MADEIRA

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Localização e Geografia da Madeira O arquipélago da Madeira, situado em pleno Oceano Atlântico, a cerca de 1000km de Portugal Continental, é composto pela Ilha da Madeira, pela Ilha do Porto Santo, conhecida por Ilha Dourada, pelas três inabitáveis Ilhas Desertas e pela reserva natural das Ilhas Selvagens. A Ilha da Madeira é a ilha principal (740,7 km²) do arquipélago português com o mesmo nome, situado no Oceano Atlântico a oeste da costa africana (Marrocos), e que constitui conjuntamente com Porto Santo, as Ilhas Desertas e as Ilhas Selvagens a Região Autónoma da Madeira. A capital da ilha e da região autónoma é a cidade do Funchal. O município é limitado a norte pelo município de Santana, a nordeste por Machico, a leste por Santa Cruz e a oeste por Câmara de Lobos, sendo banhado pelo oceano Atlântico a sul. A cidade coincide com o seu concelho, e tem 76,25 km² de área e 98 583 habitantes (2008), subdividindo-se em 10 freguesias.

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ILHA DA MADEIRA

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Localização e Geografia da Madeira

O arquipélago da Madeira, situado em pleno Oceano Atlântico, a cerca de 1000km de Portugal

Continental, é composto pela Ilha da Madeira, pela Ilha do Porto Santo, conhecida por Ilha Dourada, pelas

três inabitáveis Ilhas Desertas e pela reserva natural das Ilhas Selvagens.

A Ilha da Madeira é a ilha principal (740,7 km²) do arquipélago português com o mesmo nome, situado no

Oceano Atlântico a oeste da costa africana (Marrocos), e que constitui conjuntamente com Porto Santo,

as Ilhas Desertas e as Ilhas Selvagens a Região Autónoma da Madeira.

A capital da ilha e da região autónoma é a cidade do

Funchal.

O município é limitado a norte pelo município de

Santana, a nordeste por Machico, a leste por Santa

Cruz e a oeste por Câmara de Lobos, sendo

banhado pelo oceano Atlântico a sul. A cidade

coincide com o seu concelho, e tem 76,25 km² de

área e 98 583 habitantes (2008), subdividindo-se em

10 freguesias.

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História da Madeira

Um ano após a descoberta de Porto Santo por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz

Teixeira, os dois navegadores em conjunto com Bartolomeu Perestrelo, chegam à ilha da Madeira em

1419. Tendo sido notadas as potencialidades das ilhas, bem como a importância estratégica destas,

iniciou-se por volta de 1425 a colonização, que terá sido uma iniciativa de D. João I ou do Infante D.

Henrique. A partir de 1440 estabelece-se o regime das capitanias com a investidura de Tristão Vaz

Teixeira como Capitão-Donatário da Capitania de Machico; seis anos mais tarde Bartolomeu Perestrelo

torna-se Capitão-Donatário do Porto Santo e em 1450 Zarco é investido Capitão-Donatário da Capitania

do Funchal.

Os três capitães-donatários levaram, na primeira viagem, as respectivas famílias, um pequeno grupo de

pessoas da pequena nobreza, gente de condições modestas e alguns antigos presos do reino. Para

auferirem de condições mínimas para o desenvolvimento da agricultura, tiveram que desbastar uma parte

da densa floresta de laurissilva e construir um grande número de canalizações de água (levadas), visto

que numa parte da ilha havia água em excesso enquanto na outra esta escasseava. Nos primeiros

tempos, o peixe constituía o principal meio de subsistência

dos povoadores assim como os produtos horto-frutícolas.

A primeira actividade agrícola local com grande relevo foi a

cultura cerealífera do trigo. Inicialmente, os colonizadores produziam trigo para a sua própria subsistência

mas, mais tarde, este passou a ser um produto de exportação para o reino.

No entanto, inexplicavelmente, a produção cerealífera entrou em queda. Para superar a crise o infante D.

Henrique resolveu mandar plantar na ilha da Madeira a cana-de-açúcar — rara na Europa e, por isso,

considerada especiaria —, promovendo, para isso, a vinda, da Sicília, da soca da primeira planta e dos

técnicos especializados nesta cultura. A produção de açúcar atraiu à ilha comerciantes judeus, genoveses

e portugueses. A cultura da cana foi por excelência um dinamizador da economia insular.

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A produção da cultura sacarina cresceu de tal forma que surgiu uma grande necessidade de mão-de-

obra. Para satisfazer esta carência foram levados para a ilha escravos originários das Canárias, de

Marrocos, Mauritânia e, mais tarde, de outras zonas de África. A cultura da cana e a indústria da

produção de açúcar desenvolver-se-iam até ao século XVII, seguindo-se a indústria da transformação —

as alçapremas — fazendo a extracção do suco para, depois, vir a fazer-se o recozer dos meles como

então se chamava à fase da refinação.

A partir do século XVII será o vinho o mais importante produto da exploração madeirense, já que a cultura

da cana-de-açúcar fora, entretanto, incentivada no Brasil (a partir de 1530) e em São Tomé e Príncipe, o

abalou profundamente a economia madeirense.

Assinala-se a instalação de comerciantes vinícolas ingleses que modificaram os modos de vida, a

morfologia arquitectónica e o desenvolvimento económico da cidade. Algumas

personalidades marcantes que passaram pelo Funchal foram: Elizabeth Wittelsbach,

conhecida como Sissi imperatriz da Áustria (1837 - 1898) que procurou esta cidade

por motivos de lazer e de saúde, Carlos I, Imperador da Áustria e rei da Hungria,

marechal polaco Józef Piłsudski para recuperar a sua saúde, Winston Churchill que

passou pelo Funchal de férias onde pintou alguns quadros, Fulgêncio Batista que fez

uma escala no Funchal para o exílio em Espanha.

Clima da Madeira

A Ilha da Madeira, com a capital no encantador Funchal, é já famosa pelo seu clima de excelentes

temperaturas, onde parece ser sempre primavera, a amena água do mar, e pela verdejante vegetação,

que apelidou de “pérola do Atlântico” ou “jardim

do Atlântico”, fazendo da Ilha da Madeira um

destino turístico de eleição durante todo o ano.

É do conhecimento geral que a irregularidade do

relevo condiciona o clima de maneira acentuada.

Na Madeira isto é bem visível, pois coexistem

numerosos microclimas que se estabelecem em

função da altitude. Nos cumes podem existir

temperaturas muito baixas e no Funchal (a

escassos kms) uma temperatura bastante

agradável.

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A maior parte das pessoas que cá vive acha que a Madeira tem o

melhor clima do mundo. Nunca faz demasiado calor (as

temperaturas máximas, poderão atingir os 33 C, mas apenas

quando o vento de Leste sopra durante alguns dias do ano). A

média máxima costuma andar nos 24 C durante os meses de

Verão (de Julho a Outubro) e as mínimas rondam os 17 C.

Durante o Inverno há apenas uma descida de cerca de 4 C.

A Floresta Laurissilva, classificada pela UNESCO como Património Mundial Natural, oferece paisagens

sem igual, podendo-se embarcar na aventura das “levadas”, antigos caminhos de água que facilitavam a

irrigação de tão acidentados terrenos, e que hoje em dia constituem a melhor das formas de conhecer

este património natural, e o âmago da ilha da Madeira.

A ilha da Madeira é de origem vulcânica, o seu clima é subtropical com extensa flora exótica,

economicamente é amplamente voltada para o turismo.

O Aeroporto do Funchal

O Aeroporto Internacional da Madeira

(código FNC para a cidade do Funchal),

ocasionalmente conhecido como

Aeroporto do Funchal e como Aeroporto

de Santa Catarina, é o principal aeroporto

da Região Autónoma da Madeira, estando

localizado no município de Santa Cruz, na

Ilha da Madeira, existindo um outro na Ilha

do Porto Santo (PXO).

Esta estrutura tem sido modernizada nos

últimos anos, principalmente com a

ampliação da pista através da construção de um viaduto gigantesco sobre o mar. Hoje em dia, este

encontra-se qualificado para receber aviões Boeing 747 assim como quase qualquer tipo de aviação civil,

sendo a principal porta de entrada de turistas na região assim como de serviços de correio postal e

encomendas urgentes assim como alguns serviços essenciais. É um aeroporto internacional que também

serve voos domésticos.

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Os Transportes Públicos na Madeira

Em todo o Arquipélago encontrará múltiplas facilidades de transporte adequadas às suas deslocações.

Se preferir utilizar os transportes públicos, existem várias empresas de autocarros que, de uma forma

mais económica, o podem levar até aos pontos de maior interesse turístico. Todas estas empresas têm os

seus terminais sediados no Funchal pelo que são de fácil acesso. Nos postos de informação turística

poderá encontrar um Guia com os destinos dos autocarros e respectivos horários.

Os táxis estão disponíveis nos Aeroportos da Madeira, nos principais hotéis e em várias ruas e praças da

cidade do Funchal.

Sendo a Madeira uma ilha, é natural que um dos transportes públicos utilizados seja o barco.

Na marina do Funchal descobrirá várias embarcações de recreio, que efectuam diversos percursos

turísticos ao longo da costa.

Para se deslocar à vizinha ilha do Porto Santo, poderá fazê-lo no ferryboat Lobo Marinho, que efectua

viagens diárias (excepto nas terças-feiras dos meses de Outubro a Junho) e que também transporta

automóveis.

Se não quiser estar dependente de horários, a ilha dispõe de um alargado leque de empresas de aluguer

de automóveis sem condutor.

Pontos de Interesse na Madeira

Serpenteando o acidentado relevo Madeirense, o Funchal encanta com o muito que tem para oferecer,

com uma indústria turística de qualidade e em grande escala, mas também monumentos, história,

actividades, infra-estruturas para os melhores tempos livres, natureza, e vistas de grande beleza.·

Passeando pela cidade encontram-se Monumentos como a Sé Catedral datada de 1514, que apresenta

dos tectos mais célebres, feito com a madeira da “Madeira”; Igreja e Mosteiro de Santa Clara datados do

século XV; a Igreja de Nossa Senhora do Monte; a Fortaleza de São Lourenço do século XVI; Igreja e

Palácio de São Pedro; a Igreja Matriz de Santa Maria Maior do século XVIII; o Palácio da Junta Geral; o

edifício da Câmara Municipal, símbolo da arquitectura colonial; o Forte do

Ilhéu; a Fortaleza do Pico, entre tantos outros monumentos que se

encontram a cada virar da esquina.

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O Funchal apresenta também uma forte componente cultural, abrangendo espaços museológicos e

culturais como o Museu de Arte Sacra, o Núcleo Museológico Madeira Wine, o Museu Quinta das Cruzes,

a Casa Museu Frederico de Freitas, o Museu de História Natural ou o de Fotografia, entre outros de igual

interesse.

Santana é conhecida pelas suas casas triangulares,

construídas com pedra natural e colmo. Hoje são usadas

como estábulos mas há muitos séculos, terão servido de

habitação.

Do Pico do Areeiro - o terceiro pico mais alto da ilha (1818 m), o

visitante tem acesso a alguns dos principais picos da Madeira. Daqui

pode partir numa longa caminhada de cerca de duas horas e meia até

ao Pico Ruivo (1862 m) o ponto mais alto da ilha.

As grutas de São Vicente estão, tal como o nome indica, localizadas no

concelho de São Vicente, na costa norte da Madeira. A visita ao interior da terra,

pelos canais de lava ao longo de cerca de um quilómetro demora cerca de meia

hora.

A principal atracção da vila de Porto Moniz é as piscinas naturais entre as rochas de lava, onde o mar

entra naturalmente. Pensa-se que o nome da localidade estará

relacionado com Francisco Moniz, casado com uma das netas de

Gonçalves Zarco, o descobridor da ilha.

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Nada melhor que uma viagem de teleférico para melhor observar a beleza

da cidade e sua envolvente, podendo optar pelo teleférico que liga o Monte

ao Jardim Botânico ou ao centro da cidade. Uma vez no Monte, uma volta

no “carro de cesto” ou “tobogã”, é obrigatória: num terreno bem inclinado,

os viajantes sentam-se numa espécie

de cestos de vimes com rodas,

conduzidos por dois homens, que os empurram velozmente ladeira

abaixo, pelo coração da cidade, plenos de emoção e adrenalina.

Existem imensas facilidades no que concerne a actividades de lazer. O oceano Atlântico convida-o a

velejar, a pescar, a tentar ver baleias e golfinhos, a praticar ski aquático, surf e

mergulho. A temperatura da água do mar varia entre os 18 e os 24ºC,

dependendo da altura do ano. Para os entusiastas subaquáticos, a costa do

Garajau oferece uma das primeiras reservas subaquáticas naturais da Europa.

Em terra também existem muitas actividades disponíveis.

Gastronomia: A Ilha da Madeira tem muitas especialidades tradicionais. A "espetada” de carne de vaca

em espeto de louro e o bolo-do-caco com manteiga de alho, estão associados às festas populares, mais

conhecidas por "arraiais", mas actualmente também são servidos nos restaurantes de cozinha tradicional.

Há também a carne de vinha-d’alhos (carne de porco), o milho frito, que em geral acompanha os bifes de

atum e ainda os filetes de espada.

Espetada Carne de Vaca Bolo do Caco Filetes de Espada

em Pau de Louro

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O bolo de mel é o bolo mais popular da doçaria local. Tradicionalmente ligado ao

Natal da Madeira, este bolo é muito rico e variado de ingredientes, dos quais se

destacam o mel de cana e as especiarias vindas da Índia. Diz-se que o bolo de

mel resultou de uma adaptação da receita do Christmas pudding trazido para a

Madeira pelos turistas e residentes ingleses.

Para além dos já célebres vinhos da Madeira, que podem ser bebidos como aperitivos,

com o café ou a acompanhar o bolo de mel, há ainda a poncha, a nikita, o pé-de-Cabra

e a sidra, tradicionalmente servidas nas casas de pasto, nas “tascas” e nos “arraiais”.

Compras: Aproveite para comprar sapatos portugueses, flores e frutas tropicais.

Quanto aos tradicionais produtos do artesanato local, merecem especial destaque o afamado Vinho da

Madeira e o célebre Bordado Madeira, bem como a tapeçaria e as peças produzidas em vimes.

Bordado da Madeira Peças em Vimes

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Situado no centro da fantástica cidade do Funchal, no núcleo

histórico de Santa Maria, o Mercado dos Lavradores é um dos

marcos que a capital da Madeira tem para oferecer a quem a

visita e a todos os locais, onde as cores, os aromas e a

tradição se juntam para brindar e maravilhar quem o procura.

No piso inferior encontram-se à venda peixe e carne, enquanto

que no primeiro piso estão as

frutas tropicais, os vegetais e

as muitas especiarias, que

dotam de novos aromas todo o espaço. Outra das características mais

graciosas deste Mercado dos Lavradores é a tradição e folclore que

ainda subsiste, sendo possível encontrar muitas vendedoras trajadas

com o típico fato madeirense, pleno de cores vivas, alegria e tipicidade.