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Relatório de Gestão PREAC Maio de 2005 a abril de 2009 Campinas, 2009

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Relatório de Gestão PREAC

Maio de 2005 a abril de 2009

Campinas, 2009

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ReitorProf. Dr. José Tadeu Jorge

Coordenador Geral da UniversidadeProf. Dr. Fernando Ferreira Costa

Pró-Reitor de Extensão e Assuntos ComunitáriosProf. Dr. Mohamed Habib

Pró-Reitor de Desenvolvimento UniversitárioProf. Dr. Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva

Pró-Reitor de PesquisaProf. Dr. Daniel Pereira

Pró-Reitora de Pós-GraduaçãoProfa. Dra. Teresa Dib Zambon Atvars

Pró-Reitor de GraduaçãoProf. Dr. Edgar Salvador De Decca

Chefe de GabineteProf. Dr. José Ranali

Equipe

Adriana DinizAlex C. de Matos

Amauri Ap. AguiarDeise Ap. P. SantiagoEliana Moreno KretlyEloi José da Silva LimaKaren Freitas Silveira

Manoel Guilherme MelloRalciê Silva PequenoRegina C. Vicentin

Silvana C. P. GonçalvesTatiana A. RochaWaddell S. Luz

Diagramação e ArteAlex Matos

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Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários - PREACProf. Dr. Mohamed Habib

Prof. Dr. Lisandro Pavie Cardoso - Assessor

Centro Cultural de Inclusão e Integração Social CIS - Guanabara da UNICAMPProf. Dr. Marcos Tognon

Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDCProfa. Dra. Maria Irma Hadler Coudry

Rádio e TV UNICAMP - RTVProf. Dr. Nuno Cesar Abreu

Prof. Dr. José Eduardo Ribeiro de Paiva

Espaço Cultural Casa do LagoJosé Avelino Bezerra

Escola de Extensão da UNICAMP - ExtecampProf. Dr. Miguel Juan Bacic

Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares - ITCPProf. Dr. Miguel Juan Bacic

Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CACProf. Celso Lopes

Profa. Dra. Beatriz Jansen Ferreira

Projeto RondonAmauri A. Aguair

Programa Comunidades Quilombolas - PCQProf. Celso Lopes

Projeto Educação SócioambientalProf. Dr. Sandro Tonso

Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências da UNICAMP em Paraty - LEPACProf. Dr. Carlos Fernando Andrade

SOS Ação Mulher e Família - SOSPró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários

Programa de Gestão Estratégica em Políticas Públicas - PGEPEloi José da Silva Lima

Programa Alfabetização Solidária - AlfasolProfa. Dra. Silvia Terzi

Programa de Capacitação de Pescadores Artesanais para o Manejo da Pesca - CAPESCA

Profa. Dra. Alpina Begossi

Programa Café Cultura Santa LuziaProf. Dr. Paulo Maria Ferreira de Araújo

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Websites

Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitárioswww.preac.unicamp.br

Primeiro Festival Internacional da Leitura de Campinas - Filcwww.filc.com.br

Fóruns e Congressos

Conselho de Extensão - CONEXwww.preac.unicamp.br/conex

Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP - Cis-Guanabarawww.preac.unicamp.br/eg

Coordenadoria de Desenvolvimento Culturalwww.preac.unicamp.br/cdc

Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMPwww.rtv.unicamp.br

Espaço Cultural Casa do Lago - Ecult www.preac.unicamp.br/casadolago

Cursos de Extensão - Extecampwww.extecamp.unicamp.br

Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CACwww.preac.unicamp.br/cac

Projeto Rondonwww.preac.unicamp.br/rondon

Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCPwww.itcp.unicamp.br

Programa Comunidades Quilombolas - PCQwww.preac.unicamp.br/quilombolas

Programa de Educação Socioambiental

Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPACwww.preac.unicamp.br/lepac

Programa de Financiamento de Projetos em Extensão Comunitária - Editais PREAC

SOS Ação Mulher e Famíliawww.preac.unicamp.br/sosacaomulher

Programa Café Cultura Santa Luziawww.preac.unicamp.br/cafecultura

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Índice

Pró-Reitores de Extensão e Assuntos Comunitários ............................................................. 6

Introdução ......................................................................................................................... 7

Institucionalização da Extensão Universitária da UNICAMP ................................................. 9

Normas e Regulamentos .................................................................................................... 9

Parcerias institucionais firmadas ......................................................................................... 10

Convênios com o MEC e o Ministério da Cultura - Programa PROEXT ................................ 11

Convênio com a Associação Brasileira dos Municípios - ABM ............................................. 11

Convênio com a Prefeitura Municipal de Campinas - PMC ................................................. 11

Primeiro Festival Internacional da Leitura de Campinas - FILC ............................................. 12

Fóruns e Congressos .......................................................................................................... 15

Conselho de Extensão - CONEX ........................................................................................ 17

Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP - CIS-Guanabara .................. 20

Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC ........................................................... 30

Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP ............................................................................... 40

Espaço Cultural Casa do Lago - ECULT .............................................................................. 47

Cursos de Extensão - Extecamp .......................................................................................... 51

Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CAC ............................................................... 65

Projeto Rondon .................................................................................................................. 66

Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP ............................. 83

Programa Comunidades Quilombolas - PCQ ...................................................................... 89

Programa de Educação Socioambiental .............................................................................. 116

Projeto Cursinho EXATO .................................................................................................... 127

Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC ........................................ 130

Programas e Projetos da PREAC ......................................................................................... 136

Programa de Financiamento de Projetos em Extensão Comunitária - Editais PREAC ................... 136

SOS Ação Mulher e Família ................................................................................................ 137

Programa de Gestão Estratégica Pública - PGEP ................................................................. 145

Programa Alfabetização Solidária - ALFASOL ...................................................................... 147

Capacitação de Pescadores Artesanais para Manejo da Pesca - CAPESCA ........................... 151

Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES ............................................................. 155

Programa Café Cultura Santa Luzia .................................................................................... 163

Epílogo .............................................................................................................................. 164

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Pró-Reitores de Extensão e Assuntos Comunitários

Da esquerda para a direita: Prof. Dr. Archimedes Perez Filho (1994 a 1998), Prof. Dr. César Francisco Ciacco (1990 a 1994), Prof. Dr. Roberto Teixeira Mendes (1999 a 2002), Prof. Dr. Mohamed Habib (2005 a 2009), Prof. Dr. Rubens Maciel Filho (2002 a 2005) e Prof. Dr. José Carlos Valladão de Mattos (1986 a 1990).

ALEX MATOS

“Expresso nesse espaço os meus agra-decimentos aos colegas ex-Pró-Reitores

de Extensão e Assuntos Comunitários da nossa universidade, pois, sem o trabalho por eles desenvolvido, eu não teria con-

dições de fazer a minha parte”.

Prof. Dr. Mohamed Habib

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Introdução

A Gestão Tadeu Jorge/Fernando Costa 2005/2009 fez da Extensão Universitária na UNI-CAMP uma das portas mais amplas de interação da universidade com a sociedade. Além de compreender perfeitamente o papel de uma universidade pública e o seu desafio perante o diagnóstico de uma realidade social, econômica e política bastante problemática, buscou in-teragir diretamente com vários setores da sociedade, inclusive investindo na harmonização e na humanização das relações entre diferentes categorias sociais.

O conhecimento gerado na academia continuou fluindo e respondendo às demandas dirigidas à UNICAMP, quer pelo setor público, quer pelo setor privado, quer pela sociedade civil organizada; nesta última em mais de um momento a academia beneficiou-se do fluxo em sentido contrário.

A integração interna envolvendo docentes, estudantes e profissionais de apoio, alcançou patamares jamais vistos anteriormente. O estímulo a pesquisas em Extensão Comunitária com recursos financeiros próprios através de Editais Anuais, além da criação de disciplinas de extensão específicas para esta atividade, são exemplos notáveis.

O Projeto Rondon na sua nova versão reconhece a forte participação da UNICAMP, nos últimos quatro anos, através de suas equipes de estudantes, professores e profissionais de apoio. Aos estudantes cabe a matrícula numa nova disciplina específica, criada com o intui-to de estimular e de valorizar a participação de estudantes e professores.

A extensão comunitária desenvolveu programas, projetos e ações diversas, que contribuíram enormemente para a formação de jovens cidadãos e de profissionais de excelente qualidade.

A UNICAMP esteve atenta ao resgate da memória e da história das cidades da Região Metropolitana de Campinas, não apenas restaurando patrimônios históricos, mas, também, escrevendo a história de períodos que fizeram de Campinas a segunda cidade mais impor-tante do Estado de São Paulo. Assim, foi criado o Centro Cultutral de Inclusão e Integração Social da UNICAMP (CIS-Guanabara) após o restauro e a reforma da Estação Guanabara, na área central de Campinas.

A Economia Solidária como base de sustentação de incubadoras de cooperativas popula-res e as oficinas profissionalizantes destinadas a jovens de baixa escolaridade são exemplos de programas bem sucedidos de inclusão social oferecidos pela PREAC, além de reconheci-dos e financiados, inclusive, pelo Governo Federal.

Combatendo a violência contra mulheres, crianças e minorias, a UNICAMP esteve presente, fortemente, através de seus programas e projetos como SOS Ação Mulher e Família, Comunida-des Quilombolas, Alfabetização Solidária, Café Cultural Santa Luzia e Cursinho Exato.

A Escola de Extensão também esteve fortemente presente com seus cursos de capa-citação e de educação continuada, oferecidos por docentes e acadêmicos da UNICAMP, atendendo a expressas demandas de diferentes setores da sociedade. Programas como o “Educação Sócio-Ambiental”, capacitando educadores ambientais de diferentes setores da sociedade tiveram apoio e financiamento do Governo Federal. O Programa de Gestão Estra-tégica em Políticas Públicas é um outro exemplo, neste caso, capacitando profissionais de órgãos públicos governamentais.

A divulgação e o debate de diferentes temas de extensão universitária também recebe-ram uma grande atenção nos últimos quatro anos, inaugurando os Congressos de Extensão

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Universitária, com as suas duas primeiras versões já realizadas. Ainda os Fóruns de Extensão Universitária envolveram temas atuais e de grande interesse para a sociedade humana em geral e a brasileira em particular.

O Espaço Cultural “Casa do Lago”, nos últimos quatro anos, foi capaz de receber mais de 94 mil visitantes, participando em mais de dois mil eventos artísticos e culturais. A Co-ordenadoria de Desenvolvimento Cultural, além de disponibilizar e de administrar o seu espaço físico (ginásio e auditórios), desenvolveu projeto de integração com a comunidade escolar da região de Campinas, com o apoio financeiro da FAPESP.

A Rádio e Televisão da UNICAMP (RTV/UNICAMP) teve uma forte presença na rede da TV Universitária de Campinas, apresentando produções, debates e manifestações de professo-res e acadêmicos da Universidade, cobrindo diferentes áreas de conhecimento.

O recente apelo público nacional e internacional voltado para uma transformação social mundial com mais justiça e igualdade entre as pessoas e os povos sugere a substituição dos indicadores exclusivamente econômicos e financeiros, representados pelo Produto Interno Bruto - PIB - por outros representados pelo FIB (Felicidade Interna Bruta). A UNICAMP pro-moveu em 2008 o primeiro debate sobre o tema.

Sem dúvida alguma estas e várias outras ações de extensão na UNICAMP não poderiam ter sido viabilizadas sem que se avançasse no processo de institucionalização, mediante a criação de normas e regras para as diferentes facetas da Extensão Universitária. Os festivais também tiveram o seu espaço nas atividades da PREAC, desde o Festival do Café até o 1º Festival Internacional da Leitura de Campinas.

Este relatório apresenta o resumo das atividades desenvolvidas pela PREAC no período de maio de 2005 a abril de 2009.

Prof. Dr. Mohamed HabibPró-Reitor de Extensão eAssuntos Comunitários

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Institucionalização da Extensão Universitária da UNICAMP

A institucionalização da Extensão Universitária na UNICAMP, a partir de 2005, por ini-ciativa da PREAC, pautou-se por duas linhas mestras de ação. Primeiro, a elaboração pela PREAC e a posterior aprovação nas instâncias deliberativas da Universidade de um conjunto de instrumentos normativos e reguladores que constituem a base legal para a promoção e a valorização das atividades de Extensão. O objetivo maior era definir caminhos mais seguros e eficazes para preservar e fortalecer a qualidade e a credibilidade institucional da extensão aqui praticada, incorporando-lhe os valores éticos e morais acadêmicos que fizeram da UNICAMP umas das mais respeitadas instituições universitárias do Brasil. Segundo, o esta-belecimento de relações externas mediante a celebração de convênios e amplas parcerias institucionais, para dar à Extensão o imprescindível vínculo com a sociedade civil.

Normas e Regulamentos

No quadriênio pode-se destacar a edição das seguintes normais institucionais:

Deliberação CEPE - A- 08/05: Altera o §1º do artigo 2º da Deliberação Cepe-A-4-2003, que dispõe sobre a implantação, oferta e acompanhamento de Cursos de Especialização e Cursos de Aperfeiçoamento, na Modalidade Extensão Univer-sitária, da UNICAMP.

Deliberação CONSU -A- 09/05: Altera o inciso III do artigo 4º da Deliberação Consu-A-02-99, que dispõe sobre o Regimento Interno da Escola de Extensão.

Regimento Interno do Conselho de Extensão - CONEX - Aprovado pelo CONEX em 15 de dezembro de 2005.

Resolução GR 57/2006: Cria o Conselho de Desenvolvimento Cultural - CONDEC - responsável pela formulação e definição das políticas de extensão para o desen-volvimento cultural da UNICAMP.

Resolução GR nº 58/2006 : Dispõe sobre a Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC).

Resolução GR nº 69/2006: Altera o artigo 2º da Resolução GR 88/94 que criou o Conselho de Extensão - CONEX.

Resolução GR nº 22/2007: Altera o artigo 2º da Portaria GR n° 88/94 que criou o Con-selho de Extensão - CONEX e o Artigo 3° do Regimento Interno do CONEX.

Resolução GR nº 36/2007: Regulamenta o pagamento de bolsas de ensino, pes-quisa, extensão e de estímulo à inovação.

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Norma CONEX 01/2007, aprovada pelo CONEX em 13 de setembro de 2007, que estabelece critérios para a convalidação de créditos obtidos em disciplinas/cursos de extensão cursados fora da UNICAMP.

Instrução Normativa EXTECAMP 01/2007: Regulamenta as questões disciplinares para alunos dos cursos no âmbito da Extensão (Guia do Aluno).

Deliberação CONSU-A-05/2007, aprovada no CONSU em 29 de maio de 2007: Regula-menta a participação de profissionais externos à UNICAMP em Cursos de Extensão.

Norma CONEX 02/2007, aprovada pelo CONEX em 03 de outubro de 2007: Regu-lamenta que os Coordenadores dos Cursos de Extensão Universitária oferecidos pela UNICAMP devem ter vínculo institucional com a universidade.

Edital 6/2007 do Programa de Apoio à Extensão Universitária (PROEXT), do Mi-nistério da Educação (MEC), foram aprovados três projetos da UNICAMP: Cultura afro-brasileira, Cooperativas populares e Saúde e o meio ambiente.

Deliberação CEPE nº 466/2007, criando duas disciplinas de Extensão: EX-001 - Projeto de Extensão Comunitária I e EX-002 - Projeto Rondon de Extensão Universitária para dar o caráter Institucional a atividades de Extensão Comunitária desenvolvidas por estudantes e docentes da UNICAMP, reconhecidamente integrando pesquisas científi-cas, ensino e comunidades externas.

Deliberação CONDEC - 01/2008, dispõe sobre o Regimento Interno do Conselho de Desenvolvimento Cultural da UNICAMP - CONDEC

Norma CONEX 01/2008, aprovada pelo CONEX em 07 de agosto de 2008: estabe-lece critérios para cálculo de custo e remuneração associados a disciplinas e cursos de extensão da UNICAMP.

Resolução GR 12/2008: Dispõe sobre contratos para divulgação de cursos de ex-tensão da UNICAMP.

Resolução GR nº 22/2008: Altera disposições que regem o funcionamento do LE-PAC - Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências e o vincula à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UNICAMP - PREAC.

Resolução GR nº 27/08: Dispõe sobre a criação do CIS-GUANABARA - Centro Cul-tural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP

Resolução GR 30/2008: Estabelece critérios para fixação do custo total de Cursos e Disciplinas de Extensão da UNICAMP e dá outras providências.

Parcerias institucionais firmadas

As parcerias institucionais, atreladas aos Programas da PREAC, visam fortalecer a relação da UNICAMP com a sociedade. Nesta ação incluem-se a assinatura de convênios plurianuais e a participação em editais públicos de Extensão. A seguir, estão alguns exemplos de con-vênios firmados no quadriênio.

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Convênios com o MEC e o Ministério da Cultura - Programa PROEXT

Entre 2005 e 2007 foram firmados seis convênios com o MEC/PROEXT, totalizando R$124 mil. Em 2005, foram três Convênios: Programa Comunidades Quilombolas: “Formento à exten-são comunitária...”, valor R$ 28.800,00; “Capacitação de Agentes Populares de Microcrédito Produtivo...” valor R$ 21.000,00; “Capacitação para o Assentamento 12 de outubro do Horto Vergel...” - Valor R$ 27.000,00. Em 2007, três Convênios: “A história e cultura Afro-Brasilei-ras...” valor R$ 25.000,00; “Desenvolvimento para o protagonismo dos jovens em Saúde e Meio Ambiente”, valor R$ 22.000,00; “Metodologias de incubação de grupos autogestionários...” valor R$ 29.000,00. Em 2007, um Convênio com o PROEXT/MINISTÉRIO DA CULTURA, Projeto Cultura no Centro Elesbão - Barão Geraldo, valor R$29.986,00.

Convênio com a Associação Brasileira dos Municípios - ABM

Através do Programa de Gestão Estratégica em Políticas Públicas da PREAC foi celebrado em 2007 um convênio com a Associação Brasileira dos Municípios -ABM, entidade que congrega mais de três mil municípios, visando oferecer, durante três anos, cursos de extensão/especia-lização em Gestão Estratégica em Políticas Públicas para 1500 dirigentes. O cursos envolvem teoria e práticas em gestão estratégica, planejamento, implementação e avaliação de políticas públicas, compartilhamento de experiências para aumentar a efetividade das ações de dirigentes públicos em pequenos e médios municípios brasileiros, contribuindo para capacitá-los para o exercício de suas funções no cenário atual de mudanças nas políticas públicas, na condução dos processos de inovação e na inclusão social em nível municipal.

Convênio com a Prefeitura Municipal de Campinas - PMC

No quadriênio foram realizadas diversas ações em parceria com a PMC no campo da preservação ambiental, destacando-se o Projeto Sustentar, visando a realização anual do “Fórum Social para o Desenvolvimento Sustentável”, e dois convênios para a implantação de hortas comunitárias em áreas públicas e para a instalação de um Mercado Municipal de Alimentos Orgânicos, e no final de período realizou-se o 1º Festival Internacional da Leitura de Campinas (Filc)

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12 Primeiro Festival Internacional da Leitura de Campinas - Filc

Primeiro Festival Internacional da Leitura de Campinas - FILC - 18 a 24 de abril de 2009

Fruto de uma parceria entre a UNICAMP, através da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC), e a Prefeitura de Campinas, foi oficialmente lançado em 24 de março de 2009 o 1º Filc que tem como objetivo resgatar o hábito da leitura entre as pessoas de todas as idades. Esta parceria pode ser considerada como uma política inteligente que utiliza a soma e a multiplicação das sinergias e esforços, colaborando para o desenvolvimento social.

Para a PREAC este festival devolve às nossas crianças, jovens e adolescentes o poder da imaginação, da criação e da emoção a partir de uma leitura.

A programação do Filc envolve:

presenças das principais editoras do país;narrações de histórias, peças infantis, apresentações musicais;assunto gastronômicos onde chefs de cozinha - também autores - apresentarão suas obras;mesas literárias com atrações internacionais Richard Hingley (Universidade de Durham, Inglaterra), Jean-François Barrielle (diretor da editora Hazan e especialista em livros de arte, da França) e Juan Lo Bianco (especialista em editoração de livros de arte, da Argentina);

FOTO: ANTÔNIO JOSÉ SCARPINETTI

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13Primeiro Festival Internacional da Leitura de Campinas - Filc

autores brasileiros Affonso Romano de Sant´Anna, Fernando Morais e Moacyr Scliar.projeto Leitura do Céu, do astrônomo Julio Lobo. Realização da leitura do céu para re-conhecimento das principais estrelas e constelações e posterior observação ao telescópio durante o anoitecer, na parte externa da gare da Estação Guanabara.

Para o Sr. Hélio de Oliveira Santos, prefeito de Campinas, a cidade está entre as sete do país com maior número de livrarias e isso significa dizer que tem massa crítica para acessar essas livrarias e isso tem muito a ver com a UNICAMP e as demais universidades e escolas que vem estimulando gerações.

FOTOS: ANTÔNIO JOSÉ SCARPINETTI

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14 Primeiro Festival Internacional da Leitura de Campinas - Filc

FOTOS: ANTÔNIO JOSÉ SCARPINETTI

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15Fóruns e Congressos

Fóruns e Congressos

A Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários por entender que a Extensão Uni-versitária desempenha papel fundamental no processo de desenvolvimento da sociedade brasileira, tem estimulado propostas e implementações de programas, projetos e ações que estão inseri das no contexto de extensão universitária e para tanto, vem promovendo fóruns, seminários e congressos visando a discussão, difusão e valorização das atividades de exten-são da UNICAMP.

DIVULGAÇÃO

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16 Fóruns e Congressos

Tabela 01 - Eventos com a participação direta da PREAC na organização e realização.

Evento Período

Congresso

1º. Congresso Anual de Extensão da UNICAMP - apresentação de 130 tra-balhos para um público participante de aproximadamente 400 pessoas.

2º. Congresso Anual de Extensão da UNICAMP: “Energia, Ambiente e desen-volvimento Sustentável” - 168 expositores, com cerca de 300 inscrições e um público que variava entre as diferentes sessões.

05 a 07 de dezembro de 2006

17 e 18 de novembro de 2008

Conferência

1a Conferência sobre Felicidade Interna Bruta: Participação do Pró-Reitor de Extensão, Prof. Mohamed Habib, do Coordernador das pesquisas do FIB no Butão, Sr. Karma Dasho Ura, do Consultor das Nações Unidades sobre o assunto, Sr. Michael Pennock, da Coordenadora do FIB no Brasil, Sra. Susan Andrews e do Consultor da ONU em gestão econômica descentralizada, Sr. Ladislau Dowbor

31 de Outubro de 2008

Fórum

“A UNICAMP e a Extensão Universitária” 12 de abril de 2006

“Agentes Comunitários na promoção da Saúde/ Comunidade Saudável” 12 de Setembro de 2006

“Projetos de Extensão Universitária e Responsabilidade Social” 8 de Novembro de 2006

“Projeto Rondon na Extensão da UNICAMP” 10 de abril de 2007

“Plano de Extensão da UNICAMP: subsídios para elaboração” 12 de junho de 2007

“Sistema Único de Assistência Social: Monitoramento, Território e Família” 08 de agosto de 2007

“O Pólo de Extensão Cultural da UNICAMP” 12 de setembro de 2007

“Esporte, Arte e Lazer na Extensão da UNICAMP” 14 de novembro de 2007

“Consolidação do Projeto Rondon na Extensão da UNICAMP” 30 de abril de 2008

“Extensão Universitária na Relação Universidade / Sociedade”. 14 de maio de 2008

O Papel do Aluno na Extensão Comunitária 18 de junho de 2008

“Violência na Sociedade: Interfaces na Assistência Social e na Saúde” (Serv Social - HC)

12 de novembro de 2008

Workshop

“Acreditação de laboratórios da UNICAMP” - em parceria com o Centro de Tecnologia (acreditado pelo Inmetro).

23 de abril de 2007

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17Conselho de Extensão - CONEX

Conselho de Extensão - CONEX

O CONEX é um conselho criado por meio da Portaria GR - 88, de 19 de julho de 1994 e a ele compete manifestar-se sobre todos os assuntos que envolvam atividades de exten-são, e, em especial sobre: o mérito de contratos, convênios, bem como de seus respectivos aditivos, de interesse dos Institutos e Faculdades, Núcleos e Centros. Dentro das regras esta-belecidas pelo próprio conselho, também são analisados e aprovados os cursos de extensão de interesse de toda a comunidade da UNICAMP. A Resolução GR Nº. 22, de 09 de maio de 2007 estabelece que o Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários e o Secretário Executivo exercerão, respectivamente, a Presidência e a Vice-Presidência do CONEX.

O CONEX, a partir do seu novo Regimento Interno, é composto por um representante de cada unidade de ensino e pesquisa (20), um de cada Colégio Técnico (2), um do CESET e um da Coordenadoria de Centros e Núcleos (COCEN), além dos representantes dos Pró-Reitores de Pesquisa, Graduação e de Pós-graduação e do Diretor Executivo da Agência de Inovação da UNICAMP. As reuniões do CONEX são realizadas a cada 15 dias. Durante o período con-siderado, maio de 2005 a abril de 2009, o Conselho de Extensão analisou e aprovou mais de 2200 processos que proporcionaram recursos extra-orçamentários da ordem de R$ 665,23 milhões. A partir do ano de 2005 esse tipo de recurso passou a apresentar um crescimento significativo, atingindo seu ápice de R$ 366,57 milhões no ano de 2007. Os processos que tramitam pelo CONEX são classificados dentro das seguintes modalidades: termo aditivo, contrato, convênio, relatório final, acordo de cooperação e prestação de serviços.

Figura 01Processos aprovados no CONEX, por modalidade,

no período de maio/2005 a abril/2009:

A figura 01 apresenta a distribuição dos processos, por modalidade, analisados e aprova-dos pelo CONEX no período indicado. Observa-se a grande quantidade de termos aditivos, pois sempre são celebrados para contemplar partes específicas de convênios e contratos homologados. Estes mesmos processos, geradores de R$ 665,23 milhões em recursos extra-

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18 Conselho de Extensão - CONEX

orçamentários à UNICAMP e às unidades proponentes, podem ser vistos por outro ângulo, associando-os ao tipo de parceria efetuada, como mostra a figura 02 abaixo.

Figura 02Parcerias de diferentes naturezas aprovadas pelo CONEX no

período de maio de 2005 a abril de 2009.

Observa-se que a UNICAMP firmou mais parcerias com setores privados (32,5%), Uni-versidades estrangeiras (12,2%), ONG’s e Fundações(10,5%), Empresas estatais (9,4%) e Secretarias estaduais (8,0%) e que juntos totalizaram 73,0% do total de processos.

Figura 03Quantidade de Convênios Aprovados por Área do Conhecimento

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19Conselho de Extensão - CONEX

A maior parte das parcerias está associada às áreas Tecnológicas (20%) e da Saúde (18%), totalizando 38% do total.

Na área tecnológica destaque para as Faculdades de Engenharia Elétrica e de Computa-ção (136), Engenharia Mecânica (86), Engenharia Agrícola (72). Enquanto que na área da Saúde o Hospital de Clínicas (217) e Hemocentro (165).

Equipe

Karen Freitas Silveira Ralciê Silva PequenoRegina Célia VicentinWaddell Stephan Luz

ALEX MATOS

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20 CIS - Guanabara

Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP - CIS-Guanabara

Enquanto esteve em operação, a partir da sua inauguração em março de 1893, a Estação Guanabara atendeu inúmeras linhas ferroviárias da região, como a Sorocabana, a Funilense (trecho de Pádua Salles) e a de Mairinque. Além de transportar mercadorias, especialmente o café, a Estação representou também um importante ponto de embarque e desembarque de passageiros.

A Estação Guanabara, tombada em 2004 pelo Conselho do Patrimônio Cultural de Cam-pinas (Condepacc), é considerada hoje como um dos maiores e mais representativos bens históricos culturais de Campinas em recuperação.O atual conjunto arquitetônico da Estação Guanabara, que está sob a responsabilidade da UNICAMP, compreende os prédios do Ar-mazém do Café, da Administração e a Gare metálica.

O CIS-Guanabara, sede do Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP, espaço privilegiado de atividades da UNICAMP junto à sociedade de Campinas e da região metropolitana, que visa à promoção de um amplo programa de atividades comunitárias nas

DÁRIO CRISPIM

Era assim...

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21CIS - Guanabara

áreas de difusão científica, de habilidades culturais e artísticas e de oficinas profissionalizantes. É o compromisso da UNICAMP em recuperar e preservar a memória e a cultura da cidade pro-movendo, simultaneamente, a inclusão e a integração social. O Centro disponibiliza, também, espaços para eventos, prestação de serviços de interesse público e apresentações.

Com o firme propósito de instituir o Centro Cultural de Inclusão e Integração Social, foi criado o Grupo de Trabalho da Estação Guanabara com a missão de implementar este Centro, coordenar os trabalhos de restauro arquitetônico e de requalificação urbana do complexo da Estação Guanabara e o seu entorno, implementar a programação de cursos, oficinas e eventos e promover a divulgação e comunicação de todas as ações nos mais di-versos meios.

Projetos e Ações desenvolvidos

Em 2005, a PREAC elaborou a proposta de restauro arquitetônico e requalificação ur-bana para o conjunto sob responsabilidade da UNICAMP na Estação Guanabara (Prédio Administrativo, Gare Metálica, Armazém do Café) para enquadramento na Lei de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet.

Tal proposta foi encaminhada em 30 de setembro e aprovada pelo Ministério da Cultura em janeiro de 2006.

Assim, foram definidas 4 etapas de restauro da Estação Guanabara:

Etapa 1: Armazém do Café;Etapa 2: Gare Metálica e Edifício AdministrativoEtapa 3: Construção do Teatro;Etapa 4: Requalificação Urbana do entorno.

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A PREAC/UNICAMP participou de diversas reuniões e audiências com autoridades do Poder Público legislativo e judiciário, com o objetivo de apresentar a sua proposta e, prin-cipalmente, discutir o futuro da área que ainda pertence à Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS). Entre essas destacamos:

Reunião com o ouvidor da Câmara Municipal de Campinas e representantes da CPOS, em 9 de agosto;Reunião com a Chefia do Corpo de Bombeiros sobre um plano de prevenção de segurança, e estudos sobre a implantação de uma unidade do agrupamento, em 18 de setembro;Debate na Câmara Municipal sobre a ocupação das áreas da malha ferroviária em Campinas, em 22 de Setembro;Participação em nova plenária na Câmara Municipal de Campinas, em 30 de Setembro;

Em Novembro de 2005, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU) confirmou para a UNICAMP e CPOS a finalização do Empreendimento Campinas F (Região de Aparecidinha), na qual as famílias cadastradas em 2003 da área da Estação Guanabara serão atendidas.

Dessa forma, ainda em Novembro, as famílias, já cadastradas, compareceram na Estação Guanabara para obtenção do número da habilitação de moradia. Durante esse processo pode-se constatar a presença de mais 60 famílias que procuravam uma oportunidade de inserção no Programa do CDHU, famílias que haviam ocupado, nos meses recentes, áreas do entorno da Estação Guanabara. Tal fato fez com que a UNICAMP promovesse o cadas-tramento desse novo grupo. DIVULGAÇÃO

Ficou assim!

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Entre janeiro e março de 2006 as 48 famílias inicialmente cadastradas assinaram os con-tratos de propriedade e se transferiram, imediatamente, para os conjuntos Campinas F e Jardim São Bento da CDHU.

Com a transferência dessas famílias ocorreu uma nova ocupação das áreas pertencentes à CPOS no entorno da Estação Guanabara; a UNICAMP e a Prefeitura Municipal de Campinas realizaram um novo cadastro dos moradores, em 07 de Maio de 2006, totalizando 54 famílias.

Em Abril de 2006 a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UNICAMP inau-gurou o Centro Cultural de Integração e Inclusão Social no Armazém do Café, com atividades culturais: grafiteiros (Campinas e São Paulo), grupos de música popular, corais, baterias, violeiros, capoeiristas, rappers e street dancers, promoveram dois dias de eventos, afirman-do a ocupação da UNICAMP e consolidando o perfil sócio-cultural das ações.

Na mesma ocasião, foi implan-tado o canteiro de restauro do con-junto, com a disposição dos tapu-mes e limpeza preventiva de toda a área. Também foi instalada uma infra-estrutura de apoio para as atividades do Centro Cultural (ilu-minação, palcos, cadeiras, mesas, etc.).

Paralelamente, a Câmara Mu-nicipal de Campinas promoveu uma audiência pública, reunindo a UNICAMP, a Prefeitura Municipal e algumas secretarias, a CPOS, os

chefes das polícias militar e civil, o Instituto Agronômico de Campinas - IAC e representantes de Universidades (Puccamp, UNIP) para debater o destino das áreas ainda sob responsabilidade do Estado de São Paulo e os seus graves problemas sociais, como prostituição infantil e narcotráfico.

Entre as positivas conseqüências dessa reunião, foram configurados dois grupos de tra-balho, um da área de Assistência Social (PREAC/UNICAMP, Secretaria de Assistência Social da PMC e Conselho Municipal Tutelar) e outro, para o planejamento urbano (PREAC/UNI-CAMP, IAC, Departamento de Parques e Jardins da PMC). O primeiro grupo foi responsável pela atualização do cadastro das famílias que ora ocupavam a área, citado acima; o segun-do, pelo projeto urbano de drenagem e implantação de um parque linear em toda a unida-de territorial da Estação Mogiana.

Com o objetivo de estabelecer um calendário regular de atividades na Estação Guana-bara, a PREAC-UNICAMP promoveu em maio de 2006 um edital de chamada para proje-tos culturais e educacionais. Foram enviadas 68 propostas nas mais diversas áreas (artes, profissionalização, cultura tecnológica, saúde, etnias e antropologia, etc.). Esse resultado estimulou a posterior definição de um edital de projetos de extensão para ser promovido pela PREAC em 2007.

As primeiras 8 oficinas, resultantes desse edital, foram realizadas entre os meses de Se-tembro e Dezembro, com um número de matrículas próximo a 650 interessados.

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Entre Setembro e Outubro de 2006 algumas obras foram realizadas para garantir uma me-lhor acessibilidade aos locais de trabalho da Estação Guanabara (construção de rampa para por-tadores de necessidades especiais) e obras de conservação preventiva (recuperação dos telha-dos do Prédio administrativo), assim como segurança (cabina de vigilância, postes externos de iluminação). Também foram iniciadas as primeiras pesquisas, em laboratórios especializados da UNICAMP, sobre os materiais históricos para o efetivo e correto restauro como as ligas metálicas (Centro de Tecnologia) e argamassas (Laboratório de Difração de Raios-X).

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Ainda em Setembro de 2006, o CIS da Estação Guanabara abrigou o segundo encontro regional do ITCP, reunindo mais de 40 cooperativas populares, em um total de 350 pessoas participantes. Também em Setembro de 2006, a sede regional da Federação dos Estudantes de Arquitetura realizou o seu encontro anual nas dependências do CIS, com um público de 82 pessoas.

Em dezembro de 2006, a IBM e a PREAC concluíram um convênio para implantação de um laboratório de informática na Estação Guanabara, com o objetivo de promover cursos de inclusão e de acessibilidade para cidadãos com sub-visão. O Laboratório de Acessibilida-de Digital foi inaugurado dia 15 de agosto de 2007.

Em Abril de 2007, o grupo Lume da UNICAMP realizou, por quinze dias, uma temporada de seis espetáculos da peça “Kavka agarrado num traço de lápis”, no Armazém do Café do Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP - Estação Guanabara com um público total de 450 pessoas.

Esse espetáculo contou com o patrocínio do FICC - Fundo de Investimentos Culturais de Campinas e com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UNICAMP e do Programa de Ação Cultural (PAC) da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Em novembro de 2007 a empresa Campinas Decor firmou uma parceria com a UNICAMP onde foi concedido um termo de permissão de uso até julho de 2008, para a realização de uma amostra em arquitetura, decoração e paisagismo nas dependências da Estação Guanabara, em contrapartida a empresa assume o compromisso de restauro do prédio Administrativo e da Gare Metálica. A assinatura do Convênio foi realizada nas dependências do Armazém do café que contou com a presença do Reitor da UNICAMP José Tadeu Jorge, o Pró-Reitor de Extensão Prof. Mohamed Habib, autoridades do legislativo da Prefeitura de Campinas e as empresárias da Campinas Decor, Stella Tozzo e Sueli Cardoso.

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Na mesma época foi feita apresentação para 300 profissionais de arquitetura e decora-ção, possíveis expositores na mostra do Campinas DECOR em 2008.

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Visitação dos profissionais nas dependências da Estação para a escolha das respectivas áreas de atuação, para a criação do espaço adequado de acordo com a especialidade do profissional envolvido mostra do Campinas - Decor 2008 na Estação Guanabara.

Em 17 de janeiro de 2008, foram realizados os primeiros workshops “Técnicas de Restauro” e “Acessibili-dade” ambos ministrado pelo profes-sor Marcos Tognon.

A partir de janeiro a abril de 2008 foram intensificadas as obras em to-dos os ambientes do Prédio principal da Estação bem com a plataforma e a gare metálica.

Em fevereiro de 2008, uma co-mitiva composta por trabalhadores aposentados de empresas ferroviárias

da companhia Mogiana, que compõe o Sindicato da Mogiana e a União dos Ferroviários Aposentados da Mogiana (Ufam), passou uma tarde visitando e conhecendo as atividades do Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP (CIS-Guanabara) na antiga Estação Guanabara. Estiveram presentes o presidente do Sindicato da Mogiana Paulo Fran-cisco e o presidente da Ufam Arley Martins.

Já em meados de fevereiro de 208 existia preocupação com a conservação das pinturas artísticas, que compõe a decoração das paredes do núcleo mais antigo do prédio da administração da Estação Guanabara. São pinturas feitas há mais de um século, algumas quase desaparecem por efeito das ações do tempo, mas estão sendo cuidadosa-mente conservadas pela especialista em restauro Eliana Ambrósio, que aplica uma técnica de proteção nas pinturas possibilitando a sua integridade, mes-mo que sejam cobertas por outras ca-madas de tintas.

Ainda no mesmo mês de março de 2008 alunos de arquitetura da Puc-Campinas, também participaram de uma palestra realizado pelo pro-fessor Marcos Tognon, sobre Restau-ro na Estação Guanabara, bem como sua história.

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No dia 29 de abril de 2008 foi então inaugurada a abertura da mostra Decor 2008 já com as intervenções, restauro e preservação dos ambientes.

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Equipe

Amarildo Pires FonsecaAntonio Carlos da Silva Araújo

César Apareciddo NunesCláudio Corsini

Dário Mendes Crispim da SilvaFátima Segantin

Irani RibeiroMagali MendesMarcos Tognon

Maria José EleutérioMassako Toma

Rinaldo Aparecido Norato

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30 Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC

Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC

A CDC tem exercido seu papel na execução, elaboração e implementação de uma políti-ca de desenvolvimento cultural, na área de extensão na Universidade, com o planejamento, a realização, a produção e ações que integrem a comunidade interna com a sociedade. Para tanto, dá apoio aos acontecimentos que a Universidade julga importantes, nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, dispondo toda infra-estrutura necessária para a realização de eventos institucionais como formaturas, encontros científicos, feiras, congressos, eventos de diversos tipos, bem como estabelecemos parcerias com outros segmentos institucionais visando produzir o Projeto de Desenvolvimento Cultural.

Orientada pela proposta da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Uni-versidade Estadual de Campinas, cuja perspectiva é realizar projetos que aproximem a Universidade da comunidade, a Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural tem se dedicado ao desenvolvimento dos subprojetos do Projeto UNICAMP dia-a-dia: ciência e arte para o desenvolvimento cultural. Tal Projeto tem como objetivo transformar a Coorde-nadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC - em um espaço de divulgação e discussão de saberes científicos, tecnológicos e culturais para a população interna e externa à UNICAMP. Visa a concretizar essa aproximação com a comunidade por meio de atividades culturais re-sultantes de produções científicas e artísticas tanto da universidade quanto da comunidade de Campinas e outras cidades do Brasil que freqüentam os eventos científicos e culturais re-alizados nos três Auditórios do nosso Centro de Convenções e no Ginásio Multidisciplinar.

Em agosto de 2007 o Projeto UNICAMP dia-a-dia foi aprovado pela FAPESP e Fundação VI-TAE o que viabilizou a aquisição de sete computadores, assim como a infra-estrutura necessária à sua instalação, e tornou possível a criação de um laboratório de textos que reúne os trabalhos desenvolvidos pelos oito bolsistas SAE vinculados ao UNICAMP dia-a-dia.

Como forma de ampliar a equipe e oferecer aos alunos da UNICAMP a oportunidade de desen-volver atividades de extensão comunitária, foram solicitados oito bolsistas ao Serviço de Apoio aos Estudantes (SAE), dos quais quatro trabalham no projeto desde maio de 2007 até então. Além dos bolsistas, a equipe da CDC dedicada às atividades do Projeto UNICAMP dia-a-dia é composta pela Profa. Dra. Maria Irma Hadler Coudry (Coordenadora), Maria Cristina Amoroso Lima Leite de Barros (Apoio a projetos culturais) e Fernando Vasconcelos (Produtor Cultural) e pelos SAE: Vladiere Souza (Matemática), envolvido com a realização do subprojeto Contando Contos; Majore Moraes Souza (Geografia) envolvida com a realização do projeto UNICAMP dia-a-dia e seus relatórios; Diego Leo-nardo Silva Scocca (Física); Henrique Rodrigues (Artes Plásticas), envolvido com o subprojeto Contos e Contos e Vagner Tadeu Salzani (Física-Médica) envolvido com a realização dos subprojetos Acústica e Música e Música e Artes Visuais na Escola. Em fevereiro de 2008 outros quatro bolsistas passaram a integrar a equipe que se dedica às atividades do UNICAMP dia-a-dia, completando a solicitação: Bruno Maurício Rodrigues de Oliveira (Educação Física) dedicado ao subprojeto Futebol e Violência; Maísa Sancassani (Letras), dedicada ao subprojeto Transformação de Linguagem Científica em Linguagem de Divulgação; Marco Antonio Dias Júnior (Física), dedicado ao subprojeto A Magia do Vidro e Márcio Modesto Homem (Música), que passou a trabalhar em conjunto com o bolsista Vagner nos mesmos subprojetos, acima mencionados. Ainda com o apoio do SAE e do Banco San-tander dois bolsistas passaram a trabalhar no projeto Banco de Dados da CDC que tem como meta organizar os registros visuais das ações dos subprojetos do UNICAMP dia-a-dia, bem como outras atividades realizadas na CDC.

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Projeto UNICAMP dia-a-dia

O projeto geral que rege as atividades da CDC, o UNICAMP dia-a-dia: ciência e arte para o desenvolvimento cultural teve inicialmente como objetivo principal organizar e divulgar a produção científica e artística apresentadas pelos alunos da UNICAMP no Progra-ma de Iniciação Científica (PIBIC) e na Universidade de Portas Abertas (UPA) às escolas da comunidade de Campinas e região. Esse projeto maior contemplaria além da UPA e PIBIC, uma gama de 20 subprojetos ligados à cultura e arte. Entretanto, este objetivo mostrou-se por demais ousado para que fosse realizado imediatamente, dado que exigia condições, incluindo recursos humanos e espaços físicos adequados, não disponíveis. Conforme pro-posto à FAPESP, foi desenvolvida uma experiência piloto com o UNICAMP dia-a-dia, ou seja, as ações foram orientadas a subprojetos, menores em proporção e mais viáveis para a estrutura que a CDC dispõe, conferindo experiência suficiente para hoje pensar e propor ações em torno do PIBIC e da UPA.

Por um lado, o primeiro subprojeto realizado foi o Contando Contos, que recebeu pre-miações pela Prefeitura Municipal de Campinas (Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Lazer); pelo Conselho Municipal de Cultura e Fundo de Investimentos Culturais de Campi-nas (FICC) e compôs a lista de projetos financiados em 2007. Esse subprojeto proporcionou dois resultados: um evento de encerramento, o Festival de Contação de Histórias, en-volvendo a participação de duas escolas do ensino público fundamental, e outro subprojeto similar que passou a integrar música às atividades com contos, o Contos e Cantos. Este último subprojeto recebeu o apoio da PREAC, sendo seu público-alvo constituído de edu-cadores de escolas públicas e instituições sociais. Por outro lado, foi inaugurado o Espaço de Arte no saguão da CDC, sendo sua estrutura parte do apoio que a FAPESP/Fundação VITAE concedeu ao UNICAMP dia-a-dia. Esse espaço dedicado à arte é uma conquista da CDC, em termos de aqui apresentar um ambiente especial que possa contribuir com o es-paço de ciência e cultura que recebe o ano inteiro pessoas nos três Auditórios do Centro de Convenções (que perfazem 1000 lugares) partícipes de eventos institucionais e não institu-cionais (cerca de 500 mil pessoas freqüentam esse complexo por ano). Por sua localização, o Espaço de Arte da CDC tem sido bastante freqüentado, tendo a presença constante de público para apreciar as exposições temporárias que aqui se apresentam. Tais exposições foram amplamente acolhidas pela comunidade acadêmica, o que resultou no planejamento e realização de mais 10 exposições para o próximo período, 05 das quais já realizadas após o período a que se refere este Relatório, 03 já agendadas para o final de 2008, além de 05 já previstas para o início de 2009.

Outros dois subprojetos encontram-se em execução, como é o caso da Música e Arte Visuais na Escola e Acústica e Música na Escola, e mais sete estão em fase de execução, como A Magia do Vidro, Transformação de Linguagem Científica em Linguagem de Divulgação, Futebol e Violência, Encontros: UNICAMP e Livraria Cultura, Meio Am-biente e Escola, Poesia no Espaço de Arte e Seminário no Espaço de Arte. Está, ainda, em fase final de implantação o UNICAMP dia-a-dia itinerante, que visa a levar algumas ações já concretizadas nos diversos subprojetos para praças e escolas, como concertos mu-sicais, exposições de pinturas e gravuras (inclusive, obras de alguns artistas que já tiveram suas obras expostas no Espaço de Arte da CDC).

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Subprojetos do UNICAMP dia-a-dia

O Projeto UNICAMP dia-a-dia desdobra-se em diversos subprojetos que visam a aten-der demandas culturais de algumas parcelas da sociedade, abarcando as comunidades in-ternas e externas à UNICAMP, sob diversos aspectos. Os subprojetos mencionados neste item já foram realizados sendo seus resultados analisados e incluídos no Banco de Dados da CDC de forma a que possa servir de parâmetro para a elaboração de futuros subprojetos, sendo as ações bem sucedidas retomadas e reapresentadas, enquanto que aquelas que se mostraram problemáticas reformuladas ou descartadas.

Subprojeto Contando Contos

Este projeto resgatou contos da literatura universal que fizeram parte da infância de muitas pessoas, recuperando histórias e situações que permitam aos participantes a reflexão sobre valores humanos, utilizando uma metodologia que prima pela valorização da memó-ria e da identidade individual. Pretendeu-se com as rodas de contar estória sensibilizar seus participantes para a solidariedade humana, o trabalho em equipe, o diálogo na família e na escola, com vistas a tematizar a violência e a agressividade, objetivando o compromisso da comunidade em transformar a realidade. Nesse sentido é que as atividades do curso incentivam a leitura e a escrita, sendo esperado que os participantes possam repassar essas experiências para suas famílias, pessoas próximas e, principalmente, em sua atividade pro-fissional, como educadores e multiplicadores.

Composto de sete cursos de 30 horas formou 150 educadores. Baseou-se em valores humanos e teve como proposta o resgate de contos da literatura universal, integrando as artes plásticas e a lingua-gem. Cada conjunto de 4 oficinas com-pôs um curso, com uma carga horária de 30 horas distribuídas entre 16 horas em sala de aula, 6 horas de pesquisa e 8 ho-ras de prática.

Para coroar a finalização da última tur-ma do Contando Contos, em 5 de junho de 2007, os contadores de história se di-vidiram em dois grupos: enquanto um contou estórias no Auditório do Centro de Convenções na CDC (para 300 crianças), outro grupo contou histórias na EE José Pedro de Oliveira (para 400 crianças dos períodos matutino e vespertino), escola lo-calizada no sub-distrito de Barão Geraldo. O evento aconteceu simultaneamente nos dois períodos. A idéia foi de os participan-tes do Contando Contos contarem estórias

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para os alunos de forma a multiplicar a experiência vivida nas oficinas, colocando em prática o conhecimento adquirido.

Subprojeto Contos Cantos

O subprojeto Contos e Cantos surgiu como resposta à solicitação dos participantes do subprojeto Contando Contos para a continuidade dos encontros e foi aprovado no Edital de Projetos Culturais - 2007 pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC) e desenvolvido pela CDC em parceria com a Galeria de Artes da UNICAMP, do Instituto de Artes. A proposta deste subprojeto é integrar música, literatura e artes plásticas na forma-ção de multiplicadores, capacitando-os a realizar um trabalho diferenciado no trato dos di-versos assuntos tangentes aos valores humanos em seu local de trabalho, como em escolas, empresas e instituições sociais. Para tanto, Ana Salvagni, cantora e regente formada pela UNICAMP, foi convidada a participar do subprojeto junto de Maria Lúcia Neves, de forma a integrar o conhecimento específico de cada profissional; Ana Salvagni, lançando mão de sua vasta experiência na formação de educadores e crianças, no que diz respeito à música, e Maria Lúcia Neves dando continuidade ao seu bem-sucedido trabalho no subprojeto Con-tando Contos como contadora de histórias.

As oficinas atenderam três diferentes grupos de participantes, no período de 13 de se-tembro a 13 de dezembro de 2007, com quatro encontros de duas horas cada, totalizando 12 horas (8 horas de trabalho prático e 4 horas de pesquisa) para cada um dos grupos.

Participaram do curso - que teve lugar na Galeria de Arte da UNICAMP e no Centro de Convenções, às quintas-feiras, das 18h00 às 20h00 - 97 educadores de diversas escolas e entidades de Campinas e região, totalizando 15 escolas do Ensino Fundamental e Médio e 19 entidades assistenciais.

Subprojeto Espaço de Arte

O Espaço de Arte da CDC é um subprojeto do Projeto UNICAMP dia-a-dia que visa a divulgar a produção de artistas da UNICAMP, região de Campinas e de outros países para as comunidades acadêmicas e extra-acadêmicas. Esse Espaço foi inaugurado em agosto de 2007 e abriga exposições temporárias que articulam ciência e arte e lançando mão de diversas técnicas das artes plásticas e da fotografia. É localizado no saguão do Centro de Convenções da UNICAMP, está aberto para visitas de segunda a sexta das 9h00 às 17h00 e conta com a presença de um monitor, bolsista/SAE da CDC, capacitado a oferecer informa-ções sobre as obras e sobre o artista e, também, monitorar visitas previamente agendadas. Além das visitas regulares, a CDC organizou durante o período de maio de 2007 a abril de 2008 encontros nos quais o artista expositor recebe alunos de escolas ou instituições para falar a respeito de suas obras, explicar o processo de criação e produção e, ainda, oferecer às crianças a oportunidade de realizarem a releitura de seus quadros ou fotografias com giz de cera, tinta guache e lápis de cor.

A seguir, apresenta-se a lista das exposições realizadas no Espaço de Arte da CDC, no período a que se refere este Relatório.

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De forma a articular as exposições realizadas no espaço de Arte da CDC com as escolas foram feitas visitas mo-nitoradas das crianças da E.E Sérgio Por-to e do Programa de Desenvolvimento e Integração da Criança e do Adolescen-te (Prodecad), com objetivo de iniciar o contato desses alunos com o universo artístico. Aprofundando esse trabalho, o próprio artista apresentou em uma oficina seu processo de trabalho para as crianças, no próprio espaço do Pro-decad, quando pintou um quadro, co-mentando, na frente das crianças. En-quanto trabalhava, contava trechos de sua vida e de sua trajetória artística, desde sua origem humilde como lavrador e os anos iniciais de sua carreira. Ao final as crianças também pintaram um quadro, sob seu acompa-nhamento, e expuseram seus trabalhos no pátio da escola.

A montagem da exposição e a visita do Prodecad foram gravadas em vídeo e fazem parte do acervo do Espaço de Arte da CDC e do Projeto UNICAMP dia-a-dia.

Exposição: Aquarelando Barão

Quarta exposição do Projeto UNICAMP dia-a-dia e a segunda que recebeu crianças de es-colas públicas e crianças que freqüentam o CCazinho1 (IEL/UNICAMP), sendo com elas realizado um trabalho de arte-educação mediado pelos bolsistas SAE e pela equipe da CDC.

A exposição contou com 25 aquarelas do artista de Arvid Duduch (Ver ANEXO VII) resi-dente em Barão Geraldo, mostrando os cenários que compõem o cotidiano dos moradores desse distrito de Campinas onde se localiza a UNICAMP. Na vernissage, o artista, que é um especialista de bastante renome em aquarela e que conquistou diversos prêmios em salões do interior e na capital de São Paulo, explicou um pouco de sua técnica, mostrando alguns desenhos ina-cabados e de como utiliza a fotografia tanto como referência quanto a integrando de maneira bastante fluída em suas obras. A equipe da CDC também registrou em vídeo a montagem exposição e as oficinas com as crianças que interpretaram, por meio de desenho com giz de cera, as obras expostas.

Exposição: Crianças Desaparecidas

Nascida da inquietação da artista ao ver fotos de crianças desaparecidas (cerca de 40.000 por ano, no Brasil) em cupons de pedágio que teve contato, a exposição foi fruto de longa pesquisa sobre o tema na imprensa e no angustiante apelo visual que essas fotos exercem.

1 No Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), o Laboratório de Neurolingüística acolhe e acompanha longi-tudinalmente crianças (no CCazinho) que receberam um diagnóstico que tem funcionado como uma barreira para o ���������������� ��������� ����������������� ���������� ������ ������������ �����������������������������������vez foram a uma exposição de arte. As crianças desenharam interpretando as obras (Ver fotos abaixo).

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Exposição: De Passagem...

De passagem... abriu os trabalhos do ano de 2008, inaugurando o ano letivo para os alunos da universidade com uma interferência artística realizada pelo grupo Antropoantro das artistas Beth Schneider, Inês Fernandez, Lalau Mayrink, Olívia Niemeyer, Sílvia Matos, Tina Gonçalvez e Vane Barini. As artis-tas tomaram o saguão do Centro de Convenções da UNICAMP e o jardim da frente do prédio para realizar uma inter-venção que, através da interação com o

espaço, convida o visitante a refletir sobre significado do tempo e os vestígios que deixamos em nossas passagens.

Exposição: As Cores do Campus

Esta foi a primeira exposição fotográfica individual de Antoninho Perri, repórter foto-gráfico da UNICAMP há 22 anos. Nesta mostra, o artista reuniu dezoito imagens de seu vasto acervo, que vem sendo montado desde seu ingresso na universidade em 1986. Tantos anos em contato com a vida no campus proporcionaram a Perri a sensibilidade de captar a essência das imagens cotidianas e conferir à obra final, um olhar totalmente diferente do habitual. Aquele que visita a exposição tem a oportunidade de se deparar com imagens fotografadas por ângulos que somente o tempo de vivência na universidade e o domínio da técnica deste artista poderiam captar.

Subprojeto Música e Artes Visuais na Escola

Foi iniciado pelos bolsistas SAE da CDC Márcio Modesto, graduando de música, e Henrique Meneghel Rodri-gues, graduando em Artes Visuais, e trata de apresentar alguns conceitos de música e de artes visuais a alunos de es-colas públicas. Nos meses de outubro e novembro de 2007, esses bolsistas ini-ciaram uma série de apresentações di-dáticas na EE Barão Geraldo de Rezen-de, no distrito de Barão Geraldo. Essas apresentações tiveram como objetivo

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fazer com que as crianças e adolescentes das diversas faixas etárias compreendidas pela escola passassem a conhecer um pouco da variada família das flautas-doce, e também da flauta-transversal, além de terem contato com a obra da pintora Anita Malfatti. Nas dez apresentações realizadas até o final de novembro de 2007 (para duas classes de 8ª série, 2 classes do primeiro colegial - período da manhã - e 4 classes de 5ª série - período da tarde) o resultado se mostrou interessante, com uma boa interação por parte dos alunos, tanto na parte musical quanto da parte artística.

Subprojeto Acústica e Música na Escola

A interdisciplinaridade tem-se mostrado uma peça chave na captação de atenção escolar e estimulante junto aos alunos. Tendo isso como base, foi proposta pela CDC a realização de apre-sentações conjuntas com violino e flauta, explanando os conceitos físicos neles envolvidos. As apresentações, a priori, apresentavam-se como atividades lúdicas, e os conceitos físicos mescla-vam-se com as informações musicais, atraindo a atenção e motivando-os a questionar e debater acerca de questões físicas. O recorte temático foi a acústica, tanto do ponto de vista musical quanto físico. No entanto, devido à baixa faixa etária dos envolvidos equações e questões mais complexas não foram abordadas, com intuito duplo de conservar o aspecto lúdico durante a palestra e instaurar a atmosfera mágica proposta pela apresentação das obras “Greensleaves” - anônima - com solo de Flauta e SINFONIA nº 40 de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) com solo de violino.

Os resultados práticos foram plenamente perceptíveis os benefícios causados aos alu-nos que assistiram à apresentação do trabalho. Percebeu-se que havia um envolvimento longínquo com os temas, já que a grande maioria tinha uma flauta-doce em sua casa, mas não imaginavam que poderia existir tamanha quantidade de instrumentos similares de uma mesma família. Igualmente, a física proporcionou um aprofundamento da parte musical apresentada, já que com ela explicaram-se alguns elementos essenciais da música, como a afinação, altura, timbres, produção do som, etc. Além do mais, quase todos os alunos se mostraram empolgados com a proposta de continuidade do projeto através de aulas regu-lares desses instrumentos musicais tão ricos, e tão pouco conhecidos.

Apresentações Futuras

Ainda no ano de 2008, a CDC deve participar de quatro eventos para a divulgação do UNI-CAMP dia-a-dia e seus subprojetos. Os bolsistas e uma funcionária da CDC estão trabalhando, juntamente da Profa. Dra. Maria Irma Hadler Coudry, na preparação de trabalhos que estão previstos para serem apresentados em dois congressos, um simpósio e uma reunião anual, sen-do esta última de abrangência nacional. Contamos com seis trabalhos já produzidos a serem inscritos no Congresso Interno de Iniciação Científica da UNICAMP (PIBIC) de 2008 que serão apresentados pelos bolsistas da CDC; três trabalhos inscritos na 60° Reunião da SBPC na cate-goria SBPC Jovem, que visa a oferecer atividades científicos culturais aos alunos de Ensino Médio e Regular participantes desse evento, que serão apresentados pela funcionária Maria Cristina Amoroso e por três bolsistas da CDC; um trabalho (poster) apresentado pela coordenadora da CDC; inscreveremos um trabalho no II Simpósio de Profissionais da UNICAMP de 2008; a dire-tora da CDC, Profa. Maria Irma, a funcionária Maria Cristina e os bolsistas do SAE apresentarão

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o Projeto Geral e oito subprojetos no II Congresso de Extensão Universitária da UNICAMP a ser realizado em novembro de 2008. Há nessas apresentações o intuito não só de divulgar o Projeto como também de travar novas parcerias que possibilitem a sua ampliação.

Considerações Finais: UNICAMP dia-a-dia

O Projeto UNICAMP dia-a-dia sofreu algumas alterações quanto ao foco de suas ações. Devemos isso a adequações do Projeto quanto a recursos materiais e financeiros de que dispomos, e também ao restrito número de pessoas dedicadas ao Projeto, dado que não somos uma unidade acadêmica e todo esforço para isso nem sempre redunda em êxito. Assim é que a segunda fase desse projeto não foi aprovada pela FAPESP por nosso perfil não se configurar como um museu, conforme exigência do Edital para a segunda fase. Como forma de superar esses fatores limitantes, e em busca de soluções, decidiu-se dar continui-dade às ações por meio de subprojetos, possíveis de serem realizados. Desta maneira foram realizados com sucesso os subprojetos Acústica e Música na Escola e Música e Artes Vi-suais na Escola desenvolvidos em escolas do ensino público fundamental e contamos com oito subprojetos em fase de implantação e realização. Pretendemos expandir nosso campo de atuação levando ações já concretizadas nos subprojetos para ambientes públicos como praças e instituições, com o UNICAMP dia-a-dia itinerante.

A página na internet da CDC seguramente trará os benefícios da inclusão à rede de computadores, pois um endereço virtual é, nos dias de hoje, essencial para a divulgação e mesmo manutenção das atividades do Projeto, uma vez que são nos meios virtuais em que se dá a divulgação da maioria dos eventos científico-culturais.

Bons resultados do conjunto de ações de desenvolvimento cultural realizado nos vários sub-projetos foram obtidos tanto nas escolas quanto nas exposições. Além disso, contamos com inúmeras atividades planejadas para os próximos meses que nos permitem visualizar um pano-rama dos passos futuros do UNICAMP dia-a-dia: continuidade dos subprojetos, hoje, em fase de execução; início dos subprojetos em fase de implantação e retomada daqueles que tiveram sucesso, como Contos e Cantos, porém que necessitam de novos recursos.

A CDC, por ser um portal de acesso à UNICAMP, freqüentada por mais de meio milhão de pessoas por ano, é um ambiente propício para o desenvolvimento de um espaço permanente de relação de nossos estudantes e docentes com estudantes do ensino médio. Cumprir o papel de vivenciar a natureza pública da universidade, difundindo e discutindo suas pesquisas e práticas culturais, é o que se realiza em várias frentes com o Projeto UNICAMP dia-a-dia.

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38 Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC

Eventos realizados no Complexo de Eventos da CDC

Tabela 10 - Eventos realizados pela CDC

Eventos RealizadosPalestra 102Colações de Grau 92Fórum 89Reunião 73Encontro 59Congresso 58Curso 51Atividades Discentes (1) 50Seminário 38Apres.Musicais/Cinema 35Atividades Institucionais (2) 29Conferência 29Mesa Redonda 26Jogo Esportivo 22Workshop 22Feira 19Simpósio 17Atividades Culturais 16Exposição de Arte 14Aula Inaugural 13Treino 13Formatura 12Atividades Alunos Externos (4) 10Jornada 9Semana 9Evento 8Musisae 8Atividades de Órgãos Externos (5) 7Colóquio 7Debate 6Exposição de Arte 5Matrícula dos alunos 5Comemoração de aniversário dos Institutos da UNICAMP 4

Correção de Provas 4Defesas de Tese 4Programa Formação Cultural 4Encerramento de curso 3Ensaio 3Lançamentos de Livros 3!���������"��#��$ 3Alojamento 2Atividades Médicas (3) 2Olimpíada 2

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39Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC

Eventos Realizados!���� �%&���������� 2Avaliação de Curso 1Campeonato 1Comemoração Externa 1Entrevista Pública 1Festival de Contos 1Shows 1Solenidade de Posse 1

(1) Recepção dos calouros, matrículas dos ingressantes do vestibular, trote da cidadania, recepção das ligas,etc.(2) Envolvendo docentes, discentes e servidores (consulta para Reitor, CONSU, posse de Diretores e Reitor, Eleições, etc.)(3) Mutirão de coleta, exames de DNA e perícias genéticas, etc.(4) Universidade de Portas Abertas - UPA e outras atividades destinadas aos alunos do Ensino Fundamental e Médio.(5) Órgão da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal ( Ex. Tribunal Regional Eleitoral, Ministério, etc)(6) Resumo de eventos anterior a 2004: Inscrições para o Vestibular, Correções de Provas, Eleições, Eventos Religiosos, Ceri-mônias de Posse, Assembléias, Exames, etc...

Equipe

Benedito FerreiraBruna Moreira de Oliveira

Carlos Eduardo FrattiniCristian Roberto Miccerino de Almeida

Diego de Moura BezerraEdison Luis Zeferino

Estefane GarciaFrancisco Di Grazia Neto

José Luis JoaquimJoão Rodrigues Da Silva

Lucas da Conceição OliveiraLuiz Fernando Vasconcellos

Maria Cristina A. L. L. De BarrosMaria de Lourdes RibeiroMaria Irma Hadler Coudry

Maria Tereza Fonseca MorascoMarísia C. E. da Conceição

Nelson Bortolosso FilhoRicardo da Silva

Rita De C. C. De LimaRonaldo Guilherme

Samuel de Almeida VieiraSandra Ap. G. Caro Florio

Sandra Aparecida De A. RamosSérgio de Almeida I

Sonia Maria De C. Mazzariol

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40 Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP

Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP

Tem como missão oferecer à comunidade programação no campo das artes e da comuni-cação, das humanidades e da divulgação científica, que contemplem as atividades de ensino, pesquisa e extensão, visando ao desenvolvimento sociocultural e o exercício da cidadania.

Realizações

Durante o período de maio de 2005 a dezembro de 2008, foram produzidos 372 pro-gramas exibidos quatro horas diárias de programação dentro da grade do Canal Universi-tário Campinas, editados para transmissão pelo Canal Universitário (CNC), mais de duzentas vinhetas por meio da computação gráfica.

Programação grade TV UNICAMP TOTAL

Fóruns Permanentes; 104

Acontece no Campus 44

Palavras Cruzadas; 37

Valvulado (série); 37

Repórter UNICAMP; 36

Dicas de Leitura; 36

Agenda 17

Primeira Chamada (vestibular); 16

Especial Artes; 15

Velha Arte do Samba 7

Vinhetas “UNICAMP Ano 40” (acervo RTV UNICAMP) 7

Todas 5

Interface; 3

Momento Curta 3

Programas Câmera Subjetiva 3

Programa Dicas de Cultura 1

Programa - Especial Artes: Carroça de Mamulengos 1

Total 372

Vinheta 204

Importante salientar os especiais. Foram 31 programas produzidos e apresentados pela Rádio e TV UNICAMP, destacando o especial Tradição e História do Quilombo de Gal-vão, detentor do prêmio Melhor Documentário de Televisão Universitária no XV Festival de Gramado de Cine e Vídeo em 2007 e Prêmio de exibição do Canal Futura.

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41Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP

Palavras Cruzadas é um programa de en-trevista e debates realizado no estúdio da TV UNICAMP. Convidados e professores/pesqui-sadores da UNICAMP abordam temas varia-dos de natureza científica, política e cultural. É exibido quinzenalmente e a duração é de aproximadamente 50 minutos.

O valvulado é um tipo de programa que apresenta shows de grupos musicais, entre-vistas e reportagens sobre comportamento contemporâneo - tatuagem, piercing, sexo9 casual, etc. - e de interesse sociocultural - maioridade aos 16 anos, política cultural, dentre outros. O público alvo são os pré e os universitários. Também é exibido quinzenalmente e a duração é de 50 minutos.

Repórter UNICAMP possui formato de um telejornal veiculando reportagens sobre as atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas na UNICAMP. Procura também abordar assuntos de interesse para o cotidiano dos espectadores.

Primeira Chamada traz informações de interesse público sobre os procedimentos, conteúdos, estatísticas, provas, etc. do Vestibular Nacional da UNICAMP. Também aborda aspectos profissio-nais do campo de conhecimento, as características de cada curso e o mercado de trabalho.

Dicas de Leitura, realizado em parceria com a Editora da UNICAMP, promove a apresen-tação de professores e convidados e de suas mais recentes publicações.

Demais especiais: Aventura dos Sentidos (documentário); A grande arte do samba; Brésil Indien; XIII Congresso Interno de Iniciação Científica; II Seminário Internacional de Ciência e Tecnologia da América Latina: a Universidade como promotora do desenvolvi-mento sustentável (3 programas); III Workshop Brasil-Japão em energia, meio ambien-te e desenvolvimento Sustentável (2 programas); In Memoriam César Lattes - vinheta; Mensagem do Reitor Brito Cruz; Retrospectiva 2005/Projeção 2006; - Sessão Solene em Comemoração aos 40 anos da UNICAMP (gravação e transmissão “ao vivo” e WEB); Institucional UNICAMP 2006; Repórter UNICAMP Especial: Inclusão Digital; Repórter UNICAMP Especial: O Mandarim; Repórter UNICAMP Especial: Especial: César Lattes; 20 Anos Vestibular UNICAMP; Especial: Missa em Mi Bemol Maior; Clip UNICAMP de Portas Abertas; Inauguração Biblioteca Central César Lattes; Pronunciamento Zeferino Vaz ilustrado com imagens; Testemunhas Oculares de 5 de outubro de 1966; Especial: Ciência & Arte nas Férias; Palestra de José Mindlin; 40 anos IFGW: a história através dos depoimentos de professores, alunos e funcionários; Repórter UNICAMP Especial: UPA 2007; Repórter UNICAMP Especial: Rádio 85 anos; Tocha Olímpica: Um Chamado Intercultural; Acontece no Campus Especial: PIBIC 2007; Especial Ciência e Tecnologia: Mudanças Climáticas Globais: Percepção dos Novos Desafios Científicos.

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42 Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP

Documentação Videográfica

São realizadas em forma de prestação de serviços e disponibilizadas em cópias VHS, CD e DV.

Institucional Hemocentro; HC 20 anos; Colóquios do IFGW (2 palestras); IV Encontro de Jovens Pesquisadores; Regulamentação e Supervisão do Risco Bancário; Seminário Franco-Brasileiro de Inovação: experiências e redes de Cooperação; Seminário Internacional de Lógica e Epistemolo-gia; Programa de Desenvolvimento Gerencial - Projeto Qualifica (4 palestras: Paulo Renato/Car-los Vogt/José Martins/Hermano Tavares); Seminário Internacional: Vulnerabilidade e Segregação Sócio-espacial nas Metrópoles Latino-americanas; I Semana de Integração e Conscientização para Qualidade de Vida no Trabalho; Aula Inaugural da FEEC; Hemocentro; Caism Ano 20; Inauguração Biblioteca Central César Lattes; IV Seminário Paulo Freire; Fórum Extraordinário: Monitoramento da Rota Sul: Apoio Técnico e Científico na Prevenção e no Combate à Influenza Aviária; I Simpósio Novos Imigrantes e Desenvolvimento Industrial no Pós-Segunda Guerra; III Seminário Ciência e Tecnologia na América Latina; Seminário Dia Mundial de Luta contra a Aids; Colóquio Internacio-nal de Pesquisa em Educação Física; XIV Semana Interna de Prevenção de Acidentes da UNICAMP - SIPAT 2006; I Fórum de Avaliação Institucional da UNICAMP; Homenagem aos Aposentados da UNICAMP; Posse Novo Diretor da FEC; Aula Inaugural da FEEC 2006; Agritempo; Exposição Acer-vo RTV UNICAMP: UNICAMP Ano 40 (site Siarq); Grupo de Cuidados Paliativos do CAISM; César Lattes - versão internacional; Boas Vindas - calourada 2006; 12 aulas “Histórias das Formas de Nascer” (depto. obstetrícia - CAISM); Aula Inaugural na Faculdade de Engenharia de Alimentos; 40 Anos do Curso de Engenharia Elétrica: Aula Inaugural Solene; 1º Simpósio Percepção dos Novos Desafios Científicos e a Emergência das Novas Estruturas Organizacionais; 4º Seminário de Saúde da População Negra do Estado de São Paulo; 30 Anos da AdUNICAMP; Cerimônia de Conclusão do Programa de Desenvolvimento Gerencial; II Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas; Palestra “A Reforma da Previdência do Estado de São Paulo”; Programa de Valorização Profissional dos Aposentados da UNICAMP -Homenagem aos Aposentados de 2006; 20 Anos do Cepetro: Centro de Estudos de Petróleo da UNICAMP; V Seminário Paulo Freire; Seminário: O Brasil e suas Fronteiras Agrícolas: Diagnósticos e Perspectivas; Seminário: Plano de Desenvolvimen-to da Educação.. PDE: Dsafios; XV Sipat UNICAMP e VI Sipat Funcamp; Seminário: Vida Animal em Ambiente Urbano: Responsabilidade Social e Papel do Estado; Sessão Solene dos 40 anos do Instituto de Física Gleb Wataghin ; Oito aulas Colloquium Cle (Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência) 30 Anos; Comemoração de 30 Anos e da 200ª Tese Defendida do Progra-ma de Doutorado do Departamento de Matemática do IMECC; Institucional CEMIB; II Simpósio em Pesquisa e Desenvolvimento em Vitivinicultura no Estado de São Paulo; Sessões do Conse-lho Universitário (CONSU); Sessões Câmara de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE); Sessões Câmara de Administração (CAD); Fóruns Permanentes (gravação na íntegra); Ciência e Arte nas Férias; Projeto Rondon; Artista Residente; Chico Saraiva; Cadernos Pagu/Marcos Prado/Exposição; Fibra Óptica; 30 anos/Kyatera/Biodiesel/Teatro; IA Acontece no Campus: Lançamento da pedra fundamental do Museu Exploratório de Ciências, Semana de Fonoaudiologia, Evento FEA, Encon-tro de choro, Evento Nepo, Evento - Comunicação alternativa, Feira do Livro, Nutricamp/projeto. Programa Todas: especial sobre Body Art, ou Arte Corporal, Espetáculo circense Stapafúrdio, das companhias teatrais Pia Fraus e Parlapatões, de São Paulo/bloquinho, que oferece dicas de eventos culturais e artísticos, “making of” dos curtas produzidos pelos alunos do da pós-graduação em mutimeios, da UNICAMP (em produção), Documentação das reuniões dos quilombolas do Vale do Ribeira, em parceria com o projeto Quilombola, Realização do documentário “Histórias e tradição do quilombo de Galvão”.

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43Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP

Perspectivas

Para os próximos quatro anos a partir de dezembro de 2008, devemos pensar em ou-tros desafios. A RTV UNICAMP deve ser consolidada pensando nos novos meios de difu-são, especificamente a WEB TV e o circuito interno de televisão que será implantado a no primeiro semestre de 2009. Com isto, teremos um outro patamar de programação, que exigirá da RTV UNICAMP uma grande agilidade na geração de conteúdo, de modo a suprir praticamente oito horas diárias de programação. Isto envolve toda uma questão de infra estrutura que deverá ser revista do ponto de vista tecnológico, como também as questões de capacitação profissional e a expansão de nosso quadro de colaboradores. Será implanta-da também a partir do primeiro semestre deste ano a WEB rádio, um projeto que pretende caminhar para uma concessão de rádio FM, e que representa um antigo anseio de nossa comunidade universitária. Também está sendo implantada de forma mais efetiva a colabo-ração da RTV UNICAMP dentro das atividades da Assessoria de Comunicação da UNICAMP, principalmente no portal da universidade.

Não se deve esquecer que toda a grade da RTV UNICAMP está sendo remodelada, de modo a se tornar uma efetiva integração da nossa comunidade universitária. Pensamos que a RTV deve ter um caminho claro, que é o de levar as questões da comunidade universitária à comunidade externa, de levar à sociedade nossa produção e procurar fazer com que haja uma integração entre o externo e o interno. Para tanto, estamos também implantando em nossa página WEB um sistema de downloads de vídeos e áudios, de modo que qualquer interessado possa ter acesso a nossa programação, e mais do que acesso, possa fazê-la circular em outras TVs e rádios de qualquer localização geográfica. Com isso, tenciona-se promover uma real discussão sobre a RTV enquanto produtora de material educativo, algo que sempre esteve presente desde o início, quando ainda era o antigo LIMEC, e que, infe-lizmente, acabou sendo relegado a um incomodo segundo plano. Também devemos incre-mentar a produção de materiais institucionais voltados a projetos desenvolvidos na nossa Universidade, criando uma identidade de produção condizente com as necessidades atuais.

Paralelamente a estas alterações da grade, está sendo aberto espaços para atividades de alunos, e pretendemos que boa parte de nossa grande seja ocupada por atividades deste tipo. Atualmente, o espaço é experimental, mas tencionamos que seja fixo a partir do se-gundo semestre, abrindo espaço para que materiais audiovisuais produzidos por alunos de todos os cursos da UNICAMP possam ser exibidos.

Estamos também implantando uma total remodelação na nossa área de informática, de modo que a RTV UNICAMP possa se tornar um referencial na utilização de recursos digitais dentro do desenvolvimento das atividades de produção audiovisual. WEB TV, WEB Rádio, Câmera WEB, storages e servidores de grande porte interligando estúdios e ilhas de edição são a base deste projeto que começa agora a ser implementado.

São desafios como este que conduzirão este primeiro ano de reformulação da RTV UNI-CAMP, onde estamos criando o modelo que deverá ser consolidado progressivamente nos três anos subseqüentes.

Finalmente, está sendo implantado o nosso Conselho de Programação, grupo assessor da direção da RTV e que terá uma efetiva importância na discussão sobre os rumos que o conteúdo deverá tomar. Com isto, teremos principalmente uma grade de programação con-solidada, que, com certeza, colocará a RTV UNICAMP no mesmo rol de excelência comum a todas as áreas de nossa universidade.

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44 Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP

Vinhetas

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45Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP

Vinhetas

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46 Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP

Adageisa RodriguesAlessandro Poeta Soave

Almir BonwoartAmérico Garcia Filho

Angela Cristina Schleetz GalrãoCarlos Alberto de CamargoCarlos Humberto do Prado

Célia Rosa Erclievsky PiglioneDiego Ivan Caroca Riquelme

Eduardo Guilherme SantanaEleonora Ribeiro MattosElizabete Maria Duarte

Francisco Antonio de PaolisJaqueline Borges de Queiroz

Jorge Luis CalhauJorge Luis Camargo de Oliveira

José Augusto Jordão dos Santos FigueiraJosé Carlos Chiavegatto

José Eduardo Ribeiro de PaivaJosé Martins Filho II

José Roberto Minetto

João Batista de Kuhl e CarvalhoJoão Ricardo Luiz

Kátia dos Santos Lara RomêoLuciane Raquel G. Gardesani

Luiz da Trindade LuzoMarcos Ribeiro dos Santos

Margarete Silvana da Silva PalmaMaria Cristina Ferraz de ToledoMaria Emir Valadão de MatosMax Emiliano Raeder da Silva

Narcilene Aparecida de Sousa SilveiraNelson Rivera Fernandes

Nuno Cesar AbreuPatrícia Lauretti

Reginaldo Henrique BuenoRui Antonio Rodrigues Junior

Sandra Maria Rodrigues Oliveira KretlySidney Madeira Favoretto

Valdemir MobilonWanderlei Fraiha Paré

Yuzo Iano

Equipe

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47Espaço Cultural Casa do Lago - Ecult

Espaço Cultural Casa do Lago - ECULT

O Espaço Cultural Casa do Lago tem a missão de promover a disseminação e a re-flexão dos valores essenciais da comunidade universitária da UNICAMP por meio de ações, projetos e programas, procurando atendê-las em suas necessidades no campo das artes e cultura, bem como direcionar estratégias de integração, dialogo e inclusão de ações culturais produzidas pelos diversos segmentos da sociedade.

Ao longo dos anos o Espaço Cultural Casa do Lago/ECULT pode consolidar a sua ima-gem junto à comunidade e as diversas mídias em virtude das ações culturais desenvolvidas apoiadas nas características singulares da Instituição, funcionando como agente facilitador e estimulador.

O passar dos anos tem permitido a consolidação da imagem do Espaço Cultural Casa do Lago/ECULT junto à comunidade e as diversas mídias.

Antes de tudo, é necessário reconhecer nas características singulares da instituição o elemento facilitador e estimulador das ações culturais desenvolvidas ao longo dos anos.

A riquíssima produção artística dos alunos e professores da UNICAMP, principalmente do Instituto de Artes, e as parcerias externas com artistas de Campinas e região, consulados, universidades, agentes culturais, órgãos e instituições ligados a arte consolidam o sucesso do nosso espaço.

A intensa e diversificada programação efetiva a nossa missão na concepção dos propósi-tos e dos objetivos como centro de difusão, diálogo e integração da cultura local, regional, nacional e internacional.

Vimos atuando nessa perspectiva, afinados com esses propósitos, e os resultados aqui expostos, obtidos com um intenso trabalho de equipe e também com a contribuição de muitos parceiros da comunidade interna e externa, reforçam o nosso compromisso com a formação cultural e o desenvolvimento da cidadania.

Atividades artísticas com grande aceitação da mídia e público fazem parte da história do ECULT, a exemplo os projetos idealizados e coordena-dos pelo diretor do espaço o Agen-te Cultural Avelino Bezerra: “Projeto Folclore/Cultura Popular”, a “Mostra internacional de Humor Gráfico”, o “Panorama Musical”, a “Mostra de Dança”, “Mostras, Ciclos e Retrospec-tivas de filmes e documentários” Pa-lestras e shows memoráveis. Grandes espetácu los sem abandonar a preo-cupação didá tica: ensino, pesquisa e extensão!

ALEX MATOS

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48 Espaço Cultural Casa do Lago - Ecult

Os gráficos apresentados a seguir apresentam um resumo quantitativo das principais realizações e os respectivos públicos envolvidos ao longo desse período. O tema exposição abrange fotografias, pintura e instalações.

Eventos Realizados no período de maio de 2005 a dezembro de 2008

Público participante dos eventos realizados no período de maio de 2005 a dezembro de 2008

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49Espaço Cultural Casa do Lago - Ecult

As atividades são oferecidas gratuitamente à comunidade e os artistas que mostram os trabalhos em nosso espaço o fazem sem nenhuma ajuda de custo.

Geralmente as atividades são precedidas de comentários ou bate papo com os artistas propi-ciando uma integração com o público para melhor aproveitamento das atividades.

Características das realizações:

I. Projeto Folclore/Cultura Popular

Desenvolvido na UNICAMP há 15 anos o projeto folclore é oferecido ao público por intermédio do Curso de Introdução ao Folclore, direcionado aos educadores de Campinas e Região, Exposições, Apresentações Artísticas e Mostra de Filmes, além de documentários abertos à comunidade interna e externa.

II. Mostra Internacional de Humor Gráfico

Durante dois anos consecutivos, 2006 e 2007, a Mostra Internacional de Humor Gráfico da UNICAMP reuniu na Casa do Lago os grandes talentos de Campinas e Região para expor seus trabalhos inéditos e obras premiadas em diversos salões nacionais e internacionais. “CAMPINAS MOSTRA SUA CARA” Exposição de 40 caricaturas inéditas dos grandes nomes do Esporte, fei-tas por artistas gráficos consagrados de Campinas e Região.

III. Panorama Musical

É um evento que proporciona música para todos os gostos. São apresentadas obras musicais de diferentes gêneros, estilos e períodos de composição que vão do Erudito ao Popular, do Étnico ao Universal, do Barroco ao Contemporâneo.

IV. Programação de Cinema e Palestras

Nesse período foram apresentadas mais de 2.700 grandes mostras para cerca de 55.000 pessoas, reunindo as atuais produções do cinema de diversos países e continentes, como África, Alemanha, Itália, Brasil, Estados Unidos, dentre outros.

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50 Espaço Cultural Casa do Lago - Ecult

V. Artes Plásticas

Pintura, desenho, escultura, instalação - as artes fluíram pelos vários espaços expositi-vos do ECULT. Os artistas sentem-se estimulados em expor na Casa do Lago, um espaço muito elogiado pelo publico e artistas que aqui expõem. Pode-se considerar que os meios de comunicação, redes de TV, rádios, jornais, revistas e sites, reconhecem a qualidade da programação oferecida pela Casa do Lago devido a ampla divulgação.

Sempre é bom ressaltar que as ações desenvolvidas nestes anos, focadas nas dimensões re-feridas acima e também na valorização do espaço físico e institucional como propriedade e valor efetivo de usufruto da comunidade a necessidade de uma revitalização física do prédio bem como no quadro de funcionários. A dinâmica da programação cultural, em quantidade e qua-lidade, com a correspondência de um significativo aumento de público nos eventos artísticos, cursos, palestras, debates e visitas, necessitam de uma atenção especial.

Equipe

Altamiro Jose da SilvaÂngelo de Fátima Valente da SilvaEduardo Miguel de OliveiraJose Avilino BezerraJuliano Henrique Davoli FinelliMaria Cristina Rodrigues

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51Cursos de Extensão - Extecamp

Cursos de Extensão - Extecamp

As melhores e mais destacadas universidades do mundo oferecem cursos de extensão. Estes cursos são um meio pelo qual a universidade cumpre uma importante função social que é a educação continuada, Os cursos de extensão permitem tanto, a difusão e a ampliação do co-nhecimento gerado pela universidade, como o dialogo entre esse conhecimento e outras formas de conhecimento, tais como o empírico e o popular, manejados por segmentos diferentes da população.. Possibilitam assim a articulação e atualização de conhecimentos explícitos e tácitos, enriquecendo a universidade a sociedade com a troca..

A UNICAMP oferece cursos de extensão para diversos segmentos da sociedade por meio da Escola de Extensão (EXTECAMP), órgão ligado à PREAC.

A Extecamp foi criada pela Deliberação CONSU A-27/89 de 19/10/89. Esta Delibera-ção foi modificada pelas Deliberações CONSU A-41/89 de 20/12/89 e CONSU A-02/99 de 07/04/99 e CONSU A-09/05 de 01/06/05. Para a consecução desse objetivo a Escola de Extensão deve:

1. coordenar amplamente todo o conjunto dos cursos de extensão da UNICAMP, in-cumbindo-se da operacionalização dos cursos implantados;

2. supervisionar e acompanhar os processos de divulgação e realização de cursos de extensão;

3. organizar e promover o oferecimento de cursos de extensão uni e pluridisciplinares;4. instalar, organizar, manter e administrar um sistema de informações sobre os cursos

de extensão, publicando seu catálogo;5. propor para aprovação das instâncias competentes as normas operacionais para o

oferecimento de cursos de extensão, inclusive no que concerne à fixação de taxas;6. receber, analisar e consolidar informações relativas aos recursos captados através do

oferecimento de cursos de extensão, inclusive quando obtidos por fonte eventual de financiamento e fomento;

7. coordenar a administração da parte que lhe couber dos recursos captados através do oferecimento de cursos de extensão;

8. buscar a ampliação do alcance de seus cursos, em particular, prevendo condições de acesso para candidatos que não possam pagar as taxas eventualmente fixadas.

Dentro de uma filosofia de melhoria contínua e seguindo as diretivas do Planes que prevê a ampliação, diversificação e avaliação da oferta de cursos de extensão, a EXTECAMP realizou entre maio de 2005 e abril de 2009 importantes investimentos em infra-estrutura informática tendo atualizado e ampliado todo seu parque computacional e desenvolveu sof-twares para apoiar o desenvolvimento ordenado dos cursos, a informação sobre os cursos para a comunidade, as inscrições, o oferecimento a distância por meio do ambiente Teleduc, a inserção de notas e freqüências, a emissão dos certificados (que é efetuada pela DAC) e a avaliação dos cursos ofertados.

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52 Cursos de Extensão - Extecamp

Manutenção e expansão da infraestrtura de TI e desenvolvimento de softwares

A seguir, informamos as ações relacionadas com a aquisição de hardware e desenvol-vimento de software ano a ano para desenvolvimento das atividades ligadas a cursos de extensão.

I - Ano de 2005:

Em agosto de 2005 foi comprado um novo servidor de banco de dados com maior capacidade de armazenamento das informações, tornando mais ágil a consulta aos dados geridos pelo sistema de gerenciamento de cursos e disponibilizado para ser operado por todas as Unidades da Universidade.

Com a adoção do sistema de gerenciamento de cursos on-line, houve a necessidade da elaboração de um portal mais dinâmico e comunicativo com a comunidade, que está no ar desde maio de 2005.

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53Cursos de Extensão - Extecamp

II - Ano de 2006:

Seguindo com a filosofia de melhoria continua, foi adquirido um nobreak em maio de 2006 e que foi ligado aos servidores (banco de dados, e-mails, Teleduc) para diminuir o impacto aos usuários do sistema quando uma queda de energia elétrica ocorrer. Efetuou-se a atualização da base de dados do sistema de gerenciamento de cursos através da compra de duas licenças do software Open SQL Server 2005 com recursos da Reitoria, em julho de 2006.

Com a implantação dessa nova versão, as respostas às consultas e inserções de dados tornaram-se mais rápidas, melhorando o desenvolvimento das atividades da Extecamp e das Secretarias de Extensão descentralizadas.

III - Ano de 2007:

Em continuidade à política de automação dos serviços, a Extecamp em 2007, investiu em vários componentes de sua estrutura de informática. Efetuou a compra de dois servidores para back-up dos sistemas e sites gerenciados por sua Área de Informática. O back-up referente ao sistema de gerenciamento de cursos foi instalado fisicamente na Funcamp (Fundação de Desen-volvimento da UNICAMP) a título de segurança dos dados. A atualização dos sistemas é efetu-ada diariamente, de forma automática, através de rede de acesso on line. Para garantir maior estabilidade dos sistemas gerenciados pela Extecamp foi adquirida nova bateria com capacidade para manter no ar os sistemas, em caso de falta de energia, pelo período de 40 minutos. Isso ajuda a garantir o compromisso de serviços on line, 24 horas por dia. Foram incrementadas as condições de sete postos de trabalho com a compra de novos microcomputadores com maior capacidade de armazenamento e resposta de informações. Toda a parte de segurança dos siste-mas foi renovada com a aquisição de 22 novas licenças anti-vírus.

Em relação ao Sistema de Gerenciamento dos Cursos de Extensão da UNICAMP, foram de-senvolvidos e implantados dois novos módulos. Um refere-se ao sistema de registro de carga-horária efetivamente ministrada pelos docentes ativos da Universidade, visando transferir infor-mações ao Sipex, conforme Ofício Circular Extecamp nº 05/2007. O outro refere-se à cobrança de alunos inadimplentes nos cursos, com o objetivo de diminuir a inadimplência através de negociações mais efetivas com o aluno, conforme Ofício Circular Extecamp nº 07/2007.

Nesse ano foram desenvolvidas atualizações significativas no sistema que interliga a DAC com a Extecamp, buscando sempre agilizar o atendimento e aumentar as opções de ope-rabilidade.

IV - Ano de 2008:

Em continuidade à política de automação dos serviços, a Extecamp em 2008, investiu em vários componentes de sua estrutura de informática. Efetuou a compra de dois servidores IBM, sendo um para abrigar o Teleduc, serviço oferecido aos Cursos de Extensão e outro, para a administração do domínio interno da Extecamp. Com o constante crescimento dos serviços oferecidos pela Extecamp houve a necessidade de reestruturação e reorganização de toda a Área de Informática no tocante a rede estruturada. Adquiriu-se para isso dois switchs e mais um rack de 19’. Assim a rede foi mapeada, facilitando o acesso aos diversos serviços oferecidos. Tendo a internet como o melhor meio de comunicação, apontado pelos

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54 Cursos de Extensão - Extecamp

alunos, a Extecamp, através de servidor próprio, implementou um sistema de mailing list automático. O e-mail é encaminhado mensalmente aos interessados em cursos oferecidos pelas unidades de ensino que se cadastraram no site. Implementou ainda o ambiente de ví-deo conferência, ferramenta disponibilizada aos Cursos de Extensão para ensino a distância. Foi instalada a rede wireless, para acesso à internet a usuários do auditório da Extecamp. Foram incrementadas as condições de cinco postos de trabalho com a compra de novos microcomputadores com maior capacidade de armazenamento e resposta de informações, e dez monitores de vídeo para reposição dos obsoletos.

Em relação ao Sistema de Gerenciamento dos Cursos de Extensão da UNICAMP, foi implantado o primeiro módulo do Sistema de Oferecimento de Cursos On-Line. O módu-lo denomina-se Reoferecimento de Cursos On Line, objetivando automatizar a forma de preenchimento dos formulários de reoferecimento de cursos, contemplando vários meca-nismos que servirão para agilizar o processo de oferecimento dos cursos. Inicialmente o módulo foi testado pelas Secretarias de Extensão do CEL, IMECC, FEA e FEQ. As demais uni-dades foram treinadas ao longo do 2º semestre de 2008, entrando em total funcionamento a partir de 01/01/2009, conforme Ofício Circular Extecamp nº 11/2008. Os demais módulos, oferecimento de cursos e reoferecimento de cursos com alteração serão desenvolvidos e implantados ao longo de 2009. Implementou-se no sistema central, o módulo de cobrança de alunos inadimplentes de acordo com o Parecer da Procuradoria Geral, e novas medidas para tratar da inadimplência, conforme Ofícios Circulares nº 12 e 13/2008.

Apoio às atividades de extensão

A Escola de Extensão colaborou ativamente em outras atividades ligadas à extensão universitária.

Desde 2005 participa ati-vamente das atividades de divulgação, hospedagem de site (http://www.rede-deoportunidades.org.br) e suporte a usuários do pro-jeto Rede de Oportunida-des, idealizado pelo NEPP/UNICAMP e o SEBRAE. Este projeto tem por meta ofe-recer as empresas, em sua maioria sediada na Região Metropolitana de Campi-nas, mecanismos de pesquisa nos quais poderão buscar novos fornecedores e novos clientes e também poderão ser facilmente localizadas por novos clientes, aumentando a chance de expandir seus negócios. Mais de duas mil empresas estão cadastradas.

Além deste site, a Extecamp idealizou e hospeda um total de 16 sites da Universidade até o momento. São eles: Comunidade Saudável, Incubadora Tecnológica de Cooperativas

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55Cursos de Extensão - Extecamp

Populares, sistema DAC de matrículas e emissão de certificados dos alunos dos Cursos no âmbito da Extensão; cursos como Gestão Estratégica Pública para Governantes - Formula-ção, Gestão Estratégica Pública, Gestão Estratégica da Inovação Tecnológica, Capacitação de Gestores de Micro e Pequena Empresa, Saúde Pública com Especialização em Saúde Mental, Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística, Economia e Gestão em Saúde, Diplo-macia Econômica, Red Pymes e Arquitetura Comunitária.

Em 2007, em conjunto com as Secretarias de Extensão e CONEX (Conselho de Extensão), foi aprovado no mês de maio, o Guia do Aluno dos Cursos de Extensão da UNICAMP, com o objetivo de informar os alunos sobre os procedimentos acadêmicos e administrativos da Instituição, estrutura dos cursos, além de prestar esclarecimentos sobre suas modalidades. Estabeleceu-se que todo ano no mês de setembro ele passará por um processo de revisão, conforme Norma Extecamp nº 01/2007. Está na sua segunda versão, aprovada as novas alterações pelo CONEX em 19 de fevereiro de 2009.

No ano de 2008 completou-se um novo questionário para melhorar o processo de avaliação dos cursos de extensão. Este questionário será enviado automaticamente ao aluno no momento da emissão do certificado. O software para envio e recepção das informações entrará em fun-cionamento em abril de 2009.

Adicionalmente, como órgão que é da PREAC a EXTECAMP apoiou ao longo do período projetos de esta Pró-Reitoria, especialmente as ações da Incubadora Tecnológica de Coo-perativas Populares (ITCP/UNICAMP). Prestou suporte em ações administra-tivas, financeiras (pagamento de des-pesas para apresentação de trabalhos em congressos, seminários, despesas com visitas às cooperativas, compra de equipamentos, despesas com cor-reio, passagem aérea), e em Recur-sos Humanos (cedeu um funcionário UNICAMP para assessorar as ativida-des). Hospeda seu servidor de e-mail, e colaborou na manutenção do seu site. Efetuou a estruturação da rede de informática da ITCP, com o objetivo de melhorar o atendimento aos usuários.

Patrocinou também o curso GEO-0023 - Autogestão no Brasil, ocorrido entre 08/08/2007 a 05/12/2007, ocorrido no Instituto de Geociências. O curso foi totalmente gratuito para o aluno, tendo como público-alvo os monitores de incubadoras de cooperativas, pesquisado-res de autogestão, cooperativismo e economia solidária no Brasil, pessoas interessadas na formação de cooperativas e gestores públicos em economia solidária. Apesar da gratuidade, os cursos sempre apresentam custos que foram totalmente pagos pela Extecamp.

Efetuou ajuda financeira para o curso GEO-0530 - Economia Solidária e Tecnologia Social na América Latina - oferecido no período de 11/03/2008 a 01/12/2009, pelo Instituto de Geociências devido à natureza social do curso.

Em parceria com o Grupo Gestor de Benefícios Sociais - GGBS a Extecamp, em 2008, patrocinou 2.000 exemplares do Manual Sole Mio, que foi utilizado para difundir entre os

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56 Cursos de Extensão - Extecamp

funcionários da UNICAMP, através de palestras, a confecção de aquecedor solar de baixo custo desenvolvido através de tese de doutorado da FEQ.

Por solicitação da Diretoria Acadêmica da UNICAMP, a partir de 01/01/2008 os certifi-cados emitidos para Cursos de Extensão passaram a ter o mesmo modelo dos certificados emitidos para a graduação e a pós. Esta medida padronizou os certificados emitidos pela UNICAMP, trazendo benefícios acadêmicos e financeiros.

Informações quantitativas sobre os cursos

Com relação aos números apresentados pelos cursos de extensão, no período de maio de 2005 a abril de 2009, foram implantados um total de 454 novos cursos. Entende-se por curso implantado aquele proposto e aprovado pela Unidade que oferece o curso, Conselho de Extensão e Câmara de Ensino Pesquisa e Extensão da UNICAMP. Esses cursos estão prontos para serem oferecidos à comunidade. A Área que mais implantou cur-sos foi a Área de Humanas e Artes, com 158 cursos, representando 34,8% do total.

Os cursos propostos são os cursos já implantados ao longo dos anos, que foram oferecidos à comunidade. Dos 7.185 cursos implantados, apenas 5.262 foram efetivados no período, repre-sentando 73,2%. A Unidade que mais ofertou e efetivou cursos foi a FCM, com 1.025 e 849, respectivamente, sendo também a Unidade com maior carga horária efetivada no período.

Com relação a matrículas nos Cursos de Extensão, o Instituto de Economia foi a Unidade que mais efetivou matrículas, 23.175. Na totalização das matrículas não são considerados os cursos múltiplos, o aluno pode ser contado várias vezes, dependendo do número de disciplinas e cursos simples que ele esteja matriculado. Já em número de alunos ingressantes o Instituto de Biologia teve um total de 5.597 alunos. São considerados alunos ingressantes todo aluno que inicia um curso no período, sem considerar as disciplinas do curso, quando múltiplo. No período, a Extecamp teve um total de 138.730 matrículas e 31.517 alunos ingressantes nas diferentes modalidades de Cursos de Extensão.

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57Cursos de Extensão - Extecamp

I - Desempenho dos Cursos de Extensão da UNICAMP no período de maio/2005 a abril/2009 em números

Área Unidades

Período de maio/2005 a abril/2009Nº Cursos

ImplantadosNº Cursos Propostos

Nº Cursos Efetivados

Carga Horária

Efetivada

Matrículas Alunos Ingressantes

Ciências Biológicas

FCM 53 1.025 849 105.752 17.592 5.169

FEF 8 320 224 7.798 8.793 880

FOP 8 795 548 29.683 5.344 730

IB 5 42 37 2.774 5.427 5.597

Sub-Total 74 2.182 1.658 146.007 37.156 12.376

Ciências Exatas

IC 3 224 154 4.233 6.989 533IFGW 2 6 4 116 107 107

IG 20 269 214 5.869 5.031 992IMECC 33 360 256 9.698 9.623 2.459

IQ 12 21 14 394 229 229Sub-total 70 880 642 20.310 21.979 4.320

Humana e Artes

CEL 22 121 92 3.945 1.390 1.390CEL/FEQ 0 16 10 128 133 31

FE 16 120 107 7.177 4.102 1.913IA 53 212 161 4.051 3.404 1.748IE 19 921 760 22.498 23.175 2.475IEL 48 127 66 2.571 1.033 1.013

IFCH 0 0 0 0 0Sub-total 158 1.517 1.196 40.370 33.237 8.570CESET 22 223 93 2.416 2.437 572

FEA 4 225 151 4.124 3.608 808FEAGRI 14 120 62 1.968 1.334 518

FEC 33 237 149 4.083 3.173 572FEEC 6 154 74 4.798 1.579 362FEM 20 689 529 13.922 16.229 1.140FEQ 20 785 576 12.269 14.005 1.472

Sub-total 119 2.433 1.634 43.580 42.365 5.444

Colégios Técnicos

COTIL 11 124 102 3.818 3.330 283COTUCA 22 49 30 650 663 524Sub-total 33 173 132 4.468 3.993 807

Total Geral 454 7.185 5.262 254.735 138.730 31.517

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58 Cursos de Extensão - Extecamp

Desempenho dos Cursos de Extensão - maio 2005 a abril 2009

Para que os Cursos de Extensão sejam viabilizados, os seus custos são repassados aos alunos, que contribui com uma arrecadação anual, por Unidade, conforme Quadro II. Neste caso foram contabilizados os recursos gerados no ano comercial.

De maio de 2005 a dezembro de 2008 a UNICAMP captou cerca de 59 milhões de reais com cursos de extensão. Mias de 64% deste montante compreendem os cursos efetivados nas áreas Biológicas e de Tecnologia, equivalentes a cerca de R$ 38 milhões.

Na área de Biológicas destaca-se a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) R$ 9 milhões e Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), enquanto que na área de Tecnologia as Fa-culdade de Engenharia Mecânica e de Engenharia Química, juntas, somam R$ 11 milhões.

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59Cursos de Extensão - Extecamp

Quadro II - Recursos Financeiros Captados com Cursos de Extensão

ÁREA UNIDADE2005 2006 2007 2008

R$ mil % R$ mil % R$ mil % R$ mil %

Ciências Biológi-

cas

FCM 1.985,14 14,7 2.276,97 15,6 2.235,11 15,07 2.479,67 15,74

FEF 647,03 4,8 713,22 4,9 885,57 5,97 288,82 1,83

FOP 1.978,01 14,6 2.015,08 13,8 1.746,07 11,77 1.949,14 12,37

IB 186,58 1,4 241,07 1,7 351,39 2,37 408,80 2,59

Subtotal 4.796,76 35,5 5.246,34 36,0 5.218,14 35,18 5.126,43 32,53

Ciências Exatas

IC 1.101,28 8,1 1.004,63 6,9 1.030,21 6,94 832,12 5,28

IFGW 7,98 0,1 - 0,0 8,01 0,05 269,87 1,71

IG 440,53 3,3 436,83 3,0 429,43 2,89 1.041,76 6,61

IMECC 707,07 5,2 489,87 3,4 610,21 4,11 462,02 2,93

IQ 29,90 0,2 14,43 0,1 4,02 0,03 63,36 0,40

Subtotal 2.286,76 16,9 1.945,76 13,3 2.081,88 14,03 2.669,13 16,94

Huma-nas e Artes

CEL 202,43 1,5 190,32 1,3 155,00 1,04 108,50 0,69

CEL/FEQ 46,14 0,3 3,45 0,0 18,08 0,12 0,54 0,00

FE 563,74 4,2 482,62 3,3 511,16 3,45 438,08 2,78

IA 6,41 0,0 15,54 0,1 38,75 0,26 250,53 1,59

IE 1.494,95 11,1 1.924,55 13,2 2.050,44 13,82 2.362,70 14,99

IEL 128,00 0,9 77,41 0,5 9,05 0,06 8,26 0,05

IFCH - 0,0 - 0,0 0,00 0,00 - 0,00

Subtotal 2.441,67 18,0 2.693,89 18,5 2.782,48 18,76 3.168,61 20,11

Tecnolo-gia

CESET 116,97 0,9 145,26 1,0 145,74 0,98 56,24 0,36

FEA 291,43 2,2 359,14 2,5 429,82 2,90 598,68 3,80

FEAGRI 157,21 1,2 130,16 0,9 146,26 0,99 185,03 1,17

FEC 439,77 3,3 463,11 3,2 451,36 3,04 613,01 3,89

FEEC 392,05 2,9 349,79 2,4 475,14 3,20 505,12 3,21

FEM 1.192,50 8,8 1.828,48 12,5 1.104,65 7,45 879,46 5,58

FEQ 1.224,92 9,1 1.214,96 8,3 1.829,79 12,34 1.629,62 10,34

Subtotal 3.814,85 28,2 4.490,90 30,8 4.582,76 30,89 4.467,16 28,35

Colégios Técnicos

COTUCA 51,07 0,4 31,06 0,2 9,01 0,06 168,88 1,07

COTIL 137,58 1,0 171,87 1,2 159,69 1,08 156,85 1,00

Subtotal 188,65 1,4 202,93 1,4 168,70 1,14 325,73 2,07

(Valores em mil reais)

TOTAL 24 13.528,69 100,0 14.579,82 100,0 14.833,96 100,00 15.757,06 100,00

* Entrada de recursos somadas aos rendimentos de aplicação.

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60 Cursos de Extensão - Extecamp

Uma outra forma de análise que pode ser feita é pela participação de cada Unidade se-paradamente, como mostrada no Quadro III.

Recursos Captados com Curso de Extensão por Áreamaio 2005 a abril 2009 (R$ mil)

Quadro III - Recursos Financeiros Captados com Cursos de Extensão por Unidade

Posição Unidade R$ (mil) % % acumulada

1 FCM 8.976,89 15,3% 15,3%

2 IE 7.832,64 13,3% 28,6%

3 FOP 7.688,30 13,1% 41,7%

4 FEQ 5.899,29 10,0% 51,8%

5 FEM 5.005,09 8,5% 60,3%

6 IC 3.968,24 6,8% 67,1%

7 FEF 2.534,64 4,3% 71,4%

8 IG 2.348,55 4,0% 75,4%

9 IMECC 2.269,17 3,9% 79,3%

10 FE 1.995,60 3,4% 82,7%

11 FEC 1.967,25 3,4% 86,0%

12 FEEC 1.722,10 2,9% 88,9%

13 FEA 1.679,07 2,9% 91,8%

14 IB 1.187,84 2,0% 93,8%

15 CEL 656,25 1,1% 94,9%

Page 61: Maio/2005 a Abril/2009

61Cursos de Extensão - Extecamp

Posição Unidade R$ (mil) % % acumulada

16 COTIL 625,99 1,1% 96,0%

17 FEAGRI 618,66 1,1% 97,1%

18 CESET 464,21 0,8% 97,9%

19 IA 311,23 0,5% 98,4%

20 IFGW 285,86 0,5% 98,9%

21 COTUCA 260,02 0,4% 99,3%

22 IEL 222,72 0,4% 99,7%

23 IQ 111,71 0,2% 99,9%

24 CEL/FEQ 68,21 0,1% 100,0%

Por este quadro é possível notar que as nove primeiras Unidades juntas são responsáveis por cerca de 80% do total de recursos capitados durante o período de maio de 2005 a abril de 2009, ou seja, mais de R$ 46 milhões.

No quadro IV estão relacionados os sete cursos de especialização modalidade extensão que tiveram o maior número de oferecimentos no período.

Quadro IV - Os Sete Cursos de Especialização mais procurados no período maio/2005 a abril/2009

UNIDADE SIGLA CURSOS Nº DE OFERECIMENTOS

ALUNOSMATRICULADOS

FEM FEM-1000 ENGENHARIA DA QUALIDADE 16 168

IE ECO-0100 GESTÃO E ESTRATÉGIA DE EMPRESAS

10 651

IE ECO-0200 ECONOMIA FINANCEIRA 10 320

FEQ FEQ-0300 SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE 9 220

FCM FCM-0120 FISIOTERAPIA APLICADA À ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

8 120

IE ECO-0180 MARKETING ORGANIZACIONAL 8 295

COTIL CTL-0100 SISTEMAS DA QUALIDADE (4) 5 173

No quadro V estão relacionados, por Área, os cursos de extensão que tiveram o maior número de oferecimentos no período.

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62 Cursos de Extensão - Extecamp

Quadro V - Os Dois Cursos de Extensão mais procurados no período, por Área de maio/2005 a abril/2009

ÁREA SIGLA CURSOS Nº DE OFERECIMENTOS

ALUNOS MATRICULADOS

Ciências Biológicas

BIO-0017 BIOLOGIA TECIDUAL APLICADA À IMPLANTODONTIA 22 416

FCM-0571 ATENÇÃO INTEGRAL AO ADULTO 7 208

Ciências Exatas

MAT-0438 METODOLOGIA SEIS SIGMA - FORMA-ÇÃO GREEN BELT 22 414

MAT-0437METODOLOGIA PARA MELHORIA DE PROCESSOS - FORMAÇÃO GREEN BELT

6 105

Humanas e Artes

ART-0029 INTRODUÇÃO AO FOLCLORE - CON-CEITO E METODOLOGIA DE PESQUISA 3 791

EDU-0015PROEPRE: FUNDAMENTOS TEÓRI-COS E PRÁTICA PEDAGÓGICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

8 639

Tecnologia

FEQ-0170 CAPACITAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS 7 198

FEA-0050 BOAS PRÁTICAS NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS 9 158

Colégios Técnicos

CTC-0003 INJEÇÃO DE TERMOPLÁSTICOS 4 89

CTC-0622 PROJETO DE MOLDES PARA INJE-ÇÃO DE TERMOPLÁSTICOS 3 61

A avaliação dos cursos oferecidos foi muito boa ao longo do período, tal como se des-prende das informações obtidas com os alunos concluintes:

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Impacto/Ano 2005 2006 2007 2008

Ótimo 18% 18% 29% 25%

Bom 51% 51% 44% 42%

Bom+Ótimo 69% 69% 73% 67%

Regular 23% 22% 20% 23%

Ruim 3% 4% 3% 4%

Nulo 5% 4% 4% 6%

Total 100% 100% 100% 100%

Fonte: questionário encaminhado pela Extecamp aos alunos concluintes dos cursos

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63Cursos de Extensão - Extecamp

Quadro VII - Taxas de sucesso no oferecimento de cursos (%)Período: maio/2005 a abril/2009

Área Cursos Propostos(a)

Cursos Efetivados(b)

Taxa de sucesso no oferecimento %

(c) = (b)/(a)

Ciências Biológicas 2.182 1.658 76,0

Ciências Exatas 880 642 73,0

Humanas e Artes 1.517 1.196 78,8

Tecnologia 2.433 1.634 67,2

Colégios Técnicos 173 132 76,3

Total 7.185 5.262 73,2

DIVULGAÇÃO

Page 64: Maio/2005 a Abril/2009

64 Cursos de Extensão - Extecamp

Equipe

Miguel Juan Bacic Alvaro Rossmann Carvalhaes Neto

Andréa Gobi Chiulle PinheiroBeyla Verinaud Anguita Camila Thomazine Alves

Célia Maria da Silva Fernandes CustódioDaiane Cristina Viana de Brito (patrulheira)

Daniel Longato UrbineEdison Nucci

Érika Camilo RopoleHeloisa Helena Rampazzo

Herli Aparecida Ropole Jan Alexander Durães Sette

Josiane Gomes Teles Rinaldo Aparecido Montibeller

Solange Aparecida Moraes ColtreVagner Souza Guimarães

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65Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CAC

Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CAC

A Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CAC é um órgão da PREAC que tem como objetivo estimular, apoiar, articular e acompanhar os programas, projetos e ações de exten-são universitária na Universidade.

A Extensão Comunitária caracteriza-se por ser uma atividade acadêmica, destinada a atender a comunidade interna e externa à UNICAMP por meio de ações dirigidas de cunho eminentemente social.

A partir de fevereiro de 2008 a CAC deu início a uma parceria com o Centro da Vida Inde-pendente - CVI com o intuito de desenvolver um trabalho de cunho educativo e de inclusão social, sobre a pessoa com deficiência. Foi criado um curso intitulado “Vivendo a diferença, Valorizando a Diversidade”, resultando em 8 encontros com 205 participantes dentre os quais, 97% consideraram o tema muito relevante, e ótima a qualidade do curso.

Equipe

Antonio Alves NetoBeatriz Jansen Ferreira

Emília Wanda RutkowskiEstefane Garcia

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66 Projeto Rondon

Projeto Rondon

Breve histórico

O Projeto foi criado durante a dita-dura militar, em 1967, com a orienta-ção do professor Wilson Choeri, da Universidade do Estado da Gua-nabara (hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Uerj) com a idéia central de conhecer a realidade na-cional, por meio de um trabalho comunitário. Em julho deste ano, sem apoio oficial do governo, o Pro-fessor Wilson, juntamente com outro professor e mais trinta alunos coloca-ram em prática a Operação Zero no Território de Rondônia. O desloca-

mento dessa equipe do Rio de Janeiro contou com o apoio do Ministério do Interior Rondô-nia que cedeu uma aeronave C-47.

O objetivo foi levar os estudantes a tomar contato com o interior da Amazônia, sentir o Brasil e trabalhar em benefício das comunidades carentes daquela região. A equipe per-maneceu na área por 28 dias, realizando trabalhos de levantamento, pesquisa e assistência médica e um dos resultados foi a conscientização do povo brasileiro para a Amazônia me-diante o lema: integrar para não entregar.

Em janeiro de 1989, quando o total de universitários mobilizados pelo Projeto Rondon já pas-sava dos 350 mil, o presidente José Sarney, motivado pelas reformas administrativas no âmbito federal, decidiu pela extinção da Fundação do Projeto Rondon, conforme Lei 7.732/89.

No ano de 1990 “renasce” o Projeto Rondon, sem vínculo com o Governo, mas como Associação Nacional dos Rondonistas, criada por rondonistas com a missão de mobilizar a juventude universitária e despertar nela uma consciência crítica sobre as diversas realidades nacionais, sempre em estreita articulação com Instituições de Ensino Superior, nos três níveis de governo e a sociedade civil.

Em março de 2006 a União, representada pelos Ministérios da Defesa e da Educação, e a Associação Nacional dos Rondonistas (ANR) celebraram um acordo de cooperação com o objetivo de realizar o planejamento e a execução das Operações do Projeto Rondon, ca-bendo ao Ministério da Defesa a coordenação geral.

Por fim, a reativação do Rondon foi proposta pela União Nacional dos Estudantes (UNE) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em novembro de 2003 e em 16 de maio de 2005, em assembléia, a ANR autorizou o Governo federal a usar o nome Projeto Rondon no programa de governo voltado para a juventude. A partir daí, um Grupo de Trabalho Interministerial, estabeleceu as diretrizes e objetivos do Projeto e definiu a sistemática de trabalho a ser adotada na sua execução.

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67Projeto Rondon

Relançado em janeiro de 2005, o Projeto Rondon é realizado em estreita parceria com o Ministério da Educação, com a colaboração dos demais Ministérios e tem o imprescindível apoio das Forças Armadas, que proporcionam o suporte logístico e a segurança, necessários às operações. Conta, ainda, com a colaboração dos Governos Estaduais, das Prefeituras Municipais, da Associação Nacional dos Rondonistas, da União Nacional dos Estudantes, de Organizações Não-Governamentais, de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Públi-co e de Organizações da Sociedade Civil.

Durante quinze dias os rondonistas desenvolvem atividades ligadas aos temas: cultura, direitos humanos e justiça, educação, saúde, comunicação, meio ambiente, tecno-logia e produção e trabalho. Essas atividades aproximam os universitários da realidade vivida pelas comunidades carentes, como também levam soluções para melhorar a qualida-de de vida dos habitantes dessa região. Orientam o desenvolvimento da agricultura familiar, bem como, colaboram na elaboração de projetos que atendam à infra-estrutura municipal, em particular nas áreas de saneamento básico e de meio ambiente.

Propósito

Viabilizar a participação do estudante universitário nos processos de desenvolvimento local sustentável e de fortalecimento da cidadania.

Objetivos1

1. Contribuir para a formação do universitário como cidadão; 2. Integrar o universitário ao processo de desenvolvimento nacional, por meio de ações

participativas sobre a realidade do País; 3. Consolidar no universitário brasileiro o sentido de responsabilidade social coletiva em

prol da cidadania, do desenvolvimento e da defesa dos interesses nacionais; 4. Estimular no universitário a produção de projetos coletivos locais, em parceria com

as comunidades assistidas.

Principais Diretrizes (Decreto de 14 de Janeiro de 2005)1

1. Contribuir para o desenvolvimento sustentável nas comunidades carentes, usando as habilidades universitárias;

2. Estimular a busca de soluções para os problemas sociais da população, formulando políticas públicas locais, participativas e emancipadoras;

3. Assegurar a participação da população na formulação e no controle das ações; 4. Priorizar áreas que apresentem maiores índices de pobreza e exclusão social, bem

como áreas isoladas do território nacional; 5. Democratizar o acesso às informações sobre benefícios, serviços, programas e pro-

jetos, bem como recursos oferecidos pelo poder público e iniciativa privada e seus critérios de concessão;

6. Buscar garantir a continuidade das ações desenvolvidas.

1 https://defesa.gov.br

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68 Projeto Rondon

A participação da UNICAMP e o apoio PREAC

Oficializada a “nova fase” do Projeto Rondon, a UNICAMP se fez representada por uma equipe composta de alunos do Instituto de Economia no município de Eirunepé, estado do Amazonas, durante o período de 15 a 29 de janeiro de 2005. Diversas ações desenvolvidas e executadas proporcionaram a esses alunos muitas informações e experiências no âmbito social e econômico. Dentre vários aspectos, os que mais sensibilizaram estavam relaciona-dos à ausência de saneamento básico e ao número insuficiente de profissionais da área da saúde.

Após o retorno da equipe e a divulgação do seu trabalho e das suas experiências, muitos alunos demonstraram motivados a participarem das futuras operações do Projeto, criando um estímulo (demanda potencial) a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, su-ficiente para que ela “abraçasse” a coordenação do projeto no âmbito UNICAMP, pois a participação de alunos e professores, muito bem coordenada, poderia ser uma das formas a serem adotadas para a implementação de suas estratégias dirigidas à ampliação da atuação da UNICAMP em ações de extensão comunitária.

Avaliados os principais objetivos e diretrizes do Projeto e com a conclusão de que ambos es-tão fortemente alinhados à qualidade e aos princípios defendidos por essa gestão, deu-se inicio ao processo de mobilização da Equipe Técnica da PREAC para divulgar o seu apoio à comu-nidade universitária e estimular a participação de professores e alunos de graduação.

Nesse contexto o projeto Rondon é entendido como um dos meios possíveis à materialização da missão da PREAC, principalmente por dar oportunidade a um grande número de alunos par-ticipar das ações de extensão, fato que não seria possível devido, ao alto custo de deslocamento do pessoal para as mais diversas regiões do nosso país, às acomodações e à alimentação, dentre outras questões relevantes para a manutenção de equipes de estudos/trabalho.

O então pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, professor Mohamed Habib, convencido de que esse Projeto daria condições à UNICAMP de ampliar suas ações de extensão em nível nacional, pode assim articular com a reitoria sobre os benefícios que po-deriam ser obtidos com a participação da nossa universidade. Obtendo o aval necessário, foi nomeado como representante legal da UNICAMP nas atividades referentes ao Projeto Rondon, conforme Resolução GR n° 030/2006 de cinco de maio de 2006.

Assim, no início do ano de 2006, mais especificamente, entre os dias três e 19 de feverei-ro a segunda equipe da UNICAMP, formada por dois docentes, seis alunos e dois jornalistas, cuja proposta fora selecionada e contemplada pela Coordenação Geral do Projeto Rondon, pode executar ações de curto prazo que pudessem atender as demandas do município de Eirunepé, AM, e que ao mesmo tempo deixassem sementes, servindo de base para a ação das pessoas que vivem e trabalham neste município.

As equipes participantes desenvolvem atividades relacionadas aos temas:

1) Cidadania: a) capacitar organizações da sociedade civil na defesa dos direitos de cidadania; b) instalar ou dinamizar os conselhos municipais de educação, de saúde, tu-telar, de assistência social, do meio ambiente, e outros; c) disseminar as orientações para obtenção do registro civil; d) capacitar educadores do ensino fundamental sobre a prática de leitura e produção de textos; e) capacitar educadores no atendimento a portadores de necessidades educativas especiais.

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69Projeto Rondon

2) Bem-estar: a) capacitar agentes de saúde em saúde da família, saúde ambiental e doenças endêmicas locais; b) capacitar multiplicadores sobre saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens, prevenção da prostituição infantil e prevenção do uso do álcool e drogas; c) capacitar multiplicadores em ações de incentivo ao esporte e lazer; d) organizar a implantação de atividades comunitárias solidárias.

3) Desenvolvimento local sustentável: a) incentivar o cooperativismo e o associati-vismo para a geração de renda; b) capacitar produtores locais; c) disseminar soluções auto-sustentáveis - tecnologias sociais - que melhorem a qualidade de vida das comunidades; d) promover ações que desenvolvam o potencial turístico local.

4) Gestão pública: a) capacitar servidores municipais em gestão pública; b) capacitar servidores municipais na elaboração do Plano Diretor do município; c) capacitar servidores municipais em gestão de projetos; d) elaborar projetos para atender a infra-estrutura muni-cipal, em particular nas áreas de saneamento básico e meio ambiente.

Operação Amazonas 2006, município de Eirunepé, Amazonas.

DÁRIO CRISPIM

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70 Projeto Rondon

Em dia 22 de março a PREAC organizou e realizou um seminário de discussão abordando o tema da extensão e o papel social da universidade. Entre os diversos assuntos tratados, a equipe que esteve em Eirunepé apresentou síntese das ações realizadas e resultados alcançados e parti-cipou da análise sobre a continuidade do trabalho em Eirunepé, tendo como referência proposta encaminhada por lideranças e autoridades locais e fortaleceu a discussão sobre a viabilidade e continuidade da participação da UNICAMP no Projeto.

Pode-se, por assim dizer, que nessa data fora lançado o marco da participação da UNI-CAMP no Projeto Rondon se considerando o aumento do número de alunos que passaram a procurar pela PREAC para demonstrar seu interesse em participar, impulsionando, de vez, a criação de estruturas capazes de fornecerem aportes necessários à ampliação do número de equipes, a divulgação das Operações, para montagem de equipes e a demais fatores ine-rentes à participação de uma equipe em um projeto, principalmente quando a sua execução se dá em localidades distantes da UNICAMP.

Aldeia Kulina, Eirunepé - Amazonas

DÁRIO CRISPIM

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71Projeto Rondon

Casa de farinha dos Ribeirinhos, margeando o rio Juruá - Amazonas

DÁRIO CRISPIM

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72 Projeto Rondon

Modelo de gestão adotado

Como para a PREAC o Projeto Rondon, além dos seus propósitos e objetivos, é um dos meios que tornam possível à comunidade universitária a prática de ações comunitárias de extensão, ficou estabelecido que o seu apoio devesse agregar valor às atividades compre-endidas desde a divulgação dos editais, passando pela criação das equipes e elaboração das propostas, à execução das ações nos municípios participantes. Esse valor agregado deve ser percebido nos processos que fazem parte deste modelo de gestão.

Criação e manutenção de um banco de dados

A primeira iniciativa da PREAC foi a criação de um banco de dados para registrar informa-ções sobre docentes e discentes interessados em participar do projeto. Essas informações, cultivadas até os dias de hoje, tornaram-se muito importantes na formação da equipes, ajudando-as na identificação tanto de alunos quanto de professores. Após um ano da sua criação, há registros de180 alunos e 47 docentes.

Gestão Interna

Baseada em um método proativo de gestão que busca, constantemente, interações in-tradiscente, entre Institutos e Faculdades e entre discentes e docentes, estimulando a ambos a participarem do Projeto. Esse sistema de gestão está institucionalizando a coerência entre as atividades a serem desenvolvidas no Projeto com o conceito de atividades de extensão universitária adotado pela PREAC, orientando as equipes desde a elaboração das propostas até na adoção de procedimentos durante e após as operações.

A criação de BLOG´s; fóruns e seminários; página na Internet (http://www.PREAC.UNI-CAMP.br/rondon/), e banco de imagens constituíram mecanismos eficazes para a divulga-ção do projeto e das participações da UNICAMP e constituição de um ambiente propício à troca de experiências e aprendizado.

O grande interesse demonstrado pelos alunos e professores da UNICAMP tanto daqueles que participaram quando dos que participarão, demandou um processo de alinhamento entre eles e a PREAC de modo que as experiências de cada equipe fossem compartilhadas a ponto de criar a seguinte reflexão: o que e como “levar” as comunidades e o que e como aprender dessas comunidades.

Rede de Relacionamento

A PREAC como o elemento central de uma rede de comunicação que envolve além dela, a Coordenação Geral do Projeto Rondon, Professores, Alunos, Órgãos da UNICAMP, Órgãos dos municípios envolvidos, Mídia e Instituições de Ensino Superior. O objetivo desta rede é manter todos os elementos, interdependentes, informados sobre as especificidades de cada uma das participações, propostas à Coordenação, criação de seminários, fóruns e de outros meios de comunicação para elevar, cada vez mais, o nível de envolvimento e compartilhamento.

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73Projeto Rondon

Bons resultados foram obtidos e que merecem destaques:

a implantação da viagem precursora ao município que receberá as equipes durante o período das Operações. Sugestão feita pela UNICAMP à Coordenação Geral;

a criação, em 2007, da disciplina EX002: Projeto Rondon de Extensão Universitá-ria especialmente para alunos e professores que participaram do Projeto;

o estímulo e subsídio dados aos alunos para que eles mesmos tomem as iniciativas para montagem das equipes e elaboração das propostas. Esse processo, bem moni-torado, pode servir de aprendizagem a todos os participantes por envolvê-los do início ao fim, ou seja, na pesquisa dos temas exigidos pelo edital, nas metodologias para a execução das ações propostas, no trabalho de equipe, nas formas de comu-nicação e outros aspectos afins;

realização do FÓRUM Projeto Rondon na extensão da UNICAMP, em 10 de abril de 2007 que contou com as presenças do General-de-Brigada Celso Krause Schramm - Coordenador-Geral do Projeto Rondon, do Sr. Hidelfonso Abreu de Araújo, Prefeito do Município de Abel Figueiredo - PA, do Prof. Melquíades da Silva, Secretário de Edu-cação de Abel Figueiredo e dos coordenadores das nove equipes da UNICAMP que par-ticiparam do Projeto nesta nova versão. O objetivo desse Fórum foi avaliar a participação da UNICAMP no Projeto Rondon até o momento, ouvindo as equipes, os representantes do Ministério da Defesa e o poder público dos municípios atendidos quanto às expecta-tivas, ações efetuadas e objetivos alcançados.

General-de-Brigada Celso Krause Schramm Coordenador-Geral do Projeto Rondon

ALEX MATOS

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74 Projeto Rondon

Em 30 de abril de 2008, a PREAC realizou o segundo Fórum, Projeto Rondon - De-safios e Perspectivas, cujo propósito foi apresentar e avaliar os principais desafios e perspectivas do projeto Rondon, considerando a atuação dos três atores principais: Coordenação Geral do Projeto, UNICAMP e Prefeituras de Municípios atendidos. Nesse evento participaram o General de Brigada Júlio de Amo Júnior, Coordenador Geral do Projeto Rondon, apresentando Desafios e Perspectivas na Visão da Co-ordenação-Geral, os Srs. Gilnei Fischer, Prefeito do município de Arroio do Padre, RS, Antônio Miguel da Silva, Diretor do Departamento de Educação Esporte e Cul-tura e José Raimundo Batista, relações Públicas, ambos representando o Prefeito, Sr. Eulálio Polaco Ilek do município de Pedro de Toledo, SP, que participaram da mesa redonda sobre Atuação do Projeto Rondon nos Municípios.

Srs. Hidelfonso Abreu de Araújo e Melquíades da Silva, respectivamente, Prefeito e Secretário de Edu-cação de Abel Figueiredo, PA.

ALEX MATOS

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75Projeto Rondon

General de Brigada Júlio de Amo Júnior - Coordenador Geral do Projeto Rondon

ALEX MATOS

Sr. Gilnei Fischer, Prefeito do Mu-nicípio de Arroio do Padre, RS.

ALEX MATOS

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76 Projeto Rondon

Métodos

a) Divulgação do convite

Exige estudos e esclarecimentos junto ao Ministério da Defesa a fim de manter a comu-nidade universitária bem informada. Todos os passos a serem cumpridos desde a concepção da proposta e o efetivo cadastramento dos participantes são cuidadosamente tratados pela Pró-Reitoria e compartilhados com os alunos e professores.

b) Preparação das Propostas

A cada coordenador cabe a responsabilidade de trabalhar o formato técnico do projeto e das ações planejadas. A PREAC estabelece as principais diretrizes que devem ser conside-radas na realização de cada ação, pois a UNICAMP é a responsável pelas mesmas perante o Ministério da Defesa.

c) Estruturação das Equipes

A PREAC preza pela obediência aos requisitos estabelecidos pelo Ministério da Defesa, tais como, multidisciplinaridade da equipe, alunos que estejam cursando os últimos períodos, vínculos com a UNICAMP, dentre outros. Além disso, essa Pró-reitoria dispõe de seu banco de dados à disposição dos interessados.

Uma evidência que merece atenção é a de professores e alunos que ficam impedidos de con-tinuar nas equipes devido às razões associadas às atividades acadêmicas e profissionais. Quando isso ocorre a PREAC identifica e viabiliza a participação de substitutos. Até os dias de hoje não houve equipes que ficaram impedidas de participar do Projeto Rondon devido a este “proble-ma”. Conforme a região onde as equipes atuarão, a PREAC toma todas as providências para que cada integrante atualize seu histórico de vacinação como forma de garantia do seu estado de saúde durante o período a que ficará exposto às condições de riscos.

Sr. Antônio Miguel da Silva, Dire-tor do Departamento de Educa-ção Esporte e Cultura, Município Pedro de Toledo, SP.

ALEX MATOS

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77Projeto Rondon

d) Encaminhamento das Propostas

Essa atividade exige muitos contatos com a Coordenação do Projeto Rondon, porque é co-mum equipes apresentarem diferentes tipos de dúvidas. Para cada dúvida apresentada, a PRE-AC analisa e pesquisa as formas de solucioná-las. Para garantir os cumprimentos dos prazos, constantemente os coordenadores são consultados sobre o estágio das mesmas e necessidades. Toda proposta encaminhada à PREAC é cadastrada em um banco de dados específico e devida-mente remetida ao Ministério da Defesa em Brasília (DF).

e) Publicação das IES selecionadas

Freqüentemente o Ministério da Defesa divulga a relação das IES que participarão das Operações dois meses antes do início das mesmas. Isso exige que os contatos com as equi-pes selecionadas sejam realizados rapidamente por e-mail e por telefones com o intuito de evitar problemas de última hora.

f) Confirmação das equipes

Após a oficialização das IES que atuarão nas Operações do Projeto Rondon, a PREAC dá início ao processo de cadastramento dos integrantes de cada uma das equipes selecionadas conforme as atividades: 1) cadastramentos dos participantes (já intitulados Rondonistas), atendendo às exigências do Ministério da Defesa, por meio do Sistema do Projeto Rondon - SISPRON; 2) ha-vendo desistentes a PREAC realiza pesquisas entre professores e alunos com intuito de substituir os impossibilitados; 3) certifica se todos os requisitos foram cumpridos; 4) Colaboração na ela-boração do Termo de Compromisso do Rondonista e Termo de Cessão de Direito de Uso de Ima-gem Individual e posterior envio ao Ministério da Defesa; 5) providencia a elaboração do Termo de Cooperação entre o Ministério da Defesa e Universidade Estadual de Campinas, conforme modelo apresentado no convite, assinatura do Pró-Reitor da PREAC (conforme RESOLUÇÃO GR n° 030/2006 de 05/06/06) e encaminhamento a este Ministério.

g) Suporte Operacional

A PREAC coloca à disposição das equipes sua infra-estrutura, tais como: sala de reu-nião, impressões, ligações telefônicas, computadores, entre outros.

Além disso, estabelece contatos com a Coordenação do Projeto Rondon, com as prefeituras e representantes dos municípios que receberão as equipes, sempre com a finalidade de obter in-formações que vão desde as suas características econômicas e sociais às específicas das acomo-dações dos rondonistas. Finalmente, são providenciados os recursos necessários ao transporte das equipes aos locais de partida para início das Operações.

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78 Projeto Rondon

h) Acompanhamento Real da Operação

Uma forma encontrada pela PREAC para receber e publicar informações (relatos e ima-gens colhidos no dia-a-dia do projeto) fornecidas pelos rondonistas por meio de e-mails. Essas informações são trabalhadas e disponibilizadas em “blog”, como o criado pela equipe de informática do CESET para que a sociedade tenha acesso às realizações. (http://www.ceset.UNICAMP.br/rondon2007), Num futuro bem próximo, segundo semestre de 2008, a PREAC disponibilizará seu próprio blog para essa atividade.

Relação entre os conjuntos A e B

Participação da Unicamp no Projeto Rondonjaneiro de 2005 a julho de 2009

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79Projeto Rondon

Participações da UNICAMP no Projeto Rondon - 2005 a 2009:19 equipes envolvendo 113 alunos, 27 professores e cinco técnicos.

DIVULGAÇÃO

Operação Amazônia Ocidental 2007 - Município de Atalaia do Norte - Amazonas

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80 Projeto Rondon

DIVULGAÇÃO

Operação Amazônia Oriental 2007 - Município de Abel Figueiredo - Amazonas

DIVULGAÇÃO

Operação Amazônia Ocidental 2007 - Município de Atalaia do Norte - Amazonas

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81Projeto Rondon

DIVULGAÇÃO

Operação Amazônia Oriental 2007 - Bom Jesus do Tocantins - Pará

DIVULGAÇÃO

Operação Grão Pará 2008 - Município de Limoeiro do Ajuru - Pará

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82 Projeto Rondon

ALEX MATOS

Equipe da Operação Nordeste-Sul 2009 - Município de Mari - Paraíba

DIVULGAÇÃO

Operação Rio Grande do Sul 2008 - Arroio do Padre

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83Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP

Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP

Missão

É um programa de extensão universitária, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comuni tários - PREAC, criado pela Resolução GR 086 em 29 de agosto de 2001, com a missão de contribuir para o desenvolvimento da Economia Solidária, a partir da formação de grupos autogestionário e/ou cooperativas populares. A ITCP UNICAMP faz parte da Rede Universitária de ITCPs, junto com outras 33 incubadoras universitárias brasileiras.

A ITCP UNICAMP foi formada a partir da necessidade de acompanhamento técnico e educacional de grupos de trabalhadores que fariam parte de um Programa de Geração de Trabalho e Renda da Prefeitura Municipal de Campinas, somada à iniciativa de um grupo de alunos e professores que tinham como objetivo fortalecer o elo entre pesquisa e ensino por meio de um projeto de extensão.

Projeto: CONVÊNIO UNICAMP/FINEP - Formacão/Incubação de Cooperativas Populares de GRUPOS/PRONINC 2005 e 2006

Em setembro de 2004 a ITCP/UNICAMP assinou um convênio com a SENAES, FINEP e Fundação Banco do Brasil, o Proninc, cuja meta era formar 8 grupos de cooperativas po-pulares nas seguintes áreas de trabalho: juventude em situação de risco, agricultura familiar e rede de resíduos sólidos. Participaram 18 alunos como monitores.

CONVÊNIO UNICAMP Nº - 4348-1PROCESSO UNICAMP: 17228/2004PERÍODO: SETEMBRO DE 2004 a DEZEMBRO DE 2006FINANCIADOR: FINEPVALOR DO CONVÊNIO: R$ 322.240,00

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84 Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP

Cooperativas grupos e associações acompanhadas

COOPERATIVA ATIVIDADE COOPERADOS

Cooperativa Tatuape Reciclagem Resíduos Sólidos 21

Cooperativa Copermimo Costura 7

Cooperativa Bonsucesso Reciclagem Resíduos Sólidos 20

Grupo Da Vila São João Hortas Comunitárias 20

Associação das Cooperativas e Grupos Associativos de Coleta e Manuseio de Materiais Recicláveis de Campinas -

(Acoop)

Associação de Cooperativas (são 15 cooperativas)

280

Grupo Arte Jovem Artesanato- velas sabonetes, caixas 25

Grupo Estandarte Customização (bordados) 15

Grupo De Mulheres - Coopermandi (Hortolandia)

Produção de derivados da mandioca (doces, salgados e massas)

17

Grupo Do Assentamento do Horto do Vergel - Coopervel (Mogi Mirim)

Produção e comercialização de mandioca, banana, maracujá e outros. Projeto de

Cozinha.

13 famílias

Grupo De Mulheres da Escola do Jd.Santiago - Coopam - (Hortolândia)

Produção de doces 11

Convênio UNICAMP/Finep - RTS - Rede de Tecnologia Social Visando A Incubação De Empreendimentos Solidários.

Em janeiro de 2006, a ITCP/UNICAMP assinou um convênio com a FINEP, a Caixa Eco-nômica Federal, o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério da Ciência e Tecnologia, o projeto da Rede de Tecnologia Social, cujas metas eram: formação e incubação de dois grupos autogestionários junto a grupos de portadores de HIV e/ou mu-lheres vulneráveis a DST/AIDS (em parceria com o Centro de Referência em DST/AIDS-Cam-pinas); e formação e incubação de uma incubadora tecnológica de cooperativas populares (em parceria com o IDESC - Instituto para o Desenvolvimento Sustentável do Vale do Ribeira, uma organização não governamental).Trabalharam ao longo do projeto 16 alunos.

CONVÊNIO UNICAMP Nº - 4770-1PROCESSO UNICAMP: 25192/2005PERÍODO: JANEIRO DE 2006 a SETEMBRO DE 2007FINANCIADOR: FINEPVALOR DO CONVÊNIO: R$ 141.800,00

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85Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP

Associações acompanhadas

NOME ATIVIDADE COOPERADOS

Rede Nacional de Portadores de HIV Positivo Corte e Costura 30

������%&�����������������=�> ���������������> 20

IDESC - Instituto para o Desenvolvimento Sustentável e Cidadania do Vale do Ribeira

ONG localizada em Registro (SP) 25

Convênio UNICAMP/CNPQ - Melhorando a Qualidade de Vida de Futuros Cooperados (Aquisição de Infra-Estrutura de Cooperativas de Triagem de Resíduos Sólidos)

No mês de janeiro de 2006 a ITCP/UNICAMP assinou um convênio com CNPq visando 1) adquirir equipamentos de infra-estrutura para as cooperativas de reciclagem de resíduos sólidos acompanhadas pela ITCP e 2) pesquisar com foco na Organização Produtiva das cooperativas de triagem de resíduos sólidos recicláveis pela ótica da tecnologia social .Parti-ciparam do projeto 3 alunos.

CONVÊNIO Nº - 554372/2005-3PROCESSO UNICAMP: 27877/2005PERÍODO: MAIO DE 2006 a SETEMBRO DE 2007FINANCIADOR: CNPqVALOR DO CONVÊNIO: R$ 131.188,02

Cooperativas acompanhadas

COOPERATIVA ATIVIDADE COOPERADOS

Cooperativa Barão Reciclagem Resíduos Sólidos 23

Cooperativa Bonsucesso Reciclagem Resíduos Sólidos 10

Convênio UNICAMP/FINEP/MCT/SENAES - UNICAMP COOPERA - Universidade Sociedade e Economia Solidária/PRONINC

A ITCP participou da chamada pública do PRONINC 2007, modalidade B. Em dezembro de 2007 seu projeto foi aprovado com maior nota entre os projetos enviados pelas Incuba-doras Universitárias. O projeto prevê: 1) Incubação de uma cooperativa de customização de roupas e uma rede de empreendimentos de base artesanal; 2) Incubação de duas coope-rativas de triagem de resíduos sólidos e de uma associação de cooperativas de triagem de resíduos sólidos; 3) Incubação de duas cooperativas de agricultura e alimentação; 4) Realiza-ção de dois cursos de formação em autogestão e Economia Solidária; 5) Realização de dois encontros de cooperativas populares de Campinas. Participaram do projeto 20 alunos;

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86 Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP

CONVÊNIO UNICAMP Nº - 5563-1PROCESSO UNICAMP: 27039/2007PERÍODO: ABRIL DE 2008 a MARÇO DE 2009FINANCIADOR: FINEPVALOR DO CONVÊNIO: R$ 299.315,00

Convênio UNICAMP/PREAC/MEC/PROEXT2007 - Metodologias de Incubação de Grupos Autogestionários e de Sistemas Integrados de Produção em Alimentos

A incubadora teve este edital aprovado, juntamente com outros projetos de extensão da UNICAMP, para início em janeiro de 2008. Por meio deste projeto a incubadora prentende viabilizar uma proposta antiga: a publicação de uma revista acadêmica para divulgar os co-nhecimentos construídos durante a sua atividade de incubação, bem como a publicação de um caderno de metodologias de incubação. Os recursos deste projeto estão integralmente alocadas para a produção gráfica dos materiais, não prevendo a contratação de bolsistas. O projeto envolve também a publicação de materiais sobre sistemas integrados de produção de alimentos (Prof.. Enrique Ortega da FEA). Há 8 alunos participando das atividades.

CONVÊNIO UNICAMP Nº - 5636-0PROCESSO UNICAMP: 27094/2007PERÍODO: ABRIL DE 2008 a DEZEMBRO DE 2008FINANCIADOR: MECVALOR DO CONVÊNIO: R$ 34.800,00

Outras Atividades Realizadas

Participação de reuniões do movimento de Economia Solidária nas esferas munici-pal (Conselho Executivo do Fórum Municipal de Economia Solidária - Comex, e da organização da Feira Regional de Economia Solidária), estadual (Fórum Paulista de Economia Solidária) e federal (Rede Nacional de ITCP’s);Aproximação da incubadora dos demais espaços da UNICAMP e de outras universi-dades através da realização de fóruns de debate (Fórum Permanente de Economia Solidária em junho) e de palestras em outras universidades;Acompanhamento de reuniões, encontros, palestras, cursos etc. realizados pelos ór-gãos públicos que sejam de interesse da Economia Solidária (Oficina de Trabalho sobre Implementação de Centros Públicos de Economia Solidária no estado de SP - abril/2006; reuniões com integrantes das prefeituras de Hortolândia, Campinas, Vinhedo, Amparo);Organização do Encontro Nacional da Rede de ITCP’s (UNICAMP, 7-10 de setembro 2006)

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87Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP

Organização do Encontro de Cooperativas de Campinas - limites e perspecti-vas. Organizado pela ITCP UNICAMP e realizado no dia 23 de setembro de 2006. Teve como objetivos proporcionar um espaço para que as cooperativas populares se conhecessem e estabelecessem parcerias e debater os problemas comuns das coope-rativas e fortalecer o movimento de Economia Solidária de Campinas e região. Participação de Encontros e Congressos de Economia Solidária como representantes da ITPC UNICAMP.Curso de Extensão para Formadores em Economia Solidária.. Organização de Palestra - “Metodologia de Pesquisa-Ação”. Professor convida-do: Michel Jean-Marie Thiollent (UFRJ).ITCP - Arte-educação, comunicação popular e extensão universitária.Apresentação do Projeto ITCP UNICAMP no Congresso dos Estudantes da UNI-CAMP (Setembro De 2006). Apresentação do Projeto ITCP UNICAMP no Fórum de Integração e (Com) Ci-ência: Moradia, UNICAMP e Comunidade.Disciplina de Graduação em Economia Solidária. Foi oferecida no segundo se-mestre de 2006 como disciplina optativa do Curso de Graduação em Ciências Econô-micas da UNICAMP, uma disciplina com carga-horária total de 60 horas que abordou o tema de Economia Solidária. O responsável pela disciplina foi o Prof. Dr. Miguel Juan Bacic.Em abril de 2007, a ITCP-UNICAMP apoiou a escrita de três projetos para o Fundo de Recursos para Mulheres Angela Borba, destinado a promover ações e iniciativas que visem transformar a vida das mulheres.

Produção Acadêmica

Além das atividades realizadas dentro da estrutura da ITCP UNICAMP, os monitores de-senvolvem em seus cursos de graduação e pós graduação pesquisas que se relacionam com as temáticas ligadas ao trabalho extencionista na incubadora.

A partir da realidade social enfrentada pelos monitores da ITCP, foram produzidas as seguintes dissertações de mestrado, teses de doutorado e monografia de graduação entre 2005 e 2009.

1. Dissertação de Mestrado - A Territorialidade da Posse: Um estudo sobre os acampamentos do MST em Iaras - Mônica Hashimoto Iha - Orientadora: Regina Célia Bega dos Santos - Defen-dida em 18/08/2005 - Instituto de Geociências da UNICAMP.

2. Dissertação de Mestrado: “Adequação sócio técnica em empreendimentos auto gestionários surgido de empresas falidas” - Alessandra Bandeira A Azevedo - fonte financiadora FAPESP - Instituto de Geociências/UNICAMP.

3. Dissertação de Mestrado: “Engenharia, Educação e Economia Solidária” - Lais Silveira Fraga - Orientador: Prof. Dr. Renato Peixoto Dagnino - fonte financiadora - CNPq/CAPES - Instituto de Geociências/UNICAMP. Em andamento.

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88 Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP

4. Tese de Doutorado - “Autogestão e Competitividade. Um estudo comparativo de empresas brasileiras e espanholas (País Basco)” - Alessandra Bandeira A Azevedo - Orientadora Profa. Dra. Leda Gitahy - Instituto de Geociências da UNICAMP.

5. Monografia de Conclusão de curso: “Relações de Trabalho na Economia Solidária” - Ana Carolina Morita Forastieri da Silva - Instituto de Economia/UNICAMP. Orientador - Prof. Dr. José Dari Krein - 2005

6. Dissertação de Mestrado. PEREIRA, Maria Cecília Camargo, Experiências Autoges-tionárias no Brasil e na Argentina, Campinas, FE-UNICAMP, dissertação de mes-trado, fev/2007.

7. Monografia de graduação. CALIXTRE, André Bojikian, A Solidariedade Autoges-tionária - Reflexões sobre Economia Política e o Planejamento Econômico de Cooperativas e Empreendimentos Solidários, Campinas, IE-UNICAMP, monogra-fia de graduação, dez/2006 (orientador: Prof. Miguel Juan Bacic) - apresentado para concorrer ao Prêmio COFECON

Participação em congressos

No período 2005 a 2009 os alunos participaram ativamente em congressos e seminários rela-cionados com Economia Solidaria apresentando trabalhos, oralmente ou por meio de pôsteres.

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89Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

Histórico

O Programa Comunidades Quilombolas (PCQ) iniciou seu processo de implantação em ja-neiro de 2004. Ao final desse ano, o PCQ contava com 6 vagas para bolsistas do SAE, uma sala na FEA para trabalho do grupo de apoio e guarda de materiais, um alojamento instalado em residência do quilombo André Lopes (com autorização da comunidade) com o aluguel assumido pelos participantes dos projetos e ações. O ano encerrou-se com dois projetos executados pela UNICAMP (recursos FAE/PREAC), um em andamento executado por parceiro, dois submetidos a editais de concurso, um apresentado para secretaria estadual, além de assessoria técnica em andamento para o ITESP - Instituto de Terras do Estado de São Paulo.

No início de 2005 o Programa se instalou no prédio da Coordenadoria de Assuntos Comunitários da PREAC, passando a contar com o apoio administrativo e de infraestrutura disponibilizado por essa Pró-Reitoria a todos os projetos comunitários da UNICAMP. Ao lon-go desse ano foram executados sete projetos e seis ações pelo PCQ, para cinco quilombos.

A partir de 2006, o PCQ passou a contar com a totalidade do AIU destinado à PREAC em função dos projetos executados pela UNICAMP no âmbito do Programa, o que permitiu fazer frente a algumas despesas operacionais, em adição à contribuição de voluntários e aos financiamentos de projetos específicos. Ao longo desse ano, o PCQ realizou oficinas parti-cipativas com as comunidades para elaboração de 7 projetos, tendo sido elaborados e sub-metidos para patrocínio externo cinco projetos, dos quais um aprovado para ser executado pela Associação do Quilombo André Lopes. Foram realizados três projetos, exclusivamente com recursos do Programa e de voluntários. Outras ações de apoio às comunidades quilom-bolas também foram realizadas, em especial articulações para instalação de telecentros e internet via satélite. Nesse ano, a comunidade quilombola do Bairro Poça tornou-se parceira do Programa, ampliando o conjunto para sete comunidades.

De maio de 2007 a abril de 2008, o PCQ realizou diversas ações e projetos, além de pas-sar por significativas mudanças em seu modelo de gestão. Na área Informática, o Programa identificou junto às associações as demandas de infraestrutura e capacitação, elaborando projeto submetido ao Edital 02 da PREAC. Na Área Sistemas de Produção, o PCQ finalizou projeto de incubação de fábrica comunitária da comunidade de Sapatu, do qual participou também a comunidade Nhunguara. Três projetos foram elaborados (comunidades de Sa-patu, Nhunguara e Poça) e submetidos ao Edital Petrobrás Desenvolvimento e Cidadania, tendo sido aprovado o projeto de Nhunguara, visando a implantação de fábrica comunitária para produção de derivados de banana e capacitação em gestão, com responsabilidade téc-nica de docente da UNICAMP. No período, foram desenvolvidas atividades de planejamento participativo de fabrica comunitária em Nhunguara, com patrocínio pela PREAC (EDITAL 01). Na área Cultura foi finalizado o projeto Quilombos na UNICAMP (patrocínio MEC) e iniciado o projeto Fortalecimento da Cultura Quilombola (Edital 01 PREAC) com oficinas de foto e vídeo digital, cinema e banco de memória. Foram retomadas as articulações com o Ministério da Cultura (MinC) para a implantação do Ponto de Cultura UNICAMP Qui-lombola, com início da fase de ajustes no Plano de Trabalho e Aplicação (PTA). Finalizando o período, foi elaborado junto às comunidades o projeto Mídias e Expressões da Cultura Quilombola, submetido ao Edital 02 da PREAC. Na Área Educação, foi iniciado o curso

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90 Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

pré-universitário para jovens quilombolas.e submetido ao Edital ProExt-MEC o projeto Qui-lombos e Ensino Universitário: significados, ingresso e permanência. Ainda nessa área, foi ministrada oficina preparatória para concurso público. Na Área Turismo, foi feita parceria com a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da UNICAMP, para diagnóstico turístico dessas comunidades.

No período do presente relatório, maio de 2008 a abril de 2009, o PCQ aprofundou sua participação junto às comunidades, desenvolvendo os projetos já iniciados e iniciando ou-tros novos, além de promover diversas ações estratégicas e aprimorar o modelo de gestão.

Ações estratégicas do Programa

Implantação - A segunda fase de implantação do programa iniciou-se em 2005, sendo que no período de março 2005 a fevereiro de 2006 foi submetido ao FAEPEx proje-to de organização institucional, o qual teve aporte de R$ 2.892,00. As seguintes metas foram atingidas:

Organização da Secretaria do Programa: a partir de dezembro/2005 o Programa passou a contar com 20h semanais de funcionário da PREAC (Sr. Antonio Alves Neto).Instalação de base em campo para apoio aos projetos: Foram instalados no alojamento 1 computador e 1 impressora do Programa. O proprietário do imóvel providenciou algumas adequações necessárias. Em janeiro e fevereiro de 2006 o alojamento foi utilizado para a configuração de 6 computadores do Programa que foram instalados no Quilombo André Lopes para o desenvolvimento de Oficina de Informática, no contexto do projeto Ponto de Cultura de André Lopes, do qual a UNICAMP participa através do Programa.Organização dos serviços internos especializados: As demandas aos setores da UNICAMP foram feitas no contexto de projetos específicos, aos quais contribuíram a TV UNICAMP e ASCOM. No caso do setor de Transportes, o Programa contou com auxílio da PREAC até o mês de agosto de 2005, tendo sido o mesmo suspenso para este tipo de despesa devido às sérias restrições orçamentárias.Comunicação interna: Foi realizada divulgação do Programa, com envolvimento de professores, alunos e funcionários.Capacitação de alunos para atuação no Programa e nos projetos: No período o PCQ contou com a participação de 8 bolsistas do SAE, em suas 6 vagas. Também participaram 9 alunos nos dois semestres de oferecimento das turmas E das discipli-nas AM Trabalhos Comunitários (AM-018 a 028).Implantação de sítio na Internet: em www.PREAC.UNICAMP.br/quilombolasArticulação com Comunidades: Foram realizados encontros mensais com os pre-sidentes de 4 Associações de Quilombos participantes do Programa, sendo que no período mais uma Associação (Nhunguara) iniciou seus trabalhos coma UNICAMP. Além dos encontros, reuniões específicas foram realizadas, nas quais foram estabele-cidos projetos de interesse dos quilombos e, em decorrência, oficinas de elaboração de projetos s foram realizadas. Estas ações e projetos são descritos posteriormente.

Rodada de Presidentes - Foram realizadas reuniões com cada uma das coordenadorias das associações das comunidades parceiras ao longo de todo o período, com freqüência variável de

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91Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

acordo com as demandas e necessidades das ações e projetos. Membros do Grupo Estratégico do PCQ se revezaram nesta tarefa, de maneira a manter as associações sempre atualizadas das oportunidades de patrocínios e do andamento dos projetos, além de decidir pelos encaminha-mentos. Em dezembro de 2008, por ocasião da avaliação participativa feita na Apresentação Pública nos Quilombos, foi decidido pela alteração da dinâmica desta ação, no sentido de eli-minar os desencontros, diminuir a freqüência de encontros rápidos e ampliar a participação das diretorias das associações. Em março de 2009, por ocasião do Encontro de Associações, a partir de proposta do PCQ foi decidida nova dinâmica, contemplando encontros antecipadamente agendados com as diretorias ou com as assembléias das associações, com pauta previamente construída pelos parceiros, incluindo proposições, de maneira a ser discutida no âmbito das as-sociações antes dos encontros. A decisão completa foi:

um encontro a cada 2 meses, com 1 a 2 horas de duraçãopreviamente agendado ou com calendário fixo, de acordo com cada comunidade.pauta previamente definida pelo PCQ e Diretoria (cada um define os pontos que precisa discutir e envia para o outro)com no mínimo o presidente e mais 2 diretores (coordenadores) e os agentes colabo-radores do PCQ que atuam no bairro, podendo ser feita participação na assembléia, para assuntos que precisem ser encaminhados dessa maneira.com ata e registro das decisões impressa e entregue no dia

Em função desta mudança, a ação passou a ser denominada Encontro com Coordenadores.

Encontro de Associações - Foram realizados dois a três encontros anuais com todos os presidentes e demais diretores das associações das comunidades parceiras. Nestes encon-tros foram tomadas decisões conjuntas sobre projetos e, especialmente, sobre a forma de atuação do Programa e das Associações. Em especial, nos encontros de julho, setembro e novembro de 2008 foram definidos quais projetos e quais ações seriam desenvolvidas ao longo de 2008 e 2009, assim como apontadas as diretrizes para a confirmação da participa-ção das distintas associações e comunidades. A Tabela 1 mostra os projetos em desenvol-vimento em dezembro de 2008.

Título Sub-ProjetoAquecedor solar de baixo custo para água

Assistência Técnica Cozinha Comunitária Nhun-guara

Bibliotecas Comunitárias Infraestrutura

Bibliotecas Comunitárias Leitura e uso de biblioteca

Bibliotecas Comunitárias Gestão de Biblioteca Comunitária

Capacitação para extensão Comunitária

Capacitação para Gestão de Projetos de Desen-volvimento Comunitário

Curso Pré-Universitário Desenvolvimento do curso e orientação para vestibular

Curso Pré-Universitário Comitê Gestor Local: apoio, capacitação, parcerias

Diagnóstico Turístico (ITCP)

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92 Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

Título Sub-ProjetoEducação Quilombola Elaboração de Projeto Político Padagógico

Elaboração de Projetos Culturais com submissão a patrocinadores

Encontro de Educação Quilombola

Encontros Gerais de Planejamento e Avaliação

Exposição de Fotos

Fortalecimento da Cultura Quilombola !���������? ����@�����X� ��

Fortalecimento da Cultura Quilombola Implantação do Banco de Memória

Fortalecimento da Cultura Quilombola Cine Quilombola

Grupo de Mulheres para Produção Artesanal de Banana Fritas

Grupo de Teatro

Grupos de Capoeira Construção de grupo e formação ce capoeiristas

Grupos de Capoeira Elaboração de projeto para patrocínios e parcerias

Inclusão Digital Comunicação

Inclusão Digital Gestão de Telecentro

Inclusão Digital Capacitação em Informática

Livro Infantil ���� ������� �X�Y��

Livro Infantil Publicação

Mídias e Expressões da Cultura Quilombola ������? X����

Mídias e Expressões da Cultura Quilombola Construção Instrumentos de Percussão

Mídias e Expressões da Cultura Quilombola Produção Vídeo

Petrobrás Nhunguara

Planejamento Participativo de Fábrica Comuni-tária Nhunguara

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Equipes e Coordenação de Projeto

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Espaço PC - Implantação Física

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Espaço PC - Grupo Gestor: constituição, capacitação, gestão

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Espaço PC - Gerenciamento

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Capacitação em Elaboração e Gestão de Projetos Culturais

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Aula Aberta de Capoeira

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Construção de Mocambo

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Eventos Culturais

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Capacitação em Circo, Teatro, Representações Teatrais, Instru-mentos de Percussão

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Capacitação em produção multimídia

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Capacitação em Cine-Clube, Rádio e TV

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Capacitação em Tecnologias Digitais I

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola Capacitação em Tecnologias Digitais II

Produção Experimental de Documentário em Vídeo

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Socialização e Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes

Visitação Sócio Educativa

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93Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

Em dezembro de 2008, por ocasião da avaliação participativa feita na Apresentação Pública nos Quilombos, foi decidido pela alteração da dinâmica desta ação, no sentido de diminuir as dúvidas e indecisões, dar mais efetividade quanto às decisões e ampliar a participação das diretorias das associações. Em março de 2009, por ocasião do Encontro de Associações, a partir de proposta do PCQ foi decidida nova dinâmica, contemplando:

um encontro com todas as associações por semestre de dia inteiro de duração agendado (com calendário) pauta previamente definida pelo PCQ e Diretoria (cada um define os pontos que precisa discutir e envia para o outro)com todos diretores (coordenadores) e os agentes colaboradores do PCQ que atuam nos bairroscom ata e registro das decisões

Em função desta mudança, a ação passou a ser denominada Encontro Geral com Asso-ciações e o encontro do primeiro semestre de 2009 ficou agendado para o dia 25 de abril, das 9 às 17h.

Encontros de Planejamento do Programa - Realizados em periodicidade no mínimo semestral. Nesses encontros são avaliadas as atividades, estabelecidas as metas para o ano, com re-definição das funções e atribuições dos membros gestores do Programa, além de serem estabelecidos novos procedimentos para a gestão do PCQ. Como ferramenta de ava-liação e planejamento, foi realizada a Análise SWOT em 2006 e 2008. A Tabela 2 apresenta o resumo dos resultados desta análise referente ao ano 2008.

Tabela 2 - Principais resultados da Análise SWOT realizada pelo PCQ em março 2009

PCQ - Análise SWOT - Março 2009 - Aspectos Prioritários

FORTALEZAS OPORTUNIDADES

Administração participativa Diálogo existente com outras unidades/entidades

Formação para novos integrantes Recursos disponíveis para serem captados

Acolhimento e orientação pelo mais experientes Fontes de recursos públicos para comu-nidades emergentes

Método de trabalho respeitoso com as comunidades quilombolas Interesse de outras entidades nos con-hecimentos desenvolvidos no Programa

Atuação com protagonismo dos quilombolas Políticas públicas

Estrutura para viagens (carro, alojamento, regras explícitas) Projetos patrocinados por empresas

O saber construído nos trabalhos Inexistência de outros locais para dor-mação permanente

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94 Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

FRAQUEZAS AMEAÇAS

\���������������� ��#��%&������ �������� Atitudes e posturas reativas das comu-nidades quilombolas

Ações inacabadas Mudança de governo

Não institucionalização do Programa Mudança de Reitoria

\����������������������&�����X����]���������#�����������Ausência de política para a participação de técnico-administrativos em Extensão universitária

Pouca clareza nos processos e procedimentos internos Descontinuidade das políticas públicas

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Sobrecarga de trabalho para alguns participantes

Rotatividade de pessoas

Apresentação Pública Anual - Realizada em 2005, 2007 e 2008, contou com a participa-ção dos presidentes e lideranças de 6 comunidades parceiras. Nos eventos foram apresentados os trabalhos em andamento e discutidos encaminhamentos, além da avaliação quanto à forma de atuação do PCQ. Alguns dos assistentes envolveram-se com o Programa.

Encontro de Avaliação e Planejamento do Grupo de Gestores do PCQ em 30 de março de 2009.

DIVULGAÇÃO

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95Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

Apresentação Anual do PCQ - Abril de 2008 - Abertura do Evento.

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Apresentação Anual do PCQ - Abril de 2008 - Exposição de Fotos

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96 Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

Apresentação Anual do PCQ - Abril de 2008 - Capoeiragem

Apresentação Anual do PCQ do Prof. Celso Lopes

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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97Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

Apresentação Pública nos Quilombos - Realizada pela primeira vez em dezembro de 2008, com a participação de diretores e moradores de cinco associações. Foram apresenta-dos todos os projetos em andamento e feita a avaliação dos mesmos, assim como da forma de atuação do PCQ e das diretorias das associações. Três principais diretrizes foram tiradas desse encontro: (1) maior divulgação aos moradores em geral; (2) maior efetividade nos encontros com as diretorias das associações; (3) melhor organização e articulação local. O evento foi patrocinado pelo FAEPEx (R$2.000,00 de R$3.800,00 solicitado) e por contribui-ções de voluntários.

Exposição Itinerante de Fotos - Com patrocínio do FAEPEx (R$ 1.890,00) esta ação iniciou-se em julho de 2008 com prazo de 12 meses, tendo sido realizadas exposições em unidades da UNICAMP (RU, PB, IMECC, DGA, FE, BC, Casa do Lago) e nas comunidades (André Lopes, Galvão, Nhunguara, São Pedro, Sapatu). A partir de abril, outras unidades da UNICAMP receberão a exposição, além dos campi em Limeira e Piracicaba.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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98 Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

Representação junto ao Comitê Campinas contra as Barragens no Rio Ribeira - O PCQ, através de um representante, integra esse comitê criado em 2007 por ocasião dos seminários quilombolas realizados na UNICAMP. No período deste relatório, o Comitê par-ticipou da organização e da realização de vários atos contra a construção de barragens no Rio Ribeira, junto a diversas entidades da sociedade civil, Outro papel desempenhado pelo PCQ foi a articulação com pesquisador da UNICAMP, para emissão de um relatório científico sobre os danos causados pelas barragens na Bacia do Rio Ribeira.

Capacitação dos Recursos Humanos - No período coberto por este relatório, o PCQ contou anualmente com 6 a 8 vagas para bolsistas SAE. Além destes bolsistas, participaram como gestores do Programa servidores técnico-administrativos (2 da PREAC) e docente (um da FEA), todos estes em tempo parcial de 20 horas semanais, além dos voluntários: estu-dantes de graduação e pós-graduação, servidores técnico-administrativos e colaboradores externos. No total, incluindo os projetos e as ações participaram 8 docentes, 7 técnico admi-nistrativos, 45 estudantes de graduação, 3 estudantes de pós-graduação, 2 colaboradores externos. Para assegurar o quadro necessário à gestão do Programa e ao desenvolvimento dos projetos e ações, foram feitas divulgações através da Apresentação Anual, da Exposição de Fotos, de visitas a unidades, de distribuição de folhetos e folder nos restaurantes univer-sitários. Também foi iniciada articulação com a PRDU e DGRH, no sentido de ser implemen-tada uma política para que servidores técnico-administrativos possam dispor de parte de sua jornada semanal ou mensal para atividades de extensão comunitária, ainda sem resultados concretos. A partir de 2007, foi implantada a ação Formação Inicial destinada a todos os interessados em participar do PCQ e pré-requisito para a participação.

Alojamento - Desde o início da atuação do PCQ junto às comunidades quilombolas, foi decidida a instalação de um alojamento local. Em 2004 o alojamento estava instalado em Ivaporunduva. Em 2005 muou-se para André Lopes. A partir de abril de 2009 estará em Sa-patu. Ressalta-se que todas as despesas com o alojamento são custeadas pelos participantes do PCQ, tanto gestores como integrantes dos projetos.

Gestão - O Sistema de Gestão do PCQ foi aprimorado neste período. Foram testados três modelos distintos, sempre em direção a um sistema participativo e democrático, envolvendo todos os gestores do Programa e os colaboradores em projetos e ações. Em dezembro de 2008, foi iniciado o processo para renovação do Grupo Estratégico, finalizado em março de 2009, quando também foi implementado o Grupo Gerencial e a função Secretaria, esta com a participação dos gestores do Programa em regime de escala.

Obtenção de Patrocínio para o Programa - Os recursos para desenvolvimento dos projetos e ações foram obtidos através da participação em editais e chamadas públicas e também através da submissão de propostas de baixos montantes ao FAEPEx/UNICAMP. A grande dificuldade do Programa é a obtenção de recursos para as atividades de elaboração de projetos e de articulação comunitária. Por causa disto, nos meses de julho e agosto de 2008, a partir do planejamento feito no encontro de associações parceiras em julho, foi elaborada proposta para patrocínio no âmbito do Edital 01 da Secretaria Especial para Pro-moção de Políticas de Igualdade Racial (SEPPIR) da Presidência da República. A proposta foi submetida em setembro, aprovada em outubro, inserida no sistema de convênios (SICONV) em novembro e o conveniamento feito em dezembro. O valor total é de R$ 124.961,00 com prazo de 12 meses de execução. Este convênio UNICAMP-SEPPIR atende quase que inteiramente todas as ações e projetos planejados para 2009, sendo que várias das ações

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99Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

que serão realizadas compreendem a elaboração de propostas específicas de patrocínio, a serem submetidas ao longo do ano. As metas definidas no convênio são:

1. Apoio a quatro telecentros comunitários, com implantação de comunicação VoIP2. Realização de uma oficina para construção e uso de aquecedor solar de baixo custo para

água, com a instalação de um equipamento na escola estadual das comunidades e assis-tência técnica para a instalação de um equipamento em até três comunidades.

3. Elaboração de projeto para implantação da infra-estrutura e ampliação do acervo de até sete bibliotecas comunitárias, com submissão do mesmo a patrocinadores.

4. Elaboração de projeto para melhoria da infra-estrutura e da gestão de até cinco te-lecentros comunitários, com submissão do mesmo a patrocinadores.

5. Elaboração e execução de uma oficina para gestão de projetos de desenvolvimento comunitário.

6. Implantação de um Grupo de Produção Artesanal de derivados de banana constitu-ído por mulheres da Comunidade de Remanescentes de Quilombo do Bairro Nhun-guara, incluindo construção coletiva de um sistema de gestão e colocação do produ-to no mercado, com o atendimento das exigências técnicas e legais.

7. Planejamento, elaboração e execução de até seis projetos, com ações e atividades para incentivo à leitura e ao uso de bibliotecas.

8. Planejamento, elaboração e execução de até três projetos, com ações e atividades socialização e desenvolvimento da criatividade de crianças.

9. Planejamento, elaboração e execução de uma oficina de capacitação para gestão de biblioteca comunitária, com apoio técnico para efetivação da gestão de cinco bibliotecas comunitárias.

10. Planejamento, elaboração e execução de um projeto de grupo de teatro.11. Planejamento, elaboração e execução de uma oficina para produção experimental,

por grupo de moradores, de um livro de fotografias sobre história, hábitos e tradi-ções das comunidades quilombolas.

12. Planejamento, elaboração e execução de uma oficina para produção experimental, por grupo de moradores, de um vídeo-documentário sobre história, hábitos e tradi-ções das comunidades quilombolas.

13. Realização de dois encontros com comunidades quilombolas da região, sendo um para elaboração de Plano de Ação e um para Avaliação.

14. Apoio à constituição de dois grupos de capoeira com realização de atividades de formação e aperfeiçoamento de capoeiristas

15. Capacitação pelo menos quinze membros da comunidade universitária, entre estu-dantes (graduação e pós-graduação), docentes e servidores técnico-administrativos para atuarem em equipes e em coordenação de ações e projetos de extensão comu-nitária junto às comunidades quilombolas.

16. Elaboração e execução de uma oficina para elaboração de projetos culturais e cap-tação de recursos através de patrocínios e leis de incentivo, com elaboração de dois projetos para produção de um vídeo-documentário e de um livro de fotografias so-bre história, hábitos e tradições das comunidades quilombolas, a serem submetidos ao Ministério da Cultura e à Secretaria Estadual de Cultura.

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100 Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

17. Planejamento, estudo e construção participativa de um projeto político-pedagógico para educação etnicamente diferenciada com aplicação junto à escola rural de atendimento exclusivo a comunidades quilombolas (Escola Chules Princesa - Bairro André Lopes).

18. Realização de dez oficinas de capacitação em informática, compreendendo desde o letramento digital até o uso de aplicativos para internet e para edição de textos e imagens, para adolescentes, jovens e adultos.

Projetos e Ações na Área Informática

Oficina de Informática em André Lopes (Letramento Digital)

Projeto de capacitação, executado pela UNICAMP em janeiro e fevereiro de 2006, com financiamento pelo AIU/PREAC, doações e voluntários (R$ 4.000,00).

Instalação de Pontos Digitais para cinco quilombos através do GESAC/MC

Articulações com cinco quilombos, Banco do Brasil e Ministério das Comunicações para patrocínio. Ação iniciada em abril de 2006. No segundo semestre desse ano foram aprova-das antenas (GESAC) e computadores (Banco do Brasil) para 5 quilombos.

A partir de março de 2007 a ação do PCQ, junto ao Banco do Brasil e Ministério das Comu-nicações (GESAC) para implantação de pontos digitais nas comunidades parceiras, teve conflu-ência com o projeto Rede Mocambos da Casa de Cultura Tainá. O Instituto Socioambiental (ISA), outra entidade com atuação na região, também iniciou uma ação de inclusão digital. Assim, a partir de uma articulação entre as entidades parceiras das comunidades quilombolas, o PCQ realizou levantamentos junto às comunidades quanto à necessidade de oficinas de informática

Encontro com Associações e seus parceiros sobre informática - Junho 2008.

DIVULGAÇÃO

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101Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

e assistência técnica aos Telecentros. A partir disto, em abril e maio foram elaboradas plantas de lay-out, especificações, lista de materiais e cotações para adequar prédios para instalação dos telecentros de André Lopes, Galvão, Nhunguara e Sapatu, para que suas associações pudessem obter os recursos necessários junto aos seus demais parceiros.

Em agosto o PCQ fez gestão junto às associações para a definição das atividades na área de informática, o que resultou na elaboração de um projeto de ponto de presença digital em Galvão e seu encaminhamento para o GESAC/MC já no mês de outubro.

Em dezembro de 2007 e janeiro de 2008 foi dada assistência técnica às associações das comunidades (instalação de computadores, montagem de rede, instalação de softwares) e capacitação (monitores, operadores de telecentros, oficina de letramento digital) em Poça, Pilões, Galvão, Sapatu, São Pedro.

Em fevereiro de 2008 foi elaborado projeto para letramento digital e assistência técnica aos telecentros, submetido à PREAC em março.

Inclusão Digital em Quilombos do Médio Vale do Ribeira

Aprovado em maio de 2008, no âmbito do Edital 02 da PREAC. Seu objetivo é dar assistência técnica aos telecentros comunitários e capacitar moradores para a gestão dos mesmos, além de realizar oficinas de letramento digital e de uso de aplicativos, a partir de planejamentos específicos realizados pelas associações.

Em 6 de Junho de 2008 o PCQ organizou um encontro sobre informática com as asso-ciações e seus parceiros nesse tema (Banco do Brasil, Casa de Cultura Tainá, Instituto Socio-ambiental e ITESP). Foram estabelecidas diretrizes para as atividades dos parceiros e para a integração dos mesmos.

As atividades do projeto se iniciaram em julho, com o estabelecimento das diretrizes em encontro dos presidentes das associações. Em setembro foi realizada oficina de letramento digital para quatro jovens do bairro Nhunguara, escolhidas para serem as responsáveis pelo telecentro comunitário. No telecentro do bairro São Pedro, foi dada assistência técnica para instalação da comunicação VoIP.

Devido à precariedade das atuais instalações dos telecentros, as capacitações foram pre-judicadas e, em janeiro de 2009, foi realizado levantamento da demanda em infraestrutura, com planejamento participativo para elaboração de solicitação de patrocínio com essa fina-lidade, envolvendo as associações de Galvão, Nhunguara, São Pedro e Sapatu.

Para o primeiro semestre de 2009 estão previstas oficinas de letramento digital em Gal-vão e Sapatu, oficinas de uso de aplicativos em Nhunguara, Sapatu, Galvão e São Pedro, oficina de gestão de telecentros em Nhunguara, São Pedro e Sapatu.

Projetos e Ações na Área Sistemas de Produção

Aquisição de equipamentos para fábrica de derivados de banana em SapatuAssessoria Técnica prestada ao ITESP de julho de 2004 a maio de 2005, para aquisição de

equipamentos de processamento de banana para o Quilombo Sapatu através do PRONAF e FINSOCIAL.

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102 Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

Oficina de Informática em Nhunguara

DIVULGAÇÃO

Curso de manipuladores de alimentos em Sapatu

Projeto de capacitação para trabalho e geração de renda, iniciado em setembro de 2004 e terminado em junho de 2005 pelo Instituto Amora Carambola de Setembro, com finan-ciamento Brazil Foundation e com parceria da UNICAMP.

Assistência Técnica e Extensão Rural para Agricultores Familiares dos Quilombos André Lopes, Galvão, Nhunguara e Sapatu do Vale do Ribeira (SP)

Projeto integrado para 5 comunidades. Submetido ao MDA (Edital Quilombos) em maio de 2006. Aprovado, mas sem liberação de recursos devido a contingenciamento.

Incubadora de agroindústria de banana em Sapatu e Nhunguara

Executado pela UNICAMP com 3 parcerias institucionais. Esse foi um dos 73 projetos aprovados dos mais de 5.800 inscritos na Seleção Pública de Projetos 2004 do Programa Petrobrás Fome Zero (R$ 499.870,00). A elaboração e aprovação da proposta se deu em 2004, os recursos foram liberados em setembro de 2005 e a execução iniciou-se em novembro desse ano. As atividades de capacitação e de incubação se encerraram no mês de fevereiro de 2007, as atividades de infra-estrutura e legalização da fábrica em julho e a execução orçamentária em agosto.

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Como resultado, Sapatu passou a dispor de três grupos (26 moradores) capacitados para a produção artesanal de bala de banana, doce de banana e banana frita, sendo que 4 mo-radores foram capacitados como Responsáveis Técnicos perante o CVS-SP, através de curso de extensão ministrado pela FEA. Ao final do projeto, Sapatu dispunha de fábrica instalada e operacional para produção de vegetais fritos, desidratados, em compotas, em massa e na forma de balas, de acordo com a Resolução CVS-SP 05/2005, tendo a equipe técnica do projeto entregue para a Diretoria da Associação os seguintes documentos, elaborados participativamente com os Grupos de Produção, com a finalidade de serem submetidos à Assembléia: Manual de Boas Práticas de Fabricação, Manual de Gestão da Produção, Regimento da Fábrica Comunitária. Foram disponibilizados os insumos (gás, embalagens, rótulos, materiais de limpeza e outros) para três meses de produção na capacidade nominal. O projeto também auxiliou a Associação na obtenção do Alvará Municipal, Autorização de Funcionamento emitida pela Vigilância Sanitária, Talão de Nota Fiscal de Produtor Rural (fei-to em nome de apenas quatro associados, por decisão da Diretoria da Associação), Contrato para Código de Barras, Pedido de Registro de Marca junto ao INPI.

Já a comunidade quilombola do Bairro Nhunguara, também participante do projeto, obteve resultados distintos, porquanto não dispunha de prédio para instalação de fábrica. Para Nhun-guara, foi capacitado um Grupo de Produção, com 12 moradores, dos quais três receberam o certificado de Boas Práticas emitido pela UNICAMP, estando assim habilitados a serem Respon-sáveis Técnicos perante a Vigilância Sanitária. A Nota Fiscal de Produtor Rural foi emitida em nome de 20 moradores. Pelo projeto, foi feita reforma na cozinha comunitária, adequando-a à produção artesanal de alimentos vegetais, segundo a Resolução CVS-SP 05/2005. Também foram adquiridos para a futura fábrica alguns equipamentos e utensílios, alem de estoque de insumos para a produção de três meses de banana frita, em plena capacidade.

O projeto de incubação da fábrica de Sapatu originou novas propostas de trabalho em parceria com as associações de Nhunguara e de Sapatu. Assim, de março de 2007 a janeiro de 2008, distintas e integradas ações foram desenvolvidas junto a essas duas comunidades. No caso de Nhunguara foi solicitado pela Diretoria, ainda no final de 2006, um projeto de implantação de uma fábrica comunitária que nascesse de um estudo e planejamento que envolvesse todos os moradores. Avaliado pelos gestores do PCQ, o pedido foi transformado em ação, a partir de proposta do Programa. Assim, a partir de março de 2007, foi dado início à elaboração de um projeto para planejamento participativo de uma fábrica comu-nitária. O projeto foi elaborado junto com três diretores da Associação e submetido ao 1º Edital de Projetos de Extensão Comunitária da PREAC, tendo sido aprovado em agosto de 2007, com início previsto para setembro (mais detalhes a seguir). Entretanto, a diretoria solicitou adiamento do início, por três motivos: a oportunidade apresentada pela Petrobrás para renovação do projeto de incubação; a existência de uma agenda sociambiental em elaboração junto ao ISA; a possibilidade de elaborar uma solicitação de patrocínio para o Edital Petrobrás Cidadania.

Em outra linha de ação, a partir de visita em maio de 2007 do gerente do projeto pela Petrobrás, Sr. Fernando Francisca, as duas comunidades foram motivadas a escreverem soli-citação de prorrogação do projeto, mas somente Nhunguara, com apoio do PCQ, elaborou proposta nesse sentido a qual, entretanto, foi encaminhada após o prazo oferecido (agos-to), e não contemplada.

Nos meses de setembro a dezembro foram realizadas oficinas para elaboração de proje-tos a serem submetidos ao programa Petrobrás Desenvolvimento e Cidadania, junto a três comunidades: Nhunguara, Sapatu (ambas visando a continuidade de incubação das fábri-

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cas) e Poça (para implantação da comercialização da banana e produção artesanal de seus derivados). Os projetos foram submetidos em janeiro, com aprovação em maio de 2008 da proposta de Nhunguara. Um total de oito pessoas do PCQ participaram dessas oficinas, que tiveram duração total de cerca de 90 horas.

Planejamento Participativo para Produção Artesanal e Comunitária de Alimentos no Quilombo Nhunguara

Projeto aprovado pelo 1º Edital de Projetos de Extensão Comunitária da PREAC (2007). com recursos de R$ 7.500,00 e o prazo de execução de 12 meses, sendo que, embora com início previsto para novembro de 2007, somente foi efetivamente iniciado, segundo a me-todologia proposta, no mês de março de 2008, por solicitação da Diretoria da Associação. Em maio de 2008 foi realizada a primeira oficina participativa. Em julho foi elaborada a proposta do regimento da futura fábrica comunitária, enviado como proposta à diretoria da associação. Ao longo do segundo semestre de 2008, o projeto foi desenvolvido em um rit-mo distinto do planejado, devido à dificuldade da comunidade em constituir e manter ativo o Grupo de Trabalho, responsável pela condução do projeto junto aos demais moradores e pela apreensão dos conceitos e ferramentas de planejamento comunitário. Em novembro, em assembléia comunitária, foi constituído novo Grupo de Trabalho, o qual participou da etapa de diagnóstico participativo, realizado no período de dezembro de 2008 a fevereiro

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Prédio original Prédio reformado

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de 2009. Nesta etapa, foram decididas as matérias primas a serem utilizadas, a dinâmica de funcionamento da fábrica, os indicadores socioeconômicos do empreendimento. Para a realização deste projeto, foi constituído um grupo com nove estudantes de graduação dos cursos de Engenharia de Alimentos e Ciências Sociais, um estudante de mestrado em Ciências Sociais e um estudante de mestrado em Letras. A partir das demandas do projeto, o grupo se organizava em equipes específicas. No mês de março de 2009 foi realizada a oficina para definição dos produtos, mercados e canais de comercialização. O término do projeto está previsto para julho de 2009.

Assistência Técnica para Instalação de Cozinha Comunitária no Quilombo Nhunguara

Ao longo de 2008, foi dada assistência técnica à associação do bairro Nhunguara para a instalação da cozinha comunitária e seu licenciamento junto à Vigilância Sanitária, de ma-neira que pudesse ser produzida no local a banana frita. Foram adequadas as instalações de água, o arranjo físico e a organização do espaço interno. Os formulários para a Vigilância Sanitária foram encaminhados, juntamente com o layout e memorial descritivo das instala-ções. Entretanto, o agente responsável não autorizou o funcionamento e exigiu reformas significativas, fora da possibilidade financeira da associação. Em março de 2009, devido às gestões da associação junto à Prefeitura de Iporanga, essas limitações estavam por ser supe-radas. Não há recursos destinados especificamente para esta ação, tendo sido desenvolvida através do compartilhamento de viagens de outros projetos do PCQ, atendendo a diretriz do Programa para ampliar o efeito sinérgico de seus projetos e ações.

Apoio à Elaboração Participativa de Solicitação de Patrocínio ao Programa Desenvolvimento e Cidadania Petrobrás para o Quilombo Nhunguara

Paralelamente a estas ações, o PCQ acompanhou a associação de Nhunguara junto à Petrobrás, uma vez que seu projeto, elaborado com apoio do PCQ, foi aprovado no edital Cidadania e Desenvolvimento 2008. Previsto para ser assinado em novembro de 2008, o contrato foi temporariamente suspenso pela Petrobrás, devido a questões internas da em-presa, estando apontada o mês de junho com data limite para a assinatura. Por este projeto, a comodidade terá recursos para a reforma de suas atuais instalações, aquisição de veículo, para capacitação de moradores na produção, comercialização e gestão, além de subsídios de produção para a colocação inicial de seus produtos no mercado. Não há recursos desti-nados especificamente para esta ação, tendo sido desenvolvida através do compartilhamen-to de viagens de outros projetos do PCQ, atendendo a diretriz do Programa para ampliar o efeito sinérgico de seus projetos e ações.

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Implantação de Grupo de Mulheres para Produção Artesanal de Banana Frita no Quilombo Nhunguara

Ainda no bairro Nhun-guara, no mês de maio de 2008 foi formado um Gru-po de Produção Artesanal, constituído exclusivamen-te por mulheres, o qual passou a contar com o apoio técnico por parte do PCQ para que pudessem produzir banana frita. Fo-ram realizadas as seguin-tes oficinas, dessa data até fevereiro de 2009: Boas Práticas de Fabricação, Es-pecificação de Produto e Processo, Custos, Controle

da Produção, Desenvolvimento de processo com óleo de Palma. As próximas oficinas serão: Comercialização, Técnicas de Venda, Gestão Econômica e de Suprimentos. As atividades desta ação foram desenvolvidas através do compartilhamento de viagens de outros projetos do PCQ, atendendo a diretriz do Programa para ampliar o efeito sinérgico de seus proje-tos e ações. A partir de abril de 2009, esta ação passa a contar com recursos do convênio UNICAMP-SEPPIR.

Em março de 2009 a comunidade de Nhunguara encontra-se com boas perspectivas quanto à produção de derivados de banana, com encomendas de 4000 pacotes de banana frita e possibilidade de inclusão deste produto nas cestas adquiridas pelo Programa Compra Direta da CONAB.

Instalação de um Aquecedor Solar de Baixo Custo para água e capacitação para sua construção e operação

Em abril de 2008, por ocasião da Apresentação Anual, as lideranças quilombolas presente conheceram um sistema de baixo custo para construção de coletor solar para aquecimento de água. Assim, no mês de julho foi elaborada uma proposta pelo pesquisador responsável, da qual originou-se um projeto de capacitação com instalação de um coletor solar na Escola Chules e da assistência técnica para a instalação de outros 3 coletores em distintas comuni-dades. Planejado para ser realizado em janeiro de 2009, por falta de recursos seu início foi adiado para o mês de maio, com patrocínio da SEPPIR para as etapas iniciais.

Grupo de Mulheres em reunião de planejamento

DIVULGAÇÃO

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Projetos e Ações na Área Cultura

Oficinas de Capoeira

Projeto executado de janeiro a dezembro de 2005 com financiamento pelo FAEPEx/UNI-CAMP (R$ 2.000,00). Desenvolvido nos quilombos de André Lopes e Galvão, sendo que neste último houve desdobramento com gravações em vídeo para posterior a produção de um vídeo documentário sobre as histórias e costumes da comunidade.

Melhoria da quadra em André Lopes para utilização em atividades esportivas, artísticas e culturais

Elaborado em maio de 2005 para Associação do Quilombo André Lopes. Assessoria para encaminhamento a prováveis financiadores (R$ 177.000,00).

Registro da Memória dos Quilombos com Produção de Vídeo-Documentários e Livros

Oficina de foto Oficina de edição de foto e vídeo digital

Entrevista a morador - exercício prático da oficina de vídeo e memória

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Quatro projetos de produção artístico-cultural, submetido ao Programa Petrobrás Cultu-ral em janeiro de 2006. Não selecionado.

Fortalecimento da Cultura Quilombola

No primeiro semestre de 2007 o PCQ elaborou com as associações das comunidades projeto para capacitação em produção de vídeo e de livros sobre hábitos, costumes e me-mória local. Em decorrência, teve aprovado, pelo 1º Edital de Projetos de Extensão Comu-nitária da PREAC, o projeto Fortalecimento da Cultura Quilombola, que contemplou oficinas artísticas de foto e vídeo digital, violão, informática, além da realização de sessões itinerantes de cinema e memória. O projeto teve duração de 18 meses (dos 12 iniciais pre-vistos) e recursos totais de R$ 7.500,00. Nesse período foram feitos os registros em foto e de vídeo em três comunidades (Nhunguara, São Pedro e Sapatu), contemplando entrevistas com moradores, digitalização de documentos e fotos antigas dos moradores, fotografias dos moradores e de seus ambientes. Foi iniciado em outubro de 2007, com a participação de 8 moradores de cinco comunidades. Em janeiro e fevereiro de 2008 foram realizadas as atividades intensivas em campo, com a capacitação técnica dos moradores em fotografia e vídeo digital. Em abril foi planejada a etapa seqüencial, de tomada e registro de imagens e depoimentos junto a cada uma das comunidades, com edição final em julho de 2008. Foi editada no software Cinelerra, pelos participantes, uma apresentação de fotos em movi-mento, a qual foi apresentada nas comunidades. Foi editado um vídeo pelos participantes, tendo o mesmo sido entregue em março de 2009 para as associações no formato DVD e, a partir de abril, serão feitas apresentações comunitárias do mesmo, com discussão sobre o tema Memória. Todos os registros digitais foram arquivados em CD. Os participantes tive-ram oficina na qual aprenderam as noções básicas do armazenamento e catalogação dos arquivos digitais.

Oficinas do projeto Fortalecimento da Cultura Quilombola (janeiro 2008)

Para a realização desse projeto, o PCQ contou com apoio do Centro de Memória da UNI-CAMP (CMU), que ofereceu capacitação a 5 integrantes da equipe em recuperação de me-mória oral. Um total de 12 pessoas, entre estudantes, professores, técnico-administrativos e colaboradores externos, participou das ações desse projeto, constituindo distintas equipes.

Produção do vídeo-documentário Tradições e História do Quilombo Galvão

No primeiro semestre de 2007 foi terminada a edição do vídeo-documentário Tradição e História do Quilombo Galvão, em parceria com a RTV UNICAMP com a direção de Armando Fernandes. Apresentado no Festival de Gramado em Agosto de 2007, ganhou o primeiro lugar em na categoria vídeo universitário. Ao longo do segundo semestre de 2007, o vídeo foi apresentado às comunidades na ação Cine Quilombola e, especialmente em Galvão, foi feita apresentação e discussão comunitária.

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Apresentação do filme Tradição e História do Quilombo Galvão na Comunidade Quilombola de Galvão: salão de exibição (esquerda); entrada do salão (direita) - 14/09/2007

Nos primeiros meses de 2008, o PCQ articulou com as associações a continuidade do projeto de capacitação em foto e vídeo digital, em atendimento a demandas já estabe-lecidas anteriormente com a finalidade de propiciar aos moradores dessas comunidades, especialmente os jovens, condições para que possam fazer produções artísticas em distintas mídias (vídeo, fotos etc.). Assim, foi elaborado projeto contemplando a realização de: uma oficina de produção de vídeo (desde a concepção, roteirização, gravação e edição); oficina para realização de uma mostra de ensaio fotográfico; oficina de percussão com construção dos instrumentos. O projeto foi submetido em maio de 2008 ao 2º Edital de Projetos de Extensão Comunitária da PREAC.

Mídias e Expressões da Cultura Quilombola

Aprovado no âmbito do Edital 02 da PREAC, com o prazo de 12 meses e recursos totais de R$ 8.400,00 e contempla quatro sub-projetos: (1) Foto Digital (com produção final de um Ensaio Fotográfico); (2) Vídeo (com produção de um vídeo de curta duração); (3) Instru-mentos de Percussão (com construção e uso dos instrumentos); (4) Banco de Memória. O projeto foi iniciado em outubro de 2008, com a indicação dos responsáveis locais, por parte das associações de Nhunguara, Galvão, Sapatu, São Pedro e Andre Lopes, contando com 2 vagas por sub-projeto para cada uma das comunidades, totalizando 40 vagas. Em janeiro de 2009 foi feita a primeira oficina (intensiva) de foto digital para 9 moradores. Em março, foi realizada a segunda oficina de foto com 9 moradores e a primeira oficina de instrumen-tos de percussão com 2 moradores. Quatro estudantes de graduação e dois de mestrado participaram como oficineiros.

Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola

Aprovado pelo Ministério da Cultura (MinC) em 2005 no âmbito do Programa Cultura Viva. Chamado para conveniamento em setembro de 2007, mas o processo foi interrompi-do pelo MinC em virtude da demora do Congresso na aprovação do orçamento da União. Em maio de 2008 foi elaborado novo Plano de Trabalho e Aplicação (PTA). Devido às elei-ções municipais, o conveniamento foi adiado para o mês de novembro e, dado o novo sis-tema informatizado de convênios da União, no mês de dezembro o convenio foi finalmente firmado. Este projeto tem por finalidade implementar um espaço institucional da UNICAMP na região de atuação do PCQ, com gestão compartilhada com as associações das comu-nidades quilombolas e outras entidades que atuem para o desenvolvimento cultural local, com objetivo de propiciar o fortalecimento e disseminação das expressões culturais locais e de permitir o diálogo com as outras expressões culturais, em especial com a apropriação de tecnologias digitais. O período de execução é de 30 meses e os recursos totalizam R$ 231.665,00. Conta com as seguintes ações e sub-projetos para esta fase de implantação: (1) implantação de base física e volante; (2) capacitação em gestão estratégica, gerencial e operacional do ponto de cultura; (3) capacitação em tecnologias digitais - 10 oficinas; (4) aulas abertas de capoeira; (5) capacitação em produção multimídia - 4 oficinas; (6) capacita-

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ção para produção para rádio, TV e cine-clube - 5 oficinas; (7) capacitação em teatro, circo e instrumentos de percussão - 6 oficinas; (8) construção de mocambo; (9) produção de evento artístico-cultural. Cada um dos sub-projetos e ações terá seu coordenador específico, sendo que todos serão articulados pelo Programa. No mês de março de 2009 o projeto foi efetiva-mente iniciado, com articulações junto às associações das comunidades e ao ITESP (Instituto de Terras do Estado de São Paulo). As primeiras atividades de implantação estão previstas para o mês de maio de 2009. Após a implantação, o Ponto de Cultura terá sua dinâmica direcionada pelas necessidades do desenvolvimento das comunidades locais, com o apoio institucional da UNICAMP e com recursos captados com patrocinadores.

Apoio à formação de Grupos de Capoeira com formação e aperfeiçoamento de capoeiristas

Iniciado em fevereiro de 2009 em continuidade a ações anteriores. A finalidade é cons-tituir dois grupos de capoeira (em Galvão e em São Pedro), formar capoeiristas e apoiar esses grupos na obtenção de patrocínios específicos para aquisição de uniformes e de ins-trumentos e para viagens de apresentação. O projeto conta com a participação de mestre de capoeira da própria UNICAMP e vários estudantes, organizados em equipes de acordo com a programação feita pelo Mestre junto aos grupos comunitários. As primeiras ativida-des deste projeto foram desenvolvidas através do compartilhamento de viagens de outros projetos do PCQ, atendendo a diretriz do Programa para ampliar o efeito sinérgico de seus projetos e ações. A partir do mês de março de 2009, este projeto passou a ser apoiado pelo convênio UNICAMP-SEPPIR.

Outros projetos com início em abril de 2009

Nos meses de julho a agosto de 2008 foram incluídas, na proposta de patrocínio à SEP-PIR, as demandas das comunidades em relação à área Cultura, cujos projetos foram confir-mados em março de 2009 por ocasião do Encontro de Associações:

Planejamento, elaboração e execução de um projeto de grupo de teatro.Planejamento, elaboração e execução de uma oficina para produção experimental, por grupo de moradores, de um livro de fotografias sobre história, hábitos e tra-dições das comunidades quilombolas.Planejamento, elaboração e execução de uma oficina para produção experimental, por grupo de moradores, de um vídeo-documentário sobre história, hábitos e tra-dições das comunidades quilombolas.Realização de dois encontros com comunidades quilombolas da região, sendo um para elaboração de Plano de Ação e um para Avaliação.Elaboração e execução de uma oficina para elaboração de projetos culturais e captação de recursos através de patrocínios e leis de incentivo, com elaboração de dois projetos para produção de um vídeo-documentário e de um livro de fotografias sobre história, hábitos e tradições das comunidades quilombolas, a serem submeti-dos ao Ministério da Cultura e à Secretaria Estadual de Cultura.

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111Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

Projetos e Ações na Área Educação

Quilombos na UNICAMP

Projeto de desenvolvimento cultural. Execução pela UNICAMP a partir de março de 2006 pelo período de 12 meses com financiamento pela SESU/MEC - Programa ProExt 2005 (R$ 28.800,00). Em maio de 2007 o PCQ encerrou o projeto. Foram realizados na UNICAMP três seminários, organizados e conduzidos pelas comunidades quilombolas parceiras, sobre os temas Barragem Tijuco Alto, Terra e Educação Quilombola, este último realizado em abril de 2007.

Quilombos e Ensino Universitário: significados, ingresso e permanência

Execução iniciada em dezembro de 2007, com atividades até o mês de março de 2008. Por falta de recursos do PCQ e de transporte local aos estudantes quilombolas, as atividades foram interrompidas em março 2008 e depois reiniciada no mês de junho, a partir do início do patrocínio (ProExt/SESU/MEC) do projeto A história e a cultura afro-brasileira: interfaces comunidade, escola e universidade, o qual integrou o projeto já iniciado pelo PCQ com outro da Faculdade de Educação. No período de maio de 2008 a janeiro de 2009, o curso pré-

Reunião dos alunos do curso pré-universitário para avaliação do 1º módulo intensivo e planeja-mento do extensivo 2008

Aula no intensivo de julho 2008

Seminário de Planejamento Pedagógico

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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112 Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

universitário mobilizou 13 estudantes de graduação e 3 de pós-graduação, como professores, além de 2 pedagogas do quadro técnico-administrativo da UNICAMP e uma pedagoga como colaboradora externa, que atuou como orientadora pedagógica. Dos 45 jovens quilombolas que iniciaram o curso, 9 estiveram presentes até o final, dos quais 8 realizaram o vestibular da UNICAMP. Além do curso, o projeto contou com 3 estudantes da UNICAMP como professores em EAD que, sob orientação de pesquisadores do NIED e do Instituto de Computação, fizeram a capacitação de 4 monitores quilombolas para uso do TelEduc. A Comvest participou do projeto, com uma palestra sobre o vestibular da UNICAMP e distribuição de material sobre o mesmo. A partir do mês de outubro, foi intensificada a ação de constituição de um Grupo Gestor Local, para dar continuidade ao curso pré-universitário, especialmente com a finalidade de obter pa-trocínios e parcerias, definir o calendário do curso e organizar as atividades locais. Em março de 2009 o Grupo Gestor se encontrava constituído e operante, tendo marcado o início das aulas do segundo módulo para o mês de abril.

Educação Quilombola Diferenciada

A partir da recuperação dos encaminhamentos definidos no seminário Educação Qui-lombola realizado pelo PCQ na UNICAMP em abril de 2007, o Grupo Estratégico do Pro-grama propôs às associações quilombolas a realização de um projeto de educação diferen-ciada. Com o consentimento destas, foi articulado docente da Faculdade de Educação e estabelecidas as primeiras diretrizes de tal projeto. Nas conversas que se seguiram com as associações, e com demais agentes d desenvolvimento local, obteve-se informações da exis-tência de outras entidades que estavam realizando a mesma atividade, ou seja, de elabora-ção de proposta para educação diferenciada. Assim, no Encontro das Associações do mês de setembro, ficou decidido que as associações decidiriam pelo encaminhamento de todos projetos propostos pelos parceiros, em um evento que o PCQ ajudaria a organizar, inclusive com obtenção de patrocínio. Nesse evento, as propostas serão apresentadas, debatidas, in-tegradas e, a partir da reflexão conjunta conduzida pelas associações, será estabelecido um Plano de Ação, contemplando as atividades de cada parceiro e os prazos. Assim, o assunto Educação Quilombola passou a ser abordado em dois projetos: Seminário de Educação Quilombola e Elaboração de Projeto Político Pedagógico para Educação Quilom-bola. O primeiro já está agendado para julho de 2009, e a versão final do mesmo estará definida no Encontro Geral de Associações de 25 de Abril. O segundo encontra-se em ela-boração, com equipe a ser coordenada por docente da Faculdade de Educação.

Atenção à infância e adolescência

A partir de demanda apresentada por uma associação, no encontro de setembro de 2008, quanto à necessidade de desenvolver projetos e ações com as crianças, de maneira a prepará-las para as mudanças radicais que estão ocorrendo nas comunidades, o PCQ ela-borou proposta de realizar oficinas lúdicas com as crianças e oficinas de capacitação para pais e responsáveis das mesmas. Para as crianças, o objetivo é a socialização, o desenvolvi-mento da criatividade e a apreensão de temas locais relevantes: ambiente (água, lixo, mata etc), comunidade, saúde, escola. Para os pais, o objetivo é fornecer informações sobre os processos do desenvolvimento de 0 a 15 anos e orientá-los quanto a aspectos relaciona-dos à saúde, educação, cognição e socialização. A proposta foi aceita pelo conjunto das

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113Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

associações presentes no encontro de dezembro e o projeto foi organizado junto a uma das comunidades para início em janeiro, adiado para o mês de maio devido à existência de recursos do patrocínio SEPPIR.

Livro Infantil

Em projeto sobre Memória desenvolvido em 2005, do qual resultou um trabalho de graduação no IFGH, foram feitos importantes registros em foto e áudio sobre a história, hábitos e tradições locais. Com o objetivo de melhor aproveitar esses registros e de atender uma demanda das comunidades no sentido de levar esses conhecimentos às crianças qui-lombolas, o Grupo Estratégico do PCQ decidiu por implementar projeto com a finalidade de editar (e, posteriormente, publicar) um livro infantil. A recuperação desse material iniciou-se em dezembro de 2008, e em março de 2009 foram iniciadas as transcrições das entrevistas em áudio.

Implantação de Bibliotecas Comunitárias

No mês de outubro, em decorrência de demanda de associações e a partir de articu-lações feitas junto à Biblioteca Central, foram realizados encontros em cada comunidade para definição do projeto Bibliotecas Comunitárias, coordenado pela BC. A finalidade é realizar oficinas junto às comunidades, para que suas associações apresentem solicitações a patrocinadores potenciais. As atividades iniciaram-se em março de 2009.

Outros projetos com início em abril de 2009

Nos meses de julho a agosto de 2008 foram incluídas, na proposta de patrocínio à SEPPIR, as demandas das comunidades em relação à área Educação, cujos projetos foram confirmados em março de 2009 por ocasião do Encontro de Associações:

Elaboração de projeto para implantação da infra-estrutura e ampliação do acervo de até sete bibliotecas comunitárias, com submissão do mesmo a patrocinadores.Elaboração e execução de uma oficina para gestão de projetos de desenvolvimento comunitário.Planejamento, elaboração e execução de até seis projetos, com ações e atividades para incentivo à leitura e ao uso de bibliotecas.Planejamento, elaboração e execução de até três projetos, com ações e atividades socialização e desenvolvimento da criatividade de crianças.Planejamento, elaboração e execução de uma oficina de capacitação para gestão de biblioteca comunitária, com apoio técnico para efetivação da gestão de cinco bibliotecas comunitárias.Capacitação pelo menos quinze membros da comunidade universitária, entre estu-dantes (graduação e pós-graduação), docentes e servidores técnico-administrativos para atuarem em equipes e em coordenação de ações e projetos de extensão comu-nitária junto às comunidades quilombolas.

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114 Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

Planejamento, estudo e construção participativa de um projeto político-pedagógico para educação etnicamente diferenciada com aplicação junto à escola rural de atendimento exclusivo a comunidades quilombolas (Escola Chules Princesa - Bairro André Lopes).

Projetos e Ações na Área Turismo

Elaboração de Plano de Turismo para os quilombos André Lopes, Sapatu e Nhunguara

Projeto de organização comunitária, parte integrante de Dissertação de Mestrado junto ao IG/UNICAMP. O Programa promoveu as articulações com as lideranças dos quilombos, disponibilizou transporte e alojamento para a pesquisadora a partir de outubro de 2005.

Visitação Socioeducativa em Comunidades Quilombola

Em julho de 2008 o PCQ apresentou proposta às associações das comunidades para um projeto que pudesse, por um lado, possibilitar a experimentação dos moradores com ativi-dades organizadas de turismo e, por outro lado, permitir a visita, aos quilombos, de mem-bros da comunidade universitária que estivessem interessados em atuar junto ao PCQ, sem que a presença destes cause transtornos aos moradores. Da convergência destes interesses, foi formulado este projeto projeto. Durante os meses de janeiro e fevereiro foram estabele-cidas as diretrizes para esta visitação. Prevê para abril de 2009 a finalização do projeto, de maneira que possam ser articulados parceiros e patrocinadores.

Turismo Solidário no Vale do Ribeira

A partir de convite da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP), o PCQ participa da fase de diagnóstico deste projeto financiado pelo Ministério do Turismo, a qual teve início em janeiro de 2009 e tem término previsto para o mês de julho. Participam da equipe do diagnóstico quatro membros do PCQ.

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115Programa Comunidades Quilombolas - PCQ

Síntese e Indicadores

A Tabela 3 sintetiza, ainda de uma forma incompleta, os resultados do Programa Comu-nidades Quilombolas, expressos em termos de alguns indicadores.

Tabela 3 - Indicadores do Programa Comunidades Quilombolas

Indicadores 2005 a 2009 (março)

Projetos

Elaborados 33 (*)

Submetidos 31 (*)

Aprovados 23 (*)

Contratados (com recursos) 17 (*)

Iniciados 17 (*)

Concluídos 14

Participantes nos projetos e ações

Graduandos 82

Pós-graduandos 10

Técnicos-administrativos 19

Docentos 20

Outros 21

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Patrocinadores externos R$ 938.671,00

FAEPEx R$ 6.782,00

FAE/PREAC R$ 27.875,00

Taxas geradas R$ 49.987,00

(*) Inclui convênio com SEPPIR (17 ações e projetos) e convênio com MinC (32 ações e projetos)

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116 Programa de Educação Socioambiental

Programa de Educação Socioambiental

Objetivos

Em 2007, a Coordenadoria de Assuntos Comunitários, CAC, criou uma área intitulada Edu-cação Socioambiental que tem como objetivos, de um lado, agregar e potencializar os projetos que já eram desenvolvidos no âmbito desta Pró-Reitoria de forma isolada e, de outro, realizar o aprofundamento conceitual e metodológico sobre uma Educação Ambiental Crítica, uma das formas de enfrentamento das questões socioambientais da atualidade.

Estrategicamente, um outro objetivo é o de agregar mais professores, técnicos e estudantes, fortalecendo uma rede de pesquisa e de atuação que reconheça a importância da Educação So-cioambiental na UNICAMP, ambientalizando as atividades universitárias cotidianas (de pesquisa, extensão e administração) e os currículos de graduação e de pós-graduação.

Uma vez criada esta área, foi proporcionado um espaço de construção de conhecimento (Pesquisa) e formação de pessoas (Ensino) na área da educação socioambiental para todas as pessoas desta Universidade interessados numa nova postura de ação universitária inte-grando a dimensão da extensão comunitária no seu fazer cotidiano dos Institutos, Faculda-des, Centros e demais órgãos.

DIVULGAÇÃO

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117Programa de Educação Socioambiental

As ações que fazem parte deste primeiro conjunto (descritas abaixo) articulam os princí-pios metodológicos da pesquisa-ação, ou seja, da ação junto a comunidades variadas que nos trazem subsídios para a reflexão e construção de conhecimentos e ações sobre uma Educação Ambiental Crítica.

Também de caráter metodológico, sempre se procura propiciar o fortalecimento das comunidades, reconhecendo sua autonomia e autodeterminação, e sua capacidade de diá-logo horizontal com as equipes da Universidade que com elas querem trabalhar efetivando uma troca e construção coletivamente de novos saberes.

Neste sentido, um ulterior objetivo, é o de influenciar as Políticas Públicas na área socio-ambiental, incorporando e valorizando a dimensão educativa que toda Política Pública deve proporcionar.

DIVULGAÇÃO

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118 Programa de Educação Socioambiental

Ações

Coletivo Educador Ambiental de Campinas - COEDUCA

Objetivo

Formar 150 Educadores Ambientais, em parceria com outras instituições do município, através da formação de Coletivos Locais de Ação Educativa Socioambiental (foram forma-dos 20 distribuídos por toda Campinas)

Público Envolvido

Estudantes, professores, técnicos da UNICAMP, profissionais das instituições parceiras (Prefeitura, ONGs, CEASA, SANASA, IAC, Mata Santa Genebra entre outros), educadores interessados sem vinculação instituicional

Duração

Início: dez de 2004

Fim (do Convênio com FNMA): dez de 2009 (término da vigência do Financiamento) e das ações de formação deste primeiro grupo de 150 Educadores Ambientais, porém as ações de formação pretendem ser de caráter permanente, envolvendo outras pessoas e grupos.

Financiamento (valor e prazo)

Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) por meio de Edital nacional vencido em 1º lugar com vigência até dezembro de 2009: R$ 200.000,00

Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e sem Bolsa)

18 alunos com bolsa SAE (contrapartida dos projetos) - 10 alunos sem bolsa.

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119Programa de Educação Socioambiental

DIVULGAÇÃO

As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados

Apresentamos um projeto de formação e ganhamos (em 1º lugar) um edital nacional para ao financiamento das ações de formação (nov/dez 2005);Elaboramos nosso Projeto Político Pedagógico (1º sem 2006);Divulgamos, recebemos as inscrições de mais de 600 interessados de 200 bairros diferentes de Campinas (2º sem 2006);Ampliamos e reforçamos a rede de instituições parceiras (todo o período)Realização de 3 Simpósios COEDUCA de Ações de Educação Socioambiental no Mu-nicípio de Campinas, com a participação de mais de 500 pessoas nos 3 eventos (julho de 2007, dezembro de 2007 e julho de 2008) Concluímos a formação dos 150 Educadores Ambientais, com a organização de 20 Coletivos Locais, distribuídos espacialmente, por toda Campinas (ago 2008)O apoio ao projeto foi incluído no Plano de Metas da Prefeitura Municipal de Cam-pinas (2009-2012) e nas obras do PAC

Seminários, Debates e Palestras

Objetivo

Trazer para a UNICAMP (Limeira e Campinas) uma série de eventos ligados à Educação Am-biental para aprofundamento da comunidade universitária nesta área do conhecimento.

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120 Programa de Educação Socioambiental

Público Envolvido

Universitários interessados da UNICAMP (e eventualmente, de instituições parceiras) e os principais nomes brasileiros da pesquisa e atuação em Educação Ambiental.

Duração

Início: novembro de 2007, com vistas a se tornar uma atividade regular

Financiamento (Valor e Prazo)

Os custos de transporte e diária dos convidados serão de responsabilidade do Depar-tamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, na quantidade de 02 convidados por semestre de vigência do Acordo de Cooperação MMA/UNICAMP.

Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e sem Bolsa)

Seis bolsistas do SAE (projeto Beija Flor).

As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados

No dia 26 de novembro de 2007, em Campinas, aconteceu o 1º Seminário de Educa-ção SocioAmbiental da UNICAMP, uma parceria entre o CESET e a PREAC, com apoio financeiro dos Ministério do Meio Ambiente. Como convidados, Luiz Ferraro Junior, do Departamento de Educação Ambiental do MMA e da Universidade Estadual Feira de Santana/BA e Michele Sato, da UFMT.Nos dias, 24, 25 e 26 de Abril de 2008, “IV Encontro de Coletivos Educadores, Salas Verdes, Coletivos Jovens e Municípios Educadores Sustentáveis”Nos dias 24 e 25 de abril de 2008, no CESET, em Limeira e no Centro de Convenções em Campinas, aconteceu o 2º Seminário de Educação SocioAmbiental da UNICAMP, uma parceria entre o CESET e a PREAC, com apoio financeiro dos Ministérios do Meio Ambiente e da Educação. Como convidados, Maria Rita Avanzi (Consultora do Ministério do Meio Ambiente), Haydée Torres de Oliveira (UFScar e CESCAR), Moema Viezzer (MV Consultoria e Centro de Saberes e Cuidados SocioAmbientais da Bacia do Prata), Rachel Trajber (Coordenadora de Educação Ambiental do MEC) e Marcos Sorrentino (Diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA).

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121Programa de Educação Socioambiental

Educação Ambiental com Coletivos Jovens

Objetivo

Formação e apoio de COM-Vidas (Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida escolares) por meio dos Coletivos Jovens em 15 estados brasileiros

Público Envolvido

Estudantes e profissionais formados pela UNICAMP (CESET), participantes de REJUMA (Rede Nacional Juventude e Meio Ambiente), professores e estudantes de, pelo menos 300 escolas em 15 estados brasileiros.

Duração

Início: março de 2007Fim: final de 2008

Financiamento (Valor e Prazo)

Fundo Nacional do Desenvolvimento Escolar (FNDE) por meio de indicação da Coordenadora de Educação Ambiental do MEC com vigência até final de 2008: R$ 500.000,00

Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e Sem Bolsa)

Um aluno com bolsa SAE (contrapartida do projeto) e quatro alunos com bolsa do projeto.

As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados

Em março e abril de 2007, o projeto foi iniciado com a formação da equipe: 2 edu-cadores ambientais graduados em Saneamento Ambiental (CESET), 4 graduandos do CESET, com experiência em Educação Ambiental e 1 bolsista SAE com experiência em Trabalhos ComunitáriosApoio conceitual e financeiro às iniciativas dos Coletivos Jovens de 15 estados brasi-leiros, formando mais de 3000 pessoas entre estudantes secundaristas, professores da rede de ensino e pessoas das comunidades envolvidas.

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122 Programa de Educação Socioambiental

Cidadãos Educadores Ambientais (Grupo Busca Sorrisos - CESET/Limeira)

Objetivo

Formação de Educadores Ambientais Populares, oferecendo um Certificado de Curso de Extensão gratuito, dando preferência para profissionais que têm grande contato com a popu-lação e que pode, neste contato, educar (no sentido freiriano): taxistas, cabeleireiros, porteiros, frentistas, empregados domésticos, síndicos, atendentes de postos de saúde...

Público Envolvido

Estudantes, professores e técnicos do CESET (do projeto de Extensão Busca Sorrisos) e pessoas das comunidades de Limeira.

Duração

Do programa de Extensão Busca Sorrisos (organizador das ações)Início: março de 2001Fim: sem fim previsto

Do projeto TEiA - Taxista Educadores Integração AmbientalPúblico: Motoristas profissionais (táxis e Vans) de Limeira e região.FINANCIAMENTO (VALOR E PRAZO)Edital PREAC: R$ 4.210,00Início: março 2007Fim: dezembro 2007

Do projeto ArticuLARPúblico: Moradores do Bairro Jardim Nova Itália (Limeira)Início: março de 2008Fim: ainda não previsto

Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e Sem Bolsa)

Oito alunos com bolsa SAE e quatro sem bolsa, além de Estudantes e Professores da recém criada FCA - Faculdade de Ciências Aplicadas.

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123Programa de Educação Socioambiental

As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados

No início 2007, formam formados os graduando que formaram a equipe de ação.No início do segundo semestre de 2007, foram identificados os pontos de táxi de Limeira e iniciou-se o contato com cada um deles visando identificar o interesse deles em participar do processo de formação e os principais temas que eles gostariam que estivessem no curso.No final do segundo semestre de 2007, foi realizada a primeira edição do Curso de Educadores Ambientais Populares, envolvendo 25 pessoas, no projeto TEIA.No ano de 2008, estruturou-se o novo projeto de atuação na Comunidade do en-torno do Campus I de Limeira, projeto ArticuLAR, no Jardim Nova Itália, realizando algumas atividades conjuntas e planejando as ações para 2009.No Início de 2009, começou-se uma articulação com a FCA, no Campus II de Limeira.

Rede de Educação Ambiental na UNICAMP (Grupo Beija Flor)

Objetivo

Identificar, estimular e conectar as pessoas da UNICAMP (professores, funcionários e estudantes) que se interessem e atuem na interface entre Educação, Ambiente e Sociedade por meio de atividade como ciclos de cinema/debate, encontros, atividades várias.

Público Envolvido

Estudantes, professores e técnicos da UNICAMP

Duração

Do programa de Extensão Beija FlorInício: março de 2001

Do projeto Rede de Educação AmbientalInício: março 2007Fim: não é previsto

Financiamento (Valor e Prazo)

NÃO

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124 Programa de Educação Socioambiental

Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e Sem Bolsa)

Seis estudantes com bolsas SAE.

As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados

Com novos bolsistas, realizamos a formação dos bolsistas no tema da Educação So-cioambiental e as primeiras sondagens sobre quais pessoas deveriam ser contatadas para fomentar uma rede de educadores ambientais da UNICAMP.Organização dos 1º e 2º Seminário de Educação Socioambiental da UNICAMP.

Formação Comunitária no Cabeço - Foz do São Francisco

Objetivo

Execução de duas Iniciações Científicas em duas comunidades da Foz do Rio São Francisco, construindo indicadores para os conceitos de Pertencimento, Alteridade e Potência de Ação, durante uma atuação junto às populações das comunidades do Saramén e do Cabeço.

Público Envolvido

Estudantes de graduação e as populações das comunidades

Duração

Início: setembro de 2005Fim: agosto de 2008

Financiamento (Valor e Prazo)

02 bolsas (dois anos) FAPESP01 bolsa CNPq/PIBIC

Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e Sem Bolsa)

Dois estudantes com bolsa (envolvimento contínuo) e dois sem bolsa (envolvimento em períodos específicos do projeto).

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125Programa de Educação Socioambiental

As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados

Em setembro de 2005 foi realizada a primeira viagem preliminar de investigação sobre os dois povoados.Em fevereiro de 2006 foi realizada a primeira ação com as comunidades, apresentando a equipe e discutindo com elas sua história e principais questões socioambientais.De agosto de 2006 a dezembro de 2007 foram realizadas diversas visitas à comuni-dade, construindo com as pessoas: atividades sobre 03 conceitos próximos da Edu-cação Ambiental Crítica: alteridade, potência de ação e pertencimento; reuniões com a comunidade visando o estímulo à organização de atividades que integrassem a população; organização coletiva de 2 Exposições fotográficas sobre as Povoados do Saramén e Cabeço, apresentadas nas próprias Comunidades, na capital do Estado Aracaju e na Casa do Lago em Campinas.

Coletivo Educador Sustentável de Limeira - CESLim

Objetivo

Formar Educadores Ambientais, em parceria com outras instituições do município, atra-vés da formação de Coletivos Locais de Ação Sócio-Educativa (atualmente foram formados 04 espalhados pela cidade de Limeira)

Público Envolvido

Estudantes do CESET, profissionais das instituições parceiras (Prefeitura, ONGs, CEASA, Dire-toria Regional de Ensino), educadores interessados sem vinculação institucional.

Duração

Início: novembro de 2006Fim: não é previsto

Financiamento (Valor E Prazo)

Ainda não há, mas os trabalhos são realizados com os recursos e dedicação horária das pessoas nas próprias instituições.

Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e Sem Bolsa)

Três estudantes sem bolsa.

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126 Programa de Educação Socioambiental

As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados.

Iniciamos as reuniões com a Prefeitura Municipal de Limeira (novembro 2005);O Coletivo Educador de Limeira foi reconhecido como a ação educativa do Programa “Município Educador Sustentável”, parceria entre a PM de Limeira e o Ministério do Meio Ambiente (dez 2005)Realizamos Seminários Abertos à população (durante 2006);Criou-se o Coletivo Articulador do projeto, envolvendo a Prefeitura Municipal de Limeira, a ONG Macuco, a Secretaria Estadual de Educação, e outras pessoas e insti-tuições interessadas (1º sem 2007)Foram identificados 03 Coletivos Locais que iniciaram suas reuniões para consolida-ção (abril 2007).

Page 127: Maio/2005 a Abril/2009

127Projeto Cursinho EXATO

Projeto Cursinho EXATO

O Projeto Exato é uma iniciativa de um grupo de alunos de graduação da UNICAMP, que se propuseram a dar aulas a pessoas que não têm condições de pagar por um suporte para os estudos. Tem como principal objetivo reforçar o ensino das disciplinas de exatas (matemática, física e química), em nível de ensino médio, para alunos da rede pública da cidade de Campinas e região. Apesar de poder ser visto como um cursinho pré-vestibular, o Exato não tem como principal meta aprovar alunos no vestibular, mas atuar no sentido de compensar a deficiência do ensino médio público.

Contando com a orientação dos professores Dosil Pereira de Jesus (Instituto de Química), Maria José S. P. Brasil (Instituto de Física Gleb Wataghin) e Maria Aparecida Diniz Ehrhardt (Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica) e com o apoio da PREAC (Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários), o Exato teve seu início no ano de 2008. No primeiro semestre do projeto 15 alunos de graduação de diferentes cursos da UNICAMP (Química, Física, Engenharias da Computação, Química e Agrícola, entre outros) se matricu-laram nas três turmas da disciplina EX001.

O envolvimento da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários foi essencial para o bom desenvolvimento do projeto. A institucionalização das atividades se deu por meio da matrícula dos graduandos, envolvidos com a iniciativa, em uma disciplina de extensão (EX001 - Projeto de Extensão Comunitária I), formalizando assim suas participações e conce-dendo-lhes uma disciplina extra-curricular, como também permitindo o uso de salas de aula no espaço físico da universidade para as atividades do Projeto. Com o apoio da PREAC foi assegurada a parceria com o cursinho vestibular Cooperativa do Saber, que forneceu gra-tuitamente o material didático utilizado pelos alunos do Projeto. Além disso, a Pró-Reitoria facilitou o contato com os interessados pelo curso, disponibilizando um telefone e uma equipe para fornecer informações àqueles que não possuíam acesso à internet. O apoio financeiro desta Pró-Reitoria ao projeto vem sendo realizado mediante verba proveniente do 2° Edital da PREAC para Projetos de Extensão Comunitária 2008. Com os recursos deste edital foi possível pagar as cópias das apostilas fornecidas pela Cooperativa do Saber, além de cobrir custos com outras cópias xerográficas, confecção de cartazes para divulgação e vários outros gastos relacionados ao desenvolvimento do projeto.

No primeiro semestre do curso Exato a divulgação teve como público alvo alunos do terceiro ano do Ensino Médio da rede pública. Visitas em escolas públicas foram realizadas, cartazes fo-ram espalhados pela cidade em pontos de ônibus, bibliotecas e também pela internet.

As aulas da primeira turma do curso se desenvolveram entre os meses de agosto e novembro de 2008. Iniciaram-se com mais de 100 inscritos, dos quais aproximadamente 90% eram alunos de terceiro ano do ensino médio da rede pública de Campinas. As aulas foram ministradas no período noturno, de segunda à sexta-feira, inicialmente das 19h às 22h30min. No entanto, tendo em vista a necessidade de passar mais tempo atendendo às dificuldades dos alunos, o horário foi ampliado, e com uma hora de atendimento de moni-toria, o curso passou a ser iniciado, diariamente, às 18h.

Os estudantes de graduação envolvidos no projeto, sob a supervisão do docente res-ponsável em cada uma das três áreas, ministraram aulas planejadas e organizadas por eles, deram atendimento em plantões de dúvidas, elaboraram, aplicaram e corrigiram as avalia-ções do curso. Em resumo, tiveram oportunidade de realizar atividades de ensino e extensão

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128 Projeto Cursinho EXATO

universitária que, certamente, serão de grande importância para sua formação enquanto cidadãos e futuros profissionais.

O Exato teve uma considerável evasão (cerca de 50%) no início do curso, que se estabili-zou após a aplicação dos testes simulados. O primeiro simulado teve um rendimento muito abaixo do esperado, sendo a nota mais alta alcançada inferior a 50% do valor máximo. To-davia, com a mudança no horário e maior contato com os alunos, eles apresentaram gran-des avanços, os quais foram traduzidos no segundo simulado, no qual as notas foram supe-riores e atingiram 80% do valor máximo. Durante o período de aulas em 2008 foi proposta aos alunos do Curso uma avaliação do projeto e, para a satisfação dos envolvidos, mais de 85% daqueles que frequentavam as aulas recomendariam o Projeto Exato a amigos. Tam-bém, com frequência, os alunos expunham o quanto o curso os ajudava na escola.

Ao longo do segundo semestre de 2008, outras atividades além das aulas, foram realiza-das. Uma delas foi a criação de um logotipo para o projeto (figura abaixo) com as sugestões de todos os participantes do projeto. Posteriormente, este logotipo foi utilizado em camise-tas e cartazes, empregados para divulgação do projeto. Além disso, uma home page com informações sobre o projeto foi desenvolvida e pode ser acessada no endereço eletrônico www.cursoexato.com.br.

Logotipo do projeto ou curso Exato

Devido à grande evasão ocorrida no primeiro semestre do curso, houve mudanças no sistema de seleção de alunos para o ano letivo de 2009. Foi aplicada uma prova de conhe-cimentos básicos da área de exatas, com o objetivo de averiguar se a evasão está em parte associada à falta de compreensão de conceitos mais avançados, em virtude de deficiências do ensino fundamental. Corroborada essa hipótese, dado o fraco desempenho dos alunos no exame, a abordagem nesse novo ano do Projeto será diferenciada, com uma ampla revi-são dos conteúdos de matemática que venham a ser necessários para o bom entendimento do que está sendo transmitido, sempre tendo em vista ampliar ao máximo o conteúdo que será absorvido pelos alunos do curso.

Em 2009 se inscreveram 80 alunos e, com a nova abordagem, espera-se uma evasão muito inferior à ocorrida em 2008. As aulas em 2009 iniciaram-se no mês de março e se es-tenderão até novembro, com férias no mês de julho. Fotos do primeiro dia de apresentação e aula do curso são mostradas a seguir.

Fotos do primeiro dia de aula em 2009 do curso Exato na sala PB18 do pavilhão básico da UNICAMP

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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129Projeto Cursinho EXATO

Em resumo os objetivos e metas do projeto vêm sendo alcançados. Em outras palavras, cidadãos pouco favorecidos fi nanceiramente estão sendo atendidos, no que se refere a uma melhor formação nas áreas de exatas em nível do ensino médio. Além disso, o projeto vem contribuindo para um estreitamento das relações entre a Universidade e a comunidade ex-terna, além de propiciar aos alunos de graduação uma vivência com atividades de ensino e cidadania, fundamentais para sua formação geral.

Cabe ressaltar o grande entusiasmo com que os alunos de graduação envolvidos vêm se dedicando a este projeto. Estes alunos estão sempre motivados, com idéias inovadoras, aprendendo a trabalhar em equipe e suplantando todas as difi culdades pertinentes a este tipo de atividade. Em compensação, estes alunos tomaram conhecimento de que várias pes-soas atendidas pelo projeto foram aprovadas para as fases fi nais de vestibulares tradicionais, tais como Fuvest e Comvest. Fatos semelhantes ao relatado a seguir indicam que o projeto é bastante promissor.

No fi nal de novembro de 2008, chegou à caixa do correio eletrônico do Projeto uma mensagem, de um dos alunos (Cayo Marcus) atendidos, cujo conteúdo enaltecia o pro-pósito do Exato. Posteriormente tomou-se conhecimento que este aluno foi aprovado no vestibular para o curso de Gestão Ambiental, na USP. Não é fácil de mensurar o quanto o projeto contribuiu para seu sucesso, no entanto é no mínimo digno de registro.

Abaixo, o último cartaz de divulgação do Projeto.

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130 Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC

Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC

Criado pela RESOLUÇÃO GR Nº 07, de 18-01- 2007, funcionalmente vinculado ao Insti-tuto de Artes. Mediante a RESOLUÇÃO GR Nº 22, de 22/07/2008, esse laboratório passou a vincular-se a PREAC.

A finalidade do LEPAC-IA consiste na divulgação cultural, na produção de estudos e co-nhecimentos, bem como na defesa do patrimônio natural, histórico e artístico brasileiro e da região de Paraty.

No campo científico as atividades estão voltadas para as questões ambientais como um todo. As prioridades serão para projetos voltados às áreas da Biologia, Ecologia e Saúde.

A missão do LEPAC desenvolver atividades de extensão nas áreas de Políticas Públicas, Sócio-Econômicas, Ambientais e Artísticas.

Objetivos do LEPAC:

Desenvolver pesquisas no âmbito das Artes e das Ciências; Desenvolver projetos de extensão universitária de interesse da sociedade em busca de soluções adequadas para os problemas abordados;

DIVULGAÇÃO

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131Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC

Promover cursos de extensão e de difusão cultural, bem como oficinas (workshops) nas diferentes áreas do conhecimento; Interagir com instituições governamentais e não-governamentais para viabilizar a partici-pação da UNICAMP em estudos e ações visando o “desenvolvimento sustentável”; Criar parcerias com instituições públicas e privadas, no País e no exterior, para a rea-lização dos seus programas de atividades.

As atividades de extensão envolvendo professores, pesquisadores e estudantes estarão voltados às peculiaridades e necessidades dos moradores da região, visando objetivos de sustentabilidade e a valorização da cidadania.

Nas áreas das artes e esportes pretende-se sejam ministrados cursos de extensão, seminários, mostras, oficinas e eventos que permitam a universidade ampliar sua importância social.

O LEPAC teve sua origem como um Centro (CEPAC), ligado ao Instituto de Artes da UNI-CAMP, em um projeto pessoal do professor Álvaro de Bautista. Construtor naval e artista plástico de renome internacional fundou, em 1976, o Curso de Artes Plásticas da UNICAMP, e com o intuito de concentrar num centro de estudos seus conhecimentos e experiências, decidiu criar este Laboratório.

Como em seu projeto original o CEPAC tinha a ver também com o mar e os estudos a ele relativos, após longa busca pelo litoral brasileiro encontrou receptividade na pessoa de Tymur Klink, arquiteto e paisagista que há anos procurava construir em Paraty um centro de incentivo às artes e ciências. Após esse encontro tão positivo, o arquiteto Klink cedeu um amplo terreno no Portal de Paraty para a construção do Centro, bairro este que, a partir da sua implantação passou a chamar-se Portal das Artes.

Assim, na Rua Guimarães Rosa (antiga Rua 14), construiu-se, nesse terreno de 2.000 m2, um prédio de 1.000 m2, onde foi cedido ao CEPAC uma área de cerca de 120 m2 reservando-se a área restante para um projeto de jardinagem. Essa primeira sede do LE-PAC fundamentou-se na idéia da criação de uma escola profissionalizante destinada aos jovens da cidade e região, a qual estaria voltada para profissões e atividades ligadas ao mar, incluindo-se a construção e reparo de barcos e suas partes mecânicas e elétricas, a pesca, a navegação e a educação ambiental.

Em termos de instalações o CEPAC contava com uma sala de aula e galeria de arte dota-da de um piano Steinveg de meia-cauda e um laboratório destinado aos estudos de biologia e ecologia.

Fatos relevantes na criação do LEPAC:

2004 / Junho: Assinatura de Convênio de Ampla Cooperação entre a UNICAMP e a Prefeitura Municipal de Paraty2004 / Agosto: Portaria da Reitoria (GR-66) constituindo Grupo de Trabalho, com a finalidade de elaborar proposta de ações que possam ser executadas em função do convênio da UNICAMP com a Prefeitura de Paraty, bem como propor projetos de ensino, pesquisa e extensão a serem submetidos às fontes de financiamento, visando à implantação efetiva na região.

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132 Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC

2005 / Novembro: Portaria da Reitoria (GR-156) designando o Prof. Dr. Carlos Fer-nando Salgueirosa de Andrade (IB), para compor o Grupo de Trabalho instituído pela Portaria GR nº 66/2004, com a finalidade de elaborar proposta de ações que possam ser executadas em função do convênio da UNICAMP com a Prefeitura de Paraty.2006 / Janeiro: Em janeiro de 2006, o periódico local Viaparaty noticiou a instalação da UNICAMP no município.

E foi justamente naquelas instalações que a UNICAMP pôde comemorar seus 40 anos participando das atividades da “Off Flip” (Festa Literária Internacional de Paraty), em agosto de 2006, com palestra sobre a cultura caipira, apresentação do grupo de cordas Carcoarco e recital de piano erudito, além de a Editora da UNICAMP ter exposto e comercializado ali as suas publicações.

O então CEPAC-IA, cuja construção foi iniciada em 2002 começou sua plena atividade em 2007, tendo-se ainda o projeto de, futuramente, adaptar-se um prédio com apartamen-tos funcionais para a estadia de professores, estudantes e pesquisadores.

Com o empenho da administração superior da UNICAMP, a qual, através de sua Reitoria e Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, não mediu esforços para que o LEPAC se tornasse um laboratório oficialmente ligado ao Instituto de Artes, constituindo-se assim um espaço multidisciplinar no qual a UNICAMP pode ampliar sua atuação no território na-cional, seja na produção de novos conhecimentos, seja na sua divulgação e disseminação.

Tendo em vista a forte vocação para os trabalhos de extensão, e por solicitação da di-retoria do Instituto de Artes, a reitoria da UNICAMP alterou as disposições que regem seu funcionamento, vinculando assim o LEPAC à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comuni-tários da UNICAMP - PREAC.

Um marco importante foi a reunião do Pró-Reitor Prof. Mohamed Habib (PREAC) com o Prefeito de Paraty José Carlos Porto Neto em julho de 2008. Vários projetos foram discu-tidos. Ficou clara a intenção de que o LEPAC deveria ser um novo pólo universitário para a cidade ajudando em projetos técnicos e promovendo benefícios sociais.

As atividades no LEPAC foram intensas em 2008 e a estrutura oferecida inicialmente não permitia um bom desenvolvimento. Assim, uma nova sede foi oferecida pelo arquiteto e paisagista Tymur Klink para abrigar o laboratório e o Núcleo de Novas Mídias de Paraty. As-sim, a partir de janeiro de 2009 o LEPAC mudou oficialmente de endereço graças a um novo Termo de Comodato. Está hoje em um casarão. Uma construção em alvenaria medindo cer-ca de 500m2, com dois pavimentos de igual tamanho, divididos em salas e salões para aulas e reuniões ou exposição, dois banheiros e uma copa, situada no endereço: Rua C s/n. Vila Colonial de Paraty, atrás do Departamento de Polícia e às margens do Rio Mateus Nunes.

O então CEPAC-IA, cuja construção foi iniciada em 2002 começou sua plena atividade em 2007, tendo-se ainda o projeto de, futuramente, adaptar-se um prédio com apartamen-tos funcionais para a estadia de professores, estudantes e pesquisadores.

Com o empenho da administração superior da UNICAMP, a qual, através de sua Reitoria e Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, não mediu esforços para que o LEPAC se tornasse um laboratório oficialmente ligado ao Instituto de Artes, constituindo-se assim um espaço multidisciplinar no qual a UNICAMP pode ampliar sua atuação no território na-cional, seja na produção de novos conhecimentos, seja na sua divulgação e disseminação.

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133Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC

Tendo em vista a forte vocação para os trabalhos de extensão, e por solicitação da di-retoria do Instituto de Artes, a reitoria da UNICAMP alterou as disposições que regem seu funcionamento, vinculando assim o LEPAC à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comuni-tários da UNICAMP - PREAC.

Um marco importante foi a reunião do Pró-Reitor Prof. Mohamed Habib (PREAC) com o Prefeito de Paraty José Carlos Porto Neto em julho de 2008. Vários projetos foram discu-tidos. Ficou clara a intenção de que o LEPAC deveria ser um novo pólo universitário para a cidade ajudando em projetos técnicos e promovendo benefícios sociais.

As atividades no LEPAC foram intensas em 2008 e a estrutura oferecida inicialmente não permitia um bom desenvolvimento. Assim, uma nova sede foi oferecida pelo arquiteto e paisagista Tymur Klink para abrigar o laboratório e o Núcleo de Novas Mídias de Paraty. As-sim, a partir de janeiro de 2009 o LEPAC mudou oficialmente de endereço graças a um novo Termo de Comodato. Está hoje em um casarão. Uma construção em alvenaria medindo cer-ca de 500m2, com dois pavimentos de igual tamanho, divididos em salas e salões para aulas e reuniões ou exposição, dois banheiros e uma copa, situada no endereço: Rua C s/n. Vila Colonial de Paraty, atrás do Departamento de Polícia e às margens do Rio Mateus Nunes.

Projetos financiados e realizados

Participações na Feira Literária Internacional de Paraty - FLIP, Curso Moços de Convés, Curso Alimente-se Bem, ‘Cuidando das Águas de Paraty’, em parceria do LEPAC com a GESCO e IAAP, que teve financiamento parcial da Prefeitura.‘Projeto Bio-Curiosidades’ (textos no site do LEPAC); Disciplina Educação Ambiental (aonde foram realizados vários estudos, por alunos da UNICAMP, em fevereiro desse ano. Por exemplo, sobre queimadas, ESEC Tamoios, Arborização, Dengue, Sabão e detergente ecológico, saneamento com fossa bio-digestora no Corisco, etc). PROJETOS FINANCIADOS EM ANDAMENTO:‘Arborização da Rio Santos’, ‘Microbiologia das Águas’, ‘Dengue- Vigilância do Mos-quito’ e ‘Encontro de Pianistas’, ambos com financiamento da Pró-Reitoria de Exten-são e Assuntos Comunitários da UNICAMP. PROJETOS A SEREM FINANCIADOS : ‘Estrada Parque’ (Sobre A Remodelação Da BR-101, Trecho De Paraty, Que Já Con-ta Com O Apoio Do DNIT E Da Fundação Roberto Marinho), ‘Seminário Do PAM Da Costa Verde’, ‘Valorização Da Toca Cassununga’, ‘Cuidando Da ESEC Tamoios (Mambucaba)’, ‘Qualidade Das Minas Dágua, Trevo De Paraty, Diagnóstico Da Saúde, “Passarinho Fora Da Gaiola’, ‘Criação Do Pólo Universitário De Paraty’, ‘Promoção Da Saúde Bucal’.

Atualmente há em vigor um convenio de cooperação entre a UNICAMP e a Prefeitura Municipal de Paraty, no qual se prevê o deslocamento de professores até aquela cidade, bem como sua estadia, no sentido de contribuir com pesquisas e cursos, a serem sediados no LEPAC-IA.

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134 Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC

Projetos e atividades previstas

PROJETOS: “Educação para a Sustentabilidade: Capacitação, Manejo e Produção de Garaoupa em Paraty, RJ” e Cooperação com a University of manitoba, Canadá. CAPESCA/PREAC/UNICAMP, com a participação do FISHERIES & FOOD INSTITUTE, e para Financiamento: “PROGRAMA PETROBRAS DESENVOLVIMENTO & CIDADA-NIA”. Profa. Dra. Alpina Begossi - UNICAMP.PROJETO: “REMODELAÇÃO DO TREVO DE PARATY, BR-101”, Prof. Dr. Carlos Alber-to Guimarães, Departamento de Geotécnica e Transportes, UNICAMP (aguardando financiamento).ARBORIZAÇÃO PARA REDUÇAO DE INCÊNDIOS NAS RODOVIAS, MUNICÍPIO DE PARATY / 2009 (Objetivos: 1. Educar e envolver comunidades locais de Paraty na solu-ção do problema. 2. Evitar incêndios que se propaguem a partir das rodovias, criando faixas de arborização como proteção da mata remanescente; 3.Criar condições para a recomposição espontânea da mata; 4. Utilizar o projeto como tema de educação am-biental, tanto para escolares como para a população que vive ao longo da estrada).ARBORIZAÇÃO DE ÁREAS NÃO PRODUTIVAS NAS MARGENS DE ESTRADAS DO MUNICÍPIO DE PARATY (Objetivos: 1. Educar e envolver comunidades locais de Paraty nas questões ambientais relativas à cobertura vegetal da Mata Atlântica., 2. Capacitar e instrumentalizar jovens para trabalhos de plantio e jardinagem como for-ma de profissionalização e geração de renda. 3. Reduzir incêndios que se propaguem a partir das rodovias. 4. Utilizar o projeto como tema de educação ambiental, tanto a população local como visitante).Capacitação e Aparelhamento de Jovens das Comunidades Costeiras de Pa-raty para o Registro Fotográfico e Documentação de Alterações Antrópicas. (Objetivos: 1. Identificar comunidades parceiras na costeira de Paraty. 2- Capacitar jovens em informática, fotografia digital e internet. 3- Equipar o laboratório de infor-mática do LEPAC com acesso à internet banda larga. 4- Contratar, adaptar e equipar uma embarcação para nas visitas às comunidades, oferecer os treinamento e rece-ber as informações via rede sem fio para o banco de dados. 5- Equipar os centros comunitários e/ou as escolas das comunidades eleitas para ao registro fotográfico e tratamento de imagem. 6- Ministrar os treinamentos para os jovens. 7- Estruturar e disponibilizar na Internet o Banco de Dados. Site LEPAC / ELETRONUCLEAR, em inglês e português, para ampla divulgação do registro fotográfico e documentação das alterações antrópicas).Valorização da Estação Ecológica de Tamoios pela Educação Ambiental na Vila de Moradores de Mambucaba (Objetivos: 1. Educação Ambiental aos mora-dores e comerciantes da Vila Residencial de Mambucaba; 2. Conscientização sobre ecologia marinha aos moradores da Vila de Mambucaba).INICIAÇÃO À CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO NAVAL - Pequenas Embarca-ções (Onjetivos: Capacitar aprendizes a executarem de modo autônomo, com base no uso das normas de segurança e aplicação das técnicas construtivas, através da interpretação de desenhos, moldes, croquis e outros documentos técnicos, além de tarefas inerentes à construção, reparação ou adaptação de qualquer parte de peque-nas embarcações de madeira e/ou fibra de vidro).

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135Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC

Curso de Ajudante de pedreiro e Calceteiro. (Objetivos: Promover a capacitação profissional de pessoas mais necessitadas ou carentes e que não tenham qualificação para atuar no mercado de trabalho, na habilidade de ajudante de pedreiro. Ensinan-do fundamentos básicos da profissão englobando aspectos de organização, des-perdício, segurança, manuseio de ferramentas e utensílios específicos, contribuindo para a inclusão social, gerando emprego e renda na localidade ou região).II Encontro de Pianistas em Paraty - 2009. (Objetivos: MINISTAR aulas individuais; cinco recitais na Igreja Nossa Senhora do Rosário localizada no centro histórico de Paraty e em Angra dos Reis, local a ser definido. Dois concertos didáticos um em Pa-raty outro em Angra dos Reis. Concertos didáticos para crianças das escolas públicas da área urbana e rural).

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Programas e Projetos da PREAC

Além das atividades desenvolvidas sob a orientação dos órgãos auxiliares, a PREAC pro-move ações sob a forma de programas e projetos de extensão universitária.

Programa de Financiamento de Projetos em Extensão Comunitária - Editais PREAC

Em 2007, foi lançado o 1º Edital PREAC para Projetos de Extensão Comunitária, oferecendo recursos institucionais de R$150 mil, e em 2008, o segundo Edital com recursos de R$250 mil. Os Editais têm a finalidade de apoiar financeiramente projetos de Extensão Universitária, que se enquadrem no conceito de “Extensão Comunitária”. Entende-se por “Extensão Comunitária” a atividade acadêmica de Extensão Universitária, destinada a atender a sociedade civil em comu-nidade externa à UNICAMP em segmentos da população de baixa renda ou grupos específicos (minorias, grupos étnicos, portadores de necessidades especiais, faixas etárias, etc.), visando pro-mover ação de natureza social, artística, cultural, desportiva ou educativa. A ação de “Extensão Comunitária” deve estar diretamente vinculada a uma atividade acadêmica regular de ensino e/ou de pesquisa; deve ser dirigida por um docente da UNICAMP; deve contar necessariamente com a participação de alunos regularmente matriculados na UNICAMP; e, deve promover a troca mútua de conhecimentos e de experiências entre os acadêmicos participantes do projeto e as pessoas da comunidade atendida.

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137SOS Ação Mulher e Família

SOS Ação Mulher e Família

Breve histórico1

O SOS (Save Our Souls) tem suas raízes nos grupos feministas de mulheres, que surgi-ram no mundo no início dos anos 70. O movimento visava a contestação à opressão mas-culina, à condição de inferioridade imposta arbitrariamente às mulheres. O surgimento dos SOSs no Brasil (década de 80) foi uma resposta e um ato de repúdio à violência cometida contra as mulheres (crimes passionais) - homicídios de mulheres famosas e anônimas.

Os grupos feministas em geral eram basicamente de reflexão (corpo, sexualidade, traba-lho, política). O que diferencia os SOSs dos demais grupos feministas era o contato direto das militantes com as mulheres vitimadas, através da abertura de um espaço de apoio mú-tuo e solidariedade às mulheres vítimas de violência.

No ano de 1983 foi dado o primeiro passo para a institucionalização: registro do SOS como pessoa jurídica e criação de uma coordenação técnica e de uma diretoria eleita perio-dicamente. Também foi obtido o primeiro financiamento pela CPFL e o início da luta pela auto-subsistência.

Ao longo de 25 anos foram criadas parcerias com o Ministério da Justiça; Unifem; Ministério da Saúde Unesco; Fundação McArthur/Instituto de Saúde Pública do México e mais recentemen-te, UNICAMP; Prefeitura Municipal de Campinas; FEAC; CEI; CMAS; CMDM; CMDCA.

Em 1986 o SOS foi reconhecido como entidade de utilidade pública municipal, em 2004 como estadual e em 2005 como federal.

O reconhecimento do SOS, em 1990, se deu como um campo de estágio para as facul-dades de Psicologia, Serviço Social e Direito (PUCCAMP e UNIP atualmente).

A população alvo da SOS AÇÃO MULHER E FAMÍLIA não é apenas a mulher, mas tam-bém seu companheiro e filhos, abrangendo a família como um todo. Isto é uma conseqüên-cia direta da concepção de que não é possível abstrair a mulher de suas relações e tratá-la isoladamente de seu contexto familiar. Na visão sistêmica cada uma das partes se interage e se influencia mutuamente.

Missão

Atender a mulher e a família, vítimas de molestamento e discriminação, no sentido de contribuir para a superação da opressão e a conscientização dos seus direitos, incluindo os seguintes aspectos:

1. Dar atendimento social, psicológico e jurídico à mulher e sua família, vítimas de atos

de violência e discriminação no lar, no trabalho e na sociedade:2. Promover a integração com as entidades congêneres, nacionais e internacionais, vi-

sando a conjugação de esforços na problemática em questão;

{� ��� �����%&���������X|�����}����� �����~�#��� �����^�� �����������������[�������}��X$����|����-ordenadora da equipe técnica do SOS/ Ação Mulher e Família.

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138 SOS Ação Mulher e Família

3. Desenvolver estudos e pesquisas relativos a problemas da mulher e sua família e divulgar matéria educativa e elucidativa para conscientização da sociedade, com o objetivo de obter seu apoio e integração; e

4. Celebrar convênios e contratos que possibilitem à entidade o desenvolvimento de projetos, programas e atividades nos seus diversos aspectos.

Objetivo Geral

Tratar e prevenir a violência intrafamiliar, envolvendo os agentes da violência no processo de mudança dos modelos relacionais disfuncionais, propiciando ao casal e sua família um espaço acolhedor para escuta, apoio e orientação, que resulte no fortalecimento de seus vínculos, em sua autonomia, no desenvolvimento de potencialidades nos aspectos emo-cional e social, tendo como fim último o rompimento do ciclo da violência de gênero e a recriação de um modelo saudável de relação homem/mulher.

Objetivos Específicos

Possibilitar um espaço de atendimento para que os agentes da violência e vítimas desenvolvam processos de mudanças no relacionamento consigo mesmo, com o(a) parceiro(a) e filhos, tomando consciência de sua conduta, da sua responsabilidade com a violência exercida e a motivação para efetuar mudanças no comportamento; Facilitar a compreensão do processo de construção do modelo relacional de violência;Facilitar o desenvolvimento de habilidades interpessoais que possibilitem a constru-ção de um modelo relacional de resolução de conflitos que utilize o diálogo e a ne-gociação, ao invés do poder e da violência;Promover o acolhimento da mulher, demonstrando aceitação e um interesse genu-íno por sua pessoa e seu problema, favorecendo em última instância um vínculo de apoio e confiança com a instituição; Ajudar a usuária a perceber as possibilidades de mudança de sua realidade, refletindo sobre os recursos que possui: - internos (seu potencial, suas habilidades); - externos (a rede de apoio de sua comunidade e a da esfera pública);Proporcionar à mulher um espaço de reflexão e crescimento, onde a partir das trocas e do compartilhar de experiências com outras mulheres, ela possa relativizar suas questões, descobrir novos potenciais e sentir-se acolhida e legitimada ao identificar universos pessoais tão próximos ao seu;Atender à necessidade imediata da usuária, proporcionando esclarecimentos que sua problemática tem raízes mais profundas de cunho social e em sua história de vida;Avaliar a situação de vida da mulher e sua família proporcionando orientações e en-caminhamentos a rede de proteção.

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139SOS Ação Mulher e Família

Atuação

Um dos grandes diferenciais do SOS nos últimos tempos tem sido o foco na qualidade do serviço e a ênfase no monitoramento e avaliação do modelo de intervenção SOS. Nesse sentido, foram introduzidos dois instrumentos auxiliares que são a Ficha de Acompanhamento Individual da Evolução do Caso e o Formulário Geral de Acom-panhamento de Evolução de Casos, evidenciando sua participação nos diversos serviços. Tais medidas se justificam tomando por base que o registro de informações é fundamental para saber o que mudou a partir da queixa e da solicitação apresentadas pela usuária e assim obter dados para poder-se avaliar a eficácia da intervenção. Além disso, o grupo de acompanhamento propriamente dito é outro instrumento de grande valia, pois além de ser um espaço interdisciplinar por excelência, possibilita realizar o monitoramento bem de perto. Sabe-se que ainda há muito por fazer e que para isso é essencial aumentar o quadro de Recursos Humanos, mas certamente nesse ano que passou a entidade está um pouco mais próxima de sua VISÃO: “ser uma organização reconhecida pela excelência de seus atendimentos na prevenção da violência doméstica envolvendo a mulher, sua família, as instituições sociais e a comunidade”.

Também tem sido um fato importante podermos contar com a participação de estagi-ários e pesquisadores em nível de graduação e pós-graduação de universidades como a UNICAMP, a USF, a PUCCAMP, a UNIP, em conformidade com um de seus objetivos espe-cíficos: “promover campos de estágio, estudos e pesquisas sobre a violência familiar e sua relação com a violência social.” Assim, a contribuição do estagiário/pesquisador é dupla: ao mesmo tempo em que ele está gerando conhecimento sobre o fenômeno da violência de gênero / intrafamiliar e novas formas de enfrentamento do mesmo, se está sensibilizando a comunidade acadêmica e profissional sobre a importância desse grave problema social e de saúde pública. Importante evidenciar que continua ocorrendo uma demanda reprimida da ordem de aproximadamente 40 casos por mês, desta vez no próprio atendimento dos casos de violência, devido à exclusiva falta de técnicos. Este fato, ao mesmo tempo em que expressa a importância do serviço, também manifesta a necessidade de que haja maiores investimentos por parte de agências financiadoras para que a entidade continue desempe-nhando o seu papel e a sua missão de uma maneira mais expressiva.

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140 SOS Ação Mulher e Família

Tabela 03 - Atendimentos efetivados junto às mulheres e ao grupo familiar.

Tipo de Atendimento Total % acumulada

Projeto Capacitação Feminina 16410 62,7%

Jurídicos Individuais e de Casal 2119 70,8%

Psicológicos Individuais e de Casal 1414 76,2%

Entrevista de Admissão 1220 80,9%

Terapia Comunitária 823 84,0%

Módulo I 743 86,9%

Projeto Recriando - Brinquedoteca 706 89,6%

Grupos Interdisciplinar de Acompanhamento 556 91,7%

Projeto Refazendo Relações 464 93,5%

Sociais Individuais e Grupo Familiar 390 94,9%

Projeto Gira-Vida 363 96,3%

Espaço Renascer 309 97,5%

Projeto MaterN’ arti 264 98,5%

Plantões de Urgência 163 99,1%

Terapia Comunitária de Casal 120 99,6%

Psicoterapia Breve Individual 46 99,8%

Programa Parceiros da Paz 35 99,9%

Grupo Psicoterapêutico 9 99,95%

Psicoterapia de Casal e Família 8 99,98%

Encaixes da Vida 5 100,0%

Total de Atendimentos 26167

A tabela acima mostra que mais de 80% dos atendimentos realizados durante o pe-ríodo de maio de 2005 a abril de 2008 estão concentrados no Projeto de Capacitação Feminina, nos atendimentos Jurídicos Individuais e de Casal, Psicológicos e de Casal e Entrevistas de Admissão.

A realização da Terapia Comunitária foi um dos fatores importantes para o acompanha-mento interdisciplinar dos usuários que estão no programa.

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141SOS Ação Mulher e Família

Principais Atividades Realizadas com os Usuários:

Capacitação feminina com os cursos: manicura/pedicure, cabelereira, depilação, mosaico, pintura em madeira e sabonete, desenho artístico, bijuteria, biscuit, massa-gem anti-stress, treinamento em serviços domésticos, crochê e culinária.Plantão de urgência - garantia de pronto atendimento para casos que demandam intervenções e encaminhamentos de urgência;Sala de Espera - Acolhimento das usuárias e localizá-las quanto a filosofia do SOS, a visão sobre gênero e violência, esclarecendo sobre os atendimentos que podem receber na instituição e, também em outros serviços do município, quando necessário;Módulo I (Serviço de triagem nos âmbitos social, jurídico e psicológico) - Promoven-do o acolhimento necessário a iniciação do enfrentamento à situação de violência. Situar as usuárias quanto aos objetivos do trabalho proposto reforçando aspectos sobre a missão SOS e os propósitos de sua fundação;Subsidiar a aquisição de um novo olhar acerca da questão de gênero através da re-flexão sobre a construção histórica dos estereótipos sexuais.Módulo II - Criar oportunidades que dêem início ao processo de reconstrução de sua identidade e auto-estima. Ampliar as noções gerais sobre Direitos de Família fornecidas no Módulo I direcionando-as para as dúvidas específicas das usuárias se interesse geral.Entrevistas individuais de admissão ao programa - levantamento da queixa, anamnese completa incluindo situação individual e familiar, realização dos encami-nhamentos internos e externos necessários.Atendimento individual e de casal nas áreas social, psicológica e jurídica - Oferecer atendimento especial para casos que demandem intervenções mais específicas.Procedimento Jurídico - ingressar com ações judiciais na Vara de Família, quando se fizerem necessárias.Grupos de acompanhamento - proporcionar um espaço de reflexões sobre gênero e cidadania, possibilitando uma maior compreensão da realidade no sentido de su-perar a situação de violência.Saúde e Sexualidade: preparar, esclarecer e orientar as mulheres, promovendo a consciência sobre a sua saúde, autoproteção e riscos de contaminação através de relações sexuais.Terapia Comunitária: reforçar a dinâmica interna de cada indivíduo para que possa descobrir seus valores, suas potencialidades e promovendo a construção de redes sociais na comunidade.Mediação Familiar: que tem como objetivo a prevenção da violência doméstica, a pre-venção de novos conflitos, cuja a violência intra-familiar reverbera na vida social e tam-bém na agilização dos processos judiciais. A mediação do conflito familiar ocorre através do restabelecimento da comunicação, negociação e manejo dos conflitos.

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142 SOS Ação Mulher e Família

Principais Atividades Realizadas com as Famílias:

Os atendimentos jurídico, social e psicológico sempre focalizam a família, e os familiares são incluídos no atendimento através de projetos especiais, no sentido de prevenir e mini-mizar os agravantes da violência doméstica, são eles:

ReCriando - atende crianças de 4 a 12 anos, e suas famílias, favorecendo novas possibilidades de convívio familiar e prevenindo ações de violência.Parceiros da Paz - voltado a usuários (as) de álcool e drogas que buscam superar este problema;Projeto Gira-Vida - desenvolve ações sócio-psicoterapeuticas a crianças, adoles-centes e suas famílias, buscando transformações no convívio familiar e conseqüente prevenção e ruptura do ciclo de violência intergeracional;Projeto Capacitação Feminina: proporcionar às mulheres qualificações profissio-nal, possibilitando condições de geração de renda e autonomia;Projeto Refazendo Relações - voltado a casais que vivem em situação de violência conjugal e contra crianças e adolescentes, usuários da instituição ou indicados por outros serviços da rede pública e poder judiciário;Projeto MaterN´arti - trabalho de maternagem para pais e cuidadores que consiste no suporte à reestruturação do papel materno à partir do auto-cuidado, do cuidado com o outro e com o ambiente doméstico, através de oficinas de arte, reflexão e auto-conheci-mento, fundamentado nos princípios da pedagogia Waldorf;Reuniões intersetoriais e articulação com profissionais de programas e serviços do município, para acompanhamento integrado e em rede de famílias que apresentam agravantes importantes de violência familiar.

Principais Atividades Realizadas com a Comunidade:

Assessoria, capacitação profissional, palestras e participação em eventos científicos, abordando temas relacionados a gênero, violência familiar e violência social, com o objetivo de sensibilizar e ampliar conhecimento e uma prática efetiva no que se refere a violência. Também houve a participação em eventos municipais: Justiça na Praça e Ação e Cidadania;As profissionais do SOS contribuíram com o processo de discussão das políticas pú-blicas em execução e da necessidade de implantação de novos programas, através de sua participação no CMDCA, através de Comissões de Família, de Violência Domésti-ca e Quebrando Silêncios, como também, em reuniões da Coordenadoria da Mulher e Ação Regional da FEAC. Também há representação do SOS-AMF nos Conselhos Municipais da Mulher e de Segurança;Capacitação Feminina - realização de cursos que possibilitam a iniciação profis-sional das mulheres, facilitando o processo de autonomia e oferecem, também, um espaço de convivência e reflexão sobre o exercício da cidadania e direitos humanos e que são abertos à participação da comunidade;Concretização do vídeo institucional do SOS-AMF;Realização de Terapia Comunitária com famílias do COMEC;

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143SOS Ação Mulher e Família

Terapia Comunitária articulada em rede, envolvendo famílias do SOS-AMF abrigo municipal e programa SAPECA, durante todo o 1º semestre.

Ao longo do período de maio de 2005 a abril de 2008 o número de atendimentos tem caído e a razão se dá por dois motivos: primeiro, a equipe é constituída de quatro funcionários efetivos, sendo três administrativos e uma psicóloga, ambos da UNICAMP. Como prestadores de serviços há uma psicóloga, uma assistente social e uma encarregada da limpeza. Os demais integrantes da equipe são voluntários, tanto da área jurídica quanto psicológica, além de estagi-ários. Dessa forma, a capacidade de atendimento, com a qualidade necessária, fica restrita a um número menor, comparado com períodos anteriores. Segundo, a Delegacia da Mulher, que antes encaminhava ao SOS Ação Mulher e Família os casos que envolviam a mulher, hoje tem encaminhado diretamente ao Centro de Apoio à Mulher Operosa - CEAMO, que tem como objetivo, o atendimento e aconselhamento jurídico, social e psicológico à mulher vítima de vio-lência, discriminação e preconceito.

Equipe

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144 SOS Ação Mulher e Família

Andréa Tortorelli GomesCarla da SilvaClaudia Ap.OliveiraClaudia R.Oliva C.ReichlingEster Aparecida VianaFlavia Moraes Salles Costa CavalcantiHelena Maria de Aguiar GodoyIsaura Isilda Trevisan MoreiraLucélia BraghiniLucia Helena OctavianoLuciana AndradeMárcia C.Garcia SilvaMaria Angélica Beozzo PfisterMaria da Graça VenturaMaria do Carmo Alves Gerez

Maria Isabel G.PenteadoMaria Teresa BuenoMirian FauryNeide Martins de CamargoOdair LisboaPatrícia GattiPedro Vitor B.MilanesiRafael F.P.e SilvaRenan F.P.e SilvaShirlei C.M.C.SilvaTaís Helena Pires TrevisanTatiana Gomez EspinhaThaís Bueno de A.ArizaTheresinha J.S.Mattos

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145Programa de Gestão Estratégica Pública - PGEP

Programa de Gestão Estratégica Pública - PGEP

Objetivos do PGEP

O Programa de Gestão Estratégica Pública foi criado junto à Pró-Reitoria de Extensão e As-suntos Comunitários (PREAC) em 2005, a partir da experiência de docência, pesquisa e extensão acumulada por diversas equipes de professores e alunos de pós-graduação da UNICAMP, em especial do Grupo de Análise de Políticas de Inovação (GAPI), vinculado ao Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT) do Instituto de Geociências.

O objetivo do Programa é desenvolver ações de extensão universitária (projetos, cursos de extensão universitária, assessoria e consultoria técnica) que contribuam para a melhoria da gestão pública brasileira nos níveis federal, estadual e municipal através da capacitação de seus dirigentes.

O PGEP pretende levar aos governos e seus dirigentes os conhecimentos teórico-práticos relacionados à gestão estratégica em ambiente de governo. Espera-se, assim, aumentar a efetividade da atuação dos dirigentes públicos, tornando-os capazes de formular e imple-mentar políticas coerentes com o cenário de constantes mudanças políticas e econômicas e de construção democrática.

A capacitação dos participantes desenvolve-se nos seguintes eixos e conteúdos temáticos:

1. Instrumentos para Diagnóstico e Intervenção - Metodologia de Trabalho em Equipe; Metodologia de Diagnóstico de Situações; Metodologia de Planejamento Institucional; Comunicação para Ação; Organização do Gabinete do Dirigente Pú-blico; Agenda do Dirigente Público; Coordenação de Governo; Estudo de Atores; Gerenciamento de Crises.

2. Instrumentos para Análise - Mapas Cognitivos; Sistemas e Modelos; Análise de Políticas; Públicas; Poder; Modelos de Tomada de Decisão; Processos de Implemen-tação; Burocracia; Teoria das Organizações; Visões da Relação Estado e Sociedade.

3. Assuntos de Governo - Processo de Democratização; Demandas Cognitivas; A Re-forma do Estado e o Estado Necessário; Melhoria da Máquina do Estado; Comuni-cação de Governo; Promoção de Inovações Social e Ambientalmente Sustentáveis; Políticas de Inclusão Social; Planejamento Orçamentário; Modernização Administra-tiva; Escola de Governo.

O principal instrumento de atuação do PGEP - os cursos de extensão universitária - desenvol-ve-se através das seguintes modalidades do Curso de Gestão Estratégica Pública:

Especialização presencial (360 horas-aula);

Extensão presencial (120 horas-aula);

Extensão semi-presencial (120 horas-aula: 48h presenciais e 72h de ensino à distân-cia mediante o uso de um ambiente de suporte adequado).

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146 Programa de Gestão Estratégica Pública - PGEP

Cursos Realizados

Desde 2003, o PGEP ofereceu 14 cursos de Gestão Estratégica Pública, dos quais 11 destes se referem a cursos presenciais de 120 horas-aula a 360 horas-aula e o restante diz respeito a modalidade extensão à distância (EAD) de 120 horas-aula.

O Curso de Gestão Estratégica Pública, até o final do ano de 2008, formou 431 alunos nas turmas presenciais e 104 alunos nas turmas semi-presenciais, totalizando 535 alunos desde 2003.

Participação da Administração Pública

Ao longo dos cinco anos de oferecimento, os cursos do PGEP foram oferecidos diretamente, por meio de contratos firmados com órgãos públicos, ou indiretamente, através da participação de seus dirigentes públicos individualmente, a 30 municípios do Estado de São Paulo.

Os municípios são: Americana; Amparo; Atibaia; Botucatu; Bragança Paulista; Campinas; Campo Limpo Paulista; Cordeirópolis; Guarulhos; Hortolândia; Indaiatuba; Itapira; Jacareí; Jales; Jarinu; Jundiaí; Limeira; Mogi das Cruzes; Mogi Mirim; Paulínia; Piracicaba; Rio Claro; Salto; São José dos Campos; São Paulo; Sumaré; Suzano; Valinhos; Várzea Paulista; e Vinhedo.

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147Programa Alfabetização Solidária - ALFASOL

Programa Alfabetização Solidária - ALFASOL

No último quadriênio, a UNICAMP deu seqüência a sua participação como parceira do Programa Alfabetização Solidária (AlfaSol), assumindo seu quinhão de responsabilidade so-cial na diminuição do analfabetismo no país como forma de inclusão social de jovens e adultos não escolarizados.

Objetivos do AlfaSol

O objetivo do Alfasol é propiciar a jovens e adultos não escolarizados o domínio dos usos sociais da escrita como mais um instrumento de participação e inclusão social. Para-lelamente, o Programa visa a colaboração da Instituição de Ensino Superior (IES) parceira na estruturação, no município atendido, da Educação de Jovens e Adultos (EJA), e o enca-minhamento dos egressos de seus cursos para esse segmento de escolarização, a fim de que eles dêem continuidade a seus estudos, o que lhes potencializará, além da aquisição de novos conhecimentos, o avanço profissional. Como possível conseqüência, espera-se uma melhoria no ensino público local, uma vez que parte dos alfabetizadores atua na rede municipal de ensino.

É com vistas a esses objetivos que a equipe da UNICAMP responsável pela coordenação dos trabalhos tem atuado na parceria com o AlfaSol.

Princípios orientadores

O trabalho desenvolvido pela equipe da UNICAMP foi orientado por princípios básicos, dos quais destacamos os mais relevantes.

A neutralidade dos projetos

Nenhum projeto de intervenção externa em uma comunidade é neutro (Gee,1990), pois a equipe que o implementa traz consigo sua cultura, seus valores, sua visão de mundo, cuja percepção pela população local é inevitável. É inevitável, também, que alguns membros da comunidade passe a tomar a equipe como modelo. Ter esses fatos em mente foi essencial para que fosse impedido qualquer tipo de aculturação. Assim, o trabalho pautou-se pelo respeito e pela valorização da cultura local.

O poder da escrita

A escrita não tem o poder de garantir um desenvolvimento cognitivo superior, melho-res empregos, ou ascensão social, conforme preconizam os que argumentam a favor do letramento autônomo (Street, 1984). Não é a escrita em si, mas o acesso ao conhecimento e à tecnologia que seu domínio permite que potencializará transformações pessoais e pro-fissionais e a inclusão social. Potencializará, mas não garantirá, uma vez que outros fatores estarão exercendo sua influência.

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148 Programa Alfabetização Solidária - ALFASOL

Dominar a escrita não significa, contudo, apenas desenvolver habilidades de codificação e decodificação. Saber ler e escrever significa ser capaz de fazer uso da escrita nas interações so-ciais que constituem o cotidiano das pessoas. É a apropriação dos usos culturais da escrita e a compreensão dos fatores socioeconômicos, históricos, políticos e de poder, que os determinam, que fazem da escrita um instrumento de cidadania (Terzi, 2003; Terzi e Scavassa, 2005).

A autonomia

Não há “transferência” do letramento de um grupo externo a uma comunidade. As pesqui-sas mostram que as populações atendidas re-processam os usos e funções da escrita, introduzi-dos pelos projetos, a fim de adaptá-los às necessidades e às condições locais. O respeito a todo tipo de adequação, que já representa uma autonomia significativa, pois revela que os membros da comunidade estão se apropriando criticamente do que lhes foi ensinado, assumindo seu próprio processo de letramento, foi uma constante no trabalho da equipe.

A contextualização do programa

Cada comunidade apresenta, em dado momento histórico, condições socioeconômicas, cul-turais, políticas e de letramento específicas que devem ser consideradas na programação dos cursos, uma vez que elas determinam as motivações, necessidades e expectativas com relação à aprendizagem da escrita. Entretanto, é importante que se vá além das expectativas iniciais, em geral de cunho utilitário, introduzindo-se outras práticas de letramento que preparem os alunos para a vivência em múltiplas sociedades letradas.

Atividades desenvolvidas

As atividades desenvolvidas pela equipe da UNICAMP, no quadriênio, envolveram: a se-leção e a formação dos alfabetizadores participantes, o acompanhamento e a avaliação dos cursos, a seleção e a elaboração de material de apoio teórico e didático, e a coleta de dados para a elaboração de relatórios e para pesquisa.

Seleção e formação dos alfabetizadores

Os alfabetizadores foram selecionados por um membro da equipe da UNICAMP, após divulgação do concurso, e através de prova escrita e entrevista.

A formação dos selecionados, que teve por objetivo não apenas o preparo profissional dos mesmos, mas também o desenvolvimento pessoal, foi feita em uma etapa inicial, atra-vés de um curso intensivo de 40 horas, e durante as visitas aos municípios, por períodos de 10 horas. Além disso, sempre que dificuldades eram detectadas, eram enviados aos profes-sores textos de apoio teórico e de orientação didática.

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149Programa Alfabetização Solidária - ALFASOL

Acompanhamento e avaliação dos cursos

O acompanhamento e a avaliação dos cursos foram feitos através de visitas trimestrais da equipe aos municípios atendidos, nas quais foram analisados, juntamente com os alfabetizado-res e coordenadores locais, a situação de aprendizagem, os problemas e necessidades, e foram visitadas as salas de aula, a fim de se ouvir a avaliação dos alfabetizandos; através de dados informados nos relatórios mensais produzidos por alfabetizadores e coordenadores; através de aulas gravadas em áudio e, sempre que necessário, através de contatos telefônicos.

A avaliação do desempenho dos alunos foi feita a partir dos dados apresentados pelos alfabetizadores e da análise, pela equipe, de produções mensais dos alfabetizandos, envia-das à UNICAMP.

Elaboração de material de apoio didático

Dada a formação limitada dos alfabetizadores e o difícil acesso a portadores de textos, foi enviado aos municípios material para uso em sala de aula, assim como livros e revistas que poderiam atender tanto os participantes do AlfaSol como a comunidade em geral. Além de utilizado nos cursos, o material didático enviado foi reproduzido por algumas professoras para uso em suas salas no ensino municipal. Já os livros e revistas deram início, em três dos municípios atendidos, a uma pequena biblioteca.

Coleta de dados

Mensalmente, foram enviados à coordenação nacional do AlfaSol o relatório de avaliação (RMA) e o de execução (RME), referentes a cada município, e, ao final de cada módulo, o relató-rio geral contendo dados sobre o atendimento e sobre os resultados da aprendizagem.

Quadro I - Atendimentos Efetivados

Município Alfabetizadores formados

Alunos atendidos

Olho D´Água do Casado 21 403

Traipu 54 645

Campinas 11 189

Carneiros 40 719

Olho d´Água das Flores 15 266

Canapi 10 195

Lajeado 6 98

Tocantínia 7 134

Miracema do Tocantins 7 95

Total Geral 171 2.744

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150 Programa Alfabetização Solidária - ALFASOL

Em 2005, a UNICAMP foi parceira do AlfaSol no Projeto Nacional, atendendo os mu-nicípios de Olho D´Água do Casado e Traipu, em Alagoas, e do Projeto Grandes Centros Urbanos, atendendo a região periférica do município de Campinas.

No ano de 2006, com o encerramento do Projeto Grandes Centros Urbanos, a UNICAMP deixou de atuar em Campinas e assumiu a coordenação de mais um município - Carneiros, AL - do Projeto Nacional, até então coordenado por outra IES. No final do ano, tendo em vista que os objetivos já haviam sido atingidos, os trabalhos do AlfaSol no município de Olho D´Água do Casado foram encerrados.

A continuidade dos trabalhos se deu em 2007 em Traipu e Carneiros, e foram assumidos dois outros municípios alagoanos - Olho d´Água das Flores e Canapi - que vinham sendo coordenados por outras IES. A atuação do AlfaSol nos municípios de Traipu, Olho d´Água das Flores e Canapi foi encerrada no final deste ano, dada a constatação de os objetivos já terem sido alcançados.

Além da continuidade dos trabalhos em Carneiros, AL, a UNICAMP, em 2008, assumiu três municípios do Tocantins: Lajeado, Tocantínia e Miracema do Tocantins.

Reflexos da atuação no AlfaSol no ensino e na pesquisa

Todo o trabalho desenvolvido no período, assim como as discussões teóricas que o em-basavam, envolveu a participação direta e a formação de três alunas de graduação e de uma de pós-graduação, e influenciou os cursos sobre letramento oferecidos no IEL pela co-ordenadora da equipe. Os dados coletados no AlfaSol resultaram, no último quadriênio, em três artigos publicados, uma apresentação em congresso internacional e uma em congresso nacional. Com dados de outras esferas educacionais, porém apoiadas na experiência do tra-balho realizado no AlfaSol, foram defendidas uma tese de doutorado e duas de mestrado.

Assim sendo, o conjunto de dados apresentados mostra que projetos de extensão como o AlfaSol trazem benefícios não apenas às comunidades em que são implementados, mas também ao ensino e à pesquisa na Universidade.

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151Capacitação de Pescadores Artesanais para Manejo da Pesca - CAPESCA

Capacitação de Pescadores Artesanais para Manejo da Pesca - CAPESCA

O CAPESCA - Programa: Capacitação de Pescadores Artesanais para o Manejo da Pesca, tem a missão de criar as bases para a sustentabilidade da pesca artesanal em termos ecoló-gicos, econômicos, sociológicos e culturais. Vale ressaltar que a pesca artesanal no Brasil é responsável por mais de 50% de todo o desembarque pesqueiro.

O espaço criado pela PREAC para a existência e funcionamento do CAPESCA foi e está sendo fundamental para colocar em prática um dos objetivos do CAPESCA, que é o de “subsidiar o manejo pesqueiro através da interação entre conhecimento científico e conhe-cimento local (conhecimento dos pescadores)”.

Essa linha de pesquisa e extensão teve, ao longo desses anos, pouco espaço na UNI-CAMP, por ser vista muito biológica por uns e muito sociológica por outros, a ponto de se considerar que ela não se encaixava nem em departamentos e nem em núcleos, pois esses acabam por representar uma linha de pesquisa, de uma área ou outra.

Desse modo, o espaço criado pela PREAC, com sede física na Estação Guanabara, pro-porcionou ao CAPESCA grande desenvolvesse que aliado à parceria com o LEPAC em Paraty, está sendo possível desenvolver um projeto qüinqüenal em colaboração com o IDRC Cana-dá, além de pesquisas e projetos com pescadores artesanais na região de Paraty, bem como em outras regiões do Brasil, como Rio de Janeiro, Bahia e Alagoas.

Reunião com Pescadores e Mapea-mento de Pesqueiros: Angra dos Reis, em 11 de fevereiro de 2009.

DIVULGAÇÃO

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152 Capacitação de Pescadores Artesanais para Manejo da Pesca - CAPESCA

A possibilidade de diálogo entre pesquisa e conhecimento local sobre espécies de peixes, bio-logia e ecologia de peixes, áreas de pesca, dentre outros, abre as possibilidades de encaminhar subsídios e políticas de manejo da pesca costeira e de água doce. A interação entre pesquisa-dores e pescadores artesanais é então vinculo essencial para encontrar caminhos sustentáveis à pesca artesanal, à produção pesqueira e às espécies de pescado.

Nesse sentido, o CAPESCA tem realizado:

estudos sobre etnobiologia e sobre etnoecologia, conhecimento que os pescado-res artesanais possuem sobre a biologia e ecologia das espécies;

estudos sócio-ecológicos sobre pescadores artesanais habitantes da costa da Mata Atlântica e ribeirinhos da Amazônia;

cursos de extensão sobre manejo pesqueiro;

organização e participação em eventos.

Pescadores da região de Maceió, Ala-goas. Projeto (FAPESP 07/58700-7). Janeiro 2009.

DIVULGAÇÃO

Pescadores do Saco do Mamanguá, Paraty, Janeiro 2009. Entrevistas do projeto em parceria com FIFO & IBIO

DIVULGAÇÃO

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153Capacitação de Pescadores Artesanais para Manejo da Pesca - CAPESCA

Principais atividades desenvolvidas e resultados obtidos Projetos de Pesquisa

1. Ecologia e Etnoecologia de Lutjanidae, com aporte FAPESP de R$104.995,00.Objetivos: adquirir conhecimentos sobre a dieta e reprodução dos vermelhos, seja atra-vés de estudos sobre a biologia das espécies, seja através do conhecimento dos pescado-res artesanais. Resultados esperados: contribuir com subsídios amanejo pesqueiro de peixes recifais; incluir pescadores artesanais em processos de co-manejo pesqueiro.

2. Diagnóstico Sócio-Ambiental de comunidades de pescadores artesanais de Ilha Grande e Paraty. Projeto em parceria com Instituto BioAtlântica, aporte finan-ceiro na ordem de R$67.000,00. Objetivos: levantamento de 30 comunidades de pescadores artesanais nas regiões de Angra e Paraty visando obter informações sobre uso de recursos naturais, pesca e pesqueiros usados. Resultados esperados: subsidiar o manejo da pesca artesanal, publicar um livro sobre os resultados obtidos.

3. Community based Management and Food Security in Brazil. Projeto em colabora-ção com Prof. Fikret Berkes, Natural Resource Institute, University of Manitoba, Canadá, financiado por IDRC-IRCI Canadá (Can$ 749,981.00). Recém aprovado, carta apresentada abaixo. Objetivos: obter informações sobre a pesca da região de Pa-raty, sobre a ecologia e etnoecologia de espécies comerciais, sobre uso de recursos naturais e sobre instituições locais. Resultados esperados: elaborar um modelo de manejo pes-queiro local, incluindo processos de co-manejo; intercambio entre estudantes do Brazil e Canadá.

Publicações

Livros

Livro, 2007: HANAZAKI, N., PERONI, N. ARAUJO, L. G., TOLEDO, B. A., TAMASHIRO, J. & BEGOSSI, A 2007. Etnobotanica Caiçara. ED. RIMA, São Carlos.

Periódicos 2007

CLAUZET, C.,RAMIRES, M. e BEGOSSI, A. 2007. Etnoictiologia dos pescadores artesanais da Praia de Guaibim, Valença, Bahia.Neotropical Biology and Conservation 2(3): 136-154.

PACHECO, S. P. & BEGOSSI, A. 2007. Whales, dolphins or fishes ? The ethnotaxonomy of Cetaceans in São Sebastião, Brazil. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine 3:9 www.ethnobiomed.com/content/2/1/9

SILVA, A. L.; J. TAMASHIRO e BEGOSSI, A. 2007. Ethnobotany of riverine populations from the Rio Negro, Amazônia (Brazil). Journal of Ethnobiology 27(1): 46-72.

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154 Capacitação de Pescadores Artesanais para Manejo da Pesca - CAPESCA

Periódicos 2008

BEGOSSI, A. .2008. Local knowledge and training towards management. Environment, De-velopment and Sustainability 10:591-603.

BEGOSSI, A., CLAUZET, M., FIGUEIREDO, J.L., GARUANA, G., LIMA, R.V., MAcCORD, P. F., RAMIRES, M., SILVA, A.L.; SILVANO, R.A.M. 2008. Are biological species and high-ranking categories real? A comparison of fish folk taxonomy in the Atlantic Forest and in the Amazon (Brazil). Current Anthropology:, 49:292-306.

BEGOSSIi, A. e SILVANO, R.A.M. 2008. Ecology and Ethnoecology of dusky grouper, ga-roupa, [Epinephelus marginatus ( Lowe, 1834)] along the coast of Brazil. Journal of Eth-nobiology and Ethnomedicine, 4: 20 (online).

HENS, L. e BEGOSSI, A. 2008. Diversity and management: from extractive to farming sys-tems. Environment, Develoment, and Sustainability, 10: 559-563.

LOPES, P. F. e BEGOSSI, A. 2008. Temporal changes in caiçara artisanal fishing and alterna-tives for management: a case study on the southeastern Brazilian coast. Biotaneotropica 8(2): online.

PERONI, Nivaldo ; BEGOSSI, A. ; HANAZAKI, Natalia . 2008. Artisanal fishers´ethnobotany: from plant diversity use to agrobiodiversity. Environment, Development and Sustainability, 10: 623-637.

SILVA, A.L. e BEGOSSI, A. 2008. Biodiversity, food consumption and ecological niche di-mension: a study case of the riverine populations from the Rio Negro, Amazonia, Brasil. Environment, Development, and Sustainability, DOI 10.1007/s10668-007-9126-z .

SILVANO, R.A.M., Silva, A.L., CERONE, M. e BEGOSSI, A. 2008. Contributions of Ethnobiology to the conservation of tropical rivers and streams. Aquatic Conservation, 18(3): 241-260, DOI 10.1002/aqc.825.

Cursos

Curso de Extensão sobre Manejo Pesqueiro, 16 a 20 de junho de 2008, Estação Guanabara, Campinas, S.P. Organização de Eventos: XVth International Meeting of the Society for Human Ecology, 4 a 7 de outubro, Rio de Janeiro, 2007.

Participação em eventos e visitas de colaboração:

1. Extensão dezembro de 2007 e novembro de 2008, PREAC, UNICAMP.2. ECOSUMMIT 2007, Beijing, CHINA, 22-27 maio de 2007. Apres. Oral do trabalho,

por A. Begossi: Research and Education for Local Populations towards Sus-tainability: examples for fisheries. Apoio: FAPESP 07/51011-1, CNPQ e FAEPEX-UNICAMP.

3. Colaboração (Prof. I. Tibbetts) e palestra (Ecology, Training and Management in Tropi-cal Fisheries) na University of Queensland, Australia, Janeiro de 2008.

4. The XVIth International Conference of the Society for Human Ecology, Bellingham, USA: organização de sessão e apresentaçao de trabalhos.

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155Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES

Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES

Introdução

O Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES é uma organização não-gover-namental, sem fins lucrativos ou religiosos, criada em março de 1979 por um grupo de educadores preocupados com a reflexão e a ação ligadas às relações da Educação com a sociedade em uma perspectiva crítica, tendo em vista a sua transformação no período de redemocratização.

Participa ativamente dos principais debates educacionais, buscando contribuir para uma edu-cação identificada com os princípios da democracia e da justiça social. O CEDES realizou estudos e pesquisas sobre problemas relevantes na intersecção educação e sociedade; participou nos de-bates sobre políticas de educação municipais, estaduais e nacionais; promoveu publicações que asseguram a difusão do conhecimento produzido no campo da educação, procurando aquilo que há de emergente, polêmico e inovador; organizou seminários, colóquios, ciclos de estudos, cursos, conferências e participou da organização de eventos acadêmicos.

As atividades realizadas no CEDES envolvem as publicações: Educação & Sociedade e Cadernos CEDES, assim como os eventos organizados pelo CEDES, o Jornal da Educação publicado online e a participação do CEDES nas discussões e formulação de políticas pú-blicas de educação.

Educação & Sociedade

Tem a missão de difundir e proporcionar visibilidade ao conhecimento produzido, como uma função constitutiva do campo do conhecimento científico da educação, na forma de sínteses provisórias, a fim de permitir o desenvolvimento das teorias na gênese das idéias novas, na abrangência e na revisão de perspectivas de análises das problemáticas e seus novos enfoques, na universalização do debate dos problemas nacionais e regionais, na com-paração de conceitos e idéias produzidos em diferentes contextos culturais e sociais e na inovação e criação de novos mecanismos de compreensão, explicação e difusão de direitos e práticas sociais.

A revista Educação & Sociedade é um periódico científico de nível Internacional, dispo-nível também na Scientific Electronic Library On-Line (scielo), conceito atribuído e mantido regularmente pela avaliação de periódicos Qualis/capes, considerado um dos mais impor-tantes periódicos científico hoje editados na área da Educação no país.

1. Funções da revista

resgatar e ampliar temáticas recorrentes no cenário acadêmico;introduzir temáticas contemporâneas, novas ou pouco exploradas no cenário acadê-mico brasileiro.

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156 Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES

Educação & Sociedade participou, com muita presença, da reorganização do campo edu-cacional na década de 1980 e seus números guardam registros de diferentes movimentos da época. Foi um ator incansável do movimento dos editores. Desde os anos de 1990, a revista participa nas reuniões e nos cursos da Associação Brasileira dos Editores Científicos (abec).

As publicações permitem não só retomar, introduzir e aprofundar temas contemporâneos da educação, na sua relação com a sociedade, mas também difundir os conhecimentos resultantes de pesquisas que vêm sendo produzidas no campo educacional, no Brasil e no exterior.

2. Temas publicados

“Teorias críticas e liberalismo: Contrastes e confrontos” (n. 57, 1996).“Tecnologia, trabalho e educação” (n. 61, 1997).“Competência, qualificação e trabalho” (n. 64, 1998).“Formação de profissionais da educação: políticas e tendências” (n. 68, 1999).“Vigotski – o manuscrito de 1929: temas sobre a constituição cultural do homem” (n. 71, 2000).“Ética, educação e sociedade: um debate contemporâneo” (n. 76, 2001).“Políticas públicas para a educação: olhares diversos sobre o período de 1995 a 2002” (n. 80, 2002).“Educação: de direito de cidadania a mercadoria” (n. 84, 2003). “Universidade: reforma e/ou rendição ao mercado? Mercantilização do conhecimen-to e deserção do Estado” (n. 88, 2004).“Políticas públicas de regulação: problemas e perspectivas da educação básica” (n. 92, 2005).“Educação: políticas públicas afirmativas e emergentes” (n. 96, 2006).“Educação escolar: os desafios da qualidade” (n. 100, 2007). “Ensino médio” (n, 70, 2000).“Políticas curriculares e decisões epistemológicas” (n. 73, 2000).“Os saberes dos docentes e sua formação” (n. 74, 2001). ”Políticas educacionais” (n. 75, 2001).“Ensaios sobre Pierre Bourdieu (n. 78, 2002).“Diferenças” (n. 79, 2002).“Letramento” (n. 81, 2002).“Políticas educativas em Portugal e no Brasil” (n. 82, 2003).“Adorno e a educação” (n. 83, 2003).“Imagem e pesquisa em educação: currículo e cotidiano escolar” (n. 86, 2004). “Glo-balização e educação: precarização do trabalho docente - I” (n. 87, 2004).“Globalização e educação: precarização do trabalho docente - II” (n. 89, 2004).“Sociologia da infância: pesquisas com crianças” (n. 91, 2005).“Entre Deleuze e a educação” (n. 93, 2005).“Políticas educacionais e diferenças culturais” (n. 95, 2006).

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157Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES

“Cotidiano escolar” (n. 98, 2007).“O trabalho docente no contexto latino-americano: algumas perspectivas de análi-se” (n. 99, 2007).“Experiências educativas e construção de fronteiras sociais” (n. 103, 2008).

As políticas editoriais de Educação & Sociedade têm sido rigorosamente detalhadas a partir de coerente planejamento anual. A efetiva participação dos conselhos nas definições e discussões de seu projeto tem se configurado como um fator importante para a manuten-ção constante da qualidade das publicações.

O CEDES é o responsável pela produção de suas publicações, significando com isso re-dução dos custos editoriais, garantia de maior autonomia e controle sobre todas as etapas de sua publicação, além de permitir melhorias na qualidade final, em termos gráficos, de layout e de conteúdo.

As publicações são distribuídas por redes de livrarias e de distribuidores editoriais, co-merciais e universitários (sócios da Associação Brasileira de Ensino Universitário); pela Loja Virtual no site do CEDES (vendas e divulgação) das revistas, em eventos mais importantes do campo educacional; em seminários e mesas-redondas promovidos pela revista com apoio de instituições acadêmicas, nacionais e internacionais.

3. Implantação da nova plataforma de captação de artigos

Até 2007, o processo de submissão de artigos para avaliação era feito de maneira tra-dicional, ou seja, encaminhamento, via correio padrão, de três cópias impressas e mais o arquivo eletrônico em disquete ou cd-rom. Atualmente, a revista está operando exclusi-vamente pelo Sistema scielo de publicação, Submission, que utiliza o Open Journal System como suporte de gerenciamento eletrônico para publicação de periódicos científi-cos. Dessa forma, o processo de captação e arbitragem dos artigos passará necessariamente por uma plataforma eletrônica, on-line, onde os autores poderão se cadastrar e submeter seus trabalhos para apreciação do Comitê Editorial, podendo, inclusive, acompanhar todo o processo de tramitação de seu texto.

Pelo sistema anterior, o Comitê Editorial vinha recebendo cerca de 180 artigos por ano, sendo que destes cerca de 58 foram publicados. O tempo médio entre submissão e acei-tação/recusa tem sido de meses; entre a aceitação e a publicação, tem variado de 5 meses a 1 ano, dependendo da temática e da organização e distribuição dos números ao longo do ano, pelo Comitê Editorial. Com relação à publicação de artigos de origem internacio-nal, nos últimos 3 anos, a média é de 11%. Com o novo sistema, estima-se um aumento considerável na submissão de textos, uma vez que a plataforma eletrônica pode facilitar o acesso e a comunicação de dados entre os autores e a revista. Para se cadastrar no sistema, o autor precisa acessar o site Submission e seguir as orientações para submissão de artigos à Educação & Sociedade: <http://submission.scielo.br/index.php/es>

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158 Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES

4. Desempenho na scielo e Avaliações do Qualis

A inclusão das publicações no Programa scielo de revistas eletrônicas (bireme). – colo-cando-as entre as selecionadas para serem disponibilizadas nesta biblioteca virtual, desde a primeira fase de funcionamento pleno do projeto (1998) possibilita à comunidade aca-dêmica o acesso imediato às melhores e mais atuais publicações científicas brasileiras, faci-litando, sem dúvida, o intercâmbio, a colaboração e a polêmica de que depende o avanço do conhecimento. Outro aspecto relevante é que, ao franquear o acesso a um “produto” anteriormente acessível apenas pela compra ou assinatura do periódico, o projeto acentua seu caráter de “bem público” da produção científica. No entanto, não há dúvida de que as respostas aos desafios representados pela audácia desse projeto dependem do modo como eles serão enfrentados e apropriados pelas comunidades científica e acadêmica e pelas agências nacionais que as fomentam.

Tabela 01 - Dados comparativos entre Educação & Sociedade e outros periódicos da

mesma área que demonstram o excelente desempenho entre as publicações disponíveis na scielo no período: de 09/2006 a 04/20081

Periódico Disponívelna scielo desde

Nº de acessos Periodicidade Avaliação

Qualis

Educ. Soc. 1998 253.532 Trimestral2 Internacional

Cad. CEDES 1998 124.441 quadrimestral Nacional B

Cad. Pesquisa 2003 93.457 quadrimestral Internacional

Rev. Bras. Educ. 2005 88.568 quadrimestral Internacional

Educ. Pesq. 2001 83.533 quadrimestral Internacional

Rev. Bras. Educ. Esp. 2006 35.552 quadrimestral Nacional A

Ensaio 2005 24.337 trimestral Nacional B

Rev. Fac. Ed. USP3 1999 23.541 semestral não consta

Educar em Rev.4 2007 7.622 semestral Nacional A

1 Esse período foi escolhido porque ele representa um momento comum de permanência destas revistas na scielo.2 Inclui-se na periodicidade mais um número temático regular, publicado em outubro de cada ano, totalizan-do, portanto, quatro (04). números regulares.3 Esta revista teve seu nome alterado para Educação & Pesquisa (USP). a partir de 2001.4 Única revista da área de Educação que entrou na biblioteca a partir de 2007.

A tabela 01 evidencia a posição singular da revista Educação & Sociedade entre as demais; foi a primeira a participar de biblioteca eletrônica. No período de setembro/2006 a abril/2008 apresentou o maior número de acesso ao seu conteúdo, cumprindo rigorosa-mente a sua periodicidade e alcançando excelente nível de avaliação no Qualis.

Considerando que a biblioteca eletrônica ultrapassa os limites geográficos e se torna ferramenta de pesquisa para toda a comunidade científica internacional, esses dados con-firmam a abrangência e visibilidade de Educação & Sociedade no cenário nacional e in-

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159Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES

ternacional, garantindo aos autores ampla socialização ao seu trabalho, mediante difusão e circulação dos resultados de suas pesquisas em nível universal.

5. Avaliações Qualis/capes

A revista alcançou e vem mantendo um excelente nível de avaliação no Qualis, cate-gorizando-a e reafirmando-a, no período de 2006/2007, como uma publicação de nível Internacional.

6. Indexações

Um aspecto referente à visibilidade da revista, no horizonte por ela abrangido, é seu trabalho de abertura, nestes últimos anos, aos países da América Latina e o reforço da parti-cipação de autores europeus. A revista, atualmente em estudo para indexação internacional no ISI (http://www.isinet.com), recebe contribuições de autores de diversos países.

Todo este processo de internacionalização do periódico, com vistas à ampliação de sua visibilidade em âmbitos nacional e internacional, pode ser confirmado pela sua participação em vários sistemas indexadores, como mostra a tabela 02 a seguir.

Tabela 02 - Relação das indexações existentes e em fase de inclusão

INDEXADOR ABRANGÊNCIA

=���� �������� �����Library On Line (SCIELO)

Internacional: http://www.scielo.br/es

Sociological Abstracts Internacional: http://www.csa.com/ids70/serials_source_list.php?db=llba-set-c

Linguistics and Language Behavior Abstract

Internacional: http://www.csa.com/factsheets/llba-set-c.php

IRESIE Internacional: http://www.iisue.unam.mx/iresie/

SIBE/BBE (INEP) Nacional: http://www.inep.gov.br/pesquisa/bbe-online/lista_perio.asp?navegacao=anterior&tit=educacao+@@@+sociedade&P=1&nl=20

Quallis/ANPEd Nacional: http://www.capes.gov.br/avaliacao/webqualis.html

EDUBASE (UNICAMP) Nacional: http://www.bibli.fae.unicamp.br/fae/default.htm

RedAlyc Internacional: aprovado e em fase de organização do conteúdo on-line

ISI net Internacional: em fase de negociação, com intermediação da equipe SCIELO

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160 Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES

Cadernos CEDES É um periódico científico de nível nacional, disponibilizado na scielo desde 1998. Com 27

anos de publicação ininterrupta, tem caráter monotemático e é destinado primordialmente a alunos de graduação e pós-graduação, educadores do ensino fundamental, médio e su-perior e a participantes de movimentos educativos.

Os Cadernos têm como missão divulgar temas fundamentais de educação nos diferentes âmbitos do ensino, com vistas à atualização permanente dos educadores. A identidade dos Cadernos está, portanto, centrada no sujeito educador, ou seja, em um público nacional mais amplo preocupado com a educação. A necessidade social de divulgar e compartilhar com esses profissionais o conhecimento produzido, as reflexões sobre educação e a política educacional produzida em diferentes espaços, sempre foi uma preocupação dos Cadernos.

1. Políticas editoriais

O compromisso editorial sempre pautou pela ampla análise do processo educacional e das políticas educacionais, oferecendo um espaço de discussões a respeito das teorias edu-cacionais inovadoras, com a perspectiva de ampliar o debate teórico-pedagógico entre os educadores. O seu impacto pode ser sentido pela quantidade de reedições de vários de seus números, resultante da crescente demanda por temáticas específicas da Educação.

Os textos dos Cadernos são escritos por autores reconhecidos, com expressiva produção na área e os temas têm contribuído para a inovação da pesquisa e para o debate das políti-cas nacionais na área educacional.

Desde 1980, os Cadernos são publicados quadrimestralmente. Sua tiragem, desde 1997, tem sido em média de 1.000 exemplares impressos e todos os seus artigos são dispo-nibilizados na scielo (www.scielo.br/cCEDES). imediatamente após a distribuição impressa. Uma das metas, a curto prazo, é recuperar eletronicamente todos os números anteriores à inclusão na scielo e disponibilizar a coleção completa dos Cadernos nesta importante biblio-teca eletrônica.

O processo de submissão de propostas temáticas e artigos para avaliação é feito exclusiva-mente pelo Sistema scielo de publicação, Submission, que utiliza o Open Journal System como suporte de gerenciamento eletrônico para publicação de periódicos científicos.

2. Desempenho na scielo e avaliações Qualis

Nas tabelas 01 e 02 pode-se verificar a excelência do desempenho dos Cadernos na scie-lo, referente também ao período de 09/2006 a 04/2008. O número de acessos aos Cader-nos CEDES só é menor do que o da revista Educação & Sociedade, que é uma publicação do mesmo Centro. Esta situação parece significativa dada a importância deste periódico quando comparada a outros da mesma área.

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161Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES

3. Indexações

Um aspecto a ressaltar é o esforço dispendido pelo Comitê Editorial para aumentar a visibilidade e internacionalização dos Cadernos, por meio da ampliação dos indexadores nacionais e internacionais. O CEDES é associado ao Portal Quorum de Revistas Iberoa-mericanas, de iniciativa da Universidad de Alcalá de Henares (Espanha), cujos objetivos são a difusão, diálogo e intercâmbio de idéias entre os autores, bem como a promoção e coope-ração cultural entre os países da América Latina. Segue, abaixo, um quadro atualizado da:

Tabela 03 - lista de indexações dos Cadernos

Abrangência Fonte indexadora

scielo Internacional: www.scielo.br/cCEDES

lilacs Internacional: http://cys.bvsalud.org/html/pt/home.html

Portal Quorum Internacional: http://www.quorumderevistas.org/

iresie (cesu/unam). Internacional: http://www.iisue.unam.mx/iresie/

}�#��X�����}����������������-cação (bbe - sibe/inep).

Nacional: http://www.inep.gov.br/pesquisa/bbe-online/lista_fasc.asp?tit=cadernos+CEDES&nl=20

Qualis/anped Nacional: http://www.capes.gov.br/avaliacao/webqualis.html

Jornal da Educação

O JORNAL DA EDUCAÇÃO é uma publicação que compõe uma das seções da revista Educa-ção & Sociedade e tem como objetivo central debater questões educacionais brasileiras.

Com periodicidade trimestral, publica entrevistas, artigos e notícias relativas à atuação do CEDES e à educação em geral.

Intervenção na Política Pública Educacional

A defesa da escola pública, gratuita, laica e de qualidade, o compromisso com a igualdade, democratização e defesa do direito à educação como base para o cidadão exercer outros direitos sociais, permearam as participações institucionais do CEDES nas ações conduzidas pelo movi-mento social do campo da educação. A orientação das escolhas dos temas dos dossiês e dos números especiais temáticos da revista Educação & Sociedade indicam o empenho do CEDES em aprofundar as suas ações políticas paralelamente articuladas com o desenvolvimento do conhecimento produzido ou em produção nas Ciências da Educação e nas Ciências Sociais.

As estratégias e ações políticas e acadêmicas nesse período foram articuladas entre as asso-ciações científicas: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, (ANPED), Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE), Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES), Fórum de Diretores de Faculdades/Centros de Educação das Universidades Públicas Brasileiras (FORUMDIR) e Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE).

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162 Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES

Sem dúvida, a formação de professores foi e continua a ser um dos objetos centrais da in-tervenção e participação do CEDES e das demais entidades científicas no acompanhamento das políticas da educação nas duas últimas décadas.

Devem ser destacados a articulação entre as entidades citadas e as audiências e reuniões com o Ministro da Educação, realizados entre fins de 2007 e início de 2008, por ocasião da formulação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), particularmente a discussão da política de formação de professores evidenciada hoje na Nova CAPES. Uma das pesquisadoras indicadas pelo CEDES é membro integrante do Conselho Técnico Científico da Educação Básica da CAPES, que entre outras formulações procura desenhar o Sistema Nacional de Formação de professores no país.

Outra atividade política do CEDES consistiu no apoio ao XIV ENDIPE, Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino com a temática: “Trajetórias e Processos de Ensinar e aprender: lu-gares, memórias e culturas”, evento realizado em Porto alegre em maio de 2008. A presidente coordenou a mesa do Prof. Zeichner, da Universidade de Madison, USA, que apresentou um texto sobre o estado da arte sobre o conceito de professor reflexivo: “Análise crítica sobre a formação do Professor reflexivo”, artigo que será publicado no próximo n° da revista E&S, em agosto de 2008. O CEDES impulsionou recentemente a realização da I Conferência Nacional da Educação – CONEB – em maio de 2008, com a temática sobre “A construção do Sistema Nacional da Educação”. Registramos a presença do CEDES com 13 Delegados e a participação da sua Presidente no Colóquio sobre “As TIC e a Formação de Professores”, cuja apresentação encontra-se disponível ao acesso público no site do CEDES: www.CEDES.unicamp.br.

As perspectivas atuais do trabalho político do CEDES consistem em dar seqüência a articula-ção das entidades científicas no acompanhamento e posicionamento analítico e crítico sobre as políticas públicas da educação, no Congresso Nacional e no MEC.

O CEDES dará particular atenção às tentativas expressas no movimento de recomposição do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, desativado depois de alguns anos, em razão de diferenças, sobretudo políticas, entre as entidades sindicais e científicas.

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163Programa Café Cultura Santa Luzia

Programa Café Cultura Santa Luzia

O Café Cultura Santa Luzia é um projeto de extensão apoiado pela PREAC, sob a responsabilida-de do Prof. Paulo Maria Ferreira de Araújo, do Instituto de Biologia da UNICAMP, e com parcerias com a Universidade Federal da Paraíba, a Comunidade local e Prefeitura Municipal.

O projeto visa a inclusão social e a promoção da cidadania, através de um Núcleo de Estudos Edu-cacionais para a Cidadania, para elevar o município de Santa Luzia ao patamar de uma comunidade saudável em conformidade com os preceitos da Organização Mundial de Saúde.

João Paulo, Clesciane, Paulo Araújo e Ozanira: Participação na etapa fi-nal da Olimpíada ‘Evoluindo Saúde’ na UNICAMP

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

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164 Epílogo

Epílogo

Neste relatório pretendeu-se mostrar o esforço da PREAC na busca pela institucionalização da Extensão na UNICAMP, que tem se tornado, indubitavelmente, a base de um enorme estí-mulo para o fortalecimento, aplicação e criação de novos projetos e programas de extensão na nossa Universidade. Ainda, a reestruturação da PREAC foi importante para a centralização das inúmeras atividades de extensão realizadas na UNICAMP, que resultou num notável incremento no apoio da Pró-Reitoria a essas atividades, e no fortalecimento e valorização da atuação dos grupos envolvidos, particularmente, nas atividades da extensão comunitária. Os programas, pro-jetos e ações criados no período 2005-2009, abriram os caminhos para a nova concepção sobre a Extensão Universitária na UNICAMP. A restauração do prédio da Estação Guanabara foi um marco importante para a Extensão da UNICAMP, possibilitando a criação do Centro de Inclusão e Integração Social, CIS-Guanabara, um espaço privilegiado de atividades da UNICAMP junto à sociedade de Campinas e da Região Metropolitana. Os congressos, fóruns e grandes eventos, em parceria com as diferentes instituições nacionais e internacionais propiciaram uma enorme integração entre o corpo docente, discente e o dos profissionais de apoio técnico-administrativo da UNICAMP. A presença da PREAC, portanto, foi marcante nesses últimos quatro anos na discussão, em todos os níveis, dos desafios que fazem parte do desafio maior da Extensão Universitária, que é o da permanente construção de uma Universidade pública e democrática, reconhecida nacional e internacionalmente, cujo compromisso social deve sempre estar, priori-tariamente, inserido na formação acadêmica de excelente qualidade e cidadã dos seus jovens profissionais de amanhã.

Equipe da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários