Maio-2015 Projectos da DW contribuem para o ... · no Huambo, dia 06 de Maio de 2015, recomendaram...

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1 Este número conta com contribuições da União Europeia & Homeless International Maio- 2015 Ano 15, Nº 1062 Maio-2015 Projectos da DW contribuem para o desenvolvimento comunitário Amílcar Salumbo Respresentante da ONG(DW) Ainda neste número Páginas: Notícias das comunidades------------------------------3-4 Etu Vosi esta a propocionar emprego--------------------7 DW apoia comunidades-------------------------------- --8

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1Este número conta com contribuições da União Europeia & Homeless International

Mai

o- 2

015

Ano

 15

, Nº 

10

62

                                                  Maio-2015

Projectos da DW contribuem parao desenvolvimento comunitário

Amílcar Salumbo Respresentante daONG(DW)

Ainda neste número                              Páginas:Notícias  das  comunidades------------------------------3-4Etu Vosi esta a propocionar emprego--------------------7

DW  apoia  comunidades--------------------------------  --8

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Editorial

Ficha Técnica

Coordenação: Amilcar Salumbo

Paginação e Impressão: Pedro Seala

Redacção e Reportagem: Victória de Fátima

Ilustração: Venâncio Benvindo e Pedro Seala

Tradução: Boaventura Elias e Pedro Seala

Contribuição: Moisés Festo e

Hernâni Cachota.

Produção: Grupos Comunitários

Editado por: Development Workshop- DW

Endereço: Rua 105, nº 30, Capango-Huambo

Tel:(244) 412 20338

Email: [email protected]

Tiragem : 2000 exemplares

É um privilégio saber que existe uma colectora noHuambo denominada Ondaka que muito tem feitopara informar o que tem ocorrido na periferia e nãosó, mas também digo que, tem-se realizado um bomtrabalho no que concerne em transmitir e mostrartudo quanto os nossos dirigentes têm feito para omelhoramento desta  província. Mesmo  assim,

gostaria quemelhorassemno tempo dadivulgaçãodo  Jornal  ena qualidade,no  que  dizrespeito  àcoloração dojornal.Em  suma,digo  ques i n t o - m e

regozijado  pelos  vossos  trabalhos,  apesar  dascondições em que trabalham e das dificuldades quetêm passado. Portanto, desejo-vos êxitos sobretudoem favor dos leitores.

Espaço do Leitor

Leitor:Manuel Dias

O nosso boletim, Ondaka, surge umavez mais, desta feita na edição do mêsde  Maio,  para  cumprir  com  o  seu

propósito  de  levar  a notícia  aos  seus  fiéisleitores,  e  procurar cada  vez maior  espaçojunto  de  novos  leitores.  Apesar  dasdificuldades  em  cumprir  com  estecompromisso  com  o  nosso  auditóriocontamos com a perseverança de todos os quetêm estado envolvidos neste Projecto, paraque continuemos a manter vivo este boletimnoticioso, a bem de todos os participantes ebeneficiários.Trazemos neste número a narração de algunsepisódios da vida nas comunidades, e fazemosalusão  a  efemérides  importantes  ocorridasneste período. O mês de Maio tem início como dia do trabalhador, em que são habituais as

comemorações alusivas á data. Trazemos aindaá notícia a abordagem da questão da gestão dasterras  ao  nível  da  província  do  Huambo,envolvendo as autoridades e outros actoresnesta  matéria.  Dá-se  também  espaço  ádivulgação das principais realizações em quese  encontra  envolvida  a  representação  noHuambo  da  ONG angolana,  DevelopmentWorkshop (DW).O objectivo que procuramos é o de melhorarcada vez mais, e para isso a participação dosnossos leitores com as suas ideias e críticas éfundamental.  Ao  mesmo  tempo  queesperamos continuar a merecer a confiançados nossos leitores, pretendemos igualmentereceber de  sua parte  uma participação  quepossa contribuir para o nosso crescimento emqualidade, para o bem comum.

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Notícias

Foi no dia 9 do mês de Abril  de 2015, em quea população da localidade do Sector do km25na  aldeia  de  Coquengo,  nomunicípio da Caála, mostrou-sesatisfeita por lhes terem colocadouma antena da Unitel.A  comunidade  agradece  asentidades competentes da Unitele da Administração Municipal  daCaála  que  percebeu  apreocupação daquela comunidadeque teve  carência de rede ao longodos anosA mesma população afirmou que,anos  atrás  era  muito  difícildesenvolver uma conversa por via telefónica, oque obrigava percorrer grande distância de pelomenos dois quilómetros. Mas agora em poucosdias a rede vai estar a favor de todos, tudo pelobenefício  da  paz  em  que  se  verifica  ocrescimento do País em diversos sectores.

O povo da Munda Paiva está insatisfeito pornão possuir  energia eléctrica  que  já se verificana vizinhança do mesmo, afirmando que estãoesquecidos.A mesma população afirmaque o bairro está a se tornarnum campo de delinquência,tudo  por  estarem  naescuridão. Também alegamque já por duas vezes quefalaram  com  a  equipe  daENE, e que também o sobadaquele  bairro  nunca  seesquece  de  colocar  oassunto nas reuniões que setêm  realizado  naadministração, e mesmo assim não se logrounada.  Com  esta  preocupação os  residentespedem  ao  governo  local  da  província  doHuambo para ver a situação de energia destebairro Munda Paiva.

Keteke  lyeceya  yo  sai  ya  Cinuike  wulima  ulowolohulukâi vivali lekûi latãlo, olonungambo viokocivanja co Km 25 ko Coquengo va lekisa esanjo lyalua

omo va tambulaocimuamuangocina ceca akimbavovimuamuangoviokupupela .Omo lyiaco owiniweca  olupandok o n gu l u v u l ukuenda  kesokiol y a t i a m e l akupangue waco.Vasapulavo  va

lombolola okuti okupisa opo omanu vakateñla okuvangula lapata avo vana vasangiwa kovivanja vikuavomomo konyima cakala muele ocitangui oku vangulalapata.  Cilomboloka  okuti  lombembwa  ofeka

yoyamamako oku kula.

Grupo: KM25

População  Satisfeita  comAntena da Unitel

Owiñi wa sanjuka .

GRUPO: SAMACAU

Owiñi watiamela ko sanjala yo Munda Paiva mulovocivanja  co  Huambo  vasumua  mekonda  lyociñikavakuete,  eci  vavanja  vakuavo  vocivanja  omo

valisunguile  okutivakuete ociñi, ovo vasima okuti vavaliwa.Omo lyo ciñi kakulikualinga  mueleunyañelo wovimunukuenda  olombandi,cosi ci pita mekondalyowelema  kuenje.Lesakalalo  eli,vapinga  mueleekuatiso kunguluvuluoco  a  potolole

ocitangui eci. Momo va fetika muele osimbu oku pinga,polé ocitangi kacikasi loku potoluiwa.

Povo clama pela luz Owiñi uliyeya mekonda lyociñi

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Notícia Nacional

Por a  ter engravidado sem terfeito o pedidoDe acordo com a cronologia dosacontecimentos, a malograda -que  em  vida  morava  com  osfamiliares na conhecida rua daValmy, no bairro dos Castilhos,naquela província - tinha doisnamorados. Quer dizer, a mesmatraia o seu namorado (que eraconhecido pela sua família) comum jovem funcionário do Serviçode  Migração  Estrangeiro,  denome Mandume Santos, de 27anos de idade.Ao notar que estaria grávida dosuposto amante, a malograda foiter com o namorado principal paraassumir  as  responsabilidades,mas este a recusou. Como se  não

Jovem forçado a casar com cadáver da namorada.

  Fonte: club-k net

As autoridades governamentais e sociedade em geral na província do Cunene, revelam-se pasmadas comum caso insólito em que um jovem, naquela região, estaria a ser “forçado” a contrair matrimónio tradicionalcom o cadáver da sua falecida namorada (que em vida se chamou Divina, de 17 anos de idade), emcumprimento de um ritual da etnia da malograda tendo em conta  que ela morreu grávida daquele sem terfeito o pedido de noivado.

bastasse, para além do desprezoque teve do seu namorado oficial,a mesma foi igualmente rejeitadapelos  seus familiares, o que lheobrigou a ir ter com o amante quea colheu.Certo  dia,  aproveitando-se  daausência  o  suposto  amante“Santos” saiu de casa à procurade água Divina - imaginando ahumilhação  e  desprezo  queestaria a receber juntos dos seusfamiliares  mais  próximo  -aproveitou a ocasião para tirar asua  própria vida.  Enforcou-se com os lençóis amarrados notecto. Tendo em conta que a mesmafaleceu  em  casa  do  suposto

amante, a sua família insinuou que“ele tinha que casar com ela nodia do funeral” para se cumprircom um suposto ritual, atribuídoa  cultura  “Bakongo”,  a que  amalograda pertencia. O jovemterá recusado, de imediato. Apesar de a mesma ter falecidohá  duas  semanas,  o  funeralapenas aconteceu no passado dia08 de Maio. Porém o casamentonão veio a consumar-se porqueo jovem recusou-se a ir ao seupróprio casamento que teria lugarno  cemitério  de  Ondjiva.“Santos”,  que  é  natural  doLubango,  foi,  no  entanto,perdoado pela família da falecida.De acordo com o conhecimentoque, o Governo Provincial nãoreagiu  sobre  o  caso,  porconsiderar  ser  um  assuntoexclusivamente do fórum familiar.A  atitude  dos  familiares  damalograda em obrigarem o jovema  casar  com  o  cadáver    é,segundo explicações de meiosconhecedores  de  assuntos  defóruns tribais, como um ritualdestinado a permitir com que o“abusado” pague a “multa”, tendoem  conta  que  “Santos”engravidou a jovem sem fazer oalambamento. Desta  forma, o“abusado”  ficaria  livre  dequalquer “maldição” de ordemtradicional.

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Reportagem

O dia 1 de Maio é o Dia Internacional do Trabalhador, data que tem origem na primeira manifestaçãode 500 mil trabalhadores nas ruas de Chicago, e numa greve geral em todos os Estados Unidos,em 1886. Três anos depois, o Congresso Operário Internacional convocou, em França, uma

manifestação anual, em homenagem às lutas sindicais de Chicago.A primeira acabou com 10 mortos, em consequência da intervenção policial. Foram os factos históricosque transformaram o 1 de Maio no Dia do Trabalhador. Até 1886, os trabalhadores jamais pensaramexigir os seus direitos, apenas trabalhavam.

Trabalhadores  marcham  em  prol  da  dignidade  dotrabalhador, aposta no desenvolvimento e aumento salarial

Deste  modo,  toda  a  massatrabalhadora do mundo, sai àsruas  para  reivindicar  os  seusdireitos,  que  se  baseiam  naexigência de um salário justo emelhores condições de trabalho.À  semelhança  de  outrasparagens, para comemorar o DiaInternacional do Trabalhador naProvíncia do Huambo, mais de 15mil trabalhadores dos sectorespúblico e privado, marcharam dopalácio  até  ao  Largo  SaydiMingas.Durante  a  marcha,  ostrabalhadores  organizados  em

blocos dos 11 municípios da província, entoaram canções e exibiramcartazes, dísticos e carros alegóricos de vários sectores.Na actividade que decorreu sob o lema “dignificar o trabalhador éapostar no desenvolvimento, que passa pelo aumento do salário”, ostrabalhadores  demonstraram  as  actividades  que  desenvolvemdiariamente.

O  presidente do  Sindicato dos Trabalhadores da  Educação,Cultura, Desporto e Comunicação Social do Huambo, Adriano

dos Santos, disse haver necessidade da reactivação do processo dereconversão de carreiras do regime geral, na vertente horizontal.O responsável do Sindicato sublinhou que deve haver retorno doprocesso de promoções e ajuste de categoria na educação e saúde, arealização dos concursos públicos para a admissão de novos docentese enfermeiros, bem como a actualização dos subsídios previstos pelalei nos respectivos sectores.

Reportagem de: Vitória de Fátima

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Reportagem

O  secretario  de  Estado  daHabitação,  JoaquimSilvestre,   disse  que  a

problemática  da  terra  na  suadimensão jurídica deve ser tratadade forma integrada e em função doseu  múltiplo  uso,  tal  como  osuporte de abrigo ou habitação dapopulação residente no território oque  implica  um  adequado  regimeurbanístico.Joaquim  Silvestre  referiu  que  oabrigo de riquezas naturais, cujo usoe  aproveitamento  releva  o  direitomineiro,  agrário  e  florestal  doordenamento  do  território,  osuporte do exercício da actividadeeconómica  e  industrial  e  deprestação de serviço e de todos osefeitos  resultantes  da  acçãodegradante  do  homem,  comimpacto  negativo  no  equilíbrio

Maior divulgação da Lei de Terras

Os  participantes  ao  seminário  provincial  sobre  a  problemática  de  ocupação  de  terrenos,  realizadono Huambo, dia 06 de Maio de 2015, recomendaram maior divulgação da Lei de Terras e do regulamento

geral de concessão de terrenos em todos os municípios da província.

Ao proceder a abertura do evento, o governador da província do HuamboKundi Paihama lembrou aos participantes que a terra constitui o principalrecurso para a subsistência da espécie humana, por ser onde se realizamas  principais  acções  para  que  o  homem  produza  e  obtenha  os  bensnecessários  à  satisfação  das  suas  necessidades,  desde  as  mais  básicas,até as mais exigentes.“Mas,  só  com  o  aproveitamento  adequado  e  racional  deste  recurso  sepoderá  garantir  e  proporcionar  às  populações,  os  benefícios  que  elaoferece”,  disse.Kundi Paihama disse haver em todo o país relatos sobre os conflitos deterrenos entre cidadãos e instituições públicas e privadas, os quais terminam

ecológico,  recai  para  o  direito  doambiente.O  seminário  recomendouigualmente  a  criação  demecanismos  e  politicas  queincentivem  maior  articulação,coordenação e cooperação entre osvários  órgãos  que  intervêm  noprocesso de concessão de terrenos,bem  como  afixação  nasadministrações  municipais  ecomunais, em locais de fácil acessopara  os  cidadãos  dosprocedimentos  para  solicitação  deparcelas de  terreno.É  também  recomendado  que  osórgãos judiciais criem mecanismose políticas que visem a celeridade eprontidão no  tratamento dos casossobre  conflitos  de  terras  quecheguem  a  seu  conhecimento.  Eque  os  croquis  de  localizaçãodeverão ser elaborados apenas porentidades autorizadas, para permitiruniformização  na  inserção  dasparcelas  no cadastro provincial  deterras.Promover uma ampla campanha delegalização  e  cadastramento  dosterrenos cujos titulares não possuamnenhuma  documentação  e  criarmecanismos  capazes  dedesencorajar  a  ocupação  ilegal  deterrenos aumentando  o número  deefectivos  da  fiscalização,igualmente  recomendado  pelosparticipantes,  tendo  acrescentadoque  nenhuma  obra  deve  serembargada sem o conhecimento dotribunal.Participaram  do  evento  membrosdo  governo  da  província,magistrados,  deputados  do  círculoprovincial,  sociedade  civil,autoridades  militares,  policiais,tradicionais e religiosas.

muitas vezes em actos de violênciaque  causam  ferimentos  aosintervenientes ou mesmo morte emalguns  casos.Realizado  com  o  objectivo  dediagnosticar  a  situação  actual  daocupação de terrenos na provínciado Huambo, o  seminário abordoutemas  como:  a  concessão  dedireitos  sobre  terrenos  eloteamentos;  segurançajurídica,  expropriaçõesrealojamentos  e  embargos.A  responsabilidade  criminal  porocupação  ilegal  de  terrenos;Cadastro  provincial  de  terras  ereservas  fundiárias;  Zonas  deprotecção  urbanística  e  áreascríticas  de  recuperação  ereconversão urbanística;   medidaspreventivas  e  protecção  contraocupação  ilegal  pelas  autoridadespúblicas,  foram  igualmentediscutidos no encontro. Reportagem de: Vitória de Fátima

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A responsável do projecto Francisca José Capewa disse

que o “Etu Vosi” que em português significa “nós todos,”

começou em 2011 com o apoio da fundação Arte e Cultura

que proporcionou todo o equipamento necessário, desde as

máquinas de costura os tecidos linhas até as agulhas.

“Hoje trabalhamos com 20 mulheres que primeiro receberam

formação sobre corte e costura e posteriormente passaram a

produzir todo o material que é comercializado”, disse.

Francisca Capewa referiu que os resultados são positivos

pois com a permissão que têm, comercializam o produto do

Projecto “Etu Vosi” emprega várias mulheres

Reportagem

O projecto “Etu Vosi” afecto à Fundação Arte e Cultura, está a proporcionar emprego avárias mulheres da província do Huambo. As mesmas confeccionam roupa, pastas e

decoram cadernos com tecidos africanos.

Já  a  estudante  FlorBrinera, voluntária dafundação, que está em

Angola e no Huambo há trêsmeses  disse  que  com  asmamãs  do  projecto  “EtuVosi”  tem  ganho  umaexperiencia muito boa, poiscada dia aprende-se que cadauma deve dar força a outrae  isso  é  o  que o  projectotem de especial.“A experiencia em trabalharcom as mamãs angolanas é

A funcionária da Fundação Arte eCultura, Vered Lewi disse que oprojecto surgiu como ideia de umavoluntária,  e  no  princípio  foinecessário dar um apoio maior efinanceiro, com a ideia de que omesmo cresça por elas mesmas.“Ainda damos algum apoio mas jánão financeiro, já que o propósitoé que o projecto continue e nãodependa de ninguém, para que asmamãs tenham mais condições detrabalho, aumentem o número detrabalhadoras que possam dar o seu

contributo”, disse.

boa,  pois  transmitem  a  suaforça para outras e mostramvontade de prosseguir com avida, independentemente dasdificuldades que muitas vezesenfrentam.  Elas  trabalhamaqui e de seguida cuidam dassuas  famílias  e  todas  asmulheres em qualquer partedo  mundo  deviam  aprenderisso delas”, disse a estudantede nacionalidade israelita.

seu trabalho no Kero, na Ilha

de  Luanda,  no  Jardim  da

Cultura  e  Shoprite  no

Huambo.

Actualmente já não recebem

o apoio material da fundação,

pois  sustentam  o  projecto

com o resultado das vendas.

A  responsável  disse  que  às

vezes ficam dois a três meses

sem remuneração devido ao

baixo  rendimento,  mas

quando  há  lucro  satisfaz  a

necessidade de cada mulher

que lá trabalha.

A legalização do grupo para

que  possa  trabalhar  mais  e

poder vender  o produto  em

qualquer  parte  do  país,

constitui a próxima aposta do

projecto.

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O  responsável  da  ONG  noHuambo Amílcar Salumbo,disse que o projecto de águae  saneamento  vem  nasequência  de  várias  acçõesque a organização tem estadoa realizar.O projecto denominado “verágua” que visa a monitoria dofuncionamento  de  algunspontos  de  água  através  dautilização  de  tecnologiacelular,  telefonia  móvel,  jáestá concluído.“É  uma  acção  pioneira  aonível do país e os resultadosque obtivermos vão ser úteispara  a  aplicação  em  outraslocalidades. Na sequência doreferido projecto iniciou umoutro também na vertente deágua e saneamento”, disse.Amílcar Salundo referiu queé um projecto de capacitaçãode grupos de gestão de águase  saneamento  básico  naprovíncia  do  Huamboconcretamente  nosmunicípios  do  Huambo,Cachiungo e Bailundo, e naprovíncia  do  Kwanza  Sul,município da Kibala.Segundo  o  responsável,  aprevisão é de estender-se paraas  províncias  de  Luanda,Cabinda e Cunene.“Estamos  a  dar  o  primeiropasso,  que  compreende  a

Projectos de água e saneamento egestão de terras são implementadosA organização não-governamental angolana Development Workshop (DW) presta apoio àscomunidades com a implementação de projectos de água e saneamento, e gestão de terras.

comunicação  com  osbeneficiários do projecto ecom  as  autoridades  paradelinear  as  acções  queserão desenvolvidas.  Esteprojecto tem a duração decinco anos”, frisou.Existe  igualmente  oprojecto de gestão de terrascom a duração de três anos.O mesmo funciona há umano  e  visa  capacitar  osprincipais  actores  dagestão  de  terras,  como  asa d m i n i s t r a ç õ e smunicipais, em matéria degestão  e  utilização  dosterrenos rurais e urbanos.O  projecto,  lançado  naprovíncia  do  Bié  emNovembro do ano passado,está a ser desenvolvido nasprovíncias  do  Bié,Benguela  e  Huambo,concretamente  em  10municípios no total, sendoo Huambo com sete.O  responsável  disse  quepara  o  efeito,  os  técnicosda DW tiveram  formaçãosobre  delimitaçãoparticipativa  de  terra  quefoi  dada  pelo  Fundo  dasNações  Unidas  paraAlimentação e Agricultura(FAO), e formação técnicade gestão com sistemas deinformação geográfica, em

parceria com a Visão Mundial.De acordo com as experiênciasem trabalho com a terra urbanadesde 2002, a DW irá partilharas mesmas experiências  com ostécnicos  das  administraçõesmunicipais, numa parceria como  Instituto  de  Formação  daAdministração Local (IFAL).Para  a  implementação  dosprojectos,  a  DW  conta  com  ofinanciamento da USAID para oprojecto de água e saneamento epara  o  projecto  de  terras  pelaUnião Europeia.A  DW  é  uma  organização  nãogovernamental angolana que tema sua acção direccionada para odesenvolvimento  dascomunidades  bem  como  naformação de quadros.

Amílcar Salumbo