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    feam-FUNDAO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE

    ORIENTAES TCNICASP A R A O P E R A O D E A T E R R O S A N I T R I O

    Secretaria de Estado de Meio Ambiente eDesenvolvimento Sustentvel

    Fundao Estadual do Meio Ambiente

    Diretoria de Infra-Estrutura e MonitoramentoDiviso de Saneamento

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    ORIENTAES TCNICASP A R A O P E R A O D E A T E R R O S A N I T R I O

    Belo Horizonte, 2005

    Vera Christina Vaz LanzaAndr Luciano de Carvalho

    Riordan Vargas Alvim

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    feam-FUNDAO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE

    Publicado pela Fundao Estadual do Meio Ambiente/ProjetoEstruturador Gesto Ambiental MG Sculo XXI

    Governador do Estado de Minas Gerais

    Acio Neves da Cunha

    Secretrio de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentvelJos Carlos Carvalho

    Presidente da FeamIlmar Bastos Santos

    Chefe de GabineteVera SantAna Schaper

    Diretora de Infra-Estrutura e MonitoramentoAlice Beatriz Pereira Soares

    Gerente da Diviso de SaneamentoDenise Marlia Bruschi

    Equipe TcnicaVera Christina Vaz Lanza - Eng civilAndr Luciano de Carvalho - Eng civilRiordan Vargas Alvim - Eng civil

    ColaboraoEquipe Tcnica da Diviso de Saneamento - Disan

    Fundao Estadual do Meio Ambiente - FeamAvenida Prudente de Morais, 1671 - Santa Lcia - 30.380-000 - Belo Horizonte - MGTel.: (0xx31) 3298.6200 - [email protected] / www.feam.br

    Ficha catalogrfica

    Fundao Estadual do Meio Ambiente .F981o Orientaes tcnicas para a operao de aterros sanitrios/

    Fundao Estadual do Meio Ambiente. Belo Horizonte: FEAM, 200532p.; il.

    1. Saneamento 2. Aterros sanitrios II. TtuloCDU: 628.472

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    1. INTRODUO..................................................................................................... 07

    2. DEFINIES .......................................................................................................08

    3. ESTRUTURAS COMPONENTES DO ATERRO SANITRIO............................... 10

    4. ROTINA OPERACIONAL DO ATERRO SANITRIO............................................ 12

    4.1 Recebimento dos resduos ....................................................................... 12

    4.1.1 Tipos de resduos que podem ser recebidos no aterro............... 13

    4.2 Disposio dos resduos........................................................................... 13

    4.2.1 Descarga do lixo........................................................................... 14

    4.2.2 Espalhamento e compactao do lixo......................................... 14

    4.2.3 Recobrimento do lixo ................................................................... 15

    4.3. Impermeabilizao da base ...................................................................... 16

    4.4 Drenagem interna...................................................................................... 16

    4.5 Drenagem superficial ................................................................................ 16

    4.6 Sistema de caracterizao e tratamento de percolado ........................... 17

    5. EQUIPAMENTOS, MO-DE-OBRA E INSUMOS

    NECESSRIOS OPERAO........................................................................... 20

    6. MONITORAMENTO E MANUTENO DA UNIDADE........................................ 22

    7. DESTINAO FINAL DE RESDUOS ESPECFICOS......................................... 25

    8. GLOSSRIO ...................................................................................................... 26

    9. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ..................................................................... 27

    SUMRIO

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    O aterro sanitrio uma das tcnicas mais seguras e de menor custopara a disposio final dos resduos slidos urbanos. Fundamentado em cri-trios de engenharia e normas tcnicas especficas, permite confinar os res-

    duos slidos de uma forma mais segura, controlar a poluio ambiental e pro-teger a sade pblica. No entanto, a falta de critrios tcnicos durante aimplantao e operao de um aterro sanitrio pode conferir-lhe caractersti-cas indesejveis, trazendo srios riscos sade da populao e ao meioambiente. Este manual apresenta orientaes tcnicas sobre os processosutilizados na operao de aterros sanitrios, visando melhorias das rotinasoperacionais dos empreendimentos licenciados pelo Conselho Estadual dePoltica Ambiental de Minas Gerais - Copam.

    1 . I N T R O D U O

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    LIXO OU VAZADOURO uma forma inadequada de disposio

    final de resduos slidos, caracterizada pelasua descarga sobre o solo, sem critrios tcni-cos e medidas de proteo ambiental ou sade pblica. o mesmo que descarga acu aberto.

    Os resduos assim lanados acarretamproblemas sade pblica, como a prolife-rao de vetores de doenas (moscas, mos-quitos, baratas, ratos, entre outros), geraode odores desagradveis e, principalmente,poluio do solo e das guas superficiais e subterrneas pelo chorume(lquido de colorao escura, mau cheiroso e de elevado potencialpoluidor, produzido pela decomposio da matria orgnica contidanos resduos).

    ATERRO CONTROLADOO aterro controlado uma tcnica de dispo-

    sio de resduos slidos urbanos no solo, comminimizao de impactos ambientais. Nesse mto-

    do utilizam-se alguns princpios de engenharia paraconfinar os resduos slidos, cobrindo-os com umacamada de material inerte na concluso de cada

    jornada de trabalho.

    Com essa tcnica de disposio produz-se,em geral, poluio localizada, no havendo, porm,impermeabilizao de base (comprometendo aqualidade das guas subterrneas), nem sistema

    de tratamento de percolado (chorume mais guade infiltrao) ou de disperso dos gases gerados.

    2 . D E F I N I E S

    Disposio de resduo a cuaberto

    Aterro controlado

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    Esse mtodo prefervel ao lixo, mas apresenta qualidade bastante inferiorao aterro sanitrio.

    ATERRO SANITRI OO aterro sanitrio um mtodo de disposio final de resduos slidos

    urbanos no solo; fundamentado em princpios bsicos de engenharia e nor-mas operacionais especficas, que tm como objetivo acomodar no solo, nomenor espao possvel, os resduos slidos urbanos, sem causar danos aomeio ambiente ou sade pblica.

    Esse mtodo de disposio final dos resduos deve contar com todosos elementos de proteo ambiental:

    sistema de impermeabilizao de base e laterais;

    sistema de cobertura;

    sistema de coleta e drenagem de lquidos percolados;

    sistema de tratamento de lquidos percolados;

    sistema de coleta e tratamentos dos gases; sistema de drenagem superficial;

    sistema de monitoramento.

    Embora consistindo em uma tcnica simples, os aterros sanitrios exi-gem cuidados especiais, e procedimentos especficos devem ser seguidosdesde a escolha da rea at a sua operao e monitoramento. Tem uma vida

    til superior a 10 anos, e o seu monitoramento deve prolongar-se, no mnimo,por mais 10 anos aps o seu encerramento.

    Aterro sanitrio Aterro sanitrio

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    RELAO DAS PRINCIPAIS ESTRUTURAS

    Guarita/portaria: local onde so realizados ostrabalhos de recepo, inspeo e controle dos cami-nhes e veculos que chegam na rea do aterro.

    Isolamento: fechamento com cerca e por-to, que circunda completamente a rea em ope-rao, construda de forma a impedir o acesso depessoas estranhas e animais.

    Sinalizao: placas indicativas das unida-des e advertncia nos locais de risco.

    Cinturo verde: cerca viva com espciesarbreas no permetro da instalao.

    Acessos: vias externas e internas, cons-trudas e mantidas de maneira a permitir sua uti-lizao sob quaisquer condies climticas.

    Iluminao e fora: ligao rede de energia para uso dos equipa-mentos e aes de emergncia no perodo noturno, caso necessrio.

    3 - ESTRUTURAS COMPONENTES

    DO ATERRO SANITRIO

    Guarita

    Porto de entrada e cerca

    de isolamento da rea

    Cinturo verde

    Via de acesso

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    Comunicao: ligao rede de telefonia fixa, celular ou rdio paracomunicao interna e externa, principalmente em aes de emergncia.

    Abastecimento de gua: ligao rede pblica de abastecimento degua tratada ou outra forma de abastecimento, para uso nas instalaes deapoio e para umedecimento das vias de acesso.

    Instalaes de apoio operacional: prdio administrativo contendo, nomnimo, escritrio, refeitrio, copa, instalaes sanitrias e vestirios.

    rea de disposio de resduos: local destinado ao aterramento dosresduos, previamente preparado com sistemas de impermeabilizao de

    base e das laterais e de drenagens de chorume, de guas pluviais e de gases.

    Sistema de tratamento de chorume: sistema para tratamento doslquidos percolados do aterro, visando ao atendimento dos padres de lana-mento de efluentes em cursos dgua.

    Instrumentos de monitoramento: equipamentos para o acompanha-mento e controle ambiental do empreendimento, como poos de monitora-mento de guas subterrneas, medidores de vazo, piezmetros e medidores

    de recalques horizontais e verticais.

    Instalaes de apoio operacional

    Poo de monitoramento

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    Os procedimentos de operao do aterro sanitrio, embora simples,devem ser sistematizados para que sua eficincia seja maximizada, assegu-rando seu funcionamento como destinao final sanitria e ambientalmenteadequada dos resduos slidos urbanos gerados no municpio, ao longo detoda a sua vida til.

    Tais procedimentos devem ser registrados em relatrios dirios, relat-rios mensais de consolidao de dados, formulrios e planilhas apropriadas,alm de plantas de reconstituio das obras efetivamente executadas (asbuilt). Esses elementos devem ser adequadamente numerados, catalogadose arquivados, de modo a propiciar a avaliao peridica do empreendimento,assim como o desenvolvimento de estudos e pesquisas referentes ao desem-penho das instalaes que o compem.

    4.1 - RECEBIMENTO DOS RESDUOSA recepo dos resduos deve ser realizada na portaria/guarita

    do aterro sanitrio e consiste na operao de inspeo preliminar,durante a qual os veculos coletores, previamente cadastrados e iden-tificados, so vistoriados por fiscal/balanceiro, treinado e instrudopara o desempenho adequado dessa atividade. Esse profissional deveverificar e registrar a origem, a natureza e a classe dos resduos que

    chegam ao empreendimento; orientar os motoristas quanto unidadena qual os resduos devem ser descarregados; impedir que resduosincompatveis com as caractersticas do empreendimento ou prove-nientes de fontes no autorizadas sejam lanados no mesmo; e promo-ver a pesagem dos veculos cuja entrada no empreendimento tenhasido por ele autorizada.

    Na balana rodoviria ser realizada a pesagem dos veculos cole-tores para se ter controle dos volumes dirios e mensais dispostos no

    local. No caso dos aterros sanitrios que no possuam balana rodovi-ria, deve ser identificada alternativa para a pesagem dos caminhes em

    4 - R O T I N A O P E R A C I O N A L

    D O A T E R R O S A N I T R I O

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    outro local, de forma a possibilitar o controle dos quantitativos dos res-duos recebidos no aterro.

    4.1.1 - T IPOS DE RESDU OS QUEPODEM SER RECEBIDOS NOATERRO SANITRI O

    Podero ser dispostos no aterro sanitrio os resduos slidos de ClasseII - No-Inertes, segundo as definies apresentadas na NBR 10.004/87 daABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Sob nenhuma hiptese

    devero ser recebidos resduos slidos de Classe I, classificados como peri-gosos.

    Observada a condio acima definida, podero ser recebidos, dentreoutros: resduos slidos urbanos de origem domiciliar e comercial; resduosdos servios de capina, varrio, poda e raspagem; resduos de gradeamen-to, desarenao e lodos desidratados das Estaes de Tratamento de Esgoto;resduos de veculos limpa-fossas desidratados; resduos de Estaes deTratamento de gua desidratados e resduos slidos provenientes de inds-trias, comrcios ou outras origens que tenham sua classificao como ClasseII comprovada por laudo tcnico de anlises laboratoriais, conforme normasespecficas da ABNT.

    4.2 - DISPOSIO DOS RESDU OSA rea de disposio dos resduos deve ser previamente delimitada por

    uma equipe tcnica de topografia. No incio de cada dia de trabalho, deveroser demarcados com estacas facilmente visualizadas pelo tratorista os limiteslaterais, a altura projetada e o avano previsto da frente de operao ao longodo dia.

    A demarcao da frente de operao diria permite uma melhor mani-pulao do lixo, tornando o processo mais prtico e eficiente.

    Nos perodos de chuvas intensas ou quando, por qualquer motivo, afrente de operao estiver impedida de ser operada ou acessada, reco-

    menda-se manter uma rea para descarga emergencial, previamente pre-parada, de acordo com o projeto do aterro sanitrio.

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    Em locais onde existe a possibilidade de carreamento de materiais pelovento, recomenda-se a utilizao de telas de proteo na frente de operao.

    4.2.1 - DESCARGA DO LIXOO caminho deve depositar o lixo em pilhas imediatamente a jusante

    da frente de operao demarcada, conforme definido pelo fiscal. O desmontedessas pilhas de resduos dever ser feito com o auxlio da lmina do trator deesteira, que, em seguida, proceder a seu espalhamento e compactao.

    4.2.2 - ESPALHAMENTO ECOMPACTAO DO LIXO

    Na frente de operao, o lixo deve ser espalhado e compactado por umequipamento apropriado (preferencialmente um trator de esteira com pesooperacional mnimo de 15 toneladas) em rampas com inclinao aproximadade 1 na vertical para 3 na horizontal (1:3). O equipamento de compactaodeve estar permanentemente disposio na frente de operao do aterro

    sanitrio.A operao de compactao deve ser realizada com movimentos repe-

    tidos do equipamento de baixo para cima, procedendo-se, no mnimo, a 6passadas sucessivas em camadas sobrepostas, at que todo o material dis-posto em cada camada esteja adequadamente adensado, ou seja, at que severifique por controle visual que o incremento do nmero de passadas noocasiona reduo do volume aparente da mesma.

    Periodicamente, deve ser feito um teste de densidade, de forma a veri-

    ficar o controle da compactao.

    Compactao dos resduos

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    4.2.3 - RECOBRIMENTO DO LIXONo final de cada jornada de trabalho, o lixo compactado deve receber

    uma camada de terra, espalhada em movimentos de baixo para cima.

    No dia seguinte, antes do incio da disposio dos resduos, faz-se uma raspagem da camada de solo da face inclinada da frente deoperao, para dar continuidade formao do macio de resduos.O solo raspado deve ser armazenado para aproveitamento nas cama-das operacionais posteriores, tendo em vista possveis dificuldades naobteno de quantidades suficientes e adequadas de solo para reco-brimento.

    O solo de cobertura pode provir de rea de emprstimo ou do materialexcedente das operaes de cortes/escavaes executadas na implantaodas plataformas.

    Cobertura diria: deve ser feita com uma camada de terra oumaterial inerte com espessura de 15 a 20cm, com o objetivo de impediro arraste de materiais pela ao do vento e evitar a disseminao deodores desagradveis e a proliferao de vetores como moscas, ratos,

    baratas e aves.

    Recobrimento do lixo com terra

    Cobertura final: uma vez esgotada a capacidade da plataforma doaterro, procede-se sua cobertura final com uma camada de argila compac-tada com cerca de 60 cm de espessura (ou de acordo com a espessura defi-nida no projeto tcnico) sobre as superfcies que ficaro expostas permanen-temente - bermas, taludes e plats definitivos. Aps o recobrimento, deve-se

    proceder ao plantio de gramneas nos taludes definitivos e plats, de forma aproteg-los contra a eroso.

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    4.3 - IMPERMEABILIZAO DA BASEA camada de impermeabilizao da base deve garantir a segura sepa-

    rao da disposio de resduos do subsolo, impedindo a contaminao dolenol fretico e do meio natural atravs de infiltraes de percolados e/ousubstncias txicas.

    Para desempenhar essa funo de maneira eficiente, a camada deimpermeabilizao deve compor-se de solo argiloso de baixa permeabilidadeou geomembrana sinttica com espessuras adequadas.

    Na aplicao da camada de impermeabilizao de base com o empre-

    go de solo argiloso, o fator que determinar o desempenho do sistema acompactao realizada em campo. Durante os trabalhos, fundamental umrigoroso controle de compactao em cada espessura de solo espalhadopara verificar se o tratamento da base est de acordo com as especificaesdefinidas no projeto tcnico.

    4.4 - DRENAGEM INTERNA

    O bom funcionamento do sistema de drenagem interna de percoladose de gases fundamental para a estabilidade do aterro sanitrio. A drenagemde percolados deve estar inserida entre os resduos, podendo ser interligadaao sistema de drenagem de gases.

    As redes e as caixas de passagens que conduzem os percolados aosistema de tratamento devem estar sempre desobstrudas.

    Os gases devem ser queimados imediatamente aps o incio de suaproduo, de forma a evitar que a sua disperso pelo aterro contamine a

    atmosfera e cause danos sade.

    4.5 - DRENAGEM SUPERFICI ALA drenagem ineficiente das guas de chuva pode provocar maior infil-

    trao no macio do aterro, aumentando o volume de chorume gerado e con-tribuindo para a instabilidade do macio.

    Alm dos dispositivos de drenagens pluviais definitivos instaladosnas plataformas - bermas, taludes e vias de acesso -, devem ser escava-das canaletas de drenagem provisrias no terreno a montante das frentes

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    de operao, de forma a minimizar a infiltrao das guas de chuva namassa de lixo aterrado.

    Os dispositivos de drenagem pluvial pre-vistos no projeto do aterro sanitrio, tais comocanaletas, caixas de passagem e descidasdgua, devem ser mantidos desobstrudospara impedir a entrada de gua no macio doaterro.

    O perodo que exigir maior freqncia deinspeo no sistema de drenagem pluvial coin-

    cidir com as pocas de intensa pluviosidade.As guas de chuva devem ser drenadas diretamente para os cursos

    dgua ou bacias de infiltrao localizadas dentro da rea do aterro.

    4.6 - SISTEMA DE CARACTERIZAOE TRATAMENTO DE PERCOLADO

    A vazo e as caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas do percola-do (chorume mais gua de infiltrao) esto intrinsecamente relacionadas edependem, basicamente, das condies climatolgicas e hidrogeolgicas daregio de um aterro sanitrio, bem como das caractersticas dos resduos sli-dos urbanos e das condies de operao do aterro.

    Descida dgua

    Esquema de um fluxo de gua em um aterro sanitrio

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    O projeto de aterro sanitrio deve, necessariamente, contemplar a ins-talao de rede de drenagem para o percolado e para os gases gerados nasclulas. O percolado coletado deve ser tratado para que possa ser lanadoem corpo receptor, e os gases devem ser queimados ou aproveitados comofonte de energia, para minimizar a contaminao atmosfrica.

    Na operao do sistema de tratamento preciso efetuar de modo sis-temtico a medio da vazo de percolado e determinar a sua composioantes e depois do tratamento.

    A previso da quantidade de percolado produzida fator crtico no pro- jeto de um aterro sanitrio. De maneira geral, a lmina de percolado que

    alcana a base do aterro (Lv) funo de um balano hdrico calculado a par-tir da expresso:

    Lv = P - R - AS - EVem que:

    P - lmina de precipitao mensal;

    R - lmina de gua de chuva que escoa superficialmente;

    AS - lmina de gua de chuva absorvida pelos resduos;

    EV - lmina de gua de chuva perdida por evaporao.

    O tratamento do percolado representa, ainda, um grande desafio naelaborao dos projetos de aterros sanitrios, uma vez que suas caractersti-cas so alteradas em funo da quantidade de gua incorporada ao choru-me, das caractersticas dos resduos dispostos no aterro e, principalmente, daidade do aterro.

    Devido grande quantidade de constituintes do chorume e s varia-es quantitativas sazonais e cronolgicas (pelo aumento da rea exposta),no se deve considerar uma soluo nica para esse tratamento. De ummodo geral, quando h opo pelo tratamento do chorume in situ, utilizam-se com muita freqncia as lagoas de estabilizao - lagoa anaerbia segui-da de facultativa. Essas lagoas so grandes reservatrios de pequena pro-fundidade, delimitados por diques de terra, construdos de forma simples, nosquais o material orgnico presente no percolado estabilizado por processosbiolgicos, portanto naturais, envolvendo principalmente algas e bactrias.

    Alm de apresentarem custo muito baixo e tecnologia muito simples, ofere-cem boa eficincia no tratamento desse percolado.

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    As lagoas anaerbias operam com altas cargas orgnicas, atuam comouma unidade primria em um sistema de lagoas e baseiam-se na digestoanaerbia para degradar a matria orgnica. J nas lagoas facultativas ocor-rem os processos anaerbios e aerbios. As lagoas facultativas operam comcargas orgnicas mais baixas que as utilizadas em lagoas anaerbias, permi-tindo que algas se desenvolvam nas camadas mais superficiais, realizandoatividade fotossinttica.

    As lagoas de maturao possibilitam um polimento no efluente de qual-quer dos sistemas de lagoas de estabilizao. So predominantemente aer-bias, e sua principal funo destruir os organismos patognicos.

    Sistema convencional de tratamento

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    O R I E N T A E S T C N I C A S P A R A O P E R A O D E A T E R R O S A N I T R I O20

    Para operao de um aterro sanitrio so necessrios os seguintesequipamentos e insumos:

    trator de esteira, com peso operacional de 15 toneladas, para espa-lhamento e compactao dos resduos e das camadas de capeamen-to dos mesmos;

    retro/p carregadeira para construo dos sistemas de drenagem;

    motoniveladora e rolo compactador vibratrio, para compactao dabase impermeabilizante e da camada de capeamento final do aterro,bem como para conservao das vias internas;

    caminho basculante para o transporte de terra; caminho-pipa para umedecimento peridico das vias de acesso em

    pocas de estiagem;

    solo em disponibilidade para o recobrimento das clulas dirias deresduos compactados, a ser progressivamente escavado durante aabertura da plataforma de base do aterro ou proveniente de jazidasde emprstimo;

    solo argiloso para a impermeabilizao das plataformas de base epara o capeamento final do aterro sanitrio, selecionado e adequada-mente estocado durante as operaes prvias de corte ou provenien-te de jazidas de emprstimo previamente definidas;

    terra vegetal, proveniente da operao de raspagem preliminar elimpeza das reas a terraplenar e convenientemente estocada emlocais adequados do empreendimento, como substrato para plantiode gramneas na superfcie acabada do aterro;

    gramneas em sementes, mudas ou placas, para proteo da super-fcie acabada do aterro;

    5 - EQUIPAMENTOS, MO-DE-OBRA

    E INSUMOS NECESSRIOS OPERAO

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    O R I E N T A E S T C N I C A S P A R A O P E R A O D E A T E R R O S A N I T R I O 21

    estacas e piquetes de madeira, para demarcao dos servios de ter-raplenagem.

    Quanto mo-de-obra, deve haver: engenheiro de campo, em regime de tempo parcial;

    encarregado geral, incumbido do controle da operao do aterrosanitrio, em tempo integral;

    ajudantes de operao, para auxlio aos operadores de mquinas epara o controle e encaminhamento dos caminhes coletores de lixo frente de servio;

    operadores de tratores de esteira;

    operador de mquinas de terraplenagem;

    motorista de caminho basculante;

    motorista de caminho-pipa;

    topgrafo e auxiliares de topografia, para demarcao e monitora-mento peridico da frente de servio;

    auxiliares de servios gerais, para plantio de grama, urbanizao emanuteno da limpeza do empreendimento;

    vigias.

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    O R I E N T A E S T C N I C A S P A R A O P E R A O D E A T E R R O S A N I T R I O22

    O monitoramento do aterro sanitrio consiste de um sistema de medi-es de campo e ensaios de laboratrio a serem realizados sistematicamen-te durante a fase de operao do aterro, e prolonga-se por mais 10 anos, nomnimo, aps o trmino de sua vida til.

    O plano de monitoramento deve contemplar a eficcia das medidasmitigadoras e a eficincia sanitria e ambiental do sistema como um todo,possibilitando a verificao de eventuais falhas e/ou deficincias e a imple-mentao de medidas corretivas para evitar o agravamento dos impactosambientais.

    Para avaliar a eficincia do aterro quanto sua operao e ao controleambiental, devem ser previstos, no mnimo:

    o controle das guas superficiais da rea, por meio da coleta deamostras em pontos a montante e a jusante do local onde lanadoo efluente;

    o controle das guas subterrneas, por meio da coleta de amostrasnos poos de monitoramento instalados a montante e a jusante doaterro sanitrio;

    o monitoramento da qualidade do chorume e do efluente tratado;

    a caracterizao dos resduos da massa aterrada;

    o monitoramento geotcnico do macio do aterro;

    o controle da sade do pessoal envolvido na operao do aterro.

    So fundamentais a permanncia do encarregado devidamente trei-nado e capacitado para o controle operacional da unidade; a designaode um tcnico de segurana do trabalho; o uso correto pelos funcionrios,dos EPIs - Equipamentos de Proteo Individual como mscaras, luvas,botas e uniformes adequados s suas atividades. Deve haver, tambm, avacinao dos funcionrios para preveno de doenas como ttano,hepatite B e difteria.

    6 - M O N I T O RA M EN T O E

    M A N U T E N O D A U N I D A D E

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    Qualquer problema constatado no aterro sanitrio deve ser corrigidorapidamente, para evitar o seu agravamento. Por esse motivo, um servio demanuteno eficaz imprescindvel.

    Como atividades rotineiras, so recomendadas:

    manter na rea do aterro o manual de operao e um livro para regis-tro de ocorrncias;

    manter atualizados, na unidade, os cartes de vacinao dos funcio-nrios;

    manter meio de comunicao para contato com o responsvel tcni-

    co e para utilizao em aes de emergncia; manter um estojo de primeiros socorros e repor periodicamente os

    materiais utilizados;

    fazer uso rigoroso dos EPIs como mscaras, luvas, botas e unifor-mes, de modo a minimizar a possibilidade de contaminao e garan-tir a boa qualidade de trabalho;

    higienizar diariamente as instalaes de apoio operacional;

    limpar a unidade, removendo os materiais espalhados pelo vento;

    efetuar periodicamente a capina da rea, para manuteno do paisa-gismo;

    realizar inspees e manutenes peridicas no sistema de recobri-mento final das plataformas, mantendo a cobertura vegetal sobre ostaludes encerrados, de forma a proteg-los contra eroses.

    manter sempre limpos e desobstrudos as canaletas e os demais dis-

    positivos de drenagem pluvial; efetuar inspees e manutenes peridicas no sistema de drenagem

    de chorume, removendo materiais depositados nos fundos das cai-xas de passagem;

    manter sempre acesa a chama dos queimadores de gs;

    limpar e fazer eventuais reparos nos equipamentos e mquinas aofinal de cada dia de trabalho;

    limpar e manter em boas condies de trfego as vias de acessoexternas e internas;

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    fazer a manuteno da cerca de isolamento e do cinturo verde, evi-tando o acesso de pessoas no autorizadas e animais.

    O Quadro 1, a seguir, apresenta uma sntese das atividades a seremrealizadas para o controle e acompanhamento do aterro sanitrio.

    QUADRO 1 - ATI VID ADES PARAACOM PANHAM ENTO DOATERRO SANITRIO NA FASEDE OPERAO

    COMPONENTE, ESTRUTURA OU FREQNCIAEQUIPAMENTO DO ATERRO SANITRIO DE INSPEO

    Higienizao das edificaes Diria

    Limpeza da unidade, com remoo Diriados materiais espalhados pelo vento

    Capina da rea, para manuteno do paisagismo Mensal

    Manuteno dos portes e cerca de isolamento Mensal

    Manuteno do cinturo verde Mensal

    Limpeza e manuteno dos Semanaldispositivos de drenagem pluvial

    Limpeza e manuteno das Semanalestruturas de drenagem de chorume

    Manuteno dos dispositivos de queima dos gases Diria

    Verificao do sistema de cobertura das plataformas SemanalLimpeza e manuteno das vias de acesso Semanal

    Inspeo e manuteno dos instrumentos de monitoramento Mensal

    Limpeza e manuteno dos veculos e equipamentos Diria

    Sistema de fiscalizao, controle e inspeo dos resduos Diria

    Limpeza e manuteno do sistema Semanalde tratamento de chorume

    Controle da sade dos funcionrios Semestral

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    Para destinao final de resduos slidos especficos so adotadas asmedidas preconizadas em suas respectivas Resolues, a saber:

    resduos perigosos (pilhas e baterias): Resoluo Conama N 257,de 30-6-1999;

    pneus: Resolues Conama N 258, de 26-8-1999; e N 301, de 21-3-2003;

    entulho da construo civil: Resoluo Conama N 307, de 5-7-2002;

    resduos slidos dos servios de sade: Resoluo Conama N358, de 04-05-2005.

    7 - D E S T I N A O F I N A L D E

    R E S D U O S E S P E C F I C O S

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    Berma - parte superior das plataformas de lixo que fica exposta, tendocomo objetivo aumentar a estabilidade do aterro e facilitar suamanuteno e monitoramento.

    Chorume - lquido de cor escura, odor desagradvel e muito poluente,resultante da decomposio de substncias contidas nosresduos slidos.

    Eroses - desgastes sofridos pelo solo devido a aes externas(vento, guas, etc.).

    Jazida de Emprstimo - local onde se coleta o material utilizado norecobrimento dirio, na cobertura final e naimpermeabilizao da base do aterro.

    Jusante - local abaixo de um determinado ponto, num corpo dgua.

    Macio - rea de disposio dos resduos j aterrados.

    Monitoramento do aterro sanitrio - acompanhamento da evoluodo aterro sanitrio para avalia-o de sua operao e suainfluncia sobre o meioambiente.

    Montante - local acima de um determinado ponto, num corpo dgua.

    Piezmetro - instrumento para medio do nvel de lquido e presso

    de gases no interior do macio de lixo.

    Plats - partes planas superiores da ltima camada da plataforma.

    Recalques - adensamentos da plataforma do macio.

    Sop do talude - base da rampa.

    Taludes - superfcies inclinadas formadas em aterros ou cortes.

    Vazo - volume de lquido escoado numa unidade de tempo.

    Vetores - animais transmissores de doenas (ratos, urubus, moscas,etc.).

    8 - G L O S S R I O

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    9 . REFERNCIA B IBL IOGRFICA

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR. 10004: resduosslidos-classificao. Rio de Janeiro, 1987.

    ______. NBR 13896: aterros de resduos no perigosos - critrios para proje-to, implantao e operao. Rio de Janeiro, 1987.

    ______. NBR 8419: apresentao de projetos de aterros sanitrios de resdu-os slidos urbanos - procedimento. Rio de Janeiro, 1984.

    CARVALHO, Andr, Luciano de. Efeitos da recirculao do percolado sobre aqualidade do efluente de lixo domstico de diferentes idades. 2005. 115p.Dissertao (Doutorado em Recursos Hdricos e Ambientais) - Departamentode Engenharia Agrcola, Universidade Federal de Viosa, Viosa, 2005.

    CASTRO, Alaor de Almeida et al. Saneamento. Belo Horizonte: DESA/UFMG,1996. (Manual de Saneamento e Proteo Ambiental para os Municpios, 2).

    FUNDAO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. Coletnea de legislao. 3.ed.Belo Horizonte, 2002. (Manual de Saneamento e Proteo Ambiental para osMunicpios, 5).

    LIXO municipal: manual de gerenciamento integrado. 2.ed. So Paulo: IPT,2000. 370p.

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