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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE MATEMÁTICA
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA APLICADA
GMA 00122 – MÉTODOS MATEMÁTICOS I
SÉRIES DE FOURIER
ROGÉRIO MELLO RANGEL
NITERÓI
04/10/2010
1
Autor: Rogério Mello Rangel – Escola de Engenharia, Universidade Federal Fluminense – Mat: 105.40.052-8
Filiação: Ronaldo de Paiva Salgado Rangel
Maria Valéria Mello Rangel
E-mail: [email protected]
Professor: Altair Sousa de Assis, D.sc.
Trabalho: Séries de Fourier
“O seu único inimigo é você mesmo.”
2
1. Resumo
Uma Série de Fourier é capaz de decompor qualquer função ou sinal periódico em
uma soma (possivelmente infinita) de um conjunto de funções oscilantes, no caso,
senos e cosenos (ou ainda, exponenciais complexas). O estudo das Séries de Fourier é
um ramo da Análise de Fourier, idealizadas por Joseph Fourier, afim de resolver a
equação do calor em uma chapa metálica.
A equação do calor é uma equação diferencial parcial (EDP), cuja solução geral não
era conhecida até o desenvolvimento deste método. Eram apenas conhecidas soluções
para casos particulares, como por exemplo, quando a fonte de calor se comportava
como uma função senoidal ou cosenoidal. Essas soluções são conhecidas como
soluções fracas. A idéia por trás do método era modular uma fonte de calor com uma
função complicada através de uma combinação linear de senos e cosenos, e
representar a solução como uma combinação linear das soluções fracas. Essa
combinação é chamada de Série de Fourier.
Apesar da motivação inicial ter sido resolver a equação do calor, logo tornou-se
óbvio que esse mesmo método poderia ser utilizado para resolver vários problemas
matemáticos e físicos.
2. Introdução
O presente material tem por finalidade apresentar, de maneira didática e
compreensiva, através de conteúdo teórico e exemplos, o assunto Séries de Fourier,
com ênfase em Séries Duplas de Fourier, Convergência das séries de Fourier e a
Identidade de Parseval. conforme são entendidos pela ementa da disciplina
GMA00122 - Métodos Matemáticos I, oferecida pelo Departamento de Matemática
Aplicada do Instituto de Matemática da Universidade Federal Fluminense. Tal ementa
pode ser encontrada no site www.uff.br/gma.
3
a b
c
d
y
x
R
3. Série Dupla de Fourier
Diz-se que uma função é contínua por partes num retângulo R do plano se:
I) f é contínua no interior e no bordo de R, com a possível exceção de um número
finito de pontos, ou ao longo de um número finito de arcos diferenciáveis simples, ou
em ambos, e
II) Existe lim( x , y )→( x0 , y0)
f (x , y ) quando (x0 , y0 ¿ é um ponto de descontinuidade de f e (
x , y ¿ tende a (x0 , y0) pelo interior de qualquer uma das regiões em que R é dividida
pelos arcos de descontinuidade.
Figura1
¿ f , g>¿∬R
f ( x , y ) g (x , y )dR(01)
¿ f , g>¿∫a
b
∫c
d
f (x , y )g ( x , y )dxdy (02)
4
Extensão:
¿ f , g>¿∭…f (x , y , z ,…)g (x , y , z ,…)dxdy… (03)
Teorema:
Sejam { f i(x)} e {g j( y )} bases ortogonais dos espaços euclidianos cp[a ,b ] e
cp [c ,d ], respectivamente. Então, o conjunto de todos os produtos
{ f i (x ) g j( y)} , i=1,2 ,… j=1,2 ,… , é uma base de cp(R), onde R é o retângulo
a≤ x≤b , c≤ y ≤d .
Seja a série dupla de Fourier abaixo:
f ( x , y )=∑i , j
α ijhij ( x , y )(04)
1) Base para cp [ – π ,π ]
f ( x )∈cp [−π ,π ] , x∈ [−π ,π ]
{cos nx , sinmx }n=0,1,2…m=1,2,3…
2) Base para cp [ – π ,π ]
f ( y )∈ cp [−π , π ] , y∈ [−π ,π ]
{cos py ,sin qy } p=0,1,2…q=1,2,3…
Assim,
5
R
-
-
x
y
3) Base para cp (R)
Figura 2
{cos nxcos py ,cos nx sin qy , sinmx cos py ,sinmx sin qy }
3.1 - Cálculo dos Coeficientes de Fourier
f ( x , y )∈cp(R)
f ( x , y )=∑ijα ijhij ( x , y )(05)
α ij=¿ f , hij>¿
∥ hij∥2(06)¿
α ij=1
∥ hij∥2∫
−π
π
∫−π
π
f ( x , y )h ij ( x , y )⏟φi ( x )φ j ( y)
dxdy (07)
Assim,
6
f ( x , y )=∑n=0
∑p=0
αnp cosnx cos py+∑n=0
∑q=1
α nqcos nxsin qy+∑m=1
∑p=0
αmp sinmx cos py+∑m=1
∑q=1
αmq sinmx sin qy (08)
Onde,
∥cos ( ix )cos ( jy ) ∥2={ 4 π2
2 π2
π2 ,i ≠0e j ≠0(09)
Ex.: F ( x , y )=xy
α np=1
∥cosnx cos py∥2∫−π
π
∫−π
π
xy cosnx cos pydxdy=0(10)
α nq=1
∥cosnx sin qy∥2∫−π
π
∫− π
π
xy cosnx sin qy dxdy=0 (11)
αmp=1
∥sinmx cos py∥2∫−π
π
∫−π
π
xy sinmx cos py dxdy=0 (12)
αmq=1
∥sinmx sin qy ∥2∫− π
π
∫−π
π
xy sinmx sinqydxdy (13)
xy= f ( x , y )=4 [sin x sin y− sin x sin 2 y1×2− sin 2 x sin y
2×1+ sin x sin 3 y
1×3+…]
⇒ f (x , y )=xy=4∑m=1
∞
∑q=1
∞
(−1)m+q sinmx sin qymq
(14)
αmq=∫− π
π
∫−π
π
xsinmxdx ysin qydy
∫−π
π
∫−π
π
sin2mx sin2qydxdy(15)
∫−π
π
∫−π
π
sin 2mx sin2qy dxdy=π2(16)
αmq=1π2∫−π
π
∫−π
π
xsinmxdx ysinqy dy (17)
αmq=1π2
∫−π
π
x sinmxdx∫−π
π
ysin qy dy (18)
7
αmq=4π2∫0
π
x sinmxdx∫0
π
y sin qydy (19)
x sinmxdx=(−1)m+1 πm
(20)
y sin qy dy=(−1)q+1 πq(21)
αmq=4π2 [(−1)m+1 π
m ] [(−1)q+1 πq ]=(−1)m+q 4mq
(22)
De um modo mais geral, o conjunto de funções
sin(mπa x )sin (nπb y ) ,sin(mπa x )cos( qπb y) ,cos( pπa x )sin ( nπb y ),cos ( pπa x)cos( qπb y)é uma base do espaço euclidiano das funções contínuas por partes no retângulo
−a≤ x≤a ,−b≤ y ≤b.
Teorema: Seja R o retângulo −π ≤x ≤π ,−π ≤ y ≤π , e suponhamos que F seja contínua
em R e que ∂F∂ x
, ∂F∂ y
,e ∂2F∂ x ∂ y
existam e sejam limitadas em R. Então, a série dupla de
Fourier de f converge pontualmente para F em R.
4. Convergência das Séries de Fourier
4.1 Convergência em Média
4.2 Desigualdade de Bessel e Igualdade de Parseval
8
Teorema: Seja u1 ,u2 ,..., um conjunto ortonormal de vetores de um espaço euclidiano
de dimensão infinita, e seja u um vetor arbitrário deste espaço. Então,
∑k=1
∞
(u , uk )2≤ ∥u∥2 ,
(Desigualdade de Bessel)
esta expressão é chamada de desigualdade de Bessel. Além disso, u1 ,u2..., é uma base
do espaço em questão ↔
∑k=1
∞
(u1 ,u2)2=∥ u∥2 ,
(Igualdade de Parseval)
que é a igualdade de Parseval.
No caso das séries de Fourier a igualdade de Parseval é dada por:
∥ f ∥2= 1π∫−π
π
( f ( x ))2dx=a02
2+∑
K=1
∞
(ak2¿+bk
2) , ¿
onde ak e bk são os coeficientes de Fourier.
De fato:
f=¿ f ,1>1∥1∥2
+∑k=1
∞
¿¿
Multiplicando (no sentido do produto interno) a equação (1) por f obtém-se:
¿ f , f >¿∥ f ∥2=¿ f ,1>¿ f ,1> ¿∥1∥2
+¿ f , cos (kx )>¿ f ,cos (kx )
∥cos(kx)∥2+
¿ f , sin (kx )>¿ f ,sin (kx )∥sin(kx)∥2
¿
Tendo em vista que:
∥1∥2=∫−π
π
dx=2π ,
∥ f ∥2=∫−π
π
( f ( x ) )2dx ,
9
∥cos ( kx )∥2=∫−π
π
cos2 (kx )dx=π ,
∥sin (kx ) ∥2=∫−π
π
sin2 (kx )dx=π
Conclui-se que:
¿¿¿
∫−π
π
f ( x ) cos (kx ) dx¿¿=ak
¿¿¿
∫−π
π
f ( x ) sin(kx )dx¿¿=bk
Assim,
1π ∫
−π
π
(f ( x ))2dx=a02
2+∑
k=1
∞
(ak2¿+bk
2) ,¿
como queria demonstrar.
Teorema : Seja f uma função continuamente diferenciável por partes em cp [−π ,π ] (f
tem uma derivada primeira contínua por partes em [−π ,π ]). Então, o desenvolvimento
em série de Fourier de f converge pontualmente em [−π ,π ] e tem o valor f ¿¿ em
cada ponto x0 do interior do intervalo, e f ¿¿ em ±π .
Note que ao escrevermos a série de Fourier de f como:
f ( x )=a02
+∑k=1
∞
(aK cos (kx )+bk sin(kx ))
significa que a série em questão converge em média para f .
10
limN→∞
∥ f −∑k=0
N
¿¿¿
ou seja,
f ( x )= f .1∥1∥2
+∑K=1
∞
¿¿
(média)
Ressaltamos que convergência em média não significa que a série converge
pontualmente no sentido que
f (x0 )=a02
+∑k=1
∞
¿¿
para todo x0em[−π ,π ].
Contudo, o teorema apresentado explicita sob que condição a convergência pontual
ocorre, ou seja, o desenvolvimento em série de Fourier de uma função f ∈ [−π , π ] ,
continuamente diferenciável por partes converge, de fato, para f ¿) quando x0 é um
ponto de continuidade de f (ou seja, converge na reta inteira).
Teorema: Seja f uma função contínua em (−∞,∞), com período 2π , e considere que f
tenha derivada primeira contínua pro partes.
Então, a série de Fourier de f converge uniforme e absolutamente para f em todo
intervalo fechado de x se f for contínua diferenciável por partes em (−∞,∞) com
período 2π. Então, a série de Fourier definida converge uniformemente para f e
qualquer intervalo fechado do eixo x que não contenha ponto de descontinuidade de f.
11
4.4 Derivação e Integração das Séries de Fourier
Teorema: Seja f uma função contínua em (−∞,∞ ), com período 2π, e considere que f
tenha derivada primeira f ' contínua por partes. Então, a série de Fourier de f 'pode ser
obtida derivando a série def termo a termo, e a série derivada converge pontualmente
para f ' ( x ) se f ' ' (x ) existe.
Ou seja,
Se
f ( x )=a02
+∑k=1
∞
(aK cos (kx )+bksin (kx ))
f ' ( x )= ddx
( f ( x ) )= ddx ( a02 +∑
k=1
∞
(aK cos (kx )+bksin ( kx )))
f ' ( x )= ddx ( a02 )+∑
k=1
∞ ddx (aK cos (kx )+bksin (kx ) )
f ' ( x )=∑k=1
∞
k (bK cos ( kx )−aksin (kx ) )
12
f ' ( x )=∑k=1
∞
(k bK cos ( kx )−kaksin (kx ) )
Teorema: Seja f uma função contínua por partes em (−∞,∞) com período 2π, e seja a
série de Fourier de f
f ( x )=a02
+∑k=1
∞
(aK cos (kx )+bksin (kx ))
Então,
∫a
b
f ( x )dx=∫a
b [ a02 +∑k=1
∞
(aK cos (kx )+bk sin ( kx ) )]dx∫a
b
f ( x )dx=a02
(b−a)⏟
A0 /2
+∑k=1
∞
aK ¿¿¿
Em outras palavras, a integral definida de f , de a até b, pode ser calculada integrando-
se a série de Fourier de f termo a termo.
No caso de integral indefinida fica (teorema da integração):
Seja função arbitrária de cp[−π ,π ] com série de Fourier:
f ( x )=a02
+∑k=1
∞
(aK cos (kx )+bksin (kx ))
Então, a função
∫a
x
f ( t )dt ,−π<x<π
Tem uma série de Fourier que converge pontualmente com relação a todo x do
intervalo [-π ,π ¿, e
∫0
x
f (t )dt=∑k=1
∞ bk
k+∑
k=1
∞ (a¿¿K+(−1)k +1a0)k
sin ( kx )−∑k=1
∞ bk
kcos(kx)¿
13
Pode-se entender que
ddx∑k
¿∑k
ddx
¿⇒∫∑
k¿∑
k∫
4. Agradecimentos
À Vanessa Schmitt, Ana Paula Nogueira, com as quais dividi este trabalho.
5. Referências
S. de Assis, Altair , Notas de Aula, Métodos Matemáticos
Wikipédia, “Séries de Fourier”
TOLSTOV, Geordi P. , Fourier Series
14
Apêndice 1 – Fenômeno de Gibbs
As somas parciais das séries de Fourier tendem a ir além dos valores da função
próximo a um ponto de descontinuidade.
Assim, os valores de f (x) entre duas descontinuidades quaisquer estão no
intervalo (−π /2 , π /2), enquanto que os de SN(x ), a n-ésima soma parcial, percorrem
um intervalo um pouco maior, [−αN , αN ]. O valor de αN quando N→∞ determina
aquele que é conhecido como intervalo de Gibbs de f .
15
SN(x )f (x)
xx ππ−π −π
π2
π2
−π2
−π2
Apêndice 2 – CONVERGÊNCIA DAS SÉRIES DE FOURIER
1. Convergência em Média
Em um espaço de funções com produto interno expresso por um integral a
afirmação segundo a qual
limk→∞
‖f k−f‖=limk→∞ (∫
a
b
[ f k ( x )− f (x ) ])1/ 2
=0
não é o mesmo que dizer que a seqüência { f k } converge para a função f em todo ponto
de [a ,b ] (convergência pontual). Em Análise Matemática, essa convergência via
produto interno é conhecida como convergência de média, para enfatizar que ela é
calculada por integração, que em certo sentido é um processo de média generalizado.
16
Ex: A seqüência de funções {x , x2 , x3 ,…} converge em média para zero em e [−1 ,1 ]
(espaço das funções contínuas no intervalo fechado [−1 ,1 ]).
De fato,
limk→∞
‖xk−0‖=limk→∞ (∫
−1
1
x2k dx)1 /2
=limk→∞ ( 2
2 k+1 )1/2
=0
Entretanto, {x , x2 ,…} não converge para zero em cada ponto.
O exemplo dado mostra que a convergência em média é diferente da pontual.
Definição: Diz-se que uma série infinita ∑k=1
∞
uk de vetores de um espaço euclideano
converge para o vetor u ⟺ a sequência associada das somas parciais converge para u
no sentido que limkn→∞
‖uk−u‖=0.
Se este é o caso, escrevemos
u=∑k=1
∞
uk
e dizemos que u ⟺ para cada número real ε>0 existe um inteiro K tal que
17
‖∑k=1
N
uk−u‖<ε
toda vez que N>K . O real ε pode ser entendido como o “erro”. Na verdade,
‖∑k=1
N
uk−u‖ é a “distância” da soma ao vetor u .
É sabido que todo espaço euclidiano de dimensão finita tem uma base ortonormal
u1 ,u2, u3 ,…,uNe que todo vetor deste espaço pode ser escrito de modo único sob a
forma
u=(u ∙u1 ) u1+…+( u∙ uN ) uN
É possível generalizar este resultado para espaços euclidianos de dimensão infinita.
Assim
u=(u ∙u1 ) u1+…+( u∙ uN ) uN+…
ou
u=∑k=1
∞
(u ∙uk )uk
18
Entretanto, sem informações mais detalhadas, não existe, evidentemente, nenhuma
garantia que esta série convirja para u. É claro que se converge (e isto ocorre em
inúmeras situações), justifica-se escrever ∑k=1
∞
( u∙ uk ) uk , e dizemos que a série converge
em média para u.
Os produtos internos (u ∙ uk ) se denominam de coordenadas ou coeficientes de Fourier
(generalizados) de u em relação a base (ou conjunto ortonormal) u1 ,u2 ,… .
É comum escrever u ∑k=1
∞
(u ∙uk ) uk, onde o símbolo é para ressaltar que a
série em questão pode não convergir para u.
Caso convirja justifica-se usar o símbolo de igualdade.
Teorema: Seja ∑k=1
∞
ak uk qualquer série infinita que converge em média para u, isto é,
u=∑k=1
∞
ak uk.
Então, ak=u ∙uk para cada inteiro k .
É claro que se a série converge em média para u vale escrever
19
limN→∞‖u−∑k=1
N
ak uk‖=0
Onde ∑k=1
N
ak uk é soma parcial SN.
Se o espaço euclidiano em tela for cp [a ,b ] deve-se entender ucomo f (aaa ), ak com AN
, BN e uk como sin (N x ) e cos (N x ) (a=−π ,b=π ), se f periódica de período 2π .
Convergência Uniforme
Teorema M de Weierstrass
Se,
∑k=1
∞
M k
é uma série convergente de números reais positivos e, se
∑k=1
∞
f k (x )
é uma séria de funções tais que |f k ( x )|≤M k para todo k e todo x no intervalo a≤ x≤b,
então
∑k=1
∞
f k (x )
é uniforme e absolutamente convergente em a≤ x≤b.
20
Obs1: Se ∑k
¿ f k ( x )∨¿¿ converge, diz-se que a série converge absolutamente.
Obs2: Diz-se que uma sequência { f k (x )} converge uniformemente para função f (x) no
intervalo a≤ x≤b, se qualquer que seja ε>0 existe um inteiro positivo K , dependendo
de ε , mas não de x, tal que |f k ( x )−f ( x )|<ε quando k ≥ K e x esta no intervalo dado.
Note que se { f k(x )} for a sequência das somas parciais {Sk (x)} a série correspondente
converge uniformemente.
|Sk ( x )−f (x )|<ε quandok>K⇒limk→∞
|Sk ( x )−f ( x )|→0 , ∀ x .
Quando k→∞,
S∞ ( x )=limk→∞
Sk ( x )=∑k=0
∞
ûk (x)
“coincide” exatamente com f ( x ) ,∀ x∈[a ,b ]. A convergência uniforme é “global”.
21
x
Sk (x )
2 ε
a b
f (x)
Obs : A sequência {Sk ( x ) } é construída a partir da sequência {ûk ( x ) }. Para o caso da
série de Fourier
Sk ( x )=∑N=0
k
¿¿
Ou seja,
S0 ( x )=A0
S1 ( x)=A0+A1 cos(x )+B1sin( x)
.
.
.
Sk ( x )=A0+A1cos ( x )+B1sin ( x )+…+Akcos (kx )+¿B ksin (kx )¿
⇒S∞ ( x )=∑
N=0
k
¿¿
(Série de Fourier)
22
Apêndice 3 – Teorema
Seja f contínua por partes em (−∞,∞), com período 2π , e considere que
f ( x )=12¿
Então, a série de Fourier de f converge para f (x0) e cada ponto x0 em que f tem
derivada à direita e à esquerda. Em particular, se f é continuamente diferenciável por
partes, sua série de Fourier converge para f (x) em relação a todo x (Condição de
Direchlet).
23