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    Instrues ao candidato:

    1. Voc dever receber do fiscal de sala trs cadernos:

    a) 1 (um) caderno contendo os textos para traduo, verso e espaos destinados ao rascunho;

    b) 2 (dois) cadernos (traduo e verso) destinados aos textos definitivos.

    2. As pginas para rascunho so de uso opcional, sem efeito para avaliao.

    3. O caderno de texto definitivo o nico documento vlido para a avaliao desta prova.

    4. Caso o caderno de prova ou os cadernos destinados aos textos definitivos estejam incompletos ou

    contenham qualquer defeito, o candidato dever solicitar ao fiscal de sala a devida substituio.

    5. No sero distribudas folhas suplementares para rascunho ou para o texto definitivo.

    6. No ser permitido o uso de qualquer material de consulta, inclusive dicionrios (subitem 6.5 do

    Edital).

    7. proibido permanecer com aparelhos eletrnicos (pager, telefone celular, agenda eletrnica, relgio

    digital, etc.) durante o perodo de realizao da prova.

    8. A durao da prova de 4 (quatro) horas.

    9. O candidato, ao terminar a prova, dever entregar os cadernos contendo os textos definitivos ao fiscal

    mais prximo e deixar o local de prova.10. O candidato dever permanecer em sala por, no mnimo, 2 (duas) horas aps o incio da prova

    e somente poder levar o seu caderno de rascunho nos 30 (trinta) minutos anteriores ao horrio

    determinado para o seu trmino.

    11. No ser corrigida a prova que for redigida a lpis ou contiver qualquer identificao.

    12. No ser considerado, para efeito de avaliao, qualquer fragmento de texto que for escrito fora do

    local apropriado.

    MandarimCaderno de textos e espaos destinados ao rascunho

    JUCERJA

    Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro

    Tradutor Pblico e Intrprete Comercial

    Concurso Pblico 2009

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    Texto para Traduo

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    Texto para Verso

    (...)

    Negrinha era uma pobre rf de sete anos. Preta? No; fusca, mulatinha escura, decabelos ruos e olhos assustados.

    Nascera na senzala, de me escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantosescuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa nogostava de crianas.

    Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, comlugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no cu. Entaladas as banhas no trono (uma

    cadeira de balano na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigrio, dando audincias,discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma dama de grandes virtudes apostlicas,esteio da religio e da moral, dizia o reverendo.

    tima, a dona Incia.

    Mas no admitia choro de criana. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. Viva semlhos, no a calejara o choro da carne de sua carne, e por isso no suportava o choro da carnealheia. Assim, mal vagia, longe, na cozinha, a triste criana, gritava logo nervosa:

    Quem a peste que est chorando a?

    Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O pilo? O forno? A me da criminosaabafava a boquinha da lha e afastava-se com ela para os fundos do quintal, torcendo-lhe emcaminho belisces de desespero.

    Cale a boca, diabo!

    No entanto, aquele choro nunca vinha sem razo. Fome quase sempre, ou frio, dessesque entanguem ps e mos e fazem-nos doer...

    Assim cresceu Negrinha magra, atroada, com os olhos eternamente assustados.rf aos quatro anos, por ali cou feito gato sem dono, levada a pontaps. No compreendiaa idia dos grandes. Batiam-lhe sempre, por ao ou omisso. A mesma coisa, o mesmo ato, a

    mesma palavra provocava ora risadas, ora castigos. Aprendeu a andar, mas quase no andava.Com pretextos de que s soltas reinaria no quintal, estragando as plantas, a boa senhora punha-ana sala, ao p de si, num desvo da porta.

    (LOBATO, Monteiro. Negrinha. So Paulo. Ed. Brasiliense)

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