Manobras Do Exame Físico de Joelho

5
Manobras do exame físico de joelho Sinal de Clarke O examinador deve realizar uma leve pressão sobre o polo superior da patela contra a tróclea e solicita-se ao paciente que contraia o quadríceps. O teste é positivo quando o paciente apresenta dor e incapacidade de manter a contração do quadríceps, sugestivo de transtorno femoro-patelar. Sinal de Wilson O sinal de Wilson pode ser encontrado em pacientes que apresentam osteocondrite dissecante do joelho. Durante a marcha, observa-se que o paciente mantém uma rotação tibial externa do membro afetado. O teste de Wilson seria o teste provocativo da patogia, sendo realizado com o paciente sentado com o membro pendente sobre a mesa. Com o joelho fletido 90º roda-se internamente a tíbia enquanto o paciente extende ativamente o membro. O teste é positivo quando há queixa de dor a partir de 30º até a extensão máxima e alívio da dor realizando-se o mesmo teste em rotação externa. Teste da apreensão do joelho Usado para avaliar instabilidade femoro-patelar. Realiza-se o deslocamento lateral da patela com o joelho em extensão. Em joelhos com instabilidade, o teste pode causar a sensação de que a patela irá luxar, trazendo apreensão ao paciente. Teste da gaveta anterior Em decúbito dorsal, joelho em 90º de flexão, o examinador senta sobre o pé do paciente e com as duas mãos apoiadas na região posterior do terço superior da tíbia, traciona-a anteriormente. É positivo quando percebe-se uma anteriorização da tíbia ao movimento realizado, sem a sensação do "stop" que o ligamento íntegro produz. Varia de 33% a 70% de positividade com 91% sob anestesia pois sofre influência de lesões associadas que causam o bloqueio do joelho, como lesões em alça de balde do menisco. Não é um bom teste na fase aguda. Deve ser realizado nas 3 rotações: Flexão 90° com tíbia rodada interna: Grau I: sem movimento - trato íleo-tibial e LCP intactos. Grau II: discreto - ruptura do LCA, lesão do complexo arqueado e do trato íleo-tibial, possível lesões de estruturas posteromediais e mediais.

description

Manobras do exame físico do joelho.

Transcript of Manobras Do Exame Físico de Joelho

Manobras do exame fsico de joelho

Sinal de Clarke

O examinador deve realizar uma leve presso sobre o polo superior da patela contra a trclea e solicita-se ao paciente que contraia o quadrceps.

O teste positivo quando o paciente apresenta dor e incapacidade de manter a contrao do quadrceps, sugestivo de transtorno femoro-patelar.

Sinal de Wilson

O sinal de Wilson pode ser encontrado em pacientes que apresentam osteocondrite dissecante do joelho. Durante a marcha, observa-se que o paciente mantm uma rotao tibial externa do membro afetado.

O teste de Wilson seria o teste provocativo da patogia, sendo realizado com o paciente sentado com o membro pendente sobre a mesa. Com o joelho fletido 90 roda-se internamente a tbia enquanto o paciente extende ativamente o membro. O teste positivo quando h queixa de dor a partir de 30 at a extenso mxima e alvio da dor realizando-se o mesmo teste em rotao externa.

Teste da apreenso do joelho

Usado para avaliar instabilidade femoro-patelar.

Realiza-se o deslocamento lateral da patela com o joelho em extenso. Em joelhos com instabilidade, o teste pode causar a sensao de que a patela ir luxar, trazendo apreenso ao paciente.

Teste da gaveta anterior

Em decbito dorsal, joelho em 90 de flexo, o examinador senta sobre o p do paciente e com as duas mos apoiadas na regio posterior do tero superior da tbia, traciona-a anteriormente. positivo quando percebe-se uma anteriorizao da tbia ao movimento realizado, sem a sensao do "stop" que o ligamento ntegro produz.

Varia de 33% a 70% de positividade com 91% sob anestesia pois sofre influncia de leses associadas que causam o bloqueio do joelho, como leses em ala de balde do menisco. No um bom teste na fase aguda.

Deve ser realizado nas 3 rotaes:

Flexo 90 com tbia rodada interna:

Grau I: sem movimento - trato leo-tibial e LCP intactos.

Grau II: discreto - ruptura do LCA, leso do complexo arqueado e do trato leo-tibial, possvel leses de estruturas posteromediais e mediais.

Grau III: acentuada - ruptura do LCA e LCP, estruturas laterais e posterolaterais, leso do trato leo-tibial.

Flexo 90 com rotao tbia neutra:

Grau I: sem movimento - estruturas capsuloligamentares mediais e laterais intactas. LCA pode estar lacerado.

Grau II: discreto - leses de estruturas laterais ou mediais. Possvel ruptura do LCA. Deve ser excluda a ruptura do LCP.

Grau III: acentuadas - ruptura do LCA, estruturas mediais e posteromediais.

Flexo 90 com rotao tibial externa (Teste de Slocum):

Grau I: sem movimento - estruturas mediais e posteromediais intactas.

Grau II: discreta - rupturas das estruturas mediais e posteromediais.

Grau III: acentuada - ruptura do LCA, estruturas mediais e posterolaterais

Teste de Apley

Realiza-se o teste com o paciente em decbito ventral, joelho fletido 90 e quadril em extenso. Aplica-se uma fora axial junto ao p a medida em que se realiza-se rotao interna e externa da perna.

As leses so caracterizadas pela presena de dor ou estalidos junto s interlinhas articulares durante a fase de compresso de teste, para o menisco medial em RE da perna e para o lateral em RI.

O teste de Apley pode ser duvidoso nos casos de acomentimento da articulao femoropatelar.

Teste de Lachman

Realizado para avaliar leses do ligamento cruzado anterior. Deve ser realizado comparativamente com o lado contralateral.

Em decbito dorsal e joelho fexionado em 30, segura-se com uma das mos o fmur e com a outradesloca-se anteriormente a tbia, provocando o deslizamento entre as superfciesarticulares.Como LCA ntegro o examinador percebe uma interrupo abrupta daanteriorizao da tbia. O sinal positivo caracterizado pela interrupo suave domovimento, sugestiva de ruptura do ligamento.

Teste de McMurray

Descrito para a identificao das leses dos cornos posteriores dos meniscos. Com o paciente deitado na posio supina, os quadris a 90 e os joelhos em flexo mxima, o examinador ao lado do joelho a ser examinado palpa as interloinhas articulares com uma das mos e, com a outra, segura o p do paciente, provocando movimentos de rotao interna e externa da perna, alternadamente. A presena de dor, com ou sem estalidos, junto interlinha articular medial aps rotao externa, pode caracterizar leso do menisco medial. Quando se realiza rotao interna com sintomatologia junto interlinha articular lateral, pode-se estar diante de uma leso do menisco lateral

Teste de Pivot-Shift (Jerk Test)

Teste para avaliar a integridade do ligmento cruzado anterior.

realizado partindo-se do joelho em extenso, realizando-se uma fora em valgo e rotao interna da tbia. A medida que o joelho se flete, entre 30 e 50 observa-se um ressalto que significa a reduo da tbia sobre o fmur. Da mesma forma, partindo-se da flexo para extenso observa-se a subluxao anterior da tbia.

um exame que possui alta especificidade para leso de LCA, cerca de 98%, porm baixa sensibilidade em parte devido a dificuldade de se realizar o exame em paciente no sedado.

Teste de rotao externa pronada (Dial Test)

Paciente em decbito ventral, o examinador afere o ngulo formado entre o eixo do p com a coxa, para avaliar o grau de rotao da perna de acordo com a flexo do joelho.

O aumento da rotao externa a 30 de flexo do joelho e normal a 90 caracterstica de leso do canto pstero-lateral isolada.

O aumento da rotao externa apenas em 90 deve-se suspeitar de leso isolada do LCP.

O aumento da rotao externa em ambos os ngulos, sugere leso do LCP associada ao CPL.

Teste de Waldron

Usado para avaliar condropatia patelar.

Para executar o teste posiciona-seo paciente em decbito dorsal com o joelho totalmente estendido e aplica-se uma fora compressiva sobre a patela. Passivamente flete-se o joelho, mantendo a fora de compresso. O teste positivo quando ocorre dor ou crepitao durante a flexo passiva. Em seguida, o paciente solicitado a ficar de p e de novo uma fora de compresso aplicada patela. O paciente solicitado a dobrar lentamente no joelho, mantendo a fora de compresso. Mais uma vez, dor ou crepitao so sinais de positividade durante a flexo ativa do joelho.

Testes de estresse em varo e valgo

Teste de abertura medial em extenso:

Grau I: sem abertura - capsula posteromedial integra (ligamento oblquo posterior) .

Grau II: discreta - leso da capsula posteromedial e do LCM.

Grau III: acentuada - leso da capsula posteromedial, LCM, LCP, e possivelmente do LCA. A lacerao pode estender-se a capsula posterolateral.

Teste de abertura medial com 20 de flexo:

Grau I: sem abertura - LCM intacto, pode ser estiramento.

Grau II: discreta - ruptura do LCM e ligamento capsular; possvel distenso da capsula posteromedial.

Grau III: acentuada - ruptura do LCM e ligamento capsular, cpsula posteromedial e LCA; possvel ruptura do LCP.

Teste de abertura lateral em extenso:

Grau I: sem abertura - capsula posterolateral intacta (complexo arqueado)

Grau II: discreta - leso da capsula posterolateral e do LCL.

Grau III: acentuada - leso da capsula posterolateral, LCL, LCP, trato leo-tibial, e possivelmente LCA. A lacerao pode estender-se a capsula posteromedial.

Teste de abertura lateral em 20 de flexo:

Grau I: sem abertura - LCL intacto.

Grau II: discreta - ruptura do LCL e ligamento capsular.

Grau III: acentuada - ruptura do LCL e ligamento capsular, cpsula posterolateral e LCA, possvel ruptura do trato leo-tibial e LCP.