Manual Anatomia Orgaos

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Anatomia dos órgãos

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    MANUAL DE ANATOMIA

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    BREVE INTRODUO HISTRICABREVE INTRODUO HISTRICABREVE INTRODUO HISTRICABREVE INTRODUO HISTRICA Anatomia (do grego antigo [anatome], "seccionar"), o ramo da biologia no qual se estudam a estrutura e organizao dos seres vivos, tanto externa quanto internamente. Alguns autores usaram este termo incluindo na anatomia igualmente o estudo das funes vitais (respirao, digesto, circulao sangunea, etc.) para que o organismo viva em equilbrio com o meio ambiente. Segundo esta definio, mais lata, a anatomia de certa forma o equivalente morfofisiologia (do grego morphe, forma + logos, razo, estudo).

    A anatomia humana, a anatomia vegetal e a anatomia comparada so especializaes da anatomia. Na anatomia comparada faz-se o estudo comparativo da estrutura de diferentes animais (ou plantas) com o objectivo de verificar as relaes entre eles, o que pode elucidar sobre aspectos da sua evoluo. Em termos mais restritos e clssicos, a anatomia confunde-se com a morfologia (biologia) interna, isto , com o estudo da organizao interna dos seres vivos, o que implicava uma vertente predominantemente prtica que se concretizava atravs de mtodos precisos de corte e dissecao (ou disseco) de seres vivos (cadveres, pelo menos no ser humano), com o intuito de revelar a sua organizao estrutural.

    Conforme o seu campo de aplicao, a anatomia divide-se em vegetal e animal (esta, incluindo o homem). A anatomia animal, por sua vez, divide-se em dois ramos fundamentais: descritiva e topogrfica. A primeira ocupa-se da descrio dos diversos aparelhos (sseo, muscular, nervoso, etc...) e subdivide-se em macroscpica (estudo dos rgos quanto sua forma, os seus caracteres morfolgicos, o seu relacionamento e a sua constituio) e microscpica (estudo da estrutura ntima dos rgos pela pesquisa microscpica dos tecidos e das clulas). A anatomia topogrfica dedica-se ao estudo em conjunto de todos os sistemas contidos em cada regio do corpo e das relaes entre eles.

    A anatomia humana define-se como normal quando estuda o corpo humano em condies de sade, e como patolgica ao interessar-se pelo organismo afectado por anomalias ou processos mrbidos.

    Alcmon, na Grcia, lutando contra o tabu que envolvia o estudo do corpo humano, realizou pesquisas anatmicas j no sculo VI a.C. (por isso muitos o consideram o pai da anatomia). Entre 600 e 350 A.C., Empdocles, Anaxgoras, Esculpio e Aristteles tambm se dedicaram a dissecaes. Foi, porm, no sculo IV A.C, com a Escola Alexandrina, que a anatomia prtica comeou a progredir. Na poca, destacou-se Herfilo, que, observando cadveres humanos, classificou os nervos como sensitivos e motores, reconhecendo no crebro a sede

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    da inteligncia e o centro do sistema nervoso. Escreveu trs livros Sobre a Anatomia, que desapareceram. O seu contemporneo Erasstrato descobriu que as veias e artrias convergem tanto para o corao quanto para o fgado.

    O clima geral do Renascimento favoreceu o progresso dos estudos anatmicos. A descoberta de textos gregos sobre o assunto, e a influncia dos pensadores humanistas, levou a Igreja a ser mais condescendente com a dissecao de cadveres. Artistas como Michelangelo, Leonardo da Vinci e Rafael mostraram grande interesse sobre a estrutura do corpo humano. Leonardo dissecou, talvez, meia dzia de cadveres. O maior anatomista da poca foi o mdico flamengo Andr Vesalius, cujo nome real era Andreas Vesaliusum dos maiores contestatrios da obscurantista tradio de Galeno. Dissecou cadveres durante anos, em Pdua, e descreveu detalhadamente as suas descobertas.

    O seu De Humani Corporis Fabrica, publicado na Basileia em 1543, foi o primeiro texto anatmico baseado na observao directa do corpo humano e no no livro de Galeno. Este mtodo de pesquisa conferia-lhe muita autoridade e, no obstante as duras polmicas que necessitou de enfrentar, os seus ensinamentos suscitaram a ateno de mdicos, artistas e estudiosos. Entretanto, provavelmente as tcnicas de dissecao e preservao das peas anatmicas da poca no permitiam um processo mais detalhado e minucioso, incorrendo Vesalius em alguns erros, talvez pela necessidade de disseces mais rpidas. Entre os seus discpulos, continuadores da sua obra, esto Gabriele Fallopio, clebre pelos seus estudos sobre rgos genitais, tmpanos e msculos dos olhos, e Fabrizio dAcquapendente, que construiu o Teatro Anatmico, em Pdua (onde leccionou por cinquenta anos). A DAcquapendente deve-se, ainda, a exacta descrio das vlvulas das veias.

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    A partir de ento, o desenvolvimento da anatomia acelerou-se. Berengario da Carpi estudou o apndice e o timo, e Bartolomeu Eustquio os canais auditivos. A nova anatomia do Renascimento exigiu a reviso da cincia. O ingls William Harvey, educado em Pdua, combinou a tradio anatmica italiana com a cincia experimental que nascia na Inglaterra. O seu livro a respeito, publicado em 1628, trata de anatomia e fisiologia. Ao lado de problemas de dissecao e descrio de rgos isolados, estuda a mecnica da circulao do sangue, comparando o corpo humano a uma mquina hidrulica. O aperfeioamento do microscpio (por Leeuwenhoek) ajudou Marcello Malpighi a provar a teoria de Harvey, sobre a circulao do sangue, e tambm a descobrir a estrutura mais ntima de muitos rgos. Introduzia-se, assim, o estudo microscpico da anatomia. Gabriele Aselli punha em evidncia os vasos linfticos; Bernardino Genga falava, ento, em anatomia cirrgica.

    Recentemente, a anatomia tornou-se submicroscpica. A fisiologia, a bioqumica, a microscopia electrnica e positrnica, as tcnicas de difraco com raios X, aplicadas ao estudo das clulas, esto a descrever as suas estruturas ntimas ao nvel molecular.

    Hoje em dia h a possibilidade de estudar anatomia mesmo em pessoas vivas, atravs de tcnicas de imagem como a radiografia, a endoscopia, a angiografia, a tomografia axial computadorizada, a tomografia por emisso de positres, a imagem de ressonncia magntica nuclear, a ecografia, a termografia e outras.

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    ANATOMIA HUMANA

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    AAAANATOMIA HUMANANATOMIA HUMANANATOMIA HUMANANATOMIA HUMANA

    Anatomia humana um campo especial dentro da anatomia. Estuda as grandes estruturas e sistemas do corpo humano, deixando o estudo de tecidos para a histologia e das clulas para a citologia. O corpo humano, como no corpo de todos os animais, consiste em sistemas, que so formados por rgos, que so constitudos por tecidos, que por sua vez so formados por clulas.

    Certas profisses, especialmente a medicina e a fisioterapia, requerem um estudo aprofundado da anatomia humana. A anatomia humana pode ser dividida em duas principais subdisciplinas: anatomia humana regionalanatomia humana regionalanatomia humana regionalanatomia humana regional e anatomia humana sistemticaanatomia humana sistemticaanatomia humana sistemticaanatomia humana sistemtica normal normal normal normal (descritiva).

    GGGGRUPOS REGIONAISRUPOS REGIONAISRUPOS REGIONAISRUPOS REGIONAIS Os livros de anatomia humana geralmente dividem o corpo nos seguintes grupos regionais:

    Cabea e PescooCabea e PescooCabea e PescooCabea e Pescoo incluem tudo que est acima da abertura torcica superior Membro superiorMembro superiorMembro superiorMembro superior inclui a mo, antebrao, brao, ombro, axila, regio peitoral e

    regio escapular. Trax Trax Trax Trax a regio do peito compreendida entre a abertura torcica superior e o

    diafragma torcico AbdomenAbdomenAbdomenAbdomen CostasCostasCostasCostas a coluna vertebral e os seus componentes, as vrtebras e os discos

    intervertebrais Pelvis e PerneoPelvis e PerneoPelvis e PerneoPelvis e Perneo Membro inferiorMembro inferiorMembro inferiorMembro inferior geralmente tudo o que est abaixo do ligamento inguinal,

    incluindo a coxa, articulao do quadril, perna e p.

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    SSSSISTEMAS DO CORPO HUMANOISTEMAS DO CORPO HUMANOISTEMAS DO CORPO HUMANOISTEMAS DO CORPO HUMANO Sistema cardiovasculaSistema cardiovasculaSistema cardiovasculaSistema cardiovascularrrr: circulao do sangue (como corao e vasos sanguneos) Sistema digestivoSistema digestivoSistema digestivoSistema digestivo: processamento do alimento com a boca, estmago e intestinos Sistema endcrinoSistema endcrinoSistema endcrinoSistema endcrino: comunicao interna do corpo atravs de hormnios. Sistema imunolgicoSistema imunolgicoSistema imunolgicoSistema imunolgico: defesa do corpo contra os agentes patognicos. Sistema tegumentarSistema tegumentarSistema tegumentarSistema tegumentar: pele, cabelo e unhas. Sistema linfticoSistema linfticoSistema linfticoSistema linftico: estruturas envolvidas na transferncia de linfa entre tecidos e o fluxo

    sanguneo. Sistema muscularSistema muscularSistema muscularSistema muscular: proporciona o movimento ao corpo. Sistema nervosoSistema nervosoSistema nervosoSistema nervoso: colecta, transfere e processa a informao com o crebro e os

    nervos. Sistema reprodutorSistema reprodutorSistema reprodutorSistema reprodutor: os rgos sexuais. Sistema respiratrioSistema respiratrioSistema respiratrioSistema respiratrio: os rgos usados para inspirao e o pulmo. Sistema sseoSistema sseoSistema sseoSistema sseo: suporte estrutural e proteco atravs dos ossos. Sistema excretorSistema excretorSistema excretorSistema excretor: os rins e estruturas envolvidas na produo e excreo da urina.

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    CCCCARACTERSTICAS EXTERNASARACTERSTICAS EXTERNASARACTERSTICAS EXTERNASARACTERSTICAS EXTERNAS

    Nomes comuns de partes bem conhecidas do corpo humano, de cima para abaixo:

    Cabea - testa Olho Orelha Nariz Boca Lngua Dente Mandbula Face Bochecha Queixo

    Pescoo Garganta Pomo-de-ado Ombros

    Brao Cotovelo Pulso Mo Dedos da mo Polegar

    Coluna Peito Seio Costela

    Abdmen Umbigo rgo sexual (Pnis/Escroto ou Cltoris/Vagina) Reto nus

    Quadril Ndegas Coxa Joelho Perna Panturrilha Calcanhar Tornozelo P Dedos do p

    RGOS INTERNOSRGOS INTERNOSRGOS INTERNOSRGOS INTERNOS

    Nome comum de rgos internos, por ordem alfabtica:

    Apndice vermiforme Bao Bexiga Crebro Duodeno Estmago Corao Fgado Intestino delgado Intestino grosso Olho Ouvido Ovrio Pncreas Paratireides Pele Pituitria prstata Pulmo Rim Supra-renal Testculo Timo Tiride Veias Vescula biliar tero

    ANATOMIA DO CREBROANATOMIA DO CREBROANATOMIA DO CREBROANATOMIA DO CREBRO

    Amgdala Cerebelo Crtex cerebral Hipotlamo Sistema lmbico Bulbo raquidiano Hipfise (pituitria)

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    RGOS

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    APNDICEAPNDICEAPNDICEAPNDICE

    Localizado no incio do intestino grosso, no ceco; O ceco a primeira parte do intestino grosso situado no quadrante inferior direito, o apndice vermiforme (do latim vermis = em forma de verme) origina-se da face pstero - medial do ceco; inferior juno ileocecal. A posio do apndice pode ser varivel, mas normalmente retrocecal, medindo em mdia entre 6 e 10cm. Acredita-se que o apndice tinha funo devido a uma prpria mudana dos hbitos alimentares no decorrer da evoluo do homem.

    H no apndice uma poro distal e uma poro afilada que vai desembocar a nvel do ceco. Ocorrendo uma obstruo do apndice haver: Edema da parede, Aumento de secreo intraluminal (que no vai conseguir sair devido obstruo da luz do apndice). Haver uma secreo de estase, acompanhado de proliferao bacteriana, com aumento da compresso da parede podendo ocorrer necrose do apndice e perfurao.

    O apndice pode localizar-se na pelve na cavidade peritoneal at na cavidade sub heptica, o diagnstico ser muito relacionado proximidade do apndice com a parede peritoneal. Quanto mais longe o apndice estiver da parede peritoneal mais difcil ser o diagnstico de apendicite. O apndice pode ainda localizar-se em posio retro peritoneal (retrocecal), atrs do ceco, o que dificulta o diagnstico de apendicite, tambm.

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    ANANANANSSSS

    O nus a abertura existente na extremidade do tracto gastrointestinal por onde os materiais residuais (dejeces, fezes) abandonam o organismo. O recto a seco do tracto gastrointestinal acima do nus, onde as fezes so retidas antes de serem expulsas do organismo atravs do nus.

    O revestimento mucoso do recto composto por um tecido brilhante (duma cor laranja-torrada) que contm glndulas mucosas, muito semelhante ao revestimento mucoso do resto do intestino. O nus formado em parte pela pele e em parte pelo revestimento intestinal. A mucosa do recto relativamente insensvel dor, mas os nervos do nus e da pele adjacente so muito sensveis. As veias do nus drenam para a veia porta, que vai ao fgado, e para a grande circulao. Os vasos linfticos do recto drenam para o intestino grosso e os do nus para os gnglios linfticos da virilha.

    Um anel muscular (esfncter anal) mantm o nus fechado. Este controlado de forma inconsciente pelo sistema nervoso autnomo; no entanto, a sua poro inferior pode relaxar-se ou contrair-se voluntariamente.

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    BAOBAOBAOBAO

    O bao um rgo linfide situado no hipocndrio esquerdo, abaixo do diafragma, atrs do estmago. Pesa em mdia 200 g, e tem cor vermelha - escuro. Tem forma oval alongada e cabe na palma da mo, tem 12 cm de comprimento e 8 cm de largura. Devido ao seu tecido linfide, ou polpa branca, e ao seu tecido vascular, ou polpa vermelha, ele tem funo hematopotica at o ltimo ms da vida fetal e funo hemoltico - fisiolgica, que se torna s vezes patolgica. O bao influi na composio do sangue que irriga o nosso corpo e controla a quantidade desse lquido vital nas nossas veias e artrias. A actividade do bao est relacionada com o aparelho circulatrio. Est envolvido por uma cpsula fibrosa, que o divide em lbulos, por meio de tabiques - os septos conectivos -, que formam uma estrutura de sustentao, e nos quais existem fibras musculares lisas, responsveis pela contraco e pela distenso do rgo.

    No seu interior encontramos um material de consistncia mole, chamado polpa. Distingue-se a polpa branca e a polpa vermelha. A primeira formada por ndulos linfticos (Corpsculos de Malpighi - semelhantes aos gnglios linfticos). A segunda, constituda de glbulos vermelhos e brancos, relaciona-se ainda com as veias do nosso organismo; e a polpa branca, por sua vez, com as artrias.

    Quando o bao aumenta, est a acumular sangue como um "banco". Esse sangue traz glbulos vermelhos jovens e velhos, ou seja, uns podem fixar o oxignio que precisamos e outros no. Ento, o bao faz a sua seleco e retm alguns dos glbulos vermelhos velhos,

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    destruindo-os. A hemoglobina desse , posteriormente, transformada em bilirrubina, pigmento da bile, restando o ferro. O ferro outra vez utilizado pela medula ssea na formao de nova hemoglobina, preparando-se, por esse processo, o caminho para a produo de novos glbulos vermelhos. Estes s so produzidos no bao durante a fase embrionria, sendo depois formados na medula ssea. A funo de reter os glbulos vermelhos realizada por macrfagos existentes no bao, que englobam e destroem as hemcias velhas e parasitas (processo chamado de fagocitose), evitando assim, um grande nmero de doenas. O bao tambm produz glbulos brancos e regula o volume de sangue em circulao nas artrias e veias. No caso de sofrer um corte ou hemorragia, o bao bombeia imediatamente mais lquido para o aparelho circulatrio, restabelecendo aos poucos, o equilbrio.

    CCCCREBROREBROREBROREBRO

    O crebro (principal constituinte do encfalo) o principal rgo do sistema nervoso central e o centro de controlo de muitas actividades voluntrias e involuntrias do nosso corpo. Ele tambm responsvel pelas aces complexas como pensamento, memria, emoo e linguagem. No adulto este rgo pode ter cerca de 12 bilies de neurnios (clulas do sistema nervoso). O encfalo est protegido pela caixa craniana, por membranas finas chamadas meninges e pelo lquido cefalorraquidiano. Existem trs meninges: - A duramter, a camada mais externa, espessa, dura e fibrosa, e protege o tecido nervoso do ponto de vista mecnico. - A aracnoideia, a camada intermdia, mais fina, sendo responsvel pela produo do lquido cefalorraquidiano.

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    - A pia-mter, a camada mais interna, muito fina e a nica membrana vascularizada, sendo responsvel pela barreira sangue-crebro. Ao espao entre a membrana aracnoideia e a pia-mter d-se o nome de espao subacnoideu. Este constitudo por um fludo limpo, o fludo cefalorraquidiano, e por um conjunto de pequenas artrias que fornecem sangue superfcie exterior do crebro. PPPPodemodemodemodem----se distinguir vrias zonas principais no encfalo: se distinguir vrias zonas principais no encfalo: se distinguir vrias zonas principais no encfalo: se distinguir vrias zonas principais no encfalo: - O bolbo raquidianobolbo raquidianobolbo raquidianobolbo raquidiano o ponto de passagem dos nervos que ligam a medula ao crebro. Contm grupos de neurnios especializados no controlo de funes fisiolgicas vitais, como o ritmo cardaco, a respirao, a presso arterial, ou funes motoras bsicas como engolir. Esta regio tambm influencia o sono e a tosse. - O cerebelo cerebelo cerebelo cerebelo uma zona dorsal e desempenha um papel importante na manuteno do equilbrio e na coordenao da actividade motora. Esta regio recebe ordens do crebro sobre os msculos e ajusta-as para uma melhor actuao motora. - O encfalo mdio ou mesencfaloencfalo mdio ou mesencfaloencfalo mdio ou mesencfaloencfalo mdio ou mesencfalo a zona que processa informao sensorial (visual e auditiva). - O tlamotlamotlamotlamo a zona onde chegam a maior parte das fibras sensitivas e aqui as informaes sensoriais so retransmitidas para as respectivas reas do crtex cerebral. - O HipotlamoHipotlamoHipotlamoHipotlamo desempenha um papel fundamental na regulao da temperatura do corpo, da fome, da sede, do comportamento sexual, na circulao sangunea e no funcionamento do sistema endcrino (regulao hormonal). - O sistema lmbicosistema lmbicosistema lmbicosistema lmbico constitudo por: hipocampo, septo, amgdala e o bolbo olfactivo. Ele responsvel por emoes, motivao e comportamento agressivo. O crebro o centro da maioria das actividades conscientes e inteligentes e composto pelos hemisfrios cerebrais direito e esquerdo, unidos pelo corpo caloso. O hemisfrio esquerdo hemisfrio esquerdo hemisfrio esquerdo hemisfrio esquerdo responsvel pela linguagem verbalresponsvel pela linguagem verbalresponsvel pela linguagem verbalresponsvel pela linguagem verbal, pelo pensamento lgico e pelo clculo. O hemisfrio direito O hemisfrio direito O hemisfrio direito O hemisfrio direito controla a percepo das relaes espaciaiscontrola a percepo das relaes espaciaiscontrola a percepo das relaes espaciaiscontrola a percepo das relaes espaciais (distncias entre objectos), a formao de imagens e o pensamento lgico, entre outros. Em geral as funes motoras e sensitivas so cruzadas, ou seja, a metade direita do crebro controla a metade esquerda do corpo e vice-versa. Cada hemisfrio constitudo por uma camada de substncia branca e outra de substncia cinzenta ou crtex cerebral. A substncia cinzenta, que corresponde aos centros nervosos, tem um aspecto acinzentado devido aos corpos celulares dos neurnios que a constituem. So vrias as funes do crtex

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    cerebral, algumas simples, outras mais complexas. Estas ltimas envolvem processamento a alto nvel - crtex associativo. nesta substncia que esto os centros de cognio e personalidade e onde se organiza a coordenao dos movimentos complexos. A substncia branca, correspondente s vias nervosas, formada pelas caudas dos neurnios (axnios). Os axnios ligam as clulas entre si e tambm as ligam a outras partes do encfalo. Existem em cada hemisfrio quatro lobosExistem em cada hemisfrio quatro lobosExistem em cada hemisfrio quatro lobosExistem em cada hemisfrio quatro lobos:

    - Lobo temporalLobo temporalLobo temporalLobo temporal - cuja zona superior recebe e processa informao auditiva. As reas associativas deste lobo esto envolvidas no reconhecimento, identificao e nomeao dos objectos. - Lobo frontalLobo frontalLobo frontalLobo frontal - o crtex motor primrio, associado ao movimento de mos e da face. As funes associativas deste lobo esto relacionadas com o planeamento. - Lobo parietalLobo parietalLobo parietalLobo parietal - o crtex somato - sensorial primrio, recebe informao atravs do tlamo sobre o toque e a presso. A nvel associativo este lobo responsvel pela reaco a estmulos complexos. - Lobo occipitalLobo occipitalLobo occipitalLobo occipital - recebe e processa informao visual. As suas reas associativas esto relacionadas com a interpretao do mundo visual e do transporte da experincia visual para a fala.

    O oxignio e os nutrientes, necessrios para o funcionamento normal das clulas do crebro, chega-lhes atravs do sangue que circula em vasos sanguneos (artrias). O crebro recebe sangue por dois pares de artrias: Artrias cartidas, que se formam a partir das artrias do pescoo. Estas dividem-se em: artria cartida externa, que fornece sangue face e ao couro cabeludo; artria cartida interna, que fornece

    sangue parte da frente do crebro e do globo ocular. Artrias vertebrais, que se formam a partir das artrias do peito. Estas dividem-se e fornecem sangue parte de posterior do crebro, ao cerebelo e ao bolbo raquidiano.

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    CORAOCORAOCORAOCORAO

    O corao um rgo oco de paredes musculosas, situado no centro do trax, entre os dois pulmes e por trs do osso esterno, num espao denominado mediastino. Tem a forma de um cone irregular e encontra-se numa posio oblqua. A base est direccionada para cima e para a direita, enquanto que o vrtice aponta para baixo e para a esquerda. A face inferior est apoiada sobre o diafragma, msculo que separa a cavidade torcica da cavidade abdominal.

    O tamanho do corao corresponde aproximadamente ao da mo fechada da prpria pessoa - porm, pode variar segundo a idade, o sexo, as caractersticas fsicas e at os hbitos de vida de cada um, sendo um pouco maior nos homens, especialmente nos que tm uma constituio fsica forte e nos que praticam desporto, e mais pequeno nas mulheres, em particular nas que apresentam uma constituio mais fraca e nas que levam uma vida mais sedentria. Em mdia, o corao pesa cerca de 280 g nos homens e cerca de 230 g nas mulheres.

    No interior do corao existem dois septos de tecido muscular e membranoso, um vertical e um horizontal, os quais determinam quatro compartimentos cardacos diferentes. O septo vertical atravessa o corao desde a sua base at cima e divide-o em duas metades, a direita e a esquerda, normalmente incomunicveis entre si. O septo horizontal, por seu lado, separa as duas cavidades superiores, denominadas aurculas, dos compartimentos inferiores, designados ventrculos, mas apresenta orifcios que permitem a comunicao das aurculas com o ventrculo do seu lado.

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    AurculasAurculasAurculasAurculas. As duas aurculas ocupam apenas uma pequena poro do corao e esto situadas na parte superior do rgo. Esto separadas entre si pelo septo vertical, designado de septo interauricular, e dos respectivos ventrculos pelo septo horizontal, denominado septo auriculoventricular. A sua misso acolher o sangue que lhes chega atravs das veias, desde os pulmes e restante organismo, para imediatamente impulsion-lo para os respectivos ventrculos. A aurcula direita apresenta dois orifcios por onde entram a veia cava superior e a veia cava inferior, que conduzem o sangue pobre em oxignio, proveniente de todo o organismo, para o corao. A parte inferior comunica com o ventrculo direito atravs de um orifcio composto por uma vlvula que apenas deixa passar o sangue em direco ao ventrculo. A aurcula esquerda apresenta quatro pequenos orifcios, por onde entram as quatro veias pulmonares que trazem para o corao o sangue j oxigenado nos pulmes. A parte inferior comunica com o ventrculo esquerdo atravs de um orifcio igualmente composto por uma vlvula unidireccional. VentrculosVentrculosVentrculosVentrculos. Os dois ventrculos constituem grande parte do corao e esto situados na parte inferior do rgo, separados entre si pelo septo vertical, que aqui se designa septo interventricular. A sua misso receber o sangue das respectivas aurculas, de modo a impulsion-lo imediatamente para as artrias que o levaro at aos pulmes e a todo o organismo. Cada um dos ventrculos est separado da aurcula do seu lado pelo septo horizontal, comunicando entre si pela correspondente vlvula. O ventrculo direito apresenta um orifcio de sada que comunica com a artria pulmonar, a qual pouco depois de abandonar o corao se divide em duas ramificaes, encarregues de transportar o sangue pobre em oxignio at aos dois pulmes para que se abastea deste precioso gs. O ventrculo esquerdo, o maior e com paredes mais musculosas, apresenta um orifcio de sada que comunica com a artria aorta, na qual entra o sangue previamente oxigenado nos pulmes para, ento, ser levado a todo o organismo. O sangue circula pelo interior do corao num nico sentido, ou seja, desde cada aurcula at ao respectivo ventrculo e da at artria correspondente, quer seja a pulmonar, no lado direito, ou a aorta, no esquerdo. Esta circulao unidireccional, indispensvel para o bom funcionamento cardaco, garantida por um sistema de vlvulas que permite a passagem do sangue de um sector para o outro, impedindo ao mesmo tempo o seu refluxo. Ao contrrio do resto dos msculos estriados do corpo, pertencentes ao aparelho locomotor, a actividade do tecido miocrdico no controlada pela vontade, pois os estmulos elctricos responsveis pelo funcionamento do msculo cardaco geram-se espontnea e ritmicamente

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    em algumas das suas prprias fibras, propagando-se aos restantes de maneira a garantir a contraco e a dilatao sequencial dos diferentes compartimentos. O sistema nervoso, embora possa acelerar ou reduzir a actividade cardaca, devido sua influncia, no pode desencade-la, pois o corao um rgo funcionalmente autnomo. DIAFRAGMADIAFRAGMADIAFRAGMADIAFRAGMA

    O diafragma um msculo plano e em forma de abbada, que separa a cavidade torcica da abdominal. A sua parte saliente dirige-se para cima at cavidade torcica e a parte cncava para baixo, ou seja, para a cavidade abdominal. No que se refere s suas ligaes, preciso destacar que o msculo est firmemente inserido nas ltimas vrtebras do segmento dorsal da coluna e nas vrtebras do segmento lombar, nas costelas inferiores e na extremidade inferior do esterno. Os tendes atravs dos quais o diafragma se une s vrtebras, denominados pilares internos, so duas estruturas particularmente grossas e resistentes.

    O diafragma possui orifcios especiais que permitem a passagem dos diversos elementos anatmicos da cavidade torcica para a cavidade abdominal: o hiato esofgico, por onde o esfago penetra no abdmen para chegar ao estmago, e os orifcios atravessados pela artria aorta e a artria cava. A parte central do diafragma, ou centro frnico, formada por um tecido tendinoso duro e resistente. De facto, quando o potente msculo diafragmtico se contrai e fica plano, o centro frnico exerce traco para baixo para que a cavidade torcica se dilate.

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    ESFAGOESFAGOESFAGOESFAGO

    O esfago um rgo tubular com cerca de 25 cm de comprimento e com um dimetro de aproximadamente 2 cm. Constitudo por paredes musculosas e revestido no seu interior por uma delicada membrana mucosa, divide-se em trs partes: A parte cervical, com cerca de 3 a 4 cm, atravessa o pescoo por trs da laringe e da traqueia. A parte torcica, com cerca de 18 cm, cruza o peito por trs do corao e em frente coluna vertebral. A parte abdominal, com cerca de 2 a 3 cm, atravessa o diafragma atravs de um orifcio denominado hiato esofgico, pelo qual entra no abdmen, acabando no estmago. A potente musculatura do esfago, formada por estruturas dispostas no sentido longitudinal e tambm circular, apresenta algumas particularidades. No tero superior, conta com fibras musculares voluntrias, o que permite que a primeira parte da deglutio seja, at certo ponto, consciente, enquanto que no resto do rgo os msculos so involuntrios e encarregam- se de fazer progredir os alimentos com os seus automticos movimentos ondulantes. Alm disso, existem duas formaes musculares cilndricas que actuam como uma vlvula, capazes de manter aberta ou fechada a entrada do canal: no incio, o esfncter esofgico superior e, na parte final (na passagem para o estmago), o esfncter esofgico inferior.

    ESTMAGOESTMAGOESTMAGOESTMAGO

    O estmago situa-se na parte superior esquerda da cavidade abdominal, por baixo do diafragma. um rgo oco, em forma de anzol ou de J, cujas dimenses variam consoante o seu estado: cerca de 18 cm de comprimento e 7 cm de largura, se estiver vazio, e cerca de 27 a 30 cm de comprimento e 12 a 14 cm de largura, se estiver cheio. Quando est cheio, o rgo capaz de albergar cerca de 1,5 1 de contedo.

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    No estmago, possvel distinguir vrias partes anatmicas. A parte superior formada por uma espcie de canal que comunica com o esfago, a crdia, e uma poro em forma de abbada que habitualmente contm gases, o fundo. A parte mais volumosa, o corpo, dispe-se verticalmente, enquanto que a parte inferior, o antro, se dispe horizontalmente, acabando num canal denominado piloro (esfncter ou vlvula que comunica com o duodeno). As paredes so musculosas e contam com diferentes capas de fibras, dispostas no sentido oblquo, circular e longitudinal. A superfcie interna revestida por uma mucosa gstrica, composta por pregas de 1 a 2 mm de altura e um pouco mais de largura, com glndulas compostas por clulas que segregam diversas substncias. As clulas superficiais, que cobrem praticamente toda a mucosa gstrica, elaboram muco e bicarbonato de sdio, enquanto que as denominadas clulas parietais segregam cido clordrico e as designadas clulas principais

    FARINGEFARINGEFARINGEFARINGE

    A faringe constitui um cruzamento natural das vias respiratrias e digestiva, estando assim particularmente exposta a inmeros agentes contaminantes e microbianos suspensor no ar aspirado ou ingeridos com os alimentos. Este facto, e tendo em conta a frequncia dos hbitos tabgicos e alcolicos, permite explicar por que razo as doenas da faringe so extremamente comuns, tanto na infncia como nas restantes fases da vida. Felizmente, as doenas mais comuns, como a amigdalite e a faringite agudas, so normalmente banais, pois tendem a extinguir-se ao fim de poucos dias sem provocar grandes problemas. Todavia, sem o tratamento adequado, estas doenas podem tornar-se crnicas ou originar vrios tipos de complicaes. Por outro lado, felizmente tambm com pouca frequncia, a faringe pode ser alvo de doenas graves, como os tumores malignos, ou ser comprometida por doenas que afectam o conjunto do organismo, como ocorre na diabetes ou em algumas doenas infecciosas, como o sarampo ou a tuberculose.

    Nunca demais salientar que, perante a existncia de sinais e sintomas que evidenciem uma patologia farngea, descriminadas neste captulo, deve-se consultar imediatamente um mdico.

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    FIGADOFIGADOFIGADOFIGADO

    a vscera mais volumosa do corpo humano, com um peso aproximado de 1 500 g no adulto. Est situado na parte superior direita da cavidade abdominal, por baixo do diafragma e protegido pelas ltimas costelas. De uma cor vermelha escura, consistncia mole e superfcie lisa, est envolto por uma fina membrana fibrosa, denominada cpsula de Glisson, e pelo peritoneu. Embora seja um rgo compacto, podem-se distinguir no fgado diversas partes ou lbulos. O maior o lbulo direito, separado do lbulo esquerdo por uma prega do peritoneu denominada ligamento falciforme; na parte inferior, verificam-se outros dois mais pequenos: o lbulo caudado e o lbulo quadrado. Pela parte inferior do fgado, atravs de um sulco denominado hilo heptico, penetram no rgo dois grandes vasos: a artria heptica e a veia porta, que transporta o sangue vindo do tubo digestivo e do bao. Estes vasos ramificam-se repetidamente no interior do fgado, formando uma rede extremamente complexa de capilares sanguneos, que entram em contacto com cada uma das clulas hepticas, com as quais mantm um abundante intercmbio de substncias para, finalmente, confluir e constituir as veias supra-hepticas - estas emergem na parte superior do rgo e trazem o sangue vindo do fgado para a veia cava inferior. O tecido heptico tem uma complexa estrutura que lhe permite desenvolver as suas variadas funes. Por um lado, preciso que as clulas especializadas do rgo, os hepatcitos, estejam em contacto ntimo com as ramificaes da veia porta e da artria heptica, uma vez que delas que obtm as substncias nutritivas e restantes elementos de que se encarregam de tratar; por outro lado, necessrio que estejam em contacto tambm com canais pelos quais possam trazer a sua secreo, a blis.

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    Assim, o fgado pode subdividir-se em mltiplos e pequenos lbulos hepticos, por sua vez compostos por unidades funcionais denominadas cinos hepticos. Em cada uma destas formaes existe um espao central, denominado fissura porta, cujas paredes so formadas pelos hepatcitos e por onde passa uma ramificao da veia porta, outra da artria heptica e um pequeno canal biliar. As ramificaes da veia porta e da artria heptica fundem-se e constituem as sinusides, espcie de lagos de sangue rodeados de hepatcitos, que se estendem at ao centro do pequeno lbulo para chegarem a uma pequena veia, denominada veia centrolobular, que se vai unindo com as que vm de outros pequenos lbulos para formar as veias supra-hepticas. Entre as trabculas de hepatcitos encontram-se delgadssimos canalculos que recolhem a secreo biliar. Os mltiplos canalculos convergem para formar os pequenos canais biliares que, por sua vez, se vo unir entre si at constituir canais maiores por onde o fgado, no seu todo, extrai a blis. Alm da produo da blis, o fgado desempenha outras funes importantes, entre as quais: Metabolizao dos hidratos de carbono, protenas e lpidos absorvidos no tubo digestivo, uma passagem indispensvel para o aproveitamento orgnico dos nutrientes. Armazenamento dos hidratos de carbono (em forma de glicognio), minerais (nomeadamente o ferro) e vitaminas. Depurao de inmeros elementos transportados pelo sangue, como resduos, hormonas, medicamentos e drogas, cuja acumulao no organismo se torna txica. Sntese de inmeras substncias, em especial protenas (albumina, factores plasmticos da coagulao, etc.) e vitaminas (complexo vitamnico B, vitamina K).

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    INTESTINO DELGADOINTESTINO DELGADOINTESTINO DELGADOINTESTINO DELGADO

    O intestino delgado o sector do tubo digestivo onde concluda a decomposio dos alimentos nos seus componentes bsicos e onde efectuada a assimilao dos nutrientes. Por outras palavras, o principal local de absoro de todo o processo digestivo. Provenientes do estmago, os alimentos chegam ao intestino delgado j triturados, sob a forma de uma papa semilquida. Pouco a pouco, e graas aos movimentos das paredes do intestino, vo percorrendo este largo tubo e, ao mesmo tempo, vo experimentando uma srie de alteraes fsicas e qumicas. Os sucos produzidos pelo prprio intestino e os que chegam at ao seu interior provenientes das vias biliares e do pncreas actuam sobre os produtos alimentcios, dividindo-os nas suas unidades bsicas - os nutrientes. Uma vez concludo este passo, as substncias nutritivas apresentam dimenses to reduzidas que podem ser absorvidas pelo organismo: penetram nas paredes do intestino e alcanam, assim, os vasos sanguneos para passarem corrente sangunea. S seguem o percurso pelo tubo digestivo, atravs do intestino grosso, os resduos e os restos de alimentos que no foram digeridos. desta forma que no intestino delgado ocorre a principal parte do processo de digesto. Por conseguinte, lgico que as doenas localizadas neste sector, alm de provocarem uma srie de manifestaes tpicas (como a dor abdominal, os vmitos, as diarreias...), provoquem tambm um transtorno na nutrio que ter repercusses em todo o organismo. No seu interior, o alimento submetido a um complexo processo qumico, onde as diversas enzimas, produzidas nas prprias paredes intestinais, mas fundamentalmente procedentes do fgado e do pncreas, actuam sobre os diferentes tipos de nutrientes (hidratos de carbono, gorduras e protenas) para dividi-los e decomp-los nos seus elementos bsicos. Seguidamente, estas partculas elementares, de dimenses reduzidas, so assimiladas, ou seja, absorvidas nas paredes intestinais, atravessando literalmente as clulas da capa mucosa e passando para os

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    pequenos vasos sanguneos e linfticos presentes na capa submucosa, de modo a serem distribudos por todo o organismo atravs da circulao. INTESTINO GROSSOINTESTINO GROSSOINTESTINO GROSSOINTESTINO GROSSO A comida ingerida, j em forma de bolo alimentar, aps ter sido mastigada na boca, passa pelo esfago at ao estmago, onde triturada at se converter numa massa semilquida para poder ser evacuada para o intestino delgado, um longo canal que representa a sede do processo digestivo e ao qual chegam, provenientes do fgado e do pncreas, secrees ricas em enzimas que decompem os alimentos, de modo a tornar possvel a sua assimilao. Apenas os resduos passam pelo intestino grosso, onde so armazenados e submetidos aco de uma abundante flora bacteriana, sendo dissecados momentaneamente, graas grande capacidade de absoro de gua das paredes do canal. Assim se vai formando a matria fecal. primeira vista, parece que a funo do intestino grosso secundria: acolher detritos, ret-los durante um determinado perodo de tempo e, depois, expuls-los para o exterior. Contudo, no bem assim, pois o intestino grosso desempenha uma intensa actividade, fundamental para a sade - entre outras coisas, aqui que se obtm algumas vitaminas indispensveis, absorvido um valioso lquido que serve de veculo para o processo digestivo, mas que o organismo deve recuperar para outras funes, e onde se excretam produtos cuja acumulao no corpo se torna inoportuna ou txica, devendo ser eliminados. A importncia do que ocorre no intestino grosso evidencia-se quando se verifica um problema na sua actividade: caso os resduos sejam eliminados precocemente (diarreia), pode levar perda de uma grande quantidade de lquidos que, em alguns casos, pode provocar desidratao; pelo contrrio, caso levem muito tempo a ser eliminados, como ocorre em caso de obstipao, surgem patologias consequentes reteno de elementos que causam um mal-estar geral.

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    LARINGELARINGELARINGELARINGE

    A laringe tem a forma de um cone incompleto e apresenta dimenses variveis, pois aumenta de tamanho durante a puberdade, sobretudo nos rapazes. No adulto, alcana um comprimento de 3,5 a 4,5 cm, um dimetro transversal de cerca de 4 cm e um dimetro anteroposterior de sensivelmente 2,5 a 3,5 cm. um rgo oco, cuja estrutura constituda por cinco cartilagens articuladas entre si, fixas no seu stio por vrios msculos e ligamentos. Nesse sentido, destaca-se uma membrana que se mantm unida na parte superior da laringe ao hilide, um osso em forma de ferradura situado na parte anterior do pescoo. A laringe um canal que se situa na parte mdia e anterior do pescoo, estando ligado na parte de trs a faringe e na parte de baixo a traqueia. 0 ar inspirado pelo nariz ou pela boca atravessa a laringe ao longo do seu percurso para os pulmes e o mesmo processo acontece durante a expirao com o ar proveniente dos pulmes no seu caminho para o exterior. A respirao s efectuada com normalidade, se o rgo estiver a funcionar na sua perfeita normalidade e no oferecer qualquer tipo de resistncia a passagem do ar. Todavia, a laringe tem outra misso igualmente importante, pois nela que so produzidos os sons que caracterizam a voz. E no seu interior que se encontram as cordas vocais, um par de bandas fibrosas que, quando esto tensas, vibram perante a passagem da corrente de ar proveniente dos pulmes, emitindo sons que posteriormente sero modulados pela boca e seios perinasais.

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    LINGUALINGUALINGUALINGUA

    A lngua apresenta uma forma larga e cnica, sendo mais achatada na ponta: parte da parte posterior do pavimento bucal e estende-se, longitudinalmente, cavidade bucal. A raiz, a que correspondem 2/3 posteriores, o sector mais amplo, permanecendo fixa, enquanto que o corpo, sector que pode ser apreciado vista desarmada, mais estreito e mvel. Na sua descrio, podem-se diferenciar vrias zonas: o dorso ou parte superior, onde se encontra o sulco mdio, a parte inferior, as bordas e a ponta. A espessura da lngua formada por diversos msculos, que fixam o rgo aos ossos e s cartilagens adjacentes sua base, proporcionando-lhe a sua extraordinria capacidade de movimento em todas as direces. A superfcie est coberta pela mucosa lingual, rica em vasos sanguneos e terminaes nervosas. Para alm disso, sobre o dorso, encontram-se milhares de pequenas estruturas especializadas na percepo do gosto, as papilas gustativas, das quais existem inmeros tipos, de acordo com o seu maior ou menor grau de reaco aos diferentes sabores. Por ltimo, na parte posterior encontra-se a amgdala lingual, composta por numerosos folculos linfticos, pertencentes ao sistema imunitrio.

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    OLHOOLHOOLHOOLHO

    O olho, igualmente denominado globo ocular, um rgo duplo e simtrico, j que o ser humano apresenta na sua constituio dois olhos, localizados em cavidades sseas da parte anterior do crnio, denominadas rbitas. O globo ocular tem uma forma esfrica, mas algo aplanada no sentido vertical, com um dimetro que nos adultos pode chegar aos 24,5 mm. formado por trs camadas concntricas e composto por uma srie de estruturas que controlam a passagem dos raios luminosos provenientes do exterior, com vista a project-los sobre uma membrana sensvel aos estmulos luminosos, onde so formadas as imagens posteriormente elaboradas pelo crebro. A camada externa do olhocamada externa do olhocamada externa do olhocamada externa do olho constituda por duas estruturas: a esclerticaesclerticaesclerticaesclertica e a crnea. A esclertica uma tnica resistente e opaca, formada por tecido conjuntivo, que constitui a maioria do revestimento externo do olho, embora apenas seja perceptvel na parte anterior, onde possvel apreciar a sua tpica cor branca - o popular "branco do olho". A esclertica serve de base para uma srie de pequenos msculos que proporcionam ao olho a sua tpica mobilidade, permitindo que se desvie nas diferentes direces de maneira coordenada com o outro globo ocular. Na parte anterior, como se fosse uma "janela" do olho, encontra-se a crneacrneacrneacrnea, um disco transparente com a forma de uma abbada adjacente esclertica ao longo de toda a sua periferia (limbo esclerocorneano) como se fosse o vidro de um relgio, atravs da qual os raios luminosos podem penetrar no interior do globo ocular. A camada mdia do olhocamada mdia do olhocamada mdia do olhocamada mdia do olho corresponde veaveaveavea, a camada vascular do olho, responsvel pela nutrio dos restantes componentes do globo ocular e formada por vrias estruturas: ris, corpo ciliar e corideo. A risrisrisris um disco situado poucos milmetros atrs da crnea, maioritariamente composto por fibras musculares e constitudo por uma quantidade varivel de pigmentos, dos quais depende a cor evidenciada para o exterior, condicionada por factores genticos e variveis de pessoa para pessoa. No centro da ris existe uma abertura circular, a pupila,pupila,pupila,pupila,

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    perceptvel desde o exterior como um ponto de cor negra, cujo grau de contraco ou dilatao, alterado pela aco das fibras musculares do disco, regula a passagem dos raios luminosos at ao fundo do olho. volta da ris, possvel encontrar o corpo ciliarcorpo ciliarcorpo ciliarcorpo ciliar, uma estrutura igualmente constituda por abundantes fibras musculares que formam o msculo ciliar, ligada ao cristalino atravs de um ligamento, cuja contraco altera a curvatura da lente, de modo a possibilitar a incidncia dos raios luminosos sobre a retina. O corpo ciliar igualmente constitudo por formaes vasculares encarregues da secreo do humor aquoso, o lquido que ocupa a parte anterior do olho. O corideo a poro mais extensa da vea, j que se estende desde o corpo ciliar ao longo de toda a poro posterior do globo ocular, entre a esclertica e a retina, sendo composto por abundantes vasos sanguneos e tendo como principal funo nutrir as estruturas sem irrigao prpria, nomeadamente os elementos sensoriais da retina. A camada interna do olhocamada interna do olhocamada interna do olhocamada interna do olho corresponde retinaretinaretinaretina, a membrana sensvel sobre a qual so projectados os raios luminosos, formada por vrias camadas de clulas que originam duas unidades: a retina pigmentar ou sensorial, onde se encontram os fotorreceptores, e a retina neural, constituda por clulas de sustentao e por outras, cujos prolongamentos formam o nervo ptico. possvel distinguir dois tipos de fotorreceptores , as clulas responsveis pela transformao dos estmulos luminosos em impulsos nervosos: os conesconesconescones, que reagem em ambientes bem iluminados, sendo sensveis s cores, e os bastonetesbastonetesbastonetesbastonetes, que reagem em ambientes pouco iluminados, proporcionando uma viso a preto e branco. O contedo do olhocontedo do olhocontedo do olhocontedo do olho apresenta vrios elementos: o cristalinocristalinocristalinocristalino, o humor aquoso e o humor vtreo. O cristalino uma estrutura fundamental para garantir uma viso correcta, j que actua como uma lente que possibilita a incidncia dos raios luminosos sobre a retina. O cristalino um disco transparente biconvexo, com elevado contedo aquoso situado por trs da ris, graas a um ligamento que o une ao msculo ciliar, cujo grau de contraco altera a forma da lente e, consequentemente, a sua curvatura, adaptando a sua capacidade de incidncia. frente do cristalino, os espaos situados entre a lente e a ris (cmara posterior) e o localizado entre esta e a crnea (cmara anterior) so ocupados pelo humor aquosohumor aquosohumor aquosohumor aquoso, um lquido transparente produzido pelo corpo ciliar, que circula de um espao para o outro, atravessando a pupila. Por trs do cristalino, entre a superfcie posterior da lente e a retina, existe um espao ocupado pelo humor vtreohumor vtreohumor vtreohumor vtreo, uma massa gelatinosa transparente que garante ao olho a sua forma globular, atravessado no seu centro por um fino canal designado canal hioideucanal hioideucanal hioideucanal hioideu.

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    OUVIDOOUVIDOOUVIDOOUVIDO

    O ouvido externo constitudo pelo pavilho auricular e pelo canal auditivo externo. O pavilho pavilho pavilho pavilho auricularauricularauricularauricular, a orelhaorelhaorelhaorelha, uma estrutura de tecido cartilagneo e coberta de pele com uma forma oval e um tamanho de cerca de 6 cm de comprimento e 3 cm de largura. Encontra-se totalmente no exterior da cabea e a sua base est inserida nos tecidos moles que cobrem o crnio. O pavilho auricular apresenta uma srie de pregas e relevos caractersticos, cuja funo concentrar e enviar as ondas sonoras para o canal auditivo externocanal auditivo externocanal auditivo externocanal auditivo externo, estrutura tubular ligeiramente sinuosa, de cerca de 2-3 cm de comprimento e 7 mm de dimetro, que liga a parte central da orelha ao tmpano, a membrana que separa o ouvido externo do ouvido mdio. Alguns dos principais problemas deste rgo, que so vrios, de diferente natureza e tambm de diferente gravidade: alguns so incmodos, comportando determinados riscos, enquanto que outros, mesmo originando sinais e sintomas pouco intensos, comportam um maior perigo e so capazes de provocar uma perda de audio. Exemplos de problemas incmodos, mas na realidade banais, so a otite externa e o tampo de cermen: as suas manifestaes podem ser incmodas e, por vezes, alarmantes, mas correspondem a problemas pouco graves que, com a teraputica adequada, costumam resolver-se sem dificuldade. Mais problemticas so determinadas perturbaes, como a perfurao do tmpano e a otite mdia, nas suas diferentes formas, pois se no forem tratadas adequadamente podem dar origem a complicaes srias ou mesmo ter como sequela uma perda significativa da audio. A surdez tambm uma consequncia irremedivel do problema conhecido como otosclerose, que felizmente, hoje em dia, se pode solucionar atravs de uma simples interveno cirrgica. Alguns acidentes, como os barotraumatismos e a introduo de corpos estranhos no ouvido, tambm se podem tornar alarmantes e gerar sequelas significativas - por isso, convm saber como preveni-los e como agir se acontecerem.

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    OVRIOOVRIOOVRIOOVRIO

    Os ovrios so dois rgos glandulares em forma de amndoa, com cerca de 3 a 4 cm de comprimento e perto de 2 cm de largura na mulher adulta, localizados simetricamente na parte inferior da cavidade plvica em ambos os lados do tero e cada um debaixo da correspondente trompa de Falpio, seguros nessa posio por vrios ligamentos. Por outro lado, os ovrios correspondem s gnadas femininas, j que neles que as clulas hormonais reprodutoras e as hormonas sexuais femininas so produzidas. Cada ovrio constitudo por duas zonas: uma perifrica, designada crtex, onde se encontram as clulas reprodutoras e outra central, a medula, formada essencialmente por tecido conjuntivo e onde se encontram os vasos sanguneos que irrigam o rgo. A superfcie externa do crtex encontra-se revestida por uma camada denominada epitlio germinativo, sob a qual existe uma fina membrana fibrosa de cor esbranquiada denominada tnica albugnea. Por baixo desta camada encontra-se o estroma, formado por abundantes clulas e fibras conjuntivas, o qual apresenta na sua espessura as principais estruturas do rgo: os folculos ovricos, de diferente tamanho, contedo e denominao, mediante o grau de amadurecimento. No momento do nascimento, os ovrios so constitudos por cerca de 400 000 folculos primrios, de tamanho reduzido, cada um deles composto por um ovcito primrio, que constitui a clula germinal feminina imatura, rodeado por uma camada de clulas foliculares. A partir da puberdade, a influncia das hormonas gonadotrofinas hipofisrias provoca um constante processo de amadurecimento de alguns folculos, que ser detalhadamente explicado na fisiologia do aparelho genital feminino.

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    NARIZNARIZNARIZNARIZ

    Situado no centro da cara, o nariz constitui uma protuberncia que nasce entre os olhos e termina no lbio superior, por cima da boca. Exteriormente, tem a forma de uma pirmide de base triangular, com dimenses e aspecto muito variveis, sendo muito maior do que aparenta, pois no seu interior existem duas amplas cavidades, as fossas nasais, por onde circula o ar em direco aos pulmes.Pirmide nasal. a poro visvel e nela possvel distinguir vrias partes: o dorso, que tem origem entre as sobrancelhas e se estende at a ponta do nariz, podendo ser recto, mergulhante ou proeminente; as faces laterais ou asas nasais, revestidas por uma pele grossa rica em glndulas sebceas; e a base, de forma triangular, onde se abrem os orifcios exteriores das fossas nasais.A armao da pirmide nasal composta por um resistente tecido sseo na parte superior e por um flexvel tecido cartilaginoso nos lados e na parte inferior. A raiz formada pelos ossos nasais (ou prprios do nariz), unidos em cima ao osso frontal e nos lados ao osso maxilar superior. Por seu lado, as faces laterais e o extremo inferior esto constitudos por cartilagens: um par de cartilagens nasais superiores, de forma triangular, e um par de cartilagens nasais inferiores ou asas, que do forma a ponta do nariz.Fossas nasais. So duas amplas cavidades que comunicam com o exterior pelos orifcios nasais, estando situadas sobre uma base constituda pelo osso maxilar e pelos ossos palatinos, que as separam da cavidade bucal, comunicando na sua parte posterior com a faringe atravs de orifcios denominados coanos.Ambas as fossas nasais esto separadas entre si por uma parede muito especial, o septo nasal, igualmente composto por cartilagens e ossos: a parte anterior corresponde a uma cartilagem denominada quadrangular ou septal, enquanto que a parte posterior formada pela lmina perpendicular ao osso etmide e pelo osso vmer.A parte superior de cada uma das fossas nasais constituda pela face interior do osso prprio do nariz e pelos ossos frontal, etmide e esfenide, que a separam da cavidade craniana.A parede exterior, mais complexa, formada pelo osso maxilar superior, o osso

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    etmide e determinadas protuberncias sseas especficas, denominadas cornetos, com a forma de uma lmina enrolada em espiral. Existem trs cornetos - o superior, o mdio e o inferior, entre os quais esto constitudos canais, os meatos, onde desaguam os seios perinasais.Todo o interior das fossas nasais encontra-se revestido por uma mucosa muito especial, denominada pituitria, a qual vascularizada e composta por inmeras glndulas especializadas na produo de muco e de clulas constitudas por reduzidos altos vibrteis. Existem ainda dois sectores especiais, um na parte superior e outro na parte anterior. No tecto das fossas nasais, existe um sector com inmeros receptores nervosos sensveis aos odores, a denominada placa olfactiva, que constitui um verdadeiro rgo do olfacto. Por sua vez, a entrada das cavidades, nos denominados vestbulos nasais, encontra-se revestida na sua poro inferior por epiderme, sendo igualmente composta por caractersticos plos visveis a partir do exterior, denominados vibrissas. Alm de purificar o sangue, o nariz desempenha duas outras funes importantes. Por um lado, a sede do olfacto, o sentido que nos proporciona prazer ao possibilitar-nos a percepo de aromas e fragrncias agradveis e nos alerta na deteco de odores suspeitos. Por outro lado, actua como caixa de ressonncia quando falamos, como evidente na caracterstica "voz nasal" aps um resfriado, surgindo quando o nariz est obstrudo. PNCREASPNCREASPNCREASPNCREAS

    um rgo relativamente comprido e de forma cnica, com cerca de 12-18 cm de comprimento e um peso de 65-80 g, situado transversalmente na parte superior da cavidade abdominal. Possui uma cor amarelada e a sua superfcie apresenta um aspecto nodular caracterstico, o

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    qual reflecte a sua estrutura glandular. O pncreas uma glndula com uma dupla actividade, no s do ponto de vista funcional, mas tambm do ponto de vista estrutural. um rgo com duas funes diferenciadas: uma digestiva e outra hormonal ou endcrina. O pncreas digestivo. No interior do rgo, ao longo de toda a sua espessura, encontram-se milhes de pequenssimas estruturas glandulares constitudas por uma nica camada de clulas situadas em redor de um ncleo central. Estas glndulas minsculas, denominadas de cinos pancreticos, esto separadas por finas paredes de tecido conjuntivo e tm a forma de pequenos sacos. As suas clulas, com uma intensa actividade metablica, elaboram secrees que se arrastam para o ncleo central. Cada cino pancretico est ligado directamente a um pequeno canalculo, o qual recebe, por sua vez, secrees de muitos outros cinos vizinhos. Da complexa rede de canais formada, destaca-se um, para o qual se dirigem praticamente todos os outros canais menores - o canal pancretico principal ou canal de Wirsung. Este atravessa todo o pncreas, desde a cauda at a cabea, com um dimetro crescente at alcanar a parede do duodeno, onde se concentra a secreo pancretica. O fim deste canal coincide com o do coldoco. Os dois canais, nomeadamente o pancretico principal e o coldoco, atravessam juntos a parede do duodeno e chegam at um orifcio situado a meio de uma pequena proeminncia da superfcie interna, denominada de ampola de Vater ou papila maior do duodeno. Outro dos canais, o canal pancretico secundrio ou canal de Santorini, recolhe as secrees de parte da cabea do pncreas e termina autonomamente no duodeno, por vezes na ampola de Vater e outras vezes numa abertura especfica denominada papila menor do duodeno. O pncreas endcrino. Distribudos ao longo de toda a espessura do pncreas, principalmente na cauda e rodeados por cinos pancreticos, encontram-se pequenos acmulos ou ninhos de clulas, mais de um milho no total, denominados ilhus de Langerhans. Nestes ilhus pancreticos existem diferentes tipos de clulas, tambm elas secretoras, no das substncias que intervm directamente na digesto dos alimentos, mas sim de substncias hormonais. As mais conhecidas so as clulas beta, que produzem a hormona insulina , e as clulas alfa, que produzem a hormona glucagon. Estas duas hormonas regulam os hidratos de carbono no metabolismo.

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    PELEPELEPELEPELE

    Para alm de revestir o corpo humano, a pele, o rgo de maior dimenso e volume do nosso corpo, desempenha vrias actividades muito importantes, pois constitui, por um lado, a barreira protectora do organismo, j que impede a entrada de agentes nocivos para o seu interior e, por outro lado, tambm participa no controlo da temperatura corporal e do meio interno. Para alm disso, regista inmeras sensaes que nos permitem conhecer detalhes dos objectos e do que nos rodeia e constitui a nossa ''montra", ou seja, a primeira coisa que os outros vem ao olharem para ns, o que justifica o facto de nos preocuparmos tanto com o aspecto da nossa tez, atravs do recurso a cosmticos. No fundo, como o rgo mais externo, qualquer anomalia ao nvel da pele na maioria das vezes reflexo de problemas no interior do nosso organismo. Formada por vrias camadas, a pele constitui uma membrana espessa e resistente mas flexvel, composta pelas glndulas sudorparas, glndulas sebceas e plos. De facto, o profundo conhecimento da estrutura da pele e dos seus elementos extremamente til para se cuidar bem da mesma e tambm para melhor se compreender a natureza das suas vrias doenas. Em primeiro lugar, a pele desempenha uma funo protectora que impede, at certo ponto, a passagem de microorganismos, substncias qumicas e agentes fsicos nocivos para o interior do organismo, contraria as perdas excessivas de lquidos e outras substncias do corpo e ajuda igualmente na manuteno do meio interno. Esta funo proporcionada tanto pela constituio das diferentes camadas cutneas como pelo manto cido e gordo que reveste a sua superfcie, essencialmente formado pelas secrees produzidas pelas glndulas sudorparas e sebceas situadas na profundidade da pele.

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    A principal funo da pele, realizada atravs de vrios mecanismos diferentes, consiste em controlar a temperatura interna do organismo, j que esta tem de ser constantemente mantida perto dos 370 C, independentemente das oscilaes no ambiente exterior. PNISPNISPNISPNIS

    O pnis um rgo cilndrico situado na parte inferior do tronco, cujo interior atravessado pela uretra, com a especial capacidade para alterar significativamente as suas dimenses e consistncia quando entra em estado de ereco, condio indispensvel para a cpula. possvel distinguir trs pores no rgo: a raiz, atravs da qual se encontra fixo ao tronco; o corpo, que corresponde sua parte central; e uma extremidade de forma arredondada denominada glande, em cuja ponta se encontra a abertura da uretra para o exterior. O interior do pnis encontra-se essencialmente ocupado por trs corpos cilndricos constitudos por um tecido erctil especfico, composto por inmeros septos de fibras conjuntivas e musculares que separam a maioria das reduzidas cavidades unidas entre si e que, em determinadas condies (por exemplo, em resposta a um estmulo sexual), se enchem de sangue, proporcionando o aumento do seu tamanho e consistncia - o fenmeno da ereco tem precisamente este mecanismo como base. Duas destas estruturas so os corpos cavernosos, que so simtricos e se encontram paralelos um ao outro, na parte superior do corpo do pnis. O terceiro o corpo esponjoso, situado numa posio central por baixo das anteriores e atravessado longitudinalmente pela uretra, cuja extremidade se dilata para ocupar todo o interior da glande. O exterior do pnis encontra-se revestido por pele, embora com certas peculiaridades. Tanto a raiz como o corpo do pnis encontram-se revestidos por pele, ligada de um lado do tronco e, do outro lado, do es troto. A superfcie da glande encontra-se revestida por uma delicada mucosa, cujas clulas, ao contrrio das cutneas, no produzem queratina. Para alm disso, o limite entre o corpo do pnis e a glande evidncia um manto de pele, denominado prepcio, que reveste toda a extremidade do pnis e pode retrair-se, quer seja atravs de uma oportuna manobra manual ou de forma espontnea no momento da ereco. Entre o prepcio e a

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    glande existe uma pequena fenda, o sulco balanoprepucial, onde existem abundantes glndulas secretoras que elaboram uma substncia esbranquiada denomina-da esmegma. PLACENTAPLACENTAPLACENTAPLACENTA

    A placenta um rgo transitrio que se forma com o embrio e cuja localizao correcta e normal funcionamentos so essenciais para um bom desenvolvimento da gravidez, do parto e do ps-parto imediato. A forma da placenta assemelha-se de uma panqueca com 2 a 4 cm de espessura, de consistncia esponjosa, que se une parede uterina no lado materno e ao feto pelo cordo umbilical, que dela emerge, normalmente ao centro, no lado fetal. No final da gestao, atinge cerca de 500 gramas, sendo o rgo responsvel pela manuteno da gravidez, ao produzir hormonas com ela relacionadas, como a gonadotrofina corinica (HCG), o estrognio e a progesterona. A placenta funciona como um filtro entre o sangue materno e o sangue fetal, possuindo circulao materna de um dos lados e circulao fetal do outro, separadas por uma barreira membranosa. Quando o sangue fetal atravessa o cordo umbilical e percorre a placenta, recebe nutrientes e oxignio do sangue materno e liberta dixido de carbono e produtos de degradao fetal (ureia, creatinina, cido rico) para a circulao materna, regressando ao feto para novamente o alimentar, oxigenar e purificar. Algumas substncias, como os lpidos, no chegam sequer ao feto, uma vez que o fgado deste no tem capacidade metablica durante a maior parte da gravidez. Os lpidos so, ento, armazenados na placenta at s ltimas 10 semanas da gestao, altura em que o fgado fetal comea a funcionar, sendo, a partir da, lentamente libertados para a circulao fetal.

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    PULMOPULMOPULMOPULMO

    Os pulmes so dois rgos volumosos de forma semicnica que ocupam a maior parte da cavidade torcica. Cada pulmo conta com uma base plana apoiada sobre o diafragma, o msculo que separa a cavidade torcica da abdominal, enquanto que a sua extremidade superior, ou vrtice, tem uma forma arredondada. A face interna est direccionada para o espao que ocupa o centro da cavidade torcica, denominado mediastino, e a face externa, convexa, encontra-se por baixo das costelas. Nos adultos, cada pulmo tem em mdia cerca de 25 cm de altura e 16 cm de profundidade, sensivelmente 10 cm de largura no pulmo direito e cerca de 8 cm no esquerdo. 0 Volume do pulmo esquerdo inferior ao do direito, j que a maior parte do corao situa-se na zona esquerda da cavidade torcica. Os pulmes so percorridos por cesuras que os dividem em lobos. 0 Pulmo direito conta com duas cesuras que o dividem em trs lobos: inferior, mdio e superior. Por outro lado, o esquerdo, ligeiramente mais pequeno, tem uma nica cesura e apenas dois lobos: inferior e superior. Cada lobo pulmonar conta com vrios segmentos, ventilados por brnquios especficos: dez no pulmo direito e dez no esquerdo, dos quais dois pertencentes ao lobo inferior constituem uma unidade conhecida como lngula. Por conseguinte, cada segmento formado por inmeros pequenos lbulos secundrios, albergando cada um destes entre trs a cinco cinos, pequenas estruturas que correspondem s unidades funcionais dos pulmes, pois nelas que se produz a troca de gases entre o ar e o sangue. Em contrapartida, cada pulmo apresenta na sua face interna uma grande fissura, o hilo pulmonar, atravs do qual os brnquios e vasos sanguneos penetram no rgo. De facto, atravs dos hilos que os respectivos brnquios principais, as artrias pulmonares, que transportam o sangue para o corao, e as veias pulmonares, que transportam o sangue proveniente dos pulmes para o corao, penetram no interior dos pulmes.

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    Uma vez no interior dos pulmes, os brnquios principais ramificam-se em segmentos progressivamente mais pequenos. As ltimas ramificaes so os bronquolos terminais, que chegam a todo o tecido pulmonar. Um processo similar ocorre com as artrias pulmonares, pois a partir do momento em que penetram nos pulmes vo-se dividindo em vasos sanguneos cada vez mais finos at que, sob a forma de capilares, se repartem por todo o tecido destes rgos. Posteriormente, os capilares confluem entre si, formando pequenos vasos venosos que se vo unindo sucessivamente, de modo a originarem veias com um caudal cada vez mais significativo; por fim, formam as grandes veias pulmonares que saem de cada hilo pulmonar. SEIOSSEIOSSEIOSSEIOS

    Os seios so considerados rgos sexuais secundrios e comeam a desenvolver-se no feto na sexta semana de gestao. Durante a gravidez verifica-se um aumento substancial do volume da mama e das glndulas lactantes. Quando uma menina nasce, j tem mamilos ligados a canais internos. Na puberdade, sob controlo hormonal, d-se um avolumar dos seios sobretudo devido a deposio de gordura e ao desenvolvimento da rede linftica e das futuras glndulas mamarias, produtoras de leite.

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    RIRIRIRINSNSNSNS

    Os rins so dois rgos simtricos situados na parte mais alta e posterior da cavidade abdominal, em cada lado da coluna vertebral, na regio lombar. Tm uma forma oval caracterstica, semelhante de um feijo, medindo cerca de 12 cm no seu eixo maior, cerca de 6 cm de largura e sensivelmente 3 cm de espessura, com um peso aproximado de 150 g. A extremidade externa do rim convexa, enquanto a extremidade interna, orientada para a coluna vertebral, cncava, apresentando na sua parte central uma depresso, o hilo renal, por onde passam os vasos sanguneos que entram e saem do rim, de onde emerge igualmente o bacinete, a primeira parte das vias urinrias que transporta a urina produzida no rgo para o exterior. Cada rim fixado no seu stio por uma membrana fibrosa que o envolve como uma argola, denominada fscia renal ou Gerota. Por baixo desta fscia, existe uma membrana de tecido gordo que protege o rgo de traumatismos, movimentos bruscos e golpes, denominada cpsula fibrosa. Por baixo deste tecido gordo protector existe uma fina membrana de tecido conjuntivo, denominada cpsula renal, que envolve todo o rgo. O papel dos rins extremamente importante para o correcto funcionamento do organismo, pois a sua funo principal, para alm da de regular o equilbrio dos lquidos e sais no organismo, filtrar o sangue que continuamente circula pelo corpo, de modo a que este se liberte dos resduos do metabolismo cuja acumulao se tornaria txica. Trata-se de um processo complexo e muito delicado que os rins, graas a sua especial estrutura anatmica e ao seu funcionamento especfico, efectuam ininterruptamente, embora o produto da sua actividade - a urina - apenas seja eliminado periodicamente com as mices. Na verdade, o funcionamento dos rins depende de uma grande quantidade de factores, tendo por isso que se adaptar as necessidades de cada momento, o que se reflecte na composio

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    da urina, por vezes muito concentrada e outras mais diluda, mais ou menos repleta de determinados resduos do metabolismo... De facto, a composio da urina reflecte a do sangue e, consequentemente, o funcionamento de todo o organismo. No estranho, portanto, que a anlise de urina constitua um dos exames mais solicitados pelos mdicos para avaliar a actividade renal, o estado geral de sade e outras doenas de diferentes rgos. A deteriorao da actividade dos rins pode provocar o aparecimento de inmeros problemas que podem pr a prpria vida em perigo - essencial eliminar as impurezas do sangue. TEROTEROTEROTERO

    O tero um rgo oco situado no centro da plvis, por trs da bexiga e frente do recto. Tem a forma de uma pra invertida, com cerca de 7 a 8 cm de comprimento, entre 3 a 4 cm de dimetro na sua parte mais larga e um peso um pouco inferior a 100 g, embora as suas dimenses se alterem significativamente durante a gravidez, ao longo da qual o tero aumenta milhares de vezes e alcana um peso superior a 1 kg. O tero constitudo por duas pores: o corpo, que corresponde parte superior, e o colo, que equivale poro inferior e se encontra ligado vagina. O corpo do tero, que representa 75% da parte superior do rgo, tem uma forma cnica e plana e septos muito espessos, sendo igualmente constitudo por uma cavidade que ir acolher o eventual fruto da gestao. Esta cavidade uterina tem uma forma triangular, em que os dois vrtices que se encontram na parte superior, denominada fundo do tero, correspondem sada das trompas de Falpio, enquanto que o vrtice inferior corresponde a um orifcio que liga a cavidade uterina ao colo. O colo do tero, ou crvix, que corresponde aos restantes 25% do rgo, muito mais estreito, de forma cilndrica, apresenta uma proeminncia, cuja parte superior acolhe uma poro denominada focinho de tenca, e est atravessado longitudinalmente por um canal, o canal cervical, directamente ligado vagina e, consequentemente, ao exterior.

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    VAGINAVAGINAVAGINAVAGINA

    A vagina um rgo tubular oco com cerca de 8 a 12 cm de comprimento e um dimetro muito varivel, j que os seus septos so muito elsticos e conseguem dilatar-se, de modo a acolherem o pnis durante o coito e at para permitirem a sada do feto para o exterior no momento do parto. Situada entre a bexiga e o recto, a vagina tem uma disposio oblqua, de cima para baixo e de trs para a frente. A superfcie interna da vagina encontra-se revestida por uma camada mucosa constituda por pequenas glndulas, cujas secrees contribuem para a lubrificao do canal. Por baixo da mucosa existe uma camada de tecido muscular e de tecido conjuntivo. Na parte superior, a vagina encontra-se ligada ao tero, cujo colo se eleva no fundo do canal vaginal, enquanto que a extremidade inferior se abre para o exterior atravs de um orifcio situado no vestbulo da vulva, entre os pequenos lbios. Nas mulheres virgens, este orifcio encontra-se parcialmente revestido por uma membrana denominada hmen (do grego, membrana), de consistncia e forma variveis, com um orifcio central que permite a passagem do fluxo menstrual, embora possa ser rompido, com maior ou menor facilidade, atravs da utilizao de tampes ou atravs da realizao do primeiro coito, deixando pequenos restos cicatriciais conhecidos como carnculas himeniais nas extremidades.

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    BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

    Atlas de Anatomia Funcional Humana George D. Zuidema e Lean Schossberg www.anatomyjanedoll.com

    www.umm.edu