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MANUAL DA REDAÇÃO DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (Material provisório, em elaboração)

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MANUAL DA REDAÇÃO DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO

DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

(Material provisório, em elaboração)

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Secretaria de Comunicação – UFJF | [email protected] | (32) 2102-3967/3997

Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJFRua José Lourenço Kelmer, s/n - Campus Universitário

Bairro São Pedro - 36036-330 - Juiz de Fora - MG

Universidade Federal de Juiz de ForaSecretaria de Comunicação

Henrique Duque de Miranda Chaves FilhoReitor

José Luiz Rezende PereiraVice-reitor

Christina MusseSecretária de Comunicação

_______________________________________________________________________________________

Compilado porRaul Mourão Ruela

Lucas Mendes Paiva (Manual de Clipping)

Colaboração: Carolina Nalon, Flávia Lopes, Oseir Cassola e Ricardo Miranda

Juiz de Fora2ª edição, março de 2011

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APRESENTAÇÃO

O Manual da Redação da Secretaria de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora tem por objetivo oferecer subsídios para aprimorar a produção jornalística institucional pública. Visa ser útil para o treinamento de estudantes bolsistas, jornalistas e outros profissionais que atuam no setor. Pretende-se assim aprimorar a organização das atividades de comunicação local, entendendo-a como estratégica para o desenvolvimento da universidade.

A edição deste Manual é preliminar, passará por modificações, e não tem fins comerciais. Ela está dividida em cinco seções: Apresentação da UFJF; Portal da UFJF; Procedimentos; Padronização e Estilo; e Manual de Clipping.

A primeira traz informações sobre a UFJF. Em seguida, são listados dados sobre acessos e características do Portal da UFJF, o principal veículo de comunicação da instituição. Na seção Procedimentos, o leitor encontrará orientações sobre o dia-a-dia na Secretaria, recomendações para pauta, apuração, entrevista, finalização de texto e clipping. A quarta parte, organizada em verbetes, traz orientações para padronizar o uso de determinados termos, tais como numerais, siglas, além de informações importantes sobre tópicos de jornalismo - construção de lides criativos, declarações textuais e elaboração de títulos. Na última seção, Manual de Clipping demonstra como verificar e mensurar o que foi publicado sobre a UFJF na mídia.

Este guia está fundamentado em manuais dos jornais “Folha de S. Paulo”, “O Estado de S. Paulo”, “O Globo”, portal iG, Agência Senado e “Jornal do Senado” e em livros como “Jornalismo Diário” (de Ana Estela de Sousa Pinto, coordenadora do programa de treinamento da “Folha de S. Paulo”), “Manual do Foca” (de Thaïs de Mendonça Jorge, que passou pela redação do “Correio Braziliense”), “Jornalismo na Internet” (de J. B. Pinho) e no guia para estudantes do “New York Times” (Learning Network). Os verbetes extraídos desses manuais sofreram adaptações.

APRESENTAÇÃO DA UFJF

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A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) posiciona-se como polo científico e cultural de uma região de 2,5 milhões de habitantes no Sudeste do Estado de Minas Gerais. A instituição completou 50 anos de criação, em 23 de dezembro de 2010, e atravessa um período de expansão. Seu campus está localizado a cerca de dez quilômetros do centro da cidade e ocupa a área total de 1.346.793,80 m². Possui estruturas distribuídas pelo município, como o Colégio de Aplicação João XXIII e o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed).

Segundo o Índice Geral de Cursos do Ministério da Educação, a UFJF é a 20ª melhor universidade do país, a 18ª entre federais e a 14ª quando considerada somente a avaliação de cursos de graduação. A instituição conta com cerca de 40 graduações, sendo a maioria com conceito 5 ou 4, os mais altos, no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). São 58 opções de especialização, MBA e residências; 29 de mestrado e 14 de doutorado. Oferece ensinos fundamental e médio por meio de seu colégio de aplicação. Na educação a distância, são oferecidos oito cursos de graduação e cinco de pós-graduação, abrangendo 30 polos nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

No total, estão matriculados mais de 20 mil alunos, dos quais mais de 16 mil estão na graduação presencial e a distância. O número de vagas desse estágio tradicional vem sendo expandido com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni): cursos novos e mais de 1270 novas cadeiras. O aumento é acompanhado pelo investimento em infraestrutura e pessoal, com a efetivação de mais de 520 professores e técnico-administrativos em educação em quatro anos.

No aporte físico, a UFJF investiu R$ 132 milhões, de 2006 a 2010, em 65 obras: reforma de seu restaurante universitário, modernização de complexo esportivo, construção de novas salas de aula, laboratórios, sedes para unidades acadêmicas e centro de apoio acadêmico. Está erguendo uma moradia estudantil e tem projetos para instalação de planetário, observatório astronômico, jardim botânico e o novo Hospital Universitário, que será o maior equipamento de saúde da Zona da Mata mineira.

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Nos últimos três anos, foram criados 14 cursos de pós-graduação stricto sensu, sendo oito de mestrado e seis de doutorado. Somente dois programas estão com conceito 5 pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Há previsão de instalação de novas opções. O aumento no número desses tipos de cursos faz com que se delineie um novo perfil para a universidade, voltando-se para a pesquisa e não apenas destinado à graduação; mudança a que a comunicação deve estar atenta. Na pesquisa, de 2006 até 2009, houve crescimento de recursos recebidos do Programa de Infraestrutura (Proinfra), do Ministério da Ciência e Tecnologia/Finep, chegando a 246%. A instituição elevou número de bolsas de iniciação científica pelo CNPq, Fapemig e pela própria Universidade, acompanhada pela compra de equipamentos.

A instituição coordena também alguns dos espaços e grupos culturais mais representativos da cidade, como o Cine-Theatro Central, Museu de Arte Moderna Murilo Mendes (Mamm) e Forum da Cultura, além de possuir outros museus no próprio campus, como de Arqueologia e Malacologia. Na extensão, em 2010, cerca de 250 projetos foram desenvolvidos em áreas como saúde, educação e direitos humanos, atendendo a um público estimado de 69.500 pessoas. O Hospital Universitário é um dos grandes vetores de atendimento à comunidade.

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PORTAL DA UFJF

Principal meio de comunicação institucional da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) com seus públicos, o Portal da UFJF (www.ufjf.br) assume o papel de relatar e intermediar as transformações por que tem passado a instituição de ensino - expansão da oferta de vagas, cursos, infraestrutura, pesquisa e pessoal - e as consequências ocasionadas por essas mudanças a seu perfil.

Gerenciado pela Secretaria de Comunicação da instituição, o veículo tem o objetivo de criar um ponto de acesso único a sites de setores acadêmicos e administrativos, informar e reunir serviços importantes para o usuário. Está no ar há pelo menos dez anos. Em dezembro de 2010, teve o layout reformulado. Na parte superior da página, foram incluídas fotos que se alternam sob a logomarca da universidade. Todos os títulos das dez notícias vêm acompanhados de fotos. Antes, apenas as duas principais notícias do dia recebiam esse recurso. Novos ícones foram incorporados e foi criada a seção “Foto do Dia” com imagens enviadas pelo leitor, relacionadas à organização.

O portal apresenta menus principais laterais à esquerda: Universidade, Organização, Utilidades, Legislação, que englobam submenus. À direita, há um banner eletrônico rotativo, botões com links para serviços (Biblioteca, Sistema Integrado de Gestão e outros), e a seção “Foto do Dia”. Ao centro da página, estão localizadas as dez notícias. A principal, nomeada pela Secretaria de Comunicação como “destaque do dia”, ocupa toda a faixa superior do centro da tela. Logo abaixo, o conjunto de títulos é dividido em duas colunas. À esquerda, ficam quatro notícias acompanhadas de fotos no tamanho 80 x 80 pixels. A segunda coluna é ocupada pela notícia de segunda importância do dia, recebendo foto em tamanho maior e toda sobre um pano de fundo vermelho. Logo abaixo dessas duas colunas, aparecem listadas quatro títulos sem foto.

A atualização das notícias é feita a qualquer momento do dia, concentrando-se pela manhã. A maioria dos textos traz fotos, alguns vêm com quadros, tabelas, mapas, galeria de fotos, links para páginas externas, arquivos para download. Um desafio para o portal é vincular vídeos, infográficos dinâmicos, áudio e mecanismos de compartilhamento para redes

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sociais.

Participam da produção de notícias cerca de de 30 profissionais, entre jornalistas, fotógrafo e estudantes de Comunicação Social e de Letras da UFJF, além das assessorias da instituição.

Acessos ao portalAfeganistão, China, Cuba, Nova Zelândia e Tanzânia são alguns dos 122 países que acessaram o portal em 2010, segundo dados do GOOGLE ANALYTICS (2011), possibilitados através de cadastramento na página http://www.google.com/analytics. Os acessos estrangeiros somaram 20 mil ao longo do ano. Depois do Brasil, que concentra mais de 99% dos 2,9 milhões de visitas ao site no período, Estados Unidos, Portugal, França e Argentina são as outras nações que mais abrem a página principal da universidade. No Brasil, cidades de todas as regiões acessam o site. Juiz de Fora, Belo Horizonte, Contagem (MG), São Paulo, Cataguases (MG) e Brasília lideram o número de visitas.

No período, quase um milhão de visitantes únicos, ou seja, computadores (pessoas) diferentes acessaram o site. Ao todo, foram três milhões de visitas ao portal feitas por esses internautas, que visualizaram a página inicial e menus por 5,2 milhões de vezes. Os menus mais visitados foram “graduação”, “pós-graduação”, “cardápio do restaurante universitário”, e “Institucional”. A ferramenta do HGoogle Hdiagnosticou também que a maioria dos internautas chega ao site usando conexão banda larga, digitando o próprio endereço do site e permanecem por dois minutos na página inicial. Segundo outro verificador de sites, ALEXA (2011), o portal da UFJF está entre os dez mais visualizados, nos últimos três meses, entre universidades federais da Região Sudeste, onde estão 19 dessas instituições.

O total de acessos a notícias publicadas no portal Hwww.ufjf.brH, em 2010, passou a marca de 1,36 milhão. São 407 mil visitas a mais que em 2009, correspondendo a um aumento de 43%. Houve crescimento em nove meses. Dezembro foi o que teve mais procura, com quase 212 mil vizualizações, seguido de março (152 mil) e setembro (144 mil). Maio ocupa a última posição: 71.260. O levantamento foi feito acessando cada notícia, que exibe o total de

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visualizações, nos primeiros quinze dias do mês seguinte ao pesquisado. O número pode ser maior, pois as notícias ficam disponíveis em arquivo no site.

Tabela: Total de acessos ao portal da UFJF em 2009 e 2010

Ao todo, foram publicadas 1.555 notícias, com a média de 875 acessos. As mais visualizadas têm em comum o assunto “ingresso na Universidade”, seja quando se fala sobre vestibular, Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism), Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edital de reclassificação dos processos seletivos ou vagas ociosas nos cursos de graduação. Foi assim com a matéria mais lida do ano, que divulgou a liberação do comprovante de inscrição do cocnurso tradicional: 26.977 acessos. Em setembro, está a segunda mais procurada: sobre a abertura de inscrições do concurso, com 17.906 visualizações. Não é por menos que quando a divulgação de resultados do vestibular não é feita em janeiro e fevereiro, esses meses são os menos acessados. Nos dois anos pesquisados, o último mês do ano é o mais acessado.

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Outros assuntos mais procurados são: concursos, seleção de bolsa para estudante, posse de servidores e inscrição em cursos de pós-graduação.

Gráfico: Comparação de acessos a notícias do portal da UFJF em 2009 e 2010

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PROCEDIMENTOS

1. Antes de iniciar as atividades na Secretaria de Comunicação (Secom), é fundamental ter lido as notícias do Portal da UFJF, para saber o que está sendo abordado, o que mudou no seu texto e para não sugerir pautas repetidas. Acompanhando o que é publicado, dá pra saber o que é novo e o que já foi retratado, além disso, o repórter não é pego de surpresa sobre um assunto.

2. Cultura geral e conhecimento específico sobre educação e UFJF são fundamentais para o desempenho do bolsista ou jornalista. Por ser uma universidade, a gama de assuntos que a Secom trabalha varia desde um edital de um curso de especialização à pesquisa sobre a flora, aceleradores de partícula, passando por gripe A, história econômica e urbanismo. O profissional com conhecimento prévio, ainda que seja superficial, pode lidar melhor com imprevistos e pautas de última hora.

Pauta

3. Normalmente as sugestões de pautas vêm de jornalistas ou leitores do Portal da UFJF. No entanto, ela deve ser sugerida também pelo bolsista.

4. Sugerir, pelo menos, duas pautas por semana. Expande-se, dessa forma, a oportunidade de treinamento profissional. Sugestões de como obtê-las: observar cartazes e avisos em murais, o cotidiano da Universidade, mudanças, tendências, ligar para coordenações, chefias de departamentos, direção, diretórios acadêmicos, professores etc., além de saber o que outras instituições de ensino superior estão noticiando e reportagens na mídia que podem ser repercutidas.

5. Ao chegar, verifique sempre se há pauta, seja no programa de pautas e recados ou com os jornalistas. Não espere que ela seja enviada. Da mesma forma, avise quando a pauta cair e o andamento dela ao final do dia. Caso necessário, ela pode ser encaminhada a outro bolsista ou ter o enfoque reduzido para ser publicada a tempo.

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6. Entenda a pauta encaminhada para você. Pergunte. Não saia para a rua (ou pegue o telefone) sem entender bem o que esperam de você. (PINTO, 2009)

Preparando-se

7. Usar papel timbrado da Secom para escrever e revisar releases ou elaborar qualquer outro documento do setor, inclusive avisos. Isso padroniza, ajuda a fixar a marca e proporciona identidade à Secretaria.Usar nos UreleaseUs:Fonte: ArialTamanho no corpo do texto: 11; no título: 14, em negrito.Parágrafo justificado, e título centralizado.Sem marca de parágrafo, mas com um espaçamento entre um e outro.Margens: esquerda: 3 cm; direita: 2,5 cm; a inferior e a superior aparecem marcadas, devido ao cabeçalho e rodapé do papel timbrado.Entretítulos vêm em negrito, sem espaço com o parágrafo seguinte.

8. Estude modelos de texto. Procure no arquivo de notícias do portal da UFJF ou de outras instituições uma reportagem sobre um assunto semelhante ao seu e veja que informações ela contém, quem foi ouvido, que abordagem foi seguida. Mas também diversifique. (PINTO, 2009)

9. Os telefones das fontes (seja servidor ou aluno) podem ser obtidos com os jornalistas da Secom. Facilite a procura com o nome completo e correto da pessoa procurada.

10. O próprio bolsista e jornalista deve se acostumar a elaborar uma agenda de contatos, que poderá ser útil na sua vida profissional.

Ao apurar

11. Pesquise antes de ligar para a fonte, use não apenas internet – que nem sempre é

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confiável -, mas também aposte em fontes secundárias - documentos, vídeos, colegas que já cobriram o assunto. ”É como fazer um curso rápido e improvisado“ – repórter Rubens Valente da Folha de S.Paulo, sobre sua pesquisa sobre lobotomia, tipo de intervenção cirúrgica no HcérebroH, que já foi usada contra esquizofrenia. Outra forma de saber mais sobre o assunto ou trabalho/projeto é colocando o nome do professor no Google e acessar o currículo lattes dele. Dessa forma, é possível saber com qual linha de pesquisa ele trabalha, quais disciplinas ministra, quais projetos tem em andamento, além de sua qualificação profissional.

12. Para a pesquisa, é essencial antes ler o que já foi publicado no portal, jornal e revista, a fim de evitar abordagens e títulos repetitivos e erros.

13. Não suponha nada. Cheque e afirme. (PINTO, 2009)

14. Solicitar informações precisas do que conter-se com expressões do tipo: ”cada vez mais“, ”cada dia mais“, ”muitas vezes“, ”número cada vez maior“, ”mais pesquisas foram realizadas“. Ficam melhores: ”o número de casos de raiva provocados por morcego dobrou na cidade“, ”Nove em cada dez alunos da UFJF irão se formar neste ano“, ”cerca de 200 pesquisas foram realizadas a mais neste semestre em comparação com o anterior“...

15. Atente-se para o fato de que nem todo curso constitui por si só uma faculdade. São exemplos os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Matemática, História, Pedagogia. Eles fazem parte respectivamente das Faculdade de Engenharia, Institutos de Ciências Exatas e de Ciências Humanas e da Faculdade de Educação. Refira-se a eles, conforme o caso, como departamento ou curso.

16. Cuidado com informações do tipo: “é a melhor”, “é a primeira vez”, “é a maior”, a não ser que a fonte tenha dados comprovando o que afirma, como uma tabela ou gráfico ou indique a fonte para que o bolsista ou jornalista cheque.

17. Não ter vergonha até entender mesmo a resposta de uma fonte. Ficará mais claro

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para o leitor e trará mais segurança para escrever. Reduz-se o risco de errar. Para facilitar o entendimento, pesquise antes.

18. Não apostar somente em declarações da fonte. Um exemplo bizarro: ela pode dizer que quem descobriu a América foi Américo Vespúcio, e o bolsista ou jornalista propagar essa informação no texto, ou mesmo afirmar que tal obra está encerrada, quando ela ainda não tem energia elétrica, ou ainda que uma pesquisa ”foi feita na capital da Austrália, Sydney“. Na dúvida, pesquise e confirme com o entrevistado. A apuração inclui também observação do repórter/bolsista, pesquisa, cruzamento de dados e a escuta de outras pessoas.

19. Não se contente com um só entrevistado, a não ser que ele seja a única pessoa relevante para a matéria e o tempo para a publicação do texto esteja muito próximo do fim.

20. Procure falar com fontes externas que irão participar de eventos na UFJF. Por exemplo, professores da Instituição Tal que darão palestras na universidade. Os organizadores do evento podem informar o telefone ou este ser obtido através de consulta à organização em que trabalham. Persista na busca. Além disso, procure fotos deles na internet, copie e identifique de onde retirou, ou solicite à fonte que as envie por e-mail. Lembre-se de inserir o crédito da foto.

21. Isso vale também para não ater-se somente a pró-reitores, diretores, ou outras pessoas com cargos de chefia, em pautas que os envolve. Eles coordenam um processo, mas outros funcionários ficam à frente das atividades. O depoimento e informações dessas pessoas podem enriquecer a matéria. Pergunte aos ocupantes desses cargos se podem indicar uma fonte complementar.

22. Valorize o gancho de atualidade da notícia. Nem sempre o comunicado dos fatos chega à Secom assim que acontecem, portanto, é preciso encontrar um dado novo para atualizá-lo. A sugestão pode partir tanto da pauta quanto do repórter ou da fonte. Se não há como reverter, deixe a data antiga para o sublide ou outra parte do texto.

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Não abra a notícia com a data já velha.

23. Relacione a aplicação prática de um recurso ou projeto e os beneficiados com isso. Se a UFJF vai receber recursos para pós-graduação, saiba em que e como eles serão aplicados. Qual é a opinião dos professores que vão receber o aporte, equipamentos? Como será revertido em pesquisa? Para que ela servirá? Em que beneficiará a sociedade? Isso ajuda a contextualizar a notícia e desloca-a dos números apenas.

24. Geralmente, essas informações são mais importantes ou interessantes do que ”será realizado no dia tal, às tantas horas, em tal lugar, o evento“ ou ”a Universidade Federal de Juiz de Fora promove, realiza...“. Evite trabalhar no “piloto automático”, fazendo lides-padrão, que só tornam a leitura entediante.

25. É interessante também saber a repercussão de uma notícia, seja entre funcionários, alunos, comunidade externa ou autoridades.

26. Ainda que o portal da UFJF ou outros veículos sejam institucionais, eles não são meios de promoção pessoal. Evite desviar o conteúdo jornalístico da informação. Ela precisa ser de interesse público, ainda mais para alcançar a mídia, que tem esse ideal de trabalho.

27. Base para algumas perguntas importantes para aplicação em pautas diversas: Por que você/sr. acha isso? Ex: ”O amarelo é bonito“. Por quê? Exemplo? Em que esse recurso será aplicado? Como beneficiará a sociedade? Como se explica didaticamente o fenômeno? Qual é a fonte dessa informação? Há números, estatísticas? Como, onde e quando foram obtidos? Comparativos: é o maior, menor, o primeiro? Quanto representa do total, se está crescendo ou caindo, qual a relação com

a média?

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Os números fazem sentido? Quantos participam do evento? Quem participa? Quem promove? Com que frequência isso ocorre? Qual a história do acontecimento? É a primeira vez? Quando foi a última? Próximos passos? Provêm das clássicas: Quem? Quando? Qual? Quanto? Quantos? Por quê?

Para quê? Onde? Como? [FSP, JORD]

28. Solicitar fotos que ilustrem o release e que não puderam ser tiradas a tempo (por exemplo, durante um evento fora da cidade, o qual não teve cobertura da Secom). Peça ou produza também: tabelas, gráficos, documentos (exemplo: certificados, carta de reconhecimento, relatório, pois podem conter mais dados interessantes, pautas ou serem escaneados ou fotografados), sugestão de links etc. Eles podem servir de apoio ou prova à apuração e como enriquecimento do texto. Caso não seja permitido tirar cópia ou levar um documento importante, peça para fotografá-lo.

29. Se for difícil descrever um local, com muitos detalhes, fotografe-o.

30. Releases de outras instituições tornam-se pautas para a Secretaria de Comunicação, exceto, em alguns casos, os textos produzidos pelas assessorias da própria UFJF, estruturadas e com jornalista, que poderão ser publicados na íntegra.

Ao entrevistar

31. Sempre se identifique como bolsista ou jornalista da Secretaria de Comunicação e explique a finalidade do contato.

32. Prefira a entrevista por telefone ou pessoalmente ao e-mail. Pelo e-mail, ”o repórter não pode interagir com o entrevistado, aprofundar uma resposta, contrapor, esclarecer

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dúvidas. As respostas sempre soam mais artificiais, mais formais, menos precisas. É sempre um problema garantir que o próprio entrevistado tenha respondido às perguntas“, afirma a coordenadora de trainees da ”Folha de S. Paulo“, Ana Estela dos Santos Pinto (2009). A reposta pelo e-mail também pode demorar, e a pauta cair ou ficar desatualizada.

33. Evite perguntas que possam ser respondidas com “sim” ou “não” – a não ser que você tenha outra preparada para engatar na sequência e explorar melhor a resposta. A forma como você pergunta afeta a qualidade da resposta. Se a entrevista é parte de uma apuração e você só quer obter informação, não importa que sua pergunta inclua uma resposta. Por exemplo: Esse assalto foi a situação mais difícil pela qual você já passou? Ou Você teve medo quando foi feita como refém?. Mas, se seu objetivo é publicar respostas, faça perguntas que resultem em boas frases, como O que você pensava enquanto era mantido refém? ou Compare o momento do assalto com outros momentos difíceis da sua vida. (PINTO, 2009)

34. Em entrevistas que têm como objetivo mostrar o personagem, perguntas abertas funcionam melhor. Em vez de Ficou triste quando perdeu o festival?, é melhor algo como O que sentiu quando o nome do vencedor foi anunciado e não era o seu? (PINTO, 2009)

35. Algumas perguntas são inúteis ou até prejudiciais. Como o senhor vê tal coisa? ”Com os olhos“ seria uma resposta apropriada. Mau humor à parte, o problema é que a pergunta é ampla demais e não leva a uma resposta objetiva. O que afinal você quer saber do entrevistado? Quer saber se ele é contra ou a favor? Se prevê sucesso ou fracasso? Se acha grave ou irrelevante? Faça a pergunta específica. (PINTO, 2009)

36. Outros exemplos: Como você se sente após ganhar a medalha de ouro? (ou a variante Como se sente depois da morte de sua mãe?). Faça questões objetivas: Qual a primeira coisa que pensou quando terminou a partida? Em quem pensava na hora da entrega de medalhas? Ter ganhado o ouro pode fazer com que diminua o ritmo de treinamento? Ou, de outra parte: Por qual característica você gostaria que sua mãe

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fosse lembrada? Quando foi a última vez em que se falaram? Que planos ela fazia para seu próximo trabalho? (PINTO, 2009)

37. Mais ocasião de pergunta não recomendada: Quando o senhor foi eleito governador? (e outras da mesma linha, como Quando o senhor foi eleito reitor?). “Não revele ignorância quando for entrevistar alguém. A lição de casa do repórter é saber informações básicas sobre seu personagem”. (PINTO, 2009)

38. Há perguntas que induzem o entrevistado a uma resposta simples: sim, não, amanhã, verde. São o que chamamos de perguntas fechadas. O senhor vai ser candidato ao governo? Outras perguntas, chamadas de perguntas abertas, resultam em respostas menos diretas, mais elaboradas: Qual sua opinião sobre a possibilidade de reeleição? Qual o efeito de cada tipo de pergunta? Quando elas são mais eficientes? Perguntas fechadas são boas quando nosso objetivo principal é esclarecer uma situação, obter informações, não declarações. Quando queremos fazer um perfil, ou recolher informações que nos permitam fazer um relativo mais narrativo, devemos usar perguntas abertas. (PINTO, 2009)

39. Prefira aguardar ao telefene quando o entrevistado estiver ocupado e você precisar falar com ele naquele momento. [BLOG TR.]

40. Não prometa quando a matéria será divulgada nem o espaço ou tempo que a notícia ocupará no portal, isso cabe aos jornalistas da Secom, pois possuem planejamento para a postagem de notícias. Explique ao entrevistado que a notícia/matéria será enviada para revisão textual, edição, e em seguida publicada no site. Em caso de dúvida, peça para entrar em contato com os jornalistas.

41. Caso o entrevistado queira ler a matéria antes de ser publicada, explique que ela será enviada primeiramente aos jornalistas da Secom, que farão a edição do texto e analisarão a solicitação. Em alguns casos, se a notícia não é extremamente técnica, polêmica, a apuração foi bem feita, e o tempo para a publicação for curto, a leitura da notícia pela fonte pode ser prescindível.

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42. A apuração precisa e a confiabilidade das declarações da fonte estimulam uma relação de confiança com o entrevistado. Por isso, use gravador para retirar as dúvidas da anotação, manter a literalidade das falas selecionadas para aparecerem entre aspas (discurso direto) e servir como prova da apuração. Por ficar disponível no site, uma reclamação pode aparecer meses ou anos após a publicação da notícia.

43. Se o entrevistado não quiser dar entrevista, explique que as informações dele são relevantes, necessárias para o entendimento da notícia, e o porquê de escolhê-lo. Caso recuse, pergunte se indica outra fonte e os contatos dela. Informe a recusa à equipe de jornalistas.

44. Na entrevista pingue-pongue (PR) já redigida, utilize Portal da UFJF, na primeira pergunta em negrito. Na primeira resposta, inclua o nome completo do entrevistado também em negrito. Nas sequências seguintes, não é necessária essa identificação, basta que a pergunta esteja em negrito.

45. Avise ao entrevistado que há a possibilidade de ele ser procurado pela imprensa, pois a notícia do portal será encaminhada aos veículos de comunicação. Anote os contatos dele (telefone residencial, celular, de trabalho, e-mail), no corpo do e-mail que usará para enviar o release para edição. Lembre-se dessa ação, para atualizar a agenda de contatos da Secom, evitar que os dados fiquem com uma só pessoa, que os editores da Secretaria e a imprensa encontrem-no facilmente. O e-mail é necessário também para encaminhar às fontes os comentários postados no site.

Ao escrever

46. Não espere para começar a escrever a matéria, mesmo que falte entrevistar alguém. Adiante o que for possível e esteja atento ao deadline. De nada adianta uma boa apuração se o texto é ruim, escrito mais às pressas do que o de costume.

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47. As matérias devem ser claras e concisas. O repórter deve optar sempre pela simplicidade, escrever de forma direta, em linguagem acessível, e evitar alongar-se sem necessidade (ver orientações de padronização e estilo). A economia de palavras pode tornar mais fácil a compreensão do texto. (Senado Federal, 2001) Isso não significa escrever um texto telegráfico e dar pouca importância a assuntos que desconhece ou que não tem afinidade.

48. É importante distinguir, na hora de rever suas anotações, o que é informação básica, que precisa estar no texto de qualquer forma, do que é o lide. Por exemplo, se um pró-reitor der uma coletiva, são informações básicas o nome completo dele, seu cargo, sua idade, sua relação com a notícia, o que ele disse na coletiva, quando e onde ele falou, para quem e por quê. Mas o lide será, de tudo o que disse o pró-reitor na coletiva, aquilo que for mais interessante e/ou importante. A principal informação, declaração ou opinião do pró-reitor.

49. Nunca reproduza sem checar informação publicada em outros veículos, assessorias. Jornalistas erram; não reproduza o erro dos outros. (PINTO, 2009)

Para finalizar

50. Checar as informações antes de entregar o texto. Atenção a números, datas, nomes (pedir para soletrá-los), cargos, locais, horário, telefone para outras informações.

51. Verifique se as informações estão completas. Exemplo: inscrições em um evento ou ato administrativo. Quando devem ser feitas?, Horário? Onde? (o local precisa de referência para ser melhor localizado?), Quem pode se inscrever?, Quanto custa?, Há valores diferentes para estudantes, profissionais etc.?, Como devem ser feitas: on-line (qual site), pessoalmente, por procuração (qual tipo: simples ou com registro no cartório), por telefone (qual)?

52. Cruzar as informações. Isso vale para observação x documentação x fonte. Ex.: um coordenador de curso anuncia em entrevista que a faculdade tal ganhará um novo

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bloco de ensino ou que passará por reforma curricular. É preciso confirmar com o pró-reitor de Infraestrutura a construção do novo prédio. Em caso de dúvida, consulte também os jornalistas.

53. Sugerir links para matérias publicadas na própria página da UFJF. Nem sempre o internauta que lerá a notícia recente leu as anteriores. É possível que tenha interesse em conhecê-las. Copie e cole o título e o link no final da matéria para poder ser incluído na postagem. (No Internet Explorer, clique com o botão direito em cima do título da matéria, selecione ”copiar link“). O link deve vir precedido pela frase Leia mais:

54. Acrescente sempre telefones para outras informações. Insira o DDD, pois o release é encaminhado para a imprensa regional e, possivelmente, nacional. Escreva entre parênteses o nome do setor ou pessoa para contato. Ex.: Outras informações: (32) 2102-3967/3997 (Secretaria de Comunicação). Disponibilize também endereço de site. Confira se o número e o endereço eletrônico divulgado estão funcionando.

55. Somente divulgue o número do celular e o e-mail da fonte no release se ela autorizar.

56. Encaminhe os textos prontos para imprensa@ufj f .edu.br (edição) e [email protected] (revisão).

57. Após o envio do texto, atualize o status da pauta no programa de pautas. Esse controle é importante, porque facilita o planejamento e a visualização da produção.

58. Verifique as correções mais frequentes na lista elaborada pela equipe de revisão (bolsistas de Letras) e no Informe Secom encaminhado por e-mail para todos os bolsistas e jornalistas de Divulgação.

59. No entanto, não deixe a cargo da equipe de revisão a correção de erros que o próprio repórter poderia ter verificado, seja por meio de mais leituras, o uso do corretor ortográfico do editor de texto, a consulta aos revisores ou o aprimoramento na língua

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portuguesa. Lembre-se de escrever conforme o novo acordo ortográfico. O profissional deve eliminar também os espaços extras entre as palavras.

60. Após a revisão, o texto ainda será editado para então ser publicado. Verifique se houve alteração no texto original. Quem fez a edição também tem a meta de mostrar o que foi modificado. Discuta com quem editou o porquê de determinadas mudanças.

61. O repórter deve redigir seu texto como se fosse o texto final a ser divulgado. Embora eles possam ser alterados pelos editores, cada repórter deve escreve-los de modo que possam ser imediatamente divulgados. Não se deve ser tolerante com eventuais dúvidas e erros sob o argumento de que o texto passa necessariamente pelos revisores e editores antes da publicação. (Senado Federal, 2001)

Clipping

62. Siga o que está recomendado no Manual de clipping.

63. Verifique na aba “Demandas da imprensa”, no programa de pautas, quais foram os pedidos no dia anterior, pois permitirá saber em quais veículos a UFJF pode ter sido citada.

64. Deposite os jornais descartados na caixa “Jornais usados no clipping”, com o objetivo de evitar que o material fique espalhado e difícil de ser localizado. Lembre-se de esvaziá-la também.

65. Para fazer o clipping acesse sempre o e-mail com alertas de notícias do Google sobre a UFJF.

Fotos e Arte

66. Entregar o texto com fotos/logo e programação do evento. Solicite à fonte e à equipe de produção de arte, busque na internet, solicite nas assessorias etc.

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67. Extraia fotos somente de sites que permitam a reproduzação da imagem. Informe sempre o crédito da foto.

68. Peça autorização para tirar foto de qualquer pessoa e informe-a que será publicada no portal da UFJF, em outros veículos da instituição e poderá ser encaminhada à imprensa.

69. Em vez de uma simples tabela no Word para ilustrar o texto, solicite uma arte ao setor responsável por essa atividade da Secom. O conteúdo da arte é de responsabilidade do repórter (bolsista, jornalista). Por isso, é preciso informar todos os dados corretos, e padronizar a informação conforme este manual. Por exemplo, transforme as palavras em caixa alta, verifique siglas, simplifique os dados. A arte será incluída no portal. No texto que será encaminhado à imprensa, não insira a arte, mas sim a tabela, pois poderá ser trabalhada com mais maleabilidade pela imprensa.

70. Quando não acompanhado de fotógrafo, utilize a máquina fotográfica da Secom. Atenção: ela é sempre configurada pelo fotógrafo, evite fazer alterações. Mude somente quando for realmente necessário. Evite o uso do zoom, se possível, aproxime-se do objeto ou pessoa a ser fotografado, pois há perda de resolução.

71. Busque fazer fotos que se relacionem e explorem a notícia. Evite fotos posadas ou de ambientes vazios. São interessantes, por exemplo, as que mostrem: movimento; a personagem desenvolvendo o tema da notícia; conversando, gesticulando (se estiver sozinho, peça para alguém conversar com o personagem enquanto tira a foto); em ambiente citado na matéria.

72. Faça as fotos “obrigatórias”, tradicionais, mas aposte em ângulos criativos, ousados, que despertem a atenção e revelem percepções diferentes sobre o tema.

Atendimento à imprensa

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73. Bolsistas são solicitados para auxiliarem no atendimento às demandas da imprensa. No entanto, não atenda-as diretamente. Repasse-as para os jornalistas.

Outros

74. Ao fazer matérias para a IPTV ou TVUFJF do Youtube, escreva texto também para o Portal.

75. Alteração de horário: combine com os jornalistas e registre essa mudança no programa de pautas.

76. Não use informações privilegiadas para fins próprios – em primeira mão a que tenha acesso, por exemplo. Não é ético tampouco adequado a um trabalho de assessoria de comunicação privilegiar um veículo. Espere a informação se tornar pública, seja no site, revista, jornal, perfis oficiais do Twitter (@ufjfnoticias e @ufjfvestibular) ou outro meio de informação da Secom.

77. Não é permitido copiar as agendas de contatos da Secom. São informações pessoais e de uso restrito.

78. Atender sempre o telefone do ramal 3970. Para transferir: flash + nº do ramal. Para puxar uma ligação: nº do ramal + 8Se um ramal discado estiver ocupado, disque-o novamente e tecle 6. Assim que a linha chamada desocupar, o ramal da Secom irá tocar.Ramais:3967 – jornalistas de assessoria de imprensa3997 – secretária3966 – coordenadora de Eventos e Cerimonial3969 – produção de imagens e desenvolvimento web3968 – secretárias

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PADRONIZAÇÃO E ESTILO

Adjetivos (Senado Federal, 2001) (FOLHA, 2001) – o texto jornalístico elegante é econômico em adjetivos. Usam-se apenas quando for relevante no contexto. Em lugar do adjetivo extenso para qualificar um relatório, por exemplo, é preferível informar o número de páginas do documento. Deve-se evitar também a imprecisão de alguns, diversos, muitos, poucos. Outros exemplos: em vez de bonito/feio, verdadeiro/falso, certo/errado, usar redondo/quadrado, barroco/clássico, amarelo/azul. Em vez de o artista trabalha com telas grandes, procure dar dimensão, se não exata, pelo menos aproximada das telas.

Nos editoriais, comentários, críticas e artigos, permitem-se maior liberdade para o uso do adjetivo. Mesmo assim, recomenda-se usá-lo com sobriedade. A opinião sustentada em fatos é mais forte do que apenas ou excessivamente adjetivada.

Advérbios (FOLHA, 2001): evite advérbios que expressem juízos de valor: certamente, evidentemente, efetivamente, bastante, fielmente, levemente, definitivamente, absolutamente. Não se fazem restrições a advérbios que ajudem a precisar o sentido, como os de lugar (acima, abaixo, além) ou tempo (agora, ainda, amanhã).

Aids (FOLHA, 2001): não precisa escrever o significado. Não usar aidético. Usar ”doente de Aids“ ou ”tem Aids“. Não confunda ter Aids com ser portador do vírus HIV ou soropositivo. Uma pessoa pode ter sido contaminada pelo vírus, mas não ter desenvolvido a doença.

Além disso/além do que (FOLHA, 2001): evite. Em geral, pode ser substituído por e ou por um ponto.

Americano (FOLHA, 2001): admite-se o uso do termo para designar cidadão dos Estados Unidos da América.

Antigo (FOLHA, 2001): não escreva o antigo presidente, mas sim, o ex-presidente. Pode ser empregado também então, desde que haja referência ao período de tempo em que a

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pessoa ocupava a função ou o cargo: ”Nos anos 50, o então presidente, Fulano de Tal, decidiu...“

Arte (FOLHA, 2001): não use o jargão para remeter o leitor do texto a um quadro, gráfico, mapa ou tabela.

Aspas (Senado Federal, 2001) (FOLHA, 2001)

As aspas serão usadas quando, em discurso indireto, o repórter reproduzir parte da fala ou quando citar trechos de documentos. O uso de frase entre aspas na abertura de uma matéria só será aceito quando a frase for curta e de impacto. Colocar uma única palavra entre aspas não é bom recurso estilístico, pois torna o texto ambíguo. O termo pode assumir sentido pejorativo ou levar o leitor a crer que seu uso entre aspas signifique manifestação de ironia e que deveria ser entendido no sentido oposto ao conhecido. Se a intenção do repórter é indicar que aquela foi exatamente a expressão usada por alguém, deve reproduzir uma frase completa ou um trecho mais extenso da declaração.

Use também para destacar títulos de livros, obras artísticas (filmes, peças de teatro, música etc.), revistas e jornais, exceto Portal da UFJF, que aparece com iniciais maiúsculas.

Em transcrições, a pontuação ficará dentro das aspas se a declaração constituir período completo, todo ele entre aspas: "Eu não renuncio." Foi assim que o presidente começou seu discurso. Mas: O presidente disse: "Eu não renuncio". (Perceba que, neste caso, a fala encerra o período)

Admite-se usar aspas simples (' ') no lugar das aspas quando a palavra ou expressão destacada fizer parte de período já entre aspas: Diz a nota emitida pela embaixada: "A insinuação de que a embaixadora Jeanne Prodotti estaria 'envolvida na desestabilização do governo' não procede". Mas tente evitar esse tipo de construção. É melhor: A nota oficial do governo diz que não procede a acusação de que a embaixadora Jeanne Prodotti está "envolvida na desestabilização do governo".

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Evite o uso de aspas simples seguidas de aspas normais: A nota oficial do governo diz que não procede a "insinuação de que a embaixadora Jeanne Prodotti estaria envolvida na 'desestabilização do governo'".

Evite também as construções em que apenas o ponto separa aspas fechadas de outras que abrem nova frase: O acusado disse que estava "enlouquecido no momento da briga". "Estou arrependido", acrescentou. Escreva: O acusado disse que estava "enlouquecido" no momento da briga. "Estou arrependido", acrescentou.

Não use aspas quando: elas repetem algo que você já disse no texto – Para conquistar o público jovem, galerias de arte estão expandindo seu horário e promovendo um outro tipo de evento: baladas. ”Queremos atrair uma faixa de público mais jovem“, diz a galerista Fulana.

Assassinar - use sempre que alguém tira deliberadamente a vida de outra pessoa. Quando não houver premeditação ou a morte for provocada em legítima defesa, use matar. Não chame de assassino quem não foi julgado e condenado em última instância. Nesse caso, use acusado do assassinato ou suposto assassino.

Bibliografia (FOLHA, 2001): para ser útil, precisa conter mais informações. Exemplo: ”À la Recherche du Temps Perdu“ (Em busca do Tempo Perdido), de Marcel Proust. Paris, Gallimard, 1999, 7 volumes. 2 mil francos (R$ 400). www.tempsperdu.com.fr

Boxe (Senado Federal, 2001) – mediante entendimentos com a equipe de jornalista, o repórter poderá elaborar um texto acessório ou boxe, que conterá informações suplementares ao texto principal. O jargão jornalístico boxe não deverá, entretanto, ser usado no texto para remeter o leitor a um quadro na mesma página.

Cacófato (FOLHA, 2001): embora o portal, revista e jornal não sejam lidos em geral em voz alta, evite – especialmente em títulos – a ocorrência de termo chulo ou desagradável

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formado pela união das sílabas finais de uma palavra com as iniciais de outra: por cada, conforme já, marca gol, nunca gostou, confisca gado, uma herdeira, boom da construção.

Cacoetes de linguagem (FOLHA, 2001): corte ou substitua as expressões abaixo, sempre que for possível, em textos noticiosos:

a todo vapor a toque de caixa abrir com chave de ouro antes de mais nada ao mesmo tempo aparar as arestas ataque fulminante até porque atirar farpas atuação impecável ( i rretocável,

irrepreensível) avançada tecnologia caixinha de surpresas calorosa recepção caloroso abraço calorosos aplausos carreira brilhante (meteórica) catapultar chegar a um denominador comum com direito a confortável mansão consequências imprevisíveis consternar profundamente corações e mentes coroar-se de êxito correr por fora

debelar as chamas detonar um processo dispensa apresentação do Oiapoque ao Chuí duras (pesadas) críticas em nível de enquan to [ s i gn i f i cando "na

condição de"] equipamento sofisticado erro gritante escoriações generalizadas e s t r o n d o s o ( f u l g u r a n t e ,

retumbante) sucesso extrapolar familiares inconsoláveis fazer uma colocação fez por merecer fonte inesgotável fortuna incalculável gerar polêmica importância vital inflação galopante inserido no contexto levantar a questão líder carismático literalmente tomado

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luz no fim do túnel monstruoso congestionamento na vida real no fundo do poço o cardápio da reunião óbvio ululante pavoroso incêndio pelo contrário perda irreparável perfeita sintonia por outro lado por sua vez preencher uma lacuna prejuízos incalculáveis

quebrar o protocolo requintes de crueldade respirar aliviado rota de colisão ruído ensurdecedor ser o azarão sonora (estrepitosa) vaia tirar uma resolução trair-se pela emoção trocar figurinhas verdadeiro tesouro via de regra visivelmente emocionado vitória esmagadora

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DescompliqueDescompliqueEm vez de... Use...colisão batidacontundido machucadoesposa mulherfalecer morrermansão ou residência casamiserável pobreóbito mortesanitário ou toalete banheiroviatura carro

Quadro adaptado do: Manual de Redação da Folha de S. Paulo

Cardeal (FOLHA, 2001) - A rigor, o título deve vir antes do sobrenome do prelado: ”O arcebispo de São Paulo, dom Paulo cardeal Arns, esteve ontem com o papa João Paulo 2º“. Mas a forma é pouco coloquial. Prefira: ”O cardeal arcebispo de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns ou o cardeal Arns“. Jamais escreva ”o cardeal dom Paulo“, nem ”dom Arns“.

Cargos e funções

Escreva sempre com minúsculas.

Em caso de cargos com titulação composta, geralmente não se usa hífen quando for possível acrescentar antes do segundo termo a expressão da área. Exemplos: diretor (da área) comercial, diretor (da área) industrial. Usa-se o hífen nos outros casos: diretor-presidente, diretor-executivo.

Quando o personagem ocupa um cargo, deve ser identificado, na primeira referência, por cargo e nome completo (ou o sobrenome mais usado pela fonte). É em função do cargo ou atividade que, em geral, elas se tornam notícia. Exemplo: o coordenador do curso de Geografia, Fulano de Tal,... A única exceção é para cargos com nomes muito longos. Exemplo: O engenheiro João da Silva,

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presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi), garantiu ontem que... (MARTINSl, 1997)

Nas demais menções, no decorrer do texto, usa-se o cargo, o nome mais conhecido ou a sigla.

(Senado Federal, 2001) Usa-se vírgula entre o cargo e o ocupante do cargo apenas quando uma só pessoa desempenha a função: o presidente da República, Fulano de Tal, decretou...; o reitor da UFJF, Beltrano de Tal; o pró-reitor de pesquisa, João da Silva; o coordenador do curso de Nutrição, Maria da Silva, ....

Mas não se usa vírgulas quando mais de uma pessoa pode ocupar o cargo: o ex-presidente da República Beltrano; a aluna do quinto período de Comunicação Social Fulana de Tal; a professora do curso de Fisioterapia Maria da Silva (há várias pessoas, alunas, professoras que se enquadram em cada exemplo, por isso não se emprega a vírgula)

(Senado Federal, 2001) Uma figura pública pode ser tratada pelo prenome ou apelido a partir da segunda vez que é mencionada em um texto, desde que seja mais conhecida assim. Exemplo: Getúlio, para Vargas; Jango, para João Goulart; Pelé, para Edson Arantes do Nascimento; JK, para Juscelino Kubitschek.

(Senado Federal, 2001) Escrevem-se com hífen o cargo de primeiro-ministro; a posição de primeira-dama; os cargos que têm o adjetivo ”geral“ (secretário-geral, procurador-geral); e os postos e graduações da hierarquia militar e da diplomacia. Os prefixos ex- e recém sempre precedem o hífen: o ex-vice-presidente, o recém-chegado diretor.

Cerca de (FOLHA, 2001)- Evite. A melhor informação é sempre a mais precisa. Quando for indispensável, use apenas para números redondos e que não possam ser contados

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com facilidade: cerca de 200 pessoas estavam na festa, nunca cerca de 157 pessoas estavam na festa nem cerca de 11 bailarinos estavam no palco.

Checagem de informações (FOLHA, 2001): nomes próprios e informações de serviço são fontes constantes de erro. Peça ao entrevistado que soletre o nome dele e verifique a ocorrência de acentos. Informações como endereços, horários de funcionamento, preços, contas bancárias para depositar taxa de inscrição etc. devem ser conferidas rigorosamente. Imagine os problemas que podem ocorrer com um simples horário errado: chegar atrasado, perder o evento, ter vencido o prazo para inscrição em um curso, disciplina...

Telefones devem ser verificados a partir do número que consta no texto já redigido, e não a partir de anotações, para que seja possível constatar eventuais erros de digitação.

Cidades (Senado Federal, 2001) – Abreviam-se apenas em títulos, quando for necessário reduzi-los: JF (Juiz de Fora); SP (São Paulo); BH (Belo Horizonte); NY (Nova York); LA (Los Angeles). Rio de Janeiro é Rio e não RJ.

Citações (Senado Federal, 2001)/Declaração textual (FOLHA, 2001)

Citações devem ser usadas com parcimônia. Mesmo em uma matéria sobre um pronunciamento, não se deve abusar do discurso direto. Alguns recursos para variar o texto são: sintetizar o pensamento do personagem da matéria; usar discurso indireto, abrindo aspas para uma frase – evitar colocar entre aspas palavras ou expressões isoladas –, e reproduzir as ideias usando as palavras do autor, sem as aspas.

Quanto menos usado o recurso de declaração textual, mais valor ele adquire. Reserve-o para afirmações de grande impacto, por seu conteúdo ou pelo caráter inusitado que possam ter: ”Cunhado não é parente“, disse o governador [sobre nepotismo]; ”Graças a Deus chegamos a um acordo“, afirmou o presidente, que se diz ateu. A reprodução das declarações deve ser literal. Só podem ser

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reproduzidas entre aspas frases que tenham sido efetivamente ouvidas pelo bolsista/jornalista, ao vivo ou em gravações. Use o gravador para garantir a literalidade.

Por isso, reproduza apenas as frases mais importantes, expressivas e espontâneas: O jogo terminou às 15h45, em vez de Segundo o juiz, ”o jogo terminou às 15h45“ ou Conforme o coordenador, ”as inscrições devem ser feitas até o dia 10, no site do evento“. Informações de caráter universal ou de fácil averiguação não devem ser atribuídas a alguém, mas assumidas pelo bolsista/jornalista: A água ferve a 100ºC, e não ”A água ferve a 100ºC“, informou o químico.

Reproduzir declarações textuais confere credibilidade à informação, dá vivacidade ao texto e ajuda o leitor a conhecer melhor o personagem da notícia.

Na reprodução de declaração textual, seja fiel ao que foi dito, mas, se não for de relevância jornalística, elimine repetições de palavras ou expressões da linguagem oral: hum, é, ah, né, ta, sabe?, entende?, viu?

Para facilitar a leitura, pode-se suprimir trecho ou alterar a ordem do que foi dito – desde que respeitado o conteúdo.

Não usar travessão para indicar início de fala. A declaração deve estar entre aspas.

Na necessidade de chamara a atenção do leitor para algo de errado ou estranho em declaração, admite-se o uso da expressão latina sic (assim mesmo) entre parênteses. Restrinja o uso desse recurso.

Ao introduzir informações em declarações textuais, use colchetes para deixar claro que se trata de inclusão da Redação. ”Aquilo [a Polinésia] é um paraíso“,

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disse o autor. ”O Departamento [de Transportes] é veementemente contrário à implantação da nova rodovia“, afirmou o professor.

Cuidado com os sujeitos e os verbos ao reproduzir declarações textuais. Não escreva: A testemunha declarou que ”vi com meus próprios olhos“ nem A testemunha declarou que ”viu com seus próprios olhos“. Use: ”Vi com meus próprios olhos“, disse a testemunha; ou A testemunha disse ter visto com seus ”próprios olhos“, ou ainda A testemunha disse: ”Vi com meus próprios olhos“.

Citações/correção (Senado Federal, 2001) – a fonte não está livre de cometer equívocos. O repórter deve tomar cuidado ao reproduzir a fala de alguém que possa ter cometido erros de português ou ferido a lógica ou os fatos. Se houver dúvida quanto a dados mencionados por uma fonte, por exemplo, o melhor é pesquisar e procurar esclarecimento com ele.

Contemplar - significa olhar, considerar ou dar algo. Evite usar como sinônimo de prever, estabelecer ou regular: A Constituição estabelece a punição, e não A Constituição contempla a punição.

Cronologia (FOLHA, 2001): é uma maneira importante de contextualizar para o leitor um assunto que vem se desdobrando e culmina num fato de grande importância. A cronologia rememora os eventos passados numa sequência que dispensa qualquer construção de texto além das datas e dos acontecimentos que nelas se sucederam.

Custos (FOLHA, 2001): informe sempre o custo de promoção, projeto, bolsa, inscrição, salário, evento ou realização que sejam objeto da matéria. Quando se tratar de projetos ou obras públicas, os contribuintes, que as financiam com o pagamento de impostos, têm o direito de saber o seu custo.

Gravador (FOLHA, 2001): deve-se usar gravador em qualquer entrevista, ainda que a gravação não venha a ser usada. O repórter que usa gravador fica ao abrigo de

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desmentidos. A gravação permite citação textual exata, embora o aparelho possa intimidar o entrevistado. Portanto, quando for apenas pegar um dado, como o início de tal projeto, a data de inscrição etc. o gravador pode ser dispensável. Quando busca uma declaração, grave.

O uso do gravador não dispensa as anotações. Convém anotar palavras que identifiquem passagens importantes e o número ou tempo que corresponde a cada uma delas no marcador do aparelho, para facilitar a consulta.

Lembre-se de testar o gravador. Se possível, identifique e arquive a gravação no computador.

Exemplos de abreviaturas que podem facilitar a anotação:- $: dinheiro, recursos- Br.: Brasil- Dq: Henrique Duque- Enga. – Faculdade de Engenharia- hj: hoje- JF: Juiz de Fora- msm: mesmo- parte de uma palavra seguido de um traço (-): normal- : normalmente- PG – pós-graduação- pq: porque- psq: pesquisa- qq: qualquer- tb: também- td: tudo- UF: UFJF

Data redundante: não é necessário reforçar o mês e ano em que um fato ocorrerá, quando a página em que aparece a notícia está datada e o fato ocorre em tempo próximo. Fica redundante. Em vez de: Até a próxima quarta-feira, 14 de abril de 2010, os

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interessados podem se inscrever... Use apenas: Até a próxima quarta-feira, 14 (ou dia 14), os interessados podem se inscrever...

Deus/deus (FOLHA, 2001): escreva com maiúscula apenas quando designar o ser transcendente, único e perfeito das religiões monoteístas: "Tudo no mundo emana de Deus", disse o religioso.

Evite construções em que Deus é substituído por um pronome, o que obrigaria a grafar a letra inicial do pronome com maiúscula: Implorou-Lhe perdão. Evite também a palavra Senhor. Nos dois casos, mantenha a maiúscula quando se tratar de texto ou fala de religioso.

Use minúscula quando designar deuses de mitologias, em sentido figurado ou concreto: Os egípcios reverenciavam inúmeros deuses; Jogou como um deus; A palavra deus é masculina.

Dias da semana (FOLHA, 2001): sempre com minúscula: domingo, segunda, terça. Em título, admitem-se as formas reduzidas 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª.

Dias do mês (FOLHA, 2001): sempre com numeral cardinal, exceto do dia 1º, com ordinal: 1º de outubro, 25 de março.

Dimensão (FOLHA, 2001):

Forneça sempre com exatidão as dimensões de objetos e estruturas noticiadas com destaque na reportagem. Evite adjetivos imprecisos. A ponte tinha 75 cm de largura, em vez de a ponte era estreita; o prédio tem 32 andares, em vez de o prédio é alto.

Quando um número não for suficiente para o leitor compreender a dimensão, use um termo de comparação capaz de dar uma noção que possa ser melhor visualizada pelo leitor: O jardim da casa do armador grego Pluto Safrós tem

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36.502 metros quadrados, o equivalente à área de quatro campos de futebol.

Quando for impossível apurar a dimensão exata, é melhor oferecer uma estimativa aproximada: cerca de 80 cm; quase 120 m; pouco mais de 90 kg. Nunca use estimativas para número que possa ser contado com facilidade (havia cerca de 11 bailarinos no palco) nem para número que não seja redondo (morreram cerca de 123 pessoas).

Ditadura (FOLHA, 2001): use com critério esse termo, que significa dominação de uma sociedade por uma pessoa ou um pequeno grupo. É melhor qualificar regimes autoritários de forma objetiva: governo militar; regime cujo presidente está no poder há 25 anos; regime de partido único.Em textos noticiosos, pode-se usar a expressão ”ditadura militar“ para designar o regime que vigorou no Brasil de 1964 a 1985. Não utilize a forma Revolução de 64 em referências ao mesmo período, que também pode ser designado como regime militar.

Dona-de-casa (FOLHA, 2001): essa palavra é preferível a suas equivalentes ”do lar“ ou ”prendas domésticas“.

E (FOLHA, 2001): Evite começar frase com a conjunção e: O ministro anunciou o novo plano econômico. E, além disso, prometeu para hoje... O e no início da frase trunca a leitura, sem acrescentar informação.

Esposa/esposo (FOLHA, 2001) - Não use. Além de soar pedante, a palavra significa originalmente prometida, noiva e não cônjuge. Qualifique casais como marido e mulher, mesmo que o casamento não esteja formalizado.

Estados (Senado Federal, 2001) – Abreviam-se somente em títulos.

Estilo (MARTINSl, 1997) - O estilo jornalístico é um meio-termo entre a linguagem literária e a falada. Por isso, evite tanto a retórica e o hermetismo como a gíria, o jargão e o coloquialismo. Registre no texto as atitudes ou reações das pessoas, desde que

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significativas: mostre se elas estão nervosas, agitadas, fumando um cigarro atrás do outro ou calmas em excesso, não se deixando abalar por nada. Em matéria de ambiente, essas indicações permitem que o leitor saiba como os personagens se comportavam no momento da entrevista ou do acontecimento.

Etc. (FOLHA, 2001)- Abreviatura da expressão latina et cetera, que significa e as demais coisas. Evite em texto jornalístico porque sugere incompletude, imprecisão. Nunca use em relação a pessoas (João, Maria etc.). Não deve ser antecedida por e ou vírgula. No caso de encerrar frase, não use ponto duas vezes: Evite a expressão etc. em títulos, legendas, olhos etc.

Ex- (FOLHA, 2001) - No sentido de estado anterior, sempre com hífen: ex-governador, ex-marido, ex-prefeito, ex-presidente, ex-voto.

O prefixo indica que pessoa ou coisa não têm mais o cargo ou condição que um dia tiveram. Não use no caso de pessoas mortas. Luís 14 não é ex-rei da França, assim como John Kennedy não é ex-presidente dos Estados Unidos: O presidente norte-americano John Kennedy foi assassinado em 1963.

Em alguns poucos casos cabe a expressão ”então ex-“: Em 1914, o então ex-presidente norte-americano Theodore Roosevelt (1858-1919) participou de uma expedição ao rio da Dúvida, na Amazônia (não era mais presidente).

Fonte (MARTINS, 1997) - Sempre que possível, mencione no texto a fonte da informação. Ela poderá ser omitida se gozar de absoluta confiança do repórter e, por alguma razão, convier que não apareça no noticiário.

Formas de tratamento(Senado Federal, 2001)

As formas senhor e senhora só serão usadas em reproduções de falas ou textos. As formas sr. e sra. só serão usadas quando seguidas do nome.

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Usa-se dona quando uma mulher é tratada pelo prenome ou quando se popularizou assim: Dona Neuma (da Mangueira), Dona Ivone Lara (nestes casos com inicial maiúscula, porque a forma ”dona“ incorporou-se ao nome). Não se usa para personalidades públicas mais conhecidas pelo prenome, adolescentes, artistas, atletas ou marginais.

d./dom: use d. como abreviatura de dom, ambas em minúscula: A independência do Brasil foi proclamada por d. Pedro I (ou dom Pedro I).

O título doutor não deve ser usado como tratamento para advogados, profissionais da área médica ou de outras áreas, independente de exercerem cargos de chefia, que devem ser tratados como ”advogado“, ”médico“ etc. No texto jornalístico, deve ser incluído apenas quando é relevante: a conferência será feita pelo professor doutor Francisco Pinotti.

Trate de forma impessoal o personagem da notícia, por mais popular que ele seja: a apresentadora Xuxa ou Xuxa, apenas (e nunca a Xuxa), Pelé (e não o Pelé), Piquet (e não o Piquet), Ruth Cardoso (e não a Ruth Cardoso), etc. Isso se aplica também em títulos. (MARTINS, 1997)

Generalizações (MARTINS, 1997) – não use. Ex.: classe ou categoria, raças, credos, profissões, instituições, etc. Os estudantes universitários, que curtem bar e boate no fim de semana (será que todos gostam desse programa?). Os alunos de Ciências Biológicas, amantes da natureza...

Gírias: apenas cite gírias em transcrição de falas – quando muito indispensável – entre aspas. (Senado Federal, 2001)

Hierarquizar os fatos (Senado Federal, 2001) – Antes de conversar com a equipe de edição sobre a matéria apurada, o repórter precisa selecionar o que é mais importante e ter claro o que é mais relevante entre todos os dados de que dispõe. (”Se já não traz na

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cabeça aquilo que mais se destaca, muito provavelmente vai enterrá-lo no meio do texto“, afirma Luiz Garcia, no ”Manual de Redação e Estilo de O Globo“.) O repórter deve organizar mentalmente o que apurou – a memória ajuda, por ser um filtro natural, retendo o que efetivamente importa.

Importância da notícia (FOLHA, 2001):

Critérios elementares pra definir a importância de uma notícia:1) ineditismo: a notícia inédita é mais importante do que a que já publicada;2) improbabilidade: a notícia menos provável é mais importante do que a esperada;3) interesse: quanto mais pessoas possam ter sua vida afetada pela notícia, mais

importante ela é;4) apelo: quanto maior a curiosidade que a notícia possa despertar, mais importante

ela é;5) empatia: quanto mais pessoas puderem se identificar com o personagem e a

situação da notícia, mais importante ela é;6) proximidade: quanto mais proximidade geográfica entre o fato gerador da notícia

e o leitor, mais importante ela é.

Horário (FOLHA, 2001)

Informe em todo texto noticioso o horário do fato relatado. Se for impossível registrar a hora exata, indique a aproximada: O presidente demitiu o ministro no final da tarde. Observe a seguinte padronização:

a) O dia começa à 0h e termina às 24h, ou meia-noite. A madrugada vai de 0h às 6h; a manhã, das 6h às 12h (ou meio-dia); a tarde, das 12h às 18h; a noite, das 18h às 24h;

b) Não use m para abreviar minutos (m é abreviatura de metro). Não abrevie o termo minutos no registro de horário: 12h45. Em cronometragem esportiva, use as abreviaturas min e s (milésimos de segundo dispensam abreviatura): Róbson

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completou a volta em 2h10min36s356, quase dois minutos à frente de Caetano;

c) Não use algarismos para registrar duração, exceto em artes: A conferência se prolongou por duas horas e 40 minutos e não 2h40;

d) Quando o fato ocorre em local com fuso horário diferente do de Brasília, indique entre parênteses o horário equivalente: A guerra começou às 2h30 de hoje em Bagdá (21h30 de ontem em Brasília).

Idade - informe a idade de personagens preponderantes da notícia. Escreva sempre com algarismos: Maria Campos, 4. Ela deve ser informada obrigatoriamente nos seguintes casos: morte, enfermidade, posse em cargo público, perfil, biografia, premiações.

Quando a pessoa não quiser informar a idade ou pedir que ela seja omitida, respeite. Não é necessário dizer no texto que ela se recusou a dizer a idade, embora em alguns casos isso possa se tornar relevante para a notícia.

Também não é necessário que a idade e outras informações de referência (localização, hora) apareçam logo no lide, congestionando-o. A prioridade é a notícia, o fato.

Infográficos (Senado Federal, 2001) – Sempre que relevante, mediante acerto com a equipe de edição e produção de arte, o repórter poderá redigir um quadro com os principais pontos de um projeto aprovado ou um depoimento importante. Se o repórter tiver dados que, embora não caibam no corpo da matéria, possam ser aproveitados em um infográfico pelo jornal, deve passar esse material à chefia de reportagem, com essa sugestão.

Informação (Senado Federal, 2001) – ”A falta de fatos deixa buracos que nenhum artifício de estilo consegue tapar“ (Luiz Garcia, ”Manual de Redação e Estilo de O Globo“). Esta afirmação aplica-se especialmente no caso de matéria sobre projeto ou relato de votação, como nas coberturas da ordem do dia.

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Itálico e Negrito

Os nomes de periódicos, sites, devem ser grafados normalmente, mantendo-se as iniciais maiúsculas: ”Le Monde“, ”Zero Hora“.

Títulos de produções artísticas, literárias e científicas (livros, filmes, peças, teses, discos, músicas, shows, exposições, obras de arte etc.), programas de rádio, televisão são escritos normalmente (redondo), com iniciais maiúsculas em cada palavra, exceto preposições intercaladas: ”E o Vento Levou...“, ”O Primo Basílio“. Devem vir entre aspas.

As palavras estrangeiras são grafadas em itálico. Nomes científicos (de famílias vegetais e animais) são sempre escritos em itálico,

com inicial maiúscula apenas na primeira palavra: Aedes aegypti, Homo sapiens.

Lead/lide (Senado Federal, 2001)

O lide deve ser redigido em linguagem direta, clara e acessível. Deve sintetizar as informações de modo a transmitir ao leitor a ideia essencial da matéria. Quando se tratar de deliberações, o lide deve anunciar a decisão e deixar claro o significado prático da proposta aprovada. A informação principal não deve se perder entre detalhes, como nome do presidente da comissão, coordenação, departamento etc. – esses dados nem sempre precisam estar no início da matéria ou ser ditos todos de uma vez. O lide deve ser conciso. Deve ser redigido preferencialmente na ordem direta (sujeito, verbo e predicado). Iniciar o lide com advérbio, gerúndio ou preposição deve ser evitado.

O lide tem por objetivo introduzir o leitor na reportagem e despertar seu interesse pelo texto já nas linhas iniciais. Pressupõe que qualquer texto publicado disponha de um núcleo de interesse, seja este o próprio fato, uma revelação, uma ideia mais significativa de um debate, o aspecto mais curioso ou polêmico de um evento ou a declaração de maior impacto ou originalidade de um

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personagem. Não existe, no entanto, um modelo para a redação do texto do lide. Nem pode ele ser realizado de maneira automática, com escrita burocrática. Se assim for feito, mesmo que ele contenha o núcleo da matéria, poderá gerar desinteresse instantâneo ou provocar no leitor a impressão de irrelevância da notícia, como a formulação: Será lançada nesta semana pela Editora X a nova tradução da ´Ilíada`, de Homero, feita por Fulano de Tal. (FOLHA, 2001)

O texto do lide dependerá também da capacidade do autor de ler a própria reportagem, trazendo ao início do texto o que desencadeará o restante, e de sua habilidade em utilizar analogias com fatos recentes para enriquecer a introdução, como no lide: A pouco mais de 300 km de onde se trava hoje o conflito de Kosovo, ocorreu a maior guerra da literatura, recontada na ´Ilíada`, de Homero. O poema épico grego ambientado em Tróia (na costa oeste da atual Turquia) acaba de ganhar uma nova tradução para o português, que será lançada nesta semana. (FOLHA, 2001)

Se os fatos são urgentes e fortes, eles tendem a impor ao lide um estilo mais direto e descritivo, respondendo às questões principais em torno do acontecimento (o quê, quem, quando, como, onde, por que, não necessariamente nessa ordem). É o que ocorre quando da morte de personagens famosos ou da revelação de um escândalo político, como no lide: O presidente eleito, Tancredo Neves, morreu ontem, dia de Tiradentes, às 22h23, no Instituto do Coração, em São Paulo. Ele tinha 75 anos. A sua morte ocorreu 38 dia após sua internação no Hospital Base de Brasília, na véspera da posse. A causa foram problemas cardíacos, provocados e agravados por infecção hospitalar. (FOLHA, 2001)

Um modo prático de aferir o interesse de uma reportagem (por exemplo, uma entrevista) cujo lide não esteja naturalmente visível consiste em contar seu conteúdo a pessoas de sua confiança, a fim de descobrir que aspecto mais chamou a atenção delas. (FOLHA, 2001)

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Exemplos de lides retirados do livro “Manual do Foca” (JORGE, 2008), quanto à pergunta-guia:

Lide “Quem”Maria Coveira. Maria Cigana. Maria Pedreira. Maria 24 horas ou simplesmente Maria do Cemitério. A Maria de tantos apelidos é Maria Aparecida dos Santos, 57, mãe de 16 filhos, que optou por um trabalho muito especial: ela faz todos os serviços do cemitério de Machado, cidade a 380 km de Belo Horizonte. Agora vai ser vereadora.

Quem faz tantos trabalhos? Maria do Cemitério. Esse tipo de lide serve para dar realce a pessoas com alguma notoriedade ou a quem se deseja destacar. Neste exemplo, a série de apelidos esdrúxulos justifica a posição de abertura da matéria.

Lide “O que”O que para muitos é motivo de orgulho, para o Banco Central é sinônimo de problema. Dono de uma coleção com cerca de 4.500 trabalhos, o banco não tem como cuidar da conservação e preservação desse acervo, formado a partir dos anos 1980, quando a instituição passou a permitir que empresas liquidadas fizessem o pagamento de suas dívidas federais com obras de arte.

”A absorção de trabalhos se deu de forma tão rápida que hoje o acervo é motivo de dor de cabeça“, informa a assessoria de imprensa do BC. A intenção é leiloar a maior parte do acervo, mas nenhuma data foi fixada para isso ainda.

Um lide ”o que“ não é muito usual. Este é um bom exemplo. O redator descobriu, acertadamente, que o objeto da ação – no caso, os quadros – era um problema para uma instituição que não foi feita para guardar obras de arte, mas dinheiro.

A afirmativa entre aspas ratif ica as informações do primeiro parágrafo. A matéria deve esclarecer quais são as principais obras recolhidas.

Lide “Onde”De seu apartamento no Hotel Maksoud Plaza, para onde se transferiu na segunda-feira, após receber alta do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, o presidente do Congresso Nacional, Antônio Carlos Magalhães, afirmou ontem à tarde que seu coração está ”maravilhoso“.

O redator considerou relevante destacar o lugar onde o senador estava, pois ele havia acabado de passar por uma série de exames e seu estado de saúde era preocupante. O Maksoud Plaza é um hotel cinco estrelas e denota o status – e ao m e s m o t e m p o a o s t e n t a ç ã o – d o parlamentar, acostumado ao brilho e à pompa.

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No mesmo salão do Palácio Facetado onde Ivan, O Terrível, comemorou em 1551 sua vitória sobre os tártaros, Mikhail Gorbatchev receberá o presidente norte-americano Ronald Reagan, em sua visita a Moscou para assinar a ratificação do Acordo de Redução de Mísseis.

O objetivo, ao começar o lide pelo ”onde“, era ressaltar os contrastes entre uma era de ”bárbaros“ e a nova era da paz. É interessante notar que um dos acordos que marcariam o fim da Guerra Fria foi assinado no Palácio Facetado.

Lide “Como”Com base em um estudo que está sendo publicado hoje, pesquisadores americanos aconselham que todas as crianças tomem vacina contra a gripe regularmente. Uma equipe da Escola de Medicina de Seattle descobriu que meninos com menos de um ano estão sob alto risco de complicações decorrentes da influenza.

Como os pesquisadores chegaram a essa conclusão? Com base em um estudo: ”com um estudo“, ”a partir de um estudo“, que pode ser detalhado em seguida.

Lide “Quando”Às 8h da última quarta-feira, a nutricionista aposentada Eugênia Gomes de Oliveira estava ansiosa para mudar de vida. Aos 68 anos, iniciava uma cirurgia de transplante de córnea no Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Para o redator, foi importante ressaltar o momento, pois a história se desenvolveria mais tarde, como novos dados: Eugênia voltaria a enxergar.

Lide “Por que/Para que”Para aumentar o número de americanos que viajam para o Brasil, a embaixada brasileira em Washington lançou o programa Visit Brazil. No ano passado, somente 500 mil – cerca de 13% - dos estrangeiros que visitaram o país vieram dos Estados Unidos.

Para que foi lançado o programa?

Quadro adaptado do livro “Manual do Foca” de Thaïs de Mendonça..

Lembrar (FOLHA, 2001)- Não use como sinônimo de dizer. Lembrar implica que o fato mencionado pelo personagem da notícia tenha realmente ocorrido: O cantor lembrou que sua turnê de 1975 foi um sucesso.

Maiúsculas/Minúsculas

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Use maiúsculas nos seguintes casos:

1) Conceitos políticos importantes - Constituição, Estado, Federação, União, República, Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, Justiça, Direito (conjunto de normas). Mas, fazer justiça.

2) Citação direta - O ministro disse: "Acabou a inflação";

3) Instituições, órgãos e unidades administrativas - Presidência da República, Supremo Tribunal Federal, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Assembléia Legislativa, Ministério da Fazenda, Secretaria da Educação, Exército, Marinha, Forças Armadas, Polícia Militar, Comissão de Relações Exteriores, Museu de Arte Moderna, Prefeitura de São Paulo, Estado (ou Província, Condado, Cantão etc., se for a divisão administrativa oficial do país em questão);

4) Nomes de datas, feriados, eventos históricos ou festas religiosas e populares - Primeiro de Maio, Dia do Trabalho, Sete de Setembro, Natal, Carnaval, Revolução Francesa, Dia D, Ramadã, Yom Kippur, Dia da Bandeira, Proclamação da República, Dia do Aviador, Guerra do Golfo;5) Título de obras (discos, livros, filmes, pinturas, esculturas, peças de teatro, óperas, programas de TV etc.) - "O Lago dos Cisnes", "O Homem que Confundiu Sua Mulher com um Chapéu", "Mulheres à beira de um Ataque de Nervos".

Artigos, preposições, conjunções e partículas átonas que ocorrerem no meio do título são grafados em minúsculas;

6) Ocidente e Oriente - Quando se referem ao hemisfério como conceito geopolítico: O antagonismo entre Ocidente e Oriente;

7) Região geográfica ou espacial, oficial ou consagrada - Triângulo Mineiro, Vale do Paraíba, Baixada Fluminense, Meio-Oeste (Costa Leste, Costa Oeste) dos EUA, Leste Europeu, Oriente Médio, Oriente Próximo, Extremo Oriente, Sistema Solar, Cruzeiro do

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Sul, Grande Ursa;

8) Período histórico consagrado ou geológico - Idade Moderna, Idade Média, Idade do Bronze, Alta Idade Média, Era Cristã, Antiguidade, Pré-História, Pleistoceno, Pré-Cambriano, o Seiscentos;

9) Leis e normas, quando constituírem nome próprio - Lei Sarney, Lei do Ventre Livre, Lei de Diretrizes e Bases, Código Penal, Plano Diretor. Mas, atenção, se a lei for conhecida apenas por seu número, use minúscula: lei nº 5.250, portaria nº 123, medida provisória 296;

10) Epítetos ("apelidos") de personagens históricos - Ivã, o Terrível; Pepino, o Breve; Ricardo Coração de Leão; João sem Terra; Maria, a Louca;

11) Prêmios e distinções - Prêmio Nobel de Medicina, Ordem do Cruzeiro do Sul, Prêmio Esso de Jornalismo.

12) Palavras hifenizadas - Lembre-se de que palavras separadas por hífen mantêm sua autonomia fonética. Assim, quando é o caso de escrevê-las com maiúscula, esta deve incidir sobre todos os elementos: Grã-Bretanha, Vice-Presidência, baía de Todos-os-Santos, Vi-o. Note que eventuais partículas átonas permanecem com minúscula.

13) Eventos esportivos e culturais: Copa do Mundo, Olimpíadas 2016. (Senado Federal, 2001)

14) Nomes dos corpos celestes: Sol, Lua, Terra, Marte. Usa-se minúscula quando em referência a condições climáticas e meteorológicas: dia de sol, lua cheia. (Senado Federal, 2001)

15) Polícia Federal; Forças Armadas e suas subdivisões (Exército, Artilharia).

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16) As polícias militar e civil e o corpo de bombeiros são escritos em maiúsculas apenas quando especificados, com seu nome próprio (Corpo de Bombeiros de Minas Gerais).

17) Símbolos nacionais: Bandeira Nacional, Hino Nacional.

18) Planos e programas de governo; relatórios de instituições públicas e privadas; tratados e acordos internacionais: Programa Nacional de Desestatização, Plano Plurianual, Orçamento Geral da União. Após a primeira menção no texto, pode-se referir apenas ao ”programa“, ao ”plano“, ao ”orçamento“, sempre em minúsculas. No caso do orçamento, usa-se maiúscula também na forma simplificada Orçamento 2010.

Quando se referir a projeto ou programa de extensão ou pesquisa, escreve-se em minúscula. A UFJF lançou o projeto Viva Vida em parceria com..., O programa Boa Vizinhança está com inscrições abertas.

19) Nome de instituições religiosas: a Igreja Católica, a Igreja Messiânica. As religiões, entretanto, são sempre em minúsculas: o protestantismo; o budismo.

21) Congressos, fóruns, seminários e ciclos de debates terão todas as iniciais maiúsculas, exceto partículas átonas. Congresso Acadêmico de Medicina, mas não virá antecedido por numeral ordinal: XV Seminário de Educação Inclusiva, mas sim 15º Seminário de Educação Inclusiva.

Use minúsculas nos seguintes casos:

1) palavras nação, país, governo, exterior e interior - Sempre, a não ser que integre nome próprio, como País de Gales. Na maior parte das vezes: graduação, pós-graduação, curso de especialização, mestrado, doutorado, programa, projeto, jornalismo, medicina, odontologia... Mas: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, em maiúsculas, por constituir nome.

2) palavras república e monarquia - Quando designarem forma de governo: O povo optou

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pela república;

3) palavra estado - Como sinônimo de situação, disposição: estado de espírito, estado de sítio, estado sólido;

4) Segunda menção - Nomes de instituições, quando aparecem pela segunda vez no texto de forma simplificada: O ar-condicionado do Ministério da Fazenda está quebrado. Os funcionários desse ministério se queixam do calor. Mas atenção para as exceções: em segunda menção, Universidade, quando se referir à UFJF, virá em maiúscula, assim como Presidência, Supremo, Câmara, Senado, Assembléia, sempre com maiúscula, mesmo em segunda menção, assim como os conceitos políticos importantes.

5) Vias, logradouros e acidentes geográficos - rua da Consolação, avenida Brasil, praça da República, parque do Carmo, oceano Atlântico, cabo Horn, estreito de Magalhães, mar Mediterrâneo. Há exceções. Quando o acidente geográfico fizer parte de nome próprio (por exemplo de país), use maiúscula: Ilhas Salomão, Cabo Verde, Costa do Marfim.

Lembre-se de que em mapas os nomes de acidentes geográficos, vias e logradouros aparecem isolados e portanto constituem frases, devendo ser grafados com inicial maiúscula;

6) norte/sul/leste/oeste, quando se referirem ao ponto cardeal ou direção - O navio seguia para o norte; O vento oeste ou Zéfiro.

Mas atenção, use maiúscula quando integrar nome próprio ou designar conceito geopolítico: Timor Leste; polo Norte, o antagonismo entre Norte e Sul; Morou no Leste, Zona Norte, Região Sudeste.

7) Cargos, profissões, títulos e fórmulas de tratamento - papa, presidente, sir John, cardeal Arns, engenheiro, doutor pela UFJF, mestre Abelardo, lorde Keynes, santo Antônio, são Pedro, senhor, dom, você, governador, senador, ministro, reitor, secretário, pró-reitor, diretor, chefe, coordenador, professor.

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No entanto, escreve com maiúscula a designação do cargo: o pró-reitor de Extensão, a chefe do Departamento de Matemática, secretário da Defesa, ministro do Interior, governador do Estado.

8) Ciências, disciplinas, escolas e movimentos artísticos - direito, filosofia, sociologia, português, física, medicina, deontologia, paleontologia, arte, literatura, surrealismo, impressionismo, romantismo. Porém, aplicamos Faculdade de Odontologia, Departamento de Física, Coordenação de Fisioterapia.

9) Meses e dias da semana - janeiro, julho, dezembro, sexta-feira, segunda, domingo.

10) Gentílicos - brasileiro, romano, carioca, norte-americano.

11) Escreve-se com inicial minúscula a palavra que serve para designar o nome de dois ou mais órgãos, instituições, entidades, leis, regiões, acidentes geográficos, ruas etc.: Os departamentos de Matemática e Estatística organizam o...; Os ministérios do Planejamento e da Educação autorizaram a realização do concurso na última terça, 25.

Atenção: O adjetivo “federal” só tem inicial maiúscula quando faz parte de um nome próprio: Senado Federal. Não integra, por exemplo, o nome da Carta Magna, a Constituição.

12) Artigos, preposições, conjunções e partículas átonas que ocorrerem no meio do título são grafados em minúsculas;

13) Se a lei for conhecida apenas por seu número, use minúscula: lei nº 5.250, portaria nº 123, medida provisória 296

14) Usa-se minúscula em referência a condições climáticas e meteorológicas: dia de sol, lua cheia

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15) Quando se referir a projeto ou programa de extensão ou pesquisa escreve-se em minúscula. A UFJF lançou o projeto Viva Vida em parceria com...; O programa Boa Vizinhança está com inscrições abertas.(Senado Federal, 2001) (FOLHA, 2001)

Moedas (Senado Federal, 2001) – Usa-se o símbolo da moeda para o real (R$) e para o dólar americano (US$), exceto quando o valor estiver incluso em uma declaração: A dívida do estado é de 20 bilhões de reais. Para as moedas dos demais países e para as brasileiras já extintas, a grafia deve ser sempre por extenso: 20 marcos alemães, 2 mil ienes, 5 dólares canadenses. Não esquecer o espaço entre o símbolo e o valor: R$ 200.

Nariz-de-cera [MF] - No início do jornalismo no Brasil, a abertura da matéria era um comentário, mescla de informação, interpretação e opinião. Emprega-se linguagem prolixa. A introdução é extensa que o leitor se perde e não sabe o que o redator quer comunicar, tampouco o que é importante conhecer. Muitos entendem que devem falar bonito antes de entrar no fato. O desafio de construir aberturas reside em fazer com que atraiam a atenção, sejam informativas e fiéis à informação, enquanto realçam os aspectos essenciais. Você pode experimentar brincar com o lide, procurando fazê-lo diferente a cada matéria.

Um exemplo de nariz-de-cera: São muitos os problemas do trânsito em São Paulo. Alguns deles arrastam-se por anos e anos sem que ninguém tente resolvê-los. Um exemplo desse descaso das autoridades é o estacionamento sobre as calçadas. Mais uma vez, porém, a Prefeitura promete adotar medidas para que os abusos não se repitam.

Depois dessa introdução, viria a notícia de que o estacionamento nas calçadas estava, a partir do momento, sujeito a multas elevadas. Entre direto no fato: A partir de hoje, quem estacionar seu carro sobre a calçada pagará tanto de multa. E a Prefeitura promete ser rigorosa na fiscalização.

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Nomes e números (Senado Federal, 2001)– Os números e nomes próprios mencionados em cada texto merecem checagem cuidadosa e atenção redobrada para não acontecer, por exemplo, troca de milhões por bilhões e vice-versa. Abreviações como 1 bi ou 20 mi cabem apenas em títulos como recurso para o espaço limitado. A grafia correta dos nomes deve ser verificada sempre que houver dúvida. Não é necessário repetir o nome completo da fonte no texto.

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Numerais

Os numerais até dez, inclusive, escrevem-se por extenso; daí em diante usa-se algarismos, com exceção de cem e mil.

Dias do mês, números de casas e apartamentos, idades, resultados de votação e números de páginas são escritos com algarismos em todos os casos. Fulano de Tal, 25 anos,...

Com mil, milhão, bilhão e trilhão usam-se algarismos e palavras para números redondos: 5 mil, 15 milhões, 155 bilhões.

Para números quebrados até centenas de milhares, usam-se unicamente algarismos: 15.437.

Se houver necessidade de aproximação, a partir da casa dos milhares, pode-se usar o decimal: 15,5 milhões, 15,55 bilhões, 15,4 mil.

Frações são escritas com algarismos (7/12), exceto quando os dois elementos são menores que dez (dois terços).

As frações decimais, sempre com algarismos. O inteiro é separado da fração por vírgula, e não por ponto (R$ 5,2 milhões).

As porcentagens são apresentadas em algarismos, seguidos do símbolo próprio, sem espaço entre símbolo e algarismo: 55%. Usa-se algarismo mesmo quando a porcentagem for menor que dez: 5%.

Valores redondos serão grafados sem os zeros após a vírgula: R$ 180; R$ 2; R$ 357.

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Escrevem-se os ordinais por extenso até décimo, e os demais, em algarismos. Exceção para artigos e parágrafos de leis e eventos históricos (2ª Guerra Mundial), culturais, esportivos etc., que serão sempre em algarismos.

Horas do dia, sempre com algarismos e a abreviatura h: Chegou às 9h30 e saiu às 10h. O atendimento é feito das 8h40 às 21h. Não use: 17:45, 9:15h, 11horas e 40 e outras formas semelhantes.

Para horas que indicam decurso de tempo, vale a norma geral dos numerais: Esperou durante três horas. O velório durou 11 horas.

Datas serão escritas por extenso nas matérias: 25 de abril de 1999.

Nas situações em que forem grafadas com algarismos, como em agenda de eventos e quadros e tabelas, o dia, mês e ano serão separados por barras e não por pontos (5/9/89). Não é necessário escrever o zero à esquerda do dia ou mês.

Escrevem-se por extenso os números que fazem parte de nomes de avenidas, ruas, praças etc.: Praça Onze, Rua Sete de Setembro.

Algarismos romanos: para reis, imperadores, papas, incisos de leis, os antigos Exércitos brasileiros (III Exército) e os atuais Comandos Aéreos Regionais (VII Comar).

Séculos serão escritos com algarismos arábicos: século 20, século 19, século 3 a.C.

Pesos e medidas devem ser escritos por extenso, a não ser em tabelas e gráficos: quilos, metros, hectares, acres, metros quadrados, metros cúbicos etc. Ex.: ... o prédio, instalado em área de dez mil metros quadrados ...

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Exceções: abrevia-se quilômetro quando em referência a um ponto determinado de uma rodovia (Os grevistas bloquearam o tráfego no Km 345 da BR-103) e peso e altura de pessoas (90kg; 1,80m).

Quadro adaptado do Manual da Redação da Folha de S. Paulo

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NumeraisEscreva...por extenso. de zero a dez/ de primeiro a décimo. cem/centésimo . mil/milésimo

em algarismos. de 11 a 99/ de 11º a 99º . de 101 a 999/ de 101º a 999º. de 1.001 a 9.999/ de 1.001º a 9.999º

com algarismos + palavra. de 1,1 mil em diante: 2 mil, 10 mil, 100,2 mil; 1 milhão; 6 milhões

No início de frases, escreva número por extensoVinte e sete pessoas ficaram feridas.

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Mas use algarismos em:Mas use algarismos em:Idade (quando vier entre vírgulas) Maria de Campos, de 44 anos, tem um filho de dois

anosDias do mês 1º de junho, 10 de outubroAno (sempre sem o ponto que indica milhar) 2010, 1758,

2103Século século 20; século 1 a.CNúmeros com decimais 2,1 metros; 1,6 milhão; 3,5 pontosResultado de jogos esportivos O time venceu por 3 a 0.Tabelas e gráficosComparação Entre os deputados, 8 votaram a favor e 15 contra.Proporção De cada 20 candidatos, 6 zeraram. Números seguidos de símbolos 2%, 8h, 22h45, 10s, 5 kg, 20 m, 4ºC, 100 km, 360º,

1min27s418.

Mas, acima de 9.999, use a forma: algarismo + palavra. Ex.: em vez de 150.000 km, use 150 mil quilômetros.

Quadro adaptado do Manual da Redação da Folha de S. Paulo

Ontem (FOLHA, 2001): a maioria das notícias refere-se ao que aconteceu ontem. Evite, por isso, usar essa palavra em demasia, ainda menos em título e na primeira frase do lead, quando dispensável.

Palavrão (FOLHA, 2001): evite.

Paper (FOLHA, 2001): evite. Em inglês, documento. Na universidade, significa texto acadêmico. Nessas acepções, não traduza por papel. Identifique se é artigo, resenha, dissertação, tese, esboço etc.

Parágrafo (Senado Federal, 2001) – O parágrafo é construído em torno de uma ideia central e constitui uma das partes em que o autor considerou conveniente dividir seu assunto dentro do texto. Geralmente o parágrafo contém uma introdução, que é a exposição sucinta da ideia núcleo, e o desenvolvimento do tópico, quando se especifica,

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justifica, fundamenta o tema. O desenvolvimento do parágrafo deve conter ideias ”em cadeia“, assim como os parágrafos de um texto devem estar conectados entre si. São qualidades principais do parágrafo a coesão e a coerência.

O bom domínio da técnica da divisão em parágrafos depende da clareza que o autor tem da organização do tema e da hierarquia das ideias que serão desenvolvidas. Fazem-se parágrafos para dar ênfase a determinados aspectos do assunto, para dar destaque a certas ideias.

Não comece períodos ou parágrafos seguidos com a mesma palavra, nem use repetidamente a mesma estrutura de frase. (MARTINSl, 1997)

Pirâmide invertida (FOLHA, 2001)

Técnica de redação jornalística pela qual as informações mais importantes são dadas no início do texto e as demais, em hierarquização decrescente, vêm em seguida, de modo que as mais dispensáveis fiquem no final.

Criada para servir melhor às necessidades dos clientes de agências noticiosas, que podiam transmitir o mesmo texto a todos e permitir a cada um utilizá-lo no tamanho requerido por sua diagramação sem necessidade de operações demoradas: bastava cortar pelo final na medida desejada.

Acabou por servir também ao leitor que pode, igualmente, interromper a leitura do texto na altura que desejar sem ter perdido as informações fundamentais, concentradas nos primeiros parágrafos. É a técnica de redação mais adotada em jornais do Ocidente. Deve ser empregada na Secretaria de Comunicação.

Ponto de exclamação: nunca use em título, a não ser em casos EXCEPCIONAIS. Em texto noticioso, só use entre aspas, na reprodução literal de declaração enfática (é muito pouco usado).

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Ponto de interrogação: não usar em título, a não ser em casos excepcionais. Evite usar também em lides. Caso use, o texto deve responder a pergunta, ou mostrar porque existem lacunas que não permitem respondê-la, como num processo policial investigativo.

Porcentagens/quantias (Senado Federal, 2001) – Ao grafar quantias e percentuais, não se deve temer a repetição de símbolos ou palavras que tornem as cifras mais precisas. Deve-se evitar, por exemplo, dizer que a arrecadação de um imposto ficará entre R$ 20 e R$ 30 milhões, quando se quer dizer que a arrecadação mínima será de R$ 20 milhões. Da mesma forma, deve-se evitar escrever 1 a 2%; prefira 1% a 2%.

Preparação (Senado Federal, 2001)– O repórter deve começar suas atividades diárias com a leitura do Portal da UFJF e consulta à pauta no Evernote, disponível em rede, para inteirar-se de sua atuação. Além de informar-se, ele deve analisar o próprio trabalho realizado no dia anterior e observar possíveis alterações – de conteúdo e forma – feitas no texto.

Que (FOLHA, 2001): evite o excesso de ques, para tornar o texto mais elegante e a leitura mais ágil. Muitas vezes é melhor usar ponto e dividir o período em dois: O ministro disse que o governo vai investigar a fraude. Prometeu demitir os culpados em breve, em vez de O ministro disse que o governo vai investigar a fraude e que os culpados serão demitidos em breve.

Reclamação (FOLHA, 2001): o bolsista/jornalista que recebe uma reclamação – por escrito, pessoalmente ou por telefone – tem obrigação de atender a pessoa com delicadeza e encaminhar a queixa rapidamente ao chefe imediato. Caso o problema se refira a qualquer outra área da UFJF, é preciso encaminhá-la para o setor responsável.

Repetição de palavras (FOLHA, 2001): - Uma antiga regra de estilo recomenda não repetir palavras ao longo de um texto. O emprego de vocabulário amplo enriquece de fato o texto de jornal, mas atenção: o uso de sinônimos para designar uma mesma coisa pode

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tornar o texto impreciso e confuso. Causídico, jurista e doutor, por exemplo, são péssimos substitutos de advogado. Em muitos casos, não há mal em repetir palavras.

Retornos: a equipe de bolsistas precisa dar retorno sobre a apuração feita, a fim de que a equipe de edição saiba se contará com a matéria, se há novo gancho.

S. A. (Senado Federal, 2001) – E não S/A, para Sociedade Anônima.

Siglas (Senado Federal, 2001) – Os nomes de entidades ou agências governamentais citadas em matérias devem aparecer inicialmente por extenso, seguidos pela sigla entre parênteses. Exemplo: Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em geral, criam dificuldades para o leitor, porque exigem ser decifradas. A regra é evitar, principalmente em títulos, exceto em casos consagrados como Aids, Bradesco, Embratel, ONU, OLP, USP.

Observe a seguinte padronização:

a) Não use pontos: ONU e não O.N.U.;

b) Escreva por extenso seu significado de preferência logo após a primeira menção: O filme vai ser exibido no MIS (Museu da Imagem e do Som), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Faculdade de Educação (Faced), exceto quando a sigla for muito consagrada, como Aids, Bradesco, ONU;

c) Use apenas letras maiúsculas para sigla com até três letras: UD, CIA, ONU. CRI – Coordenação de Relações InternacionaisIML – Instituto Médico LegalMEC – Ministério da EducaçãoONU – Organização das Nações Unidas

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Mas atenção: alguns nomes, como Efe (a agência de notícias espanhola) e Fed (o banco central norte-americano), parecem siglas, mas não são;

d) Use maiúscula apenas na primeira letra de siglas com mais de três letras que podem ser lidas sem dificuldade como uma palavra: Unesco, Banespa, Petrobrás, Sudene, Sesc.

Cdara - Coordenação de Assuntos e Registros AcadêmicosFacom – Faculdade de ComunicaçãoFaefid – Faculdade de Educação de Física e DesportosFamed – Faculdade de MedicinaNates - Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em SaúdeCead – Centro de Educação a DistânciaProcult – Pró-Reitoria de CulturaProexc – Pró-Reitoria de Extensão e CulturaPropesq – Pró-Reitoria de PesquisaPropg – Pró-Reitoria de Pós-GraduaçãoProplag – Pró-Reitoria de Planejamento e GestãoProrh – Pró-Reitoria de Recursos Humanos

e) Use apenas letras maiúsculas para sigla que exija leitura letra por letra ou que tenha até três caracteres: FGTS, SBPC, DNDDC, DNER, ONU, FEA.

f) Há algumas exceções consagradas como CNPq, UnB;

g) Se precisar formar plural, acrescente s minúsculo: TVs, BTNs.

No caso de siglas de origem estrangeira, deve-se adotar a sigla e seu nome em português quando houver forma traduzida, ou adotar a forma original da sigla estrangeira quando esta não tiver correspondente em português, mesmo que o seu nome por extenso em português não corresponda perfeitamente à sigla. Ex.:

ONU – Organização das Nações Unidas

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FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.

Na identificação de senadores e deputados, em seguida ao nome, usar entre parênteses a sigla partidária ligada por hífen à sigla do estado quando da primeira vez em que forem citados: Ulysses Guimarães (PMDB-SP). (Senado Federal, 2001)

Suítes (MARTINSl, 1997) - Nas notícias em sequência (suítes), nunca deixe de se referir, mesmo sumariamente, aos antecedentes do caso. Nem todo leitor pode ter tomado conhecimento do fato que deu origem à suíte.

Verbos no presente (Senado Federal, 2001)– Use verbo declaratórios no passado para cobertura de eventos, como coletiva, inauguração, algo que já aconteceu. Para outras ocasiões use o presente: declarações, por exemplo, em matérias sobre pesquisa, editais, projetos, transcrição de relatórios, pareceres, leis. Use também no título.

Título (FOLHA, 2001)

a) A maioria dos leitores de um jornal lê apenas o título da maior parte dos textos editados. Por isso, ele é de alta importância. Ou o título é tudo que o leitor vai ler sobre o assunto ou é o fator que vai motivá-lo ou não a enfrentar o texto.

b) O título deve ser uma síntese precisa da informação mais importante do texto. Sempre deve procurar o aspecto mais específico do assunto, não o mais geral: Banco Mundial propõe ensino pago, em vez de Banco Mundial discute problemas educacionais.

c) não usar ponto, dois pontos, ponto de interrogação, ponto de exclamação, reticências, travessão ou parênteses;

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d) evitar ponto-e-vírgula. Use ponto e vírgula somente em casos de duas notícias no mesmo título e nos quais o recurso injete dinamismo ao mesmo. (FOLHA, 2001) (IG)

e) Jamais dividir sílabas em duas linhas e evitar fazer o mesmo com nomes próprios de mais de uma palavra;

f) Evitar a reprodução literal das palavras iniciais do texto.

g) Nunca use o advérbio ontem. (IG)

h) Nunca use a palavra não; troque-a pela forma positiva, por exemplo,Presidente não quer cortar impostospor Presidente rejeita cortar impostos. (IG)

i) Evite o uso do foi. Na maioria dos casos é dispensável: (Foi) Aprovada a privatização da Petrobras. (IG)

j) Evite gerúndio. (IG)

k) Evite rimas (IG)

Nos textos noticiosos, em geral, o título deve:

Conter verbo, de preferência na voz ativa;

Estar no tempo presente, exceto quando o texto se referir a fatos distantes no futuro ou no passado;

Empregar siglas com comedimento. Elas devem ser do domínio total do público leitor do portal e da imprensa.

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Para editoriais e textos opinativos, pode-se usar frases nominais em títulos: Rombo na Previdência.

Deve ter a função de criar curiosidade a respeito da mesma, atrair o leitor para sua leitura. [Portal IG].

TV (Senado Federal, 2001) – E não Tv ou tevê, para televisão.

Telefone (Senado Federal, 2001) – Usa-se sempre a palavra por extenso, nunca tel. ou fone.

Universidades (FOLHA, 2001): deve-se sempre traduzir os nomes das universidades estrangeiras, tomando cuidado com suas particularidades. Harvard University, por exemplo, é Universidade Harvard, não de Harvard. Já New York University é Universidade de Nova York.

Verbos declarativos (FOLHA, 2001):

Use apenas para introduzir ou finalizar falas dos personagens da notícia, não para qualificá-las ou para insinuar opinião a respeito delas. Evite, assim, verbos como admitir, reconhecer, lembrar, salientar, ressaltar, confessar, a não ser quando usados em sentido estrito. Nenhum deles é sinônimo de dizer. Ao empregá-los de modo inadequado, o repórter confere caráter positivo ou negativo às declarações que reproduz, mesmo que não tenha a intenção.

Use de preferência os verbos dizer, declarar e afirmar, os mais neutros, quando o objetivo for apenas indicar autoria de uma declaração: O ministro disse que teve um encontro com o deputado, em vez de O ministro confessou que teve um encontro com o deputado - a não ser que o encontro tenha sido criminoso, de fato, e o ministro o tenha admitido em depoimento a uma comissão de sindicância, por exemplo.

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Verbos declarativosVerbos declarativosVerbos declarativosNeutros Positivo

Use no sentido literalNão use para substituir dizer,

afirmar, declarar

NegativoUse no sentido literal

Não use para substituir dizer, afirmar, declarar

afirmar

declarar

dizer

falar

perguntar

responder

relatar

g a r a n t i r - s i g n i f i c a r e s p o n s a b i l i z a r - s e p o r, asseverar, afiançar. Não use como sinônimo de dizer: O presidente Eufrásio Dargia garantiu que o PIB brasileiro vai superar o dos Estados Unidos ainda na década de 90 é uma formulação que dá à declaração do personagem da notícia aspecto de verdade, apesar de absurda.

Admitir: aceitar, reconhecer – O candidato admitiu a derrota depois de abertas as primeiras urnas.

lembrar: significa que o fato mencionado pelo personagem da notícia tenha realmente ocorrido: O cantor lembrou que sua turnê de 1975 foi um sucesso

reconhecer - s ign i f i ca admitir como certo, constatar, verificar, confessar, aceitar. Não use como sinônimo de dizer, pois tem conotação negativa.

ressaltar - significa tornar saliente, dar relevo, destacar. Não use como sinônimo de dizer, pois dá conotação positiva à declaração.

alegar - o latim, allegare. É o verbo do réu. Significa citar como prova, explicar e daí desculpar-se. Não use se não se tratar de explicação ou tentativa de justificar-se diante de uma acusação qualquer.

revelar – significa desvelar, tirar o véu.

jurar

salientar/sublinha - Significa tornar saliente, visível ou distinto, sublinhar. Não use como sinônimo de dizer. Reserve o termo para quando o entrevistado de fato quis chamar atenção sobre a passagem.

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argumentarprometer - significa assumir compromisso. Empregue sempre que po l í t i co ou membro de governo assumir compromisso de realizar algo em determinado prazo: O governador Gastão Malaquias prometeu construir um milhão de casas este ano.

Quadro adaptado do Manual da Redação da Folha de S. Paulo

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MANUAL DE CLIPPING

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O que é clipping?

O termo clipping é originário do verbo inglês to clip, que significa "cortar, reduzir". Indica tratar-se de um resumo das principais notícias veiculadas na imprensa sobre determinado tema, pessoa ou empresa. Ele fornece um arquivo permanente de consulta ao acervo jornalístico veiculado sobre a instituição.

Para a produção do clipping, é feito um trabalho de pesquisa, seleção, coleta e análise de notícias veiculadas pelos diversos meios de comunicação - imprensa escrita (jornais e revistas), rádio, TV e internet - que atendam a determinados critérios previamente estabelecidos.

Há diversas formas de analisar o que é publicado. Uma delas, adotada pela UFJF, é a mensuração dos valores de “mídia espontânea”, através do cálculo de espaço editorial. Para 2011, está prevista a aplicação de novos métodos de clipagem, que privilegiarão análises pontuais sobre determinados temas. Por enquanto, a metodologia empregada é a apresentada a seguir.

Clipping na UFJF

A ferramenta do clipping na UFJF é utilizada como forma de mensuração das matérias relacionadas à instituição. Abrange todos os seus setores, tais como:

- Cine-Theatro Central- Museu de Arte Moderna Murilo Mendes – Mamm- Forum da Cultura- Casa de Cultura- Colégio de Aplicação João XXIII- Centro de Ciências- Hospital Universitário - HU

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Atualmente o clipping é restrito a veículos impressos e sites da internet. O trabalho de deve ser feito de forma a obter um trabalho de excelência que poderá ser retomado posteriormente para avaliação e verificação.

Lista de principais veículos a serem clipados:

Impressos:- Diário Regional- O Estado de Minas- Tribuna de Minas

Online:- notícias sobre a UFJF no Google (acesse os Alertas do Google com notícias sobre a UFJF. Os avisos são enviados para o e-mail de clipping) - Hwww.acessa.com- www.alterosa.com.br/juizdefora- Hwww.andifes.org.br- Hwww.ecaderno.com- Hwww.folhaonline.com.br- Hwww.g1.com- Hwww.hojeemdia.com.br- www.itatiaia.com.br- Hwww.jfbonline.terra.com.br- Hwww.jfhoje.com.br- Hwww.megaminas.com- Hwww.meusamigos.net- Hwww.minasvestibular.com.br- Hwww.oglobo.globo.com- Hwww.portaljfmg.com.br- Hwww.radiocidadejf.com.br- www.radioenergiajf.com.br

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- Hwww.radiosolar.com.br- Hwww.terra.com.br- Hwww.tribunademinas.com.br- Hwww.universia.com.br- Hwww.zinecultural.com.br- Outros veículos que, por ventura, forem encontradas matérias sobre a UFJF.

A busca por notícias pode ser agilizada, utilizando o campo de busca dentro dos portais de comunicação.

Outra dica para a busca de matérias é digitar “UFJF” no Google Notícias. O site informa o veículo e a data da publicação da matéria, podendo ser adicionada ao clipping.

Todo o conteúdo clipado desses veículos, tanto impresso quanto online, deve ser adicionado ao clipping de papel para arquivo, além de serem postados no portal da UFJF, na opção clipping, quando disponíveis digitalmente.

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MÉTODO DE MEDIÇÃO ALTURA X COLUNA X CUSTO:

Para mensurar o “valor obtido” através da mídia espontânea, usa-se em comunicação institucional a ferramenta de medição da altura x coluna x custo da matéria veiculada no jornal. Deve-se seguir a seguinte padronização para o clipping na UFJF:

Para jornais impressos standards

1. Por convenção, uma folha de jornal impresso no modelo standard possui seis colunas. Portanto, se a matéria ocupa a totalidade da página no sentido horizontal, são seis colunas, independente da quantidade de colunas divididas pela diagramação do jornal. Este caso se aplica aos jornais Tribuna de Minas, Diário Regional e O Estado de Minas.

É simples saber qual quantidade de colunas a matéria ocupa dentro de uma página: divida esta em seis colunas ou siga a regra abaixo (para cadernos standards):

* É importante que cada bolsista/jornalista tenha esta tabela de conversão impressa, pois será utilizada nas medidas dos jornais e matérias dos sites.

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Ex: Esta foto ocupa quatro colunas do jornal:

2. Os valores da medição da altura da matéria podem ser arredondados:

Ex: Se a matéria possui 10,2 cm, arredonda-se para 10 cm; Se a matéria possui 10,3 cm, arredonda-se para 10,5 cm

Se a matéria possui 10,8 cm, arredonda-se para 11 cm; e assim sucessivamente.

Espaço da matéria com destaque em vermelho: 6,5 cm altura X 5 colunas X custo

Para matérias de jornal tablóide:

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3. No caso de jornal tablóide, são cinco colunas, e não seis como nos outros. Exemplo:

Espaço da matéria: 10 cm X 5 colunas X CUSTO

Para matérias dos sites de comunicação:

A Secom clipa também as matérias dos sites de comunicação listados acima, dentre outros. Para o cálculo, utiliza-se a medida da altura da matéria após a impressão x a quantidade de colunas em que ela seria dividida se fosse em um impresso (para isso, utilize a mesma tabela de conversão, disponível abaixo):

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Ex:

Espaçamento da matéria: 25,5 cm de altura X 2 colunas (de acordo com a tabela acima, referente à, aproximadamente, 10 cm de largura) X CUSTO DO VEÍCULO.

Resumindo: Você deverá medir tanto a vertical quanto a horizontal das matérias clipadas nos sites, convertendo a largura da matéria no número de colunas correspondentes, de acordo com a tabela de conversão.

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CUSTO

Um dos métodos utilizados para mensurar o “valor”, obtido através de mídia espontânea, é o cálculo do espaçamento pelo custo da publicação paga daquele veículo.

A tabela com os valores está disponível na Secom. É necessário atualizar a relação, no máximo, trimestralmente. Alguém da equipe será encarregada para fazer esse levantamento. Para os veículos que não tiverem os valores afixados nessa tabela, deve-se pesquisar o respectivo valor, ligando para seu departamento comercial. A lista não deve ser divulgada sem autorização expressa de um deles.

Abaixo, alguns contatos dos departamentos comerciais dos veículos de comunicação:

Acessa.com – 2101-2000 Coluna Cesar Romero – 3215-3123Coluna Eduardo Gomes – 3241-3262Contatos G1 – [email protected] / [email protected]ário Regional – 2102-9800E-Caderno –Estado de Minas – (31) 3263-500 / 3263-5212 / 3263-5135 e/ou 3263-5137/ 3263-5197 Folha de S. Paulo – (11) 3224-4424 Hoje em Dia – 3236-8041 / 3236-8164 – 3236-8029 Mega Minas – 3690-8877 / (34) 3237-1253 O Globo – (21) 2534-5689 / 2534-5600 / 2534-5609 / 2534-5576 Rádio Cidade – 3215-3002 Rádio Solar – 3215-1620 Tribuna de Minas – 2101-4581UOL Vestibular – (11) 3038-8723

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CLIPPING ELETRÔNICO

Além do impresso, há a prática de publicar todo o conteúdo clipado dos sites no Portal da UFJF. Para isso, de forma a padronizar os procedimentos, seguem algumas regras:

1. Toda matéria deve ser identificada com “veículo” e “editoria“, se houver. Ex:

2. As notícias clipadas devem ser configuradas dentro do site de administração (Hwww.ufjf.br/dircom/wp-adminH) do Portal para serem publicadas:

- Lembrar de datar o clipping na caixa em destaque, com dia/mês/ano;- Veículo, editoria e título da matéria em negrito;- Tamanho da fonte: opção “parágrafo” e uma linha para separar uma matéria da outra.Ex:

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de 2009

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Logo após, deve-se selecionar a opção “clipping”, em “categorias”, como segue:

Ex:

Após isso, clicar em publicar e confirmar a postagem na página de clipping do portal.

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O RELATÓRIO DIÁRIO DE CLIPPING

Para arquivar as matérias que saem nos jornais, a Secom utiliza um relatório diário de clipping, onde é preenchida uma tabela com o nome do veículo, página, assunto, espaçamento, custo, se há fontes ou não e por fim, se a matéria é considerada positiva ou negativa para a UFJF.

Importante: O assunto pode ser de caráter negativo, como uma forte chuva que causou destruição em Juiz de Fora, mas a relação disso com a UFJF pode ser positiva, como a prevenção da catástrofe pelo centro de meteorologia instalado no campus ou a opinião de um professor quanto às mudanças climatológicas, por exemplo.

O que deve ser observado é se, para a imagem da UFJF, o assunto tratado é negativo; se sim, se houve ou não resposta da instituição.

No caso das fontes, deve-se colocar o nome de cada uma no espaço destacado abaixo e se negativa, se houve resposta.

Na coluna “Tema”, deve ser inserido o título da notícia. Em “Foto”, informe a quantidade

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Página de clipping

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publicada relacionada à universidade.

Ex:

- Na parte superior do documento de relatório diário, há um espaço para a data e para o nome do bolsista ou jornalista responsável pelo clipping daquele dia.

É importante que estes campos estejam devidamente preenchidos.Ex:

- O cálculo do espaçamento da matéria deve ser feito com zelo e responsabilidade, pois são esses valores que são usados como parâmetro para demonstrar financeiramente a exposição da UFJF na mídia.

Ex:

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Na dúvida, pergunte.

Importante: Todas as matérias, inclusive os eventos listados no Caderno Dois (como nas sessões “confira” ou “variedades”), devem ser anexados ao relatório diário separadamente, sendo cada uma considerada uma matéria diferente, com sua própria medida e valor.

O relatório diário será retomado para a criação do relatório mensal. Portanto, qualquer equívoco cometido no relatório diário compromete o relatório mensal e, consequentemente, o anual. Atente-se a isso. Ao final dos trabalhos, os relatórios devem ser encaminhados para o e-mail [email protected].

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CLIPPING PARA ARQUIVO E CÓPIA

Após o término do trabalho de clipping, postagem online e relatório diário, são feitas duas cópias do original: uma para arquivo, a outra, entregue ao gabinete do reitor.

Se a página original das matérias seja grande, reduza-a ao fazer cópia. Lembre-se de mantê-la legível. Todas as matérias devem ser copiadas para arquivo, pois depois de um tempo, os originais são descartados, ficando apenas as cópias como clipping arquivado.

As cópias possuem capas próprias que devem ser afixadas ao conteúdo clipado, preenchendo os campos disponíveis com o número da edição e a data.

Atenção: Se o clipping for de mais de um dia, colocar todas as datas clipadas. Quando feito na segunda-feira, colocar a data de sábado, domingo e da própria segunda.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS

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FOLHA DE S. PAULO. Manual da Redação. SP: Publifolha, 2001

GOOGLE ANALYTICS. Análise da web de nível empresarial mais inteligente, amigável e gratuita. Disponível em <http://www.google.com/analytics/> Acessado no dia 8 de janeiro de 2011.

IG. Manual do Último Segundo. São Paulo, 2007. Versão 1.2

JORGE, Thaïs M. Manual do Foca – guia de sobrevivência para jornalistas. São Paulo: Contexto, 2008

MARTINS, Eduardo. Manual de Redação e Estilo - O Estado de S. Paulo. São Paulo: Moderna, 1997. Disponível também em <http://www.estadao.com.br/manualredacao/> Último acesso em 11.março.2011

PEREIRA JÚNIOR, Luiz Costa. A Apuração da Notícia – métodos de investigação na imprensa. Rio de Janeiro: Vozes, 2006

PINHO, J.B. Jornalismo na Internet – Planejamento e produção da informação on-line. São Paulo: Summus, 2003

PINTO, Ana Estela de Sousa. Jornalismo Diário - reflexões, recomendações, dicas e exercícios. São Paulo: Publifolha, 2009

______________ JORNALISMO DIÁRIO - Índice de Textos Complementares. Traz anexos, com dicas, exemplos e exercícios do livro ”Jornalismo diário“. Disponível em: < Hwww.folha.com.br/081292H> Último acesso em 10.março.2011

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NOVO EM FOLHA. Blog da editoria de Treinamento do jornal Folha de S. Paulo. Disponível em <www.novoemfolha.folha.blog.uol.com.br> Último acesso em: 20.fev.2011

SENADO FEDERAL. Manual de Redação – Agência Senado e Jornal Senado. Brasília, 2003

THE NEW YORK TIMES. Learning Network . Disponível em <http:/ /learning.blogs.nytimes.com/> Último acesso em 20.fev.2011

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