Mais do que um livro de desenho, está em suas mãos um guia ...Costumo limitar meus esboços a...

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25 exercícios para desenhar na rua

Jens Hübner

A prática do urban sketching

Jens Hübner

Mais do que um livro de desenho, está em suas mãos um guia prático defi nitivo com 25 exercícios e truques simples que farão você mergulhar de cabeça no mundo do urban sketching. Como criar esboços sem se intimidar por um sketchbook que você acabou de comprar? Como fazer desenhos rápidos? Como obter profundidade espacial? O que é preciso levar em conta na hora de colorir um esboço? Como encontrar o melhor lugar para desenhar?

Não importa se você é iniciante ou se já desenha há bastante tempo: Jens Hübner resolve todas as dúvidas técnicas e práticas com as quais qualquer urban sketcher se depara mais cedo ou mais tarde. Na rua, em um café, no metrô ou na sala de espera, com este guia de bolso você começará a desenhar sem perceber.

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O que é urban sketching?

A Urban Sketchers (USk) é uma organização de ilustradores que foi fundada em 2007 em Seattle, nos Estados Unidos, pelo jornalista e desenhista espanhol Gabriel Campanario. Essa organização conta com um blog, no qual você pode publicar seus desenhos, independentemente de sua formação artística. Para isso, basta obedecer às regras estabelecidas pela comunidade em seu manifesto. Além do mais, a Urban Sketchers organiza encontros regionais (os chamados sket-chcrawls) e/ou exposições em diversos locais. Uma vez por ano realiza-se um simpósio internacional, no qual os participantes têm a oportunidade entrar em contato com ilustradores de todo o planeta.

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O manifesto da Urban Sketchers

1. Fazemos desenhos in loco, por meio da observação direta, seja em ambientes externos ou internos.

2. Nossos desenhos contam histórias do dia a dia, dos lugares em que vivemos e para onde viajamos.

3. Nossos desenhos são um registro do tempo e do lugar.

4. Somos fiéis às cenas que estamos retratando.

5. Utilizamos qualquer tipo de técnica e valorizamos cada estilo individual.

6. Damos suporte uns aos outros e desenhamos juntos.

7. Compartilhamos nossos desenhos on-line.

8. Mostramos o mundo, um desenho de cada vez.

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Índice

O que é urban sketching? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

O manifesto da Urban Sketchers . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Do que vamos falar aqui? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Fundamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

1 Esboços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Como perder o medo de um sketchbook novinho em folha? Rabisque! Experimente tudo o que sua caneta tem a oferecer.2 Linha de base e limites do desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Como posicionar o tema no sketchbook de forma interessante? Use o espaço entre a linha de base e a extremidade superior do desenho para inserir seu motivo (que pode ser uma casa, pessoas ou uma árvore).3 Abstração e detalhes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Como fazer esboços rápidos? Reduza a paisagem de uma cidade ou de um parque a estruturas simples que poderão ser enfatizadas com apenas um detalhe.4 Iluminação em evidência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Como representar a luz de forma que o desenho adquira contornos plásticos? Desenhe seu lápis sendo iluminado por uma fonte de luz que incide do alto, à esquerda, ou uma pessoa andando sobre uma superfície refletora. 5 Profundidade espacial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

Como dar profundidade espacial aos meus desenhos? Desenhe a paisagem de um parque ou de uma cidade utilizando pelo menos um dos cinco truques de profundidade.6 Tonalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

Como usar tonalidades para criar uma ambientação apropriada? Desenhe uma rua, uma praça ou uma cafeteria utilizando tonalidades mais fortes e chapadas para representar aquilo que está mais próximo do observador.

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7 Complementando um esboço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

Como complementar um esboço que já está pronto? Faça um esboço e use carimbos, letras, manchas ou pontos para complementá-lo.

Canetas, lápis e outros meios de desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

8 Características dos materiais de desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

O que é possível fazer com canetas de ponta fina, com ponta de feltro ou tinteiro? Desenhe a fachada de uma casa usando uma caneta de ponta fina e dando destaque às características típicas desse meio.9 Desenhando com borracha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

O que podemos fazer com lápis e borracha? Faça um desenho e utilize sua borracha para clarear algumas áreas de mais detalhe.10 Lápis aquareláveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

O que podemos fazer com lápis aquareláveis? Utilize um pincel umedecido para obter transições suaves em um desenho feito com lápis aquarelável.11 Desenhando em papéis de diferentes tonalidades . . . . . . . . . . 56

Quais são as vantagens de desenhar em um papel que não seja branco?

Desenhe uma cena noturna de forma que você trabalhe com as cores do claro para o escuro e também do escuro para o claro.

Cores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

12 Colorindo esboços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

O que precisamos observar ao colorir nossos esboços?

Usando poucas cores, crie áreas de destaque que contrastem com um esboço feito a lápis.13 Cores e ambientação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

Como usar as cores para representar a atmosfera de uma cena? Desenhe um sinal de trânsito e pinte seu plano de fundo usando as cores típicas da estação do ano que você escolher.

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14 Misturando cores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

Como obter milhões de tonalidades a partir da mistura de tão poucas cores básicas? Misture azul e marrom para criar uma tonalidade de cinza. A seguir, use essa mistura para colorir o esboço de um objeto simples, como seu lápis, por exemplo.15 Cores e profundidade espacial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

Como usar as cores para obter profundidade espacial? Reforce a profundidade espacial de um esboço aplicando transparências ou utilizando tonalidades quentes e frias de maneira consciente.16 Cores e destaques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

Como evitar um caos de cores? Pinte uma base colorida, faça um esboço sobre ela e, a seguir, complete o desenho usando algumas poucas cores para destacar certos elementos.

Lugares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

17 Lugares para desenhar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

Como encontrar o lugar mais adequado para desenhar? Faça dois esboços, um em cada página: o primeiro, em um lugar tranquilo; o segundo, em um lugar movimentado. Seus meios de desenho e o estilo devem refletir as características desses lugares.18 Desenhando em museus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

Em que devemos prestar atenção quando estamos desenhando em ambientes fechados? Desenhe os visitantes de um museu durante uma exposição. Não se esqueça de representar seu reflexo sobre o piso. 19 Desenhando na rua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92

Em que devemos prestar atenção quando estamos desenhando em ambientes externos? Procure um lugar tranquilo (ou agitado) para se posicionar e, uma vez lá, faça um desenho.w

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20 Desenhando em lugares com movimento . . . . . . . . . . . . . . . . . 96

Em que devemos prestar atenção quando estamos desenhando em um meio de transporte? Faça desenhos cegos de passageiros usando primeiramente uma caneta clara e, depois, uma escura. Os desenhos devem se sobrepor. Complete sua ilustração acrescentando as barras de ferro e colorindo o rosto das pessoas.

Temas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100

21 Edifícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

Como representar edifícios de forma correta? Desenhe sua casa, seu escritório, sua escola ou seu supermercado in loco.22 Trânsito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106

Como desenhar meios de transporte em movimento? Desenhe vários meios de transporte em movimento a partir de uma perspectiva lateral.23 Pessoas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110

Como desenhar pessoas de maneira simplificada? Desenhe pedestres em uma movimentada rua comercial usando diferentes formas de representação.24 Pessoas em movimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114

Como desenhar pessoas em movimento? Usando canetas de diferentes tonalidades, desenhe pessoas sobrepostas. Comece usando a caneta mais clara.25 Rostos e mãos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118

Como desenhar rostos e mãos de maneira simples? Desenhe pessoas que estejam em um lugar tranquilo e use cores para enfatizar seu rosto e suas mãos.

Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122

Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123ww

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Gosto de presenciar o surgimento das coisas. De modo geral, um esboço nada mais é do que a reprodução visual de uma ideia a ser desenvolvida mais adiante. Para mim, criar esboços é uma forma de lidar intensamente com os lugares e as pessoas que aparecem em meu caminho. Nesse sentido, os esboços que costumo criar na rua, no ponto de ônibus ou nas tardes com amigos podem ser considerados o resultado final do processo.

Ao apresentar meu trabalho em cursos ou eventos, sempre encontro espec-tadores que se sentem intimidados na hora de fazer esboços. É por isso que resolvi escrever este livro. Aqui, eu gostaria de dar algumas dicas de como vencer essa barreira e mostrar como desenhar no metrô, em uma lanchone-te ou em qualquer outro lugar pode ser simples.

Os 25 exercícios presentes neste guia evitarão que você cometa os mesmos erros que eu cometi ao fazer desenhos in loco. No entanto, é claro que está longe do meu alcance abordar todas as situações que você poderá enfren-tar. Os exercícios são apresentados em ordem gradual de dificuldade. Em primeiro lugar, gostaria de ajudá-lo a perder o medo da folha de papel em branco. Para isso, proponho alguns exercícios simples que poderão estimu-lá-lo a reservar um pouquinho de tempo para enxergar as coisas do seu dia a dia de uma maneira diferente.

A caneta artística PITT da Faber-Castell que acompanha este livro é uma das minhas favoritas para desenhar. Com ela, você pode começar a praticar agora mesmo! Apesar de bem pigmentada, sua tinta não costuma passar para o verso do papel (mesmo no caso de offsets de gramatura mais baixa). Aliás, isso é um fator decisivo quando a comparamos com outros tipos de caneta, tais como as hidrocores, marcadores de ponta fina etc. Além do

Do que vamos falar aqui?

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mais, depois de seca, a tinta dessa caneta artística é resistente à água, o que quer dizer que você poderá colorir seus esboços usando aquarela ou canetas acrílicas.

Você pode usar seu livro para fazer desenhos tanto na horizontal como na vertical. Pode também usar as páginas duplas como duas páginas simples e desenhar como bem entender. O mais importante é que você o tenha sempre em mãos para poder criar esboços no metrô, na sala de espera do médico, no restaurante...

Você pode encontrar as imagens presentes neste livro e mui-tos outros esboços no meu diário on-line:

One Day One Sketch – Jens Hübnerww

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Muitas vezes não percebemos exatamente o quanto de criatividade se es-conde por trás de um simples rabisco. Rabiscos são capazes de ativar a fantasia do observador. Afinal, o observador não quer receber tudo pronto e mastigado: parte da diversão está justamente em acompanhar, na nossa imaginação, o nascimento de imagens que se formam a partir de estruturas, alusões e linhas cruas.

Costumo limitar meus esboços a apenas UM tema, criando desenhos bem detalhados. O resto é meramente estrutura. Além dos detalhes precisos, também acredito que o significado implícito seja importante. Assim, seus esboços se convertem em um registro de uma experiência que você viveu – o que pode ser feito de maneira que nenhuma fotografia consegue pro-porcionar.

Quer descobrir como seu lugar favorito funciona em um desenho? Pois vá até lá e desenhe-o in loco. Na cidade, além das impressões visuais, estamos expostos aos ruídos do trânsito, à diversidade de odores, ao clima... E todos esses fatores não só influenciam seu desenho como também o deixam mais autêntico. Já no interior, ouvimos o canto dos pássaros, o barulho do vento, sentimos o cheiro do campo... Tudo isso estará presente como inspiração nos seus traços, bem diferente do que acontece quando fazemos um desenho em nosso quarto.

Mesmo que, a princípio, você não se sinta completamente satisfeito com o resultado de um ou outro exercício, uma coisa precisa estar clara: esses primeiros desenhos são necessários para produzir outros melhores. Certa vez ouvi alguém dizer uma frase bem interessante e inspiradora: precisamos fazer mil desenhos ruins para enfim conseguirmos chegar a um bom. Por-tanto, mãos à obra! Posso garantir que, quanto menos você esperar, chegará a excelentes resultados!

Fundamentos

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Esboços feitos a lápis não são fotografias: feitos de forma rápida e confiante, geram um contraste graças aos seus poucos detalhes.

Um esboço feito com aquarela deve parecer com uma pintura feita com esse meio: manchas de água gotejadas sobre o pigmento ainda úmido criam um efeito típico de aquarela.

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