Manejo sanitário de Ovinos

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    Manejo sanitrio de Ovinos

    A sanidade abrange uma srie de atividades tcnicas, conduzidas para manter as condiesde sade dos animais, as quais so influenciadas pelo meio ambientes, prticas de manejo e pelogentipo.

    Entre outras causas. A manuteno da sade de um rebanho tem incio com uma adequadaeducao sanitria das pessoas envolvidas e com um acarreta alimentao dos animais. Assim, umrebanho bem alimentado saudvel, e resiste melhor s doenas. Por outro lado, uma deficincianutricional aumenta o ndice de doenas e de mortalidade no rebanho. Portanto, os animaisdevem ser bem nutridos para permanecerem saudveis.

    Desta forma entenda - seque bem nutrido o animal que ingere alimentos comqualidade e em quantidade suficientes para atender suas necessidades de mantena e de produo(3) A sade dos rebanhos caprino e ovino tambm recebe influncia das instalaes. Quandoconstrudas de forma adequada, proporcionam conforto e proteo, facilitam o manejo econtribuem para a manter a sade dos animais

    Medidas Sanitrias gerais

    Higiene das Instalaes:

    Limpe a diria dos apriscos ou ovis por meio de varredura; Limpeza dos bebedouros, mantendo-os isentos de algas ou de fezes e procedendo- se a trocaperidica da gua; Limpeza diria dos comedouros; Limpeza dos currais com recolhimento das fezes para esterqueiras ou diretamente para as reas

    de pastagem; Manter o ambiente criatrio sempre limpo, sem sacos plsticos ou outros detritos

    Quarentena

    Os animais adquiridos de outras fazendas ou regies devero ser mantidos em observao por umperodo de 30-60 dias, em local isolado, antes de serem incorporados ao rebanho. Essa medida visaa garantir ao criador um conhecimento do estado sanitrio dos animais, ou seja, certificar-se de queos mesmos so ou no portadores de doenas.

    Isolamento

    O sistema de criao deve ter uma rea afastada do centro de manejo, para o isolamento etratamento dos animais doentes.

    Descarte

    um procedimento utilizado para retirar do rebanho animal com doenas crnicas, portador dezoonoses ou improdutivo, mediante o abate ou sacrifcio.

    Outras medidas de apoio

    Alimentao equilibrada e gua de boa qualidade Conforto animal

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    Limitar presena de animais no desejveis (gato, co, rato, mosca, entre outros).

    Medidas especificas por categoria animalCuidados com a cabra e ovelha prenhe e ao parto

    A gestao da cabra e da ovelha dura aproximadamentecinco meses, variando de 142 a 158 dias. Durante o perodo deprenhez, o criador deve dar ateno especial ao animal. Algumas medidas devem ser adotadas parapropiciar a ocorrncia de partos normais e nascimento de cabritos e cordeiros vivos:

    Manter as fmeas prenhes em lotes de animais do mesmo rebanho, fornecendo alimentao dequalidade (equilibrada) e evitando a presena de animais estranhos; Evitar pancadas durante o manejo dos animais; Retirar os animais agressivos dos lotes para evitar os traumatismos por cabeadas ou chifradas; Evitar longas caminhadas e no permitir o contato das matrizes

    com ces, gatos e urina de ratos; Proceder a secagem do leite das matrizes aos 45 60 dias antes do parto; Separar as matrizes 6 a 8 semanas antes do parto; Realizar a limpeza e o corte dos pelos da cauda; Prximo poca de pario, manter as fmeas em piquetes prximos do centro de manejo parafacilitar a assistncia ao parto quando necessria. (ao se aproximar o parto, a fmea apresentaalguns sinais que o criador mais experiente pode reconhecer facilmente). Os mais evidentes so:modificao da garupa, com uma marcante depresso em cada lado da cauda, depresso nos flancos(a barriga baixa mais) e no incio do trabalho de parto fica inquieta, deitando e levantando comfreqncia; comea a apresentar contraes e corrimento opaco, ligeiramente amarelado.); Aps o parto, observar se a matriz expulsa a placenta;

    Limpar rigorosamente as matrizes aps o parto e mant-las emambiente calmo, seco e com disponibilidade de gua e alimentao.

    Manejo Reprodutivo de Gado de leite

    A pecuria leiteira est crescendo na maioria dos pases, seja nos de clima temperado eprincipalmente de clima tropical, como a realidade econmica da maioria destas reas estassociada a pases em desenvolvimento, com uma agricultura bastante forte, vemos que boa parte

    das terras, ocupadas pela pecuria concentram-se em propriedades de mdio e pequenoporte em reas de menor potencial agrcola. Dentro dessa realidade, a pecuria leiteira empastoreio (com ou sem suplementao) tem sido uma dos grandes fatores deviabilizao econmica dessa explorao, devido a custos acentuadamente mais baixos deinstalaes, estrutura geral da propriedade e menor investimento em fluxo de caixa. Nos diasde hoje, trabalhar com animais a pasto, deixou de ser sinal de uma pecuria atrasada e em muitoscasos representa a nica sada para a atividade, com altos nveis de produo porHA/Ano.

    No importa qual seja a condio ambiental (tropical ou temperada), o pastoreio tem aspectoscomuns que devem ser pensados a fim de podermos manejar o rebanho, especialmente

    a reproduo, fator indispensvel manuteno da produo leiteira e perpetuao do cicloprodutivo.

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    Escolha Gentica A Raa, Cruzamento ou Direcionamento Gentico sempre devem serconsiderados seja para seleo de Puros (Holands, Frsio Ingls, Jersey, Gir) ou Cruzados(Girolando, Jersolando, Demais Cruzamentos) e deve ser um dos fatores iniciais, uma vez que

    devemos entender a gentica como um fator que trabalhe a nosso favor e no seja mais ummotivo de preocupao, portanto, como o prprio sistema limita a produo, por sua capacidadenutricional, devemos buscar uma gentica equilibrada a esta situao, pois umaseleo de animais extremamente especializados poder trazer um desequilbrio, especialmente noperodo do ps-parto, levando a um alto pico de produo, Balano EnergticoNegativo e consequente queda no escore corporal, levando a quadros de Anestro.

    Conforto Grande parte dos sistemas de pastoreio tm pouca ou nenhuma preocupao com oconforto dos animais, este tem uma importncia vital no volume de matria seca ingerida,descanso, sade geral dos animais, especialmente ps e ubere. Como as pocas do ano mais

    propcias ao pastejo so tambm as de maior concentrao de chuvas, o barro, calor e umidadeque so os principais inimigos dos animais e do produtor; esta ateno tem que ser redobrada.

    Taxa de Servio Como em sistemas de Pastoreio, os animais passam grande parte do dia nospastos, um dos maiores limitadores do programa reprodutivo a falta de Olho focado no quadro

    reprodutivo da propriedade, temos observado que grande parte da falta de eficincia reprodutivavem da baixa Taxa de Servios, ou seja, o tempo passa e ns prestamos muito pouca ateno observao dos animais e Deteco dos Cios, por consequncia, inseminando poucos animais.

    Protocolos Hormonais Vacas de Pastejo, especialmente Cruzadas (Holands X Zebuno)apresentam algumas particularidades em sua fisiologia reprodutiva que nos obrigam

    a buscar Protocolos Hormonais de Sincronizao de Ovulao ajustados a esta caractersticas.Normalmente apresentam 3 ondas foliculares em seu ciclo estral, ao invs das 2 ondascomum em vacas de alta produo e confinadas, maior frequncia de Anestro at os 45-50 dias Ps-Parto, portanto, o uso de Implantes de Progesterona acaba sendo ferramentafundamental, normalmente a vaca de pastejo no apresenta bons ndices de sincronizao deovulaes quando submetidas ao Ovsynch Classico.

    reas de Manejo Como na maioria dos sistemas de pastejo, h uma ou duas oportunidades diriasde Manejo, sada da ordenha e hora de fornecimento de suplementao alimentar, esta(s) (so)a(s) hora(s) mais propcia(s) para que se faa a rotina reprodutiva diria, para tanto, so necessriasestruturas mnimas a fim de permitir o trabalho com qualidade. Canzis com travas na rea do cochoso de extrema ajuda para que mantenhamos uma rotina com qualidade e cumprimento dehorrios. Corredores de Manejo sada da sala de Ordenha oferecem uma tima oportunidade detrabalho com qualidade, Rapidez a um custo bastante baixo.

    Rotinas Reprodutivas Muitas vezes o excesso de atividades e a escassez de pessoas imposta pelapecuria leiteira, nos leva a relegar a segundo plano a rotina da reproduo; com isso osresultados sero aqum do esperado. Devemos SEMPRE distribuir as rotinas de trabalho a fim deque haja sempre um responsvel por cada tarefa a ser executada, algumas rotinasbsicas devem ser executadas:-Basto de Tinta ou Chalk A pintura diria da base da cauda de todas as vacas nos d um dosmelhores indcios de cio.-Relatrios Reprodutivos Dirios So indispensveis para que tomemos decises corretas.

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    -Rotinas de Aplicao de Prostaglandinas (PgF) So bastante teis em rebanhos onde h bom nvelde Ciclicidade e depende Diretamente da Eficcia da Deteco de de Cios.-Rotinas ReprodutivasEstabelea rotinas que no permitam reasde sombra na reproduo,buscando sempre aproveitar melhor a Velocidade na produo de Prenhezes.-Dias Ps-Parto Defina um numero de dias Ps-Parto para que TODAS as vacas j tenham sido

    inseminadas pelo menos uma vez.-Visitas Veterinrias Estabelea uma rotina de visitas veterinrias, para diagnstico precoce(Ultrassonografia), preferencialmente semanal, a fim de identificar o maisprontamente possvel as vacas No Prenhas.-Re-sincronizao valie quantos dias, em mdia, estotranscorrendo entre o diagnstico de Vazia at a vaca serInseminada Novamente

    Manejo Nutricional O Excesso de Proitena na Dieta, especialmente quando associado a baixosnveis de fibra, sabidamente acometem todo o funcionamento do organismo dos animais, e areproduo no poderia ficar de fora. Costumamos pensar que super-alimentao, especialmente

    com altos nveis Proticos, so exclusividade de manejos intensivos, porm no podemos nosesquecer que pastagens bem manejadas com altos nveis de Nitrognio (Qumico ouOrgnico) tm um crescimento vegetativo exacerbado em sua fase jovem e de rebrota,concentrando altos nveis de protena (altamente digervel) em plantas tenras com baixa fibra,levando tambm a quadros de desequilbrio metablico. Por outro lado, em estaes de seca oucom a pastagem Madura, a composio do pasto se altera completamente, conntrando altosnveis de Fibra de baixa digestibilidade, havendo a necessidade de suplementaes Proticas ouNitrogenadas.

    O Perodo de Transio Compreende a fase onde realmente se inicia a Lactao e a Reproduo,que vai de 60 dias Pr-Parto a 40 dias Ps-Parto, o perodo mais delicado da vaca e onde devemos

    dar maior ateno, proporcionando as melhores condies que estiverem a nosso alcance emNutrio, Conforto, Instalaes, Sanidade, pois desse perodo que depender a Viabilidade dasBezerras Nascidas, Lactao e a Eficincia Reprodutiva Futura

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    Bibliografia

    GOUVEIA, A. M. G. Aspectos Sanitrios da Caprino-ovinocultura no Brasil.In: SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE, 2.;SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE O AGRONEGCIO DA CAPRINOCULTURA

    LEITEIRA, 1.; 2003. Joo Pessoa, PB. Anais... Joo Pessoa, PB. Emepa, 2003. p115-131

    MAIA, M. da S.; MACIEL, F. C.; LIMA, G. F. da C. Criao de caprinos e ovinos:recomendaes bsicas de manejo. Natal: SEBRAE / RN, EMPARN, 1997.54p

    ZACHARIAS, F. Higiene e Sanidade do Rebanho. In: ROCHA, J. C. da Caprinosno semi - rido: tcnicas e prticas de criao. 1 Ed. 2003. p 293-320.

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