Manual criação galinhas caipiras

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CRIAÇÃO FAMILIAR DE AVES DE CORTE E POSTURA

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CRIAÇÃO FAMILIAR

DE AVES

DE CORTE E POSTURA

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EMTER-MG

EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO

RURAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

CRIAÇÃO FAMILIAR

DE AVES

DE CORTE E POSTURA

Autores: Med. Vet. Expedito José Pinto

Tecº Agrº Esaú Gonçalves Neto

2005

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ÍNDICE

Apresentação 02

Introdução 02

Seleção de Plantel 03

Introdução de Aves melhoradas 03

Preparo das instalações 05

Equipamentos 06

Manejo 07

Alimentação 09

Água 10

Manejo de aves adultas 11

Sanidade 14

Profilaxia 15

Anexos 16

Referências Bibliográficas 17

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1. APRESENTAÇÃO

Este Manual tem como finalidade subsidiar a todos os pequenos produtores rurais que exploram a

atividade avícola destinada a produção de carne e ovos, visando o consumo familiar e muita das vezes,

tendo a atividade como uma fonte de renda.

Neste documento procuramos evidenciar de maneira simples, um conjunto de técnicas de manejo

para a atividade, com a finalidade de aumentar a produção e a produtividade da exploração, usando os

sistemas de confinamento e semiconfinamento.

2. INTRODUÇÃO

A Avicultura brasileira iniciou com Cabral, que trouxe para o Brasil os primeiros exemplares de

aves de raça pura. Estas aves eram criadas soltas a campo e daí originou o nome popular de Galinha

Caipira, nome originário do tupi guarani.

Devido ao sistema de produção utilizada até hoje, estas aves sofreram um processo de

degeneração, com conseqüente perda de produção e produtividade, porém ainda são criadas em mais de

80% das propriedades mineiras.

O consumo per capita de carne de frango pela população brasileira teve um aumento significativo

nos últimos dez anos, passando de 11,8 kg em 1988 para 24,7 kg em 1998.

O consumidor por sua vez, procura cada vez mais, produtos com menores índices de aditivos

químicos, valorizando cada vez mais a atividade da Avicultura Familiar.

3. SELEÇÃO DO PLANTEL

Com este trabalho, pretendemos provocar uma seleção do plantel existente visando seu

melhoramento, descartando as aves que não se enquadram nos itens abaixo.

Escolha das galinhas:

Selecionar as galinhas que demonstram ser saudáveis, sem defeitos físicos e dóceis;

Boa conformação corporal;

Cristas e barbelas bem desenvolvidas;

Por ovos com frequência e de bom tamanho com formato regular;

Menor tendência ao choco e manter-se em postura quanto a maioria das galinhas

estiverem em muda.

Escolha do galo:

Devem ser vigorosos, sadios, não apresentando defeitos físicos ou de aprumo;

Musculosos e pesados;

Sexualmente ativos;

Manter a produção de um galo para dez galinhas;

Ser mantido no plantel no máximo 30 meses.

4. INTRODUÇÃO DE AVES MELHORADAS

É possível provocar o melhoramento genético do plantel, sem precisar mudar o sistema de

produção e com pouco investimento.

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Para tanto recomendamos a introdução de aves já melhoradas geneticamente que serão cruzadas

com aves do plantel previamente selecionadas.

As aves que recomendamos deverão apresentar características de dupla aptidão – carne e ovos.

Raças puras:

- Rhode Island Red

- Plymouth Rock Barred

- New Hampshire

- Brahma Light

Aves híbridas de ovos vermelhos:

- Isa Browm;

- Hy-Linc Browm;

- Shaver Browm;

- Caipira Negra (280 ovos/ano)

- Label Rouge (180 avos/ano)

Aves híbridas para corte:

- Canadense – Paraíso Pedrês;

- Pesadão Americano – Caipira Pesadão

- Label Rouge – Pescoço Pelado

5. INSTALAÇÕES

Localização: Locais secos, livres de inundações, proteção natural contra ventos fortes, água de

boa qualidade e localizadas no mínimo a 50m da residência, isolada do fluxo normal de trânsito e de

pessoal.

Materiais utilizados: utilizar, de preferência, material disponível na propriedade que permita

manejar as aves corretamente.

Galinheiro:

Beiral 1m – 45º

1.1. Pé direito – 3 m d Tela – Fio 18 (Malha 1

½”)

Mureta – 25 cm (máx. – 30 cm)

Piso concretado ou de terra batido;

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Paredões laterais – 25 a 30 cm de altura alvenaria ou tábuas e completado até o teto com tela de arame

fio 18, malha de 1 ½”, trelissa, bambú ou madeira;

Cobertura – cimento amianto, sapé, telha de barro;

Utilizar 4 aves por m2;

Orientação leste/oeste;

Pé direito – 2,80 a 3,00 m;

Fazer um canal em volta da instalação para escoamento da água de chuva;

Dividir o galinheiro em três partes distintas:

Abrigo de reprodução:

Ninhos: 1 para 4 aves – com madeira ou outro material disponível – dimensões: 35 x 35 x 35 e com

altura do piso de 20 cm. Com fundo para a casa de ração;

Poleiro: 20 cm/ ave espaçadas 40 cm e distante do piso 50 cm;

Bebedouro: Tipo calha – feito em bambu, tubo de PVC ou chapa galvanizada, 2,5 cm/ave;

Bebedouro pendular: 1 para cada 100 aves;

Comedouro: Tipo cocho em madeira, bambu. Utilizar 5 cm linear por ave;

Comedouro tubular: 1 para cada 40 aves;

Cocho para minerais;

Iluminação: 1 lâmpada de 15 Watts para cada 5 m2;

6. PREPARO DAS INSTALAÇÕES

Limpeza e desinfecção – O local de alojamento das aves deve sofrer uma completa limpeza através

de varrição e lavagem com água e sabão em todo o galpão, inclusive as paredes, telas e teto. Após a

limpeza, fazer desinfecção do mesmo, usando uma solução de Creolina associada com outra solução

desinfetante.

Ex.: Creolina(5%) + Lorasol(0,07%) ou Creolina(5%) + Formol (10%)

Usar Vassoura de Fogo para queimar os resíduos de penas e cama.

Caiação: A caiação deve ser usada para monitoramento do galpão que foi lavado e desinfetado, além

de promover uma melhoria visual do ambiente (Cal não é desinfetante).

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Cortinas: As cortinas são de fundamental importância para a exploração, evitando as correntes de ar

no ambiente, regulando a temperatura e mantendo o conforto térmico para as aves. Usar cores suaves

como o Azul Claro e amarelo, que transmitem sensação de calma às aves.

Cama: Material seco e triturado para absorver umidade das fezes e urina, e isolamento térmico do

piso do galpão.

Características essenciais:

Partículas homogêneas (material picado ou triturado), livre de material estranho.

Capacidade de absorver umidade, evitando formação de plastras.

Liberar facilmente a umidade absorvida.

Baixa condutividade térmica (isolamento do piso).

Boa capacidade de amortecimento, mesmo sob alta densidade.

Umidade em torno de 20 a 25%.

Livre de fungos e substâncias tóxicas.

Baixo custo e boa disponibilidade.

Materiais recomendados:

Sabugo triturado

Casca de arroz (inteira ou triturada)

Maravalha ou serragem de madeira

Capim picado e seco

OBS.: Forrar a cama com jornal nos primeiros 3 dias.

Tratamento de cama contra fungos:

Sulfato de Cobre – 3 a 4% (300 a 400 gr/10 l água)

Pulverizar e revirar após 2 a 3 horas.

Repetir a aplicação após 2 a 3 dias.

7. EQUIPAMENTOS

Círculo de Proteção: Chapa de Eucatex - 50 cm

Lotação:

h=50 cm 25 a 30/ m2

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Fonte de Calor: Gás ou Elétrico

1 : 500

Comedouros: Bandeja - 1 : 60 40 cm

50 cm 4 cm

Bebedouros:

Pressão (2 l) – 1:60 Tubo PVC – 2,5cm/ave Latas usadas

8. MANEJO

Pintainhos:

Grande mortalidade dos pintainhos é verificada nas criações em que não se usa nenhuma

tecnologia.

Os pintainhos requerem maiores cuidados principalmente nos primeiros 20 dias, pois ele não tem

capacidade de regular sua temperatura corporal, por este motivo eles devem ser aquecidos pelas mães ou

por aquecimento artificial.

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Após o nascimento deverão ser retiradas do ninho as cascas de ovos quebrados e o material que

foi utilizado no ninho como forro, trocando-o por material limpo e seco e deixar que a galinha abrigue

sua ninhada.

Nas primeiras 24 horas após o nascimento não precisa dar alimentação para os pintainhos, quando

o produtor colocar para chocar várias galinhas e a eclosão não for uniforme pode-se juntar as ninhadas de

forma que cada galinha não tome conta de mais de 15 pintainhos.

Quando a propriedade for dotada de energia elétrica os pintainhos poderão ser colocados em

pinteiros providos de comedouros, bebedouros e aquecimento através de uma lâmpada elétrica ou

campânula à gás, que será usada 10 dias no verão e 15 dias no inverno.

Regulagem da fonte de calor:

Fig.1 - Quente Fig.2 - Frio Fig.3 - Ideal (30 a 33ºC)

A temperatura no interior do círculo de proteção deve ser regulada levantando ou abaixando a

lâmpada ou campânula a gás, de acordo com o comportamento das aves.

Quando os pintainhos amontoarem debaixo da fonte de aquecimento é sinal que estão com frio ou

quando se afastarem muito da fonte indica que está muito quente ou quando se amontoarem em um lado

do círculo de proteção (Fig 2), indica que há corrente de ar frio, neste caso verificar as cortinas.

Quando no interior do círculo de proteção a temperatura atinge um nível ideal, os pintainhos se

sentem calmos, alimentando normalmente ou dormindo por isso é chamada de temperatura de Conforto

Térmico, que pode ser visualizada no quadro a seguir:

Conforto Térmico:

Idade das aves (dias) Temperatura (O

C)

01 a 07 32

08 a 14 29

15 a 21 26

22 a 28 23

29 a 35 20 Fonte: SADIA S/A

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ESQUEMA DE MONTAGEM DO CÍRCULO DE PROTEÇÃO

Comedouro Gás

Círculo de proteção Campânula

Bebedouro

Cama forrada com jornal

OBS.: a)Ligar a fonte de calor 2 horas antes da chegada dos pintainhos.

b)Forrar a cama com jornal durante os três primeiros dias.

c)Trocar a cama molhada, colocando nova cama seca no local.

9. ALIMENTAÇÃO

9.1. FASE INICIAL – 1 a 30 dias:

a) Primeira semana:

Hidratação (imediatamente após a chegada): Fornecer água com açúcar (5%) - 50 gr/litro (2,5 a 3

horas), ou utilizar o soro caseiro - 1 litro de Água, 50 gr de açúcar e 5 gr de sal.

Vitaminas: Vitagold - 2 ml/litro durante 6 dias

Antibiótico: Do 2º ao 6º dia - Dosagem preventiva. Ex.: Quemicetina – 30 gotas em 1 litro d’água

Ração: Fornecer Ração Inicial à vontade, a partir de 3 horas (após hidratação). Esta ração deve

possuir boa homogeneidade da granulometria, pois é nesta fase é que a ave realiza a definição do

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tamanho da partícula. Fornecer a ração em 4 a 5 tratos ao dia, em comedouros tipo bandeja, ou copo tipo

pressão com pouca ração nos comedouros que deverá ser peneirada para retirada das impurezas.

Neste período o consumo médio de ração é de aproximadamente 1 kg, por ave.

Água: A água deve ser de boa qualidade, com tratamento à base de cloro, fornecida em

bebedouros limpos e desinfetados. Lavar os bebedouros e trocar a água de 4 a 5 vezes ao dia.

b) 2ª à 4ª semana:

Ração inicial – mínimo 2 tratos diários

Água - Trocar no mínimo 2 vezes ao dia e lavar os bebedouros

9.2. FASE DE CRESCIMENTO (30 a 60 dias)

Após 30 dias o empenamento estará completo e as aves poderão ser soltas lentamente onde irão

adquirir o hábito de ciscar e procurar alimento, e receberão o mesmo manejo das aves adultas.

Nesta fase inicia-se a seleção das melhores aves para a reprodução; as demais serão engordadas e

vendidas para o abate.(machos e fêmeas).

Os machos neste período são facilmente reconhecidos, estes são mais fortes que as fêmeas (mais

ou menos 20%) e também têm a crista bem mais vermelha.

A partir desta fase as aves passam a receber um trato diferenciado de acordo com o sistema de

exploração, conforme descrito a seguir:

Criação confinada: Fornecer ração de crescimento à vontade, através de dois tratos diários, em

comedouros pendulares ou cochos, tendo o cuidado de fazer um revolvimento da ração contida no

comedouro para sua homogeinização.

Criação semi-confinada: Ração de crescimento na proporção de 50 gr/ave/dia fornecida em dois

tratos diários.

Fornecer suplementação verde à vontade ou soltar as aves em piquete para pastejo direto em

sistema rotativo.

No caso de fornecer a suplementação verde, utilizar uma das seguintes forragens:

. Capim (diversos)

. Cana triturada

. Feijão Guandú

. Girassol

. Confrey

. Ramí

. Restos de hortaliças

. Frutos diversos

. Dejetos de suíno (seco)

A partir desta fase, fornecer às aves uma fonte de Cálcio através de Calcário Calcítico – Pedrisco

e uma fonte de Fósforo através de Farinha de Ossos Autoclavada. Estes produtos são de extrema

importância na alimentação das aves, principalmente o Calcário Pedrisco que além de fornecer Cálcio,

tem a função de promover o fortalecimento da musculatura da moela, onde os alimentos são triturados.

10. ÁGUA

Água é de vital importância para a criação, tanto para bebida quanto para a manutenção geral do

aviário. A quantidade de água consumida pelas aves normalmente é o dobro do que consomem em

alimento. O fornecimento da água deve ser em toda a fase de sua vida pura e fresca, para satisfazer as

necessidades metabólicas.

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Água sempre limpa oriunda de cisterna, poço ou nascente canalizada, com tratamento à base de

cloro, trocada pelo menos duas vezes ao dia.

Exemplo de clorador:

Caps 40 mm Bóia

Clorador Caixa D’água Tubo PVC 40 mm Furos

4 a 5 mm

Pastilhas de Cloro

20 cm

Consumo de Água - Frangos de Corte (1000 aves)

Período – Verão / Inverno

Quantidade de água (l/dia)

Semana Verão Inverno

1 35 31

2 72 52

3 108 75

4 148 98

5 197 123

6 234 149

7 256 173 Fonte: Rio Branco Alimentos Ltda

11. MANEJO DAS AVES ADULTAS

As aves de reprodução que permanecerão no plantel, devem ser sadias e estar em bom estado

físico. Os machos também devem ser sadios, vigorosos e bons reprodutores.

Recomenda-se um galo para 10 galinhas para haver uma boa fertilidade.

Ninhos – deve-se utilizar 1 ninho para 4 galinhas e estes devem ser fechados à noite, para evitar

que as aves durmam nele e serão colocados em locais que ficarão na penumbra, pois ninhos muito claros

no seu interior as aves rejeitam e muito escuro as aves aninham.

A cama do ninho deve ser macia e confortável, feita com materiais como capim seco picado,

casca de arroz, serragem e folha de fumo, que contribui para o controle ao piolho e sarna, deve ser

mantido sempre limpo e com espessura de 7 a 10 cm.

Os ovos devem ser colhidos diariamente e terão dois destinos: os destinados à comercialização,

os quais devem ser limpos e guardados em ambientes frescos, geladeiras ou caixas de isopor, a fim de

preservar sua qualidade. Deve-se ter o cuidado de armazenar os ovos com a extremidade mais fina

voltada para baixo, a fim de preservar a câmara de ar.

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Ovos para incubação – devem ser colhidos mais vezes ao dia, sem trincas, sem sujeiras, tamanho

médio para grande, formato normal, condicionamento em pentes com extremidade maior voltada para

cima e num período máximo de 7 dias.

Para haver uma boa eclosão deve-se colocar de 9 a 13 ovos para que a galinha o cubra totalmente.

Próximo aos ninhos onde as galinhas estão chocando deve haver água e ração à vontade.

As aves devido à idade, desenvolvimento sexual incompleto, e com inicio de mudas precoces não

produzem ovos e portanto, devem ser descartadas.

Apresentamos a seguir um quadro para facilitar a seleção de galinhas em produção:

CARACTERES AVES EM POSTURA AVES FORA DE POSTURA

1) Crista e barbela Grande, vermelho vivo macia e

lustrosa.

Escura, ressequida, enrugada e

escamosa -

2) Cloaca Forma ovalada, aumentada de

tamanho, úmida e macia

Redonda, pequena, enrugada e

seca.

3) Bico e canela Esbranquiçados e canela achatada Amarelos e canela roliça

4) Plumagem Gasta, pequenas, quebradas e

sujas

Bonita, completa e sem Pontas

quebradas.

5) Ossos pélvicos Finos, flexíveis e muito

bem separados, cabendo dois ou

mais dedos

Duros, rígidos e próximos.

6) Abdomen Distendido, flácido fino e suave. Contraído, duro e espesso

É importante deixar boas chocadeiras para se fazer incubação natural dos ovos.

A postura ocorre com freqüência aproximadamente até 10 horas da manhã, portanto neste

período as aves devem ficar presas.

11.1. ALIMENTAÇÃO

Toda ave, mesmo sendo caipira e mais resistente que as aves industriais, deve receber uma ração

mais balanceada e suplementação de volumoso capaz de atender suas exigências nutricionais.

A ração balanceada deve ser fornecida em comedouros no interior do galinheiro na base de 60 g

por dia por ave e cocho com mistura mineral para o consumo à vontade.

Área de pastagem recomendada para cada ave adulta é de aproximadamente 10m2, podendo-se

utilizar Capim Quicuio, Brachiaria, Tifton, Coast Cross, Grama Estrela, quando houver área disponível

recomenda-se dividir a área em piquetes e fazer manejo rotativo. Pode-se utilizar restos de hortaliças.

Sugerimos o plantio de Feijão Guandu, Ramí, Confrey e Girassol que serão fornecidos às aves

como complemento alimentar.

TABELA 1 – Rações Fareladas de Produção Caseira

Exemplo 1

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INGREDIENTE QUANTIDADE NECESSÁRIA PARA 100 KG

DE RAÇÃO (Quilos)

Fubá de milho 73

Farelo de soja 22

Farinha de carne e ossos 5

Exemplo 2:

INGREDIENTE QUANTIDADE NECESSÁRIA PARA 100 KG

DE RAÇÃO (Quilos)

Fubá de milho 43

Quirera de arroz 30

Farelo de soja 22

Farinha de carne e ossos 5

Exemplo 3:

INGREDIENTE QUANTIDADE NECESSÁRIA PARA 100 KG

DE RAÇÃO (Quilos)

Fubá de milho 62

Farelo de soja 18

Feijão –Guandu 20

TABELA 2- Sugestão de Mistura Mineral em nível de campo

Exemplo 1:

INGREDIENTE PORCENTAGEM (%) QUANTIDADE (Quilos)

Fosfato de Patos de Minas 42 21,00

Calcário 57 28,50

Sal comum 1 0,50

TOTAL MISTURA 100 50,00

Exemplo 2;

INGREDIENTE PORCENTAGEM (%) QUANTIDADE (Quilos)

Calcário 68,0 34,0

Farinha de ossos calcinada 31,0 15,5

Sal comum 1,0 0,5

TOTAL MISTURA 100,0 50,0

11.2. SANIDADE

A saúde é importante para que as aves sejam boas produtoras de carne e ovos. A manutenção da

saúde é um conjunto de práticas que envolvem isolamento, higiene, profilaxia e combate sistemático a

vermes e parasitas. Para introduzir aves no plantel, estas devem passar por um período de isolamento de

no mínimo 10 dias.

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Todas as instalações e equipamentos e arredores da criação deverão ser limpos, lavados e

desinfetados a cada 15 dias.

Sugerimos uma solução de água e Creolina na proporção de 3 a 5%.

Apresentamos a seguir uma sugestão de solução desinfetante para caiação de ninhos, pinteiros e

galpões.

TABELA 3 – Solução Desinfetante para Caiação.

PRODUTO UNIDADE QUANTIDADE

Água Litros 24

Cal extinta Quilos 1,800

Creolina Litros 0,120

O piso das instalações deve ser forrado com uma “cama” que poderá ser de capim picado e seco,

casca de arroz, sabugo de milho triturado, cepilho de madeira etc.

Deve-se usar de 700 g a 1 kg de material de cama para cada m2 de instalação. Esta deverá ser

substituída a cada 90 dias ou parte da cama quando for molhada.

As poças d’água estagnadas e brejos devem ser esgotados e ou isolados e os entulhos limpos

retirados.

11.3. PROFILAXIA

Para esta criação recomendamos um programa mínimo de vacinação para controle de algumas

doenças.

Esquema de Vacinação

IDADE DOENÇA TIPO DE VACINA VIA DE APLICAÇÃO

10/15 dias New Castle La Sota (Peste aviaria) Ocular

35/40 dias New Castle La Sota (Peste aviaria) Ocular

80/85 dias New Castle La Sota (Peste aviaria) Ocular

3/3 meses New Castle La Sota (Peste aviaria) Ocular

15 dias Bouba Cepa Suave (Caroço Pipoca) Membrana da Asa

45 dias Bouba Cepa Forte (Caroço Pipoca) Membrana da Asa

4/4 meses Cólera Aviaria Solução Aquosa Intramuscular (peito/coxa)

OBSERVAÇÃO: As vacinas devem ser mantidas na geladeira (Fora do congelador). Deve-se

verificar a data de vencimento. As sobras de vacinas e frascos devem ser incinerados ou enterrados.

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Vermifugação: Aplicar vermífugo a base de Piperazina ou Mebendazoli de 4 em 4 meses para

todas as aves via água ou ração conforme recomendação da bula.

Combate a Ectoparasitas:

Sarna/piolhos: quando ocorrer estes tipos de parasitas deve-se fazer um polvilhamento ou

pulverização de todas as instalações e equipamento e nas próprias aves, com drogas específicas.

Observação: seguir as recomendações do fabricante.

Casa de Ração:

- No seu interior estão localizados o fundo dos ninhos por onde serão colhidos

ovos;

- Dimensões: 4,40 x 2m.

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ANEXOS

- Planta de galinheiro

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- Criação de galinhas caipiras – nº 1 – Evandro de A Fernandes. Belo Horizonte – setembro 1996 – 20

pag.

2- Criação de galinhas caipiras – Helio Abdalla Brandão- Bom Jesus do Do Galho – novembro 1991.

3- Manual do criador de frango e galinha caipira – Gessulli Eddoas Ltda – São Paulo.

4- Criação de galinha – nº 2- Evandro de A Fernandes – Belo Horizonte-Setembro l986- 24 pag.

5- Experiências de campo – Med. Vetº. Eros da Silva Netto e Med. Vetº Expedito José Pinto.

6- Recomendações técnicas de frango de corte – Med. Vetº Expedito José Pinto, Med. Vetº Eros da

Silva Netto , Med. Vetº Dirceu Alves Ferreira, Engº Agrº Marino Couto Morais – Belo Horizonte-

1995.

7- Manual Técnico de Criação de Galinhas Caipiras – Med. Vetº Expedito José Pinto, Med. Vetº Eros

da Silva Netto, Med. Vetº Dirceu Alves Ferreira, Engº Agrº M.S. Marino Couto Morais,

Zootecnista M.S. João Ricardo Albanez – Belo Horizonte- 1995.