Manual 147 Suportes Off-line

45
Célia Borges 0147 Recursos Pedagógicos manual de formação Página | 1 Descrição Mesmo com a crescente utilização de suportes on-line, como o armazenamento na nuvem ou outras plataformas Web, os suportes digitais em formato disco continuam a ser amplamente usados a nível profissional, escolar e familiar, sendo por isso essencial, para o técnico multimédia, diferenciar os vários formatos de armazenamento em disco. A interatividade, automatização e aproximação entre utilizadores e instituições fazem dos quiosques multimédia e mupis digitais ferramentas imprescindíveis em ambientes com grande afluência de público. A utilização destas ferramentas tem vindo a crescer e apresentam-se como apostas de modernização por parte de empresas, associações e instituições públicas. O técnico multimédia deve compreender a utilização destas ferramentas na medida em que o seu futuro profissional poderá passar pela sua implementação/manutenção, tanto a nível de software, hardware ou estrutura. Objetivos Identificar os suportes off-line relacionando-os com as plataformas de destino; Caracterizar e distinguir os diversos tipos de suportes em formato disco; Desenvolver um pensamento crítico sobre o futuro dos suportes off-line, individualmente e globalmente; Nomear as características, potencialidades e utilizações diferenciadas de quiosques multimédia e mupis digitais;

Transcript of Manual 147 Suportes Off-line

Page 1: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 1

Descrição

Mesmo com a crescente utilização de suportes on-line, como o

armazenamento na nuvem ou outras plataformas Web, os suportes

digitais em formato disco continuam a ser amplamente usados a nível

profissional, escolar e familiar, sendo por isso essencial, para o técnico

multimédia, diferenciar os vários formatos de armazenamento em disco.

A interatividade, automatização e aproximação entre utilizadores e

instituições fazem dos quiosques multimédia e mupis digitais

ferramentas imprescindíveis em ambientes com grande afluência de

público. A utilização destas ferramentas tem vindo a crescer e

apresentam-se como apostas de modernização por parte de empresas,

associações e instituições públicas. O técnico multimédia deve

compreender a utilização destas ferramentas na medida em que o seu

futuro profissional poderá passar pela sua implementação/manutenção,

tanto a nível de software, hardware ou estrutura.

Objetivos

Identificar os suportes off-line relacionando-os com as plataformas de

destino;

Caracterizar e distinguir os diversos tipos de suportes em formato disco;

Desenvolver um pensamento crítico sobre o futuro dos suportes off-line,

individualmente e globalmente;

Nomear as características, potencialidades e utilizações diferenciadas

de quiosques multimédia e mupis digitais;

Page 2: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 2

Índice

1. QUIOSQUES MULTIMÉDIA E MUPIS DIGITAIS...........................................................................................4

1.1. QUIOSQUES MULTIMÉDIA.......................................................................................................................4

1.2. MUPIS DIGITAIS....................................................................................................................................6

2. CD, CD DE ÁUDIO E CD-ROM............................................................................................................. 8

3. DVD................................................................................................................................................ 18

3.1. DVD-R/RW......................................................................................................................................22

3.2. DVD+R/RW......................................................................................................................................24

3.3. DIFERENÇAS ENTRE DVD+ E DVD-.........................................................................................................25

3.4. DVD VÍDEO.......................................................................................................................................27

3.5. DVD-ROM........................................................................................................................................28

4. DVD-RAM....................................................................................................................................... 29

5. HD-DVD.......................................................................................................................................... 30

6. Blue Ray..................................................................................................................................................32

Page 3: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 3

1. Quiosques Multimédia e Mupis Digitais

1.1. Quiosques Multimédia

À medida que as organizações vão crescendo,

aumenta também a necessidade de comunicação

entre os clientes/cidadãos e a organização. Uma

das soluções é a contratação de recursos humanos

como rececionistas, telefonistas, etc… No entanto

esta é uma solução com um elevado custo

financeiro e pouco automático e preciso.

Com o avanço da tecnologia, especialmente as digitais, tornou-se possível criar

estruturas que permitem a interação entre organizações e utilizadores. Os Quiosques

multimédia com a sua interatividade, dinâmica de movimentos, funcionalidade e

sincronização audiovisual permitem que os seus utilizadores naveguem pelos temas

ou funcionalidades disponíveis.

Os quiosques multimédia são ferramentas adaptadas à sua função a desempenhar

em função de:

Tipo de organização/empresa

Serviços/Produtos

Política da organização/empresa

Público-alvo

Necessidades especiais e/ou específicas

Rentabilização de tempo

Informações a fornecer

Espaço e local

Legislação

Page 4: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 4

Os quiosques multimédia são constituídos por três grandes partes:

Estrutura - A estrutura pode ter várias formas, cores e design. Existem

proteções contra as intempéries e utilizadores menos cautelosos. Os

quiosques multimédia podem ser de bancada, de parede ou ter um banco.

Hardware - O hardware pode ter mais ou menos acessórios consoante as

necessidades da empresa/organização, por exemplo: impressora, moedário,

ecrã touch screen, leitor de cartões, etc

Software – Os fabricantes de software tem os softwares para os quiosques

on-line, no entanto é possível reajustá-los por forma a adaptá-los às

necessidades das empresas/organizações.

Serviços e funcionalidades mais comuns nos quiosques multimédia:

Senhas para filas de espera.

 Promoção Empresarial – catálogos, apresentações, contactos, estatísticas,

inquéritos;

Acesso a Serviços – consulta/pedido de documentação, informações;

Navegação na Internet

Emails

pesquisas

Controlo de Recursos Humanos – controlo de assiduidade, marcação de

férias, marcação de refeições.

Page 5: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 5

1.2. Mupis Digitais

O que são MUPIs?

Mobiliário Urbano Para Informação (MUPI) são

expositores de publicidade, com dimensões medias, e

um formato de cartaz,  geralmente protegidos por um

vidro e espalhados pelas cidades, por vezes

iluminados, e muitas vezes providos de um motor que

faz rodar vários anúncios, permitindo o aproveitamento

do mesmo dispositivo por várias campanhas.

No início continham mapas da cidade, horários de

transportes, ou informações sobre o comércio e

serviços locais ou sobre os eventos culturais nas imediações. Depois começaram a

partilhar essa função, com o objetivo de situar publicidade nas paragens de autocarro,

nos passeios e praças, e afinal em todos os locais da via pública onde há maior

passagem de transeuntes. Hoje podem ser encontrados com todas essas funções,

incluindo a de publicidade exclusivamente, e a exploração de uma rede destes meios

pode inclusivamente constituir um negócio autónomo, por si, ou o complemento ou

contrapartida para outras atividades de uma empresa.

MUPIs Digitais

Com o avanço da tecnologia apareceram os MUPI’s

digitais, em que o cartaz é substituído por um painel de

plasma ou do tipo TFT, que permite apresentar não só

publicidade estática (do tipo cartaz) mas também

publicidade dinâmica (animações, video, TV, etc).

Os MUPIs digitais podem ser apenas de

apresentação ou também podem ser interativos e a

publicidade não é apenas uma apresentação, é um

conjunto de aplicações que conseguem interagir com

os utilizadores/visualizadores com tecnologias do

tipo touch screen ou sensores. Outra possibilidade é a

Page 6: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 6

interação com smartfones ou tablets com aplicações especialmente desenvolvidas

para o efeito pretendido.

Exemplos de intervenções com MUPIS Interativos:

Presente no aeroporto de Lisboa, parando algum tempo frente ao MUPI, uma

câmara de vídeo capta a nossa imagem, e coloca-a no visor do telemóvel

anunciado, tornando-nos estrelas do anúncio;

uma chamada de telemóvel anima o MUPI da Ivete Sangalo, permitindo ouvi-

la cantar;

Num MUPI das páginas Amarelas, o vá pelos seus dedos” torna-se realidade

num MUPI com touchScreen;

Num MUPI interativo em NY o utilizador pode, num WebSite votar na escolha

do seu artista preferido, e o MUPI vai refletindo a votação em tempo real;

Pode enviar um SMS que contenha um “emoticon” (os chamados “smilles”) e

com isso modificar a expressão de uma conhecida figura publica que

publicita no MUPI um produto…

Com a facilidade de ligação (internet, GSM, etc)  toda uma rede de MUPI’s digitais

ou de MUPI’s interativos pode ser facilmente gerido de forma digital, e remotamente a

partir de um único local central.

Ver Vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=HqGLSS3lItY – 4.16 min

http://www.youtube.com/watch?v=RNwBbuCNXKs – 1.20 min

http://vcarros.com/?n=220 – 2.21 min

http://www.hypeness.com.br/2013/05/campanha-contra-abuso-infantil-traz-mensagem-oculta-que-so-criancas-veem/ - 1.13 min

Page 7: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 7

Proposta de trabalho – Quiosques Multimédia e Mupis Digitais

2. CD, CD de áudio e CD-ROM

O CD (Compact Disc) foi

inventado por Sony e Philips

em 1981 como um suporte

áudio compacto de elevada

qualidade que permite um

acesso direto às pistas

numéricas. Foi lançado

oficialmente em Outubro de

1982. Em 1984, as

especificações do Compacto

Disco foram aumentadas para permitir o armazenamento de dados numéricos.

Ver Vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=Zr4lTkj9Ts0 - 4.50 min.

http://www.youtube.com/watch?v=qdZ9vcW2I88 - 3.23 min.

http://www.youtube.com/watch?v=Wqel8yssBMk – 5.39 min

Forma e constituição

O CD é um disco com 12 cm de diâmetro e 1.2 mm de espessura (a espessura

pode variar entre 1.1 e 1.5 mm) que permite armazenar informações numéricas. A

capacidade mais usual é 700 Mb de dados informáticos ou até 80 minutos de dados

Page 8: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 8

áudio. Os CD’s tem um orifício circular de 15 mm de diâmetro no meio permite centrá-

lo na placa de leitura.

O CD é constituído por um substrato plástico (policarbonato) e uma fina película

metálica refletora (ouro de 24 carates ou mistura de prata). A camada refletora está

coberta por uma laca anti-UV acrílica que cria um filme protetor para os dados. Por

último, uma camada suplementar pode ser acrescentada para obter uma face superior

impressa. 

A camada refletora possui pequenos alvéolos. Assim, quando o laser atravessa o

substrato de policarbonato, a luz reflete-se na camada refletora, exceto quando o laser

passa num alvéolo, é o que permite codificar a informação. 

Esta informação é armazenada nas 22188 pistas gravadas

em espirais (na realidade, trata-se apenas de uma pista

concêntrica). 

Os CD comprados no comércio são impressos, o que quer dizer que os alvéolos são

realizados graças a plástico injetado num molde que contém o motivo oposto. Uma

camada metálica é vazada seguidamente sobre o substrato de policarbonato, e esta

camada metálica está ela própria sob uma camada protetora. 

Os CD’s virgens possuem uma camada suplementar (situada entre o substrato e a

camada metálica) composta por um corante orgânico (em inglês dye) que pode ser

marcado (o termo "queimar" é frequentemente utilizado) por um laser de forte

potência (10 vezes a necessária para a leitura). É por conseguinte a camada de

corante que permite absorver ou não o feixe de luz emitido pelo laser. 

Page 9: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 9

Os corantes mais frequentemente utilizados são:

A cianina de cor azul, dando uma cor verde quando a camada metálica é de

ouro

O pthalocyanine de cor “verde-claro”, dando uma cor dourada quando a

camada metálica é de ouro

O AZO, de cor azul-escuro

Como se faz a leitura?

A cabeça de leitura é composta de um laser (Light Amplification by Stimulated

Emission of Radiation) que

emite um feixe luminoso e uma

célula fotelétrica encarregada

captar o raio pensativo. O laser

utilizado pelos leitores de CD é

um laser infravermelho (que

possui um comprimento de onda

de 780 nm) porque é compacto

e pouco dispendioso. Uma lentilha situada perto do CD focaliza o feixe laser sobre os

alvéolos.  Um espelho permite a luz seja refletida e atinja a célula fotelétrica.

O “carro ou carriage” é encarregado deslocar o espelho de forma a permitir a

cabeça de leitura aceder à integralidade do CD-ROM. 

Modos de funcionamento e leituras:

Distingue-se geralmente dois modos de funcionamento para a leitura de CD :

Page 10: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 10

A leitura à velocidade linear constante (notado CLV seja constant linear

velocity). Trata-se do modo de funcionamento dos primeiros leitores de CD-

ROM, baseado no funcionamento dos leitores de CD áudio ou mesmo velhos

os gira-discos. Quando um disco gira, a velocidade das pistas situadas ao

centro é mais importante que a das pistas situadas sobre o exterior, assim é

necessário adaptar a velocidade de leitura (por conseguinte a velocidade de

rotação do disco) em função da posição radial da cabeça de leitura. Com

este método a densidade de informação é a mesma sobre todo o apoio, há

por conseguinte um lucro de capacidade. Os leitores de CD áudio possuem

uma velocidade linear compreendida entre 1.2 e 1.4 m/s.

A leitura à velocidade de rotação angular constante (notado CAV para

constant angular velocity) consiste a ajustar a densidade das informações de

acordo com o lugar onde encontram-se a fim de obter o mesmo débito à

velocidade de rotação igual em qualquer ponto do disco. Aquilo cria por

conseguinte uma fraca densidade de dados à periferia do disco e uma forte

densidade no seu centro.

A velocidade de leitura do leitor de CD-ROM correspondia à origem à velocidade de

leitura de um CD audio, ou seja um débito de 150 kb/s. Esta velocidade foi tomada

seguidamente como referência e notada 1x. As gerações seguintes de leitores de CD-

ROM foram caraterizadas por múltiplos deste valor. O quadro seguinte dá as

equivalências entre os múltiplos de 1x e o débito:

Débito Tempo de resposta

1x 150 kb/s

2x 300 kb/s

3x 450 kb/s

4x 600 kb/s

6x 900 kb/s

8x 1200 kb/s

Page 11: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 11

10x 1500 kb/s

12x 1800 kb/s

16x 2400 kb/s

20x 3000 kb/s

24x 3600 kb/s

32x 4500 kb/s

40x 6000 kb/s

52x 7800 kb/s

Padrões

Estes padrões são remetidos em documentos chamados books (livros) aos quais foi

definida uma cor :

Red book (livro vermelho chamado também RedBook audio): Desenvolvido

em 1980 por Sony e Philips, descreve o formato físico de um CD e a

codificação dos CD áudio (notados às vezes CD-DA para Compato Disco -

Digital Audio). Define assim uma frequência de amostragem de 44.1 kHz e

uma resolução de 16 bits stereo para o registo dos dados áudio.

Yellow book  (livro amarelo): foi posto ao ponto em 1984 a fim de

descrever o formato físico dos CD de dados (CD-ROM para Compato Disco -

Read Only Memory). Compreende dois modos:

CD-ROM Modo 1 utiliza para armazenar dados com um modo de

correção de erros (ECC, para Error Correction Code) que permitem

evitar as perdas de dados devidas à uma deterioração do apoio

CD-ROM Modo 2 permitindo armazenar dados gráficos, vídeos ou

audio comprimidos. Para poder ler este tipo de CD-ROM um leitor deve

ser compatível Modo 2.

Page 12: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 12

Green book (livro verde): formato físico do CDI (CD Interativo de Philips)

Orange book (livro cor de laranja): formato físico dos CD inscriptibles.

Declina-se em três partes:

Parte I : o formato do CD-MO (discos magnéto-optiques)

Parte II: o formato dos CD-WO (Write Once, doravante notados CD-R)

Partie III: o formato dos CD-RW (CD ReWritable ou CD réinscriptibles)

White book (livro branco): formato físico dos CD vídeos (VCD ou VideoCD)

Blue book (livro azul) : formato físico dos CD extra (CD-XA)

Estrutura lógica

Um CR, que seja áudio ou CD-ROM, é constituído, de acordo com a Orange Book, de

três zonas que constituem a zona de informação (informação área):

A zona Lead-in Area (às vezes notado LIA) que contem unicamente

informações que descrevem o conteúdo do apoio (estas informações são

armazenadas no ,TOC, Table of Contents). A zona Lead-in estende-se do raio

23 mm ao raio 25 mm. Esta dimensão é imposta pela necessidade de poder

Page 13: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 13

armazenar informações relativas un maximum de 99 a pistas. A zona Lead-in

serve ao leitor de CD seguir as partes côncavas em espiral a fim de

synchroniser com os dados presentes na zona programa

A zona Programa (Program Area) é a zona que contem os dados. Começa a

partir de um raio de 25 mm, estende-se até um raio de 58mm e pode conter

o equivalente de 76 minutos de dados. A zona programa pode conter um

máximo de 99 pistas (ou sessões) de um comprimento mínimo de 4

segundos.

A zona Lead-Out (às vezes notado LOA) que contem dados nulos (do

silêncio para um CD áudio) marca o fim do CD. Começa ao raio 58 mm e

deve medir pelo menos O.5 mm de espessura (radialmente). A zona lead-out

deve assim conter no mínimo 6750 setores, ou seja 90 segundos de silêncio

à velocidade mínima (1X).

Um CR contem, além das três zonas descritas, uma zona chamada PCA (Power

Calibration Area) e uma zona PMA (Program Memory Area) que constitui entre as duas

uma zona chamado SUA (System User Area). 

O PCA pode ser visto como uma zona de teste para o laser a fim de permitir-lhe

adaptar a sua potência ao tipo de apoio. É graças à esta zona que é a possível

comercialização de apoios virgens que utilizam corantes orgânicos e camadas

reflexivas diferentes. À cada calibração, o gravador nota que efetuou um ensaio. Um

maximo de 99 ensaios por meios de comunicação social é autorizado.

Um carro é encarregado deslocar o espelho de forma a permitir a cabeça de leitura

aceder à integralidade do CD-ROM. 

Distingue-se geralmente dois modos de funcionamento para a leitura de CD :

A leitura à velocidade linear constante (notado CLV seja constant linear

velocity). Trata-se do modo de funcionamento dos primeiros leitores de CD-

ROM, baseado no funcionamento dos leitores de CD audio ou mesmo velhos

os gira-discos. Quando um disco gira, a velocidade das pistas situadas ao

Page 14: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 14

centro é mais importante que a das pistas situadas sobre o exterior, assim é

necessário adaptar a velocidade de leitura (por conseguinte a velocidade de

rotação do disco) em função da posição radial da cabeça de leitura. Com

este método a densidade de informação é a mesma sobre todo o apoio, há

por conseguinte um lucro de capacidade. Os leitores de CD audio possuem

uma velocidade linear compreendida entre 1.2 e 1.4 m/s.

A leitura à velocidade de rotação angular

constante (notado CAV paraconstant angular velocity) consiste a ajustar a

densidade das informações de acordo com a lugar onde encontram-se a fim

de obter o mesmo débito à velocidade de rotação igual em qualquer ponto

do disco. Aquilo cria por conseguinte uma fraca densidade de dados à

periferia do disco e uma forte densidade no seu centro.

Sistemas de ficheiros

O formato de CD (ou mais exatamente o sistema de ficheiros) une-se a descrever a

maneira segundo a qual os dados são armazenados na zona programa. 

O primeiro sistema de ficheiros histórico para os CD é o High Sierra Standard. 

O formato ISO 9660 normalizado em 1984 pela ISO (International Standards

Organization) retoma o High Sierra Standard a fim de definir a estrutura dos diretórios

e os ficheiros sobre um CD-ROM. Declina-se em três níveis:

Nível 1: Um CD-ROM formato em ISO 9660 Level 1 pode conter apenas

ficheiros cujo nome está maiúscula (TER- A-Z), podendo conter números (0-

9) bem como o caráter “_”. O conjunto destes caracteres é chamado d-

caracteres. Os diretórios têm um nome limitado à 8 d-caracteres e uma

profundidade limitada aos 8 níveis de subdiretorias. Mais da norma ISO 9660

impõe que cada ficheiro seja armazenado de maneira contínua sobre o CD-

ROM, sem fragmentação. Trata-se do nível mais restritivo. O respeito do

nível 1 permite assim assegurar-se que os meios de comunicação social

serão legíveis sobre um grande número planas formas.

Nível 2: O formato ISO 9660 Level 2 impõe que cada ficheiro seja

armazenado como um fluxo contínuo de bytes, mas permitido

armazenamento de ficheiros mais flexível aceitando nomeadamente os

Page 15: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 15

caracteres @ - ^! $ % & () # ~ e uma profundidade de 32 subdiretorias

máximas.

Nível 3: O formato ISO 9660 Level 3 não impõe nenhuma restrição de

nomes de ficheiros ou de diretórios.

A Microsoft definiu igualmente o formato Joliet, uma extensão ao formato ISO 9660

que permite utilizar nomes de ficheiros longos (LFN,long file names) de 64 caracteres

que compreendem espaços e caracteres acentuados de acordo com a codificação

Unicode. 

O formato ISO 9660 Romeo é uma opção de armazenamento proposta por Adaptec,

independente por conseguinte do formato Joliet, permitindo armazenar ficheiros cujo

nome pode ir até à 128 caracteres mas que não suportam a codificação Unicode. 

O formato ISO 9660 RockRidge é uma extensão ao formato ISO 9660 que permite-

lhe ser compatível com os sistemas de ficheiros UNIX. 

Os métodos de escrita

Monosessão : Este método cria só uma sessão sobre o disco e não dá a

possibilidade de acrescentar dados ulteriormente.

Multisessão : Contrariamente ao método precedente, este método permite

gravar um CD em várias vezes, criando uma mesa das

matérias TOC paratable of contents) de 14Mo para cada uma das sessões

Multivolume : É a gravura Multisession que considera cada sessão como

um volume separado.

Track At Once : Este método permite desativar o laser entre duas pistas, a

fim de criar uma pausa de 2 segundos entre cada pista de um CD áudio.

Disc At Once : Contrariamente ao método precedente, o Disc At

Onceescreve sobre o CD num só um tráfico (sem pausa).

Packet Writing : Este método permite a gravura por pacotes.

Caraterísticas técnicas

Page 16: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 16

Um leitor CD-ROM é caraterizado pelos elementos seguintes:

Velocidade : a velocidade é calculada em relação à velocidade de um leitor de

Cd-Áudio (150 Kb/s). Um leitor que vai à 3000Kb/s será qualificado de 20X (20

vezes mais rápido que um leitor 1X).

Tempo de acesso : representa o tempo médio para ir de uma parte do CD à

outra.

Conversão : ATAPI (IDE) OU SCSI;

3. DVD

O DVD (Digital Versatile Disc, mais

raramente Digital Vídeo Disc) é "uma

alternativa" ao disco compacto (CD) cuja

capacidade é seis vezes superior (no

caso do suporte DVD de menor

capacidade, face única, camada

única). O formato DVD foi criado para

fornecer um suporte de

armazenamento universal enquanto

que o CD foi previsto originalmente

como apoio áudio, unicamente. 

O formato DVD existe para tornar os dados endereçáveis e acessíveis

aleatoriamente (de maneira não sequencial). Possui uma estrutura complexa,

permitindo maior interatividade, mas necessita a utilização de microprocessadores

evoluídos. 

O formato DVD foi criado originalmente (a partir de 15 de Setembro de 1995) por

um consórcio de dez empresas do mundo multimédia (Hitachi, JVC, Matsushita,

Mitsubishi, Philips, Pioneer, Sony, Thomson, Time Warner e Toshiba). A partir de 1997,

um novo consórcio, batizado "DVD Fórum" sucedeu ao consórcio inicial. 

Um DVD pode ser facilmente confundido com um CD na

medida em que os dois suportes são discos de plástico de 12

cm de diâmetro e 1.2 mm de espessura e que a sua leitura

assenta na utilização de um raio laser. Contudo, os CD’s

utilizam um laser infravermelho que possui um comprimento

Page 17: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 17

onda de 780 nanómetros (nm) enquanto os gravadores de DVD utilizam um laser

vermelho com um comprimento de onda de 635 nm ou 650 nm. Além disso, os leitores

de CD utilizam geralmente uma lente cujo focal vale 0,5, enquanto os leitores de DVD

se baseiam numa lente que tem um focal de 0,6. Assim, os DVD possuem alvéolos cuja

dimensão mínima é de 0,40µ com um espaçamento de 0,74µ, contra 0,834µ e 1,6µ

para o CD. 

O interesse do DVD é essencialmente a sua capacidade de armazenamento, o que

faz dele o suporte por excelência para o vídeo. Um DVD de 4,7 Gb permite assim

armazenar mais de duas horas de vídeo comprimido em MPEG-2 (Motion Picture

Experts Group), um formato que permite comprimir as imagens conservando ao

mesmo tempo uma grande qualidade de imagem. 

Atualmente contamos com uma enorme variedade de tipos de médias de DVD para

as mais diversas finalidades. Estas médias poderão ter mais de uma face e mais de

uma camada.

Face significa cada lado da média, que pode ser simples - quer dizer que só pode

ser gravada de um lado - ou dupla, quer dizer que pode ser gravada dos dois lados,

nestes casos não pode haver impressão sobre nenhum dos lados do disco.

Camada é a área de gravação do disco, que pode ser simples com uma única

camada de gravação que é refletiva, ou Dupla camada quer dizer que ele tem duas

camadas de gravação do mesmo lado - uma camada em cima da outra. 

Estrutura física

Page 18: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 18

Os DVD existem em versão "camada simples " e " camada duplo" (em inglês «Dual

Layer», notado DL). Estes últimos são constituídos por uma camada translúcida semi-

reflexiva à base de ouro e uma camada reflexiva opaca à base de prata, separadas por

uma camada de ligação (bonding layer). Para ler estas duas camadas, o leitor dispõe

de um laser que pode alterar de intensidade alterando a sua frequência e o seu focal:

Com uma intensidade fraca, o raio reflete na superfície dourada superior.

Com uma intensidade mais elevada, o raio atravessa a primeira camada e

reflete na superfície prateada inferior.

A camada inferior possui contudo uma densidade menor. Além disso, a informação é aí

armazenada "ao contrário" numa espiral invertida, a fim de limitar o tempo de latência

aquando da passagem de uma camada a outra. 

Além disso, os DVD existem em versão face simples ou face dupla, como os discos

de vinil. No segundo caso, a informação é armazenada num lado e noutro do suporte. 

Distinguem-se geralmente 4 grandes famílias de suportes DVD, possuindo

diferentes capacidades de acordo com as suas características físicas: 

Page 19: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 19

Tipo de apoio Características

Capacidade

Tempo musical

Qtd. de CDs

CD 700Mb 80 min 1

DVD-5Face simples,

camada simples 4.7 Gb 9h30 7

DVD-9Face simples,

camada dupla 8.5 Gb 17h30 13

DVD-10Face dupla, camada

simples 9.4 Gb 19h 14

DVD-17Face dupla, camada

dupla 18 Gb 35h 26

Formatos standard de DVD

As especificações oficiais dos DVD declinam-se em cinco livros :

o livro A (Book A) para o DVD-ROM;

o livro B (Book B) para o DVD Vídeo;

o livro C (Book C) para o DVD Áudio;

o livro D (Book D) para o DVD gravável (DVD-R) e o DVD regravável (DVD-

RW). O formato DVD-R é um formato gravável só uma vez (Write-Once),

enquanto o formato DVD-RW é um formato regravável, permitindo a

supressão e a modificação de dados graças a uma fase capaz de alterar de

estado;

o livro E (Book E) para o DVD regravável (igualmente DVD-RAM, para DVD

Random Acess Memory). O DVD-RAm é um suporte regravável que utiliza

uma tecnologia da mudança de fase para o registo. Os DVD-RAm são na

realidade cartuchos compostos de uma caixa e um DVD. Certos cartuchos

são amovíveis, a fim de permitir a leitura de um DVD-RAm num leitor DVD

de sala.

Formatos padrão de DVD gravável

Existem três formatos de DVD gravável :

Page 20: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 20

DVD-RAM de Toshiba © et Matsushita ©. Trata-se de um formato

essencialmente utilizado no Japão.

DVD-R/DVD-RW, apoiado pelo DVD Fórum. Os DVD no formato DVD-R são

graváveis só uma vez enquanto os DVD no formato DVD-RW são regraváveis

à razão de cerca de 1.000 registos. O formato DVD-R, assim como o formato

DVD-RW, permite obter uma capacidade total de 4.7 Gb.

DVD+R/DVD+RW, patrocinado por Sony e Philips no DVD+RW Aliança,

agrupando, além das duas precedentes, as empresas Dell, Hewlett-Packard,

Mitsubishi/Verbatim, Ricoh, Thomson e Yamaha.

Estes três formatos são incompatíveis entre eles, apesar de desempenhos

equivalentes. O formato DVD-RAM não será tratado, na medida em que é utilizado

principalmente no Japão. Os formatos DVD-R (W) e DVD+R (W), em contrapartida, são

largamente utilizados na Europa. 

3.1. DVD-R/RW

O formato DVD-R/DVD-RW baseia-se numa técnica conhecida como "pre-pit".

Como os CD graváveis (CR), os DVD graváveis e regraváveis utilizam "um pre-groove"

(espiral de antemão gravada no suporte), ondulando de acordo com uma sinusoidal

chamada wobble. A pré-groove permite definir posicionamento da cabeça de registo

no suporte (chamado alinhamento) enquanto a frequência de oscilação permite ao

gravador ajustar a sua velocidade. As informações de endereçamento (posição dos

dados) em contrapartida são definidas graças a bacias pré-gravadas no apoio, nas

partes côncavas (chamados Land) entre os sulcos do disco (chamados groove),

batizadas "Land pré pits" (abreviado em LPP). 

  

Page 21: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 21

Os pré pits constituem assim um segundo sinal que ajuda o posicionamento dos

dados. Quando o laser encontra um pré pit, uma PIC de amplitude aparece na

oscilação, indicando ao gravador onde o dado deve ser gravado. As especificações do

DVD-R precisam que um pré pit deve possuir um comprimento pelo menos de um

período (1T). 

O formato DVD-R/DVD-RW propõe funcionalidades de gestão dos erros,

essencialmente software (chamados Persistent-DM e DRT-DM). 

DVD-R

Este tipo é um dos que tem maior aceitação nos mais diversos aparelhos. É a

melhor opção para a gravação de filmes, pois é aceito por praticamente todos os DVD-

players, com exceção para alguns dos primeiros modelos. O DVD-R, assim como o seu

antecessor CD-R, só aceita gravação uma única vez e, após isso, seus dados não

podem ser apagados. Sua capacidade de armazenamento padrão é de 4,7 GB.

DVD-RW

É equivalente ao CD-RW, pois permite a gravação e a regravação de dados. A

grande maioria dos DVD-players recentes são totalmente compatíveis com DVD-RW,

mas exigem que a mídia esteja fechada para executar filmes. Mídia "aberta" significa

que se pode inserir dados de maneira gradativa, como numa disquete. Porém, se for

fechada (isso é feito através do software de gravação), a gravação de novas

informações é impossibilitada, sendo necessário formatar o DVD-RW para reutilizá-lo.

Page 22: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 22

Assim como seu "irmão" DVD-R, a capacidade de armazenamento padrão do DVD-RW

é de 4,7 GB.

3.2. DVD+R/RW

O formato DVD+R/DVD+RW utiliza uma espiral cuja oscilação (wobble) possui uma

frequência muito mais elevada que os DVD-R (817,4 kHz para os DVD+R contra 140,6

para os DVD-R) e gere o endereçamento graças a uma modulação da fase da

oscilação, ou seja uma codificação por inversão de fase chamada ADIP (ADdress In

Pre-groove). A inversão de fase tem lugar todos os 32 períodos (32T). 

  

O formato DVD+RW oferece uma funcionalidade de correção de erros chamada

DVD+MRW (Mount Rainier for DVD+RW abreviado Mt Rainier for DVD+RW) que

permite marcar os blocos defeituosos. Além disso, se existirem dados legíveis neste

bloco, um mecanismo permite deslocá-los para um bloco são e atualiza a tabela de

localização dos ficheiros (fala-se então de Logical to Physical Address Translation). 

Além disso, uma verificação de fundo está prevista nas especificações, permitindo

verificar os erros presentes no disco, quando o leitor está inativo. O utilizador pode no

entanto ler o suporte ou ejetá-lo a qualquer momento, neste caso as verificações

continuarão onde tinha parado logo que o leitor estiver de novo em stand by. 

DVD+R 

Este tipo é equivalente ao DVD-R, inclusive na capacidade de armazenamento, que

é de 4,7 GB. O DVD+R também só pode ser gravado uma única vez e não permite a

eliminação de seus dados. O que o DVD-R tem de diferente do DVD+R, então? Pouca

coisa, sendo a principal diferença o fato dos dados gravados em um DVD+R serem

Page 23: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 23

mais rapidamente acedidos do que em um DVD-R, característica proveniente do

processo de fabricação deste último, que é ligeiramente distinto.

DVD+RW 

Este formato tem quase as mesmas características do seu rival DVD-RW, inclusive

na capacidade de armazenamento, cujo padrão também é de 4,7 GB. No DVD+RW

também é necessário fechar a média para a execução de filmes em DVD-players. Na

prática, sua diferença em relação ao DVD-RW está na velocidade de gravação

ligeiramente maior e na possibilidade de uso de tecnologias como "Lossless linking" e

"Mount Rainier" que permitem, respetivamente, interromper uma gravação sem

causar erros e alterar dados de apenas um setor sem necessidade de formatar o disco.

3.3. Diferenças entre DVD+ e DVD-

Geralmente, o método de endereçamento utilizado pelos DVD+R (modulação de

fase) possui uma melhor resistência às perturbações eletromagnéticas que o método

dos pré pits. Com efeito, aquando da gravação, o gravador deve igualmente ler os pré

pits a fim de posicionar corretamente os dados no suporte. Ora, a luz emitida pelo

laser pode provocar perturbações. 

Por outro lado, dado o período correspondente ao comprimento de um pit (1T), os

pré pits são mais difíceis de detestar se a velocidade de leitura for elevada. Não é por

isso surpreendente que o primeiro gravador 16x comercializado fosse no formato

DVD+RW. 

Assim, o formato DVD+R (W), beneficiando de especificações mais recentes, propõe

melhores desempenhos bem como funcionalidades suplementares. Por outro lado, o

formato DVD-R (W) é ratificado pelo DVD Fórum e corresponde ao formato inicial, de

modo que a maioria de leitores (nomeadamente de sala) são compatíveis. 

Os gravadores de DVD suportam geralmente os dois formatos de discos. Em

conclusão, tendo em conta a sua melhor compatibilidade com os leitores de sala, o

formato DVD- DVD-R (W) deve privilegiar-se para a criação de DVD Vídeo,

enquanto o formato DVD+R (W) comporta vantagens para a criação de DVD

de dados. 

Estrutura lógica

Page 24: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 24

Um DVD é constituído essencialmente por três zonas que representam a "zona de

informação" (information area):

A zona Lead-in Area (às vezes chamada LIA) que contém unicamente

informações que descrevem o conteúdo do suporte (estas informações são

armazenadas no TOC, Table of Contents, . A zona Lead-in serve para o leitor

seguir as partes côncavas em espiral a fim de sincronizar com os dados

presentes na zona programa.

A zona Programa (Program Area) é a zona que contém os dados.

A zona Lead-Out (às vezes chamada LOA), contendo dados nulos (silêncio, no

caso de um DVD áudio), marca o fim do CD.

Um DVD gravável contém, além das três zonas descritas acima, uma zona chamada

PCA (Power Calibration Area) e zona RMA (Recording Management Area) situadas

antes da zona Lead-In. 

O PCA pode ser visto como uma zona de teste para o laser para lhe permitir adaptar

a sua potência ao tipo de apoio. É graças a esta zona que é possível a comercialização

de suportes virgens que utilizam camadas reflexivas e corantes orgânicos diferentes. A

cada calibração, o gravador nota que efectuou um ensaio. É autorizado un máximo de

99 ensaios por media. 

Page 25: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 25

Sistema de ficheiros e de directórios

Os DVD utilizam o sistema de ficheiros UDF (Universal Disk Format). A fim de

manter uma certa compatibilidade com antigos sistemas de exploração, foi criado um

sistema de ficheiros híbrido, chamado "UDF Bridge", suportando o UDF e o sistema de

ficheiros ISO 9660 utilizado pelo CD-ROM. É contudo importante notar que os leitores

de DVD Vídeo e de DVD Áudio suportam apenas o sistema UDF. 

3.4. DVD Vídeo

Um DVD vídeo pode conter dados destinados a leitores de salão bem como dados

adicionais que podem ser lidos num computador. 

Um DVD-Vídeo possui uma organização hierárquica dos seus diretórios que

permitem conter os dados vídeo e áudio. Assenta habitualmente na estrutura

seguinte: 

O diretório principal, nomeado VIDEO_TS (para Vídeo Title Sets), tem como

vocação conter os ficheiros do DVD Vídeo.

O diretório AUDIO_TS refere-se ao DVD-Áudio mas a sua presença às vezes

é pedida por certos leitores DVD de sala.

JACKET_P contém as imagens das capas do DVD. Por último, é possível

associar outros diretórios, podendo ser lidos num computador. 

O ficheiro específico chamado VIDEO_TS.IFO (IFO que significa informação) contém

as informações necessárias ao leitor para a afixação do menu principal. Está

acompanhado do ficheiro VIDEO_TS.VOB, contendo o clip de animação de introdução,

bem como o ficheiro de salvaguarda (nomeado VIDEO_TS.BUP).

Page 26: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 26

3.5. DVD-ROM

DVD-ROM, Digital Versatile Disc - Read Only Memory, ou DVD (Disco de Video

Digital) ROM (somente leitura), é utilizado para gravação de vídeos ou dados,

geralmente tem capacidade de 4,7Gb ou 9Gb (dupla-camada).

O DVD-ROM é o tipo mais comum, pois é usado, por exemplo, para armazenar

filmes. Assim como um CD de programa ou de música, já vem com seu conteúdo

gravado de fábrica. Não é possível apagar ou regravar dados nesse tipo de DVD.

Um feixe de laser no DVD player controla como o disco gira, enquanto um

dispositivo especial lê a intensidade da reflexão. A variação reflexiva é traduzida como

bits de dados que formam bytes. Assim, DVDs, incluindo o DVD-ROM, podem variar em

capacidade como segue:

• Single-sided disco de camada única - 4.38 GB

• Single-sided disco de camada dupla - 7,95 GB

• Frente e verso do disco de camada única - 8,75 GB

• Frente e verso do disco de camada dupla - 15,9 GB

Os DVD-ROM substituíram as videocassetes, sendo muito mais eficiente e superior

em todos os aspetos. Um DVD-ROM, em condições normais, permanece livre de erros

e consistente, independentemente da quantidade de vezes que é visto, enquanto uma

cassete ganha desgaste e, eventualmente, as necessidades de substituição. O DVD-

ROM também pode armazenar mais informações, e é possível escolher a cena

pretendida sem a necessidade de avanço rápido ou retrocesso. Por último, o DVD-ROM

é muito mais compacto e mais fácil de armazenar e DVD players pode dobrar como

leitores de CD.

4. DVD-RAM

DVD RAM é abreviação para DVD-Random Access Memory. A mídia de DVD-RAM só

pode ser utilizada em drives específicos de DVD-RAM. Ou seja, não funcionará com

DVD Players convencionais, tampouco DVD-R/RW e DVD-ROM de computadores. São

discos de alta capacidade, com versões de capacidade de 2.6GB, 5.2GB, e os mais

atuais de 4.7GB e 9.4GB .

Page 27: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 27

Qual a diferença entre o DVD-RAM e os DVDs convencionais?

O DVD-RAM funciona de maneira semelhante a um HD (Hard Disk). Isso significa

que é dotado de faixas concêntricas, ao contrário dos DVDs convencionais que

trabalham com uma única faixa em espiral. Além disso, não é necessário nenhum

software para executar as gravações. O drive de DVD-RAM aparecerá no computador

como um drive de disco flexível ou até mesmo como um disco rígido. 

O DVD-RAM permite até 100.000 gravações, contra as 1.000 dos DVD-RW e

DVD+RW.Por fim, o DVD-RAM não requer inicialização do disco tampouco finalização.

Os primeiros DVDs do tipo possuíam 2,9 GB de capacidade e ficavam dentro de

uma capa protetora, devido a sensibilidade da média ao lixo e a marcas dos dedos. As

versões seguintes surgiram oferecendo a capacidade de gravação de 4,7 GB à 9,4 GB,

não necessitando mais da capa protetora.

5. HD-DVD

A ideia básica por trás do HD-DVD é simples - parece um DVD e funciona como tal,

mas armazena muito mais informação. Um DVD é capaz de armazenar duas horas de

vídeo em definição padrão, mas o HD-DVD tem capacidade para mais de 48 horas.

Um DVD armazena informações numa série de cavidades microscópicas

organizadas numa espiral comprida. Um laser vermelho lê estas cavidades do outro

lado, detetando-as como lombas. As lombas refletem a luz do laser para o sensor.

Componentes eletrónicos dentro do aparelho leem as informações do sensor como um

sinal digital.

Um HD-DVD usa os mesmos princípios - tem uma camada de lombas que refletem a

luz de um laser para o sensor, criando um sinal digital. Os HD-DVDs têm também

exatamente o mesmo tamanho dos DVDs (120 milímetros de diâmetro e 1,2

milímetros de espessura). Mas três diferenças fazem com que eles possam armazenar

muito mais informações que os DVDs:

Usam lasers azul-violeta de 405 nanómetros em vez de lasers vermelhos de

650 nanómetros;

Page 28: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 28

As cavidades são menores e as cavidades são mais próximas umas das

outras;

Usam compressão mais eficiente para diminuir o tamanho dos ficheiros que

armazenam.

Mudar a cor do laser pode parecer pouca coisa, mas o comprimento de onda mais

curto do laser azul-violeta é o que permite que as cavidades dos HD-DVDs sejam

menores e que elas fiquem mais próximas umas das outras. Em outras palavras, o

disco pode ter distância entre cavidades menor. Os DVDs comuns têm distância entre

cavidades de 0,74 micrós, enquanto os HD-DVDs têm distância entre cavidades de

0,40 micros. Seria a mesma diferença entre escrever com uma caneta de ponta fina e

um marcador.

A outra grande diferença entre os DVDs e os HD-DVDs é o tipo de compressão da

informação no disco. A maioria dos DVDs usa compressão MPEG-2. Os HD-DVDs

podem usar o MPEG-2 também, mas geralmente usam o MPEG-4, mais eficiente, que

permite uma qualidade de vídeo maior com tamanho de arquivo menor. Os HD-DVDs

também podem usar a compressão VC-1 (ou Windows Media).

Por fim, os avanços da tecnologia fazem com que o aparelho de HD-DVD leia as

informações do disco e envie para a TV cerca de três vezes mais rápido que os

aparelhos de DVD. Ele também envia o sinal para a HDTV em formato digital, usando

a Interface Multimídia de Alta Definição (HDMI), evitando assim a perda de qualidade

causada pela conversão para o sinal analógico.

Para poder desfrutar de toda a resolução oferecida por um HD-DVD, será necessária

uma TV de alta definição (HDTV). Nas televisões comuns, o ganho de qualidade não é

percetível. Para ter certeza de que o aparelho é compatível com o formato digital, o

melhor é procurar pelo "HD Ready"

Page 29: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 29

Uma das primeiras perguntas que as pessoas fazem sobre o HD-DVD (além de "ele

é melhor que o Blu-Ray?") é se os antigos DVDs vão se tornar obsoletos. Vamos ver o

que provavelmente vai acontecer com os aparelhos e os discos quando as pessoas

migrarem para a nova tecnologia.

6. Blue Ray

A tecnologia Blu-ray é o padrão de disco ótico que veio com a proposta de substituir

o DVD, tanto em reprodutores de vídeo quanto em computadores. As medidas de um

disco Blu-ray (ou BD, de Blu-ray Disc) são as mesmas que as dos CDs ou DVDs, no

entanto, essa mídia é capaz de armazenar volumes muito maiores de informação,

permitindo que a indústria ofereça filmes com imagens em alta definição e recursos

extras bastante interessantes. Além disso, os utilizadores podem gravar num único

disco Blu-ray uma quantidade de dados que exigiria várias mídias caso a gravação

ocorresse em CDs ou DVDs.

Tecnologia Blu-ray

O Blu-ray é um padrão de disco ótico criado para aplicações de vídeos e de

armazenamento de dados em geral, assim como o é DVD. No entanto, possui

características mais avançadas que as deste último, razão pela qual é considerado o

seu substituto. A principal diferença está na capacidade de armazenamento: em sua

versão mais simples, com uma camada, pode guardar até 25 GB de dados, contra 4,7

GB do DVD. Há também uma versão com dupla camada capaz de armazenar 50 GB de

dados. Fabricantes ainda podem criar versões com capacidades diferentes destas,

para fins específicos. Em abril de 2010, por exemplo, a indústria apresentou discos

Blu-ray que podem chegar a 128 GB de capacidade.

O nome Blu-ray dá pistas sobre outra característica deste

padrão. A ideia inicial é a de que fosse adotado o termo "Blue-

ray", "raio azul" em inglês. Este nome foi dado porque o feixe

Page 30: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 30

laser dos dispositivos responsáveis pela leitura dos discos é azul-violeta, ao contrário

do CD e do DVD, onde o feixe é vermelho. A letra 'e' foi retirada da denominação

porque a expressão "blue ray" é bastante utilizada, o que certamente impediria seu

registro como uma marca. O nome completo para a mídia é Blu-ray Disc.

Assim como acontece com CDs e DVDs, há discos Blu-ray que podem ser gravados

e regravados. A versão que sai de fábrica já gravada e não permite regravação é

denominada BD-ROM. A versão que pode apenas ser gravada uma vez pelo utilizador é

o BD-R. Por sua vez, a versão que pode ser gravada e regravada é chamada de BD-RE.

No que se refere à velocidade de transferência de dados na gravação de um disco

Blu-ray, tudo dependerá, essencialmente, do aparelho. Em sua menor velocidade, de

1X, é possível obter uma taxa de transferência de 36 Mb/s (megabits por segundo), ou

seja, cerca de 4,5 megabytes por segundo. Assim, basta conhecer a velocidade do

aparelho (essa informação geralmente está disponível numa etiqueta ou no manual do

produto) e multiplicar esse valor pelo equivalente em 1X. Por exemplo, se o aparelho

trabalha com 8X, basta multiplicar 8 por 36, que será igual a 288 Mb/s. A taxa de

transferência nas operações de leitura segue um esquema semelhante, com

velocidade de 36 Mb/s, no entanto, pode-se chegar a 54 Mb/s em execuções de vídeo.

Reprodutor de Blu-ray

Breve história do Blu-ray

A história do Blu-ray começou no final da década de 1990, quando o assunto

"vídeos em alta definição" começou a tomar forma. Na época, não havia nenhum tipo

de disco capaz de armazenar conteúdo com essa característica, mas a situação

começou a mudar depois que o pesquisador japonês Shuji Nakamura apresentou um

diodo de laser azul que permitiria a criação de discos de maior densidade.

Page 31: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 31

Por conta disso, algum tempo depois, a Sony começou a trabalhar em duas

tecnologias de mídia ótica de alta densidade: UDO (Ultra Density Optical) e DVR Blue.

Este último era um formato regravável e seu desenvolvimento se deu junto à Pionner.

O DVR Blue continuou sendo trabalhado, até que em fevereiro de 2002 foi

renomeado para Blu-ray, época em que também foi criado o consórcio Blu-ray Disc

Founders, formado pelas companhias responsáveis pela criação do projeto e outras

que se interessaram posteriormente. Eis alguns desses integrantes: Sony, Pionner, LG,

Dell, Philips, Samsung e 20th Century Fox.

Embora a Sony tenha lançado o primeiro gravador de Blu-ray em 2003, as

especificações técnicas da tecnologia foram concluídas somente em 2004 e,

posteriormente, alguns detalhes foram revistos. Nesse mesmo ano, o consórcio

responsável pelo padrão mudou seu nome para Blu-ray Disc Association. Até hoje a

entidade recebe a participação de novas empresas.

Funcionamento

Os discos Blu-ray têm praticamente as mesmas dimensões de um disco de CD ou

de DVD, mas armazena muito mais informações. Observado esse aspeto, como isso é

possível? O segredo está justamente no tal do "raio azul". Nos dispositivos de DVD, o

feixe de laser para leitura e gravação, na cor vermelha, tem um comprimento de onda

de 650 nanómetros. Nos leitores de CD, essa medida é de 780 nanmetros. No laser

azul-violeta, do Blu-ray, o comprimento de onda é de 405 nanómetros. Graças a isso, o

feixe pode focalizar os pontos de informação do disco com maior precisão, permitindo

que eles sejam menores. Como são menores, cabem mais pontos na mídia.

Esses pontos (ou cavidades) tem largura de 0,15 mícron no Blu-ray, enquanto que

no DVD esse tamanho é de 0,4 mícron. Mas a "mágica" do Blu-ray" não se resume a

isso: o track pitch (algo como passo da trilha), isto é, o espaço que há entre os pontos

de gravação, é de 0,74 mícron no DVD, enquanto que no Blu-ray esse medida é de

0,32 mícron.

Page 32: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 32

Track pitch do Blu-ray e do DVD - Imagem por TDK

Apesar de ter a mesma espessura que um CD ou um DVD (cerca de 1,2 mm),

mídias Blu-ray são constituídas de forma diferente. No CD, a camada de gravação, isto

é, onde os dados são "fixados", fica "debaixo" de uma estrutura de policarbonato (em

poucas palavras, um tipo de plástico) de 1,2 mm. No DVD, essa camada fica entre

duas estruturas de policarbonato de 0,6 mm cada, ou seja, no "meio" do disco. Por sua

vez, a camada de gravação do Blu-ray fica por "cima" de uma estrutura de

policarbonato de 1,1 mm:

Comparativo de discos de CD, DVD e Blu-ray - Imagem por LaCie

Esta característica do Blu-ray tem duas vantagens: a primeira é que, pelo menos

teoricamente, o custo de produção desses discos é menor, pois o processo de

fabricação exige uma única estrutura de policarbonato, ao contrário do DVD, que exige

duas.

Page 33: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 33

A principal vantagem, no entanto, está na leitura do disco Blu-ray. A forma como o

DVD é constituído pode fazer com que, sob determinadas circunstâncias, a estrutura

de policarbonato crie uma situação de refração que divide o feixe do laser em duas

partes, ocorrência que pode dificultar a leitura dos dados. Além disso, certas

irregularidades na superfície da mídia, como uma leve curvatura ou mesmo sugidade,

podem fazer com que o feixe do laser perca sua precisão por causa de uma

consequente distorção.

No Blu-ray, o fato de a camada de dados estar mais próxima do laser, sem que o

feixe tenha que "atravessar" uma estrutura de policarbonato, diminui drasticamente

problemas como os citados no parágrafo anterior.

Como informado no início do texto, há também mídias Blu-ray com duas camadas

de gravação, permitindo, portanto, o armazenamento do dobro de dados: 50 GB.

Assim, também é possível encontrar discos Blu-ray graváveis e regraváveis com as

seguintes siglas: BD-R DL e BD-RE DL. O 'DL' é a sigla para Dual Layer, isto é, "Dupla

Camada".

Em junho de 2010, surgiu oficialmente a especificação BDXL, que possibilita a

fabricação de discos BD-R e BD-RE com três camadas, resultando em 100 GB de

capacidade de armazenamento, ou discos BD-R com quatro camadas e 128 GB. Discos

BDXL só podem ser lidos em aparelhos compatíveis com esta especificação.

É importante frisar que, além das camadas de policarbonato e de gravação, os

discos Blu-ray contam com outras, como as camadas protetoras e refletoras.

Alta definição

Uma das características do Blu-ray é a sua capacidade de oferecer vídeos em alta

definição (High-Definition - HD), o que resulta em conteúdo visual com excelente

qualidade de imagem. Em praticamente qualquer tecnologia recente que trate de

vídeos, essa é uma característica comum, o que faz com que termos como "720p" e

"1080p" sejam encontrados facilmente. Mas, o que isso significa? Essas denominações

facilitam a identificação da quantidade de pixels (um pixel corresponde a um ponto

que representa a menor parte de uma imagem) suportada pelo dispositivo, além do

uso de progressive scan ou interlaced scan. No progressive scan, todas as linhas de

pixels do ecrã são atualizadas simultaneamente. Por sua vez, no modo interlaced scan,

primeiro as linhas pares recebem atualização e, em seguida, as linhas ímpares (ou

seja, é um esquema do tipo: linha sim, linha não). Em geral, o modo progressive scan

oferece melhor qualidade de imagem.

Page 34: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 34

Assim sendo, a letra 'p' existente em 720p, 1080p e outras resoluções, indica que o

modo usado é progressive scan. Se for utilizado interlaced scan, a letra usada é 'i' (por

exemplo, 1080i). O número, por sua vez, indica a quantidade de linhas de pixels na

horizontal. Isso significa que a resolução 1080p, por exemplo, conta com 1080 linhas

horizontais e funciona com progressive scan. Eis alguns exemplos de resolução:

Resolução Pixéis Scan

1080i

1920x1080

interlaced

1080p progressive

720i

1280x720

interlaced

720p progressive

Proteção contra cópias

O Blu-ray não tem apenas o controle geográfico para lidar com supostas cópias

ilegais. O padrão também pode contar com outros meios de proteção. Eis uma breve

descrição delas:

- AACS (Advanced Access Content System): tecnologia que "protege" o conteúdo da

mídias de filmes através de criptografia para evitar cópias indevidas de discos. Para

isso, os fabricantes de unidades Blu-ray recebem chaves de decodificação que servem

de comunicação com uma chave existente na mídia. Dessa forma, o aparelho

consegue executar o conteúdo do disco. Obtendo-se esta última chave, é possível

fazer cópia do conteúdo, mas sua obtenção geralmente depende da chave do

fabricante. Se esta for "capturada" e isso se tornar conhecido, mídias Blu-ray

fabricadas posteriormente poderão não ser executadas nos aparelhos que utilizam

essa chave. Como essa medida pode penalizar usuários inocentes, a indústria afirma

utilizar o AACS apenas em dispositivos industriais. Esta tecnologia também foi

empregada no HD-DVD;

- BD+: baseado em um sistema chamado Self-Protecting Digital Content, utiliza

uma "máquina virtual" para verificar chaves criptográficas nos discos e assim

identificar quais são originais. Cópias indevidas apresentarão códigos incorretos,

impedindo a perfeita utilização do conteúdo;

Page 35: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 35

- ROM Mark: também chamada de BD-Rom Mark, trata-se de um tipo especial de

marca d'água que deve estar presente em todos os discos Blu-ray originais e que deve

ser lido por qualquer aparelho reprodutor. É necessário um mecanismo especial para

que essa marca seja inserida em mídias de cópia;

- ICT (Image Constraint Token): este recurso limita a resolução do vídeo do Blu-ray

em transmissões não protegidas e que, portanto, podem permitir cópias indevidas.

Técnica polêmica, pois pode prejudicar o usuário que utiliza um cabo mais simples

para ligar seu aparelho Blu-ray à televisão, por exemplo.

Na verdade, todos esses mecanismos são considerados polémicos, pois podem

prejudicar a experiência do utilizador com a tecnologia Blu-ray. Além disso, esses

recursos não são infalíveis: o AACS e o BD+, por exemplo, já foram "quebrados".

Blu-ray 3D

Salas de cinema com projeção 3D

estão a surgir em vários países. Mas que

tal poder ver vídeos com efeitos 3D

bastante interessantes no ecrã da sua

TV? Essa é a proposta do Blu-ray 3D.

Trata-se de uma especificação

aprovada pela Blu-ray Disc Association no final de 2009 capaz de aproveitar todo o

potencial da tecnologia Blu-ray para reproduzir conteúdo 3D em alta definição (full

HD).

Para isso, o Blu-ray 3D faz uso do codec Multiview Video Coding (VMC), uma espécie

de evolução do ITU-T H.264/MPEG-4, padrão utilizado no Blu-ray "normal". O VMC é

capaz de proporcionar uma resolução de 1080p para cada olho e também de otimizar

determinados efeitos que reforçam ainda mais a sensação de tridimensionalidade.

Uma característica interessante do Blu-ray 3D é que filmes com esta tecnologia, de

maneira geral, podem rodar em aparelhos Blu-ray "normais", mas obviamente sem os

efeitos tridimensionais.

O único problema fica por conta do ecrã: o utilizador precisa utilizar monitores ou

televisores compatíveis com reproduções em 3D, o que é difícil de se encontrar,

Page 36: Manual 147 Suportes Off-line

Célia

Borg

es

0147Recursos Pedagógicosmanual de formação

Página | 36

podendo haver também a necessidade de uso de óculos especiais para a perfeição

visualização das imagens.

Bibliografia & Webgrafia

WebSites Consultados em Setembro de 2013:

http://www.ptprime.pt/SERVICOSESOLUCOES/SECTORESDEACTIVIDADE/Pages/

detalheproduto.aspx?IDSec=59&IDTema=450&ProdID=243

http://www.partteams.com/store/index_2010_v2.php?

page=mupis_sinaletica_indoor_outdoor_partteam#

http://www.kiosystem.pt/website/index.php?

option=com_content&view=article&id=48&Itemid=56

http://www.visioncast.net/pt/produtos/quiosquesbasestandard.html

http://www.entreideias.pt/digital2010.asp

http://dreamfeel.wordpress.com/2009/10/14/o-que-sao-mupis/

http://www.infoescola.com/informatica/cd-rom/

http://www.cdrom-guide.com/

http://pt.kioskea.net/contents/374-cd-cd-audio-e-cd-rom

http://www.tecmundo.com.br/blu-ray/168-o-que-e-blu-ray-.htm

http://www.blu-ray.com/

http://www.cdtarjeta.pt/articulos/articuloDetalle_4.aspx