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PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 11 - nº 108 - Outubro/2010 Distribuição Gratuita Nesta Edição: O Medo na Iniciação Mediúnica Não Temos Tempo ou Temos Preguiça? Influência dos Espíritos Sobre os Acontecimentos da Vida Nosso Desequilíbrio Entre o “Não Julgueis” e o Copiar o Mal Madre Teresa de Calcutá Terceira Parte

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PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 11 - nº 108 - Outubro/2010Distribuição Gratuita

Nesta Edição:O Medo na Iniciação Mediúnica

Não Temos Tempo ou Temos Preguiça?

Influência dos Espíritos Sobre os Acontecimentos da Vida

Nosso Desequilíbrio Entre o “Não Julgueis” e o Copiar o Mal

Madre Teresa de CalcutáTerceira Parte

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Está evidenciado que vivemos um período no qual a divulgação da Doutrina Espí-rita apresenta-se nos mais variados canais de comunicação. Antes, falar de espíritos trazia reserva, constrangimento, receio e desconhecimento. Hoje, os livros, pales-tras, mensagens, circulam de forma cada vez mais ampla, seja pela curiosidade, necessidade de conhecer o lado espiritual, buscar consolo, enfim.

Com o lançamento no cinema de “Chico Xavier, o Filme”, estendeu-se a possibili-dade do conhecimento e entendimento da imortalidade do espírito. Possibilitou-nos adentrar parcialmente no cenário da vida íntegra e caridosa desse médium conheci-do e respeitado mundialmente, que viveu sua existência seguindo os ensinamentos do Mestre Jesus.

Comentar fatos da existência e dedicação de Chico Xavier é tocar os corações nas suas fibras mais profundas, aproximando-os da sua essência divina.

Com o lançamento de mais um filme, “Nosso Lar”, notamos que tem crescido a divulgação da Doutrina através do cinema, contribuindo, ainda mais, para despertar nas pessoas, de diferentes idades e credos, a proveitosa curiosidade, levando-as a buscar nos livros, maiores detalhes sobre o assunto.

Importante ressaltar que o Espiritismo nos faculta estudar temas dos mais diver-sos, atingindo todas as faixas etárias, até mesmo falando sobre a morte com crian-ças, assunto normalmente evitado, mas existe a necessidade de ser esclarecido corretamente e, elas também, indagam e devem ser esclarecidas de forma verda-deira. Inclusive com os mais idosos, que normalmente ignoram o pós-morte, sempre é tempo de clarear a mente com esclarecimentos restauradores que possibilitarão escrever novas páginas com as letras da verdade, do consolo e da esperança.

A Doutrina Espírita foi codificada de forma clara e objetiva, sem prender-se a dog-mas ou rituais. Esclarece, consola, clareia os horizontes do ontem, do hoje e do amanhã, permitindo que cada um opere em si as mudanças interiores, despojando--se do homem velho e trilhando o caminho do homem novo, como explica Aniceto, o orientador de André Luiz no livro “Os Mensageiros”, psicografado por Francisco Cândido Xavier.

A Doutrina Espírita é Ciência, Filosofia e Religião. E como dizia Chico Xavier: “... se tirarmos religião fica um corpo sem coração, se tirarmos a ciência fica um corpo sem cabeça e se tirarmos a filosofia fica um corpo sem membros.”

Codificada por Allan Kardec, a Doutrina Espírita é explicada de forma completa em: “O Livro dos Espíritos”, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Mé-diuns”. Além de inúmeras outras obras sérias e verdadeiras, disponíveis ao apren-dizado responsável e consciente, mostrando o tripé em que consiste a Doutrina Es-pírita: Ciência, Filosofia e Religião, regida pela Lei do Amor, onde “Fora da Caridade não há Salvação”.

As sementes estão sendo lançadas cada vez mais, e, sempre o serão, atendendo a necessidade identificada cada vez maior da humanidade na busca dos princípios verdadeiros que conduzem ao conhecimento, alivio, compreensão, esperança. A li-gação com o Criador é sempre urgente e necessária, pois na escala evolutiva a Terra vive um período de transição, no qual deixará de ser um planeta de provas e expiações para tornar-se um planeta de regeneração.

Que ocorra o despertar da Humanidade inteira! É chegada a hora!Equipe Seareiro

Editorialeditorial

Índic

e

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Ano 11 - nº 108 - Outubro/2010Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

Inscrição Estadual: 146.209.029.115

Seareiro é uma publicação mensal, destinada a expandir a divulgação da Doutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refletem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

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Antonio Ceglia RibeiroCladi de Oliveira Silva

Fátima Maria GambaroniGeni Maria da Silva

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Reinaldo GimenezRoberto de Menezes Patrício

Rosangela Araújo NevesSilvana S.F.X. Gimenez

Vanda NovickasWilson Adolpho

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433Diagramação e Arte

Reinaldo GimenezSilvana S.F.X. Gimenez

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CNPJ: 61.089.868/0001-02Tiragem

12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

Grandes Pioneiros: Madre Teresa de Calcutá - Terceira Parte - Pág. 3Tema Livre: Não Temos Tempo ou Temos Preguiça? - Pág. 9

O Medo na Iniciação Mediúnica - Pág. 9Canal Aberto: Promessas - Pág. 10Livro em Foco: Visão Nova - Pág. 10Terceira Idade: Hei de Viver - Pág. 11Homenagem: Fabiano de Cristo - Pág. 11Cantinho do Verso em Prosa: Servir Sempre - Pág. 12Clube do Livro: A Mansão Renoir - Pág. 13Pegadas de Chico Xavier: Jesus, Perdão e Alegria - Pág. 13Kardec em Estudo: Influência dos Espíritos Sobre os Acontecimentos da Vida -

Pág. 14Mensagem: O Pouco e o Muito - Pág. 14Contos: Reunião na Carpintaria - Pág. 15Família: Tempos Modernos - Pág. 16Atualidade: Nosso Desequilíbrio Entre o “Não Julgueis” e o Copiar o Mal -

Pág. 18Calendário: Outubro - Pág. 19

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Madre Teresa de CalcutáTerceira parte

Muitas pessoas, atraídas pelo imenso trabalho que Madre Teresa e as missionárias realizavam, acabavam por chamar a atenção de países diferentes. Era comum, portanto, que muitos grupos de diversos lugares comparecessem a Calcutá, para se certificarem de que essa dedicação das Missionárias da Caridade era verdadeira. Certa ocasião Madre Teresa foi visitada por um grupo de americanos, a fim de entrevistá-la. Foi-lhe perguntado como ela conseguia forças e ajuda para tanto trabalho. Calma e firme quanto ao seu temperamento severo, diante das curiosidades que muitas vezes a deixaram em sérias dificuldades, respondeu:

— A ajuda vem de Deus, pois estamos cuidando de seus filhos relegados ao abandono. Ele não nos falta. Contamos com as Irmãs Missionárias que nos ajudam a cuidar das crianças, dos enfermos desprezados por serem pobres, dos marginais que se entregam aos vícios, por não terem opor-tunidades de serem educados e amados, dos ultrajados que morrem sem esperanças de uma vida melhor. Para nós, a conta dos débitos não é enviada a Deus, mas ao próprio ser humano, que avança na tecnologia e esquece do coração. Procuramos enviar a Deus os filhos sem revolta e guarneci-dos na fé, essa que lhe foi banida da alma, por sentir fome

de amor. Numa das ruínas que visitamos, pois é assim que vivem os moribundos, quando não estão jogados nas ruas, encontramos uma mulher morta completamente abandona-da. Seu corpo já estava em decomposição há muitos dias. Cuidamos para que fosse enterrada ali mesmo, mas com respeito e oração. Choramos diante daquele quadro, onde a tecnologia avançada não chegou. Assim é nosso trabalho, meus amigos, que fazemos com alegria, pois sabemos que Jesus faria o mesmo por uma única pessoa. E Ele fez muito mais pela Humanidade. Então, se fizermos um único bem a quem quer que seja, já estaremos sendo úteis aos ensinos de Jesus e diminuindo nossos débitos para com o Pai Criador.

Padre Julien e Exem, após os entendimentos com Ma-dre Teresa, sobre angariar recursos para a construção da “Cidade da Paz”, estavam preocupados com a repercussão dos meios arrecadados para esse empreendimento. Sabiam existir pessoas de má fé, aproveitadores, que usariam o nome de Madre Teresa para ganhar dinheiro ilicitamente. E, apesar de ser considerada a “Mãe dos Pobres”, não faltavam críticos maldosos, como Cristopher Hitchens e Richard Darukins, que tudo fizeram para empanar o bom comportamento de Madre Teresa, com relação aos bens que lhe eram ofertados.

3Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Cristopher Hitchens, autor do livro “The Missionary Posi-tion: Mother Teresa in Theory and Pratice”, escreveu: “Madre Teresa aproveita o sofrimento dos pobres para arrecadar fundos à sua ‘Congregação Missionária’ e mantém um re-lacionamento favorável à sua instituição, com figuras como Jean Claude Duvalier e o economista Charles Keating, que foi responsável pelo roubo de dezessete mil investidores, numa quantia levantada de 250 milhões de dólares, sendo doada à Madre Teresa a importância de 1,25 milhões de dólares. O que ocasionou admiração aos que assistiram à essa doação foi que Madre Teresa não questionou nada a respeito de tão grande oferta e a sua origem. Apenas agradeceu”.

Nessa época, padre Julien e Exem tudo fizeram para im-pedir que essa doação fosse emitida para a congregação, mesmo porque Madre Teresa não entendia essa doação exorbitante. Mas o economista Charles Keating foi de gran-de esperteza, indo pessoalmente à congregação e, levando em sua companhia os repórteres para que Madre Teresa não recusasse a quantia, diante dos mesmos. Esta não se constrangeu, e disse não. Charles Keating não se deu por vencido e de imediato comprou o terreno e mandou dar início a construção da Cidade da Paz. Dias depois, Madre Teresa recebeu a visita de um senhor bem elegante trazendo uma pasta, de onde retirou alguns documentos e mostrou à ela a escritura da obra em andamento.

Completamente espantada, ela não sabia o que dizer. Porém, o senhor à sua frente a convidava para acompanhá--lo ao local da obra. Madre Teresa, segurando a papelada, pediu-lhe para aguardar alguns instantes. Chamando uma das irmãs, após relatar-lhe o fato, pediu que de imediato fosse à procura do padre Exem e o trouxesse à sua presença. À sua chegada, e ciente dos acontecimentos, foram todos ao local. Padre Exem mostrava-se apreensivo. Madre Teresa, embora contente por ver seu sonho sendo realizado, também estava inquieta, porém, pensava: “Seria esse o meio que Deus estaria indicando para, enfim, seu ideal tornar-se real?”

Embora a desconfiança permanecesse entre Madre Teresa e os padres Julien e Exem, a obra continuava. Passados alguns meses, a chegada de um fiscal assusta Madre Tere-sa. De suas mãos, um mandado oficial embargando a obra é entregue à ela. Na mesma hora, padre Exem, diante do mandado, e vendo a palidez no rosto da Madre, assinando o documento, pediu-lhe que mantivesse a calma, isto porque sua saúde já se mostrava frágil.

Madre Teresa, acompanhada dos padres Exem e Julien, apresentou-se no dia marcado para a audiência, quando, diante do delegado da Comarca de Calcutá, deveria compro-var a origem do dinheiro doado para a obra em andamento, agora embargada. Padre Julien mostrou a documentação que, infelizmente, foi constatada horas depois de examinadas pelos peritos, fora forjada e, portanto, falsa. O montante da doação, ficara provado, era a resultante do roubo aos inves-tidores, manipulado pelo economista Charles Keating que, dessa forma procurou enganar toda a sociedade, fazendo-se portador de uma “boa ação”. Madre Teresa não suportando essa terrível notícia, perde o sentido, desfalecendo. De ime-diato, padre Julien e Exem a levam para o hospital.

Tratada com todo o carinho pelo médico de plantão e pe-las enfermeiras que bem a conheciam, após o incidente e o susto causado à Madre Teresa, todos lhe beijaram as mãos e quase num uníssono disseram: “Graças a Deus, Madre, a senhora está bem. O povo precisa muito de sua caridade, de sua fé, para continuarem a viver”.

Padre Exem, depois de idas e vindas para provar que Madre Teresa fora envolvida pela má fé de pessoas que se aproveitaram da sua confiança, colocada em negociações para maiores rendimentos pessoais, teve reconhecida, pelas autoridades de Calcutá, a inocência da Madre.

Refeita, e conseguindo a continuação da obra, sentiu a missionária que o povo indiano estava a auxiliá-la para a concretização do surgimento da Cidade da Paz ou a Titagarh, como fora a denominação dada pelos hindus. O número de missionárias aumentava dia a dia e, em 1964, a Cidade da Paz foi inaugurada, para alegria dos pobres e de Madre Teresa.

Com o tempo, o trabalho de reabilitação dos hansenianos junto às famílias e a autoconfiança pela terapia ocupacional desenvolvida entre eles, mostrava o sucesso da tarefa exe-cutada pelas voluntárias que se agregaram à Madre Tere-sa. Muitos teares foram conseguidos, dando a possibilidade às mulheres que antes ficavam jogadas nas ruas, para que aprendessem a trabalhar neles, confeccionando os sáris, isto é, as roupas que usavam.

As crianças frequentavam a escola que, construída na Cidade da Paz, dava a oportunidade de aprenderem a ler e a escrever. Madre Teresa também conseguiu muitos livros para o interesse da leitura após o aprendizado da alfabetiza-

ção dos adultos. Queria atrai-los a frequentar o salão de leitura, onde foram colocadas as obras que mostravam fotos do Cristo e as narrativas de sua vinda à Terra. A própria Madre gostava de estar sempre presente nesse local, para ajudá-los a entender o que os livros transmitiam através das letras.

Todo o desenvolvimento das tarefas assistênciais prosse-guiam céleres, sob os olhares atentos de Madre Teresa. E, como esse trabalho grandioso repercutiu não só em Calcutá como em todos os lugares onde os meios de comunicação se fa-ziam presentes, era comum Ma-dre Teresa ver-se cercada por repórteres, fotógrafos etc. de outras localidades, inquirindo-a

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5Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

sobre a criação de tantas instituições que se espalhavam por toda Índia e já atingindo outros lugares.

Madre Teresa explicava que a Congrega-ção das Missionárias da Caridade crescia a cada dia:

— Muitas jovens, ao tomarem conhe-cimento do trabalho assistencial com as crianças abandonadas, com a criação do lar para os moribundos, com a construção da Cidade de Paz, onde foram acolhidas crianças e adultos deficientes, com escolas para alfabetização e um mini hospital para os hansenianos, juntaram-se a nós para o aprendizado assistencial. Dessa forma pas-saram também a prestar o socorro móvel para os hansenianos encontrados nas ruas, prestes a morrer.

— Toda essa experiência — dizia Madre Teresa dirigindo--se aos repórteres — divulgadas pelos senhores, incentiva-ram o despertar de corações jovens a socorrer os pobres das regiões fora da Índia, buscando a experiência aqui em Calcutá, embora não tenhamos ainda o aval da Santa Sé para a concretização total das obras.

Um dos repórteres salientando-se dos demais, seguiu perguntando:

— Como a senhora mantém tantas instituições? Quais são os recursos que obtém? De onde procedem?

Madre Teresa era muito cautelosa nas respostas. Muitas vezes fora vítima de distorções do que falava e muitos abor-recimentos foram causados pelas matérias maldosas que saíam a seu respeito. E pensando muito respondeu:

— Não temos tempo de fazer contas para esperarmos pelas moedas destinadas aos que têm pressa no socorro. Quando nos deparamos com a dor do semelhante, a pressa será a de darmos conta a Deus pelos seus filhos doentes e não aos recursos amoedados. A Providência Divina nunca falta, quando o serviço a ser realizado pertence a Deus.

O trabalho de Madre Teresa estendeu-se até Nova Delhi, apesar de Roma não ter se manifestado definitivamente fa-vorável a Madre Teresa. Haviam representantes do Vaticano que se opunham severamente à assistência tão generalizada feita por Madre Teresa.

Muitos achavam que ela desobedecia as regras episcopais de cada localidade, ou mesmo aos clérigos responsáveis pelas paróquias espalhadas pela Índia. Mas o Papa Pio XII era favorável às obras de Madre Teresa, portanto, querendo ou não, tinham que respeitá-la.

Com a morte do Papa Pio XII, foi escolhido para substituí-lo um Papa que fora antigo professor do seminário, secretário episcopal, delegado nacional de missões religiosas católicas, visitador apostólico dos países da Turquia e da Grécia, sendo depois núncio na França e por fim arcebispo da Venezuela e cardeal. Seu nome era Ângelo Giuseppe Roncalli e, como foi eleito Papa, nomeou-se João XXIII. Diziam no Vaticano que ele seria um “Papa de transição”, mas, após três meses

de sua eleição, surpreendeu a todos com a convocação de um Concílio Ecumênico.

O Papa João XXIII queria a conciliação universal das organizações religiosas. As congregações religiosas, tanto masculinas como femininas, se espalhavam, e as autoridades eclesiásticas resolveram que, depois do Concílio, o caso de Madre Teresa e as suas congregações seriam apreciadas pelo Vaticano. Todo esse acontecimento se deu pelo fato de ter a Congregação das Missionárias da Caridade nascido em território de missão, isto é, como se fossem as Congregações de Madre Teresa um movimento paralelo da religião católi-ca. Juridicamente, Madre Teresa dependia da aprovação da Congregação de Propaganda Fide, em vez de depender da Congregação de Religiosos.

O trabalho imenso realizado por Madre Teresa era seguido passo a passo por uma mulher, que se tornou a maior de-fensora de Madre Teresa. Seu nome Eileen Egan. Desem-penhando um cargo de alta responsabilidade na Cáritas dos Estados Unidos, que por essa época denominava-se Catholic Relief Services, dirigiu um convite a Madre Teresa, para falar numa Conferência nos Estados Unidos, a Mulheres de Ação Católica e a todos que sabiam dos méritos pertencentes à missionária, pelas suas experiências no campo assistencial. Embora seu constrangimento, Madre Teresa aceitou a viagem de ida e volta pela companhia da “Pan American Airways”. Essa passagem aérea lhe foi oferecida pelas Mulheres de Ação Católica dos Estados Unidos. Para Madre Teresa, seria uma oportunidade de falar sobre o atendimento pelos desva-lidos, principalmente para países de maiores recursos, onde tantos hospitais e creches poderiam ser abertos, oferecendo boas condições aos seres rejeitados pela sociedade. Ela queria que o povo pudesse entender que as viagens que estavam programadas não eram de recreação, nem de “ne-gócios caritativos”, mas objetivavam buscar auxílio à causa dos pobres.

A convenção administrada por Eileen foi realizada em Las Vegas. Depois, Madre Teresa visitou algumas cidades e capi-tais, como: Washington, Nova York, Paris, Genebra, Frankfurt e Roma. Madre Teresa aproveitou esses momentos para agradecer a acolhida e o auxílio que recebera das senhoras de Cáritas e Adveniats e Miserior e de outras organizações de diferentes países.

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Acompanhada da amiga Eileen, Ma-dre Teresa desembarcou em Roma. O Papa João XXIII celebrou uma missa privativa, onde poucas pessoas toma-ram parte, homenageando a missioná-ria. Mas, o verdadeiro interesse para ela seria obter, por definitivo, a aprovação geral referente às obras realizadas pela Congregação das Missionárias da Cari-dade, em todos os lugares. Para tanto, Madre Teresa teve que aguardar três dias para ser recebida pelo Cardeal Pre-feito da Congregação de Propaganda Fide.

Eileen quis levá-la a passear e co-nhecer os lugares turísticos da Cida-de Eterna. Madre Teresa, agradecida, informa-lhe que, embora tivesse grande curiosidade em conhecer os famosos monumentos e lugares aprazíveis de Roma, sentia que não haveria tempo, porque tinha outras prioridades a serem cumpridas. Contou a Eileen que iria ao encontro de seu irmão Lazar.

A amiga se prontificou de imediato a ajudá-la. O encontro de Lazar com a irmã foi emocionante. Após trinta e dois anos, o forte abraço entre ambos levou as lágrimas aos olhos de Eileen. Madre Teresa estava radiante e, pela primeira vez, Eileen viu seus lábios se abrirem num enor-me sorriso. Eileen sentiu enorme conforto por ter patrocinado esse reencontro. Procurando aqui e ali, descobriu que Lazar estava morando em Palermo e que se casara com uma jovem italiana, vivendo feliz. Lazar trabalhava como representante de um laboratório farmacêutico, de onde tirava os recursos para sobreviver honestamente, como ensinara seus pais.

A conversação entre os irmãos foi longa e de muitas re-cordações. Madre Teresa quis saber de sua mãe Drana e da irmã Aga. Lazar contou que se correspondia com elas sempre que o trabalho lhe permitia. Porém, informou à irmã, com muita tristeza, da vida difícil e precária das duas, tanto financeiramente, como com a saúde abalada, principalmente da mãe. Ao ouvir todo o relato de Lazar sobre a família, a missionária levou o lenço aos olhos para secar as lágrimas que teimavam em rolar pelas faces. Eileen a tudo observava reservadamente. Após a despedida do encontro dos irmãos, caminhando ao lado de Madre Teresa, prometeu continuar ajudando-a nessa tarefa familiar.

Contando com a solidariedade da amiga, Madre Teresa vai à embaixada albanesa, para obter do governo italiano a licença de transferência de sua mãe e a irmã, a fim de deixa-rem a Albânia e se estabelecerem na Itália ou em outro país. Mas, foram elas impedidas pelo corpo diplomático, que se omitira em conhecer Madre Teresa. Esta nem pôde chegar até o embaixador, sendo rejeitada sua proposta, avaliada por um funcionário desqualificado. Madre Teresa ficou profunda-mente desgostosa pela prepotência do ser humano diante das leis de Deus.

Eileen refletiu nessa hora o quan-to Madre Teresa lutava pelos direitos humanos, favorecendo a centenas e centenas de criaturas no mundo, e ver negado um pedido de benefício aos seres queridos de sua própria família, por simples burocracia da lei dos ho-mens. Mas, para a missionária, Deus a estava chamando a um testemunho de fé e perdão, mesmo porque, ela sabia muito bem que Deus não dá privilégios a ninguém. Os obstáculos, dizia, são necessários para a evolução da alma.

Madre Teresa e as missionárias es-peravam pacientemente a aprovação da Santa Sé, para que esse atendimento aos carentes pudesse ser divulgado e realizado em outros países, como a ca-pital de Bengala, onde vários bispos da Índia estavam agora interessados nessa obra caritativa.

O Papa João XXIII, no dia 11 de outubro de 1962, celebrou o Concílio Vaticano II, que foi encerrado pelo seu sucessor, Paulo VI, no dia 7 de setem-

bro de 1965.Madre Teresa continuava a esperar que a obra de cari-

dade, de amor e de humanidade fosse um dia consagrada pela Santa Sé. E, para as missionárias que por vezes se revoltavam pela demora, ela alertava:

“Se não vier a acontecer o que queremos para continuar-mos a espalhar a obra assistencial, é sinal de que Deus não deseja essa forma de trabalho. Então, tenhamos paciência, afinal a obra é d’Ele e não nossa”.

Finalmente, antes do término do Concílio Vaticano II, em fevereiro de 1965, o Papa Paulo VI assinou a aprovação pontifícia das Missionárias da Caridade. Antes mesmo dessa sua aprovação, o Papa Paulo VI, sucessor de João XXIII, demonstrava profunda admiração pelo trabalho árduo e ca-rinhoso em que Madre Teresa colocava o objetivo de sua existência. Tinha por ela respeito e grande estima.

No final desse mesmo ano, o Papa Paulo VI viajou de avião para Bombaim, convidado que fora para participar de um congresso eucarístico internacional. Dali ele teria que ir até Nova Delhi, numa visita oficial. Para esse percurso, o Papa utilizou um carro Lincoln branco conversível, que lhe fora doado pelos católicos norte-americanos. Após a via-gem, estando no aeroporto da capital indiana, em retorno a Roma, anunciou em rede televisionada, que doaria à Madre Teresa, em reconhecimento à sua obra de amor universal, o automóvel Lincoln branco, ao qual daria ela o destino que mais lhe fosse propício. O carro fora-lhe tão útil; poderia sê-lo também à Madre Teresa.

O Papa Paulo VI sabia que a missionária, desprendida como era de bens materiais, saberia transformá-lo num bene-ficio mais rentável às suas obras. Na ocasião em que o Papa

Paulo VI anunciou a doação do carro para as obras assistenciais de Madre Teresa, as câmeras de TV voltaram-se à procura da mis-sionária em meio a multidão, que se acotovelava para ver o Papa. Mas, onde estaria ela?

Como responsável aos seus de-veres, Madre Teresa seguia para o

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Eileen Egan

aeroporto, pois tinha que estar presente para se despedir do Papa. Mas, no meio do caminho, ela quis visitar os centros de apoio aos pobres, realizado em Nova Delhi, pelas missioná-rias do local. Sua visita causou grande júbilo às voluntárias, e forte emoção à Madre Teresa. E como não podia deixar de acontecer, ao ver tantos doentes, arregaçou as mangas e, junto com as companheiras, lavou e tratou aos chagados que ali estavam, dando-lhes remédios e alimentação. Com isso, o tempo passou e Madre Teresa deixou de ir ao aeroporto. Ela só ficou sabendo dessa doação feita pelo Papa Paulo VI no dia seguinte, quando um bispo tchecoslovaco, que estava no Congresso Eucarístico, foi visitá-la e contou-lhe o ocorrido. Surpresa e confusa, Madre Teresa não sabia o que fazer. Como agradecer ao Papa e pedir-lhe perdão pela indisciplina cometida? Que erro grave cometera!... E como se corrigir? Arrancando a página de um caderno que estava sobre a mesa, escreveu um bilhete ao Papa, agradecida pela generosidade dele e pelo ato de doação que jamais seria esquecido por ela. Pediu perdão ao Papa pela falta cometida, assinou o bilhete e entregou-o ao bispo, que seria o portador dessa mensagem, que faria chegar às mãos do Papa, pela Secretária de Estado, segundo o protocolo do Vaticano.

O Papa Paulo VI, tomando conhecimento de que a destinatária não fora encontrada, deixou o veículo aos cuidados da Sede Internunciatura, na capital indiana. Para ele, o comportamento da religiosa con-firmou seu pensamento de que Madre Teresa era, de fato, uma criatura humilde e sem apego à vaidade e aos bens materiais. No seu entender, Madre Teresa era enviada do céu para favorecer os abandonados, recolhendo-os para os braços de Jesus.

Utilizando de um transporte público, Madre Teresa foi em busca da doação. Indagada sobre o uso do carro, ela esclareceu que seu objetivo era rifá-lo, o que foi feito de imediato pelas missionárias. Tempos após, o bilhete premiado foi para as mãos de uma viúva, que tinha um filho portador de deficiências físicas. Como o carro não teria serventias para ela, que vivia só com o filho, vendeu-o. Sendo admira-dora das obras de Madre Teresa, com o resultado da venda do veículo doou uma boa parte do dinhei-ro em favor da Cidade de Paz. Será bom ressaltar que essa mulher não era católica e nem cristã, mas hinduísta, isto é, maometana e, profundamente res-peitosa para com os atos da religiosa.

Com a aprovação da Santa Sé sobre o trabalho das missionárias, Madre Teresa era solicitada em todos os lugares para abertura de casas assisten-ciais semelhantes às existentes na Índia.

O primeiro a fazer esse pedido a Madre Tere-sa foi o bispo Críspulo Benítez, venezuelano de Barquisimeto, no estado de Yaracuy. A missionária assustava-se a cada pedido feito por várias dioce-ses, se bem que muitas já existiam, mesmo sem a autorização papal. Atendendo o pedido do bispo venezuelano, fez ela uma breve visita à Venezuela, sempre acompanhada pela amiga Eileen, que fez o itinerário da viagem. O bispo Dom Críspulo levou-as a visitar as áreas mais necessitadas do local, após breve descanso de ambas, na sede episcopal.

Os locais visitados por Madre Teresa, com a indi-cação de Dom Críspulo, causaram espanto à missio-nária. Embora acostumada a ver quadros terríveis vividos por seres humanos, ficou emocionada. Nas regiões de Cocorote e Catia La Mar deram-lhe a

impressão de serem mais graves as condições ali vividas. A diferença da pobreza, em meio à riqueza dos arredores, era de profundo desajuste social. Madre Teresa entendeu o pedido de urgência, e reiterou às Missionárias da Caridade o apelo para que começassem de imediato a procurar os meios cabíveis para construir casas de apoio e assistência aos moribundos locais. Não eram somente os habitantes de Calcutá que viviam rejeitados no mundo, pensava a missio-nária. E as primeiras fundações tiveram início com a chegada de recursos pela dedicação das missionárias, que atenderam o chamado de Madre Teresa, através da fiel companheira Eileen Agan, sempre disposta a colaborar na luta pelo bem comum a cada ser.

Aproveitando a viagem para a Venezuela, Madre Teresa quis passar por Roma, informando aos companheiros de viagem que seria importante para ela visitar o Papa Paulo VI. A sua intenção era agradecer pessoalmente a doação do carro e a aprovação da licenciatura pontifícia aos trabalhos das congregações das Missionárias da Caridade.

Recebida pelo sumo pontífice, após as bênçãos, Madre Teresa rogou ao Papa que abençoasse as irmãs que a acom-panhavam. E o Papa, atendendo a religiosa estendeu suas

7Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Madre Teresa e o Papa Paulo VI

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orações à Irmã Nirmala, que, no futuro, seria a su-cessora de Madre Teresa. E às outras irmãs caberia a responsabilidade das fundações assistenciais na Venezuela.

Antes das despedidas, o Papa Paulo VI pediu à Madre Teresa que olhasse com carinho o continen-te latino-americano, que estava a se recompor no aspecto religioso e lhe parecia oportuno uma visita das Missionárias da Caridade, conduzindo o povo a fortalecer a fé em seus corações. Propôs ainda mais: apertando as mãos de Madre Teresa, o Papa pediu--lhe que, quando dispusesse de um grupo de irmãs, isto é, mais voluntárias nessas tarefas redentoras, fundassem em Roma, em sua própria diocese, mais um centro de apoio à pobreza. E como sugestão, indicou um povoado muito necessitado, localizado nos arredores de Roma. Esse talvez fosse o começo, dizia o Papa. Esse local chama-se Acquedoto Felice, que havia visitado há algum tempo atrás, quando ainda era bispo de Roma. Madre Teresa agradeceu mais uma vez ao sumo pontífice, pela confiança de encarregá-la de cuidar e fundar outra congregação de assistência aos pobres de Roma.

O Papa Paulo VI designou Dom Pio Laghi, que sucedera Dom James R. Knox, como intermediário na Índia, enquanto o processo de início das obras viesse precisar das missionárias. Madre Teresa fez questão de ir até o local de Acquedoto Felice, para ver de perto o que deveria ser feito pelos pobres de Roma. Ela foi acompanhada pela irmã Frederick de origem anglo-maltesa, e que seria designada por Madre Teresa, como responsável pela congregação em Roma, quanto aos trabalhos que se desenvolve-riam futuramente pelas Missionárias da Caridade.

Andando pelos arredores, ambas ficaram impres-sionadas com o que encontravam; o quadro gritante de adultos e crianças, verdadeiros farrapos huma-nos que mal podiam se manter em pé, pedindo um pedaço de pão a quem por ali passasse. Para elas o local mais triste e desolador, realmente, estava situado nas costas da famosa Via Ápia, onde tantas lutas cristãs fizeram-se presentes, em defesa dos ideais do Mestre Jesus.

Madre Teresa não pôde conter as lágrimas ao re-lembrar a história do Cristianismo e o sacrifício vivido por Jesus. E refletia: “quanto temos ainda a realizar, para que a Huma-nidade possa vir um dia despertar ao convívio fraterno de suas palavras, Mestre: ‘Amar uns aos outros como eu vos amo’”.

Tempos mais tarde, Madre Teresa recebeu de presente, do Papa João Paulo II, uma casa dentro do próprio Vaticano, para, com suas orações, atender aos pobres que a procuravam e queriam suas bênçãos.

Final da terceira parte.Eloísa

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Luis Gonzáles-Balado, Editora Paulinas, 1ª ed., 2003.• Imagens:

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Biblio

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Acima: Madre Teresa em companhia de suas Irmãs destacadas para Roma. Uma delas, a mais alta e de tez branca, é italiana (Irmã Maria Pia).

Abaixo: Madre Teresa no bairro de Roma, local onde estas religiosas Missionárias da Caridade desenvolvem suas atividades.

9Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Tema Livretema livre

O Evangelho nos recomenda “espíritas amai-vos e instrui--vos”.

Não praticamos o “amai-vos’’ porque confundimos o Amor com o apego, a posse, a sensualidade, com o egoísmo e o orgulho; cometemos homicídios e suicídios em nome do amor etc.

Quanto ao “instrui-vos’’ a nossa má vontade é preponde-rante, alegamos muitas vezes falta de tempo, mas, passamos horas diante da televisão mudando de canal constantemente reclamando que não se tem nada para assistir, ao invés de fazermos a leitura de um bom livro. Alguns dizem que não leem porque não entendem. Outros só querem romances e muitos dizem que algumas leituras dão medo. Mas a Doutrina Espírita vem exatamente nos esclarecer para que nos livremos das fantasias. Ler um informativo também está difícil. Ao alongarmos um pouco o assunto com exemplos para deixar mais claro o entendimento, o tema não é lido, dizem ser cansativo. Quando é curto acha-se às vezes bonito, entretanto, não se entende o significado, então, como colocar em prática os ensinos cristãos? Nas reuniões de estudos alegam que o Espiritismo cobra demais, ou seja, passamos o tempo nas lamentações e reclamações esquecendo que isso só aumenta nossos débitos, então é de se perguntar, o que nos restará dentro desse quadro ao desencarnarmos?

Deixaremos o início e o final de uma crônica do Irmão X de seu livro “Cartas e Crônicas”, lição 23, intitulada “A estaca zero”, para reflexão do assunto:

Denunciando aflitiva expectação, o crente recém-desen-carnado dirigia-se ao anjo orientador da aduana celeste, explicando:

— Guardei a maior intimidade com as obras de Allan Kardec que, invariavelmente, mantive por mestre inatacável. Os livros

da Codificação vigiavam-me a cabeceira. Devorei-lhes todas as considerações, apontamentos e ditados e jamais duvidei da sobrevivência...

O funcionário espiritual esclareceu, porém, imperturbável:

— Entretanto, o seu nome aqui não consta entre os credores de ascensão às

esferas santificadas. Sou, portanto, constrangido a indicar-lhe o regresso à nossa antiga arena de purificação na Crosta da Terra.

— Entretanto, eu não fiz mal a ninguém...— Vê-se claramente que o seu espírito é nobre e bem

intencionado.— Então, — indagou o crente, semi-exasperado — qual a

minha posição de homem convicto? Que sou? Como estou depois de haver estudado exaustivamente e crido com tanto fervor e tanta sinceridade?

O anjo, triste talvez pela necessidade de ser franco elucidou, sem hesitar:

— A sua posição é invejável, comparada ao drama inquie-tante de muita gente. Demonstra uma consciência quitada com a Lei. Não tem compromissos com o mal e revela-se perfeitamente habilitado à excursão nos domínios do bem. Em se tratando, contudo, de ascensão para o Céu, observo--lhe o coração na estaca zero. Ninguém se eleva sem escada ou sem força. O meu amigo sabe muito. Agora, é preciso fazer...

E ante o sorriso reticencioso do funcionário celestial, o interlocutor nada mais aduziu, entrando, ali mesmo, em profundo silêncio.

Se temos preguiça de ler e de nos instruir, que não requer nem esforço físico e muitas vezes nem sair de casa, o que nos restará na hora da Verdade?

R. CunhaObs.: O texto é um diálogo muito interessante; para quem deseja aprender ainda mais, leia o original completo.Bibliografia: Cartas e Crônicas - Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Irmão X, Editora FEB, 12ª ed., 2007.

Não Temos Tempo ou Temos Preguiça?

Medo, segundo o dicionário, é um sentimento que propor-ciona um estado de alerta, perturbação resultante da ideia de um perigo real ou aparente, ou ainda da presença de alguma coisa estranha ou perigosa. Geralmente a criatura se sente ameaçada, tanto física como psicologicamente. A pessoa medrosa é apreensiva e geralmente tem receio de ofender ou de causar algum mal ou ainda de ser desagradável. O medroso normalmente é uma pessoa insegura.

Muitas pessoas que procuram os agrupamentos espíritas para se iniciarem no desenvolvimento da mediunidade, na maioria das vezes, já estão sentindo a influenciação dos espíritos. Como se sentem amendrontadas por não saberem lidar com essas manifestações acabam se candidatando a fazer este exercício. Medo é o fruto da ausência de esclare-cimento doutrinário. Devemos encarar a Espiritualidade como departamentos normais da Vida, que co-existe conosco em todos os lugares e em todos os recantos.

No início, o candidato ao exercício mediúnico possui um

medo natural, que é medo do desconhecido. Segundo Roque Jacintho “muitos temem os espíritos por razões interiores e obscuras. Trazem e sustentam dentro de si uma espécie de temor pelas manifestações espirituais, ou por terem visto médiuns deseducados ou pelo jugo de seus perturbadores ou obsessores que encontram no medo o meio mais eficiente de ligação e amplo domínio de suas vítimas, por destrambelhar--lhes o campo magnético”.

Lembramos da orientação recebida dos Espíritos Supe-riores que o desenvolvimento da mediunidade se faz nas vinte e quatro horas do dia, ou seja, se quisermos mesmo ser médiuns, deveremos aprender a nos reformarmos inte-riormente.

Somente com a mudança de atitudes e com o estudo sis-temático da Doutrina dos Espíritos, principalmente a obra “O Livro dos Médiuns” de Allan Kardec, é que iremos nos aprimorar cada vez mais. Não devemos esquecer que a mediunidade serve como instrumento de evolução, é um

O Medo na Iniciação Mediúnica

10

O Mais Alto nos presenteia com mais uma obra trazida pela mediunidade de Chico Xavier. Visão Nova traz uma coletânea de 20 temas ditados por Emmanuel, Sheila, André Luiz, Meimei, Bezerra de Menezes, Nina Arueira e Agar, que, como diz Emmanuel na apresentação, representam “em lances rápidos de reflexão, a nossa visão nova da existência”.

Em suas breves páginas, o livro nos leva a pensarmos no Homem Novo que devemos instaurar em nós. Como nos lembra Sheila, em Abençoa Sempre, “não será justo abençoes a enfermidade que te aflige, mas é indispensável abençoes o

teu órgão doente, para que com mais segurança se reajuste [...]”. Ou como nos esclarece Emmanuel, em Fora da boa vontade não há solução, “a caridade é a chave do Céu, entretanto, não nos esqueçamos de que a boa vontade é o começo da sublime virtude [...]”. Quanto à intolerância, Nina Arueira nos adverte, em Fraternidade em ação, “o insulamento de um povo é comumente a origem de grandes calamidades”. E Meimei nos alerta, em Esse o caminho, que “a ingratidão dos familiares e o azedume dos que mais amas são convites e apelos à revelação de tua própria bondade”.

Enfim, todos os temas nos relembram que o amparo do Pai jamais nos falta, mas precisamos estender as nossas mãos em direção ao Alto para fortalecermos a boa vontade e germinarmos a Centelha Divina que habita em nós.

Que a Paz do Senhor seja convosco!Guilherme

Livro em Focolivro em foco

Visão Nova Francisco Cândido XavierEspíritos Diversos

Editora IDE

canal abertoEste espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.

Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

Canal Aberto

Não nos deixemos enganar por certas promessas. A Terra é uma oficina de trabalho onde devemos, por meio de muito esforço, promover a nossa reforma íntima – moral.

A vida aqui no orbe não nos será fácil, a porta larga nos conduzirá à perdição, Jesus disse-nos que estreita é a porta da perfeição...

Por isso, quando em nossa caminhada encontrarmos al-guém que nos ofereça soluções imediatas para os nossos problemas, dizendo-nos: — faça isso ou aquilo que Deus te recompensará; ou: — siga esse ou aquele caminho que serás feliz... Mantenha-se em alerta, visto que Deus dá a cada um segundo as suas obras e somente através da prática da ca-ridade, do trabalho no bem é que alcançaremos o Reino dos Céus, extinguindo o orgulho e o egoísmo do nosso coração.

Só existe um único Ser o qual pode nos ajudar em nossa

trajetória, que nos prometeu o Consolador para as horas amargas e difíceis. Somente em Jesus, o Cristo de Deus, nós podemos confiar e entregar a nossa vida.

Pois Ele nos deixou um legado de Amor e Luz. Ampliou a nossa visão acerca da vida futura; da imortalidade da alma; simplificou a vida em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo...

Estejamos preparados e vigilantes para não cairmos nas armadilhas do mundo material. Procuremos conquistar os verdadeiros tesouros celestes seguindo os preceitos do Mes-tre Nazareno.

Temos a nosso favor os ensinamentos dos Espíritos Supe-riores compilados por Allan Kardec, aos quais formaram uma Doutrina esclarecedora, um manual de bem viver...

Sigamos a nossa vida compreendendo que nada é por acaso, tudo tem uma razão de ser e existir; que Jesus é o nosso Irmão, nosso Guia e Modelo e que estamos todos sobre a proteção de Deus que é o nosso Pai e Criador.

Carlo Augusto Sobrinho - Rio de Janeiro - RJ

Promessas

campo vastíssimo de lições onde o encarnado amadurece na sua lida.

Médiuns que se utilizam somente do exercício mediúnico sem o estudo sistemático e sem a prática da caridade, muitas vezes conservam as dúvidas dos iniciantes. A persistência é a virtude que os médiuns devem adquirir, pois sem ela não chegarão muito longe.

O verdadeiro MÉDIUM é aquele que sabe perdoar. Se almejamos ser um Chico Xavier, que é nosso exemplo de mediunidade com o Cristo, deveremos aprender que lidar com os espíritos não é muito diferente de lidar com os homens, pois na Espiritualidade surgem espíritos de diversas condi-ções evolutivas, qual acontece aos encarnados, nas várias camadas sociais a que pertencem. E claro aprendermos a

ser humildes e praticar a CARIDADE acima de tudo.Muitos medianeiros iniciantes na doutrina acabam não

tendo a compreensão e a persistência necessária e aban-donam a tarefa já nos primeiros ensaios. À medida que os médiuns vão se esclarecendo, ganharão confiança e irão des-cobrir que mediunidade é igual à nossa própria vida, regida por leis imutáveis.

MEDO é falta de confiança. Se estamos frequentando um grupo sério que se propõe estudar as obras de Kardec e colocar em prática seus ensinamentos então devemos confiar mais, porque temos o exemplo de Jesus que foi o MAIOR MÉDIUM DA HUMANIDADE.

ElianaBibliografia: Desenvolvimento Mediúnico - Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 9ª ed., 1988.

Homenagemhomenagem

Fabiano de CristoDisse o superior do Convento de Santo Antonio:— Não terás mais quem te sirva e nem alguém que te

obedeça ordens, porque deverás ser um servo de todos.Responde Fabiano de Cristo:— E serei o último dos servos.Ali começaria o seu exercício de amor ao próximo.E, realmente, foi só o começo, pois Fabiano de Cristo

assume a humilde função de porteiro do Convento, rece-bendo e aconchegando ao seu coração todos aqueles que buscavam naquela casa religiosa o conforto para os seus corações sofridos. Fabiano não só abria a porta do Convento para os sofridos, mas, principalmente, abria a porta de seu coração.

Orientava, acalentava, socorria, ouvia, orava, mostrava Jesus em sua mais simples figura.

Com o exercício da humildade e do amor, através da prática da caridade, é chamado “Pai dos Pobres”. Mas não socorre somente os pobres do corpo. Alenta ânimos desfale-cidos e infelizes, pensa chagas abertas, beija crianças, afaga velhos abatidos pela dor, encoraja os que choram, ampara os desesperançados.

Jamais Fabiano expressara qualquer queixa sobre seu estado de saúde, embora sofresse dores devido cisto no joelho e erisipela crônica, que depois transformou-se em grande ferida, da qual exalava perfume de rosas, pois o frei, poupando as pessoas ao seu redor, rogava à Jesus que não sentissem o mau cheiro.

Em 17 de outubro de 1747, desencarna, exalando o ine-briante perfume de rosas, como que envolvendo a cada alma em infinito amor.

Mas, ao se ver liberto do corpo físico, Fabiano de Cristo, já em espírito, encontra-se com Jesus e ouve o Senhor dizer--lhe:

— Podes, agora, escolher o mundo feliz a que tens direito de ingresso!

Jesus oferecia a Fabiano de Cristo a oportunidade de viver em mundos mais belos e felizes.

Fabiano de Cristo, recordando-se de todos aqueles que sofrem na Terra, pede a Jesus que permita a ele ficar próximo deles para ajudá-los no soerguimento e se confiarem à diretriz de Jesus.

E, desde então, Fabiano de Cristo auxilia aqueles que choram em desespero, retorcendo-se em dores espirituais, como um pai que aconchega ao seu coração o filho trans-viado.

A equipe do Seareiro rende esta simples homenagem a este apóstolo da caridade, como filhos de seu coração, ne-cessitados que somos de seu amparo.

Deus abençoe a Fabiano de Cristo, o Peregrino da Caridade.

Equipe Seareiro

11Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

As rugas no meu semblanteNão me deixam esconderJá não sou mais como antes,O novo tende a envelhecer!

Ontem, tive forças e vitalidade...Fui jovem cheio de meniniceHoje, tenho a maturidade...Estou à beira da velhice!

Sinto o corpo desgastadoPelos anos de existência.Juventude é um estadoDe plena consciência!

Guardo dentro de mimA esperança, a fé no futuro...Sei que a morte não é o fimE nem “um salto no escuro”,

É a porta de uma nova vidaOnde tudo é bem real.O mundo é cópia empobrecidaDa Pátria Espiritual!

Morrer é como adormecer,Fechar os olhos e sonhar,Muitas existências hei de viverAté a perfeição alcançar!

Carlo A. Sobrinho

Hei de ViverTerceira Idade

terceira idade

Imagem: http://www.gostodeler.com.br/images/31/idoso.gif

12

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

Servir. Como sempre a lição da caridade, indicada como leme para direção de nossas vidas.

Todos carregamos nossos fardos diários. Lamentar ape-nas os torna fardos, mas não soluciona questões, conflitos e dissabores.

O Cristo, por meio da poesia de Casimiro Cunha, nos convida a enxergar o bem que sempre está ao lado de toda provação.

Os revezes da vida, as adversidades, venham como provas, resgates, ou, ora criados pelo mau uso do livre arbítrio, também têm a faceta do aprendizado e do cres-cimento.

Nunca cruzar os braços para curtir a dor.Sempre arregaçar as mangas e envolver o pensamento

procurando a dor que está ao nosso lado.

Se não podemos de imediato resolver nossas questões, sigamos em frente, utilizando os recursos interiores em favor das causas alheias.

Ter fé para reequilibrar dentro de nós o ânimo, a alegria de viver, a resignação e, aliado a isto, a vontade ativa de prosseguir, agindo incessantemente em prol dos que nos cercam, eis o remédio para os nossos males.

A receita é clara. Ao praticar o Bem, já estamos sendo envolvidos por ele.

Mas... não aguardemos recompensa, apenas e, prin-cipalmente, nos momentos mais difíceis, sirvamos um pouco mais!

AraújoBibliografia: Caridade – Francisco Cândido Xavier / Espíritos di-versos, Editora IDE, 14ª ed., 2009.Imagem: http://3.bp.blogspot.com/_7hu7m761q8Q/STVQ8kopIBI/AAAAAA-AAATA/rcqlxVD9sJg/s400/caridade.jpg

Servir SempreSe procuras a extinçãoDas dores, por donde vais,Mantém a disposiçãoDe servir um tanto mais.

Sofres crises a granel,Impedimentos gerais,Para vencê-los, não fujasDe servir um tanto mais.

Pretende viver acimaDas aflições em que cais,Não desertes do deverDe servir um tanto mais.

Carregas lutas em casa,Provações descomunais,

Por tua paz, não desistasDe servir um tanto mais.

Encontras pedra, injúrias,Ofensas, erros brutais...Não te afastes do programaDe servir um tanto mais.

Tua vida necessitaDe mudanças radicais?Não menosprezes o ensejoDe servir um tanto mais.

Angústias do coraçãoEm tempestades morais?Inventa novos recursosDe servir um tanto mais.

Se quisermos atingirAs Luzes Celestiais,Aprendamos com JesusQue servir nunca é demais.

Casimiro Cunha

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas

3ª e 6ª, às 15 horasDomingo, às 10 horas

Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horas

Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas na nova sede (Rua dos Marimbás, 220, Jd. Guacuri, São Paulo)

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniões

Terapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30

Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h453ª e 6ª, às 14h45

Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horasRua das Turmalinas, 56 / 58

Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345

LIVROS ESTUDADOSO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; A Gênese – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan KardecO problema do ser, do destino e da dor – Léon Denis; Viagem Espírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis Morais – Roque JacinthoO Evangelho Segundo o Espiritismo; Emmanuel – Emmanuel*; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan KardecO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Os Mensageiros – André Luiz*; Vida Futura – Roque JacinthoO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel*

DIA2ª

Domingo

*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

13Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Pegadas de Chico Xavierpegadas de chico xavier

Em Pedro Leopoldo, Chico foi procurado por uma senhora sofredora que era casada há dezoito anos. Tinha lições difíceis para dar; seu esposo e seus dois filhos eram complicados; era obrigada a pensar em perdão e bondade e em compaixão muitas vezes por dia.

Ela ia até Pedro Leopoldo, pedir a Emmanuel uma orientação. Emmanuel respondeu que ela deveria continuar perdoando sempre. Ela replicou que já estava cansada, doente, ao que ele redarguiu, lembrando que existiam milhões de pessoas no mundo, cansadas e doentes também e recordou o que disse Jesus a Pedro — perdoarás setenta vezes sete.

Ouvindo a sublime recordação do Mestre, ela respondeu:— Olha, meu caro amigo, eu já fiz as contas e eu já ultrapassei,

em dezoito anos, o número de quatrocentos e noventa.Emmanuel, após breve pausa, lhe falou, por fim:— Mas você se esqueceu de uma coisa: é perdoar setenta

vezes sete cada ofensa.Chico e Emmanuel nos lembraram dos ensinamentos de

Jesus com muita simplicidade e sem mau humor, muito ao contrário, sempre que podia, Chico amenizava o sofrimento ou as recomendações com algum comentário divertido.

Achamos que com esta atitude, ele queria que enxergássemos Jesus com um sorriso nos lábios e não sério e carrancudo. E ele conseguiu nos demonstrar isso, vivendo esta atitude.

Wilson

Jesus, Perdão e Alegria

Bibliografia: Adaptado do livro “Chico Xavier, à Sombra do Abacateiro” – Carlos A. Baccelli, Editora André Luiz, 5ª ed.Imagem: http://www.lavistachurchofchrist.org/Pictures/Standard%20Bible%20Story%20Readers,%20Book%20Four/images/scan0036.jpg

Este foi o livro recebido pelos associados do Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, em julho do corrente ano.

Romance mediúnico de época, psicografa-do por Dolores Bacelar, pelo espírito Alfredo.

Renoir é o sobrenome de uma nobre fa-mília de descendência francesa, possuidora de uma indústria de tecelagem situada em pequena vila, palco desta história.

A obra se destina a doutrinar e traz como tema central a reencarnação.

Remetendo-nos aos comentários prefa-ciais, pela equipe editorial, damos uma pin-celada quanto à trama e aos personagens:

“Miguel personifica o ódio; o Senhor Renoir é o orgulho; Joceline, o sacrifício; Arthur, a bondade; Nicolau, o missionário.

“De início, Renoir é um pai preocupado: sua filha nasceu aleijada, não demonstra inte-ligência maior, nenhum pendor para as artes. É uma falha lastimável no segmento da linha-gem dos Renoir. Recebe, pois, o desprezo do pai. Do outro lado está o jardineiro Macário e sua esposa, gente sem tradição, rude, com uma filha de rara beleza e grande sensibili-dade artística. E o pior: o Senhor Renoir vai descobrir nela uma semelhança incrível com uma de suas ancestrais. E questiona: por que essa semelhança? Quem é, afinal, a filha do jardineiro?”.

Só a pluralidade das existências e a lei da reencarnação poderiam explicar tais fatos e trazer luz às inteligências da Humanidade.

Boa leitura!Rosangela

Clube do Livroclube do livro

A Mansão Renoir

Dolores BacelarEspírito Alfredo

Editora Correio Fraterno18ª edição

14

Kardec em Estudokardec em estudo

Influência dos Espíritos Sobre os Acontecimentos da Vida

Questão 527: — Tomemos outro exemplo, em que não entre a matéria em seu estado natural. Um homem tem que morrer fulminado pelo raio. Refugia-se debaixo de uma árvore. Estala o raio e o mata. Poderá dar-se tenham sido os Espíritos que provocaram a produção do raio e que o dirigiram para o homem?“Dá-se o mesmo que anteriormente. O raio caiu sobre aquela árvore em tal momento, porque estava nas leis da Natureza que assim acontecesse. Não foi encaminhado para a árvore, por se achar debaixo dela o homem. A este, sim, foi inspirada a ideia de se abrigar debaixo de uma árvore sobre a qual cairia o raio, porquanto a árvore não deixaria de ser atingida, só por não lhe estar debaixo da fronde o homem.”

O Livro dos EspíritosParte 3ª - Capítulo IX “Intervenção dos espíritos no mundo corporal”

Fatalidade ou Livre-arbítrioOs Espíritos não têm o poder de provocar um fenômeno

dessa natureza.Os raios, assim como todos os eventos da Natureza,

“acontecem” obedecendo às leis naturais que regem todo o Universo.

O pensamento de que um raio caiu sobre a árvore por-que determinada pessoa estava debaixo dela, é gerado pelo nosso egocentrismo, ou seja, acreditamos que todas as leis da natureza atuam seguindo os nossos passos, o que não é verdade, pois Deus não descumpre as leis que Ele mesmo instituiu. Na Natureza, o que tem que ocorrer, ocorrerá.

No exemplo dado, o raio iria cair sobre determinada árvo-re, porque é uma consequência natural das condições elé-tricas, pois o raio cai sobre o objeto mais alto, como árvores, postes etc.

O homem, pelos compromissos assumidos durante todas as suas existências, carrega no seu subconsciente, culpas por atos desastrosos que cometeu e, ao reencarnar, se “ins-creve”, por livre e espontânea vontade, nos atos que deverá passar, para sossegar a cobrança que a sua própria consci-ência efetua do sofrimento que causou aos outros.

Ao reencarnar, sempre com o livre-arbítrio acima de tudo, ele poderá modificar este “pagamento” com atos de carida-de prestados ao próximo.

Ou seja, aquele que tinha que sofrer na própria pele o

que fez os outros sofrerem, pela sua vontade em melhorar, modifica este quadro através de atos de amor que praticar. Este é o significado de “o amor cobre a nossa multidão de pecados”.

Os Espíritos que nos rodeiam podem até nos intuir a fa-zermos isto ou aquilo, mas cabe a nós a decisão de realizar-mos ou não o que nos é sugerido (livre-arbítrio).

Se assim não fosse, existiria o chamado determinismo, ou seja, não importaria o que ele teria feito da sua vida, o bem que tivesse realizado, Deus simplesmente o fulminaria com o raio porque isto estava escrito para acontecer. Vol-taríamos, com este pensamento, a imaginar um Deus im-placável, que não considera a nossa vontade de melhorar. Isto não acontece, porque Deus é um Pai bondoso, que se alegra e considera todo o nosso esforço para melhorar.

Pelo livre-arbítrio, cada espírito traça o seu próprio desti-no (ou caminho), não se esquecendo que, depois, responde a cada ato praticado. A todo minuto podemos projetar um destino diferente, basta querermos (vontade firme) modifi-car a nós mesmos, praticando o bem, o respeito ao próximo, a caridade, e tantas outras virtudes cristãs recomendadas e vivenciadas por Jesus.

Estamos inscritos, pela nossa consciência, em resgates pela dor, mas, pelo nosso livre-arbítrio, podemos modificar tudo. Geni

Bibliografia: O Livro dos Espíritos – Allan Kardec, tradução de Guillon Ribeiro, Editora FEB, 76ª ed.

Você não pode fazer muito no campo da caridade e, por isso, você nada faz.

Que seriam das construções do mun-do, se cada grão minúsculo de areia se recusasse a fazer o pouco porque cada grão não faz o muito?

***Se você não tem um armazém de

fé, você se desajusta por negar-se ao exercício da oração.

Que seria, todavia, da colheita do trigo, se cada semente alegasse não poder suportar a haste em que floresce-rá a espiga para tornar-se pão na mesa do homem?

***Assim, também, a cada hora de nos-

sa existência, aprendamos a somar os nossos atos de migalhas do bem rea-

lizado, a fim de que a soma do pouco se faça o muito.

***Dê-se no pouco, para criar a sua ri-

queza espiritual, recordando-se de que no mundo das moedas, os milhões são a soma dos pequeninos centavos.

Paz.Roque Jacintho

Mensagemmensagem

O Pouco e o Muito

15Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Certa vez, na carpintaria, conta-se que houve uma grande reunião com to-das as ferramentas, para que pudessem resolver suas diferenças.

Rodolfo, o martelo, tomou a presi-dência da assembleia, porém, logo lhe disseram que teria que deixar o posto, pois era grosseiro e fazia muito baru-lho. Além disso, passava todo o tempo golpeando.

Rodolfo aceitou a acusação, disse que não participaria mais da reunião, mas que também, junto com ele, fosse expulso Mário, o parafuso, já que para fazer alguma coisa dava muitas voltas.

Mário aceitou sua expulsão e dis-se que além dele, a senhora Roseli, a lixa, também deveria se retirar, pois era muito áspera e vivia em atrito com os outros.

Roseli estava de acordo com sua saí-da, no entanto, não podia concordar que João, o metro, ali continuasse, já que vivia a medir a todos, segundo suas me-didas, como se fosse o único perfeito.

Quando João ia iniciar seu discurso, o carpinteiro entrou na carpintaria. Co-locou seu avental e iniciou seu trabalho.

Pegou um grande pedaço de madeira e, com o martelo, o parafuso, a lixa e o metro, a transformou em um belo ar-mário. E assim, o carpinteiro, com suas importantes ferramentas, construiu uma porção de móveis durante aquele dia.

Quando as ferramentas voltaram a

ficar a sós, a reu-nião recomeçou. Uma grande con-fusão estava para começar, quando Cláudio, o serrote, ponderou:

— Amigos, todos temos defeitos. Entretanto, não podemos ficar desta-cando esses defeitos uns dos outros e nos acusando. Devemos sim, res-saltar os pontos positivos. Observem que o carpinteiro trabalha com nossas qualidades. É isso que nos torna tão valiosos para ele!

Diante de tão importante explana-ção, todos concluíram que Rodolfo, o martelo, era forte; Mário, o parafuso, unia e trazia segurança; Roseli, a lixa, era especial porque afinava a aspereza e João, o metro, era preciso e exato.

Neste mesmo instante, perceberam que eram uma grande equipe, capaz de produzir móveis e outros objetos de ex-celente qualidade.

Assim, viveram em harmonia traba-lhando juntos, pois eram mais toleran-tes uns com os outros, reconhecendo as qualidades de cada um.

ReinaldoBibliografia: adaptação da história “Assembleia na carpintaria”, Coleção Cadernos de EJA – Economia Solidária e Trabalho – Unitrabalho – Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho / Ministério da Educação – Governo Federal – Brasil, Editora Página Viva, 2006.Imagem: adaptada da coleção citada acima.

Contoscontos

Reunião na Carpintaria

O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que atende a portadores do Pênfigo (Fogo Selvagem) e tam-bém a 150 crianças, precisa de doações para comprar: os remédios Calcort e Psorex pomada (podem ser gené-ricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral); fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon; lenços umedecidos e álcool gel 70%.

Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE, através dos seguintes bancos:

• Bradesco - agência 0264-0 - c/c 14572-6• Banco Itaú - agência 0321 - c/c 00859-1• Banco do Brasil - agência 3278-6 - c/c 3274-9Maiores informações:• Telefone (34) 3318-2900• [email protected]

HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA

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Tempos Modernosfamilia

Família

No atual momento pelo qual gravita o nosso orbe, é indis-cutível o avanço, a passos largos, da ciência, da tecnologia, dos meios de comunicações e de uma gama infindável de recursos que chegam ao nosso conhecimento.

Indiscutível também, para nós espíritas, que tudo o que aqui se materializa, anteriormente já houvera sido criado no plano espiritual, que disponibiliza os recursos necessários, a fim de que o homem, deles fazendo o uso adequado, prossiga menos lentamente, com dificuldades menores, rumo à sua evolução.

Estejamos, portanto, atentos, porque esses recursos não objetivam somente o crescimento material. É preciso crescer em espírito, em moral.

Daí, indagar-se: se os meios existem, se fomos criados por Deus, à sua imagem e semelhança, por que ainda estamos tão distantes de usarmos, e sequer conhecermos, a nossa capacidade cerebral em toda a sua plenitude? Será que já temos condições morais-evolutivas que nos permitam o uso pleno de toda a potencialidade de que nos dotou a providência criadora, objetivando a prática do bem, do amor, da constru-ção, e não da destruição?

Admitamos: a providência divina, por misericórdia, sabia-mente limita essa nossa capacidade, por tão bem conhecer o grau evolutivo em que nos encontramos, graças ao qual, desastrosa seria a destinação que daríamos às benesses que nos são outorgadas, mercê da nossa ainda perseverante obstinação em permanecer jungidos à prática, pensamentos e sentimentos não condizentes com o fim para o qual fomos criados. A própria história, lamentavelmente, revela-nos essa realidade.

É preciso crescer. Mas, o que é crescer?Essa noção exata nos dá o Evangelista Lucas, relatando

que, após o episódio em que Jesus, então com doze anos, impressionou os doutos, em sua sabedoria, no templo de Jerusalém, Ele se retirou para Nazaré com seus pais, Maria e José. E em seguida, relata:

“E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os Homens” (Lucas, capítulo 2, versísulo 52).

Igualmente, no versículo 40 do mesmo capítulo, escreve: “E o menino crescia, em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.”

E então? Será que compreendemos?Crescer é uma preocupação e uma necessidade humana.

Mas, como?Observamos que ao chegarem ao mundo pelas vias da

reencarnação, as crianças de hoje nos surpreendem pela capacidade e facilidade com que lidam com todos os meios e recursos tecnológicos disponíveis. Isso é indiscutível, as-sim como indiscutível é, que esses espíritos reencarnantes foram preparados do outro lado da vida, para regressarem ao mundo carnal.

E então os pais, providos dos meios modernos e de tantas informações ora existentes, passam a se preocupar com o

desenvolvimento do “doce rebento”.Visitas rotineiras ao pediatra e outros especialistas para

verificar se está tudo em ordem, se está crescendo de forma regular, se o peso está correto; orientação quanto à alimen-tação, de modo a balancear cuidadosamente as proteínas, vitaminas, sais minerais, para que nada falte à criança. E tão logo seja possível, encaminhamento à escola, esmerando-se no aprimoramento da instrução e do aprendizado.

E, se a criança, então, demonstrar algum interesse por es-porte, ou pelas artes, despendem os pais tudo o que possam para atender os anseios infantis. E assim vai: balé, inglês, natação, computação etc.

E, à medida que a criança vai se desenvolvendo, mais e mais procuram atender-lhe os anseios, tornando-a, assim, cada vez mais ativas e independentes.

Todavia, é fundamental e decisivo não esquecer: o filho é um espírito reencarnado. E como tal, em essência, a sua origem é a mesma do homem adulto.

Por mais autônomas sejam, as crianças de hoje, assim como as de ontem e as de amanhã, como espíritos reencar-nados, não podem prescindir das coisas espirituais.

Assim é preciso que, desde cedo, ensinemos aos nossos filhos sobre a existência de Deus, de Jesus, dos objetivos da vida, do respeito, do amor ao próximo.

As crianças precisam dos pais como os grandes orienta-dores de suas jornadas, mostrando-lhes o caminho correto, impondo-lhes disciplina – que se faz com imposição de limites –, trabalhando-lhes os valores morais, aprimorando-lhes o ca-ráter, ensinando-lhes a serem honestas, verdadeiras, a serem bondosas para com os menos favorecidos da sociedade, a perdoarem, a compreenderem.

Necessitam receber e aprender a dar afeto; conviver com outras crianças para conhecerem, muitas vezes até mesmo o conflito, o respeito e os limites; a se relacionarem com as pessoas e as coisas.

Não tratemos as nossas crianças como simples cérebros pensantes, desejosas de mais e mais conhecimentos, su-prindo-lhes, assim, todos os anseios materiais, levando-as a isolarem-se do convívio humano, à frente somente do com-putador, robotizando-se, na falsa crença de que tudo o que necessitam é dominar a ciência, a tecnologia, para se impo-rem na sociedade; a aprenderem que o sucesso e a vitória é daquele que for mais esperto, que somente saturadas de conhecimentos conquistarão a almejada condição econômica--financeira e que, de posse desta, tudo pode.

Não será assim que as ajudaremos a entender o que é o amor; que a verdadeira vida é a espiritual e que perante ela, não prestaremos contas através dos nossos troféus, títulos, ou honrarias.

Muito mais do que homens intelectuais e poderosos, o mundo necessita de homens capazes de amar, de respeitar o semelhante e as diferenças. Homens que vejam, nos outros homens, seus irmãos.

De nada valem gênios desprovidos de moral, até porque, mesmo a criança considerada gênio necessita de cuidados para crescer, também em espírito.

É necessário que tenhamos, brilhando dentro da alma, como verdadeiro tesouro, as boas ações realizadas, as virtu-des adquiridas e o amor praticado. E isto a criança aprende com o que vivencia. Portanto, nunca percamos de vista que o lar é a primeira e fundamental escola, o ateliê anônimo, onde se esculpirá o caminho do AMOR.

Indaiá

ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃOSua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e

pode ser feita em nome doNúcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança - CNPJ: 03.880.975/0001-40

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Nosso Desequilíbrio Entre o “Não Julgueis” e o Copiar o Mal

Há um desequilíbrio das criaturas entre o não julgar o comportamento alheio e o aderir àquele comportamento equivocado.

Vemos muito isso nas novelas, por exemplo, quando um personagem passa a se vestir de maneira que habitualmente seria vulgar, mas passa a ser copiado pelas pessoas como uma moda ou da mulher cheia de artifícios que consegue enganar e trair o marido.

O público se simpatiza pelo personagem, a ponto de admi-rá-lo e com torcida para que se saia bem na história.

Procurar entender, não julgando e condenando as tendên-cias/atitudes, é o que deveríamos sempre fazer na vida, sem nos deixar contaminar pelo mal.

Em outras palavras, ou linchamos aquele ou aquilo de que discordamos por se apresentar de maneira nociva ao meio social ou seguimos o mal, concorrendo para uma inversão de valores.

Observando comentários de opinião pública, nos depara-mos com um número grande de pessoas que se identificam mais com os vilões e tacham os “mocinhos” de “bananas”.

Compreensível que nos identifiquemos com os que fazem coisas erradas, por termos os mesmos vícios dentro de nós, mas daí a achar que isso é o certo...! Agindo assim, que mundo moralmente melhor formaremos, se não nos esfor-çarmos para a evolução individual?

Já o inverso desse comportamento é a indignação exacer-bada à frente dos equívocos alheios.

Tornamo-nos, nestes momentos, as mesmas criaturas que compunham as turbas ensandecidas nos primeiros séculos da Era Cristã, clamando por justiça e sedentos do sangue

daqueles que julgávamos culpados.Sem exagero de ilustração, não é o que ainda ocorre nos

dias atuais?Vejamos o que aconteceu com o caso da menina Isabella.

As pessoas saíram de suas cidades para acampar e pernoitar em frente ao fórum com a justificativa de assistir à derrocada do casal acusado; populares decidiram agredir um pastor que, com uma bíblia nas mãos, clamava por perdão aos réus; um rapaz que defendia os acusados apanhou de algumas pessoas que estavam no local, a ponto de necessitar de inter-venção policial; manifestantes alegando a chamada “justiça” agrediram até o advogado de defesa!

Será esse o comportamento cristão? Se nem Jesus, de ilibada moral, acusou, julgou ou condenou qualquer de nós, seja na época em que aqui esteve ou hoje, como nós nos achamos no direito de agir com tamanha ira em face de pessoas que possam ter cometido erros na vida?

Afinal, quem não tiver pecados, atire a primeira pedra e não nos esqueçamos que a nossa vida não se iniciou nesta existência. Quantos e de quais crimes já fomos (ou somos) os autores? Há crimes que não são considerados perante a Justiça humana, mas os são, perante a Justiça Divina.

Certo é que a Justiça deva ser cumprida e os erros não podem ser ignorados. Mas, isso deve começar em nós.

Cultivemos, portanto, o discernimento e a coerência em nossas atitudes, para que não sejamos os falsos cristãos, levantando bandeiras morais apenas quando nos seja con-veniente.

RosangelaImagem: http://apenassentimentos3.files.wordpress.com/2009/11/eq.jpg

18

19Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

DIA 031804 nasce Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec), em Lyon, França, o Codificador do Espiritismo; professor, autor de inúmeros livros de cultura, tradu-tor de livros em várias línguas, membro de diversas academias e sociedades cul-turais; mais tarde, adotou o pseudônimo de Allan Kardec. Suas obras principais, basilares da Doutrina Espirita são: O Li-vro dos Espíritos; O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo; O Céu e o Inferno e, A Gênese. Além destas obras publicou também a Revista Espí-rita; O que é o Espiritismo; O Espiritis-mo em sua expressão mais simples e, Viagem Espírita de 1862. Publicou ainda vários livros pedagógicos, dentre os quais destacam-se: Curso prático e teórico de Aritmética; Plano proposto para melho-ramento da Instrução Pública; Gramática Francesa Clássica; Manual dos exames para os títulos de capacidade: soluções racionais de questões e problemas de Aritmética e de Geometria; Catecismo gramatical da Língua Francesa; programa dos Cursos ordinários de Química, Física, Astrologia e Fisiologia; Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas.DIA 091861 realizado um Auto de Fé, em Barcelona, Espanha. Ato inquisitorial da Igreja que queimou, em praça pública, cerca de 300 volumes de obras espíritas, enviadas por Allan Kardec ao seu amigo Maurice Lachâtre, livreiro. Este episódio ficou conhecido como o Auto de Fé de Barcelona.DIA 111966 desencarna Pedro de Camargo, mais conhecido como Vinícius. Como escritor voltou-se, de forma especial, para a tarefa de evangelização. De sua bibliografia destacamos os livros: Em torno do Mestre; Na Seara do Mestre; Nas Pegadas do Mestre; Na Escola do Mestre; O Mestre na Educação, e Em Busca do Mestre, obras de marcante relevância no campo da divulgação evangélico-doutrinária.DIA 15Dia do Professor.70 a.C. nasce Públio Virgílio Marão (em latim Publius Vergilius Maro), às vezes chamado de Vergílio (Andes, 15 de outubro de 70 a.C.), foi um poeta romano. Sua obra mais conhecida é Eneida. Foi considerado ainda em vida como o grande poeta romano e expoente da literatura latina. Seu trabalho foi uma vigorosa expressão das tradições

de uma nação que urgia pela afirmação histórica, saída de um período turbulento de cerca de dez anos, durante os quais as revoluções prevaleceram. No livro “Ave Cristo”, em psicografia de Francisco Cândido Xavier através de Emmanuel, Vergílio é mencionado no capítulo I, nos preparativos para o reencarne de Quinto Varro e Taciano.DIA 171747 desencarna Fabiano de Cristo (João Barbosa); português, nascido em Soengas no ano de 1646. Financeiramente abastado por ser hábil comerciante e negociador de mercadorias e joias, tudo deixou pelo amor incondicional devotado ao Senhor Jesus Cristo e sua forte vontade de ajudar ao próximo. Era o porteiro do convento de Santo Antonio, no Rio de Janeiro, e a todos atendia com muito amor no coração.DIA 181921 nasce Zé Arigó (José Pedro de Freitas), em Congonhas do Campo, (MG). Tornou-se conhecido internacionalmente, através de seus recursos mediúnicos, servindo de instrumento ao Espírito do Dr. Fritz, médico alemão.DIA 191909 desencarna César Lombroso, na Itália; criminalista e observador espírita. Acompanhou de perto o estudo de vários fenômenos espiritas incluindo o de Eusápia Paladino.DIA 221908 desencarna Artur Azevedo (Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo); foi Diretor Geral de Contabilidade do Ministério da Viação, poeta, comediógrafo, jornalista e crítico. Membro e fundador da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira de Martins Pena. Após o seu desencarne, através do médium Francisco Cândido Xavier, sua obra poética continuou. Era irmão mais velho do escritor Aluísio Azevedo, autor de “O Cortiço” e “O Mulato”.1922 nasce Meimei (Irma de Castro Rocha); nas palavras do Espírito Emmanuel, “Meimei não é somente valorosa missionária do bem e da luz, em nosso círculo de ação, mas também devotada orientadora de crianças e que se desvela, no mundo espiritual, pela formação da mente infantil à claridade do Evangelho Redentor”. No dia 1/10/1946, Meimei retorna a Pátria Espiritual.DIA 251944 desencarna Aura Celeste (pseudônimo de Adelaide Augusta Câmara), no Rio de Janeiro, médium de grandes recursos e personagem

de destaque no espiritismo nacional; dedicou-se às crianças órfãs e aos idosos. Nascida em Natal, Rio Grande do Norte e sob a sábia orientação de Bezerra de Menezes começou a sua carreira mediúnica, como médium psicógrafa, no Centro Espírita “Ismael”. O grande apóstolo do Espiritismo brasileiro, na sua desmedida clarividência, prognosticou, certa vez, que Adelaide Câmara, com as prodigiosas faculdades que possuía, assombraria crentes e descrentes. E essa profecia de Bezerra de Menezes não se fez esperar, pois, em breve, Adelaide, como médium auditiva, começou a trabalhar na propaganda da Doutrina dos Espíritos, fazendo conferências e receitando, com tal acerto e exatidão, que o seu nome se irradiou por todo o país. Mais detalhes leia em nossa revista “Seareiro” <www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/seareiro_05_2008.pdf>.DIA 251886 nasce Humberto de Campos, em Miritiba (MA), escritor, deputado estadual, membro da Academia Brasileira de Letras (1920); ditou diversas obras espíritas através do médium Chico Xavier, algumas com pseudônimo “Irmão X”. Vale destacar uma polêmica antiga no meio jurídico o valor probatório da psicografia. O caso mais famoso indubitavelmente foi o de Humberto de Campos. A partir de 1937, três anos após a morte de Campos, várias crônicas e romances atribuídos ao escritor começaram a ser psicografados pelo médium brasileiro Chico Xavier. Entre as obras, todas editadas pela Federação Espírita Brasileira, a de maior notoriedade entre os espíritas brasileiros foi “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”. No ano de 1944, a viúva de Humberto de Campos ingressou em juízo, movendo um processo contra a Federação Espírita Brasileira e Francisco Cândido Xavier, no sentido de obter uma declaração, por sentença, de que essa obra mediúnica “era ou não do ‘Espírito’ de Humberto de Campos”, e que em caso afirmativo que ela tivesse os direitos autorais da obra. O assunto causou muita polêmica e, durante um bom tempo, ocupou espaço nos principais periódicos do País.DIA 261943 desencarna Luiz Olímpio Guillon Ribeiro, tradutor das obras de Kardec e de Roustaing; foi presidente da FEB. Veja mais detalhes da biografia de Guillon Ribeiro em nossa revista “Seareiro” de dezembro de 2009, à página 3. <www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/seareiro_12_2009.pdf>.DIA 29Dia Nacional do Livro.

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