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Manejo de Pragas no Sistema Plantio Direto CRÉBIO JOSÉ ÁVILA Embrapa Agropecuária Oeste Dourados, MS Bonito Agosto de 2014

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Manejo de Pragas no

Sistema Plantio Direto

CRÉBIO JOSÉ ÁVILA

Embrapa Agropecuária Oeste

Dourados, MS

Bonito – Agosto de 2014

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SUMÁRIO DA APRESENTAÇÃO

• Abordagem: Pragas no SPD? x Culturas?

• Fundamentos do SPD x Pragas associadas

• Principais danos das pragas no SPD

• Estratégias/Táticas para o seu controle

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Disponibilidade de alimento no SPD

Cultivos precedente e associados

Monocultivos extensivos (substituição vegetação natural)

Sistemas de cultivo favoráveis* (SPD - SILP)

Condições climáticas favoráveis (T ºC e Umidade)

Valor econômico das culturas

Alteração tecnológica no agroecossistema

Exs. Variedades resistentes a herbicidas e a insetos (Bt)

Desequilíbrio biológico no agroecossistema

– Resugências/Erupção de Pragas secundárias

PORQUE OS INSETOS SÃO PRAGAS

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Qual é o Potencial

Produtivo das

culturas ?

8.400 kg/ha

(140 sacos/ha)

Foto: Fancelli

©

©

Porque não conseguimos

obter essas produtividades?

Bióticos e Abióticos

ESTRESSES

20.000 kg/ha

(333 sacos)

Milho

Soja

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Potencial

Produtivo

Estratégias

de Manejo

Adaptado de Fancelli (2007)

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CONSQUÊNCIAS: SPD x Pragas

• NÃO REVOLVIMENTO DO SOLO– Condições microclimáticas mais favoráveis

– Menor interferência no ciclo biológico das pragas

– Menor mortalidade: Subterrâneas e de superfície

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Tratamento LV C(%)

Semeadura direta 12,4 a -

Grade pesada (GP) 5,2 b 58

GP + Inseticida1 (I) 4,4 b 65

Arado disco + I 5,0 b 60

GP + I + GP 2,5 b 80

1Inseticida clorpirifós aplicado em pulverização (960 g/ha)

Fonte: Ávila (não publicado).

Preparo do Solo x Corós

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CONSQUÊNCIAS: SPD x Pragas

• NÃO REVOLVIMENTO DO SOLO– Condições microclimáticas mais favoráveis

– Menor interferência no ciclo biológico

– Menor mortalidade: Subterrâneas e de superfície

• PRESENÇA DE PALHA (cobertura)– Semeadura sobre culturas dessecadas (Pragas?)

– Oferta de abrigo, repouso hibernal* e sobrevivência

– Proporciona condições microclimáticas favoráveis

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12

10

8

6

4

2

Fonte: Silva (1996)

Ovos colocados na palhada

MILHO APÓS

Ave. Ervil .Azvem .Colza .Tremoço .Sem

me

ro /

m2

Presença de Palha x Oviposição de D. abderus

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CONSQUÊNCIAS: SPD x Pragas

• NÃO REVOLVIMENTO DO SOLO– Condições microclimáticas mais favoráveis

– Menor interferência no ciclo biológico

– Menor mortalidade: Subterrâneas e de superfície

• PRESENÇA DE PALHA (cobertura)– Semeadura sobre culturas dessecadas

– Oferta de abrigo, repouso hibernal e sobrevivência

– Proporciona condições microclimáticas favoráveis

• ROTAÇÃO DE CULTURAS– Maior diversidade de alimento e de pragas

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TIPOS DE PRAGAS NO SPD

RESIDENTES EMIGRANTES

Subterrâneas ou de superfície Parte aérea da cultura

Pouca mobilidade e visão restrita Ágeis e de boa visão

Normalmente despeguimentadas Normalmente coloridas

Ciclo normalmente longo (univoltines) Multivoltines

Estrategistas K Estrategistas R

Alimentam-se de sementes/raízes/plântulas Alimentam-se na parte aérea

Normalmente de baixa fecundidade Alta fecundidade

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Pragas Subterrâneas

Pragas da Parte Aérea

Pragas de Superfície

PRAGAS NO SPD: Classificação quanto ao habitat

Foto: Gassen

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Habitam o horizonte A e raramente vêm à superfície

Movimentação lenta e visão restrita

Alimentam-se de sementes, raízes, colo da planta, etc.

Ciclo biológico, normalmente longo

Ocorre na lavoura independente da cultura atual

São pouco afetadas pelos eventos climáticos

Exs: cupins, corós, larva-alfinete, percevejo castanho

PRAGAS SUBTERRÂNEAS NO SPD

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-Phyllophaga cuyabana

CORÓS -Liogenys suturalis e L. fuscus

-Anomala testaceipennis e outras espécies NI

Foto: J. R. Salvadori Foto: D. N. Gassen

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Coró da sojaPhyllophaga cuyabana

Foto: L. J. Oliveira

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P. M. Fernandes

DANOS DE CORÓS EM SOJA

P. M. Fernandes

L. J. Oliveira

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Liogenys suturalis: Aspectos bioecológicos

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Danos de corós em lavouras no SPD

Sintomas: Murcha, amarelecimento, seca e morte da planta

P.M. Fernandes

P.M. Fernandes

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TÁTICAS DE CONTROLE DE CORÓS NA SOJA

Tratamento de sementes

Pulverização do sulco

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48,6 48,9

52,856,0

58,9

66,4

34,6

0

10

20

30

40

50

60

70

Re

nd

. de

grã

os

(s

ac

os

/ha

)

Gaucho

(100 ml)

Cruiser

(50 ml)

Cropstar

(200 ml)

Cropstar

(250 ml)

Cropstar

(300 m)

Standak

(200 ml)

Testemunha

Dose do produto/100 kg de sementes

b bab ab

a

c

ab

Maracaju/MS: Safra 2003/04

Custo/Benefício x Inseticida na semente

Phyllophaga cuyabana - Soja

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Pedra Preta/MT Safra 2006/07

Custo/Benefício x Inseticida no sulco

Liogenys fuscus - Soja

62,4

52,2

66,2

0

10

20

30

40

50

60

70

Lorsban (2000 ml/ha) Testemunha Standak (100 ml/ha)

aa

b

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Benefícios de corós no SPD

Fotos: D. N. Gassen

Diloboderus abderus Bothynus medon

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Foto: J. Rattes

Percevejo castanho: Scaptocoris spp. no SPD

Foto: P. M. Fernandes

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10,33

23,67

0

5

10

15

20

25

de

pe

rce

ve

jos

Grade pesada Sem preparo

9 dias após a gradagem

PREPARO DO SOLO X PERCEVEJO CASTANHO

Malaguido et al. (2001) Profundidade de amostragem?

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Preparo do solo x Percevejo castanho

Fonte: Oliveira et al. (2000)

0

20

40

60

80

100

0

20

40

60

80

100

Prévia 2 DAG 9 DAG

0 cm

10 cm

40 cm

30 cm

= Grade pesada

= Sem preparo

Prévia 4 DAG2 DAG

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CONTROLE QUÍMICO DO PERCEVEJO CASTANHO

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Testemunha Cruiser (120TS)

Cruiser (120TS) +

Avicta (70TS)

CropStar (300) Cruiser (120TS) +

Dorivo (200PS)

Durivo (300PS) Lorsban (2000PS)

92,1

102,7

83,4

95,8

147,4

162,6

144,5

Rend. de grãos (sacos de milho/ha)

L. M. Vivan (Fundação MT)

bb

b

b

a

a

a

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Xavier et. al. (2004)

Controle Biológico x Percevejo Castanho

Fungos Entomopatogêncios

94,792,0

89,3 90,7

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Mo

rta

lida

de

(%)

Ma 352 Ma 69 Ma 7 Ma 283

Isolados de Metarhizium anisopliae

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Larva-alfinete: Diabrotica speciosa

Danos: Consumo de raízes adventícias, Acamamento, Redução de produtividade

Controle: Tratamento de semente?; Inseticidas (granulados/pulverização) no sulco

D. N. Gassen

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(A)

(B)

(C)

(F)

(E)

(D)

Fase do ciclo biológico de Diabrotica speciosa

Apectos biológicos

Milanez (1995)

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Controle de adultos de D. speciosa

• Tratamento de sementes* (Neonicotinóides)

• Pulverização das plantas

– Carbamatos/Fosforados/Piretróides/Neonicotinóides

• Efeito residual dos inseticidas?

• Migração de adultos

Controle químico

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Controle de larvas de D. speciosa

• Tratamento de sementes?

• Aplicação de grânulos no sulco?

• Pulverização do sulco de plantio

– Clorpírifós

– Fipronil

– Endosulfam

Controle químico

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Controle de larvas de D. speciosa

Ávila & Botton (2000)

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Habitam horizonte O e raramente descem no perfil do solo

Movimentam-se normalmente com mais agilidade

Estreita associação com resíduos do cultivo anterior

Alimentam-se de sementes em germinação ou de plântulas

São muito afetadas pelos eventos climáticos (PP, T e UR)

Causam danos mais severos em períodos de estiagem

Apresentam maior atividade em temperaturas amenas

Exs: Lagartas, Elasmo, lesmas/caracóis, piolho de cobra

PRAGAS DE SUPERFÍCIE NO SPD

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LAGARTAS NA COBERTURA NO SPD

AVEIA

TRIGO

MILHO

MILHETO

BRAQUIÁRIA

Onde o MIP-Soja se inicia – 3 situações

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LAGARTA ELASMO

Elasmo: Elasmopalpus lignosellus

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Manejo da lagarta Elasmo

• Monitoramento antes e após a semeadura

– Consciência das condições favoráveis à praga

• Manejo da cobertura antes da semeadura

– Dessecação + Inseticida

• Semeadura em solo úmido/Irrigação?

• Controle preventivo

– TSi com predisposição +

• Controle curativo (Pulverização de plântulas)

Quebrar o ciclo

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Avaliação: 24 horas após a pulverização da soja

25

33

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Clorpirifós (360 g/ha)) Clorpirifós (672 g/ha)

Co

ntr

ole

(%

)....

CONTROLE DE ELASMO EM SOJA - Pulv.

Fonte: Gomez & Ávila (2001)

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TestemunhaFipronil

50 g i.a./100 Kg sem

35 DAT

Município: Jutí - MS

Foto: Siegfrid Baumann

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Caracóis: Drymaeus interpunctusLesmas: Sarasinula liguaeformis

Potencial de danos: Associação com Crucíferas, Ataca plântulas, Muco

Controle: Solução salina/Carbamatos/Iscas espalhadas Horário da aplicação

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Foto: Gilberto Guarido/COAMO

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Foto: Gilberto Guarido/COAMO

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Controle do caramujo

Controle mecânico

Fotos: Fadoni - COAMO

Metaldeído Isca Pika-Pau

(2 kg/ha) misturado com quirela de milho => esparramador

Abamectina (400 ml/ha)

Farelo de milho (10 kg) + Leite integral

Jogado nas reboleiras

Controle com iscas

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Piolho de cobra - Diplopoda

Amostragem - monitoramento - ND

Controle: TSi; Pulverização (carbamatos) - Horário da pulverização

R. Bianco

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Migram com facilidade de uma lavoura para outra

Proliferam-se rapidamente (Estrategistas R)

São facilmente localizadas e identificadas

Constituem-se de espécies bem estudadas

Exs: Percevejos, lagartas desfolhadeiras, mosca branca, ácaros, etc.

PRAGAS DA PARTE AÉREA NO SPD

Jurema Rattes

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PERCEVEJOS NO MILHO

Dichelops furcatus Dichelops melacantus

Euschistus heros

Nezara viridulaLeptoglossus zonatus

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Jataí-Go Abril 2011 Mudanças comportamento

Foto: Jurema Rattes

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Danos de percevejos no milho

Foto: M. Czepak

Fotos: Jurema Rattes

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> Dano: Perfilhamento do milho

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Carvalho & Gomez (2006)

Flutuação populacional de D. melacanthus em áreas de cultivo de soja

(verão) e de milho (safrinha) na Região de Dourados/MS.

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

Pe

rce

ve

jos/

m2

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Meses do ano (2005-2006)

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Monitoramento antes e após o plantio do milho

Quebra na sucessão soja/milho

Seleção de genótipos “tolerantes”

Manejo em pré-plantio

• Pulverização na dessecação

• Pulverização da resteva

• Controle de plantas daninhas

Tratamento de sementes

Pulverização de plântulas

MANEJO DO “BARRIGA-VERDE”

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ADULTOS DE BARRIGA-VERDE NA COLHEITA DA SOJA

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24,2

16,2 15,7 15,5

6,3 6,1 5,3

3,62,7 2,4 1,9

0

5

10

15

20

25

30

Cenc

hrus

echin

atus

Chlo

ris g

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Pan

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Tridax

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Sol

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um

Ipom

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Sid

a rh

ombifo

lia

Em

ilia s

onch

ifolia

Espécies de plantas daninhas

Oco

rrên

cia

(%

)

Carvalho & Gomez (2006)

Ocorrência de D. melacanthus em plantas daninhas no SPD

Região de Dourados/MS

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6972

52125431

3442

3932

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

Re

nd

ime

nto

de

grã

os

(kg

/ha

)

0 2 4 6 8

Nº de percevejos "barriga-verde"/metro de fileira de milho

Dourados/MS (2006)

DANOS DO “BARRIGA-VERDE” NO MILHO

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Dourados/MS (2006)

NIVEL DE DANO DO “BARRIGA-VERDE” NO MILHO

Y = -392,54x + 6568,2

R2 = 0,80*

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

0 2 4 6 8 10

Nº de percevejos "barriga-verde"/metro de fileira de milho

Re

nd

ime

nto

de

grã

os

(kg

/ha

)

ND = Nº percevejos/m de fileira

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Seleção de genótipos “tolerantes”*

Manejo em pré-plantio

• Pulverização da soja na colheita (dessecação)

• Monitoramento antes do plantio

• Pulverização da resteva de soja

• Controle de plantas daninhas/tiguera de soja

MANEJO DO “BARRIGA-VERDE”

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Desfolhante + inseticida

Proteção da cultura adjacente ou da Safrinha (Milho)

Manejo de percevejos na colheita soja

Fonte: Rattes

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Seleção de genótipos “tolerantes”*

Manejo em pré-plantio

• Controle de plantas daninhas

• Pulverização da resteva

Pulverização de plântulas

MANEJO DO “BARRIGA-VERDE”

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35,7

85,789,3

92,9

100,0 100,0

30,8

88,5

100,0

92,3

100,0 100,0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Mo

rta

lid

ad

e (

%)

3 DAI 7 DAI

Dias após a infestação (DAI)

Engeo (100ml/ha) Engeo (200ml/ha) Engeo (300ml/ha)

Engeo (400ml/ha) Engeo (500ml/ha) Tamaron (500ml/ha)

Efeito da Pulv. sobre o PBV em CV (Gaiolas)

Fonte: Ávila & Gomez (não publicado)

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Seleção de genótipos “tolerantes”*

Manejo em pré-plantio

Tratamento de sementes*

MANEJO DO “BARRIGA-VERDE”

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Pode controlar as pragas iniciais na cultura

Garante o stand e a sua uniformidade

Preserva e/ou melhora vigor da planta

Proporciona seletividade ecológica

Menor quantidade de produto/área

Menor área tratada => manejo da resistência

Pode proporcionar custo/benefício favorável

PORQUE FAZER O TSi NO MILHO?

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Incidência de ataque de Dichelops sp. no milho, nos

diferentes tratamentos químicos. Londrina, PR. 2001.

Fonte: Rodrigues e Bianco (2001)

0

20

40

Pla

nta

s dan

if.

(%)

20 DAE

Dose do produto comercial p/ 60.000 sementes (ha)

Cruiser (60 g) Gaucho (70 ml) Orthene (140 g) Futur (460 ml) Testemunha

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14,0

6,3

4,0

7,7

8,7 8,7

19,0

15,7

12,5

21,0

23,023,7

0

5

10

15

20

25

Para

sit

ism

o (

%)

jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

Mêses do ano

Carvalho & Gomez (2006)

Parasitismo em adultos de D. melacanthus

Região de Dourados/MS

Tachinidae

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TAMANDUÁ DA SOJA - Sternechus subsignatus

ASPECTOS BIOECOLÓGICOS

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MANEJO DO TAMANDUÁ-DA-SOJA

SITUAÇÕES DE OCORRÊNCIA DA PRAGA

A ÁREA TOTAL TEM LARVAS DA PRAGA

Estratégia mais adequada

LIMPAR O TAMANDUÁ DA ÁREA

Rotação com cultura inadequada ao tamanduá

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MILHO/ALGODÃO

SOJA

SOJA

SO

JA

SO

JA

Destruição da bordadura

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MANEJO DO TAMANDUÁ-DA-SOJA

SITUAÇÕES DE OCORRÊNCIA DA PRAGA

APENAS NAS ÁREAS ADJACENTES TEM A PRAGA

- Vizinho do vento predominante com a praga

- Bordadura da lavoura c/ sementes tratadas (40-50m) ?

- Pulverizações sequenciais somente na bordadura

- Horário das pulverizações (Noturna)

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MANEJO DE PERCEVEJOS FITÓFAGOS

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R 2 R 3 R4 R5.1 R5.3 R5.4 R.6 R7 R 8-9

Vagens falhadas ( Total ou parcialmente)

Grãos chochos - afeta qualidade e rendimento

ATAQUE ENTRE R 5.1- R 5.3: Abortamento grão

Fonte: Rattes

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Fonte: Rattes

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Mosca branca - Bemisia spp.

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Danos nas plantas

Sucção de seiva/delibitação da planta (Ninfas e adultos)

Inoculação de vírus (Necrose da haste em soja)

Alimentação => Predisposição à fumagina

Fase mais sensível: Enchimento de grãos

Condições favoráveis: T ºC - UR – sêca

Controle da MB

Juvenóides (fases imaturas) e Adulticidas

Tecnologia de aplicação Gotas pequenas em mistura com óleo (aderência/persistência)

Mosca branca: Danos e Controle

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CONTROLE DE ADULTO DA MOSCA-BRANCA

Endosulfam? – 1,5 L/ha

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Controle da mosca-branca aos 15 dias após a segunda pulverização

74.970.9

53.6

85.0

60.4

76.5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Co

ntr

ole

(%

)

Oberon (500 mL) Movento plus + óleo (150 mL + 0,25%)

Movento plus + óleo (200 mL+ 0,25%) Connect + Oberon (750 mL + 300 mL)

Tiger (300 mL) Tiger + Engeo Pleno (250 mL + 250 mL)

Fonte: Ávila (Safra 2007/2008)

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Ovos

Larva

Adulto

Helicoverpa armigera

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pragas residentes no PD > importância que as migrantes

Pragas subterrâneas e de superfície (estreita associação)

MIP no SPD => Visão sistêmica do agroecossistema

Controle efetivo => Integração de Estratégias/Táticas

Mudança do conceito: Matar => Manejar pragas no SPD

Consciência da existência de agentes benéficos no SPD

Escassez de estudos entomológicos em sistemas integrados

Desafio: Gerar tecnologias para conviver e não regredir

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