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  • ______________________________________ ARTIGO DE REVISO

    Educao inclusiva escolar: um estudo comparativo entre artigos

    Inclusive education in schools: a comparative study between articles

    Luiz Carlos Chiesa1

    RESUMOO tema do presente artigo educao inclusiva escolar: um estudo comparativo.

    Comparar a relao existente, sobre educao inclusiva escolar, por meio de

    utilizao dos artigos Flexibilizando a Geometria na educao inclusiva dos

    deficientes visuais: uma proposta de atividades (VIEIRA & SILVA, 2007), e Educar

    na diversidade: prticas educacionais inclusivas na sala de aula regular

    (FERREIRA, 2006). A metodologia utilizada foi por meio de pesquisa bibliogrfica. A

    pesquisa foi realizada em duas (02) fases distintas. A fase um (01) foi caracterizada

    pela realizao da seleo de artigos cientficos na internet. Aps seleo dos

    artigos, que somaram um total de sete (08), destes, dois (02) foram selecionados e

    constituem a base para a confeco do presente trabalho. A incluso escolar uma

    realidade mundial. Faz-se imperativo o desenvolvimento de espaos escolares mais

    socializveis, de tcnicas de ensino modernas e aperfeioamento profissional

    voltado a humanizao da escola e sociedade, tornando-a solidria e justa. A

    diversidade populacional brasileira, distribuda em territrio de dimenso continental,

    dificulta, mas no inviabiliza, a aplicao imediata de educao inclusiva. Implantar,

    definitivamente, a educao inclusiva um desafio que no h como retroceder. Os 1 Mestrando em Cincias da Educao. ULHT. Universidade Lusfona de Humanidades e Tecnologias. IPV. Instituto Pedaggico de Vitria. Graduado em Educao Fsica. UFES - Universidade Federal do Esprito Santo.1985/01, Brasil. Ps-graduado em treinamento desportivo. UNIVERSO - Universidade Salgado de Oliveira. 1999, Brasil.

    Publicaes: Chiesa, Luiz Carlos. Musculao: uma proposta de trabalho e desenvolvimento humano. Esprito

    Santo: Edufes, 1999.Chiesa, Luiz Carlos. Musculao: aplicaes prticas. Tcnicas de uso das formas e mtodos de

    treinamento. Rio de Janeiro: Shape, 2002.Chiesa, Luiz Carlos. Musculacin Racional: bases para un entrenamiento organizado.

    Barcelona: Paidotribo, 2007.

  • autores compactuam com a temtica de incluso, demonstrando preocupao e

    compromisso com a educao de qualidade para todos. Para a educao inclusiva

    ser eficiente, h a necessidade de mudanas, principalmente dos professores, que

    tem responsabilidades no desenvolvimento de novas tcnicas de ensino. Os

    professores devem adentrar no mundo da pesquisa e trocarem, mutuamente,

    conhecimentos, criando mecanismos de flexibilizao pedaggica

    permanentemente.

    Palavras chave: educao inclusiva, geometria, necessidades educativas especiais, deficientes visuais.

    ABSTRACTThe subject of this article is inclusive education in schools: an comparative study. To

    compare the existing relations, about inclusive education, by using the articles

    Flexibilizando a Geometria na educao inclusiva dos deficientes visuais: uma

    proposta de atividades (VIEIRA & SILVA, 2007), and Educar na diversidade:

    prticas educacionais inclusivas na sala de aula regular (FERREIRA, 2006). The

    methodology used was bibliography research. The research was made in two (02)

    distinct phases. Step one (01) was characterized by the selection of scientific articles

    on the Internet. After the selection of the articles, which resulted in a total of seven

    (08), two (02) of those were selected and it were used as base to create this work.

    School inclusion is a worldwide reality. It is imperative that we

    develop more socializable school areas, modern teaching techniques,

    and professional development, aimed to the humanization of school and

    society, making it equitable and just. The Brazilian population diversity, distributed in

    the territory of continental dimensions, makes it difficult, but not impossible, the

    immediate implementation of inclusive education. To implant inclusive

    education, definitely, is a challenge and there is no turning back. The authors collude

    with the theme of inclusion, showing concern and commitment to quality education

    for all. For inclusive education to be effective there is the need for change,

    especially teachers, have responsibilities in the development of new techniques

    for teaching. Teachers should enter the world of research and knowledge exchange

    with each other, creating pedagogical flexibility mechanisms, permanently.

  • Keywords: inclusive education, geometry, special educational needs, the visually impaired.

    INTRODUO

    O tema abordado neste trabalho educao inclusiva escolar: um estudo

    comparativo entre artigos. O objetivo geral foi estudar a relao existente de

    educao inclusiva escolar, basicamente, entre os artigos intitulados Flexibilizando a

    Geometria2 na educao inclusiva dos deficientes visuais: uma proposta de

    atividades (VIEIRA & SILVA, 2007), e Educar na diversidade: prticas educacionais

    inclusivas na sala de aula regular (FERREIRA, 2006).

    A metodologia aplicada no presente artigo, foi por meio da utilizao de

    pesquisa bibliogrfica3. Nosso trabalho foi realizado em duas (02) fases distintas: a

    fase um (01) foi caracterizada, pela realizao de pesquisa para a seleo de artigos

    cientficos, publicados na rede internet. Aps minuciosa leitura dos artigos baixados,

    que se somaram um volume total de oito (08), foram selecionados dois (02), que

    aps aprovados, por nosso crivo, permitiram o incio da segunda fase do trabalho,

    que se deu por meio de comparao entre os artigos eleitos, constituindo, assim, a

    base, para o desenvolvimento do presente trabalho.

    Este artigo de fundamental importncia na contribuio, para o

    desenvolvimento da proposta de incluso escolar, por meio de compreenso, sobre

    a atual realidade entre pensamentos, dos profissionais autores dos artigos

    pesquisados.

    2 A Geometria com sua abordagem menos abstrata favorece a integrao com outros contedos. Medida se expressa atravs de nmeros e geometria tambm atravs de medida in Araujo, Maria Auxiliadora Sampaio. Porque ensinar Geometria nas sries iniciais do 1 grau, a educao matemtica em revista - SBEM, n 3, 2 sem. (1994) apud BORGES, Marta Maia de Assis. Geometria nos anos iniciais do ensino fundamental: novas perspectivas. Congresso Nacional de Educao CAJ/UFG, (1992). Disponvel em: acesso em: 23 set. 2011, 2: 27:01.

    3 Tem por objetivo explicar um problema, tendo como base, referencias tericas, previamente selecionadas, que foram publicadas ou apresentadas em documentos. Modificado de CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia cientfica: para uso dos estudantes universitrios. So Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983, p. 05. Disponvel em: acesso em: 05 jan. 2012, 15:28:13.

  • INCLUSO COMO NECESSIDADE

    Este trabalho se concentrou no estudo comparativo sobre o tema

    educao inclusiva escolar, fazendo uso, basicamente, dos artigos intitulados

    Flexibilizando a Geometria, na educao inclusiva dos deficientes visuais: uma

    proposta de atividades (VIEIRA & SILVA, 2007), e Educar na diversidade: prticas

    educacionais inclusivas na sala de aula regular (FERREIRA, 2006). O primeiro

    artigo discute a incluso escolar de forma direcionada, por meio de estudo focado

    no deficiente visual e no ensino de Geometria, na disciplina de Matemtica. O

    segundo artigo, trata de maneira global ou geral, o tema incluso escolar nas salas

    de aula de ensino regular, visando incluso de todos os escolares.

    A educao nos envolve a todo o momento, em qualquer ambiente onde se

    vive. Ningum escapa da educao, sendo ela, um processo formal ou no

    (BRANDO, 1983); (PILETTI, 1984). A educao nosso manancial de sade,

    riqueza e felicidade. Aprender nos permite transcender os limites fsicos da evoluo

    biolgica (FRITH, 2012). Sabemos que a educao d lugar a pesamentos

    variados, e por meio destes, podemos solucionar problemas, gerar e absorver

    conhecimentos. Observamos no artigo traduzido e adaptado4 por FRITH (2012. p.

    11) que:

    A educao permite o acesso a estratgias de pensamento abstrato que, alm de poderem ser aplicadas na resoluo de uma vasta gama de problemas, aumentam a flexibilidade mental. E tambm nos capacita a realizar feitos que no seriam possveis sem essas ferramentas culturais, incluindo as conquistas da cincia.

    A educao inclusiva necessita ser compreendida como sendo a forma

    de integrao de todos dentro do espao escolar, no havendo necessidade de

    separar os indivduos para educ-los. A educao escolar inclusiva no seleciona,

    no exclui, no rejeita, ao contrrio, acessvel e sem barreiras, sejam elas fsicas,

    ou no contedo5 educacional. A verdadeira educao inclusiva possui atuao

    4 [] do texto do relatrio da Royal Society de Londres apud FRITH, Uta. O sbio equilbrio entre entusiasmo e ceticismo. Revista educao - Neuro educao a cincia do aprendizado. So Paulo, v. 1, n. 1, 8-15, 2012.

    5 [...] os contedos so realidades exteriores ao aluno que devem ser assimilados e no simplesmente reinventados, eles no so fechados e refratrios s realidades sociais, pois no basta que os contedos sejam ensinados, ainda que bem ensinados preciso que se liguem de forma indissocivel a sua significao humana e social Libneo, Jos Carlos. Democratizao da

  • poltica consistente, consciente e compromissada com os princpios educacionais

    modernos, garantindo a todos, os mesmos direitos sociais. Ver mais em (THOMAS,

    WALKER e WEBB, 1998 apud SANCHES & TEODORO, 2006, p.70).

    Segundo o artigo adaptado por FRITH (2012. p.11): [...] pessoas com

    dificuldades de aprendizado esto sob risco aumentado de pouca adaptao social e

    desemprego, o que implica custos substanciais para a sociedade e a urgncia de

    encontrar abordagens educativas que funcionem. Necessitamos urgentemente

    aplicar modificaes nas estratgias pedaggicas de ensino, inclusive de Geometria,

    para torn-las realmente eficientes e atraentes a todos os escolares.

    No decorrer da gerao de oportunidades de educao escolar em massa,

    surgiro mecanismos para o desenvolvimento de tcnicas pedaggicas inovadoras,

    e compromissadas com o processo de educao na diversidade, respeitando as

    diferenas particulares, e onde sero ressaltadas as potencialidades individuais, que

    se faro teis ao aprendizado de todos (VIEIRA & SILVA, 2007). Encontramos no

    artigo de FRITH (2012. p.10), a afirmativa:

    alto o custo econmico e social de um sistema educacional que no facilita o aprendizado contnuo e para todos. Felizmente, j acumulamos conhecimento cientfico suficiente para beneficiar todos os grupos de aprendizes, sejam eles crianas, jovens, adultos ou idosos.[sic].

    No presente trabalho, o conceito de necessidades educativas especiais,

    ser compreendido, com base na Declarao de Salamanca (1994:6) apud

    SANCHES & TEODORO (2006, p. 67), onde podemos observar o avano conceitual,

    por meio da ruptura total com os aspectos definidos, por critrios mdicos vigentes

    no passado. O termo necessidades educativas especiais, segundo SANCHES &

    TEODORO (2006, p.67):

    [...] refere-se a todas as crianas e jovens cujas carncias se relacionam com deficincias ou dificuldades escolares. Muitas crianas apresentam dificuldades escolares e, consequentemente, tm necessidades educativas especiais, em determinado momento da sua escolaridade.

    O termo deficincia visual remete a indivduos com a viso reduzida ou

    mesmo ausente. O aluno com deficincia visual, considerado normal no mbito da escola publica: a pedagogia crtico-social dos contedos. So Paulo, Loyola, 1985 apud Soares, Carmen Lcia. et al. Coletivo de autores: Metodologia do ensino de Educao Fsica. So Paulo: Cortez, 1992. p.31.

  • Educao, sendo que os indivduos com deficincia visual, no acompanhada de

    dficit cognitivo, possuem suas faculdades intelectuais intactas, portanto, so

    capazes de aprender, e terem a vida normal, apenas necessitando de cooperao

    para tal intento (CARNEIRO, 1998, p.127 apud VIEIRA & SILVA, 2007, p.03).

    Os autores citados deixam transparecer, que esto mergulhados e

    compromissados fielmente, com o tema da educao inclusiva escolar. Um fato

    pertinente destaca-se entre os artigos, onde se encontra momentaneamente, um

    choque de opinies. H divergncia entre opinies, e relaciona-se com a utilizao

    de recursos materiais, e aparelhamento pedaggico de ensino, no ambiente escolar.

    O desafio, em promover a educao inclusiva de qualidade no Brasil, dentre outros

    to importantes, h um que necessita ser vencido, e mostra-se divergente com a

    viso de VIEIRA & SILVA (2007, p.02), o presente desafio relaciona-se com:

    [...] a crena de gestores e educadores de que primeiro as escolas devem estar preparadas para receber aluno (a)s com necessidades especiais; a perspectiva de educadores e gestores de que a incluso de estudantes com necessidades especiais depende de recursos, meios e profissionais externos escola (MONTE, 2006 apud FERREIRA, 2006, p.129).

    Especificamente e de forma direcionada, VIERA & SILVA (2007, p.01),

    discutem a Geometria, na educao inclusiva de deficientes visuais, e ressaltam que

    [...] a matemtica sempre foi vista pelos alunos como sendo a disciplina mais difcil

    do currculo escolar e para alguns, chega a torna-se um entrave na vida acadmica.

    Alm de a Matemtica ser vista como matria curricular mais difcil, inclusive para os

    alunos normais ou que enxergam normalmente, observa-se que para o ensino de

    contedos de Geometria, h a necessidade de direcionar, ao deficiente visual,

    materiais ou utenslios especficos, para que seja efetiva a experincia de

    aprendizagem. Visando um ensino aprendizagem inclusivo do deficiente visual, na

    disciplina Geometria, deve-se fazer uso e aplicar recursos tteis em alto relevo6 e

    por meio do sistema Braille para facilitar a entrada desse grupo no universo

    matemtico (VIEIRA & SILVA, 2007, p.02). Como visto a seguir, a utilizao de

    recursos pedaggicos, so necessrios e teis no ensino aprendizagem do

    deficiente visual porque:

    Para o deficiente visual a utilizao de materiais concretos se torna imprescindvel, haja vista que tem no concreto, no palpvel, seu ponto de apoio para as abstraes. Ele tem no tato seu sentido mais precioso, pois atravs da explorao ttil que lhe chega a maior parte das informaes.

    6 Tbua de Geoplano, Multiplano, Sorob ou baco.

  • atravs dela que ele tem a possibilidade de discernir objetos e formar ideias. As mos, dessa forma, tm um papel fundamental, pois so elas que vo suprir, de certa maneira, a inutilidade dos olhos. VIEIRA, Silvio Santiago; SILVA, Francisco Hermes Santos. Flexibilizando a Geometria na educao inclusiva dos deficientes visuais: uma proposta de atividades, 2007, p.02.

    A Geometria, como ramo da Matemtica, possibilita o desenvolvimento de

    um pensamento integral, favorecendo o sentido mental concreto e associativo, dos

    objetos slidos com o espao. O estabelecimento de intersees entre linhas e

    pontos que formam figuras, assim como a correlao entre fatos histricos, polticos

    e sociais, com a realidade cotidiana vivida, so possibilidades ilimitadas, para

    utilizao durante o processo de ensino aprendizagem. O desenvolvimento de

    raciocnio associativo, promovido por meio do estudo de Geometria, singular na

    promoo do pensamento crtico humano. O pensamento visual, menos abstrato,

    somado aos objetos concretos que nos cercam, justificam a necessidade de

    manuteno, e permanente uso educacional, profissional e social, dos conceitos

    geomtricos. Segundo Borges (1992, p.07):

    [...] a Geometria um suporte a outras disciplinas: na interpretao dos mapas, nos grficos estatsticos, nos problemas de Fsica. Os desenhos registrados na histria das civilizaes ilustram bem o papel fundamental que a Geometria teve nas conquistas da civilizao.

    A divergncia de opinio entre os textos, situa-se na relao momentnea

    ou transitria, do desenvolvimento da proposta de incluso, porque, se para Ferreira

    (2006, p.129), o acesso e incluso escolar deve ser imediato e sem qualquer entrave

    ou restrio, fazendo valer e garantindo o direito de todos educao, por outro lado

    VIEIRA & SILVA (2007, p.02) discutem a necessidade de utilizao, no processo de

    ensino aprendizagem, de recursos pedaggicos especficos, e ou, adaptados para

    os deficientes visuais, para facilitar o desenvolvimento e a incluso dos mesmos no

    universo da disciplina matemtica, potencializando o sucesso na aprendizagem

    escolar.

    A partir do momento de identificao da existncia do elevado numero de

    escolares em situao de fracasso nos estudos, o qual estimula a evaso escolar,

    promovendo situao excludente dos mesmos, surge a necessidade de

    modificaes nos padres atuais de ensino no pas, no s para os alunos

    normais, assim como, para os alunos que apresentam, necessidades educativas

  • especiais. Para FERREIRA (2006, p.126):

    O alto nmero de alunos e alunas que fracassam e se evadem das escolas brasileiras torna necessrio e urgente - alm de garantir o acesso matrcula a reviso do processo educacional enquanto cultura, poltica e prticas existentes nas escolas com vistas identificao de prticas e procedimentos excludentes. Da mesma forma e ao mesmo tempo! - necessrio e urgente a incorporao do princpio da incluso de todo(a)s os educando(a)s nos diversos contextos escolares e etapas educacionais, a fim de assegurar aprendizagens com qualidade e participao efetiva na vida escolar.

    H necessidade urgente de se aplicar modificaes nas estratgias

    pedaggicas de ensino, inclusive de Geometria, para torn-las realmente eficientes

    e atraentes a todos os escolares, independente de apresentarem deficincia visual.

    No decorrer da gerao de oportunidades de educao escolar em massa, surgiro

    mecanismos para o desenvolvimento de tcnicas pedaggicas inovadoras, e

    compromissadas com o processo de educao na diversidade, onde sero

    ressaltadas as potencialidades individuais, que se faro teis ao aprendizado de

    todos. Segundo atestam VIEIRA & SILVA (2007, p.06):

    De um modo geral, h um despreparo tcnico dos profissionais que lidam com a educao do portador de necessidades educacionais especiais. Evidencia-se demais a deficincia dos alunos em detrimento das possibilidades de adequao dos meios de ensino e avaliao desse educando.

    A partir da exposio de contedos de ensino, para que os escolares

    possam ter conhecimento das potencialidades e diferenas individuais, existentes

    entre os humanos, oportuniza-se a aprendizagem coletiva inclusiva. O contato com a

    realidade das diferenas humanas, desenvolve o crescimento de mecanismos

    socioculturais de acolhimento e cooperao mtua, devendo ser as diferenas

    humanas, expostas para todos, sem qualquer forma de distino ou preconceito.

    Segundo FERREIRA (2006, p.127):

    Educar na diversidade significa ensinar em um contexto educacional no qual as diferenas individuais e entre todo (a)s membros do grupo (classe) so destacadas e aproveitadas para enriquecer e flexibilizar o contedo curricular previsto no processo ensino-aprendizagem. Ao realizar a flexibilizao e o enriquecimento do currculo, com a ativa participao dos seus (suas) estudantes, o docente oferece oportunidades variadas para o desenvolvimento acadmico, pessoal e social de cada aluno (a).

    O quadro geral de abandono escolar deve ser observado com ateno e

    profunda preocupao. Para que seja reduzida em tempo hbil a presente situao,

  • de evaso escolar, deve-se aplicar recursos variados, objetivando a formao

    profissional qualificada, modernizao e manuteno fsica permanente de escolas.

    Quando o olhar direcionado para o aluno com necessidades educativas especiais,

    observa-se que escolas com educao inclusiva, ou seja, onde as capacidades

    individuais, so respeitadas e potencializadas, ainda so raras no pas.

    Segundo VIEIRA & SILVA (2007, p.06) O Brasil cuida mal ou no cuida

    do aluno portador de necessidades educacionais especiais, talvez porque no tenha

    conseguido resolver questes mais gerais da Educao Bsica. No h privilgio

    em ser portador de necessidades educativas especiais ou ser normal, porque,

    quando observamos a qualidade de ensino, nos deparamos com uma educao

    geral debilitada e improdutiva, a qual se faz presente na realidade escolar. A garantia

    de escolas para todos, no garantia de educao qualificada para todos. Segundo

    FERREIRA (2006, p.125):

    A qualidade educacional do ensino oferecido a crianas, jovens e adultos brasileiros constitui um desafio prioritrio para o sistema educacional. Esse desafio se justifica porque, no Brasil, j atingimos escolas para todos [com a universalizao da educao], mas no educao para todos. (FERREIRA, 2005, p.05), isto , ainda existe nas escolas brasileiras um alto ndice de fracasso e evaso escolares.

    So necessrias profundas inovaes, na formao e aperfeioamento de

    docentes, assim como aplicao de tcnicas pedaggicas modernas, que visem ao

    desenvolvimento do sistema de educao inclusiva. Descobertas que caracterizam

    diferentes processos de aprendizado podem dar apoio e melhorar a prpria

    experiencia do professor sobre como as pessoas aprendem. E podem ser usadas

    para embasar abordagens alternativas de ensino para alunos com diferentes

    habilidades FRITH (2012. p.15).

    As inovaes didtico-pedaggicas devem ser desenvolvidas por meio da

    troca de experincias educacionais positivas ou de fracassos, observadas no

    ambiente escolar. Visando ao desenvolvimento educativo inclusivo, faz-se

    necessria a capacitao de professores, compromissados com o enriquecimento

    de contedos curriculares, e com a prtica de flexibilizao no ensino, para superar

    alguns desafios existentes, dentre eles, segundo FERREIRA (2006, p.125):

    A garantia de acesso educao de qualidade em qualquer nvel educacional; o desenvolvimento da educao de professore(a)s com a finalidade de preparar todo(a)s o(a)s docentes brasileiro(a)s para ensinar usando didticas inovadora que promovam a incluso de todo(a)s nas

  • atividades realizadas na escola e nas salas de aula e, finalmente, o desafio de formar docentes capazes de educar na diversidade, isto , capazes de flexibilizar e enriquecer o currculo para ensinar todo(a)s o(a)s estudantes.

    Os princpios bsicos norteadores de uma prtica de educao inclusiva

    em sala de aula, so em linhas gerais; a promoo de aprendizagem ativa e

    significativa, a negociao de objetivos, a demonstrao, a prtica e feedback,

    avaliao contnua, apoio e a colaborao permanente, entre todos. Na prtica

    docente inclusiva, deve-se criar meios e condies, para aplicao gradativa, de

    procedimentos pedaggicos heterogneos. Reduzir gradualmente, as atividades

    educativas de caracterstica homognea, que so fixadas e aplicadas ao mesmo

    tempo, para toda a turma, um dos objetivos a ser atingido, por meio de

    flexibilizao pedaggica (FERREIRA, 2006, p.128).

    Para que a prtica de ensino se torne eficaz e inclusiva, para o deficiente

    visual, ponto pacfico, o uso de materiais ou objetos adaptados, principalmente de

    caracterstica concreta. O aluno deficiente visual necessita, para facilitar seu

    entendimento e assimilao de contedos de ensino com conceitos abstratos,

    praticar por meio de objetos concretos a sensao e visualizao ttil. Os objetos

    concretos utilizados pelos deficientes visuais, so importantes ferramentas de ensino

    da matria Geometria, inclusive para os alunos videntes7. Para VIEIRA & SILVA

    (2007, p.07):

    O professor no precisa mudar seus procedimentos quando tem um aluno deficiente visual em sua sala de aula, mas apenas intensificar o uso de materiais concretos, para ajudar na abstrao dos conceitos. Ao criar recursos especiais para o aprendizado de alunos com necessidades especiais, acaba beneficiando toda a classe, facilitando para todos a compreenso do que est sendo transmitido.

    A grande dificuldade na implantao de educao escolar inclusiva, no

    deve servir de empecilho ou desculpa para a no realizao, porque os benefcios

    so incalculveis, sobre a qualidade de vida dos indivduos, sejam eles deficientes

    fsicos ou no. Alguns entraves encontrados relacionados com a educao inclusiva

    so: a m formao e deficincia de conhecimentos dos professores, assim como, a

    escassez de recursos ou materiais didticos adaptados, como visto, segundo

    VIEIRA & SILVA (2007, p.06) a seguir:

    sabido que o processo de incluso , sem dvida, um grande passo

    7 Pessoas que enxergam normalmente (VIEIRA & SILVA, 2007, p.02).

  • positivo, quanto possibilidade de socializao do indivduo deficiente. No entanto, percebe-se ainda, que na questo educacional, ela ainda caminha a passos lentos e curtos, pois verifica-se nas classes regulares, professores mal ou no preparados para atuar com o aluno com deficincia e observa-se tambm a falta de recursos didticos adequados e necessrios em sala de aula normal que abriga esses alunos.

    Acreditamos que a assimilao de novos conhecimentos e habilidades

    instrucionais educativas, por parte do profissional de educao, promove a reduo

    da excluso, evaso e descontinuidade escolar, por meio de aplicao de tcnicas

    de ensino que garantam a promoo e o uso das potencialidades individuais dos

    escolares. Novas tecnologias educacionais oferecem oportunidades de aprendizado

    personalizado que a maior parte dos sistemas educacionais no teria condies de

    arcar. Elas podem representar alternativas fora da sala de aula e, portanto, melhorar

    o acesso dos excludos da educao na fase adulta e mais tarde FRITH (2012,

    p.15). O rompimento com as dificuldades de aprendizagem, por meio de

    investimentos macios, por parte do Estado, assim como, o uso de materiais

    didticos adequados, so recursos que devem ser utilizados para frear a evaso, a

    excluso escolar e social, vigentes na educao brasileira. Para FERREIRA (2006,

    p.129):

    A incluso de aluno (a)s com necessidades educacionais especiais requer tambm que o docente adquira conhecimentos e habilidades para, ao mesmo tempo, promover os direitos desses estudantes e combater barreiras que possam provocar sua excluso educacional.

    Alm da aplicao de recursos didticos eficientes, como objetos

    concretos, tteis e em alto relevo, especificamente para o ensino do aluno deficiente

    visual, como exposto previamente no presente texto, deve-se observar as diferenas

    individuais existentes, no tocante maturao e desenvolvimento de todos os

    escolares. Para BARBOSA (2003, p.19. apud VIEIRA & SILVA, 2007, p.02)

    necessrio:

    Buscar os recursos mais adequados para trabalhar com alunos portadores de deficincia visual tarefa que exige do professor enxergar alm da deficincia, lembrando que h peculiaridades no desenvolvimento de todas as crianas, tendo elas deficincia ou no. A criatividade foi e continua sendo um elemento indispensvel para o homem superar problemas e desafios gerados pelo seu ambiente fsico e social. encarada como uma construo do indivduo em suas interaes com as propriedades do objeto. O trabalho voltado para a criatividade auxilia muito o processo ensino-aprendizagem de Geometria.

  • A utilizao como base no ensino, da teoria construtivista de Jean Piaget

    (VIEIRA & SILVA, 2007, p. 06), a qual pode ser considerada como sendo a teoria do

    desenvolvimento cognitivo humano, psicognese ou psicogentica, onde os

    mecanismos de compreenso da inteligncia e seu desenvolvimento podem ser

    estudados, proporciona mecanismos de ensino eficientes na atualidade, por meio de

    manipulao de objetos concretos.

    Piaget entendeu que o desenvolvimento dos mecanismos biolgicos,

    antecede a aprendizagem e o processo de formao do conhecimento. A formao

    do conhecimento d-se por meio de estgio elementar, seguindo a um estgio

    superior, mais estvel em relao ao primeiro. O estgio superior serve de base de

    sustentao ao prximo estgio de aprendizagem.

    O desenvolvimento mental humano influenciado por quatro fatores inter-

    relacionados, so eles: Maturao ou amadurecimento fsico, especialmente do

    sistema nervoso central; Experincia, por meio de manipulao de objetos,

    movimentos corporais, pensamentos sobre os objetos concretos e os processos de

    pensamentos que os envolvem; Interao social, por meio de jogos, conversas e

    trabalho com outros indivduos, especialmente outras crianas; Equilibrao, que o

    processo de reunir maturao, experincias e socializao, de modo a construir e

    reconstruir estruturas mentais permanentemente (PIAGET, 1983 apud CHARLES,

    1975; VILANI, 1998; CHIESA, 2007).

    A necessidade por aperfeioamento profissional qualificado, por parte do

    professor, e a consequente aplicao de metodologias de ensino, voltadas

    incluso, transforma o profissional de educao, num importante agente ativo ou

    pesquisador, e possibilita romper com o ensino tradicional reducionista e cartesiano.

    A pesquisa educacional, gera novas posturas de ensino ou prtica pedaggica, e

    produz aperfeioamento constante das tcnicas de adaptaes no ensino, por meio

    de permanente acompanhamento escolar, sobre as condies ou potencialidades

    individuais de aprendizagem. Segundo FERREIRA (2006, p.129):

    O processo de mudana da pedagogia tradicional (leitura, cpia, exerccios no caderno ou livro, etc) para uma pedagogia inclusiva, pouco a pouco transforma o(a) docente em pesquisador(a) de sua prtica pedaggica, pois a nova dinmica de ensino faz com que adquira habilidades para refletir sobre sua docncia e aperfeio-la continuamente.

    Especificamente na disciplina Matemtica, por falta de aperfeioamento ou

  • conhecimento tcnico especfico, sobre a matria Geometria, assim como, a

    utilizao do livro didtico, de forma tradicional, no possibilita a compreenso e

    percepo de contedos de Geometria, mais profundamente. A atual atitude na

    prtica afeta a percepo de Geometria, presente no cotidiano dos estudantes, sendo

    eles portadores de necessidades especiais ou no, caracterizando esse processo de

    educao, totalmente exclusivo. Para VIEIRA & SILVA (2007, p.03):

    O grande problema da no aprendizagem da disciplina pelos alunos o fato dos professores de Matemtica, em sua maioria, no conhecerem bem a Geometria e por esta razo acabam seguindo demasiadamente o livro didtico, quase sempre, preocupando-se mais com a tcnica que com o despertar da percepo geomtrica.

    Sem sombra de dvidas o processo de incluso social e educativa, to

    necessrio, no tarefa fcil, nem imediata. H possibilidades reais, durante o

    ensino da disciplina Matemtica, de ser mais bem elaborado, e desenvolvido de

    forma concreta. Especificamente a matria Geometria, to presente e importante no

    decorrer da vida humana, cria grandes possibilidades de ser desenvolvida de

    maneira concreta, portanto, pode ser utilizada por todos os escolares, sendo eles

    portadores de necessidades educativas especificas, como o caso dos deficientes

    visuais, ou no.

    possvel gerar aprendizagem satisfatria a todos os escolares, por meio

    de pesquisa incessante, por parte dos cientistas e educadores, envolvidos no

    processo de ensino e aprendizagem. Os novos e eficientes mecanismos de ensino

    devem ser aplicados, por meio de caractersticas, que se fazem presentes e

    norteiam a educao inclusiva. Sabemos por meio de VIEIRA & SILVA (2007, p.07)

    que ainda:

    So poucas as alternativas que os docentes tm para trabalhar conceitos matemticos de forma concreta. Porm, a partir de estratgias simples criadas pelo prprio educador, os alunos podem ser estimulados a estarem buscando novas aprendizagens. So possibilidades que esto emergindo com maior intensidade nas ltimas dcadas, decorrentes principalmente da proposta inclusiva, que prima por salas heterogneas o que, de certa forma, estimula o professor a estar buscando alternativas que possibilitem a aprendizagem de todos os alunos e no apenas de parte deles.

    A utilizao de tcnicas de ensino j comprovadas, como a utilizao de

    materiais ou objetos concretos, por meio do construtivismo, assim como, da

    utilizao de trabalhos em grupos, e novas tecnologias, possibilita-nos iniciar

  • imediatamente o ensino inclusivo, sem temores. necessrio promover uma postura

    profissional intensa, voltada para pesquisa e troca de conhecimentos e informaes

    entre os educadores e cientistas. Para a realizao e construo do perfil de

    educao inclusiva, j existem experincias positivas, que podem ser aplicadas

    eficientemente, basta para tanto, acreditar na viabilizao da prtica de tais

    experincias. Segundo FERREIRA (2006, p.129):

    O docente aprende a reconhecer o valor e a importncia do trabalho colaborativo e da troca de experincias com seus colegas professor(a)s, os quais podem contribuir de forma sistemtica sobre novas formas de ensinar, de lidar com velhos problemas e de se desenvolver profissionalmente.

    ponto pacfico a morosidade do processo de incluso, principalmente

    quando o olhar direcionado ao deficiente fsico, o qual, por meio da realidade de

    despreparo profissional vigente, e da falta de materiais adequados, possibilita

    momentaneamente, gerar aspectos negativos de desconfiana, entre os professores

    e sociedade constituda, sobre a eficincia do processo de incluso. possvel

    compactuar ideias com VIEIRA & SILVA (2007, p.06), quando afirmam que:

    sabido que o processo de incluso , sem dvida, um grande passo positivo, quanto possibilidade de socializao do indivduo deficiente. No entanto, percebe-se ainda, que na questo educacional, ela ainda caminha a passos lentos e curtos, pois verifica-se nas classes regulares, professores mal ou no preparados para atuar com o aluno com deficincia e observa-se tambm a falta de recursos didticos adequados e necessrios em sala de aula normal que abriga esses alunos.

    O desafio em melhorar a qualidade de ensino, o qual dever ser voltado a

    massificao educacional inclusiva, dentro da diversidade populacional brasileira,

    por meio de mecanismos de flexibilizao do ensino e uso de tcnicas eficientes, em

    acordo com as potencialidades individuais de aprendizagem, num ambiente escolar

    sem distino de raas, crena, poder financeiro, deficincias fsicas etc, uma

    realidade alcanvel. Para FERREIRA (2006, p.129):

    Desenvolver qualidade educacional e promover o desenvolvimento profissional de docentes para educar na diversidade em um pas com dimenses territoriais e pluralidade cultural significativas, como o caso do Brasil, no tarefa para poucos ou de curto prazo. Todo(a)s devemos estar conscientes de que o processo de mudana acarretar turbulncias, temor, desacordos entre reas de conhecimentos, dvidas e inseguranas que podem nos imobilizar. Contudo, as mudanas so necessrias e urgentes e,

  • para alcan-las preciso estabelecer alianas e parcerias, realizar trocas e compartilhar experincias de sucesso ou de fracasso. Somente assim, superando as barreiras que nos imobilizam e atemorizam, seremos capazes de construir sistemas educacionais mais justos e igualitrios, mais humanizados e humanizadores para educador(a) e para cada criana, jovem e adulto que representam a diversidade existente no pas.

    CONSIDERAES FINAIS

    A incluso uma realidade a qual no pode ser deixada em segundo

    plano no mundo atual. Faz-se imperativa a necessidade, em desenvolver espaos

    escolares mais socializveis, e tcnicas modernas de aplicao de ensino, e de

    aperfeioamento profissional, voltado para o desenvolvimento de uma escola e

    sociedade humanizada, solidria e justa. A diversidade humana brasileira e o espao

    territorial privilegiado com dimenses continentais so, sem dvida alguma, fatos

    concretos e perceptveis, que dificultam, mas no inviabilizam a aplicao imediata e

    conclusiva, de qualquer tentativa de modificao, inclusive no campo de educao

    inclusiva. O desafio de implantar definitivamente a educao inclusiva, esta lanado,

    e no h como retroceder, diante de tal realidade educacional positiva, para todos os

    indivduos e sociedade.

    CONCLUSO

    Os autores em seus artigos, por ns selecionados, interagem as mesmas

    ideias, no tocante ao tema incluso, estando enraizados, preocupados e

    compromissados, com o desenvolvimento de educao eficiente e com qualidade.

    Alertamos, para que o nosso sistema educacional, se volte sem distino, e abrace

    a todos aqueles, includos no processo de ensino, e no somente para determinados

    grupos de educandos com necessidades especiais especficas.

    Justifica-se a aplicao de ensino individualizado, para todos inseridos no

    processo de educao, porque, encontramos nas bases tericas do construtivismo o

    alicerce de aprendizagem individual, onde cada indivduo constri seu prprio

    conhecimento, com base conforme a experiencia pessoal vivenciada, mesmo

    estando em grupo. Segundo POMPEU (2012, p. 21): No se deve esquecer que

    outra ideia de Piaget importante para educadores, a de que ocorrem variaes de

    um indivduo para outro, foi igualmente confirmada pela neurocincia atual. A

  • presente citao reafirma a necessidade de individualizao de ensino para

    eficincia na aprendizagem.

    Todos os indivduos necessitam urgentemente fazer parte do processo de

    ensino aprendizagem inclusivo, assim como, ateno tambm deve ser dispensada

    ao ensino de Geometria, o qual vem sofrendo abandono gradual e preocupante nas

    ltimas dcadas (PAVANELLO, 1993, p.07). Outras disciplinas e matrias devem ser

    analisadas profundamente, porque, podem se encontrar em situao de abandono e

    degradao, tanto quanto a Geometria. Curiosa e estranhamente, o ensino da

    matria Geometria, possui caractersticas ntidas, observveis desde tempos

    remotos, de excluso, do processo educacional brasileiro.

    Para uma educao inclusiva eficiente, so necessrias mudanas de

    postura comportamental de ensino, principalmente por parte do professor, ao qual,

    cabe a responsabilidade em desenvolver e colocar em prtica, tcnicas de ensino

    para aprendizagem, inclusive, desconhecidas at o momento. imprescindvel, no

    caso especfico da Geometria, pesquisar profundamente, para resgatar,

    reestruturar, contedos de ensino abandonados e gerar novas formas de aplicao.

    Por meio da presente constatao da possibilidade de resgate e reestruturao, a

    qual fascinante e importante, os professores e cientistas, devem adentrar

    permanentemente no mundo da pesquisa. Por meio de troca mutua de

    conhecimentos tericos e prticos na diversidade, deve-se criar de forma

    multidisciplinar, uma linguagem prpria de comunicao, assim como, mecanismos

    eficientes e constantes, de flexibilizao pedaggica, durante o processo de ensino

    escolar.

    Entendemos ser responsabilidade do Estado, de profissionais de

    educao, cientistas e sociedade, o apoio geral e irrestrito, para o sucesso pleno do

    processo de incluso escolar na atualidade.

    REFERNCIAS

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    PAVANELO, R. M. O Abandono do ensino de Geometria no Brasil: causas e conseqncias. In: Revista Zetetik, Campinas, n.1, 1993. Disponvel em: acesso em: 23 set. 2011, 01:38:29.

    PILETTI, Nelson. Estrutura e funcionamento do ensino de 1 grau. So Paulo: tica, 1984, 168p.

    SANCHES, Isabel; TEODORO, Antnio. Revista Lusfona de educao, Lisboa, n.8, 63-83, 2006.

    SOARES, Carmen Lcia et al. Coletivo de autores: Metodologia do ensino de Educao Fsica. So Paulo: Cortez, 1992. 119.p.

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    VILANI, Luiz Henrique Porto. A sistematizao do processo de ensino-aprendizagem-treinamento dos fundamentos tcnicos dos esportes de raquete: uma proposta de iniciao desportiva para o tnis, tnis de mesa, badminton e squash. Belo Horizonte: UFMG, 1998. 187 p. Disponvel em: acesso em: 13 jan. 2012, 02:02:26.

  • CORRESPONDNCIA:

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