Mais Educativa | Abril '12

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ABRIL 2012 Nº 2 - Mensal - Distribuição gratuita - Não pode ser vendida Aprende com quem sabe! O importante é que em altura de Exames Nacionais à porta, não deixes o medo entrar. Luísa Sobral, a rapariga com cara e voz de boneca 100 anos depois, descobrimos quem afundou o Titanic Ídolos tem nova coleção de cromos Quem corre por gosto nas Olimpíadas da Matemática não se cansa Um arqueólogo não anda de chicote à Indiana Jones, explica Mário Antas Zapping Toque de entrada dos exames? Quem tem medo Playlist Máquina do tempo Profissão do mês www.maiseducativa.com Pdf disponível em

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QUEM TEM MEDO DOS EXAMES? O importante é que em altura de exames Nacionais à porta, não deixes o medo entrar.

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ABRIL 2012

Nº 2 - Mensal - Distribuição gratuita - Não pode ser vendida

Aprende com quem sabe!

O importante é que em altura de Exames Nacionais à porta, não deixes o medo entrar.

Luísa Sobral, a rapariga com cara e voz de boneca

100 anos depois, descobrimos quem afundou o Titanic

Ídolos tem nova coleção de cromos

Quem corre por gosto nas Olimpíadas da Matemática

não se cansa

Um arqueólogo não anda de chicote à

Indiana Jones, explica Mário Antas

Zapping

Toque de entrada

dos exames?Quem tem medo

Playlist

Máquina do tempo

Profissãodo mês

www.maiseducativa.comPdf disponível em

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Março 2012 . MaisEducativa | 3

//ÍNDICE

Ficha TécnicaProprietário/Editor: Young Direct Media, Lda . Empresa jornalistica inscrita com o nº: 223852 . NIPC nº 510080723 . Diretora: Bruna Pereira, [email protected] . Sede de redação: Rua Ester Bettencourt Duarte, Lote 76, 2625 - 095 Póvoa de Santa Iria . Tlf. 21 155 47 91 . Fax. 21 155 47 92 . Email geral: [email protected] . Tiragem: 50,000 exemplares . Peridiocidade: Mensal . Registo na ERC nº 126169 Depósito legal: 341259/12 . Tipografia e Morada: Lisgráfica - Rua Consiglieri Pedroso, nº 90, Casal de Santa Leopoldina, Barcarena . COLABORADORES: Administração: Graça Santos, [email protected] . Diretora Geral da Empresa: Graça Santos, [email protected] Diretor Adjunto da Empresa: Paulo Fortunato, [email protected] . Diretor Comercial: Duarte Fortunato, [email protected] . Redação: Bruna Pereira, [email protected] e João Diogo Correia, [email protected] . Colaboradores editoriais: Renato Paiva . Designer gráfico: Mónica Santos, [email protected] . Internet: André Rebelo, [email protected] . Comunicação e Distribuição: Samuel Alves, [email protected] . Fotografia: Samuel Alves, [email protected] . Esta publicação já se encontra escrita ao abrigo no novo Acordo Ortográfico.

//BINGO

//zappING

//TOQUE DE ENTRaDa

//MaIs GaMEs

ABRIL2012

//TOQUE DE saÍDa

//EM FORMa

//pÁGINa a pÁGINa

//DÁ QUE FaLaR

//pLaYLIsT

//pROFIssÃO DO MÊs

//TakE1

//MÁQUINa DO TEMpO

Se nunca ganhas nada em lado nenhum, aqui tens uma oportunidade de mudar a sorte...

Quem corre por gosto não cansa. E as Olimpíadas da Matemática, que este ano decorreram na Escola Secundária Domingos Sequeira, são disso um bom exemplo.

Apresentamos-te o “Energy 4 Life” - um jogo 100% português, que explora questões ligadas às ener-gias renováveis e à eficiência energética, e ainda matamos o teu bichinho da saudade - lembras-te de quando jogavas à Batalha Naval?

Entre motores de carros híbridos, cupcakes, vesti-dos, hortas improvisadas, robôs e peças de teatro, vimos tantos cursos, tantos professores e tantos alunos aplicados na Futurália, que não pudemos deixar de tos mostrar a ti também.

A Escola de Medicina da Universidade de Harvard acredita que a melhor forma de representar in-formação prática e concisa que mostre as quanti-dades aconselháveis de alimentos a ingerir é, afinal, um prato.

Temos as já habituais novidades frescas do mês e ainda te convidamos a dar um saltinho à Feira do Livro de Lisboa.

Para que o teu cérebro não dê um nó antes de começares a estudar para os Exames Nacionais que se aproximam, a Mais Educativa falou com dois especialistas na área da Educação e dá-te uma série de dicas úteis que poderás guardar religiosa-mente...

Aprende-se muito nas enciclopédias e nos livros de História – mas também numa única visita ao Museu Nacional de Arqueologia (MNA), que o diga Mário Antas, um arqueólogo (e muitas mais coisas) de profissão, mas sobretudo de paixão.

Diz-se que “as palavras são como as cerejas: vão umas atrás das outras” e sobre Luísa Sobral podía-mos escrever sem parar e dizer, entre muitas outras coisas, que tem cara e voz de boneca.

Temos a Branca de Neve e novos sete anões à tua espera... E ainda o regresso de Scarlett Johansson, pronta para a vingança!

Em abril vais voltar a ver talentos que ainda não fo-ram descobertos ou outros para sempre perdidos. E mesmo muitos, mas muitos cromos sem os quais o “Ídolos” já não seria possível.

Se achavas que o Titanic se afundou por causa de um iceberg gigante, desengana-te. 100 anos depois,os cientistas encontraram o verdadeiro cul-pado da catástrofe: a Lua.

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Como depois da tempestade vem sempre a bonança, pensa que em agosto vais estar a trabalhar é para o bronze... Com umas notas de se lhes tirar o chapéu!

Em abril testes e exames mil, verdade?

CONTa-NOs TUDO!O que andas a fazer na escola? Qual foi a matéria mais interessante que aprendeste este mês? O que fazes ao fim de semana? Quem é o aluno mais cómico da turma? A que festivais de verão vais? Há quanto tempo não as-piras o quarto?...Há toda uma série de coisas que gostávamos de saber de ti. Manda-nos um pombo-correio, escreve-nos uma carta, dá-nos uma apitadela ou simplifica e envia-nos um e-mail com novidades, dicas ou com apenas um olá. Nós respondemos sempre e vamos ter contigo e tudo, porque o que queremos é saber de ti.

Aproveita o mês!

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Queres participar

Queres juntar-te ao LipDub dos alunos do IPBeja?

num LipDub?

O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) está a organizar um LipDub, com o apoio da tua revista Mais Educativa, já no próximo dia 9 de Maio.

O LipDub irá acontecer em simultâneo com o DIA ABERTO do IPBeja e se participares nesta iniciativa, automaticamente estás convidado a integrar o nosso LipDub. Consulta o programa do DIA ABERTO!Esta será uma oportunidade muito divertida de conheceres os nossos laboratórios, os nossos auditórios, as nossas salas de aulas, a nossa exploração agrícola, os nossos jardins, os nossos ginásios, as nossas residências, os nossos refeitórios, os nossos ateliers e acima de tudo conhe-ceres o nosso ambiente académico, com a boa disposição, a criatividade e capacidade de ino-vação que caracteriza os nossos alunos.

E são os nossos alunos, através do Provedor do Estudante, das Associações de Estudantes e das nossas Tunas, que vão organizar o que pretendemos que seja, se não o maior, pelo menos o LipDub mais divertido feito até agora em Portugal. Um LipDub aberto à participação de todos os alunos do ensino básico e secundário que se queiram juntar a nós.

Os nossos alunos estão a preparar as músicas que todos vamos can-tar no Lipdub, e a planificar um percurso no qual a nossa equipa de filmagem irá registar um conjunto de “quadros performativos” muito divertidos! Nesses quadros performativos estarão as nossas tunas, as turmas de cada um dos nossos cursos e grupos de alunos que nos irão surpreender com a sua criatividade e capacidade de inovar. Pelo que já sabemos, vamos ter muitos alunos com as roupas das actividades desportivas que praticam, grupos que vão simular batalhas de paintball, grupos com fatos de mergulho, alunos que vão trazer os seus cavalos ou os seus carros quitados... vamos ter grupos com trajes dos ranchos folclóricos, grupos de cheerleaders e nerds, e muitos estudantes ERASMUS de vários países europeus que vão cantar connosco e agitar as bandeiras dos seus países. Pois é! O IPBeja é uma instituição onde CADA ALUNO FAZ A DIFERENÇA!

Não percas mais tempo! Prepara com os teus professores e com a tua turma um quadro performativo que represente a tua escola e junta-te a nós. Torna-te mais uma estrela do nosso LipDub!

E não te queres juntar a nós? É muito fácil! Basta mostrares

esta revista aos teus colegas de turma e pedirem a um dos vos-

sos professores para vos inscreverem no DIA ABERTO do IPBe-

ja, através do formulário que está no site do DIA ABERTO e para

o qual encontram um link no site www.ipbeja.pt.

E como podem integrar as filmagens do LipDub? O IPBeja tem um site dedicado à organização do LipDub onde va-mos disponibilizar todos os materiais necessários para a participa-ção. Neste site tens as músicas que deves ensaiar com a tua turma, exemplos de outros LipDubs, um vídeo a simular o percurso do nos-so LipDub e onde tens oportunidade de conhecer o sítio onde vais estar com a tua turma a cantar, e por fim, um mapa do nosso campus que irá sendo actualizado com a localização dos vários grupos que irão participar no LipDub. Consulta o site em https://www.ipbeja.pt/eventos/LipDub2012/paginas/default.aspx

Queres participar?

Publireportagem

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//BINGO

in Action

“Lágrimas Quebradas” é um dos títulos da coleção Realidade e pode agora chegar às tuas mãos! Com retratos de vida reais, de adolescentes e jovens adultos, histórias que podiam ser as tuas, esta coleção vai dar-te um novo olhar sobre a forma de pensar, sentir e agir no dia-a-dia. Este livro é assinado pelo autor Alexan-dre Honrado e será teu graças à parceria entre a Mais Educativa e a Raiz Editora. Há seis para oferecer e basta que nos contes uma história de ir às lágrimas... De tanto rir.

Hoje em dia, a vida corre a uma grande velocidade, às vezes até rápido de mais, e para uma rapariga ativa pode tornar-se compli-cado manter a frescura e a leveza necessárias. Mas agora chegou para ti a nova linha BU in Action que não te vai deixar ficar mal! A Nedphyl e a Mais Educativa têm para oferecer 15 desodorizantes da nova linha, para te manter os níveis de confiança lá bem no alto. Tender Touch, Energy Movie ou Fresh Vibe, uma das fragrâncias vai parar aos teus braços se conseguires ficar nas 15 histórias mais ori-ginais: numa frase ou num pequeno texto, verdade ou fantasia, conta-nos a situação mais embaraçosa que já tiveste e onde um desodorizante poderia ter sido a tua salvação.

É de ler e chorar por mais

Condições gerais dos passatempos da Mais Educativa

1. Os passatempos da Mais Educativa têm uma data de início e de fim (que corresponde à duração do mês da publicação da revista) fora das quais todas as participações recebidas serão recusadas.

2. Das respostas recebidas, apenas serão consideradas válidas as que preencherem devida-mente os campos solicitados no formulário de resposta.

3. Só é aceite uma resposta válida por endereço de e-mail e por concorrente.

4. Do conjunto de respostas válidas recebidas, os premiados serão selecionados de acordo com o método de seleção e o número de prémios comunicados no respetivo passatempo.

5. No caso do número de participações ser inferior ao número de prémios disponíveis, serão contemplados todos os participantes que responderem acertadamente.

6. A lista dos premiados será publicada online, na área de Passatempos, sendo os vencedores ainda notificados via e-mail ou telefone, pelo que os participantes deverão facultar sempre os seus contactos corretos e atuais.

7. Todas as demais dúvidas e questões podem ser endereçadas para o e-mail [email protected].

PASSATEMPOS

PVP: 7,50 euros

PVP: 3,10 euros

Esta informação foi facultada pelo departamento comercial.

Não precisas de suar para ganhar

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//TOQUE DE ENTRADA

Um edifício moderno e um átrio transformado num autênti-co museu de exposições, com fotografias, pinturas e retratos feitos pelos alunos. A Escola Secundária Domingos Sequeira, em Leiria, foi a escolhida para acolher a grande final das XXX Olimpíadas Portuguesas da Matemática (OPM) e percebe-se bem porquê. Texto e fotos: João Diogo Correia

para daqui a 40 anos recordarOlimpíadas

Para além da importância de espalhar as finais por vários pontos do país (o ano passado foi em Braga, por exemplo), a escola, nas pala-vras do diretor Joaquim Marques da Silva, “sempre teve uma grande sensibilidade para a matemática”. Ora coloca alunos nas finais das OPM (como na edição deste ano), ora tem um aluno vencedor do Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, ora vê que alguns dos monitores que orientam os participantes nas finais são ex-alunos da Domingos Sequeira, “o que é um grande orgulho”, confessa o diretor. Para além do espaço, a escola foi responsável por toda a organização local e deu apoio com alimentação, alojamento e visitas guiadas: “os finalistas estão a dormir no seminário aqui de Leiria. Pelos vistos, não há muitos seminaristas, mas é um espaço bastante agradável”,

A sessão de encerramento e entrega dos prémios das OPM decorreu no histórico teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, e contou com ora-dores de grande importância para o ensino e desenvolvimento da matemática. Miguel Abreu, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, Ana Noronha, diretora executiva da Ciência Viva, o dire-tor da Domingos Sequeira (também ele da área das ciências, já que é professor de Física) ou o Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, foram alguns dos que receberam grandes ovações vindas da plateia. Mas as palmas mais entusiastas estavam guardadas para os vence-dores e foi nesse grupo que se incluiu Miguel Torres, de 16 anos, aluno do 11º do Grande Colégio Universal, no Porto. Miguel foi um dos três premiados com a medalha de ouro na categoria B, a mais avançada, destinada a alunos do secundário, para além de Miguel Martins dos Santos, de Alcanena (que já é repetente nesta história de ganhar medalhas nas OPM), e Pedro Pereira, da escola anfitriã (que prova que o diretor não mentiu quando disse que a Domin-gos Sequeira conseguia bons resultados). Miguel Torres confessou à Mais Educativa que “não estava nada à espera de ganhar, acho que tive sorte”. O primeiro dia correu-lhe menos bem e “foi o segundo

A Liderpapel andou pelas OPM a distribuir material escolar e as máquinas de calcular Citizen não só fizeram sucesso entre os alunos, como ainda subiram ao palco para serem recebidas por alguns dos medalhados.

Não foi Natal, mas bem podia ter sido.

ri-se Joaquim Marques da Silva. Quanto a visitas, o Castelo e o centro histórico de Leiria, o Mosteiro da Batalha e a Batalha de Aljubarrota ficaram incluídas no programa, e espera-se que na memória, dos es-tudantes.Com mais de cem anos de história, a Domingos Sequeira apresenta um aspeto renovado e futurista, especialmente se falarmos do edi-fício principal, que fica de frente para quem entra, graças às obras de remodelação de que foi alvo. Aí estão as principais diferenças que encontram os alunos que aqui estudaram nas décadas de 50, 60 e 70. É verdade, enquanto a Mais Educativa vagueava pelos cor-redores e esperava o fim das provas das OPM, deu de caras com um reencontro curioso: ex-alunos, alguns 40 anos mais velhos do que quando aqui entraram pela primeira vez, relembravam os tempos de escola, porque recordar é dar uma nova vida ao que ficou para trás. Carlos Ribeiro veio de propósito da Amadora para Leiria (e ain-da aproveitou para dar boleia a uma ex-colega de Almada) só para estar presente no almoço de celebração. Do seu tempo reconhece o painel da entrada, o pavilhão antigo e o ginásio, “os campos de futebol é que não eram nada assim, tínhamos de correr à volta da escola”. Apesar das caras conhecidas, há nomes que já não consegue lembrar, mas muito que ficou: “lembro-me perfeitamente daquela minha colega ali, lembro-me da cara de menina dela”.

Ouro sobre problemasque safou”. Como não há só uma resposta possível para cada um dos problemas, Miguel considera que o segredo “é raciocinar e encontrar o caminho certo para chegar à solução”.

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//TOQUE DE SAÍDA

Do Feijóvê-se o resto do mundo

A Escola Secundária Romeu Correia, no Feijó, recebeu a visi-ta da Education First, uma instituição que quer atirar-te para fora de Portugal, no bom sentido que isso tem. Aprender uma língua, misturar culturas, perceber os truques da fala ou as manias na alimentação. O professor prefere ser só Mark e os alunos querem mais aulas destas.Texto: João Diogo CorreiaFotos: Samuel Alves

“Don't call me teacher”. Mark Bilby, apesar de ser professor, prefere que o chamem apenas pelo primeiro nome, porque esta aula é para ser entre amigos. O Mark é inglês, dá aulas na Universidade de Oxford, mas é na Escola Se-cundária Romeu Correia, no Feijó, que vai es-tar, durante uma hora e meia, a dar a conhe-cer a duas turmas do 12º ano a forma como funciona um curso da Education First (EF). A explicação começa por ser dada por Charlot-te Lowe, country manager da organização: “a EF tem uma grande variedade de cursos de línguas, desde o inglês, ao francês, passan-do pelo alemão ou até mandarim”. O ponto comum é que “todos os cursos são dados no estrangeiro, nunca em Portugal”. Mark conta porquê: “Se os alunos forem para o país de origem da língua que querem aprender, são obrigados a falá-la, a treiná-la. Especialmen-te em Inglaterra, porque os ingleses não fa-lam outras línguas”.

A aula começa com uma imagem de David Cameron e a pergunta “quem é ele?”. “Primei-ro-ministro do Reino Unido”, respondem os estudantes, bem pre-parados. Entre pre-posições, advérbios, nomes, hábitos de

alimentação e uma corre-ção aqui e ali, Mark vai conquistando os alu-nos com o jeito descontraído e bem-humo-rado que se pede: “Parem de chamar 'chá das cinco' àquilo que se faz em Inglaterra. Isso é em Portugal, nós, ingleses, bebemos chá o dia todo”. Os alunos riem-se e está explicado porque é que uma das professoras de inglês da Romeu Correia, Graça Brandão, disse à Mais Educativa que “quando foi feita a pro-posta todas as turmas aceitaram. Infelizmen-te, até tivemos de deixar algumas de fora”. E acrescenta que “é uma experiência que não têm oportunidade de viver no dia-a-dia da escola”. Joana Lopes, uma das alunas do 12º ano, concorda e promete “divulgar a iniciati-va por outros colegas”. Enquanto os alunos vão formando grupos para responder às perguntas, Mark vai dan-do dicas. “Dinner time não significa só 'hora de jantar'. Se fizermos uma grande refeição à hora do almoço, também lhe chamamos

Então e se agora te visses no aeroporto preparado para ir para outro país durante seis meses aprender uma língua? “Era uma mistura de medo com muita vontade”, ri-se a Joa-na. O Gonçalo garante que deixava tudo para trás, “é um dos meus obje-tivos, estudar fora de Portugal”. E as saudades? “Ao início era capaz de cus-tar um bocadinho, mas aguenta-se e depois passa”.

De malas e bagagens daqui para fora!

dinner time”. Então e se enchermos a barriga a meio da manhã? “A isso eu chamo gordu-ra”, responde, arrancando mais um coro de gargalhadas. Para o Gonçalo Félix, são estas informações que fazem a diferença de estu-dar no estrangeiro, porque “há certas expres-sões que eles usam e que em Portugal não dá para apanhar”.E como é que a EF foi parar ao Feijó? Char-lotte conta que a instituição “manda revistas, panfletos e e-mails com informação e faz o acordo com as escolas interessadas. Depois convida um professor e ele fica em Portugal umas semanas a percorrer as escolas”. Mark já chegou há três semanas e confessa que “o nível de inglês dos estudantes é muito bom. É claro que há sempre uma ou duas coisas que é preciso explicar, mas nunca tive ne-nhum problema em ser entendido”.Será que os pais dos estudantes ainda vão ouvir falar no professor Mark? A Joana res-ponde: “era capaz de lhes pedir para partici-par num curso destes, porque motiva, é ou-tra dinâmica e gostava de ver mais iniciativas destas nas escolas”.A campainha toca, a lição termina e o Mark conclui: “há uma parte social muito impor-tante, nisto de ir estudar para o estrangeiro. Fazer um curso não é só aprender uma lín-gua, é toda uma experiência que os acompa-nhará ao longo da vida”.

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//TOQUE DE SAÍDA

A FuturáliAencheu-se de escolas

Qual é o evento anual onde podes conhecer a oferta formativa de universidades e politécnicos variados? E onde podes encon-trar alunos de outras escolas? E onde podes divertir-te como se não houvesse amanhã? E, já agora, onde podes visitar várias escolas secundárias e profissionais de todo o país duma só vez? A resposta é: na Futurália, pois claro, que este ano decorreu entre os dias 14 e 17 na FIL – Feira Internacional de Lisboa (Parque das Nações)! Entre motores de carros híbridos, cupcakes, vestidos, hortas improvisadas, robôs e peças de teatro, vimos tantos cursos, tantos professores e tantos alunos aplicados, que não pudemos deixar de tos mostrar a ti também. Como gostámos muito de conhecer todas estas escolas – não te esqueças que em www.maiseducativa.com encontras todas que não estiverem presentes nas próxi-mas páginas! Parabéns a todas, vemo-nos para o ano que vem.

Estávamos quase na hora do lanche, quando pássamos junto das alfaces, dos morangos e dos tomates mais frescos de toda a Futurália. Prestes a perguntar de que horta tinham vindo tais espécies apetitosamente saudáveis, reparámos que um “méééééééééeé” anunciava a presença de dois membros mui-to especiais da equipa do stand da Escola Profissional Agrícola Fernando Barros Leal...Texto e fotos: Bruna Pereira

Mãe e pai: quero trabalhar numa horta!

Só mais uma massagem, por favor

Luísa Roque, coordenadora do Curso Técnico de Produção Agrária – Vertentes de Produção Vegetal e Animal da Escola Profissional Agrí-cola Fernando Barros Leal, explicou à Mais Educativa que “basta que os alunos tenham o 9º ano completo para que possam frequentar este curso. No final, além de uma certificação profissional de nível IV, os finalistas obtêm a equivalência ao 12º ano, podendo inclusi-vamente prosseguir estudos superiores”. Outra das mais-valias deste curso é a possibilidade dos alunos poderem escolher entre o ramo vegetal e o animal, no 3º e último ano da formação. “Os primeiros dois anos são iguais para todos os alunos e as cadeiras comuns, sen-do que é já a partir do 2º ano que começam a beneficiar do contexto de trabalho, a parte mais prática do curso. No último ano do curso, escolhem a vertente que querem seguir, culminando o curso com um estágio”, referiu Luísa Roque, explicando que são muitas as em-presas que procuram estagiários provenientes da Escola Profissio-nal Agrícola Fernando Barros Leal. Os alunos que optam pelo ramo

animal podem trabalhar em empresas relacionadas com avicultura, produção de bovinos, cavalos, ovinos e outras espécies pecuárias. os que escolherem a vertente vegetal, têm uma série de saídas profis-sionais relacionadas com a horticultura e as atividades agrícolas em geral – “uma área que volta a estar em voga”, concorda a coordena-dora do curso. Se ficaste com água na boca de olhar para as verdejantes folhas de alface, o melhor será fazeres uma saladinha para o jantar!

Aqui não se vendem poções mágicas nem estão videntes dis-poníveis para consulta. Contudo, os resultados são muito mais relaxantes – tanto para o corpo, como para a mente de quem visitar o Instituto de Medicina Tradicional (IMT) na Futurália.Texto e fotos: Bruna Pereira

Aqui é só chegar e pedir, como se de uma ementa refinada se tra-tasse: Osteopatia, Massagem Ayurvédica, Massoterapia, Shiatsu… A simpatia das alunas presentes é contagiante e o esforço para não adormecer às mãos destas milagrosas terapias tem de ser bastante grande, tal é o efeito relaxante que invade o corpo…Em conversa com Isabel Cabaço e Cláudia Costa, descobrimos que todos os visitantes que experimentam os resultados dos cursos existente no IMT saem de sorriso nos lábios, com uma sensação de leveza quase indescritível – e se tivessem asas, seriam certamente capazes de voar!Se ficaste curioso, fica a saber que a oferta formativa do IMT engloba cursos em tão diferentes como Acupunctura, Moxabustão e Fitotera-pia Chinesa; Homeopatia; Medicina Tradicional Ayurvédica; Naturo-patia e Ciências Tradicionais Holísticas; Osteopatia; Auriculoterapia; Massagem Tui-Na; Aromaterapia para Profissionais de Massagem; Drenagem Linfática Manual; Massagem Ayurvédica Terapêutica; Massagem Desportiva e Técnicas de Recuperação Física, Plantas Me-dicinais, entre muitos outros.

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//TOQUE DE SAÍDA

Os teus pais dizem-te que o carro avariou e que vais ter de ir de transportes para a escola durante uma semana inteira. É uma grande chatice, verdade? Para os mecânicos isso chama--se trabalho, competência e perspicácia. E o CEPRA – Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel sabe como se formam esses profissionais.Texto e fotos: Bruna Pereira

“Constrói o teu papel: voa mais alto”. Não parece mas o slogan tem um trocadilho fácil de entender: no stand da Escola de Co-mércio de Lisboa (ECL) foi possível trabalhar o papel e cons-truir o próprio objeto, sendo que a ideia era que todos eles pudessem voar. O mesmo se aplica ao teu futuro.Texto e fotos: João Diogo Correia

Foi dos stands mais cheirosos da Futurália. Mal entravas no Pa-vilhão 2, uma força te empurrava-te para o cantinho da Escola Técnica Profissional da Moita (ETPM). Era lá que os estudantes dos cursos profissionais de Técnico de Restauração iam inven-tando bolos, sopas, pastéis e canapés. Mas parece que a agita-ção não ficou por aqui...Texto e fotos: João Diogo Correia

Os alunos dos cursos, que estão divididos nas variantes Cozinha/Pastelaria e Restaurante/Bar, foram distribuindo panfletos, flyers e informações enquanto atiravam mais um ingrediente para a panela. A ETPM foi bastante solicitada, com grupos de pessoas a observar, a tirar apontamentos e, com mais entusiasmo ainda, a provar as me-lhores receitas (é provável que alguns vão para casa fazer brilharetes na cozinha).A Mais Educativa falou com a responsável pelo stand e diretora do Departamento de Comunicação e Imagem, Alexandra Santos, que realçou a importância do empenho dos alunos: “cinco ou seis ele-mentos do curso de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade estiveram a ajudar-me a montar a banca, a escrever o jornal, os panfletos e agora andam a distribuir informação sobre os cursos do próximo ano, são incansáveis”.

Ensino sobre rodas

Põe mãos ao papel

Na Moita canta-se enquanto se cozinha

Miguel Brito e Vítor Pires são alunos do Curso de Mecatrónica, no CE-PRA, e para eles falar de automóveis é como comer tremoços, faz-se sem esforço. Fotografados junto ao motor de um Toyota Prius híbri-do, os alunos disseram à Mais Educativa que as principais vantagens destes novos veículos movidos tanto a gás como a gasolina passam pelo facto de serem “mais económicos e mais amigos do ambien-te”. Para os que se perguntam neste preciso momento: “Mas e onde é que se abastecem estes carros?”, a reposta é facilmente dada por Miguel Brito: “hoje em dia todas as autoestradas, por exemplo, já possuem estações de serviço preparadas para abastecer veículos

Os alunos do curso de Vitrinismo, por exemplo, estavam lá para aju-dar os menos experientes a criar diversos origamis. Viram-se muitos aviões, pássaros (lá está, podem voar), mas também saias e outras peças de vestuário feitas de papel. Mónica Araújo, coordenadora de Comunicação e Imagem da ECL, disse que o público feminino era o mais participativo no stand e que a mistura entre “a parte tradicio-nal e a outra mais prática e dinâmica” era importante para cativar os alunos. E o que de certeza também os entusiasmou, e não foi pouco, foram as entradas para o Rock in Rio que a ECL ofereceu!

híbridos”.Dotados de uma dupla valência a nível da formação (componente profissional aliada a uma formação académica que culmina com a equivalência ao 12º ano), os cursos do CEPRA dotam os seus finalistas de um certificado válido em toda a União Europeia. Porque a excelên-cia na formação não tem fronteiras.

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Uma peça de teatro, adaptada de um texto estudado nas aulas, e um espetáculo de dança, foi o que os alunos da Escola Secundária Eça de Queirós (ESEQ) mostraram no Palco Futurália, que os recebeu com grande entusiasmo.Texto e fotos: João Diogo Correia

O palco veio abaixo

A Química à nossa mesaFoi graças a este associativismo e entreajuda dos estudantes que a ETPM conseguiu duas novidades para esta edição da Futurália.A primeira é que os alunos dos vários cursos com jeito para a música decidiram juntar-se e formar uma banda, "quem não tem nome, é a banda da escola", e improvisar concertos jun-to ao stand. Os decibéis estavam tão elevados que acabaram por mudar o palco para um sítio mais recatado (mas mesmo ao pé da ETPM, claro) e foi lá que deram espetáculo, tocan-do músicas que certamente te passam pelos ouvidos todos os dias nas rádios e televisões.E para além dos jovens com queda para as guitarras, baterias e microfones, há outro tipo de artistas na ETPM: os alunos de Físico-Química juntaram-se aos de Restauração e criaram a cozinha molecular. A Mais Educativa viu, provou e recomenda.

Onivaldo Oliveira, professor de Teatro na escola, mostrou-se satisfeito com a iniciativa e disse que "é muito positivo os alunos terem oportunidade de mostrar o trabalho que de-senvolveram ao longo do ano". Além disso, a experiência no palco será fundamental para quando derem "o salto para o mercado de trabalho." O espetáculo "Casting: Apenas Rapa-rigas" consistiu numa encenação em que várias concorrentes tentavam a sorte no com-plicado mundo do cinema. Quando a peça terminou, ouviram-se os aplausos do público, mas foi na coreografia preparada pelos alunos do curso de Animação Sociocultural que as gargantas mais se esforçaram para um agradecimento que fez tremer o Pavilhão 2 da FIL.

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//PÁGINA A PÁGINA

Robert Muchamore

Alyson Noël

Alexandre Honrado

Eduardo Wagner

O Recruta

Estrela da Noite/Os imortais

É preciso amar devagar

100 Matemáticos / 100 Problemas

Na CHERUB todos têm menos de 17 anos, vestem t-shirts e calças de gan-ga, como adolescente normais. Então por que é que não podias ser tu ou qualquer um dos teus amigos? Porque todos eles são profissionais treinados, enviados para missões de espionagem contra terroristas e traficantes de droga procurados em todo o mundo.Mas, oficialmente, estas crianças não existem...Esta é a história deles e de James, o mais recente membro, que é um ge-niozinho da matemática, que pode ser muito útil à CHERUB. Ele que se prepa-re, porque os cem dias de recruta estão a começar!

Edição: 2012 | Páginas: 368 | Editor: Porto EditoraPVP: 12,90 euros

Por vezes, os nossos melhores amigos podem tornar-se nos piores inimigos. E porquê? Porque não há ninguém que conheça melhor os segredos que guar-damos, as fraquezas que temos ou a forma mais fácil para nos atingir. Nunca é isso que esperamos de um bom ami-go mas, neste livro, é isso que aconte-ce. Haven descobriu algo sobre Damen (algo perigoso sobre o seu passado) e está muito tentada a revelá-lo.

Edição: 2012 | Páginas: 296Editor: Edições GailivroPVP: 16,90 euros

Há pessoas que têm tendência para se atirar de cabeça às primeiras trocas de olhares. Há outras mais complicadas, que nem depois de anos têm coragem de se entregar. O amor fica no meio de histórias, contadas e inventadas, e nunca se percebe muito bem os seus truques e habilidades. Este livro é para pensares nisso mesmo, no lugar do amor. Será preciso usá-lo devagar?

Edição: 2012 | Páginas: 80Editor: Raiz Editora/Lisboa EditoraPVP: 7,50 euros

Certamente já ouviste falar, ou até já participaste, das Olímpiadas da Mate-mática, que têm o objetivo de te testar, mas de forma diferente daquela que é feita na escola. São mais um apelo à tua criatividade e imaginação a resol-ver questões matemáticas. Para quem gosta desses desafios, este livro pode ser perfeito. Reuniu dez matemáticos de grande reputação e pediu-lhes que apresentassem os dez problemas mais belos que conheciam (o que, não é uma conta difícil de fazer, dá um total de 100 problemas). Agora eles vêm apresentados neste livro, onde podes perceber até onde vão as tuas capacidades, sem deixares o prazer de lado: é que as respostas são autênticas pérolas da matemática.

Edição: 2012 | Páginas: 248 | Editor: Gradiva | PVP: 12 euros

Informação facultada pelo departamento comercial.

Foto de: Porto Editora

Foto de: Porto Editora

Foto de: Porto Editora

Foto de: Gradiva

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Nesta feirahá tudo menos trapinhos

Abril é o mês para atualizares as leituras. Enquanto no norte é preciso esperar pelo fim de maio para a Feira do Livro do Porto (só arranca no dia 31), em Lis-

boa, chegou a altura de te perderes no Parque Eduardo VII, para a 82ª edição da feira, que começa no dia 24 de abril (mas não tenhas pressa, dura até 13 de maio).Se já lá estiveste, sabes bem que há livros para todos os gostos: para apren-deres ou para te entreteres, de história ou de ciência, ficção ou realidade, comédia ou aventura, poesia ou banda desenhada, livros velhos e livros novos, de editoras ou alfarrabistas (aqueles senhores que vendem edi-ções muito, muito antigas, algumas raras ou únicas!). A oferta é tanta que até te cansas de subir e descer as ruas onde estão montadas as bancas. Para além da variedade, a grande vantagem é que aparecem sempre des-

contos ou promoções do género “paga um e lê três”. Por essa altura, não te esqueças de passar pelo site da Mais Educativa, em

www.maiseducativa.com, para dares uma olhadela no nosso saco de com-pras. Boas leituras!

Textos: João Diogo Correia

Foto de: oml.com.pt

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//PLAYLIST

Tão doceDiz-se que “as palavras são como as cerejas: vão umas atrás das outras” e sobre Luísa Sobral podíamos escrever sem parar e di-zer, entre muitas outras coisas, que tem cara e voz de boneca. As músicas? Temas como “Not there yet“ e “Xico” já soam há meses nas rádios! A Mais Educativa aproveitou ainda para saber o por-quê do nome do seu primeiro trabalho, “The cherry on my cake”, e que surpresas estão reservadas para os concertos em Lisboa e Porto.Texto: Bruna PereiraFotos: Sons em Trânsito

como um cupcake

Saíste do anonimato em 2003, com o programa “Ídolos”, mas na altura tinhas apenas 16 anos e um enorme sorriso que ainda todos recordamos. O que mudou na Luísa Sobral durante este tempo todo? Acho que todas as pessoas mudam muito dos 16 aos 24, talvez porque seja uma das fases mais importantes da vida, em termos de desenvolvimento da personalidade. Mu-dei como todas as pessoas mudam, tornei--me mais madura, tenho objetivos mais defi-nidos e estou mais segura nas decisões que tomo. Foi também durante esses anos que descobri a minha identidade musical.

Como descreves a tua estadia nos EUA, mais precisamente no Berklee College of Music, a nível de crescimento profissional e de vivências?Foi uma das melhores experiências da mi-nha vida. Conheci músicos incríveis, tanto professores como alunos, toquei vários esti-los de musica e fiz amigos que me ajudaram a crescer tanto pessoal como musicalmente.

Fala-me do teu álbum de estreia, “The cherry on my cake”. Era um sonho gravar este trabalho? Porquê este título?Mais que um sonho era um objetivo. Sem-pre soube que um dia iria gravar um disco mas até há dois anos não me sentia prepara-

da. No último ano do curso comecei a juntar todas as minhas composições e foi então que decidi gravar.Quanto ao título, é uma das frases de uma das minhas canções, a "Don't let me down". A minha mãe sonhou com o CD à venda e na capa aparecia "The cherry on my cake" por isso achei que seria uma boa ideia.

Relativamente à tua imagem, tens uma imagem muito feminina e facilmente as-sociada a um cupcake: "doce e fofinha" - até na voz. Quais as dicas para um look tão lovely como o teu?Sinceramente não penso muito nisso. Há uma loja que me patrocina e que gosto mui-to, a Kiling e, de resto, gosto de lojas em se-gunda mão.

O que podemos esperar nos concertos agendados para abril, para começarmos já a roer as unhas?Podemos esperar um cenário diferente. Quanto ao resto é surpresa!

Já te aconteceu alguma situação cómica, surreal ou inédita em concertos ou com algum fã que nos possas contar?Não... Pelos vistos as pessoas que gostam da minha música são bastante contidas :)

Já o conhecíamos da novela da SIC “Rosa Fogo”, onde causa furor, ao lado de Cláudia Vieira, como protagonista. A novidade é que Ângelo Rodrigues vai dar a conhecer tam-bém os seus dotes musicais, neste que será o seu primeiro trabalho - “Angel-O”. O álbum chega em abril e o primeiro single chama-se “Só quero que saibas”.A propósito de revelações, contamos-te que para Ângelo Rodrigues os palcos não são novidade - foi vocalista da banda X-Tasy, com a qual conquistou o segundo lugar do concurso nacional TMN Garage Sessions, em 2007.

“Só quero que saibas” que Ângelo Rodrigues também canta

E ainda...

Foto de: a1.sphotos.ak.fbcdn.net

Porto, Casa da MúsicaDia 13 de abri, 21:30hPreço único de 17 euros

Lisboa, CCBDia 14 de abril, 21hPreços de 5 euros a 25 euros

Luísa Sobralem concerto

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//TAKE 1

No espelhode Julia Roberts

Espelho meu, espelho meu, haverá alguém mais bela do que eu? Soa-te familiar? Onde será que já ouviste isto? Se calhar ainda guardas a cassete (sim, há quem ainda seja do tempo das cassetes) do clássico “A Branca de Neve e os Sete Anões”. Desta vez, a concei-tuada Julia Roberts é a dona da maçã enve-nenada, que tudo fará para complicar a vida à inocente Branca de Neve, interpretada por Lily Collins. Mas atenção que nem tudo será igual ao filme da Disney, há surpresas que es-peram por ti.

Título: Espelho Meu, Espelho Meu, Há Alguém Mais Gira do Que Eu?/Mirror MirrorPaís de Origem: EUAAno: 2012Género: FantásticoEstreia: 12 de abrilSite oficial: www.mirrormirrorfilm.com

FicHA técnicARealização: tarsem SinghArgumento: Jason Keller e Melisa WallackElenco: Armie Hammer, Julia Roberts, Lily collins, Mare Winningham, nathan Lane, Sean Bean

Textos: João Diogo Correia

Laure é Mikael. Ou Mikael é Laure. confuso? Há uma menina que chega a um novo bairro e, sem amigos, escolhe uma solução invul-gar: vestir-se e comportar-se como um rapaz. Entretanto torna-se próximo de Lisa, que está bem longe de imaginar que o seu novo amigo é... Uma amiga.

Há um poderoso inimigo a ameaçar o mundo, mas o diretor da S.H.i.E.L.D, a agência internacional responsável pela proteção do planeta, está pronto para enfrentar as adversidades. Para isso, pre-cisa de recrutar uma forte equipa de salvação... Alguns atores, como a bela Scarlett Johansson, aparecem agora como nunca os viste! Robert Downey Jr. é o Homem de Ferro, chris Evans faz de capitão América, Mark Ruffalo é Hulk e à norte-americana coube o papel de Viúva negra.

Título: tomboyPaís de Origem: FrançaAno: 2011Género: DramaEstreia: 5 de abrilSite oficial: www.facebook.com/tomboy.movie

Título: Os Vingadores (ii)/the Avengers (ii)País de Origem: EUAAno: 2012Género: Ação/AventuraEstreia: 30 de abrilSite oficial: http://marvel.com/avengers_movie/

Rapaz por opção Eles chegaram para a vingança

FicHA técnicARealização: céline SciammaArgumento: céline SciammaElenco: Jeanne Disson, Malonn Lévana, Zoé Héran

FicHA técnicARealização: Joss WhedonArgumento: Joss Whedon e Zak PennElenco: chris Evans, chris Hems-worth, Mark Ruffalo, Robert Downey Jr., Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson

Foto

de:

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w.fi

lmor

ia.c

o.uk

Foto de: bestmoviesevernews.com

Foto de: www.cineramabc.com.br Foto de: www.theavengers2012-movie.comFoto de: vejasp.abril.com.br Foto de: www.wallbest.com

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20 | MaisEducativa . Abril 2012

para a sobremesa

//ZAPPING

Em abril estão de volta as interminá-

veis filas de jovens à espera de uma oportunidade, talentos que ainda não foram descobertos ou

outros para sempre perdidos. E mesmo muitos, mas muitos, cro-mos sem os quais o “Ídolos” já não seria possível. O mau humor de alguns membros do júri também lá estará, mas este ano com um nome forte que promete trazer novo público ao programa da SIC: Tony Carreira, um cantor que já encheu palcos enormes (Olympia em Paris, Queen Elisabeth nos EUA, Brixton Academy em Londres, Pavilhão Atlântico em Portugal, chega?) e que vai em mais de três milhões de discos vendidos. Um ídolo ninguém tem dúvidas que ele é, resta saber como se safa a escolher o próximo. Para lhe fazer com-panhia, chegam mais duas caras novas, uma delas um bocadinho tapada. Pedro Abrunhosa não vai tirar os óculos (ou será que vamos ter uma surpresa?) e Bárbara Guimarães já tem uma especialização

em caça ao talento, depois de apresentar programas como “Chuva de Estrelas”, “Portugal tem Talento” ou “Família Superstar”. O quadro fica fechado com o carismático Manuel Moura dos Santos, manager de alguns artistas nacionais e júri em todas as edições do “Ídolos”. Para a apresentação também não há mudanças, já que a atriz e ago-ra apresentadora Cláudia Vieira vai continuar a fazer parelha com João Manzarra.Este ano, 17 mil pessoas tentaram a sua sorte no casting para o pro-grama, que contou com uma audição de “Última Oportunidade” no Centro de Congressos do Estoril, onde três mil candidatos agitaram a linha de Cascais, cantando e improvisando durante a espera. Entre as músicas mais ouvidas na sala de audições, pelo júri de “Ídolos”, estiveram as portuguesas “Cavaleiro Andante” de Rui Veloso e “Lon-ge do Mundo” de Sara Tavares, para além da inevitável Adele, com “Someone Like You” e “Rolling in the Deep”.Textos: João Diogo Correia

Com as filas que se costumam formar no McDonald's, de certeza que já pensaste que abrir uma hamburgueria é o que está a dar. A nova série de animação da Fox, “Bob's Bur-gers”, é capaz de te pôr a pensar o contrário.

Bob é o dono de uma hamburgueria, uma herança de família, que é gerida por ele, pela mulher e pelos três filhos. O Bob é, de facto, um especialista em hambúrgueres inovadores e com apetitosos condimen-tos, mas tem muito pouco jeito para o ne-gócio. Se a ASAE visse o balcão gorduroso e a cozinha desarrumada da Bob's Burgers certamente haveria problemas, apesar de o Bob continuar convencido de que tem

o melhor restaurante da cidade. A família nem sempre ajuda: Linda apoia o sonho do

marido, mas começa a perder a paciência para tantos disparates, Tine, a filha mais velha, prefere sonhar com o príncipe encantado do que cativar novos clientes, Gene, o do meio, gosta de servir pratos com uma piada lá metida (e já se sabe que os clientes nem sem-pre gostam de empregados engraçadinhos) e, por fim, a mais nova, Louise, tem energia a mais, o que faz com que o melhor seja não sair da cozinha.Junta esta hamburgueria à casa funerária na porta do lado, ao paredão à beira-mar sempre agitado, à escola onde os filhos de Bob e Linda estudam e à pizzaria do outro lado da rua (o grande adversário de Bob, porque “pizzas ou hambúrgueres?” é o maior dilema dos adolescentes) e imagina a trapa-lhada que para aqui vai e que não vais querer perder. Criada por Loren Bouchard, a série estreia já no dia 10 de abril!

“American Dad” e “Family Guy” são duas séries que bem conhe-ces, da autoria do prodigioso Seth MarFalane. No dia 2 de abril estreia a segunda temporada de uma série da qual Marfalane tam-bém é um dos criadores e, só por isso, “Cleveland Show” já vale a pena.Se não viste a primeira, fica a saber que Cleveland se prepa-ra para recomeçar a vida com uma nova companheira, Donna, o grande amor dos tempos de escola, com quem acaba por ter dois filhos bastante indisciplina-dos, Roberta e Rallo. Para ajudar à festa, há ainda o filho do anterior casamento, Cleveland Jr., sempre alvo da chacota dos meios-ir-mãos. As polémicas com os vizi-nhos vão continuar, desde o ba-

rulhento e provinciano Lister, passando pelo urso religioso Tim e acabando em Holt e as suas manias. A novidade é

que vais poder contar com vozes bem conhecidas,

como a de Justin Tim-berlake, Snoop Dogg, Tony Hawk ou alguns membros de outra acla-

mada série, “Glee”.

ídolos

O teu pratO preferidO está na fOx Cleveland tem selO de qualidade

Fotos de: Fox Canais

Fotos de: Fox Canais

Fotos de: Sic

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//MAIS GAMES

Com as energias renováveis não se brinca... Ou sim?

Energy 4 Lyfe

Desligas a luz do quarto quando vais tomar banho? Fazes reciclagem lá em casa? Atiras o papel da sandes mista para o chão no fim de comeres o pão? Sejam sim ou não as tuas respostas, apresentamos-te o “Energy 4 Life” - um jogo de simula-ção gratuito, online e 100% português, que convida o jogador a explorar ques-tões ligadas às energias renováveis e à eficiência energética. Com o objetivo de educar e consciencializar os jovens para o impacto que as suas escolhas do dia-a-dia podem ter no futuro energético da sociedade, cada jogador é chamado a desempenhar o duplo papel de jovem cidadão individual (com responsabilidades e impactos a um nível local) e de governante de um país (que toma decisões com impacto a uma escala nacional e internacional). A grande novidade é que nunca jogas sozinho! O “Energy 4 You” integra uma competição internacional online que envolve alunos a partir dos 14 anos de idade oriundos de Portugal, Espanha, Itália, Alemanha e Malta.O “Energy 4 Life” está disponível para download de forma gratuita em www.energy4life-game.com/EnergyForLife, apresentando versões para Windows, Mac OSX, e jogo online no Web Browser.

Jogo made in PortugalO jogo foi desenvolvido pela Oikos – cooperação e de-senvolvimento e pela Inovaworks, produtora tecnológica nacional, responsável em 2009 pelo lançamento de um dos primeiros jogos portugueses para iPhone, o Dropoly, contando ainda com o apoio técnico e cientifico do (IPCA) Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e da Caos – Bor-boletas e Sustentabilidade, e cofinanciado pela Comissão Europeia.

Não metas água Há vida no teu facebookBattleship Zynga

Lembras-te de quando usavas os cadernos de Matemática para jogar à Batalha Naval? E de quanto sofrias ao tentar adivinhar as coordenadas dos porta-aviões e dos submarinos do teu adversário? E da desilusão quando a aposta que julgaras certeira não foi mais do que um tiro na água? Pois bem, para apaziguar o teu sentimento de nostalgia em relação a este jogo de lápis e papel, a Activison e a Hasbro anunciaram o lançamento de “Battleship” (que é como quem diz Batalha Naval) para a PlayStation 3 e Xbox 360, estando ainda previsto o seu lançamento para Nintendo 3DS, DS e Wii. Segundo o site oficial do jogo, Battleship vai estar nas lojas no próximo dia 15 de maio - mas na Europa o tempo de espera será menor, já que o jogo será lançado ainda em abril.Além de ser inspirado no famoso jogo de tabuleiro, “Battleship” vai buscar influências ao filme homónimo de Peter Berg, que vai estrear esta primavera e no qual Riahna faz a sua primeira incursão no mun-do do cinema.

Textos: Bruna Pereira

Disponível em 16 línguas (inglês, francês, italiano, alemão, espanhol, português, turco, indonésio, norue-guês, dinamarquês, holandês, sueco, entre outras), a plataforma Zynga (https://zynga.com) agrega jogos de várias empresas parceiras e permite os jogadores poderem conectar-se usando a sua conta do facebook. Nesta nova plataforma, que preten-de marcar a diferença por ser gratui-ta, social e acessível, poderás ligar-te a outros jogadores que partilhem dos teus mesmos gostos a nível de jogos, diminuindo drasticamente as probabilidades de não teres ninguém com quem jogar.Os cinco principais jogos da Zynga e disponíveis no site são Castle-Ville, Words With Friends, CityVille, Hidden Chronicles e Zynga Poker. No entanto, estão previstos mais jogos da Zynga e de outras empre-sas para muito em breve.

Foto de: images.eurogamer.net Foto de: images.eurogamer.net Foto de: castlevilleguide.com Foto de: www.hebertphp.net

Foto de: blog.sfgate.com

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24 | MaisEducativa . Abril 2012

//EM FORMA

Nos anos 70, pensava-se que a melhor invenção do Homem tinha mesmo sido a Roda... Dos alimentos, mas a versão em Pirâmi-de nutricional veio dizer que afinal não. Agora, a Escola de Medicina da Universidade de Harvard acredita que a melhor forma de representar informação prática e concisa que mostre as quantidades aconselháveis de alimentos a ingerir é, afinal, nada mais, nada menos do que um prato. Texto: Bruna Pereira

Depois da tradicional Roda dos Alimentos e da sua seguidora Pirâ-mide, os especialistas da Escola de Medicina de Harvard propõem a figura de um prato. Designado por "My plate", este novo guia nutri-cional apresenta-se como sendo mais informativo e intuitivo do que os modelos anteriores, já que as proporções dos alimentos a ingerir são mais explícitas e sugestivas – recordando uma típica refeição de prato servida em cima da mesa. A ementa sugere encher metade do prato com fruta e legumes, deixar um dos quartos restantes para cereais e o outro reservado a proteínas provenientes de peixe, aves, feijão e nozes. O “My plate” inclui ainda óleos vegetais e um copo de água, que pode também ser substituído por uma chávena de sumo, café ou chá (limitando esta opção às crianças, claro), e alerta ainda para um moderado consumo de leite.Quanto a óleos, o esquema em forma de prato refere que o azeite e os óleos vegetais são os mais indicados para elaborar e acompanhar as refeições (sejam elas feitas com base em refogados, cozidos, fritos

ou saladas), mas avi-sa logo que gorduras como a manteiga são para evitar ao máximo, por estarem na ori-gem de problemas de saúde com o elevado nível de colesterol! A grande novidade deste novo e colorido Prato dos Alimentos é que inclui o exercício físico – que não sendo um alimento, é uma excelente ajuda para que toda a nossa dieta alimentar seja ainda mais equilibrada e melhor absorvida pelo organismo.

De certeza que já viste uma Roda dos Alimentos na tua escola.

Esta representação gráfica foi concebida para orientar as

escolhas e combinações alimentares que devem fazer parte de um dia alimentar saudável. Uti-lizada em Portugal des-de 1977, como parte da Campanha de Educação

Alimentar “Saber comer é saber viver”, a Roda dos

Alimentos sofreu recente-mente uma reestruturação,

motivada pela evolução dos conhecimentos científicos e pe-

las alterações nos hábitos alimentares portugueses. Mantendo o formato circular original, associado ao acostumado prato utilizado às refeições, a nova versão subdivide alguns dos anteriores grupos e inclui a água no centro da representação. Dentro de cada divisão, es-tão reunidos alimentos nutricionalmente semelhantes entre si, para que possam ser regularmente substituídos, assegurando a varieda-de nutricional e alimentar.Embora muito conhecido também no resto do mundo, este modelo circular não se mostrou eficaz, dizem os nutricionistas entendidos, pois a sua estrutura possibilitava diferentes interpretações ao jun-tar diferentes alimentos na mesma área conforme a função. A Food and Agricultural Organization (FAO), a Organização Mundial da Saú-de (OMS) e a World Heath Organization decidiram então avançar para uma nova representação nutricional, em 1992 – desta feita em forma de Pirâmide, com a finalidade de representar nutricional e vi-sualmente os alimentos considerados essenciais e em quantidades ideais, por ordem de importância.

Alimentos que AndAm à rodA

PirÂmides... e nÃo sÃo do eGito!A Pirâmide dos Alimentos é uma representação gráfica dos vários grupos de alimentos que devem ser incluídos na alimentação diária. Assim, na base da Pirâmide, estão os alimentos que devemos ingerir em maiores quantidades - por serem a base da nossa alimentação. No pico da Pirâmide, estão os alimentos que necessitamos em me-nores quantidade. Existem vários modelos de Pirâmide dos Alimen-tos, com algumas variantes, de acordo com o país que a criou e os seus hábitos e recomendações alimentares. O modelo geométrico de pirâmide proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Food and Agricultural Organization (FAO), por exemplo, deu origem à pirâmide do Departamento Norte Americano da Agricultu-ra (USDA), que apresenta na base cereais, tubérculos e raízes como o arroz, macarrão, pães, farinhas e batatas, por serem alimentos fonte de energia. Seguem-se as frutas e as verduras, ricas em fibras, e os derivados do leite com altos teores de cálcio e as carnes, que são fonte de ferro.No topo da Pirâmide, situam-se açúcares refinados e gorduras.Esta Pirâmide de Alimentos do USDA é a utilizada atualmente em vários países. Contudo, uma pesquisa realizada também na Uni-versidade de Harvard, pelo especialista em nutrição Walter Willett, demonstrou que muitos aspetos precisavam ser revistos – pelo que desenhou uma nova pirâmide (a que podemos ver na imagem), que

introduz três novos elementos que não estavam presentes na pirâ-mide USDA: a atividade física, o vinho e suplementos vitamínicos. Na base da Pirâmide, substitui ainda os carboidratos refinados por carboidratos integrais, como o arroz integral, pão integral e a farinha integral, mais ricos em fibras. A carne vermelha e a manteiga foram também recolocadas no topo da Pirâmide, juntamente com os doces, a batata e o pão branco, alertando para a moderação do seu consumo.

Pronto a comer!novo PrAto dos Alimentos

Foto

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Foto de: www.pesocerto-portugal.com

Foto de: www.anutricionista.com

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26 | MaisEducativa . Abril 2012

//DÁ QUE FALAR

Para que serve o psicólogo da escola? Há livros que ajudam realmente a estudar? Uma direta ou outra não faz mal nenhum, pois não? E se me dá uma branca no dia do exame e não consigo escrever as respostas? O que vou dizer aos meus pais se chumbar no exame? Para que o teu cérebro não dê um nós antes de começares a estudar para os Exames Nacionais que se aproximam, a Mais Educativa falou com dois especialistas na área da Educação e dá-te uma série de dicas úteis que poderás guardar religiosa-mente – debaixo da almofada ou na mesinha de cabeceira.Texto: Bruna Pereira

“Como organizar melhor o estudo” e “Como preparar testes e exa-mes” são alguns dos títulos que já viste, certamente, tanto nas li-vrarias onde costumas ir, como na Biblioteca da escola. Mas sabes quem é a autora destes livros? Chama-se Manuela Matos Monteiro, é co-autora de livros escolares sobre psicologia e psicossociologia e depressa percebeu, enquanto professora, que muitos alunos de-dicavam muitas horas a estudar mas não obtinham os resultados que esperavam. “O problema residia na falta de organização do seu trabalho e passei a dedicar algum tempo das minhas aulas a sugerir algumas técnicas de estudo. Os resultados positivos levaram-me a aceitar o convite da Porto Editora para publicar as orientações sobre a organização do trabalho escolar”, disse a escritora à Mais Educa-tiva, ao mesmo tempo que sublinhou a importância da aposta nas técnicas de estudo por parte das escolas – porque ninguém nasce ensinado e até para se saber estudar é preciso aprender técnicas. “Desenvolver com os alunos um conjunto de métodos e técnicas que ajudam a organizar o trabalho e as atividades de aprendizagem é uma aposta no sucesso escolar dos alunos. Felizmente a situação está a mudar”.

Estudantes à beiradum ataque de nervos

Decorar os apontamentos do vizinho não é a soluçãoQuanto a noitadas de estudo, Manuela acredita que a solução não é fotocopiar os apontamentos do colega do lado e decorar tudo na véspera. “Em primeiro lugar, a atenção nas aulas é fundamental! Es-tar concentrado e tirar apontamentos é a base do sucesso. Copiar os apontamentos dos colegas não resulta, porque é a sua elaboração pessoal que permite uma aprendizagem eficaz. O estudo em casa, que não se pode reduzir a fazer os TPCs, permite que os conheci-mentos se integrem e se aprendam. O trabalho regular e organizado assegura uma aprendizagem sólida e, portanto, bons resultados nos testes e exames”.

Diretas só mesmo as respostas nos exames...Ainda acreditas que uma noite em claro passada a café ou chá é a solução para estar desperto no dia do exame? Errado. “Essa é a re-ceita para o fracasso! O sono é uma das condições básicas para o funcionamento do nosso cérebro, para o equilíbrio do nosso corpo. Por isso, dormir menos de 8 a 9 horas por noite põe em causa as capacidades necessárias para se responder bem à situação dos exa-mes. A falta de sono, a ingestão de bebidas estimulantes como chás, cafés e colas para manter um estudante acordado tem como conse-quência estados de confusão e grande ansiedade!”, refere Manuela Matos Monteiro.

Alimenta bem o teu cérebroAs condições do nosso corpo e, portanto, do nosso cérebro influen-ciam fortemente o rendimento escolar. Logo, garante Manuela Ma-tos Monteiro, “uma alimentação variada e equilibrada – carne, peixe, legumes, cereais, leite, fruta - é essencial para assegurar uma ativi-dade intelectual produtiva. Deve-se, por isso, evitar a substituição deste tipo de alimentação por sandes, bolos e refrigerantes”. E outra coisa muito importante: nunca te esqueças de tomar o pequeno--almoço de manhã, porque essa primeira refeição do dia é essencial para manter o rendimento de todo o organismo!

Encontro marcado com os Exames NacionaisNão te esqueças que, este ano, a 1ª fase dos Exames Finais Nacio-nais dos 11º e 12º anos é obrigatória para todos os alunos – e quem faltar à 1ª fase dos Exames não será admitido na 2ª fase! Os alunos que realizarem provas na 1ª fase podem ser admitidos à 2ª fase dos exames finais nacionais desde que não tenham obtido aprovação nas disciplinas em que realizaram exames finais nacionais na 1ª fase (a inscrição renova-se automaticamente na 2ª fase) ou desde que pretendam realizar melhoria de classificação em qualquer disciplina realizada na 1ª fase, no mesmo ano letivo (a inscrição deverá ser feita obrigatoriamente na 2ª fase).

Datas dos Exames Finais Nacionais do ensino secundário:

Datas em que são afixadas as pautas das classificações dos Exames Nacionais:

1ª Fase: de 18 a 26 de junho de 20122ª Fase: de 13 a 18 de julho de 2012

1ª Fase: 9 de julho de 20122ª Fase: 1 de agosto de 2012

Fonte: GAVE – Gabinete de Avaliação Educacional | Ministério da Educação

Não deixes de consultar os dias e as horas em que decorrem as tuas pro-vas em http://www.gave.min-edu.pt.

©Depositphotos/ Andrey Shadrin

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//DÁ QUE FALAR

Os exames aproximam-se de forma galopante e é bom que os e studante s se preparem bem, assim como as suas famílias se preparem para os ajudar. Não necessitam de e studar com ele s nem ensinar-lhes a matéria, mas sim terem uma atitude paciente, e stimulante, de safiante, consciente, realista e coerente.No ditado “faz o que eu digo não faças o que eu faço” há um g rande equívoco! Os alunos nece ssitam mais de modelos e exemplos do que de críticas, sugestõe s ou conselhos. Até porque os pais, sendo por inerência modelos de atitude, conduta, educação, postura… Para os seus filhos, devem ter a preocupação de tentarem transmitir-lhes pelo seu comporta-mento a mensagem que pretendem transmitir. Se pretendem que os filhos sejam re spon-sáveis no seu e studo, devem também o ser no seu trabalho. Assim como se pretendem esforço e dedicação dos seus filhos também ele s devem ser um exemplo a seg uir no e sforço e dedicação que empregam no seu trabalho profissional diário.Os pais devem assumir uma atitude preventiva, alertando para as etapas importante s que se aproximam assim como uma metodolog ia de trabalho de forma a evitar sobrecargas de e sforço nas vé speras e antevésperas que poucos re sultados trazem. Os pais deverão optar por um discurso optimista, de valorização e confiança nos seus filhos em vez de constantemente dizerem coisas como “não e studes não que vais ver o que te acontece”, ou “a continuar assim não vais conseg uir de certeza”, ou “continua assim que depois quero ver as notas”. Por que não assumir um discurso encorajador do tipo “confio em ti, sei que irás conseg uir” ou “vais ter dificuldade mas tu é s capaz”! São palavras que fazem diferença e nos reforçam um caminho de e sforço, de dedicação, de privação, de sacrifício mas que certamente trará muita aleg rias futuras e satisfação de dever cumprido.Contudo, para além do proce sso de e studo, há outros factore s que também condicionam o sucesso académico. A ansiedade, o medo de falhar como seja chumbar, tirar notas inferiore s ao que se precisa para entrar na faculdade ou ficar com notas abaixo das ex-petativas são condicionante s forte s que os alunos devem conseg uir atenuar e ter em preocupação na sua preparação. Nos últimos tempos, cada vez mais e studante s sofrem de ansiedade e stre ss. As notas são demasiado importante s para ele s e para as suas famílias e existe também a pre ssão social pelas médias de entrada nos cursos desejados. A gestão eficaz do stre ss é, assim, uma competência fundamental para qualquer e studante poder manter bons níveis de desempenho independentemente das circunstâncias com que é confrontado no dia-a-dia.Para prevenir stre ss e ansiedade o melhor caminho é de uma boa preparação, isto securiza os alunos tornando-os mais calmos, confiante s no trabalho feito e diminui a ansiedade. Alimentar-se e dormir bem, assim como um bom banho de ág ua quente na noite anterior ajuda a relaxar e poder descansar de forma mais tranquila. Devem também iniciar por re sponder às questõe s que melhor sabem para começar da melhor maneira e só depois atacar com calma as questõe s mais difíceis. Se a vossa preparação for boa vai tudo correr bem. Aquele abraçoRenato Paiva

Renato Paiva é pedagogo, diretor da Clínica da Educação e autor dos livros "SOS tenho de passar de ano" e "Ensina o teu filho a estu-dar", ambos editados pela Esfera das Ideias.

Pais e filhos à prova de exames

Miúdos e graúdos podem estudar

em família - a boa preparação ajuda

à confiança e aos bons resultados.

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//PROFISSÃO DO MÊS

Mário Antas teve a ideia, enquanto coorde-nador do Projeto Rede de Clubes de Arqueo-logia, e a restante equipa do MNA apoiou. “A ideia é, basicamente, pegar em artefactos e peças do museu verdadeiras e levá-las para as escolas. Escolhemos peças de vários pe-ríodos históricos, desde o Paleolítico, Meso-lítico, Neolítico e Idade do Cobre, Idade do ferro, Romano, Medieval... Para mostrar a evolução da Arqueologia no território que hoje chamamos Portugal”. Esta é uma exposição com caráter didáti-co, para as pessoas começarem a perceber que há uma evolução tecnológica. “Hoje em dia os nossos alunos têm telemóveis, iPads, iPhones.... E tudo isso é fruto de uma evolu-ção tecnológica, porque eu sou é do tempo do Vinil, por exemplo, e agora há além de CD e DVD Blu-Ray. Na Arqueologia é exatamen-te a mesma coisa: o Homem começou pela pedra, que era a tecnologia que tinha mais duradoura, e depois foi conquistando novas tecnologias com o domínio dos metais e por aí fora”. Esta exposição didática vai começar a percorrer as escolas que mostrem inte-resse entre finais de abril e inícios de maio, no sentido de aproximar a Arqueologia das escolas. “O outro objetivo é incentivar os alunos a virem visitar o museu. No fundo a exposição é um rebuçado: aqui têm estas peças, mas se quiserem mais, venham visitar o MNA”, explicou Mário Antas.

Esta entrevista não acaba aqui! Continua a ler em www.maiseducativa.com

Sabias que muito antes dos brasileiros, os egípcios já usavam 'havaianas'? E que o nome do chefe dos lusitanos, Viriato, mais não foi do que um nickname deri-vado às vírias (espécie de pulseiras) que usava no braço? E que existe uma mú-mia em Portugal que sofria de cancro da próstata? Isto e muito mais está dis-ponível em várias enciclopédias e livros de História – mas também numa única visita ao Museu Nacional de Arqueolo-gia (MNA), que o diga Mário Antas, um arqueólogo (e muitas mais coisas) de profissão, mas sobretudo de paixão.Texto e fotos: Bruna Pereira

Como é que veio parar à Arqueologia?A vida dá muitas voltas... E eu nem me sei bem definir a nível profissional: neste mo-mento sou Técnico Superior no Museu Nacional de Arqueologia (MNA), tendo funções relacionadas com a Educação, Co-municação e Divulgação de vários projetos. A nível de formação, tenho uma Licenciatura em História (fui mesmo professor de História muito tempo), uma série de Pós-Graduações, um Mestrado e, neste momento, estou a aca-bar o Doutoramento na área de Museus – o meu percurso é, portanto, completamente transversal.

O que é que mais gosta na sua profissão?(...) O que eu mais gosto é conceber projetos e pô-los na prática, como é o caso da Rede de Clubes de Arqueologia nas Escolas Por-tuguesas, projeto que consiste em criar uma plataforma online para que as escolas pos-sam ir buscar os recursos didáticos relaciona-

dos com a Arqueologia, contactar com os alunos e também

divulgar a Arqueolo-gia, promovendo a partir das coleções do MNA, pequenas ex-posições nas escolas.Acreditamos que nes-te trabalho de divul-gação patrimonial é que conseguimos aproximar os mais

novos do próprio património, por-que aquilo que é a herança de todos nós, e se não for preser-vada, perde-se para sempre. O nosso objetivo é mostrar aos nossos filhos e mais tarde aos n o s s o s n e t o s que o território a que hoje cha-mamos Portugal já foi habitado por muitos povos e tem uma His-tória riquíssima e

Detetive do passado

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Facas do Paleolítico brevemente perto de ti!

o MNA conta essa mesma História: desde o aparecimento do Homem, no Paleolítico, até à fundação da nacionalidade, a formação do Reino de Portugal.

Para todos os alunos e professores que vão ler esta entrevista, como podem as escolas pertencer à Rede de Clubes de Arqueolo-gia? Existe uma plataforma online alojada em www.clubesdearqueologia.org, onde basicamente o que é necessário é que na Es-cola exista um grupo de alunos e um profes-sor interessados na Arqueologia. A partir daí, os alunos e o professor escolhem livremente o que querem trabalhar: podem querer sa-ber mais sobre as Pirâmides do Egito, sobre Stonehenge, sobre a Arqueologia da sua zona... Na medida do possível, o MNA tenta arranjar material didático (livros, artefactos arqueológicos...) para dar o apoio. O projeto pretende desmistificar a imagem que o mu-seu tem de ser um lugar onde se guardam as coisas e depois ninguém pode mexer. Aqui acontece exatamente o contrário: o museu vai à escola, através de exposições itineran-tes, e os alunos podem tocar, sentir e cheirar e manusear, em alguns casos, as peças ar-queológicas.

Tem alguma mensagem para todos aque-les que estão a pensar seguir Arqueologia?Primeiro: apostem na formação. Eu fiz uma série de formações das quais não me arre-pendo e continuo a estudar. Com Bolonha, há uma multiplicidade de formações que podem fazer e quanto mais diversificada for a formação dos alunos melhor é, porque maiores hipóteses terão de arranjar empre-go e de fazerem algo que venham a gostar. Segundo: sigam o vosso coração na medida do possível e comecem-no desde cedo. Exis-tem vários programas, como o Ciência Viva nas férias – é um programa extremamente útil que dá possibilidade das pessoas irem para o terreno e trabalharem, e de virem para laboratórios de conservação e restauro ou de Arqueologia verem se é realmente isso que querem fazer. A Arqueologia tem muitas facetas e eu aqui estou na Arqueologia de Museu, mas a maior parta dos arqueólogos trabalha em Arqueo-logia de contrato de acompanhamento de obras e aí as coisas são mais complicadas:

não há obras, não há trabalho. O mercado é altamente exigente e o melhor é experimen-tarem primeiro as escavações arqueológicas, porque o trabalho de campo não é fácil. Uma coisa é ter o bichinho da Arqueologia e outra coisa é fazer Arqueologia, porque não é só escavar – é um trabalho metodológico, um trabalho científico que tem a ver com marca-ção de peças, cadernos de campo, desenho arqueológico, enfim.... Uma série de coisas que fazem parte da Arqueologia de laborató-rio que não se vê e que ocupa cerca de 90% do trabalho dos arqueólogos: inventariar e marcar peças, organizar e estudar coleções... (..)

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A culpa foi da Lua!

//MÁQUINA DO TEMPO

Se achavas que o Titanic se afundou por causa de um iceberg gigante, desengana-te. 100 anos depois do desastre que ma-tou mais de 1500 pessoas na madrugada de 15 de abril de 1912, durante a viagem inaugural entre Southampton (Ingla-terra) e Nova Iorque (EUA), os cientistas encontraram a verda-deira culpada da catástrofe: a Lua.Texto: Bruna Pereira

Curiosidade Mórbida?

Titanic em 3 dimensões

A viagem inauguração que acabou mal

Foto de: www.titanicuniverse.com

Naufrágio do Titanic foi há 100 anos

Donald Olson, Físico da Universidade do Te-xas e coordenador de uma equipa de astró-nomos forenses, acredita que a Lua pode es-tar na origem da movimentação do iceberg que entrou em rota de colisão com o que a comunicação social da altura classificou como “indestrutível” Titanic, na madrugada de 15 de abril de 1912. Em primeiro lugar, os investigadores ficaram intrigados pelo facto do oficial comandante Edward Smith – o mais experiente e cuidadoso comandante da companhia de navios inglesa White Star Line, devido às diversas viagens que tinha feito pelo Oceano Atlântico – não se ter pre-cavido em relação à presença dos gigantes pedaços de gelo. Mas e por que não? Porque

os icebergs da Gronelândia (os que embate-ram no Titanic) costumam ficam presos em águas rasas e só podem continuar a deslizar em direção sul quando derreterem o sufi-ciente para uma maré alta os libertar, disse Olson. Para mostrar como é que tantos icebergs flutuaram inesperadamente para o Sul de forma a colidir com o Titanic, o oceanógra-fo Fergus Wood explicou que, em janeiro de 1912, a Lua pode ter originado marés tão altas que os icebergs da região se despren-deram muito mais do que o habitual e flu-tuaram até as rotas de navegação mais a Sul. Olson disse ainda que a 4 de janeiro de 1912, a Lua e o Sol ficaram alinhados de tal forma

que a atração gravitacional foi reforçada entre eles. Ao mesmo tempo, aconteceu en-tre a Lua e a Terra a maior aproximação dos últimos 1400 anos e que o ponto de maior aproximação ocorreu durante seis minu-tos de lua cheia. Surpreendido? Fica ainda a saber que a pesquisa de Olson concluiu igualmente que, para atingir as rotas de na-vegação em meados de abril, o iceberg que embateu no Titanic deve ter-se fragmen-tado na Gronelândia, em janeiro de 1912. A maré alta provocada pela combinação inacreditável de eventos astronómicos foi, aparentemente, suficiente para desprender os icebergs e fazê-los deslizar na rota de na-vegação do Titanic.

O Titanic, construído nos estaleiros da Harland and Wolff (Belfast, Irlanda do Norte), foi o maior e mais luxuoso navio de passagei-ros da sua época – além da famosa escadaria, possuía caríssimos móveis, elevadores, painéis de madeira esculpidos, bibliotecas, cabeleireiros e um restaurante especial chamado Café Parisien. Na noite de 14 de abril de 1912, durante a viagem inaugural, en-tre Inglaterra e Nova Iorque, chocou com um iceberg no Oceano Atlântico, afundando-se 2h40 depois, já na madrugada do dia 15 de abril de 1912. Em 1985, uma expedição oceanográfica liderada por Robert Bal-lard descobriu no local do naufrágio os destroços do Titanic sub-mersos a 3800 metros de profundidade.

14 anos antes da trágica viagem do Tita-nic, o escritor Morgan Robertson escreveu um livro intitulado (1898), que narra a his-tória de um navio chamado Titan, conside-rado indestrutível, que numa noite fria de abril, durante a sua viagem inaugural, cho-ca com um iceberg, afundando-se logo de seguida. O mais assombroso é que tanto

o número de mortes referido na história, como a capaci-dade do navio fictício e a falta de barcos salva-vidas do Ti-tan eram exatamente iguais às do Titanic. Para muitos, não passou de uma estranha e arrepiante coincidência. Para os mais supersticiosos, terá sido mesmo uma premonição.

O Titanic foi tema de muitos filmes, entre os quais “Saved from the Ti-tanic” (1912), “Titanic” (1943), “Titanic” (1953), “A Night to Remember” (1958), “S.O.S. Titanic” (1979), “Raise the Titanic!” (1980) e o mítico “Ti-tanic” (1997) dirigido por James Cameron e protagonizado por Leonardo Di Caprio e Kate Winslet. Este último “Titanic” tornou-se o maior êxito de bilheteria da história do ci-nema americano e mundial até “Avatar”. Ar-recadou também 11 Óscares, número que só iguala os filmes “Ben-Hur” (1959) e “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” (2003).De forma a celebrar o centenário da partida do Titanic, abril é mês de recordar o filme de James Cameron em versão cinematográfica 3D. Não percas!

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