da CAA, ainda foi registrado um aumento de 21% em Outros Produtos e Serviços, conseqüência principalmente das vendas de melaço, óleo fúsel e cana-de-açúcar.

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Rumo

No FY’10, a Rumo finalizou o primeiro ano de operação conjunta de seus dois terminais (Cosan Portuária e Teaçú) e iniciou suas operações de transporte através de contrato em parceria com a ALL, apresentando uma receita de R$158,2 milhões. O volume de elevação cresceu 133,5% na comparação com o exercício anterior, saltando de 3,5 milhões de toneladas para 8,1 milhões - deste volume, a Cosan representou 2,8 milhões de toneladas, equivalente a 34,6% do total elevado. Esse crescimento ocorreu devido à incorporação do Teaçú, em abril de 2009, antigo terminal da NovAmérica e ao aumento de produtividade em função de sinergias e foco na melhoria dos processos operacionais.

O preço médio de elevação aumentou 13,0% comparado com o preço médio do exercício anterior, chegando ao preço líquido de R$17,5 por tonelada em 2010.

No 4T’10, o contrato de transporte assinado com a ALL tornou-se válido e exeqüível, gerando uma receita adicional de R$16,1 milhões nestes 3 meses.

Elevação

Volume (Mil tons) e Preço Médio Unitário (R$/ton)

1.292,0

538,9

4T'09 4T'10

Elevação

3.478,8

8.124,0

FY'09 FY'10

18,0 19,2

Preço Médio

15,5 17,5

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Vendas de Combustíveis - CCL

A Receita Líquida da CCL somou R$10,1 bilhões no FY’10, 226,6% superior ao exercício social anterior em razão da consolidação de apenas 4 meses de CCL no FY’09, conforme mencionado anteriormente. A receita no segmento de combustíveis totalizou R$ 9,4 bilhões, um crescimento de 226,1% com relação ao ano anterior. Os principais fatores que impactaram a receita líquida de combustíveis no FY’10:

⇒ O volume vendido de etanol, que somou 803,2 milhões de litros, refletiu o licenciamento recorde de veículos novos no período de abril de 2009 a março de 2010, dos quais 88% são flex;

⇒ Aumento do preço de etanol na entressafra que, além de beneficiar a receita líquida de etanol hidratado, também aumentou o volume vendido de gasolina, ao ultrapassar a paridade de 70% em muitos estados do Brasil, fazendo parte dos proprietários de carros flex deixar de abastecer com etanol e voltar a utilizar gasolina, que apresenta preço mais elevado que dos outros combustíveis (preço médio de R$2.207/m3 no FY’10 e comparado a R$942/m3);

⇒ Conquista de novos clientes corporativos, que foram responsáveis por um volume adicional de 210 milhões de litros de Diesel no FY’10, além do volume vendido para a CAA.

Combustíveis

Volume (Milhões de litros) e Preço Médio Unitário (R$/mil litros)

118,0 229,3 147,6272,8

494,2 538,0313,1

602,3699,832,1

112,9

36,7

4T'09 3T'10 4T'10

Etanol Gasolina Diesel Outros

803,2245,5

1.863,0

581,8

2.549,9

615,3238,6

274,5

FY'09 FY'10

1.706 1.738 1.819 1.721 1.719

816,8 1.681,2

5.490,6

Preço Médio

1.460,0 1.320,0

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Vendas de Lubrificantes – CCL

As vendas de R$634 milhões no negócio de lubrificantes são resultando de um mix de vendas com maior participação de produtos de maior valor agregado e de aumento de market share.

Lubrificantes

Volume (Milhões de litros) e Preço Médio Unitário (R$/mil litros)

4T'09 3T'10 4T'10

Volume

FY'09 FY'10

5.2134.680 4.694

Preço Médio

5.4334.848

18,836,0

34,3

130,8

30,7

Estoques de CCL

(Inclui Combustíveis e Lubrificantes)

4T'09 4T'10000 m³ 138,5 137,5 R$'MM 274,4 266,5 R$/m³ 1.981 1.938

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Custo dos Produtos Vendidos

O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) totalizou R$13,2 bilhões, em comparação a R$5,5 bilhões no exercício anterior. Este grande incremento reflete a consolidação de 12 meses da distribuição de combustíveis e lubrificantes, que contribuíram com R$ 9,4 bilhões para o CPV no ano, comparado com R$2,9 bilhões no ano anterior, quando foram consolidados apenas 4 meses desta unidade de negócios. Em adição, o CPV da CAA aumentou 60,5%, tendo como principais fatores o aumento do volume comercializado, a atividade de originação de açúcar, maior custo de cana de terceiros, quebra de safra e o menor ATR obtido, estes dois últimos devido às chuvas atípicas durante a safra.

4T'09 4T'10 CPV por Produto FY'09 FY'10(2.109,9) (3.620,3) Custo dos Produtos Vendidos (R$MM) (5.470,7) (13.210,7)

(715,9) (1.296,9) CAA (2.533,8) (4.068,0) (343,1) (687,1) Açúcar (1.313,1) (2.116,2)

(353,1) (567,0) Etanol (1.088,9) (1.745,5)

(19,7) (42,8) Outros Produtos e Serviços - CAA (131,9) (206,4) (8,3) (24,6) Rumo (40,1) (115,5)

(1.405,0) (2.381,8) CCL (2.916,1) (9.374,6) 19,3 83,0 Eliminações de Consolidação 19,3 347,4

Custos Médios Unitários482 593 Custo do Açúcar (R$/ton) 430 512 808 1.011 Custo do Etanol (R$/mil litros) 728 813

1.681 1.757 CCL (R$/mil litros) 1.700 1.668

CAA

O custo de produtos vendidos e serviços prestados somaram R$4,1 bilhões, acompanhando o crescimento das vendas de açúcar e etanol e refletindo a incorporação da NovAmérica, além de terem sido fortemente impactados pelo aumento de preço do ATR (reflexo do aumento de preços do açúcar no mercado doméstico e internacional) e pelo menor ATR obtido, principalmente causados pelas condições climáticas adversas apresentadas ao longo desta safra.

O aumento de R$1,5 bilhão, resultado do incremento de 19,1% nos custos unitários médios de açúcar e 11,6% nos de etanol, estão detalhados abaixo:

⇒ O aumento da atividade de originação de açúcar, caracterizada pela compra de matéria prima para refino e produto acabado para posterior revenda e distribuição no mercado doméstico, atividade historicamente realizada pela NovAmérica, que possui margens mais baixas, teve um impacto de R$61 milhões;

⇒ Aumento de 25,5% no valor médio do ATR calculado pelo Consecana, que passou de R$0,2782/kg de ATR para R$0,3492/kg de ATR, acarretando num maior custo de arrendamentos de terra e de cana de fornecedores, totalizando um custo adicional de aproximadamente R$260 milhões neste ano fiscal;

⇒ O efeito da menor concentração de sacarose na cana-de-açúcar (ATR), que passou de 139,0kg / tonelada de cana para 129,8kg/ton, superou os ganhos de eficiência nos processos de mecanização da colheita, o que também gerou um custo adicional líquido de R$180 milhões;

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⇒ O clima desfavorável com excesso de chuvas fez com que a safra tivesse menos dias efetivos de moagem de cana, conseqüentemente 3,3 milhões de toneladas de cana que esperavam ser processadas foram deixadas nos campos, causando um impacto na diluição dos custos fixos agrícolas (plantio, tratos e arrendamentos);

⇒ Apesar das dificuldades para a colheita encontradas nesta safra, o CCT (custos de corte, carregamento e transporte) não sofreu aumento beneficiado pelo CCT mecânico, que representou 64,5% da colheita total e apresenta custo R$6,25/tonelada de cana mais barato que o manual.

Rumo

O CPV da Rumo no FY’10 foi de R$115,5 milhões, incluindo custos de elevação portuária e custos da operação de transporte, este último formado pelos custos de transbordo, fretes ferroviários e rodoviários e pelo custo de armazenagem.

Na elevação, os custos variáveis da empresa são majoritariamente referentes a despesas com estiva, tarifas portuárias e energia elétrica, enquanto os custos fixos referem-se a mão de obra operacional, aluguel de equipamentos, arrendamento portuário e manutenção.

CCL

O custo médio verificado da CCL teve uma redução de R$32 / mil litros no FY’10, equivalente a 2% comparado com o FY’09. Essa redução reflete, principalmente, o menor preço do Diesel praticado pela Petrobrás e a redução do custo de lubrificantes, devido à apreciação do Real frente ao Dólar.

A redução no custo médio unitário acima citada ocorreu apesar do incremento do custo do etanol na entressafra, que afetou não apenas o custo do hidratado, como também o da gasolina C, devido à mistura obrigatória de etanol anidro. Adicionalmente, nos meses de fevereiro a abril de 2010, essa mistura foi reduzida de 25% para 20%, encarecendo ainda mais o custo da gasolina C.

Lucro Bruto

Com estes resultados, o FY’10 apresentou lucro bruto de R$2,1 bilhões, um aumento de 165,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, com margem de 13,9%. O etanol apresentou uma recuperação de margem ao longo da safra, até atingir o breakeven no final deste ano fiscal. Por outro lado, o açúcar apresentou margem positiva de 37,4%, beneficiando-se, em parte, pelos preços mais elevados no mercado internacional e da maior participação do açúcar vendido no mercado doméstico. Em adição, a margem bruta unitária da CCL teve um incremento de R$26/m3, atingindo R$137/m3.

4T'09 4T'10 Margem Bruta por Produto FY'09 FY'10Margem Bruta Unitária

224 456 Açúcar (R$/ton) 161 305 (36) 63 Etanol (R$/mil litros) 58 1 120 153 CCL (R$/mil litros) 111 137

% Margem Bruta/Receita Líquida31,7% 43,5% Açúcar 27,3% 37,4%-4,6% 5,8% Etanol 7,4% 0,1%14,8% 35,7% Rumo 25,6% 27,0%6,7% 8,0% CCL 6,1% 7,6%

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Despesas com Vendas

As despesas com vendas apresentaram um crescimento de 100,0% em relação ao ano anterior devido, principalmente, à incorporação da CCL, com despesas de R$400,1 milhões, e à incorporação da NovAmérica (R$91,4 milhões).

4T'09 4T'10 Despesas com Vendas FY'09 FY'10(101,5) (225,3) Despesas com Vendas (R$MM) (432,6) (864,6) (49,1) (120,6) CAA (317,8) (464,5)

- - Rumo - - (52,4) (104,7) CCL (114,7) (400,1)

CAA

Excluindo o efeito da incorporação da NovAmérica, as despesas com vendas da CAA no FY’10 apresentaram um aumento de 17,4%, atingindo R$373,1 milhões. Vale a pena destacar alguns dos principais fatores que contribuíram para este aumento:

⇒ O maior volume de açúcar exportado refletiu no crescimento de 14,4% nas despesas com frete e elevação;

⇒ Aumento de 28,8% no volume exportado de etanol, que elevou as despesas com vendas em R$11,5 milhões;

⇒ Algumas iniciativas ao longo do ano objetivaram a busca por maior eficiência na gestão de vendas no mercado doméstico como, por exemplo: a redução de comissões e bonificações no varejo, através da revisão de contratos e acordos comerciais no caso do açúcar e eliminação das contas menos rentáveis.

Rumo

Devido à natureza de seus negócios, a Rumo não apresenta Despesas de Vendas.

CCL

As despesas com vendas da CCL referem-se, principalmente, a salários e benefícios, frete de entrega de produto, manutenção, reparos, gastos ambientais e marketing. É importante ressaltar que este exercício social foi marcado pelos investimentos em marketing e em manutenção e reparos, buscando melhorar a imagem dos postos de serviço, aumentar a exposição da marca e dar mais visibilidade ao etanol.

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Despesas Gerais e Administrativas

As despesas gerais e administrativas de R$497,2 milhões, representando 3,2% das receitas líquidas do FY’10, apresentaram um aumento de 80,2% em relação aos R$275,9 milhões do FY’09, principalmente pela entrada de NovAmérica (R$23,7 milhões), 12 meses das despesas de CCL (R$92,7 milhões), e incorporação do Teaçú na Rumo.

4T'09 4T'10 Despesas Gerais e Administrativas FY'09 FY'10(78,2) (173,7) Despesas G&A (R$MM) (275,9) (497,2) (62,0) (131,5) CAA (245,4) (386,3)

0,2 (5,8) Rumo (5,7) (18,1) (16,4) (36,5) CCL (24,8) (92,7)

CAA

As despesas gerais e administrativas de R$386,3 milhões no FY’10 tiveram um aumento de 57,4% em relação ao ano anterior, principalmente pela entrada da NovAmérica. A integração dos sistemas da NovAmérica ocorreu apenas na metade do último trimestre deste ano fiscal, portanto os seus efeitos começarão a ser refletidos a partir do primeiro trimestre do ano fiscal de 2011. Com a exclusão dos efeitos de NovAmérica, o crescimento nas despesas foi de 47,8%, que pode ser explicado pelos seguintes fatores:

⇒ Aumento de aproximadamente R$42,0 milhões referentes ao provisionamento de bônus dos funcionários e administradores;

⇒ Aproximadamente R$20,0 milhões provenientes de maiores gastos com serviços de consultoria, tendo em vista a execução de novos projetos, como a implementação do modelo EVA, diversos desenvolvimentos de TI e a implantação do Centro de Apoio aos Negócios – CAN, não recorrentes.

⇒ Aproximadamente R$11,0 milhões em função de incremento de dissídio e outras despesas gerais, como hospedagem e viagens, principalmente devido à atual dispersão geográfica dos escritórios administrativos do grupo;

⇒ Multa de R$3,5 milhões referente ao pagamento para a ANEEL em função de quebra de contrato de fornecimento de energia elétrica na Unidade Paraúna.

Rumo

Na Rumo, as despesas gerais e administrativas da Rumo somaram R$18,1 milhões no FY’10, sendo compostas principalmente por despesas referentes a salários e benefícios, segurança, seguros e consultorias.

CCL

No FY’10, as despesas gerais e administrativas da CCL somaram R$92,7 milhões, sendo impactadas negativamente por: (i) gastos não recorrentes de R$6,7 milhões referentes a adequações para transição para o CAN; (ii) adicionais R$5,0 milhões de provisionamento para pagamento de PLR e bônus e (iii) R$1,2 milhão referentes a constituição de provisão para demandas judiciais.

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EBITDA

Com esses resultados, a Cosan atingiu um EBITDA recorde de R$1,7 bilhão no FY’10, 86,3% superior ao seu melhor EBITDA histórico, de R$930milhões no FY’07. Desse total, a CAA contribuiu com R$1,4 bilhão, 106,5% superior a seu EBITDA do FY’09, enquanto a CCL colaborou com R$332,0 milhões e a Rumo com R$42,8 milhões. Mesmo excluindo-se os efeitos não-recorrentes da adesão ao Refis e da venda do negócio de combustível de aviação, o EBITDA da Companhia mantém-se em seu maior patamar histórico, de R$1,4 bilhão.

4T'09 4T'10 EBITDA FY'09 FY'10165,9 575,9 EBITDA (R$MM) 718,0 1.733,1 7,1% 13,1% Margem 11,5% 11,3%

121,9 477,7 ���� CAA 628,7 1.358,3 14,1% 25,3% Margem 19,8% 25,2%

5,8 13,5 ���� Rumo 24,7 42,8 60,3% 35,3% Margem 46,0% 27,0%

38,1 84,6 ���� CCL 64,5 332,0 2,5% 3,3% Margem 2,1% 3,3%

CAA

As depreciações e amortizações de R$584,7 milhões, 43,1% maiores que as registradas no FY’09 (R$408,6 milhões), resultam do forte plano de investimentos que está sendo implementado com o objetivo de aumentar as eficiências de produção através da mecanização agrícola, co-geração e melhorias industriais, além dos investimentos feitos em crescimento da capacidade de moagem em unidades novas (greenfields). Assim, excluindo-se esse efeito não-caixa dos custos e despesas operacionais, a CAA apresentou um EBITDA de R$1,4 bilhão, cabendo ressaltar os seguintes principais impactos:

⇒ Adesão ao Programa de Refis, com efeito positivo de R$270,3 milhões, conforme explicado a seguir, na seção F;

⇒ Receita não operacional proveniente de ganho de capital de R$93,1 milhões referente à venda do negócio de combustíveis de Aviação. Em dezembro de 2008, a Cosan S.A. adquiriu a CCL através de sua controlada Cosanpar Participações. Em junho de 2009, a Cosanpar vendeu o negócio de combustível de aviação à Shell, recebendo R$115,6 milhões por estes ativos. A diferença entre esse valor e o montante do ativo imobilizado no balanço da Cosanpar referente ao negócio de aviação foi contabilizada como outras receitas operacionais, beneficiando o EBITDA conforme detalhado em cartas anteriores.

⇒ Despesas não operacionais de R$29,9 milhões referentes à incorporação do Teaçu Armazéns Gerais S.A.

Rumo

O EBITDA da Rumo foi de R$42,8 milhões no FY’10, apresentando uma margem EBITDA de 27,0%. Cabe destacar que a empresa registrou Outras Receitas Operacionais no valor de R$9,4 milhões referentes a dispatch/demurrage, take or pay e serviços de

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armazenagem, que foram parcialmente compensados por uma despesa não operacional extraordinária de R$5,4 milhões referentes a ajustes contábeis quando da incorporação do Teaçú. A depreciação no período foi de R$14,2 milhões.

CCL

Excluindo-se o efeito não-caixa da depreciação, de R$37,5 milhões, a CCL apresentou um EBITDA de R$332,0 milhões no FY’10, com margem de R$59/mil litros, ou 3,3%, comparado a 2,1% no período anterior, resultado do crescimento dos volumes de venda de Diesel, etanol e gasolina, aumento nas margens unitárias de gasolina, Diesel e lubrificantes e da captura de sinergias logísticas trazidas pela integração com a CAA.

Resultado Financeiro

O resultado financeiro líquido no FY’10 foi positivo em R$420,4 milhões, comparado com um resultado negativo de R$817,4 milhões no ano anterior, tendo como principal efeito o impacto cambial sobre o endividamento em dólar, positivo em R$559,0 milhões no FY’10 e negativo em R$573,7 milhões no FY’09.

O efeito cambial deve-se, principalmente, aos reflexos da valorização do dólar norte-americano contra a moeda local, de 37% no FY’09 (R$1,6872/US$ x R$2,3152/US$) e efeito contrário no FY’10, com desvalorização de 23,1% do dólar comparado ao Real (R$2,3152/US$ x R$1,7810/US$). O saldo da dívida em moeda estrangeira também vem aumentando nos últimos anos, sendo equivalente a R$1,6 bilhão, R$2,3 bilhões e R$3,6 bilhões no FY’08, FY’09 e FY’10, respectivamente.

Os Encargos da Dívida Bruta totalizaram R$414,3 milhões no FY’10, comparado com R$244,5 milhões no ano anterior. Esse aumento é resultado principalmente do aumento no endividamento, pela incorporação da Cosan Alimentos (antiga NovAmérica), e do endividamento tomado para a compra da CCL ter impactado apenas quatro meses do FY’09.

4T'09 4T'10 Financeiras, Líquidas (R$MM) FY'09 FY'10(68,3) (101,5) Encargos da Dívida Bruta (244,5) (414,3)

9,6 10,8 Rendimentos de Aplicações Financeiras 64,6 52,5 (58,7) (90,7) (=) Sub-total: Juros da Dívida Líquida (179,9) (361,8)

4,7 (27,9) Outros juros e variações monetárias (90,8) (116,6) 5,2 (70,0) Variação Cambial (573,7) 559,0

(125,4) 168,8 Ganhos (Perdas) com Derivativos 47,7 330,9 (19,1) 6,0 Outros (20,7) 8,8

(193,4) (13,7) (=) Financeiras, Líquidas (817,4) 420,4

A posição de volumes e preços de açúcar fixados com tradings ou via instrumentos financeiros derivativos em 31 de março de 2010, assim como os contratos de derivativos de câmbio, contratados com o propósito de proteção dos fluxos de caixa futuros da Companhia, são como segue:

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Sumário das Operações de Hedge* em 31/03/2010:2010/11 2011/12

SugarNY#11

Volume (mil toneladas) 1.659,4 512,7 Preço Médio (¢US$/lb) 20,3 17,9

London #5Volume (mil toneladas) 79,0 -

Preço Médio (US$/ton) 622,1 -

CâmbioUS$

Volume (US$ milhões) 472,3 170,0 Preço Médio (R$/US$) 1,99 2,03

Nota: Para o açúcar, as opções são consideradas hedge quando "in the money". Para os derivativos de Câmbio, é considerada a exposição pelo Delta, esteja "in the money" ou não.

Exercício Social

EBITDAH

O EBITDAH do exercício foi de R$2,1 bilhões contra R$1,7 bilhão apresentado no EBITDA antes do efeito de hedge. Conforme gráfico a seguir, o resultado líquido com derivativos foi positivo em R$330,9 milhões no FY’10, comparado com um resultado também positivo de R$47,7 milhões no FY’09. O resultado com derivativos de câmbio foi de R$517,2 milhões no FY’10, o que contribuiu para reduzir o impacto negativo gerado pela desvalorização do dólar que impactou a receita de vendas denominada nessa moeda. Os derivativos de commodities geraram uma perda no FY’10 de R$186,2 milhões, comparada com um ganho de R$64,0 milhões no ano anterior, refletindo a recuperação dos preços internacionais de açúcar verificados na maior parte do exercício de 2010.

EBITDAH (R$ MM)

744,7217,8575,9

EBITDA HedgeCâmbio

HedgeCommodity

EBITDAH

(49,0)

2.064,01.733,1

517,2

EBITDA HedgeCâmbio

HedgeCommodity

EBITDAH

(186,2)

4T'10 FY'10

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Abaixo a composição do EBITDAH por segmento de negócio:

4T'09 4T'10 EBITDAH FY'09 FY'1040,4 744,7 EBITDAH (R$MM) 765,7 2.064,0 1,8% 16,3% Margem 12,1% 13,2%(3,5) 646,6 ���� CAA 676,4 1.689,2

-0,5% 32,0% Margem 21,3% 29,6%

24,7 13,5 ���� Rumo 24,7 41,8 - 35,3% Margem - 26,6%

38,1 84,6 ���� CCL 64,5 332,0 2,5% 3,3% Margem 2,1% 3,3%

Lucro Líquido

A Cosan finalizou o FY’10 com lucro líquido de R$986,5 milhões, comparado com um prejuízo de R$473,8 milhões do ano anterior. Além dos reflexos positivos pelo aumento de preços e volumes em todos os segmentos de negócio, refletido no aumento de R$1,3 bilhão na margem bruta, esse lucro líquido também foi favorecido pelos impactos positivos de variação cambial sobre a dívida denominada em dólar e do impacto positivo pela adesão ao Refis.

Lucro Líquido (R$ MM)

(40,2)

308,7

4T'09 4T'10

986,5

(473,8)

FY'09 FY'104T'10 FY'104T'09

D. Situação Financeira A dívida financeira bruta, excluindo a Resolução 24711, totalizou R$5,3 bilhões no final do FY’10, um aumento de 42% em relação aos R$3,7 bilhões no FY’09 e apenas 3,3% superior ao endividamento de R$5,2 bilhões existente no final do 3T’10.

Em novembro de 2009, foram realizadas diversas operações para modificar o perfil de endividamento da Companhia, dentre as quais podemos citar o pagamento da totalidade das Notas Promissórias, das Senior Notes 2009, Cédulas de Crédito Bancário e Debêntures, as duas últimas advindas da aquisição da NovAmérica e a contratação de (i) US$ 430 milhões em Pré-pagamento de exportações com duration de 5 anos, (ii) US$ 100 milhões em Notas de Crédito a Exportação (NCE) com prazo de 3 anos, (iii) R$ 300 milhões

1 Conforme divulgado na nota explicativa 13 das demonstrações financeiras, essa dívida da Resolução 2471

possui um lastro de certificados do Tesouro Nacional adquiridos pela Companhia e registrados no ativo

circulante e não circulante. Por essa razão, não consideramos essa dívida na análise de endividamento.

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em Cédula de Crédito a Exportação (CCE) com duration de 2 anos e, finalmente, (iv) a liberação, pelo BNDES, de parte dos recursos de Jataí e Gasa.

No 4T’10, a Companhia optou por pré-pagar o financiamento de R$90 milhões junto ao IFC devido ao elevado custo desse financiamento, pois uma parcela deste estava vinculada à geração de caixa operacional do grupo. Além disso, houve a liberação de novos financiamentos já contratados com o BNDES, de R$123,4 milhões, assim como a contratação de aproximadamente R$100,0 milhões adicionais em recursos do FINAME para a compra de máquinas e equipamentos. No 4T’10 a linha ‘Proinfa’ foi reclassificada para a rubrica BNDES. Em adição, projetos que somam aproximadamente R$40 milhões incluídos anteriormente na linha FINAME também foram reclassificados para a linha BNDES.

Dívida por Tipo (R$MM) FY'09 3T'10 4T'10 % CP Var.2.334,9 3.415,8 3.622,5 206,6

Bônus Perpétuos 1.054,1 792,8 810,9 1,2% 18,12 Senior Notes 2017 936,7 716,7 720,6 1,1% 3,91 Senior Notes 2009 86,5 - - 0,0% - Senior Notes 2014 - 632,3 631,2 1,2% (1,01) IFC 114,3 90,9 - 0,0% (90,94) Adiant. de Contratos de Câmbio 143,3 223,2 296,4 100,0% 73,19 Pré-pagamento de Exportações - 960,0 980,5 20,5% 20,51 Notas de Créditos - - 182,8 2,6% 182,83 Moeda Local 1.420,1 1.749,0 1.711,4 (37,69) Notas Promissórias 1.162,0 - - 0,0% - BNDES 230,5 844,8 1.057,8 8,2% 213,00 Finame 44,7 156,1 201,1 16,0% 45,02 Capital de Giro 25,2 20,0 19,5 23,1% (0,54) Conta Garantida 0,1 42,0 36,8 100,0% (5,19) Cédula de Crédito Bancário - 121,1 - 0,0% (121,06) Notas de Créditos - 510,5 378,7 20,8% (131,75) CDCA - 60,2 61,4 51,2% 1,26 PROINFA - 42,2 - 0,0% (42,16) Despesas de Colocação de Títulos (42,4) (47,7) (44,0) 35,6% 3,73 Endividamento Bruto 3.755,0 5.164,9 5.333,8 14,9% 168,92 Disponib. e Aplic. Financeiras 719,4 864,1 1.078,4 214,29 Dívida Líquida 3.035,6 4.300,8 4.255,4 (45,37)

Moeda Estrangeira

No final do FY’10 os recursos em caixa da Cosan totalizaram R$1,1 bilhão, reduzindo o seu endividamento líquido para R$4,3 bilhões ou 2,4 vezes o EBITDA dos últimos 12 meses. Esse EBITDA é calculado utilizando os últimos 12 meses de CAA e CCL mais o EBITDA de 10 meses da NovAmérica anualizado.

E. Investimentos O fluxo de investimentos da Cosan totalizou R$1,8 bilhão no FY’10, com um Capex de R$1,9 bilhão composto principalmente de investimentos nos greenfields, projetos de cogeração, plantio e manutenção de entressafra. Este fluxo de investimentos é reduzido pela venda do negócio de combustível de aviação, que totalizou R$115,5 milhões.

O Capex consolidado do FY’10 é 43,1% superior ao do ano anterior, principalmente em razão da inclusão dos ativos da NovAmérica, da realização de investimentos de R$143,8M pela Rumo, da retomada do plantio a níveis históricos da empresa e por consolidar os 12 meses de CCL, comparado com 4 meses em FY’09.

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4T'09 4T'10 Capex(R$MM) FY'09 FY'10167,2 307,8 CAA - Capex Operacional 553,7 722,5 22,0 47,3 ���� Plantio do Período 118,9 211,9 84,3 197,7 ���� Manutenção de entressafra 144,4 260,9

* 22,3 ���� SSMA & Prevenção * 45,0 * 30,5 ���� Mecanização * 30,5

61,0 10,1 ���� Projetos CAA 290,4 174,2 160,9 245,7 CAA - Capex de Expansão 781,2 972,0 53,4 112,0 ���� Projetos de Co-geração 325,8 376,4

107,5 46,1 ���� Greenfield 455,4 462,2 * 87,5 ���� Expansão * 133,4

328,1 553,5 CAA - Capex Total 1.334,8 1.694,5 6,4 48,1 CCL 11,3 87,8 - 143,8 Rumo - 143,8

334,6 745,4 (=) Capex Consolidado Cosan 1.346,1 1.926,1 227,7 30,7 ���� Investimentos 1.823,6 16,0

(372,1) (5,3) ���� Cx. Recebido na Venda de At. Perm. (372,1) (126,2) 190,3 770,8 (=) Fluxo de Investimentos 2.797,6 1.815,9

*informação não disponível para o FY’09, investimentos anteriormente incluídos na linha Projetos CAA

CAA

No FY’10, a Companhia retornou seus investimentos em plantio a níveis históricos, totalizando R$211,9 milhões. No período, foram plantados 53,6 mil hectares, comparado a 28,1 mil hectares no FY’09. O preparo das terras em áreas ainda não plantadas também está incluso nesta linha.

Os investimentos em manutenção de entressafra para o período somaram R$260,9 milhões, principalmente devido à adição das unidades da NovAmérica e aos reflexos do menor período de entressafra, o que aumentou a necessidade de contratação de serviços terceirizados.

A partir desta divulgação, os investimentos em Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) e Prevenção, que somaram R$45,0 milhões no período, serão apresentados de forma segregada, buscando destacar os investimentos que estão sendo feitos em nossas unidades para obtenção de ganhos de eficiência.

Neste exercício social, a Companhia investiu R$30,5 milhões em mecanização, atingindo 64,5% da colheita mecanizada.

Os projetos diversos da CAA consumiram R$174,2 milhões e são compostos principalmente de investimentos nas áreas industrial e agrícola, buscando aumentar a produtividade e eficiência das unidades da Companhia.

Os investimentos em co-geração de energia foram de R$376,4 milhões no período, 15,5% superiores ao mesmo período do exercício anterior, refletindo a finalização de alguns projetos (Copi, Gasa, Rafard), a entrada em operação durante essa safra de 2 grandes projetos (Barra e Bonfim) e o início das obras em algumas unidades.

O Capex para os projetos greenfield da Cosan foi de R$462,2 milhões no período, associado à fase de conclusão dos projetos Jataí (GO) e Caarapó (MS).

Os projetos de expansão somaram R$133,4 milhões, referindo-se à expansão das fábricas de açúcar das unidades Costa Pinto, Gasa, Bonfim, Barra, Tamoio, Ipaussu e Junqueira,

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aumentando a capacidade de produção da Companhia em, aproximadamente 400 mil toneladas por ano.

Em junho de 2009, a Companhia concluiu a aquisição da NovAmérica, conforme informado na seção G, Fatos Relevantes.

Rumo

No último trimestre do exercício social 2010, a Rumo deu início a seus investimentos para a aquisição de vagões e locomotivas, totalizando R$143,8 milhões no FY’10, financiados através de linha de financiamento do BNDES.

CCL

No FY’10, o Capex da CCL reflete principalmente investimentos de R$87,8 milhões em benfeitorias em postos de serviço, ampliação, reformas de terminais. O aumento de R$76 milhões em comparação com o ano anterior é explicado pela visão do ano todo pela primeira vez no FY’10.

F. Efeitos do Programa de Parcelamento de

débitos Fiscais (“Refis”) A Companhia aderiu ao programa de parcelamento de débitos tributários instituído pelo Governo Brasileiro de acordo com a lei 11.941/09 e MP 470/09. No âmbito desses programas, a Cosan teve reduções em passivos tributários contingentes, principalmente relacionados as compensações de tributos e contribuições federais efetuadas com crédito prêmio de IPI e crédito de IPI sobre as aquisições de matéria-prima e insumos tributos a alíquota zero, isentos e não tributados, que geraram um benefício no exercício social 2010, reconhecido na rubrica de outras receitas operacionais, no valor de R$ 270,3 milhões. Adicionalmente, esse programa também permitiu que a empresa utilizasse créditos de prejuízos fiscais no montante de aproximadamente R$ 204 milhões para reduzir obrigações fiscais que antes estavam sendo objeto de disputa pela Companhia. Esse último benefício, apesar de não ter gerado reflexos no resultado sob o ponto de vista contábil, beneficiou a Companhia à medida que a utilização dos referidos créditos fiscais de imposto de renda são utilizados apenas à medida que a Companhia aufira lucro de acordo com critérios fiscais e limita-se à razão de 30% do mesmo em cada período anual.

G. Fatos Relevantes Em março de 2009, a Cosan anunciou sua associação com a NovAmérica Agroenergia

S.A. para a incorporação dos ativos relacionados à comercialização, logística, produção industrial de açúcar e álcool e cogeração de energia. No dia 18 de junho foi aprovada, em Assembléia Geral Extraordinária, a incorporação da Curupay, empresa resultante da reorganização societária da NovAmérica. Os ativos que a Cosan passou a deter são:

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quatro unidades produtoras de açúcar e álcool, a tradicional marca ”União”, líder em vendas de açúcar refinado no varejo brasileiro, duas refinarias de açúcar (Piedade e Tarumã), quatro empacotadoras de açúcar (Piedade, Tarumã, Sertãozinho e Araquari), 8% do Terminal Exportador de Álcool de Santos S.A. (“TEAS”) e 28,8% da Rumo Logística. Como resultado desta incorporação, a Cosan S.A. emitiu 44.300.389 novas ações, correspondente a 11,89% de seu novo capital social, que foram atribuídas à Rezende Barbosa, efetuando um aumento de capital de R$334,2 milhões.

Em 04 de agosto de 2009 a CCL Finance Limited (“CCL Finance”), subsidiária indireta da Cosan, concluiu a captação de recursos no exterior, através da emissão de Senior

Notes no valor total de US$350 milhões. O custo dessa emissão foi de 9,625% a.a., com cupom de juros de 9,5% a.a. As Senior Notes são garantidas pela CCL e o vencimento final é em agosto de 2014. Esta foi a primeira emissão de um bond corporativo de mercado emergente com rating BB- dado pela Fitch e S&P, reabrindo o mercado de High-Yield Companies após a crise financeira que congelou o mercado de crédito.

Em 15 de outubro de 2009, em continuidade ao processo de profissionalização da Companhia e alinhado às melhores práticas de governança corporativa, o Sr. Rubens O. Silveira Mello apresentou pedido de renúncia de seu cargo de Diretor Presidente da Cosan S.A., mantendo sua posição na presidência do Conselho de Administração, para dedicar-se integralmente à gestão estratégica da Companhia. A partir de 1º de novembro de 2009, o sr. Marcos Marinho Lutz, anteriormente Diretor Vice-Presidente Comercial e de Logística, assumiu a posição de Diretor Presidente.

Em 14 de setembro de 2009, a Cosan Limited alienou 10.000.000 bônus de subscrição, parte dos 54.993.482 bônus que haviam sido concedidos conforme aumento de capital realizado na Cosan S.A. em 10 de novembro de 2008.

No final de 2009, entraram em operação os projetos greenfield da Companhia. O primeiro, localizado na cidade de Jataí, em Goiás, possui capacidade de moagem de 4 milhões de toneladas, e é considerada uma das plantas mais modernas do Brasil e do mundo devido a seu alto nível de automação. Já Caarapó, o projeto greenfield que a Companhia assumiu na aquisição da NovAmerica, localizado em Mato Grosso do Sul, também entrou em operação nesse mesmo período, com capacidade de moagem de aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de cana.

No dia 24 de novembro, a Companhia adquiriu 26,7% de participação adicional no TEAS pelo valor de R$20 milhões, passando a deter 66,67% do capital social total e votante da referida sociedade.

No dia 24 de dezembro de 2009, a Rumo Logística enviou notificação à ALL – América Latina Logística S.A. dando eficácia a partir daquela data aos contratos celebrados entre as partes em Março de 2009 que passaram a ser válidos e exeqüíveis, com todos seus termos e condições, na forma pactuada pelas partes nos respectivos instrumentos. Estes Contratos têm por objeto o transporte pela ALL de açúcar a granel e outros derivados com a expansão da capacidade operacional das partes, através de investimentos no valor de aproximadamente R$ 1,2 bilhão, em via permanente, pátios, vagões, locomotivas e terminais a serem realizados pela Rumo.

Em 31 de dezembro de 2009, foi finalizado o período para exercício dos bônus de subscrição conferidos em aumento de capital realizado na Cosan S.A. em 10 de novembro de 2008. No total, foram exercidos 54.987.554 bônus, que aumentaram o

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capital social da Companhia em 32.992.531 novas ações. A Cosan Limited exerceu a totalidade dos bônus que possuía, subscrevendo 26.996.089 novas ações, que representaram um aumento de R$ 431.937.424,00 no capital da Cosan S.A.. Os demais acionistas foram responsáveis pelo exercício de bônus equivalentes a 5.996.442 novas ações, representando R$ 95.943.072,00.

Em dezembro, foi anunciada uma parceria entre a Cosan e a Amyris, visando à implantação da tecnologia dessa empresa em uma das usinas da Cosan para a produção de biocombustíveis com alto valor agregado. Com um investimento de até R$ 50 milhões, além de produzir açúcar e etanol, a unidade poderá também gerar farnaseno, um componente químico resultado da fermentação do caldo de cana com leveduras. A parceria ainda se encontra em fase de estudo de implantação e de obtenção de capital para investimento. Para a Cosan, o desenvolvimento de novas fontes renováveis de energia como os biocombustíveis, é estratégico e esse trabalho junto com a Amyris faz parte deste contexto.

Em 1º de fevereiro de 2010, a Cosan e Shell International Petroleum Company Ltd. assinaram um memorando de entendimentos não vinculante com prazo de exclusividade de 180 dias, com vistas a uma possível transação para a união de algumas de suas operações no Brasil (a “JV”). A Cosan contribuirá suas atividades de açúcar, etanol e co-geração de energia, distribuição e comercialização de combustíveis, os ativos de logística de etanol e a totalidade de sua participação societária em uma companhia de comercialização de etanol. Em contrapartida, a Shell contribuirá seus ativos de distribuição e comercialização de combustíveis (varejo e aviação) no Brasil e sua participação em empresas de pesquisa e desenvolvimento a partir da biomassa, inclusive de etanol. Adicionalmente, a Cosan transferirá para a JV, dívidas líquidas no valor de aproximadamente US$2.524 milhões e a Shell realizará, em até dois anos, aportes em dinheiro no valor aproximado de US$1.625 milhões e um aporte contingente estimado pela Cosan em US$300 milhões ao longo de um período de aproximadamente 5 anos, a título de contribuição adicional baseada em ganhos futuros da estrutura conjugada. A JV será possivelmente implementada através da criação de duas empresas: uma empresa de açúcar e etanol (upstream), que manterá o foco no negócio de açúcar, etanol e co-geração, recebendo os ativos relacionados a esse negócio; e outra empresa (downstream), que desenvolverá o negócio de distribuição e comercialização de combustíveis através de uma rede de aproximadamente 4.500 postos de combustíveis em todo o Brasil, consolidando-se como o terceiro maior distribuidor de combustíveis do país, com grande potencial de crescimento.

No dia 15 de março, a Companhia anunciou os principais executivos que irão liderar esta potencial Associação e que exercerão suas respectivas posições uma vez finalizadas as negociações e formalizada a Associação entre as partes. Vasco Dias, que era o Diretor Presidente da Shell Brasil, será o Diretor Presidente da Associação. Pedro Mizutani manterá suas responsabilidades atuais para a produção de açúcar e etanol e co-geração. Luis Henrique Guimarães será o responsável pela área de Comercialização de Combustíveis para Varejistas e Consumidores Finais, incluindo o negócio de aviação. Leonardo Gadotti Filho será o responsável pelas áreas de Logística, Suprimentos e Distribuição. E, finalmente, Carlos Alberto Piotrowski, que manterá suas atuais responsabilidades na gestão do Centro de Apoio ao Negócio - CAN.

Em 24 de março, a Rumo anunciou acordo em projetos e serviços logísticos de transbordo e transporte ferroviário de açúcar com a São Martinho S.A.. Este acordo

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consiste em 2 fases: a primeira, que se estenderá até 31 de março de 2011, prevê que (i) a Usina São Martinho prestará o serviço de transbordo de carga de, no mínimo, 500.000 toneladas para o açúcar de terceiros em seu Terminal e (ii) a Rumo deverá transportar 300.000 toneladas de açúcar para a São Martinho, além do volume de terceiros acima mencionado. Além disso, a Rumo também concederá à São Martinho a possibilidade de contratação de capacidade estática de armazenagem nos seus terminais no Porto de Santos, em volumes e condições a serem definidas a cada ano/safra. Na segunda fase, a São Martinho fará investimentos necessários à implantação de terminal de transbordo e a Rumo realizará eventuais adequações do transporte ferroviário para viabilizar o transbordo de volumes adicionais no Terminal da Usina São Martinho, durante os anos de 2010 e 2011.

Em abril de 2010, a Rumo recebeu os primeiros 120 vagões, de um total de 729 já encomendados à Iochpe Maxion e à Randon. Também já foram encomendadas 50 locomotivas à GE, que começarão a ser entregues a partir de junho de 2010.

H. Guidance Esta seção contém guidance por faixa de variação de alguns parâmetros chave nos resultados consolidados da Companhia para o exercício social 2011, que teve início em 1º de abril de 2010 e terminará em 31 de março de 2011. Além disso, as demais partes desta Carta Financeira também podem conter projeções. Tais projeções e guidance são apenas estimativas e indicativos, não sendo garantia de quaisquer resultados futuros.

Este guidance leva em consideração as operações detidas pelo grupo Cosan hoje, que incluem a CAA, CCL e a Rumo Logística.

Guidance 2009FY 2010FYVolume de Cana Moída (mil tons) 43.127 50.314Volume de Açúcar Vendido (mil tons) 3.187 4.135Volume de Etanol Vendido (milhões de litros) 1.671 2.148Volume de Energia Vendida (mil MWh) - 596Volume de Elevação (mil tons) 3.479 8.124Volume de Transporte (mil tons) - - Volume de Combustíveis Vendido (milhões de litros) 1.681 5.491Volume de Lubrificantes Vendido (milhões de litros) 34 131Receita Líquida (R$MM) 6.270 15.336EBITDA (R$MM) 718 1.733Capex (R$MM) 1.346 1.926 1.900 ≤ ∆ ≤ 2.300

2.000 ≤ ∆ ≤ 2.200

16.500 ≤ ∆ ≤ 18.5002.000 ≤ ∆ ≤ 2.400

1.200 ≤ ∆ ≤ 1.5009.500 ≤ ∆ ≤ 11.5005.500 ≤ ∆ ≤ 6.500

130 ≤ ∆ ≤ 1505.400 ≤ ∆ ≤ 5.900

2011FY58.000 ≤ ∆ ≤ 62.000

4.700 ≤ ∆ ≤ 5.100

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I. Demonstrações Financeiras da Cosan S.A. -

BRGAAP Demonstração do Resultado Abr'08 Mar'09 Mar'10 Jul'08 Out'08 Jan'09 Mar'09 Jun'09 Set09 Dez'09 Mar'10(Em milhões de reais) FY'08 FY'09 FY'10 1T'09 2T'09 3T'09 4T'09 1T'10 2T'10 3T'10 4T'10Receita Operacional Bruta 2.978,6 6.732,8 16.685,9 692,7 760,1 2.746,4 2.533,6 3.843,5 3.907,2 4.145,1 4.790,0 (-) Impostos e Deduções sobre Vendas (242,5) (462,7) (1.349,8) (53,1) (45,0) (180,7) (183,8) (277,4) (331,9) (344,6) (395,9) (=) Receita Operacional Líquida 2.736,2 6.270,1 15.336,1 639,6 715,1 2.565,6 2.349,8 3.566,1 3.575,3 3.800,5 4.394,1 (-) Custo dos Produtos Vendidos (2.387,1) (5.470,7) (13.210,7) (626,0) (547,1) (2.187,6) (2.109,9) (3.198,4) (3.051,5) (3.340,5) (3.620,3) (=) Lucro Bruto 349,0 799,4 2.125,4 13,6 167,9 378,0 239,9 367,7 523,8 460,0 773,9

Margem 12,8% 12,7% 13,9% 2,1% 23,5% 14,7% 10,2% 10,3% 14,7% 12,1% 17,6%(-) Receitas (Despesas) Operacionais (418,0) (1.508,5) (712,5) (94,9) (754,7) (319,6) (339,4) 117,9 (246,1) (206,9) (377,4) (-) Vendas (301,3) (432,6) (864,6) (85,7) (88,6) (156,8) (101,5) (209,6) (211,3) (218,4) (225,3) (-) Gerais e Administrativas (210,2) (275,9) (497,2) (59,7) (65,7) (72,3) (78,2) (89,3) (116,2) (117,9) (173,7) (-) Financeiras Líquidas 284,3 (817,4) 420,4 86,9 (551,8) (159,2) (193,4) 433,4 78,9 (78,3) (13,7) (±) Resultado de Equivalência Patrimonial 6,6 14,0 (18,6) 0,2 (0,3) 13,6 0,5 (3,6) 0,0 (9,4) (5,8) (-) Amortização do Ágio (201,4) (196,5) (85,6) (40,4) (40,4) (65,2) (50,5) (85,6) - - - (±) Outras Despesas Operacionais 4,0 199,9 333,1 3,9 (8,0) 120,2 83,7 72,5 2,5 217,0 41,1 (=) Lucro (Prejuízo) Operacional (69,0) (709,1) 1.412,9 (81,3) (586,7) 58,5 (99,5) 485,6 277,8 253,0 396,5

Margem -2,5% -11,3% 9,2% -12,7% -82,0% 2,3% -4,2% 13,6% 7,8% 6,7% 9,0%

(±) Imposto de Renda e Contrib. Social 18,7 234,7 (433,8) 22,4 205,9 (53,3) 59,6 (157,9) (103,8) (85,3) (86,9) (±) Participação de Minoritários 2,5 0,6 7,5 0,8 0,1 0,0 (0,4) 9,6 (0,6) (0,7) (0,9) (=) Lucro (Prejuízo) Líquido (48,0) (474,0) 986,5 (58,0) (381,0) 5,0 (40,0) 337,0 173,0 167,0 309,0

Margem -1,8% -7,6% 6,4% -9,1% -53,3% 0,2% -1,7% 9,5% 4,8% 4,4% 7,0%���� EBITDA 182,9 718,0 1.733,1 29,2 182,5 340,4 165,9 311,2 355,7 490,4 575,9

Margem 6,7% 11,5% 11,3% 4,6% 25,5% 13,3% 7,1% 8,7% 9,9% 12,9% 13,1%���� EBITDAH (Ebitda ajustado por Hedge) 407,8 765,7 2.064,0 74,4 185,5 465,3 40,4 472,0 338,9 508,4 744,7

Margem 13,8% 12,1% 13,2% 10,9% 25,8% 17,3% 1,8% 12,7% 9,5% 13,3% 16,3%���� Depreciação e Amortização 341,3 427,2 636,3 157,2 176,8 71,1 22,0 169,9 156,8 149,7 160,0

Balanço Patrimonial Abr'08 Mar'09 Mar'10 Jul'08 Out'08 Jan'09 Mar'09 Jun'09 Set09 Dez'09 Mar'10(Em milhões de reais) FY'08 FY'09 FY'10 1T'09 2T'09 3T'09 4T'09 1T'10 2T'10 3T'10 4T'10Disponibilidades e Valores Equivalentes 1.010,1 719,4 1.078,4 633,9 1.276,3 689,7 719,4 932,9 948,6 864,1 1.078,4 Caixa Restrito 79,6 11,8 45,0 79,4 0,2 11,9 11,8 40,1 149,5 172,1 45,0 Instrumentos Financeiros Derivativos 6,9 17,0 230,6 9,0 8,6 6,1 17,0 86,6 97,4 72,0 230,6 Duplicatas a Receber de Clientes 215,2 599,2 766,4 115,5 215,9 459,0 599,2 585,6 589,7 511,1 766,4 Estoques 570,5 1.106,2 1.046,7 905,6 1.439,9 1.643,7 1.106,2 1.149,9 1.531,5 1.936,8 1.046,7 Adiantamento a Fornecedores 226,1 206,0 235,6 252,3 287,0 239,9 206,0 386,1 336,7 241,2 235,6 Empresas Ligadas 16,3 57,2 24,9 1,1 28,4 35,8 57,2 36,1 21,6 24,6 24,9 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos - 42,5 76,3 - - - 42,5 53,5 48,1 29,2 76,3 Impostos a Compensar 129,8 265,4 327,9 121,3 160,6 240,7 265,4 299,0 342,9 307,8 327,9 Outros Créditos 17,9 50,3 61,2 21,9 37,1 82,3 50,3 32,7 41,7 54,0 61,2

Ativo Circulante 2.272,4 3.074,9 3.892,8 2.140,0 3.453,9 3.409,0 3.074,9 3.602,6 4.107,9 4.212,8 3.892,8 Crédito de Ação Indenizatória 342,2 323,4 333,7 342,2 342,2 342,2 323,4 326,4 329,0 331,4 333,7 Certificados do Tesouro Nacional 151,7 177,6 205,7 164,8 170,9 175,5 177,6 184,7 189,3 194,6 205,7 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 357,0 700,0 560,1 386,7 567,8 665,0 700,0 644,6 551,5 334,2 560,1 Adiantamento a Fornecedores 77,3 48,0 63,7 88,2 93,6 125,3 48,0 55,5 85,1 132,5 63,7 Empresas Ligadas - - 81,4 - - - - 153,2 151,8 149,9 81,4 Outros Créditos 94,4 132,4 211,8 124,1 124,0 159,1 132,4 185,4 190,2 210,8 211,8 Investimentos 120,3 278,2 193,1 124,2 184,7 280,5 278,2 181,3 196,5 194,0 193,1 Imobilizado 2.776,3 3.465,2 5.561,1 2.882,8 3.020,8 3.389,0 3.465,2 4.516,4 4.671,4 4.871,5 5.561,1 Ágio 1.160,7 2.447,5 2.901,3 1.115,6 1.074,5 2.493,8 2.447,5 2.724,3 2.737,5 2.765,5 2.901,3

Ativo Não-Circulante 5.079,9 7.572,5 10.112,0 5.228,5 5.578,5 7.630,4 7.572,5 8.971,7 9.102,3 9.184,4 10.112,0 (=) Total do Ativo 7.352,4 10.647,4 14.004,8 7.368,5 9.032,4 11.039,4 10.647,4 12.574,3 13.210,2 13.397,2 14.004,8 Empréstimos e Financiamentos 78,2 1.449,5 800,9 74,2 311,0 1.480,6 1.449,5 1.127,4 1.184,7 892,6 800,9 Instrumentos Financeiros Derivativos 50,7 66,9 76,7 19,3 32,6 49,5 66,9 98,9 215,4 232,9 76,7 Fornecedores 191,0 456,1 569,4 331,6 489,9 518,2 456,1 662,8 712,5 712,1 569,4 Ordenados e Salários a Pagar 80,7 93,2 141,6 119,0 143,0 77,7 93,2 152,3 180,9 133,0 141,6 Impostos e Contribuições Sociais a Recolher 116,1 168,6 215,9 115,0 109,7 163,2 168,6 189,8 230,9 201,0 215,9 Empresas Ligadas - 5,2 14,4 - - 2,5 5,2 4,5 3,8 50,5 14,4 Dividendos a pagar - - 116,6 - - - - - - - 116,6 Outras Obrigações 49,9 85,8 182,4 34,4 126,1 66,6 85,8 134,1 100,7 123,4 182,4

Passivo Circulante 566,5 2.325,2 2.117,9 693,4 1.212,3 2.358,2 2.325,2 2.369,7 2.629,0 2.345,5 2.117,9 Empréstimos e Financiamentos 2.106,2 2.885,5 5.136,5 2.047,9 2.679,3 2.904,5 2.885,5 4.091,4 4.667,4 4.859,1 5.136,5 Impostos e Contribuições Sociais a Recolher 359,3 328,8 593,5 351,5 346,1 336,0 328,8 335,5 288,9 255,7 593,5 Provisão para Demandas Judiciais 832,4 1.105,9 444,4 849,8 873,1 1.114,1 1.105,9 1.135,5 1.143,4 755,7 444,4 Empresas Ligadas - 405,2 - - - 405,3 405,2 341,5 - - - Passivo Atuarial - 60,4 61,8 - - 58,5 60,4 61,0 62,3 61,6 61,8 Outras Obrigações 144,4 139,9 493,1 141,3 138,4 134,8 139,9 169,2 168,4 155,8 493,1

Passivo Exigível a Longo Prazo 3.442,3 4.925,5 6.729,3 3.390,5 4.037,0 4.953,1 4.925,5 6.134,1 6.330,3 6.087,8 6.729,3 Participação Minoritária 17,7 30,9 47,8 17,0 20,3 31,5 30,9 29,9 30,4 47,0 47,8

Capital Social 2.935,3 3.819,8 4.687,8 2.935,3 3.815,3 3.815,3 3.819,8 4.153,9 4.155,3 4.687,7 4.687,8 Reserva de Capital - 41,7 50,6 - (4,2) (4,2) 41,7 45,1 50,2 50,1 50,6 Reserva de Lucros 180,2 - 374,2 180,2 180,2 180,2 - - - - 374,2 Reserva Legal 16,0 - - 16,0 16,0 16,0 - - - - - Reserva de Reavaliação 194,4 - - 194,2 193,8 93,2 - - - - - Ajuste de Avaliação Patrimonial - - (2,9) - - - - - - - (2,9) Lucros Acumulados - (495,7) - (57,9) (438,2) (403,9) (495,7) (158,4) 15,0 179,1 -

Patrimônio Líquido 3.325,8 3.365,7 5.109,8 3.267,7 3.762,8 3.696,6 3.365,7 4.040,7 4.220,5 4.917,0 5.109,8 (=) Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 7.352,4 10.647,4 14.004,8 7.368,5 9.032,4 11.039,4 10.647,4 12.574,3 13.210,2 13.397,2 14.004,8

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Exercício Social 2010 – Abr/09 a Mar/10

Demonstração de Fluxo de Caixa Abr'08 Mar'09 Mar'10 Jul'08 Out'08 Jan'09 Mar'09 Jun'09 Set09 Dez'09 Mar'10(Em milhões de reais) FY'08 FY'09 FY'10 1T'09 2T'09 3T'09 4T'09 1T'10 2T'10 3T'10 4T'10Lucro Líquido (Prejuízo) do Período (47,8) (473,8) 986,5 (58,1) (380,7) 5,2 (40,2) 337,3 173,4 167,1 308,7 Despesas (Receitas) que não Afetam o Caixa:

Equivalência Patrimonial (6,6) (14,0) 18,6 (0,2) 0,3 (13,6) (0,5) 3,6 (0,0) 9,4 5,8 Depreciação e Amortização 341,3 427,2 636,3 157,2 176,8 71,1 22,0 169,9 156,8 149,7 160,0 Perda (Ganho) em Baixas do Ativo Permanente (1,2) (208,9) (80,5) 1,2 4,5 3,0 (217,6) (103,2) 0,8 1,1 20,8 Amortização de Ágio 201,4 196,5 85,6 40,4 40,4 65,2 50,5 85,6 - - - Despesas Financeiras (116,0) 932,5 (150,5) (26,2) 572,0 297,8 89,0 (287,8) (84,0) (60,5) 281,9 Outros (42,4) (197,9) 104,2 (32,2) (162,9) 49,3 (52,1) 133,1 74,0 (154,1) 51,2

(=) Lucro Líquido Ajustado 328,8 661,5 1.600,3 82,0 250,4 478,0 (148,9) 338,5 321,0 112,6 828,3 (±) Variações nos Ativos e Passivos (360,1) (234,5) (42,5) (129,5) (399,0) (140,7) 434,7 195,7 (312,9) (142,7) 217,3 (=) Fluxo de Caixa das Ativ. Operacionais (31,3) 427,0 1.557,8 (47,4) (148,6) 337,3 285,8 534,2 8,1 (30,1) 1.045,7 Adições ao Investimento, Líquido de Caixa Recebido (160,5) (1.823,6) (16,0) (0,7) (61,4) (1.533,7) (227,7) 58,5 (29,2) (14,7) (30,7) Adições ao Imobilizado (1.053,1) (1.346,1) (1.926,1) (264,8) (314,3) (432,4) (334,6) (420,6) (359,1) (401,0) (745,4) Caixa Recebido na Venda de Ativo Permanente 12,2 372,1 126,2 1,6 (1,6) - 372,1 117,7 1,5 1,8 5,3 (=) Fluxo de Caixa das Ativ. de Investimento (1.201,4) (2.797,6) (1.816,0) (263,9) (377,4) (1.966,1) (190,3) (244,3) (386,8) (413,9) (770,9) Captações de Recursos 198,3 1.478,0 3.427,9 3,0 315,8 1.196,4 (37,1) 172,9 1.045,8 1.665,5 543,8 Amortizações de Principal e Juros (839,4) (257,2) (2.846,6) (67,8) (26,7) (148,3) (14,4) (127,8) (317,3) (1.838,4) (563,1) Integralização de Capital 1.742,6 884,5 533,9 - 880,0 - 4,5 - 1,4 532,4 0,1 Compra de ações em Tesouraria - (4,2) - - (4,2) - - - - - - Integralização de Capital em Subsidiárias - 15,4 - - 3,5 - 11,9 - - - - Dividendos (75,8) - - - - - - - - - - Outros - (36,6) (498,0) - - (5,9) (30,7) (121,4) (335,4) - (41,3) (=) Fluxo de Caixa das Ativ. de Financiamento 1.025,7 2.079,9 617,1 (64,8) 1.168,4 1.042,2 (65,8) (76,3) 394,4 359,5 (60,5) (=) Fluxo de Caixa Total (207,0) (290,7) 359,0 (376,2) 642,4 (586,7) 29,7 213,6 15,7 (84,6) 214,3 (+) Saldo Inicial de Caixa 1.217,1 1.010,1 719,4 1.010,1 633,9 1.276,3 689,7 719,4 932,9 948,6 864,1 (=) Saldo Final de Caixa 1.010,1 719,4 1.078,4 633,9 1.276,3 689,7 719,4 932,9 948,6 864,1 1.078,4

Estatísticas de Crédito (LTM) Abr'08 Mar'09 Mar'10 Jul'08 Out'08 Jan'09 Mar'09 Jun'09 Set09 Dez'09 Mar'10(Em milhões de reais) FY'08 FY'09 FY'10 1T'09 2T'09 3T'09 4T'09 1T'10 2T'10 3T'10 4T'10Receita Operacional Líquida 2.736,2 6.270,1 15.336,1 2.784,1 2.871,6 4.763,3 6.270,1 9.196,6 12.056,9 13.291,7 15.336,1 � Lucro Bruto 349,0 799,4 2.125,4 318,9 410,5 708,9 799,4 1.153,6 1.509,4 1.591,4 2.125,4 � EBITDA 182,9 718,0 1.733,1 159,6 264,0 602,1 718,0 1.000,0 1.173,1 1.323,1 1.733,1 � EBIT (158,4) 290,8 1.096,8 (213,5) (147,0) 167,7 290,8 560,2 753,3 824,7 1.096,8 � Encargos Financeiros da Dívida Líquida 106,2 179,9 361,8 91,9 85,2 136,1 179,9 247,0 308,4 329,8 361,8 � Lucro Líquido (47,8) (473,8) 986,5 (119,6) (515,5) (438,9) (473,8) (78,4) 475,6 637,5 986,5

Ativos Financeiros� Disponibilidades e Valores Equivalentes 1.010,1 719,4 1.078,4 633,9 1.276,3 689,7 719,4 932,9 1.098,2 864,1 1.078,4

Dívida de Curto-Prazo� Empréstimos e Financiamentos 69,3 1.442,7 793,8 62,9 298,6 1.475,3 1.442,7 1.115,9 1.171,6 886,5 793,8

Dívida de Longo-Prazo� Empréstimos e Financiamentos 1.562,5 2.312,3 4.540,0 1.474,9 2.101,7 2.327,6 2.312,3 3.508,5 4.086,8 4.278,4 4.540,0

Dívida Total 1.631,8 3.755,0 5.333,8 1.537,7 2.400,3 3.802,9 3.755,0 4.624,4 5.258,3 5.164,9 5.333,8 Dívida Líquida 621,7 3.035,6 4.255,4 903,8 1.124,0 3.113,3 3.035,6 3.691,5 4.160,2 4.300,8 4.255,4 Ativo Circulante 2.272,4 3.074,9 3.892,8 2.140,0 3.453,9 3.409,0 3.074,9 3.602,6 4.107,9 4.212,8 3.892,8 Passivo Circulante 566,5 2.325,2 2.117,9 693,4 1.212,3 2.358,2 2.325,2 2.369,7 2.629,0 2.345,5 2.117,9 Patrimônio Líquido 3.325,8 3.365,7 5.109,8 3.267,7 3.762,8 3.696,6 3.365,7 4.040,7 4.220,5 4.917,0 5.109,8 Capex 1.053,1 1.346,1 1.180,7 1.147,4 1.324,5 1.485,9 1.346,1 1.501,9 1.546,7 1.515,3 1.180,7 � Capex Operacional 781,9 565,0 500,2 796,9 762,7 727,5 565,0 588,7 626,5 673,9 500,2

Margem EBITDA 6,7% 11,5% 11,3% 5,7% 9,2% 12,6% 11,5% 10,9% 9,7% 10,0% 11,3%� Margem Bruta 12,8% 12,7% 13,9% 11,5% 14,3% 14,9% 12,7% 12,5% 12,5% 12,0% 13,9%� Margem EBIT -5,8% 4,6% 7,2% -7,7% -5,1% 3,5% 4,6% 6,1% 6,2% 6,2% 7,2%� Margem Lucro Líquido -1,7% -7,6% 6,4% -4,3% -18,0% -9,2% -7,6% -0,9% 3,9% 4,8% 6,4%

Dívida Líquida ÷ Patrimônio Líquido� Dívida Líquida % 15,8% 47,4% 45,4% 21,7% 23,0% 45,7% 47,4% 47,7% 49,6% 46,7% 45,4%� Patrimônio Líquido % 84,2% 52,6% 54,6% 78,3% 77,0% 54,3% 52,6% 52,3% 50,4% 53,3% 54,6%

Dívida de Longo-Prazo / Patrimônio Líquido 0,5x 0,7x 0,9x 0,5x 0,6x 0,6x 0,7x 0,9x 1,0x 0,9x 0,9xLiquidez Corrente (At. Circ. ÷ Pass. Circ.) 4,0x 1,3x 1,8x 3,1x 2,8x 1,4x 1,3x 1,5x 1,6x 1,8x 1,8xDívida Líquida ÷ EBITDA 3,4x 4,2x 2,5x 5,7x 4,3x 5,2x 4,2x 3,7x 3,5x 3,3x 2,5x� Dívida de Curto-Prazo ÷ EBITDA 0,4x 2,0x 0,5x 0,4x 1,1x 2,5x 2,0x 1,1x 1,0x 0,7x 0,5x

Dívida Líquida ÷ (EBITDA - Capex) -0,7x -4,8x 7,7x -0,9x -1,1x -3,5x -4,8x -7,4x -11,1x -22,4x 7,7x� Divida Líquida ÷ (EBITDA - Capex Operac.) -1,0x 19,8x 3,5x -1,4x -2,3x -24,8x 19,8x 9,0x 7,6x 6,6x 3,5x

Cobertura de Juros (EBITDA ÷ D.Fin) 1,7x 4,0x 4,8x 1,7x 3,1x 4,4x 4,0x 4,0x 3,8x 4,0x 4,8x� Cobertura de Juros (EBITDA- Capex Op.)÷DF -5,6x 0,9x 3,4x -6,9x -5,9x -0,9x 0,9x 1,7x 1,8x 2,0x 3,4x

Custo Médio Dívida (D.Fin. ÷ Dívida Líq.) 17,1% 5,9% 8,5% 10,2% 7,6% 4,4% 5,9% 6,7% 7,4% 7,7% 8,5%

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Exercício Social 2010 – Abr/09 a Mar/10

J. Demonstrações Financeiras da Cosan

Limited – USGAAP Demonstração do Resultado Abr'08 Abr'09 Mar'10 Jul'08 Out'08 Jan'09 Abr'09 Jun'09 Set09 Dez'09 Mar'10(Em milhões de dólares) FY'08 FY'09 FY'10 1T'09 2T'09 3T'09 4T'09 1T'10 2T'10 3T'10 4T'10Receita operacional líquida 1.491,2 2.926,5 8.283,2 394,0 383,8 1.103,4 1.045,3 1.720,3 1.915,7 2.209,5 2.437,7 (-) Custo dos produtos vendidos e serv. prestados (1.345,6) (2.621,9) (7.223,3) (398,9) (320,2) (950,3) (952,4) (1.561,4) (1.655,5) (1.965,3) (2.041,1) (=) Lucro bruto 145,6 304,6 1.059,9 (4,9) 63,6 153,0 92,8 158,8 260,1 244,3 396,6 (-) Despesas com vendas (168,6) (213,3) (470,3) (53,0) (47,9) (67,6) (44,7) (102,1) (115,1) (128,0) (125,2) (-) Despesas gerais e administrativas (115,1) (140,1) (271,3) (36,3) (34,9) (42,2) (26,8) (7,9) (62,8) (106,7) (93,9) (=) Lucro (prejuízo) operacional (138,1) (48,8) 318,3 (94,2) (19,2) 43,2 21,4 48,9 82,3 9,6 177,6

Margem -9,3% -1,7% 3,8% -23,9% -5,0% 3,9% 2,0% 2,8% 4,3% 0,4% 7,3%

(-) Outras receitas (despesas):Financeiras 116,8 (370,8) 203,7 26,5 (234,4) (137,2) (25,7) 215,7 64,1 (80,4) 4,2 Outras (3,7) (2,3) 178,9 (3,5) (8,1) 6,6 2,7 (7,9) 0,9 155,5 30,5

(=) Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda (25,0) (421,9) 700,9 (71,2) (261,7) (87,3) (1,6) 256,7 147,3 84,7 212,3 (-) Imposto de renda e contribuição social 19,8 144,7 (184,8) 23,2 94,5 (1,7) 28,7 (76,5) (49,4) (52,3) (6,5) (=) Lucro (prej.) antes da equiv. patrimonial (5,2) (277,2) 516,2 (48,0) (167,2) (89,1) 27,1 180,1 97,9 32,4 205,8 (±) Equivalência patrimonial (0,2) 6,1 (10,3) 0,1 1,2 5,2 (0,3) (1,7) 0,0 (3,8) (4,8) (±) Participação dos acionistas minoritários 22,0 83,0 (174,0) 18,6 52,0 19,3 (6,9) (55,8) (34,0) (7,3) (77,0) (=) Lucro (prejuízo) líquido 16,6 (188,1) 331,9 (29,3) (114,1) (64,6) 19,9 122,6 63,9 21,3 124,0

Margem 1,1% -6,4% 4,0% -7,4% -29,7% -5,9% 1,9% 7,1% 3,3% 1,0% 5,1%���� EBITDA 94,3 239,6 985,8 14,6 72,2 92,2 60,7 140,3 190,9 338,8 315,8

Margem 6,3% 8,2% 11,9% 3,7% 18,8% 8,4% 5,8% 8,2% 10,0% 15,3% 13,0%���� EBIT (141,8) (51,1) 497,3 (97,7) (27,3) 49,9 24,1 40,9 83,1 165,1 208,1

Margem -9,5% -1,7% 6,0% -24,8% -7,1% 4,5% 2,3% 2,4% 4,3% 7,5% 8,5%���� Depreciação e amortização 236,1 290,7 488,5 112,3 99,5 42,3 36,6 99,3 107,7 173,7 107,7

Balanço Patrimonial Abr'08 Mar'09 Mar'10 Jul'08 Out'08 Jan'09 Mar'09 Jun'09 Set09 Dez'09 Mar'10(Em milhões de dólares) FY'08 FY'09 FY'10 1T'09 2T'09 3T'09 4T'09 1T'10 2T'10 3T'10 4T'10AtivoCirculante:

Disponibilidades e valores equivalentes 68,4 508,8 623,7 86,3 62,6 100,5 508,8 676,3 769,1 516,7 623,7 Caixa com utilização restrita 47,2 5,1 25,3 50,7 0,1 5,1 5,1 20,5 84,1 98,8 25,3 Aplicações financeiras 1.014,5 - - 804,2 771,5 397,0 - - - - - Instrumentos financeiros derivativos 31,5 7,4 129,5 65,3 86,8 3,7 7,4 44,4 54,8 41,4 129,5 Duplicatas a receber de clientes, líquido 126,9 258,9 430,3 73,0 101,9 197,9 258,9 300,1 331,6 293,5 430,3 Estoques 337,7 477,8 587,7 577,6 680,5 709,5 477,8 589,2 861,3 1.112,3 587,7 Adiantamento a fornecedores 133,7 89,0 132,3 160,8 135,5 103,5 89,0 200,8 189,4 138,6 132,3 Imposto de renda e contribuição social diferidos - 114,6 184,1 - - 25,7 114,6 153,2 192,8 176,8 184,1 Outros créditos 103,2 66,0 49,2 99,7 132,6 158,4 66,0 69,0 56,1 54,1 49,2

1.863,0 1.527,5 2.161,9 1.917,6 1.971,5 1.701,3 1.527,5 2.053,5 2.539,3 2.432,2 2.161,9 Não circulante:

Imobilizado, líquido 2.018,1 2.259,4 4.146,5 2.217,3 1.738,6 1.828,8 2.259,4 3.178,1 3.554,3 3.737,0 4.146,5 Ágios 772,6 888,8 1.362,1 823,4 623,4 1.197,3 888,8 1.464,2 1.592,5 1.624,4 1.362,1 Intangíveis, líquido 106,1 243,1 602,3 111,8 81,8 73,1 243,1 240,5 256,9 255,3 602,3 Contas a receber do Governo Federal 202,8 139,7 187,4 218,4 161,8 147,7 139,7 167,3 185,1 190,3 187,4 Outros créditos 306,4 362,6 534,8 345,3 322,0 536,5 362,6 491,7 580,5 635,0 534,8

3.406,1 3.893,6 6.833,0 3.716,3 2.927,5 3.783,5 3.893,6 5.541,6 6.169,2 6.442,0 6.833,0 (=) Total do ativo 5.269,1 5.421,1 8.994,9 5.634,0 4.899,0 5.484,7 5.421,1 7.595,1 8.708,6 8.874,2 8.994,9 PassivoCirculante:

Fornecedores 114,4 197,2 320,0 212,0 235,8 223,7 197,2 339,8 401,3 409,3 320,0 Impostos e contribuições sociais a recolher 62,9 69,0 121,2 67,4 47,4 66,1 69,0 92,9 125,1 115,4 121,2 Ordenados e salários a pagar 47,8 40,2 79,5 75,8 67,5 33,5 40,2 78,0 101,7 76,4 79,5 Empréstimos e financiamentos 38,2 781,7 471,1 33,2 134,2 786,7 781,7 582,9 673,0 542,9 471,1 Instrumentos financeiros derivativos 55,0 28,9 43,1 102,1 112,1 83,3 28,9 50,7 121,1 133,8 43,1 Dividendos a pagar - - 24,7 - - - - - - - 24,7 Imposto de renda e contribuição social diferidos - - - - 10,3 - - - - - - Outras obrigações 40,8 47,6 112,0 29,4 28,5 30,2 47,6 87,1 70,7 111,0 112,0

359,1 1.164,7 1.171,5 519,8 635,7 1.223,6 1.164,7 1.231,5 1.493,0 1.388,8 1.171,5 Não circulante:

Empréstimos e financiamentos 1.249,3 1.251,1 2.845,7 1.291,4 1.257,4 1.246,5 1.251,1 2.249,1 2.632,3 2.802,2 2.845,7 Provisão para demandas judiciais 494,1 497,6 294,6 545,0 414,1 546,4 497,6 607,5 672,6 464,8 294,6 Impostos e contribuições sociais a recolher 170,4 151,5 381,8 181,9 133,4 187,1 151,5 184,7 178,3 220,6 381,8 Adiantamentos de clientes - - - - - - - - - - - Imposto de renda e contribuição social diferidos 101,8 40,4 408,8 83,6 - - 40,4 84,0 118,3 245,4 408,8 Outros passivos não circulantes 101,7 175,0 209,4 103,3 107,7 181,6 175,0 213,2 224,6 219,5 209,4

2.117,4 2.115,6 4.140,3 2.205,3 1.912,7 2.161,5 2.115,6 3.338,5 3.826,2 3.952,4 4.140,3 Participação minoritária nas controladas 796,8 544,5 1.338,9 839,7 602,8 530,7 544,5 1.037,8 1.181,8 1.296,7 1.338,9 Patrimônio líquido:

Ações ordinárias sem valor nominal 2,3 2,7 2,7 2,3 2,7 2,7 2,7 2,7 2,7 2,7 2,7 Acréscimo de capital integralizado 1.723,1 1.926,7 1.932,1 1.724,6 1.920,9 1.922,0 1.926,7 1.964,7 1.961,8 1.927,3 1.932,1 Ajuste de conversão de moeda estrangeira 171,8 (243,6) 167,1 273,1 (130,9) (246,2) (243,6) (13,1) 146,1 188,1 167,1 Lucros (prejuízos) acumulados 98,5 (89,6) 242,3 69,2 (44,9) (109,5) (89,6) 33,0 96,9 118,3 242,3

Total do patrimônio líquido 1.995,7 1.596,2 2.344,2 2.069,1 1.747,8 1.569,0 1.596,2 1.987,3 2.207,6 2.236,3 2.344,2 (=) Total do passivo e do patrimônio líquido 5.269,1 5.421,1 8.994,9 5.634,0 4.899,0 5.484,7 5.421,1 7.595,1 8.708,6 8.874,2 8.994,9

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Exercício Social 2010 – Abr/09 a Mar/10

Demonstração de Fluxo de Caixa Abr'08 Mar'09 Mar'10 Jul'08 Out'08 Jan'09 Mar'09 Jun'09 Set09 Dez'09 Mar'10(Em milhões de dólares) FY'08 FY'09 FY'10 1T'09 2T'09 3T'09 4T'09 1T'10 2T'10 3T'10 4T'10���� FC das atividades operacionais:

Lucro (prejuízo) líquido do exercício/trimestre 16,6 (188,1) 331,9 (29,3) (114,1) (64,6) 19,9 122,6 63,9 21,3 124,0 Ajustes para reconciliar o lucro (prejuízo) líquido ao caixa gerado:

Depreciações e amortizações 236,1 290,7 488,5 112,3 99,5 42,3 36,6 99,3 107,7 173,7 107,7 Imposto de renda e contribuição social diferidos (52,4) (145,3) 143,3 (31,6) (86,7) 13,9 (40,9) 66,6 59,3 52,3 (35,0) Juros, variações monetárias e cambiais (43,7) 497,3 (131,4) (14,5) 327,5 2,2 182,1 (136,3) (67,9) (57,8) 130,6 Participação dos acionistas minoritários (22,0) (83,0) 174,0 (18,6) (52,0) (19,3) 6,9 55,8 34,0 7,3 77,0 Outros 15,2 14,5 (137,3) 9,2 5,4 (55,0) 54,9 12,2 (47,8) (99,0) (2,7)

149,8 386,1 869,0 27,5 179,7 (80,5) 259,5 220,3 149,3 97,8 401,6 Decréscimo/acréscimo de ativos e passivos operacionais:

Duplicatas a receber de clientes, líquido (57,1) (23,7) 1,4 63,9 (63,7) 26,5 (50,5) 56,5 (8,5) 46,9 (93,6) Estoques (31,7) (85,9) 126,2 (214,0) (197,2) 96,0 229,3 88,4 (178,6) (198,8) 415,1 Adiantamento a fornecedores (8,4) 21,1 37,4 (16,8) (12,1) 22,8 27,2 (38,8) 7,3 27,0 41,9 Fornecedores 33,7 33,4 (26,1) 90,1 54,8 (83,8) (27,6) 24,1 30,3 0,9 (81,4) Instrumentos financeiros derivativos 90,4 4,4 (111,1) 11,3 (4,8) 56,0 (58,1) (16,2) 57,9 25,5 (178,2) Impostos e contribuições sociais a recolher (19,6) (17,1) 192,5 (7,9) (5,0) (1,2) (2,9) (29,3) (29,7) (0,6) 252,1 Outros ativos e passivos, líquido (99,4) (61,8) (278,2) 16,2 (126,6) 23,5 25,0 33,0 (12,1) 11,2 (310,3)

(92,2) (129,6) (58,1) (57,1) (354,6) 139,8 142,4 117,7 (133,3) (88,0) 45,6 (=) Caixa líquido das operações 57,6 256,6 811,0 (29,6) (174,9) 59,2 401,9 338,0 16,0 9,8 447,2 ���� FC das atividades de investimentos:

Caixa com utilização restrita (25,9) 29,3 (18,7) 0,1 37,4 (8,3) 0,1 (14,5) (63,0) (14,6) 73,4 Aplicações financeiras (671,0) 558,8 - (202,4) (123,4) 791,6 93,0 - - - - Aquisição de imobilizado (642,9) (606,2) (1.081,5) (169,3) (143,9) (131,7) (161,2) (227,0) (211,5) (239,6) (403,4) Aquisições de investimentos (102,0) (930,4) (9,0) 0,8 (45,2) (671,5) (214,5) (2,1) 2,1 (239,7) 230,7 Outros - 160,7 6,0 - - (65,5) 226,2 92,4 (8,8) (14,1) (63,5)

(=) Caixa líquido dos investimentos (1.441,7) (787,8) (1.103,2) (370,8) (275,2) (85,4) (56,4) (151,2) (281,3) (507,9) (162,8) ���� FC atividades de financiamento:

Recursos de emissão de ações ordinárias 1.118,4 200,0 - - 196,2 0,0 3,8 - 0,7 303,7 (304,4) Aumento de capital em subsidiária 324,4 11,2 57,4 - - - 11,2 (62,2) (0,3) (1,3) 121,3 Pagamentos de dividendos (44,9) - - - - - - - - - - Captações de recursos financeiros 117,5 789,5 2.020,7 - 174,5 630,4 (15,4) 88,6 596,8 996,1 339,2 Pagamentos de dívidas (492,1) (111,1) (1.839,5) (39,8) (26,2) (37,1) (8,0) (69,2) (351,4) (1.064,4) (354,5) Outros - (17,8) (85,6) - - - (17,8) - - - (85,6)

(=) Caixa líquido dos financiamentos 1.023,3 871,9 153,0 (39,8) 344,6 593,4 (26,2) (42,8) 245,8 234,0 (284,0) Efeito da variação cambial sobre disponibilidades e 112,6 99,7 195,7 458,1 81,8 (529,2) 89,0 23,5 170,8 (46,8) 48,2

(=) Variação em disponibilidades e equivalentes (248,2) 440,4 56,5 17,9 (23,7) 37,9 408,3 167,5 151,3 (310,9) 48,5 (+) Disponib. e equivalentes no início do período 316,5 68,4 508,8 68,4 86,3 62,6 100,5 508,8 676,3 827,6 508,8 (=) Disponib. e equivalentes no final do período 68,4 508,8 565,2 86,3 62,6 100,5 508,8 676,3 827,6 516,7 557,3