Mamadeira plástica com bisfenol a é proibida no brasil
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Saúde na mídia Brasília, 16 de setembro de 2011Folha de S. Paulo/BR
Ministério da Saúde | Órgãos Vinculados | Anvisa
Saúde na mídia pg.1
Mamadeira plástica com bisfenol A é proibida noBrasil
SAÚDE
Substância é suspeita de imitar a ação de hor-mônio femininoecausar puberdadeprecoceeobe-sidade
Fabricantes têm 90 dias para tirar produtos do mer-cado; nãoháprovas conclusivas dos riscos para asaú-de
MARIANA PASTORE
DE SÃO PAULO
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária) determinou ontem a proibição da venda e fa-bricação de mamadeiras que contenham bisfenol A(BPA) no Brasil.
A decisão é baseada em estudos recentes que apon-tam riscos à saúde decorrentes da exposição à sub-stância.
Ela está presente no policarbonato, usado na fa-bricação de mamadeiras e presente no revestimentointerno de latas de bebidas e alimentos.
Aquecer ou congelar o plástico acelera o des-prendimento de moléculas de BPA.
Segundo aVigilância Sanitária, apesar denãohaverresultados conclusivos sobre o risco da substância, aproibição visa a proteger crianças com até 12 mesesde idade.
A médica Elaine Costa, da Sociedade Brasileira deEndocrinologia e Metabologia, afirma que os efeitostóxicos do bisfenol A foram encontrados em estudosem animais. "Eles demonstram que a exposição pro-
voca doenças, mas estudos em humanos mostram sócorrelações."
A grande preocupação é com o efeito sobre hor-mônios sexuais. O BPA poderia provocar puberdadeprecoce, câncer, alterações no sistema reprodutivo eno desenvolvimento hormonal, infertilidade, abortoe obesidade.
"Como o BPAtem estrutura química semelhante àdoestrógeno [hormônio feminino], ele atua como tal noorganismo, podendo reprogramar as células e de-terminar infertilidade na vida adulta", afirma a en-docrinologista.
O principal substituto do plástico policarbonato, quecontém o BPA, é o polipropileno. Segundo a Anvisa,a maioria das mamadeiras de plástico no país são depolicarbonato.
A professora Juliana Machado, 35, de São Paulo, pa-rou de comprar mamadeiras de plástico para sua filhaAna Rita, 3, quando a menina tinha seis meses.
"Minha mãe avisou que o plástico solta uma sub-stância nociva quando é aquecido, então passei acomprar as mamadeiras de vidro."
Ela conta que as de vidro são mais caras e difíceis deachar.
"Tenho que comprar sempre no mesmo lugar."
A indústria terá 90 dias para cumprir a determinação,a partir da publicação no "Diário Oficial da União".
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Saúde na mídia Brasília, 16 de setembro de 2011Folha de S. Paulo/BR
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Saúde na mídia pg.2
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