M L g c L Grameen e Reebok num negócio Í N D I C E social...

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Patrocínio Apoio Institucional Outubro de 2010 Número 7 ÍNDICE Entrevista Grameen Creative Lab ........................ pag. 1 Notícias .......................... pág. 3 e 4 Opinião ................................... pág.5 Programas, Prémios e Incentivos ......................... pág.5 Caso e Mini-caso ................ pág.6 Agenda .................................. pág.6 OPINIÃO www.impulsopositivo.com Gestores na 10ª Conferência BCSD Portugal Opinião Raquel Franco CASOS IP Conheça um caso de Integra- ção na sociedade de crianças e adolescentes em risco de exclusão através do Rugby. Caso O grupo Grameen foi fun- dado por Muhammad Yu- nus, prémio Nobel da Paz 2006. Além de ter sido pioneiro no micro-crédi- to, Yunus e o grupo Gra- meen desdobram-se hoje em múltiplas iniciativas e empresas, muitas cria- das em parceria com o mundo empresarial sob a forma de negócio social. O Grameen Creative Lab é disso um exemplo, um negócio social que resul- ta de uma joint-venture entre o Centro do Yunus no Bangladesh e o circ responsibility (Cultural Industries Research Cen- tre responsibility) funda- do por Hans Reitz na Ale- manha. Martin Loeffler é gestor de projecto no Grameen Creative Lab e esteve em Lisboa no Gre- enFestival no passado dia 17 a convite da Sair da Casca. A Vida Económica/ Impulso Positivo conver- sou com Loeffler no final. Vida Económica / Impulso Posi- tivo (VE/IP): Como passou de um encontro com Muhammad Yunus para o Grameen Creative Lab? Martin Loeffler (ML): Directamen- te. Assisti a uma conferência do Pro- fessor Yunus, falei com Hans Reitz, o co-fundador do Grameen Creative Lab, que me disse que queria criar um Grameen Creative Lab na Cali- fórnia. Disse-lhe que eu gostaria de o fazer. E ele sugeriu que passásse- mos um dia num workshop num dos Laboratórios de Negócio Social (Social Business Labs), como agora eu organizo, em que explicamos o conceito de “negócio social” e em que desenvolvemos com a lide- rança das empresas uma ideia de negócio social que depois podem implementar. Partimos de uma questão social e procuramos uma forma de resolver essa questão e de a transformar num negócio. Claro que não teremos um negócio pron- to a montar de imediato, ao fim de um dia, mas teremos o que chama- mos de um vírus YY. “YY” de “Yunus and You” (Yunus e tu). Que significa que os participantes são capazes de usar as lentes da “maximização de impacto social” e tirar as lentes da “maximização do lucro”. VE/IP: Gostaria que falasse do projecto com a Reebok. ML: O projecto da Reebok é um caso muito mediático. Recente- mente falei com a pessoa respon- sável pelo Centro do Yunus que me disse que a maioria das questões que nos colocam sobre o conceito de negócio social vêm associadas ao caso Reebok. Talvez porque as pessoas se identifiquem com o pro- duto – sapatos. (continua na página seguinte) Martin Loeffler, Gestor de projecto do Grameen Creative Lab Escolinha de Rugby da Galiza MARTIN LOEFFLER , GESTOR DE PROJECTO DO GRAMEEN CREATIVE LAB , NO BANGLADESH Grameen e Reebok num negócio social com sapatos

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PatrocínioApoio Institucional

Manual de Normas . Banco Espírito Santo 1.5 Reduções Máximas do Logótipo

O logótipo só poderá ser reduzido até uma dimensão que não implique a perda total ou parcial da sua identificação visual.A redução máxima recomendada para o logótipo versão Vertical Centrada é de 5 mm para o símbolo, sendo os restantes elementos reduzidos proporcionalmente.

Reduções Máximas do Logótipo - Versão Vertical Centrada

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5mm

Redução máxima

Outubro de 2010Número 7

Í N D I C EEntrevista Grameen Creative Lab ........................ pag. 1

Notícias .......................... pág. 3 e 4

Opinião ................................... pág.5

Programas, Prémios e Incentivos ......................... pág.5

Caso e Mini-caso ................ pág.6

Agenda .................................. pág.6

O P I N I Ã O

www.impulsopositivo.com

Gestores na 10ª Conferência BCSD Portugal

Opinião

Raquel Franco

C A S O S I P

Conheça um caso de Integra-ção na sociedade de crianças e adolescentes em risco de exclusão através do Rugby.

Caso

O grupo Grameen foi fun-dado por Muhammad Yu-nus, prémio Nobel da Paz 2006. Além de ter sido pioneiro no micro-crédi-to, Yunus e o grupo Gra-meen desdobram-se hoje em múltiplas iniciativas e empresas, muitas cria-das em parceria com o mundo empresarial sob a forma de negócio social. O Grameen Creative Lab é disso um exemplo, um negócio social que resul-ta de uma joint-venture entre o Centro do Yunus no Bangladesh e o circ responsibility (Cultural Industries Research Cen-tre responsibility) funda-do por Hans Reitz na Ale-manha. Martin Loeffler é gestor de projecto no Grameen Creative Lab e esteve em Lisboa no Gre-enFestival no passado

dia 17 a convite da Sair da Casca. A Vida Económica/Impulso Positivo conver-sou com Loeffler no final.

Vida Económica / Impulso Posi-tivo (VE/IP): Como passou de um encontro com Muhammad Yunus para o Grameen Creative Lab? Martin Loeffler (ML): Directamen-te. Assisti a uma conferência do Pro-fessor Yunus, falei com Hans Reitz, o co-fundador do Grameen Creative Lab, que me disse que queria criar um Grameen Creative Lab na Cali-fórnia. Disse-lhe que eu gostaria de

o fazer. E ele sugeriu que passásse-mos um dia num workshop num dos Laboratórios de Negócio Social (Social Business Labs), como agora eu organizo, em que explicamos o conceito de “negócio social” e em que desenvolvemos com a lide-rança das empresas uma ideia de negócio social que depois podem implementar. Partimos de uma questão social e procuramos uma forma de resolver essa questão e de a transformar num negócio. Claro que não teremos um negócio pron-to a montar de imediato, ao fim de um dia, mas teremos o que chama-mos de um vírus YY. “YY” de “Yunus and You” (Yunus e tu). Que significa que os participantes são capazes de usar as lentes da “maximização de impacto social” e tirar as lentes da “maximização do lucro”.VE/IP: Gostaria que falasse do projecto com a Reebok.ML: O projecto da Reebok é um caso muito mediático. Recente-mente falei com a pessoa respon-sável pelo Centro do Yunus que me disse que a maioria das questões que nos colocam sobre o conceito de negócio social vêm associadas ao caso Reebok. Talvez porque as pessoas se identifiquem com o pro-duto – sapatos.

(continua na página seguinte)

Martin Loeffler,Gestor de projecto do Grameen Creative Lab

Escolinha de Rugby da Galiza

Martin LoeffLer, gestor de projecto do graMeen creative Lab, no bangLadesh

Grameen e Reebok num negócio social com sapatos

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Outubro de 2010

VE/IP: Gostaria que falasse do projecto com a Reebok. (cont.)ML: […] Começámos este projecto com a questão dos ancilostomídeos – as “hookwor-ms”. São parasitas que entram pelo pé e que chegam à circulação sanguínea atingindo os pulmões; com a tosse acabam por ser engo-lidos, passando para o estômago e acaban-do nos intestinos. Aí o que fazem é absorver o sangue, multiplicando-se e eliminado os glóbulos vermelhos, que transportam o oxi-génio. Se os apanhamos enquanto criança, o desenvolvimento da capacidade cognitiva e do próprio corpo fica comprometido signi-ficativamente. É também uma das causas de mortalidade feminina quando as mulheres dão à luz. Estima-se que cerca de 700 milhões de pessoas no mundo tenham esta doença, 10% da população mundial. É portanto uma questão social relevante por onde começar.VE/IP: Como se lembraram desta questão?ML: É um pouco como o ovo e a galinha. Quando o Yunus encontra por acaso um CEO como Herbert Hainer (Adidas) falam sobre problemas e conceitos. Quando começamos a trabalhar este conceito de um sapato, além da questão do parasita, Hans Reitz, que tinha andado pela Índia descalço durante 3 anos, apercebeu-se que quando não tens sapatos, não tens direitos, não tens dignidade, e não podes entrar em muitos sítios, restaurantes, esquadras de polícia, etc. Portanto, eram duas as questões sociais – por um lado, a questão de dar dignidade às pessoas, dando-lhes acesso a sapatos, por outro prevenir a doença.

VE/IP: E assim nasceu o sapato que nos mostrou na conferência. ML: Sim, foi um sapato produzido para evitar a penetração do parasita, com bordas subi-das, uns simples chinelos não são suficien-tes porque os parasitas podem entrar pelos lados para os dedos. Médicos especialistas, quando viram o design do sapato, assegu-raram-nos que era possível reduzir significa-tivamente o risco de contrair a doença. Fi-zemos um teste-piloto, lançámos o sapato e vendemos 5.000 pares. No meu regresso, vamos compilar o que aprendemos e os re-sultados para os apresentar à Adidas, com uma série de sugestões de estratégia sobre como implementar o projecto.VE/IP: Normalmente o Grameen Creative Lab acompanha o projecto até ao fim?ML: Somos uma empresa de consultoria. A empresa pode avançar sozinha ou pode con-tratar-nos como forma de acederem ao mer-cado no Bangladesh, como coordenadores ou gestores de projecto. Se estamos, garan-timos que o negócio é um “negócio social”. Porque não é fácil desligar de uma forma de fazer negócio, com o objectivo de maximizar o lucro, para outra diferente em que o lucro, a existir, não é distribuído. É como deixar de fumar. O Professor Yunus diz que não po-demos oferecer um dividendo pequeno, só porque poderia atrair mais fundos. Tem que ser dividendo zero. Porquê? Porque se que-remos deixar de fumar não podemos fumar um cigarro ou dois por dia, temos que deixar por completo.

O percurso de Martin Loeffler

“Eu era uma pessoa das empresas. Estudei gestão na Alemanha, gestão internacional em França, e depois trabalhei durante 6 anos numa empresa de consultoria de gestão de topo, em programas de reestruturação, programas de estratégia, nalguns casos passando pela eliminação de empregos, etc. Depois decidi mudar-me para os EUA e consegui uma posição de Direcção Finan-ceira na Allianz. Era responsável pela área de Performan-ce Management e Business Intelligence. Performance Management significa que medimos o desempenho das pessoas, e ao dar-lhes determinados indicadores-chave de performance vamos conduzindo o seu com-portamento numa determinada direcção. Por exemplo, se as medimos pela satisfação dos consumidores, as pessoas vão ser simpáticas para os consumidores. Isto está tudo certo. Mas nós realmente fazíamos rankings das pessoas e afixávamos esses resultados todos os meses. A negatitividade que resultou de todo esse pro-cesso foi bastante intensa, e ao fim de 5 anos deixei de me sentir motivado pelo mundo empresarial, e saí da empresa. Tinha 35 anos e resolvi parar por um tempo para decidir o que fazer com a minha vida. Tirei um ano, viajei, fiz kite-surfing, estive em diferentes comunida-des espirituais, e quando as pessoas me perguntavam sobre o meu emprego, eu não sentia orgulho em falar dele. Diziam-me que era por causa de pessoas como eu que existiam sindicatos. Comecei a pensar que poderia ensinar inglês no Zimbabué, mas dadas as minhas com-petências, e o tipo de valor que eu poderia gerar numa empresa, isso não fazia sentido.”

Grameen e Reebok num negócio social com sapatos (cont.)

VE/IP PERGUNTOU A MARTIN LOEFFLERPodemos trazer o conceito de “negócio social” para a Europa?Temos Wiesbaden como uma “Social Business City” (Cidade de negócios sociais). Tentamos trabalhar com algumas cidades e regiões de forma a desenvolver negócios sociais e a criar valor social nessas regiões. Primeiro para provar que pode funcionar também na Europa. Além disso, porquê trabalhar no Bangladesh se existem tantas questões sociais a resolver à nossa porta? Queremos mostrar, inclusive às pessoas em torno da nossa empresa, à nossa família, que também podemos ter impacto em casa. Criamos Fundos de Investimento Social, em que grandes empresas são in-vestidores privados que para ele canalizam dinheiro, e as pessoas que querem criar um negócio social acedem ao capital para arrancar. Este é um projecto que está a arrancar também em Wiesbaden.

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Outubro de 2010

Legião da Boa Vontade realiza IX Congresso Internacional da Educação

A LBV (Legião da Boa Vontade) realiza o seu IX Congresso In-ternacional da Edu-cação, que integra o programa de acção 2010, de âmbito In-ternacional da LBV. Este congresso

decorre nos dias 19 e 20 de Novembro de 2010, na cidade do Porto, e tem como tema principal o “Um Olhar além do Intelecto”, com dois painéis de pa-lestrantes e dois segmentos, a Pedagogia do Afecto, direccionada à criança até aos dez anos e a Pedagogia do Cidadão Ecuménico, vocacionada para o adolescente e para o adulto. Para este congresso também estão programados workshops e todos os Educadores, Pais, Encarregados de Educação, Estudan-tes e Profissionais poderão participar e debater a problemática do relaciona-mento interpessoal, intergeracional nas Escolas, nas Famílias e na Comunida-de, sobre uma Nova Perspectiva. No dia 19 de Novembro, o congresso terá início no Hotel VilaGalé Porto, com a apresentação dos participantes e entrega de credenciais, pelas 9 horas, e no dia 20 de Novembro, os workshops terão lugar nas instalações do Centro Social da Legião da Boa Vontade.

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O centro de investigação da Funda-ção Champalimaud, dedicado ao cancro e às neurociências, foi inau-gurado no passado dia 5 deste mês, em Lisboa, e contou com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva, e do Primeiro Ministro, José Sócrates. O centro dispõe de tecno-logias modernas para investigação

biomédica e estará aberto para investigadores nacionais e internacionais, que desenvolvam projectos nas áreas das neurociências e da oncologia. Prevê-se ainda que sejam atendidos cerca de 300 doentes por dia, aliando-se a investigação com a actividade clínica, que inclui prevenção, diagnósti-co e tratamento dos pacientes. Para melhorar o serviço, o centro Champali-maud conta em 2014 ou 2015 integrar também uma área de internamento. Em Janeiro próximo receberá o programa de neurociências, e em Abril do mesmo ano entrará em funcionamento a área clínica e de investigação do cancro. O centro estará também aberto ao público para que seja apreciado por todos o espaço com jardins panorâmicos e o anfiteatro ao ar livre para a realização de espectáculos musicais, sessões científicas ou artísticas.

Centro de Investigação Champalimaud inaugurado

A cidade de Coimbra acolhe a Marcha Branca contra a pobreza, dia 17 de Outubro, dia Internacional para Erradicação da Pobreza. Esta marcha, está integrada no projecto “Coimbra Unida Contra a Pobreza”, que decorre entre os dias 11 e 18 de Outubro, juntamente com um conjunto de ini-ciativas, que visam informar e sensibilizar a sociedade civil sobre os “Oito Objectivos do Desenvolvimento do Milénio”, essencialmente o objectivo número um, erradicar a pobreza extrema e a fome. Nesta marcha será entregue às autoridades públicas locais um Manifes-to Anti-Pobreza, para promover junto destas um compromisso de luta contra a pobreza, documento que, em simultâneo, inscreverá a cidade de Coimbra como a primeira do mundo a integrar a “Rede Internacional de Cidades Justas” criada pela Organização das Nações Unidas. Este Projecto é promovido por um conjunto de associações do concelho, a Atlas, a Associação de Cooperação para o Desenvolvimento, a Saúde em Português e a Secção de Defesa dos Direitos Humanos da Associação Académica de Coimbra, às quais se associam mais 33 instituições.

Coimbra promove Marcha Branca contra a pobreza

Os CTT (Correios de Portugal) e o Chapitô (Colectividade Cultural e Recre-ativa de Santa Catarina) lançaram uma série filatélica, que homenageia o circo e assinala o 30º aniversário desta entidade, liderada por Teresa Ricou, sua presidente e mentora. A série inclui um conjunto de quatro selos e um bloco com um selo duplo, acompanhados de uma pagela de divulgação assinada por Teresa Ricou, além de um subscrito e carimbo do primeiro dia.

Os selos e restantes materiais contam com ilustrações do artista plástico Jorge Martins, que mostra nos seus desenhos alguns dos “números” que ilustram o circo, como o contorcionismo, equilibrismo, palhaços, entre ou-tros. Os selos serão distribuídos a nível nacional e internacional com uma tiragem de duzentos e cinquenta mil exemplares.

CTT e Chapitô homenageiam o Circo

Actualizada e tratada diariamente por uma equipa de juristas qualificados

BD JURÍDICAbase de dados on-line

Interligação entre Legislação, Jurisprudência, artigos de Análise e Minutas

EXPERIMENTE

AGORA

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Outubro de 2010

EDP e Sair da Casca premeiam escolas em nome da sustentabilidade

A EDP e a Sair da Casca reuniram recen-temente cerca de 500 jovens do ensino secundário, no Pavilhão Atlântico em torno do tema da sustentabilidade, num evento que assinalou o final do primeiro ano do projecto Twist - a tua energia faz a diferença. O projecto, que foi apresenta-do às escolas no arranque do ano lectivo 2009-2010, aborda a eficiência energé-tica e alterações climáticas, tendo como destinatários os alunos de secundário. Cerca de 200 escolas responderam ao desafio e, com uma equipa de 4 alunos e um professor (os “twisters”), aceitaram envolver-se activamente na promoção da mudança de hábitos e comportamen-tos relacionados com eficiência ener-gética e alterações climáticas, quer nas próprias escolas quer na comunidade em geral. No total, estiveram directamente envolvidos 723 jovens que, com a ajuda dos professores e de 6 monitores, e atra-vés de inúmeras iniciativas, terão «chega-do» a mais de 136.000 outros alunos.

Aos participantes foram disponibiliza-das diversas ferramentas através de um site criado para o efeito (www.twist.edp.pt), um local onde, para além de infor-mação útil sobre eficiência energética e alterações climáticas, notícias, quizzes e passatempos, os twisters puderam orga-nizar-se com a ajuda de ferramentas de trabalho em grupo. Foi ainda criado um blogue do projecto (http://twisters.blo-gs.sapo.pt/), centro de partilha de acções ao longo do ano, através de vídeos, foto-grafias, testemunhos, entre outros. De acordo com os promotores da iniciati-va, «o balanço deste primeiro ano é mui-to positivo e serve para mostrar como os jovens do ensino secundário estão cons-cientes dos enormes desafios que a sua geração enfrenta, e prontos para assumir a responsabilidade de “fazer a diferença” e “mudar o mundo”». Às três escolas ven-cedoras foi atribuído um prémio total de 100.000€ destinados à implementação de medidas de eficiência energética nas respectivas escolas. As escolas vencedo-ras foram: Escola Secundária com 3º ci-clo Alcaides de Faria /Barcelos (1ºlugar); Escola Secundária da Boa Nova – Leça da Palmeira/ Porto (2º lugar) e a Escola Se-cundária da Lourinhã – Lourinhã/Lisboa (3º lugar). Este programa foi financiado pela ERSE no âmbito do PPEC – Plano de Promoção da Eficiência no Consumo.

Brisa renova presença no índice FTSE4Good

A Brisa – Auto-estradas de Portugal, volta a marcar presença no FTSE4Good, um índice internacional que reconhece a pres-tação das empresas na área de responsabilida-de social e o qual integra desde Setembro de 2005. Esta recondução surge na sequência da avaliação semestral feita no âmbito deste índice, o qual a Bri-sa foi a primeira empresa português a integrar. A par do Dow Jones Sus-tainability Index, este índice é uma das mais importantes referências na área de sustentabi-lidade empresarial no

que respeita as empresas cotadas socialmente res-ponsáveis. O índice cobre diferentes países, bolsas e sectores, sendo elaborado pela Ethical Investment Research and Informa-tion Service (EIRIS), uma empresa de research in-dependente. Desde 2002 que a Brisa se submete, regularmente, ao escrutí-nio independente das em-presas especializadas em research de sustentabili-dade, como o Sustainable Asset Management Group (para o Dow Jones Sustai-nability Index STOXX), o EIRIS – Ethical Investment Research Service (para o FTSE4Good, entre outros), o SiRi ou a VIGEO. “O de-sempenho da Brisa no do-mínio da sustentabilidade tem sido sistematicamen-te reconhecido desde 2002, quando foi a primei-ra empresa portuguesa a integrar o índice Dow Jones Sustainability Index STOXX.”, refere a empresa em comunicado.

Medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no

Consumo, aprovado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos

Sonae reduz consumo relativo de água e produção de resíduos

O Grupo Sonae conseguiu reduzir o consumo de água durante o ano passado, em resultado das medi-das de eco-eficiência adoptadas nas diversas áreas de negócio. Em termos globais, o consumo de água por volume de negócios di-minuiu 1,6% em 2009, face a 2008, para os 402 m³ por milhão de eu-ros. Além disso, reduziu ainda a produção de resíduos em 3,2% para as 19 toneladas por milhão de euro (em 2009 e face a 2008).No retalho alimentar, a redução no consumo absoluto de água atin-giu 13,8% em 2009 no universo de

lojas comparável, registando-se um consumo total de água potá-vel de 797.011 m³. Entre as medi-das aplicadas ao longo do ano e que permitiram atingir estes resul-tados, destaque para a instalação de contadores parciais em várias áreas permitindo um maior con-trolo, bem como a instalação de fluxómetros em todas as tornei-ras, redutores de caudal em vários pontos e ponteiras em todas as mangueiras. Já na Sonae Sierra foi possível evitar custos no valor de cerca de

376.500 euros e poupar 151 mi-lhões de litros de água em 2009, em resultado de um conjunto de medidas aplicadas ao longo dos últimos sete anos. O consumo de águas pluviais e reutilizadas quase duplicou, passando de 3,6% para 5,8% do total.Na Sonaecom, cresceu o consumo de água reutilizada (a empresa utiliza água que provém da rede de abastecimento público e água da chuva reutilizada), atingindo os 2,8% (0,8% em 2008), tendo sido utilizada, por exemplo, na rega de

edifícios e estando também pre-vista a sua utilização no combate a incêndios.A Sonae tem um compromisso público de diminuição da Pega-da Ecológica, tendo colocado em marcha um plano de iniciativas de eco-eficiência para 2010 e para os anos seguintes. Este plano inclui a realização de acções para redu-zir o consumo potencial de água nas lojas, escritórios e operações, bem o aproveitamento de águas pluviais e residuais. As áreas de negócio da Sonae têm também prevista a realização de acções de sensibilização junto dos seus clientes e fornecedores, desde particulares a empresas, de forma a reduzir ainda mais a Pegada Eco-lógica.

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Outubro de 2010

Já passava das 15 horas no passado dia 17. A pla-teia repleta de gente das empresas. No palco, nas confortáveis cadeiras dispostas em semi-círculo informal, pessoas conhecidas do mundo empresa-rial e não só: Sérgio Figueiredo da Fundação EDP, Vasco Mello da Brisa, Pires de Lima da Unicer, Pe-dro Queirós Pereira da Portucel, Luís Reis do grupo SONAE. Um friso de pessoas que sabem de gestão de empresas. E que foram desafiados a falar de sus-tentabilidade. O clima foi de transparência desde o início. Alguns dos oradores admitiram que essa não era a sua área de especialidade, mas tinham-se preparado para falar do tema. Como bons em-presários e bons gestores de empresas e de uma fundação. As apresentações sucederam-se. Sérgio Figueiredo tinha muito para dizer porque através da Fundação EDP, e directamente, a empresa EDP tem levado a cabo uma série de iniciativas que encaixam na definição de responsabilidade so-cial, quer na área ambiental, quer na área social. Inevitavelmente Kakuma foi um projecto referido e inevitavelmente também foi tema de desafio. Porquê Kakuma? Porquê o Quénia? Não há pro-blemas suficientes em Portugal e oportunidades q.b. de projectos sociais no nosso país? A questão obviamente que já tinha sido ponderada, e Sérgio Figueiredo depressa explicou que, sendo a EDP uma empresa internacional e estando presente em muitos países, é muito importante criar projectos que contribuam para a identificação global dos co-laboradores com a empresa. Kakuma é realmente conhecido de todos, Kakuma ganhou projecção mundial, Kakuma é o projecto da EDP. Kakuma é o emblema de muitos colaboradores da EDP que se sentem bem em pertencer a uma empresa que apoia um projecto como Kakuma. Kakuma que na língua local – o suailli – significa “terra de ninguém”. Terra de ninguém para mais de 75.000 pessoas. Por quem a EDP faz alguma coisa. Luís Reis seguiu-se. No grupo SONAE estas questões da sustentabili-dade são já preocupação antiga de que se recorda existirem ainda antes de entrar no grupo há vários

anos. Hoje, mais de 300 instituições de solidarieda-de social são apoiadas pelo grupo SONAE, com um valor que ascende aos 11 milhões de euros. Além disso, teve grande destaque o programa de educa-ção para um consumo responsável já levado a cabo há vários anos pelo grupo. Pedro Queirós Pereira foi o que mais vincou o facto de não ser especialis-ta. Mas supreendeu com o que revelou sobre o tra-balho da Portucel / Soporcel. Obviamente a parte ambiental mereceu atenção destacada desta em-presa, sendo a aposta em floresta certificada uma realidade com muitos hectares já. A dada altura es-clarece, dando seguimento a uma história de Luís Reis, que o papel reciclcado, apesar de ser moda, é uma opção muito pouco ecológica em compara-ção com o papel branco normal que o grupo Sonae prefere usar, conscientemente, não embarcando em modas. Vasco Mello destacou o papel da Brisa com já muitos créditos ao nível internacional em termos do trabalho em prol da sustentabilidade. No meio destes testemunhos encaixou um bem diferente – o de Pires de Lima. Para a Unicer, antes de mais, a responsabilidade está perante os accio-nistas e os colaboradores. A responsabilidade pri-meira para a Unicer é garantir rentabilidade e em-prego. Os despedimentos e rescisões de cerca de 1000 colaboradores num passado próximo foram um investimento que a Unicer teve que fazer na manutenção da rentabilidade da empresa. Porque

o mercado é duro. E ser empresário em Portugal é difícil. Luís Reis juntou-se ao coro e sublinhou que o Estado não ajuda, e que a SONAE entrega 11% do IVA dos portugueses aos cofres do Estado, ten-do por isso uma noção bem real do que o Estado sorve. Depois da primeira ronda, Sérgio Figueiredo retomou e não deixou passar a deixa em branco. Então a responsabilidade das empresas é pelos ac-cionistas e pelos colaboradores? Há quanto tempo o discurso de responsabilidade social não é este, terá pensado. Mas Pires de Lima insistia, investimos na selecção de Rugby porque acreditamos que isso nos vai trazer retorno em vendas. Porque a nossa responsabilidade é manter a empresa rentável e os empregos aos trabalhadores. Num cenário de crise, deixa-nos uma imagem de responsabilida-de. Mas fica também a dúvida – não é possível ir mais longe? Pires de Lima sabe que sim, e vai. A Unicer apoia uma série de iniciativas, por exemplo de índole cultural. Mas neste espaço fez questão de deixar outra mensagem. Sérgio Figueiredo, por ventura numa empresa com mercado menos difícil, teria talvez gostado que a conversa tivesse seguido outros rumos, de investimento social, com impacto social, com retorno social para muitos. Pi-res de Lima puxou-nos os pés para a terra. Mas não disse tudo. Porque também investe em projectos da sociedade. Só não quis dizer que sim.

Raquel Campos Franco

Porquê Kakuma? Porquê o Quénia? Porque não?

Ver mais aqui.

convite da coMissão europeia à apresentação de propostas - eacea/21/10

Apoio estrutural a organizações de investiga-ção e grupos de reflexão sobre as políticas pú-blicas europeias e a organizações da sociedade civil a nível europeuO Programa visa contribuir para os objectivos de dar aos cidadãos a oportunidade de inte-ragirem e participarem na construção de uma Europa cada vez mais próxima, democrática e virada para o mundo, unida e enriquecida

pela sua diversidade cultural, aprofundando assim a cidadania da União Europeia; de forjar um sentido de identidade europeia, baseado em valores, na história e cultura comuns; de promover a adesão dos cidadãos à União; de incrementar a compreensão mútua entre os cidadãos europeus, respeitando e promoven-do a diversidade cultural e linguística e con-tribuindo, simultaneamente, para o diálogo intercultural.Os objectivos específicos convite são o de fo-mentar acções, debates e reflexões em matéria

de cidadania europeia e democracia, partilha de valores, história e cultura comuns graças às actividades e à cooperação dos «laboratórios de ideias» (grupos de reflexão) e a organizações da sociedade civil a nível europeu; de incentivar a interacção entre os cidadãos e as organizações da sociedade civil, contribuindo para o diálogo intercultural e dando protagonismo tanto à di-versidade como à unidade da Europa.

Programa «Europa para os Cidadãos», Acção 2, Medidas 1 e 2 — 2011

Gestores na 10ª conferência BCSD Portugal

Programa

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Outubro de 2010

A Pista Mágica, lançada em 2008, é a primeira Escola de Voluntariado em Por-tugal, tratando-se de um «projecto inovador na área social e com elevadíssi-mo potencial», refere Sónia Fernandes, fundadora e presidente da entidade. A escola de voluntariado pretende ajudar a construir competências para o exer-cício do voluntariado como forma de combate às desigualdades sociais, re-sultando num efectivo instrumento da acção humanitária e na assumpção do voluntariado como forma de estar na vida, até porque, segundo a fundadora, «a boa-vontade não basta, é necessário agir com qualidade e competência». O seu objectivo é capacitar os agentes da solidariedade em Portugal e países em vias de desenvolvimento, especificamente na área do voluntariado, além de prestar consultoria a instituições. Para além da realização de acções de formação, a Pista Mágica promove palestras (para instituições de ensino, organizações da sociedade civil e empresas com serviço gratuito), actividades de voluntariado e cooperação (planeamento de projecto de cooperação em Angola). Algumas das áreas de intervenção da Pista Mágica também reforçam a sociedade civil, através do apoio a associações congéneres e associações de base nos países em vias de desenvolvimento. Tendo como guia a Declaração Universal dos Direitos do Homem, esta escola é reconhecida como ONGD (Organização Não Governamental para o Desenvolvimento) pelo IPAD (Instituto Português de Apoio ao De-senvolvimento) e o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Pista Mágica é mini-caso IP. Veja em www.impulsopositivo.com

PISTA MÁGICA ENSINA A SER VOLUNTÁRIO EM PROJECTO SOCIAL INOVADOR A G E N D A

SAP BUSINESS FORUM 2010 debate sustentabilidade e transparência empresarial

DIA 21 DE OUTUBRO DE 2010, CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL

Entre os keynote speakers, destacam-se Al Gore, ex vice-presidente dos Estados Unidos e Prémio Nobel da Paz.

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CICLO DE 4 ENCONTROS TEMÁTICOS Pobreza é ficar Indiferente! Juntos por uma Sociedade para Todos

AUDITÓRIO DO INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, R. CASTILHO, N.º 5 – R/C, LISBOA.

Encontro 3 — Contra as Barreiras da DiferençaDia 21 de Outubro de 2010, 16h00Jerónimo de Sousa, Director do Centro de Reabilitação Profissional de Gaia (CRPG).Mário Pereira, Presidente da Federação Portuguesa de Centros de Formação Profissional e Emprego de Pessoas com Deficiência (FORMEM).

Encontro 4 — A Minha Casa é a RuaDia 18 de Novembro de 2010, 16h00Daniel Horta, Presidente da Associação Sem-Abrigo (ASA/Porto).Teresa Duarte, Coordenadora do Projecto Housing First da Associação para o Estudo e Integração Psicossocial (AEIPS).

4º Forum da Responsabilidade Social das Organizações e Sustent-abilidade

DIA 21 DE OUTUBRO DE 2010

Organização: AIPLocal: Centro de Congressos de Lisboa

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FICHA TÉCNICACoordenadora: Raquel Campos FrancoColaboradores: Rita Ribeiro e Elisabete MendesPaginação: Tiago DiasNewsletter mensal do projecto Impulso Positivo – Vida EconómicaPropriedade de Imoedições. Lda (Grupo Editorial Vida Económica)R. Gonçalo Cristóvão, 14 – 6º • 4000-263 Porto • NIPC: 507037219 www.impulsopositivo.com

A Escolinha de Rugby da Galiza é uma iniciativa social que nasceu no dia 30 de Setembro de 2006 dentro do projecto desportivo do ATL da Galiza e da Santa Casa de Misericórdia de Cascais (SCMC). Foi a primeira Escolinha de Rugby em Portugal a usar os treinos, disciplina e valores do Rugby junto de crianças e jovens de um dos bairros mais pobres e problemáticos do país: Fim do Mundo no Estoril. O interesse dos jovens do ATL da Galiza pelo Rugby foi quase automática após um primeiro contacto “na brincadeira” com alguns jogadores da modalidade. A ideia ganhou força, mas a SCMC não tinha condições financeiras para apoiar o projecto. Foi com um grupo de voluntários, incluindo um coordenador desporti-vo, a vontade das crianças e um campo de cimento, o único disponível, que começaram a treinar.A Escolinha nasceu com a missão de integrar as crianças e adolescentes em risco de exclusão na comunidade alargada, a nível desportivo, educa-cional, saúde e desenvolvimento cívico, através do treino, jogos e assimilação de valores do Rugby. Es-tes são os seus objectivos concretos:• PromoveratravésdoRugbyaapreensãoeinte-

riorização de valores como o espírito de grupo, a entreajuda e solidariedade e a aceitação da diferença - todos são necessários independen-

temente das suas características físicas, cultu-rais ou temperamentais.

• Promoverapartilha,vivênciaeatransmissãodevalores morais, éticos, sociais, que ajudem a um crescimento equilibrado e também permitam o desenvolvimento do sentido de responsabilida-de e do respeito pelo outro e pela vida humana.

• Envolveremobilizarasfamílias,asescolaseou-tros parceiros num projecto global de educa-ção e desenvolvimento harmonioso da criança ou jovem.

CASO

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