MANUAL DE ATIVIDADES PARA O PROFESSOR

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MANUAL DE ATIVIDADES PARA O PROFESSOR

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  • MANUAL DE ATIVIDADES PARA O PROFESSOR

  • CONSUMO SUSTENTVELE MANUAL DE ATIVIDADESColeo Consumo Sustentvel e Ao

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  • 5 Elementos - Instituto de Educao e Pesquisa Ambiental Ao Educativa - Assessoria Pesquisa e Informao ANDI - Agncia de Notcias dos Direitos da Infncia Ashoka - Empreendedores Sociais Cedac - Centro de Educao e Documentao para Ao Comunitria CENPEC - Centro de Estudos e Pesquisas em Educao, Cultura e Ao Comunitria Conectas - Direitos Humanos Fundao Abrinq pelos Direitos da Criana e do Adolescente Imprensa Oficial do Estado de So Paulo Instituto Kuanza ISA - Instituto Socioambiental Midiativa - Centro Brasileiro de Mdia para Crianas e Adolescentes

    Antonio Eleilson Leite - Ao Educativa Amabile Mansutti - CENPEC Berenice Abramo - Imprensa Oficial Denise Conselheiro - Conectas Hubert Alqures - Imprensa Oficial Joo Amorim Neto - Ashoka Liegen Clemmyl Rodrigues - Imprensa Oficial Luiz Alvaro Salles Aguiar de Menezes - Imprensa Oficial Maria Angela Leal Rudge - CENPEC Maria de Ftima Assumpo - Cedac Maria Ins Zanchetta - ISA Monica Pilz Borba - 5 Elementos Rosane da Silva Borges - Instituto Kuanza Vera Lucia Wey - Imprensa Oficial

    Esta publicao foi possvel graas a um programa de ao social da

    Conselho Editorial

    Comit Editorial

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  • 5 Elementos - Instituto de Educao e Pesquisa Ambiental Ao Educativa - Assessoria Pesquisa e Informao ANDI - Agncia de Notcias dos Direitos da Infncia Ashoka - Empreendedores Sociais Cedac - Centro de Educao e Documentao para Ao Comunitria CENPEC - Centro de Estudos e Pesquisas em Educao, Cultura e Ao Comunitria Conectas - Direitos Humanos Fundao Abrinq pelos Direitos da Criana e do Adolescente Imprensa Oficial do Estado de So Paulo Instituto Kuanza ISA - Instituto Socioambiental Midiativa - Centro Brasileiro de Mdia para Crianas e Adolescentes

    Antonio Eleilson Leite - Ao Educativa Amabile Mansutti - CENPEC Berenice Abramo - Imprensa Oficial Denise Conselheiro - Conectas Hubert Alqures - Imprensa Oficial Joo Amorim Neto - Ashoka Liegen Clemmyl Rodrigues - Imprensa Oficial Luiz Alvaro Salles Aguiar de Menezes - Imprensa Oficial Maria Angela Leal Rudge - CENPEC Maria de Ftima Assumpo - Cedac Maria Ins Zanchetta - ISA Monica Pilz Borba - 5 Elementos Rosane da Silva Borges - Instituto Kuanza Vera Lucia Wey - Imprensa Oficial

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  • GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO

    Governador Jos Serra

    Diretor-presidente

    Diretor Industrial

    Diretor Financeiro

    Diretora de Gesto de Negcios

    Hubert Alqures

    Teiji Tomioka

    Clodoaldo Pelissioni

    Lucia Maria Dal Medico

    IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE SO PAULO

    Presidente

    Vice-presidente

    Direo

    Conselho Consultivo

    Conselho Fiscal

    Minka Ilse BojadsenAndra Villares

    Clia M. Azevedo MizinskiElie Politi

    Aron Belinky, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Maria Isabel Gonalves Correa Franco, Maurcio Fernandes Pestana Moreira, Nina Zinngraf Pilz Dottaviano e Pedro Roberto Jacobi

    Franklin Kupermam, Jos Carlos Muneratti e Paulo Afonso Garcia

    INSTITUTO DE EDUCAO E PESQUISA AMBIENTAL

    INSTITUTO HSBC SOLIDARIEDADE

    Presidente

    Diretor de Relaes Internacionais

    Superintendente de Sustentabilidade

    Gerente de Planejamento e Comunicao

    Coordenadora de Comunicao

    Gerente de Meio Ambiente

    Gerente de Sustentabilidade e Investimento Social

    Coordenadora de Investimento Social

    Helio DuarteJoo Rached

    Claudia Malschitzky

    Roseli S. Ramos

    Rafaela C. Souza

    Ariel S. Silva

    Euziane Gorniak

    Ftima Lima

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  • Presidente

    Vice-presidente

    Direo

    Conselho Consultivo

    Conselho Fiscal

    Minka Ilse BojadsenAndra Villares

    Clia M. Azevedo MizinskiElie Politi

    Aron Belinky, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Maria Isabel Gonalves Correa Franco, Maurcio Fernandes Pestana Moreira, Nina Zinngraf Pilz Dottaviano e Pedro Roberto Jacobi

    Franklin Kupermam, Jos Carlos Muneratti e Paulo Afonso Garcia

    INSTITUTO DE EDUCAO E PESQUISA AMBIENTAL

    CONSUMO SUSTENTVEL, destinado ao educador, traz informaes e propostas sobre padres de consumo e como reduzir o impacto sobre o meio ambiente por meio de mudanas de aes, hbitos, atitudes e estilo de vida. Na pgina 54 h o Manual de Atividades com sugestes a serem desenvolvidas dentro e fora do espao escolar como biomapa do lixo, caminhada diagnstica e feira de trocas. A coleo pode e deve ser usada em todas as disciplinas. As atividades propostas so mltiplas e dirigidas sensibilizao, reflexo, anlise, sntese e fixao de contedo. Cada sugesto tem seus objetivos, metodologias, etapas, questes e materiais especficos. O ideal que o educador adapte e recrie as atividades conforme a realidade e as possibilidades de trabalho local.

    COMO USAR A COLEO CONSUMO SUSTENTVEL E AO:Leia o volume Consumo Sustentvel e escolha aes sugeridas no Manual de Atividades; Insira o tema Consumo Sustentvel em sala de aula utilizando o volume destinado ao educador, bem como as aes sugeridas no Manual de Atividades; Divida a classe em 5 grupos; Oferea para cada grupo um exemplar (Orgnico, Metal, Vidro, Papel e Plstico); Pea para cada grupo ler e discutir entre si o contedo do livro recebido; O educador deve circular entre os grupos e estimular a discusso e criatividade em equipe; Pea para cada grupo apresentar um produto (resultado) da leitura para os demais membros da classe; Oriente os estudantes para que com-partilhem as experincias vividas com amigos e familiares.

    NECESSITAMOS RE-PENSAR E MUDAR COM CRIATIVIDADE E IMAGINAO OS VALORES PELOS

    QUAIS VIVEMOS, AS ESCOLHAS QUE FAZEMOS, E AS AES QUE PRATICAMOS.

    Declarao de Ahmedabad India, 2007 IV Encontro de Educao Ambiental

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  • Dados Internacionais de Catalogao na PublicaoBiblioteca da Imprensa Oficial do Estado de So Paulo

    Foi feito o depsito legal na Biblioteca Nacional (Lei n 10.994, de 14/12/2004)

    Proibida a reproduo total ou parcial sem a autorizao prvia dos editores (Lei n 9.610, de 19/02/1998)

    Impresso no Brasil 2009

    5 Elementos Instituto de Educao e Pesquisa Ambiental Rua Cato, 1.173 - Lapa 05049-000 - So Paulo/SP www.5elementos.org.br [email protected]

    Imprensa Oficial do Estado de So Paulo Rua da Mooca, 1.921 - Mooca 03103-902 - So Paulo - SP www.imprensaoficial.com.br [email protected] SAC Grande So Paulo (11) 5013-5108 | 5109 SAC Demais localidades 0800-0123 401

    Con sumo sustentvel / 5 Elementos -Instituto de Educao e Pesquisa Ambiental; coordenao Mnica Pilz Borba e Patricia Otero. So Paulo : Imprensa Oficial do Estado de So Paulo : 5 Elementos Instituto de Educao e Pesquisa Ambiental, 2009.96 p.:il. (Coleo consumo sustentvel e ao)

    Bibliografia.Apoio HSBC Solidariedade.

    ISBN 978-85-7060-705-8 (Imprensa Oficial) ISBN 978-85-7060-711-9 (Obra Completa) (Imprensa Oficial)

    1. Educao ambiental 2. Proteo ambiental 3. Ecologia 4. Sustentabilidade I. Borba, Mnica Pilz II. Otero, Patrcia III. 5 Elementos Instituto de Educao e Pesquisa Ambiental.

    CDD 372.357

    ndices para catlogo sistemtico:

    1. Proteo ambiental : Educao 372.357

    Direitos reservados e protegidos

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  • Imprensa Oficial do Estado de So Paulo Rua da Mooca, 1.921 - Mooca 03103-902 - So Paulo - SP www.imprensaoficial.com.br [email protected] SAC Grande So Paulo (11) 5013-5108 | 5109 SAC Demais localidades 0800-0123 401

    COLEO CONSUMO SUSTENTVEL E AOA Coleo Consumo Sustentvel e Ao, desenvolvida pelo 5 ELEMENTOS - Ins-tituto de Educao e Pesquisa Ambiental, uma ferramenta pedaggica para a incluso da educao para a sustentabilidade na rotina escolar, espaos edu-cativos e comunidades. Desde sua fundao, em 1993, o Instituto 5 Elementos tem como misso aprofundar a relao das pessoas com o meio ambiente pro-movendo uma Educao Socioambiental emancipatria e transformadora.

    Esta coletnea foi desenvolvida com o apoio do Instituto HSBC Solidariedade que atua nas reas da Educao, Meio Ambiente e Comunidade. Os textos desta coleo obedecem as regras da Nova Ortografia Brasileira, possuem linguagem simples, so objetivos e as narrativas esto recheadas de cria-tividade e bom humor. A obra est disponvel para download no site do 5 Elementos e Imprensa Oficial.

    A coleo tem como principal objetivo promover a cultura da sustentabili-dade por meio da difuso dos conceitos dos 5Rs: Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar, tendo como pblico alvo o professor e o estudante do Ensino Fundamental I e II.

    O volume Consumo Sustentvel destinado ao professor, desenvolve temas referentes a consumo, mudanas climticas, gesto de resduos slidos e atitudes sustentveis. Neste livro h tambm o Manual de Atividades que prope metodologias que possibilitam um dilogo entre as diversas reas do conhecimento para que o educador possa aprofundar os contedos da cole-o, utilizando os demais volumes.

    Os livros Orgnico, Metal, Vidro, Papel e Plstico com foco nos estudantes tm como cenrio a Feira de Cincias cujo tema Sustentabilidade. Em cada livro h histrias diferenciadas com personagens (professores, alunos e convidados) discutindo os temas e aprendendo com a comunidade na

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  • Escola da Vida. Ao final, cada grupo de alunos apresenta na Feira de Cin-cias seu tema utilizando diferentes formas, como por exemplo: construo de minhocrio, degustao de alimentos saudveis, exposio de sucatas de metal, pea de teatro sobre o vidro, oficina de papel reciclado, shows com instrumentos musicais de sucatas e vdeo documentrio sobre o pls-tico. Ao final de cada exemplar h indicaes de bibliografia, sites, livros, vdeos, filmes e endereos.

    Agradecemos aos colaboradores e parceiros do Instituto 5 Elementos e a Imprensa Oficial do Estado de So Paulo por estimular a realizao desta coleo que contri-bui com o conceito de nutrir a raiz de uma nova conscincia.

    Educar para a sustentabilidade acima de tudo um ato de cuidado e de amor, e com esses poderosos ingredientes que o trabalho educativo nas escolas, junto s comunidades, em nosso pas e planeta poder fazer de fato a diferena.

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  • 1. INTRODUO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102. A PEGADA ECOLGICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123. CONSUMO SUSTENTVEL X CONSUMISMO . . . . . . . . . . 144. ENTENDER AS MUDANAS CLIMTICAS . . . . . . . . . . . . . 16

    O planeta est com febre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17Resduos slidos e mudanas climticas . . . . . . . . . . . . . . . . . .18

    5. CONHECER OS RESDUOS URBANOS . . . . . . . . . . . . . . . 22Qual a diferena entre lixo e resduos slidos? . . . . . . . . . . . .22Linha do tempo do lixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24Gerao e composio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26Classificao e tipos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28Impactos do lixo, no Meio Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

    6. GERENCIAR OS RESDUOS SLIDOS . . . . . . . . . . . . . . . 32Acondicionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32Coleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33Minimizao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35

    Os 5 Rs repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar . . . .36Coleta seletiva e Reciclagem: Qual a diferena? . . . . . . . . . .38Lixo ou resduos eletrnicos? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42Tratamento incinerao ou compostagem? . . . . . . . . . . . .43

    Disposio Final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .467. AS DIMENSES DA ATITUDE SUSTENTVEL: PESSOAL, URBANA E GLOBAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 528. MANUAL DE ATIVIDADES PARA O EDUCADOR . . . . . . . . 549. SAIBA MAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

    Bibliografia Indicada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81Sites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83Vdeos e Filmes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85Endereos teis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .87

    NDICE

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  • Consumo Sustentvel

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    1O raiar do novo milnio nos anuncia a urgncia de reverso do processo de aquecimento global. Onde est o consenso mundial capaz de nos conduzir soluo do problema das emisses de gases de efeito es-tufa? No seria mais prudente ponderarmos sobre como o nosso modo de produo industrial est dependente de um combustvel fssil (pe-trleo) no renovvel? Alheios a questes como estas, continuamos a ignorar o aumento populacional e sua concentrao em nossas grandes cidades. No ser este um bom momento para reavaliarmos os estilos de vida consumistas? por essas e outras que precisamos decifrar o enigma: como rever os impactos causados pelas atividades humanas sobre o Planeta Terra? Eis a questo.

    A crise ambiental planetria decorre de padres insustentveis de pro-duo e de consumo e requer uma ampla tomada de conscincia prin-cipalmente sobre a gerao crescente e descontrolada dos resduos slidos e do lixo urbano. Que aes imediatas devem ser tomadas por governos, empresas, sociedade civil organizada, escolas, comunidades e pela cidadania brasileira no sentido de reverter um panorama onde mais de 30% do lixo coletado ainda vai parar em lixes a cu aberto?

    Novos padres de produo e de consumo e a reduo do nosso im-pacto sobre o meio ambiente so metas que, no dia a dia, nos exigem mudanas de hbitos e de atitudes, bem como de estilos de vida. E no vamos chegar l sem o desenvolvimento de uma educao voltada construo de uma cidadania planetria capaz de promover qualidade

    PARABNS!!!Se voc esta agindo para a

    melhoria da qualidade de vida e a continuidade da vida de todos os

    seres no planeta, voc tem CIDADANIA PLANETRIA!

    INTRODUO

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    PARABNS!!!Se voc esta agindo para a

    melhoria da qualidade de vida e a continuidade da vida de todos os

    seres no planeta, voc tem CIDADANIA PLANETRIA!

    Introduo

    de vida, justia social (distribuio de renda) e desenvolvimento eco-nmico com respeito ao meio ambiente.

    Esta ATITUDE pr-ativa de construo de valores para uma sociedade sustentvel tem na educao socioambiental um instrumento essencial estratgico, pois introduz, em nvel formal e informal, metodologias apoiadas por materiais pedaggicos que representam uma inovao para a sensibilizao de educadores.

    Com a coleo Consumo Sustentvel e Ao pretende-se facilitar o acesso informao, bem como disponibilizar atividades prticas so-bre temas, tais como consumo sustentvel, resduos slidos e mudan-as climticas, no sentido de contribuir com a formao de cidados envolvidos e co-responsveis nas prticas de sustentabilidade, reduo do desperdcio e do lixo.

    So aes voltadas reduo do consumo de

    recursos naturais, prtica da economia solidria, ao uso de tecnologias

    limpas e renovveis e mobilizao comunitria.

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    2A PEGADA ECOLGICA O grau em que atualmente se encontra a gerao de produtos e insu-mos exige uma constante extrao de matrias-primas e de recursos naturais (renovveis ou no). Acrescente-se a isto o fato de que a ma-nuteno cotidiana do estilo de vida vigente em nossa sociedade gera, a todo momento, resduos que so descartados no ambiente.

    Que quantidade de terra necessria para que cada habitante do plane-ta esteja provido de recursos bsicos, tais como comida, energia, trans-porte e vesturio? Pensando nisto, Martin Rees e Mathis Wackernagel batizaram como pegada ecolgica o impacto que o consumo de cada habitante imprime na Natureza do planeta, propiciando, assim, uma re-flexo sobre a produo de lixo e de poluio e a respectiva capacidade desta absoro pelo meio ambiente. Concluiu-se que o equilbrio existi-ria se, para cada terrqueo, o planeta pudesse garantir o equivalente a 2,5 campos de futebol, ou seja, 18.000 m2 (1,8 hectare).

    O Brasil j consome 2,2 hectares (mais de 3 campos de futebol) e, os EUA, 9,6 hectares (mais de 13 campos).Fonte: Relatrio Planeta Vivo 2006 World Wild Foundation / Global Footprint (www .ecologicalfootprint .org/) .

    O QUE SER FELIZ??!Prefira um estilo de vida simples, no qual o suprfluo pese menos

    e a felicidade esteja no bom uso daquilo que temos.

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    Se o consumo atual, em nvel global, j se encontra em um nvel 25% superior ao suportvel pelo planeta, imaginemos a situao em 2050, quando a produo de bens de consumo ter dobrado. A capacidade da Terra de renovar seus prprios recursos e de absorver resduos j se encontra bastante comprometida por este padro de vida que, alm de insustentvel, injusto. Voc sabia que menos de 20% da populao detm 80% dos recursos naturais do globo, relegando a imensa maioria a uma situao de incontestvel pobreza?

    O Brasil j consome 2,2 hectares (mais de 3 campos de futebol) e, os EUA, 9,6 hectares (mais de 13 campos).Fonte: Relatrio Planeta Vivo 2006 World Wild Foundation / Global Footprint (www .ecologicalfootprint .org/) .

    Para calcular a sua Pegada Ecolgica acesse: www.wwf.org.br/pegadaecologica/ www.footprintnetwork.orgwww.pegadaecologica.siteonline.com.br/ www.idec.org.br/climaeconsumo www.carbondown.com.br/calculadora.htm e veja quantos planetas voc precisa para manter seu estilo de vida.

    A Pegada Ecolgica

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  • Consumo Sustentvel

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    3 CONSUMO SUSTENTVEL X CONSUMISMOEmbora seja considerada por nossa sociedade com bastante naturali-dade, notvel como a prtica do consumismo pode ser exercida com compulso e, at, transformar-se em uma doena o que j suficien-te para colocar em risco a sustentabilidade do Planeta. fundamental, portanto, que cada cidado aprenda a separar o joio do trigo, distin-guindo o que lhe essencial daquilo que suprfluo sua vida. Afinal de contas, estamos consumindo para viver ou estamos vivendo para consumir?

    Pontuemos um importante fator desta reflexo: a Mdia. Considerando o suporte publicitrio que lhe inerente seja na esfera escrita, digi-tal ou televisiva , fato a sua enorme responsabilidade na formao de opinies e valores. Qual a palavra de ordem em nossos dias? Con-sumir mais e mais! Comprar e descartar produtos tornou-se smbolo de modernidade e, sendo assim, a quantidade, mais do que a qualidade, associou-se sistematicamente sensao de poder e de felicidade. Sem que nos apercebssemos, aceitamos a substituio de valores baseada no ter ao invs de no ser.

    O que entendemos como nosso estilo de vida na verdade reduz-se a uma vitoriosa estratgia de manipulao no sentido de elevar nossa potncia de consumo. Nosso juzo de valor transferiu-se para a rbita do que temos e consumimos. A questo passa a ser: como manter (e ostentar) este nvel de consumo? Reduzindo o tempo dedicado ao lazer e s relaes humanas e, claro, trabalhando cada vez mais. Para os exaustos, nada melhor do que a descontrao publicitria da televiso, com suas invenes de sonhos e necessidades o que, por conse-guinte, acabar nos exigindo mais trabalho...

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    CONSUMO SUSTENTVEL X CONSUMISMO

    A sada deste beco est no imediato cultivo de uma cidadania que contemple uma prtica de consumo sustentvel, que considere a real necessidade do produto a ser adquirido e leve em conta seus efeitos tanto sobre nossa sade como sobre a sociedade e o meio ambiente.

    Consumo Sustentvel x Consumismo

    O MINISTRIO DO BOM SENSO PERGUNTA: Eu realmente preciso deste produto?

    Tenho dinheiro suficiente para consumir isto? Este produto tem durabilidade?

    A empresa que produz este bem cuida da Natureza e trata bem seus funcionrios?

    adequado o local onde descarto este produto?

    Um cidado responsvel quando opta por consumir apenas o necessrio, evitan-do a compra por impulso. Um timo caminho est na esco-lha de produtos a granel, por exemplo, que utilizem emba-lagens reciclveis. Em suma: planejar as compras, reduzir o desperdcio, evitando os des-cartveis e, sempre que poss-vel, buscando a reutilizao. Acima de tudo, fundamen-tal a valorizao de empresas que apresentem compromis-sos ticos com o meio am-biente e com a sociedade.

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  • Consumo Sustentvel

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    PERSONALIZE SEU GOLE DGUA E ECONOMIZE !!!

    Use sua prpria caneca ou uma garrafinha para gua, assim voc

    evita o uso de 10 copinhos descartveis por dia.4

    Encaremos, agora, a questo relacionada ao Carbono, elemento bsico na composio de todos os organismos do planeta. Presente nos oce-anos, no solo, nas plantas e nos combustveis fsseis, sua liberao excessiva afeta o equilbrio da atmosfera terrestre, principalmente com o desmatamento e a queima de combustveis.

    inegvel a acelerao do nvel de degradao das florestas, grandes depsitos de Carbono, o que contribui de forma crescente para o des-pejo de imensas quantidades de dixido de carbono, metano e outros gases na atmosfera. Por este motivo, a camada que naturalmente retm o calor no planeta est cada vez mais espessa, o que causa a elevao da temperatura na Terra, ou seja, o j to propagado efeito estufa.

    ENTENDER AS MUDANAS CLIMTICAS

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    PERSONALIZE SEU GOLE DGUA E ECONOMIZE !!!

    Use sua prpria caneca ou uma garrafinha para gua, assim voc

    evita o uso de 10 copinhos descartveis por dia.

    Efeito estufa e mudanas climticasO aquecimento global acelerado pelo lanamento excessivo de gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera, entre outros o dixido de carbono (CO2) e o metano (CH4). Esses gases sempre existiram na atmosfera, formando uma proteo para o planeta: sem o efeito estufa, o Sol no aqueceria suficien-temente a Terra. Estes gases retm na superfcie terrestre os raios solares gerando acmulo de calor e elevando a temperatura. Desde a Revoluo Industrial, no entanto, aumentou-se em 30% a incidncia desses gases, cau-sando desequilbrios ao clima terrestre. As mudanas climticas tornaram-se, assim, a principal consequncia do aumento da temperatura na Terra.

    O Planeta est com febre Dados oficiais registram 0,7C: este foi o aumento registrado no Sculo passado na temperatura do planeta que inspira grande preocupao, pois, apesar de ainda desconhecermos boa parte de suas dinmicas, certo que muitos dos fenmenos naturais decorrem dessa elevao.

    Para quem ainda no relaciona o aquecimento do globo com o der-retimento de grandes massas de gelo nos polos, responsvel por um aumento do nvel mdio do mar e a consequente ameaa a ilhas oce-nicas e zonas costeiras, recomendamos levar em conta a atual maior intensidade dos furaces, tufes e ciclones. J se constata que o grau das temperaturas mnimas est aumentando e um inequvoco sinal dis-to so as secas mais fortes e a desertificao de regies com enorme escassez de gua o que afeta frontalmente a biodiversidade, pois as novas condies climticas ameaam de extino de grande parte da fauna e da flora atualmente existentes.

    Se tanto as secas quanto as enchentes provocam srios problemas na agricultura e no abastecimento de gua (especialmente nos pases mais pobres), as mudanas climticas tambm intensificam os pro-blemas socioeconmicos. Quais so as regies mais vulnerveis aos efeitos destas transformaes? O rtico e a frica, bem como as ilhas e grandes deltas de rios asiticos na China e na ndia justamente os pases com maior ndice demogrfico e com grande parte das po-pulaes vivendo em estado de misria.

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  • Consumo Sustentvel

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    Modelo de desenvolvimento insustentvel

    4. Consumismo Com menos de 5% da populao do mundo, os EUA so responsveis por 25 % das emisses de CO

    2 no planeta (2006)

    e consomem: dos combustveis fsseis Queimam 25% do carvo Utilizam 26% do petrleo Utilizam 27% do gs naturalFonte: Estado do Mundo 2004.

    5. Quanto mais rico o pas, mais lixo ele produz. Veja a produo de lixo por habitante: Brasil: 0,80kg/dia Itlia: 1,25kg/dia Dinamarca: 1,55kg/dia EUA: 2kg/dia

    6. Maiores emissores de CO2 em 2008 China: 24% EUA: 21% Unio Europeia: 12% ndia: 8% Rssia: 6%

    1. Crescimento populacional Em 1800 ramos 1 bilho de habitantes Em 2008 somos quase 7 bilhes Em 2020 seremos 8 bilhes... A cada 12 anos temos + 1 bilho de habitantes!

    2. Expectativa de vida As pessoas hoje em dia vivem cada vez mais tempo! Entre 1965 e 1970 a expectativa de vida na Amrica Latina era de 59 anos. Em 2005 nossa expectativa de vida passou para 70 anos!

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    3. Concentrao Urbana 80% da populao do Brasil vive concentrada nos centros urbanos. 50% da populao do mundo tambm, mas a previso de que nos prximos 30 anos 70% esteja vivendo nos centros urbanos.

    1. Crescimento populacional Em 1800 ramos 1 bilho de habitantes Em 2008 somos quase 7 bilhes Em 2020 seremos 8 bilhes... A cada 12 anos temos + 1 bilho de habitantes!

    2. Expectativa de vida As pessoas hoje em dia vivem cada vez mais tempo! Entre 1965 e 1970 a expectativa de vida na Amrica Latina era de 59 anos. Em 2005 nossa expectativa de vida passou para 70 anos!

    7. Resultado: Crescimento populacional + Aumento da expectativa de vida + Concentrao urbana + Consumismo + Produo excessiva de lixo + emisso de CO

    2 = desenvolvimento

    insustentvel = mudanas climticas.

    Entender as Mudanas Climticas

    HABITANTES5 MAIORES MEGALPOLES - 2007 Tquio - 35,6 milhes Nova York - 19,040 milhes Cidade do Mxico - 19,028 milhes Mumbai - 18,978 milhes So Paulo - 18,845 milhes Fonte: Jornal O Estado de So Paulo Megacidades, agosto de 2008. www.estadao.com.br/megacidades

    5 PASES MAIS POPULOSOS 2007 China - 1.321.852.000 ndia - 1.129.866.673 Estados Unidos - 301.139.640 Indonsia - 234.693.997 Brasil - 190.010.640 Fonte: ONU.

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  • Consumo Sustentvel

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    Resduos slidos e mudanas climticas hora de ponderarmos sobre o gs metano, cuja produo se d pela decomposio da matria orgnica depositada nos aterros sanitrios e lixes. As emisses de metano de aterros contribuem para tornar o metano o segundo gs em importncia atrs do CO2, como responsvel pelo aquecimento global. Vamos aos nmeros: 84% da emisso de gs metano vm dos resduos slidos; 11% de efluentes industriais; e 5% dos esgotos domsticos (fonte: 1 Inventrio Brasileiro de Emisso por Atividade, 1990-1994).

    O gs metano pode ser transformado em combustvel para automveis e nibus, bem como em gerao de energia e crditos comercializveis no mercado internacional de Carbono. Segundo o Painel Intergoverna-mental sobre Mudanas Climticas (IPCC), est associada aos aterros a responsabilidade pela emisso de 5% a 20% do total de metano.

    Considerando isto tudo, como diminuir o ndice de matria orgnica de 60% do lixo brasileiro? O ideal a reduo imediata do desperdcio de alimentos e a otimizao do aproveitamento da matria orgnica antes que ela chegue aos aterros ou lixes.

    A compostagem o melhor caminho para transformar o composto orgnico proveniente do lixo das cidades em adubo e nutrientes, pois isto favorece a nutrio do solo para a agricultura no campo e retorna aos centros urbanos na forma de alimentos orgnicos mais saudveis para suas populaes.

    ALIMENTE SUA PLANTINHA!!!Use o composto que voc

    produziu nos seus vasos de plantas, jardins

    e hortas...

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  • 21

    ALERTA:A queima de lixo proibida em todo o territrio brasileiro. Em face do grande nmero de incndios florestais e em reas urbanas, causado por queimadas, nossa responsabilidade passar esta informao para frente. Os infratores esto sujeitos a multas e at mesmo a recluso, de acordo com a Lei 9605/98 de Crimes Ambientais, regulamentada pelo Decreto Federal n 3.179/98 e pelo Decreto Esta-dual n 36.551/93.

    O processo de reciclagem de embalagens aps o consumo tambm vem propiciar diminuio da extrao de recursos naturais, e do uso de gua e energia, contribuindo assim para a reduo da emisso de gases de efeito estufa. Para uma melhor compreenso do exposto, vamos tomar como exem-plo a Frana, pas em que cada habitante emite, em mdia, 1,68 toneladas de CO2/ano. Veja a reduo na emisso deste gs com a implantao da reciclagem no territrio francs:

    1 tonelada reciclada Gs de efeito estufa evitado em toneladas equivalente de CO2

    Alumnio 6,89 CO2

    Garrafas de plstico PET transparente 2,29 CO2

    Metal 1,78 CO2

    Garrafas de plstico PEHD (opaco) 1,53 CO2

    Vidro 0,46 CO2

    Embalagens longa vida tetrapack 0,13 CO2

    Papel carto 0,04 CO2

    Entender as Mudanas Climticas

    A reduo das emisses no manejo de resduos pode-se dar por meio da: Recuperao de metano nos aterros sanitrios ou em usinas de compostagem, na forma de biogs; Incinerao de resduos como fonte de energia e controle rigoroso de emisses; Tratamento de esgoto domstico e de gua residual de indstrias; Reciclagem e/ou reaproveitamento de resduos domsticos e industriais; e Construo de biodigestores para dejetos de sunos e bovinos.

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  • Consumo Sustentvel

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    5 CONHECER OS RESDUOS URBANOS Considera-se lixo os restos das ati-vidades humanas julgados como sem utilidade por seus geradores, ou seja: aquilo que no ser-ve mais e jogamos fora. Assim o de-fine os dicionrios de Lngua Portu-guesa: coisas in-teis, imprestveis, velhas, sem valor; aquilo que se varre para tornar limpa uma casa ou uma cidade; qualquer material produzido pelo homem que perde a utilidade e descartado. Veja como tudo mistu-rado vira lixo.

    Qual a diferena entre LIXO e RESDUOS SLIDOS?

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  • 23

    PRONTO! Agora j se sabe porque

    todo lixo um resduo slido, mas nem todo resduo

    slido lixo.

    O resduo slido encontrado nos estados slido e semi-slido, resultado de atividades de origem in-dustrial, domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de servios e de varrio. Pode ser utilizado como ma-tria prima, gerando, entre outros aspectos, proteo sade pblica e economia de recursos naturais. Veja como tudo separado resduo e matria-prima.

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  • Consumo Sustentvel

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    Linha do Tempo do Lixo

    Pr-histria: Muitas comunidades, incomodadas com o lixo que geravam, migravam para outras regies. Quando pararam de vagar e se fixaram em um local, o aumento do lixo apresentava riscos ao homem: da a necessidade de enterr-lo.

    Pr-histria404 a.C. 1760-1860

    1580-525 a.C

    1580-525 a.C.: No Egito, era o Rio Nilo o destino do lixo.

    404 a.C.: Atenas nos legou os primeiros lixes. As leis que proibiam as pessoas de jogar lixo nas ruas no as inibiam e a cidade cheirava mal. Descobriu-se, ento, que o recobrimento por camadas de terra era capaz de conter a proliferao de ratos, baratas e moscas. A reutilizao e reciclagem so prticas bastante antigas. J na Antiguidade, suca-teiros recolhiam espadas dos campos de batalha para fazerem novas armas. Restos de alimentos eram aproveitados pelos animais e como adubo para plantaes.

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  • 25

    Conhecer os resduos urbanos

    1760-18601860

    1860: Nesta poca, na cidade de So Paulo, a coleta dos restos de alimentos tanto das casas como do centro da cidade ficava a cargo dos chacareiros da Zona Rural, que daquilo se serviam para alimentarem seus porcos ou adubarem verduras. Con-siderada a predileo dos chacareiros pelo lixo mais rico (gerado nos restaurantes, hotis e bares), em 1869 a Cmara Municipal (no havia prefeito na poca) resolveu incumbir um carroceiro para a funo de coletar o lixo das casas. No demorou muito para que o crescimento acelerado das metrpoles fizesse com que as reas disponveis para a descarga de lixo se tornassem escassas. As consequncias disto foram a sujeira acumulada no ambiente; o aumento da poluio do solo e das guas; e a piora nas condies de sade das populaes em todo o mundo, especialmente nas regies menos desenvolvidas. No Brasil, a maior parte dos resduos recolhidos nos centros urbanos ainda simplesmente lanada em lixes a cu aberto existentes nas periferias das cidades, sem qualquer tratamento.

    1760-1860: A partir da Revoluo Industrial, as fbricas comearam a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado. Isto aumen-tou consideravelmente o volume e a diversidade de resduos gerados nas reas urbanas, mergulhando o indivduo na Era dos Descartveis, na qual a maior parte dos produtos (de guardanapos de papel e latas de refrigerante a computadores) passou a ser inutilizada e jogada fora com enorme rapidez. At o surgimento das primeiras indstrias na Europa, em meados do Sculo XVIII, as cida-des no possuam servios pblicos de coleta de lixo, pois este era produzido em pequena quantidade, constituindo-se essencialmente de sobras de alimentos, cascas de frutas e objetos que raramente eram descartados.

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  • Consumo Sustentvel

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    Gerao e Composio Antes da exploso industrial (como na cidade de So Paulo, em 1927) o lixo das cidades continha basicamente matria orgnica e era formado por restos de alimentos e papel. Atualmente uma parte importante formada por plsticos e lixos tecnolgicos que por falta de legislao que garanta o seu retorno ao fabricante e sua reutilizao ou recicla-gem so destinados aos aterros sanitrios.

    Fonte: Prefeitura do Municpio de So Paulo, 2005 Diversos

    Trapos, Panos, etc

    Pilhas e Baterias

    Alumnio

    Metais ferrosos

    Plsticos e Isopor

    Longa vida

    Papel, papelo

    Matria orgnica

    Terra Pedra

    Vidros

    Madeira

    1927

    100%50%0%

    1991

    2003

    Composio do lixo da cidade de So Paulo, no perodo entre 1927 e 2003 (em percentuais).

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  • 27

    Caracterizao dos Resduos do Brasil e EUA 2006

    Brasil EUA

    57,5%

    11,1%

    16,8%

    10,6%

    1,8%2,2%

    12,4%

    33,9%

    11,7%7,6%

    12,9%

    5,3%

    16,2%

    Matria Orgnica

    Matria Orgnica

    Papel

    Papel

    Plsticos

    Metais

    Vidros

    Podas de jardim

    Outros

    Outros

    Vidros

    Plsticos

    Metais

    Conhecer os resduos urbanos

    Enquanto 60% do lixo brasileiro constituem-se de matria orgnica, nos EUA onde inexiste a compra de alimentos a granel, vendidos em feiras livres 70% dos resduos so formados por embalagens. Se, por um lado, o desperdcio de alimentos no Brasil grande, por outro lado, nos EUA, enorme a presso sobre os recursos naturais para a produo de embalagens descartveis.

    Apesar da necessidade de reduzir, a gerao de resduos ainda crescente e as quantidades so assustadoras.

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  • Consumo Sustentvel

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    Classificao e TiposA classificao dos resduos slidos pode ser feita por sua natureza, composio qumica, origem e riscos.

    Por sua natureza:SECO: papis, plsticos, metais, tecidos, vidros, madeiras, guardanapos e folhas de papel, pontas de cigarro, isopor, cermi-cas, porcelana, espumas e cortias. MIDO: restos de comida, cascas e baga-os de frutas e verduras, ovos, legumes e alimentos estragados. Considerando a composio qumica:ORGNICO: p de caf e ch, restos de ali-mentos, cascas e bagaos de frutas e verdu-ras, ovos, alimentos, papel e podas de jardim. INORGNICO: produtos manufaturados, tais como plsticos, vidros, borrachas, te-cidos, metais (alumnio, ferro, etc.), isopor, lmpadas, velas, parafina, cermicas, por-celana, espumas, cortias, etc.

    Quanto origem:SERVIOS DE SADE: gerado em hospi-tais, postos de sade, clnicas, farmcias, laboratrios e outros: agulhas, seringas, gazes, luvas, rgos e tecidos removidos, remdios vencidos, curativos e outros con-taminados.

    COMERCIAL: (gerado em estabelecimen-tos comerciais, variando de acordo com a atividade): grandes volumes de papelo e sacos plsticos.

    INDUSTRIAL: gerado nos vrios tipos de indstrias. Tm trs partes: 1) igual ao domiciliar; 2) formada por rejeitos e resduos de processamentos; e 3) re-sduos txicos e perigosos: qumicos, explosivos, inflamveis, entre outros. ESPECIAL: gerado em portos e aeroportos, terminais rodovirios e ferrovirios, bem como radioativos, materiais que, por suas caractersticas, possam representar risco sade e necessitem de cuidados no acon-dicionamento, na manipulao e disposio final: entulhos, txicos, pilhas e baterias. AGRCOLA: formado por restos de plan-tios, esterco de animais e embalagens im-pregnadas com pesticidas e fertilizantes qumicos, utilizados na agricultura, que so perigosos. Precisam de tratamento especial. PBLICO: gerado nas ruas e praas, dei-xados indevidamente nas ruas pela popu-lao ou retirados de residncias atravs de servio de remoo especial: varrio, capina, poda de rvores, raspagem, entu-lhos de obras, mveis velhos entre outros.

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  • 29

    Conhecer os resduos urbanos

    Quanto aos riscos:PERIGOSOS OU RESDUOS CLASSE 1: apresentam riscos sade pblica e ao meio ambiente (alguns lixos industriais e de servios de sade), exigindo, por-tanto, tratamento e disposio especiais.

    NO INERTES OU RESDUOS CLASSE 2: so os resduos no perigosos, porm no inertes (lixo domstico, por exemplo). INERTES OU RESDUOS CLASSE 3: no se decompem ou se degradam muito len-tamente no solo. Por exemplo, os entulhos de demolio, pedras e areias.

    Classes Origem Responsvel

    1

    2

    3

    Domiciliar

    Comercial

    Servios de Sade

    Industrial

    Agrcola

    Pblico

    Entulho

    Prefeitura

    Gerador do Resduo

    Portos, aeroportos e terminais rodoviarios

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  • Consumo Sustentvel

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    Na Sociedade O lixo jogado nas ruas en-tope bocas-de-lobo e buei-ros, afetando tanto a quali-dade de vida como a sade das pessoas e provocando perdas materiais e huma-nas. Quando disposto a cu aberto, o lixo atrai insetos, roedores e vetores trans-missores de doenas, tais como leptospirose e clera, febre tifoide e disenterias transmitidas por moscas e mosquitos, alm de malria, dengue e febre amarela. Nos lixes, sobrevivendo em condies insalubres e ina-ceitveis do ponto de vista humanitrio, encontram-se milhares de catadores (crianas e adultos). Diante deste quadro, a Organizao Pan-Americana de Sade (OPAS) adverte que, para cada Real investido em sa-neamento bsico, 5 reais so economizados no siste-ma de sade pblica.

    No Meio ambiente urgente reconhecermos o intenso impacto causado pela poluio no solo, nas guas e no ar do planeta. A contaminao do solo comea com a inadequada disposio do lixo domiciliar. Ao considerarmos nossas guas, precisamos compreender que est no lixo lanado aos rios e crregos a causa de enchentes e assoreamento. Alm disso, o chorume (lquido escuro, turvo e mal-cheiroso produzido pela decomposio da

    Todos esses impactos mos-tram como importante reduzir a produo de lixo e res duos slidos fazer uma gesto integrada e adequada.

    Impactos do Lixo, no Meio Ambiente

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  • 31

    A Cetesb define como rea contaminada o local polu-do com substncias ou resduos nele depositados, armazenados, enterrados ou infiltrados seja de forma planejada, acidental ou at mesmo natural. Tais agen-tes contaminantes dissemi-nam-se tanto pelo ar como pelo solo ou guas subter-rneas e superficiais, deter-minando impactos negati-vos e/ou riscos sobre bens localizados na prpria rea ou em seus arredores. S no Estado de So Paulo, h 2.272 reas contaminadas identificadas, cuja recupe-rao demanda investimen-to pblico e privado. Ainda segundo a Cetesb (2007), so os postos de gasolina (77%), as instalaes indus-triais (14%) e os estabele-cimentos comerciais (5%) que ocupam o podium das principais fontes de conta-minao do solo.

    Conhecer os resduos urbanos

    Na Economia fundamental o conhecimento de que a municipalidade (e, portanto, o cidado) que paga pela coleta, transporte e dispo-sio final do lixo. Valhamo-nos, pois, da reduo do desperdcio e gerao de lixo e assim poderemos investir recursos melhor aproveitveis, por exemplo, nas reas de Educao, Sade e Meio Ambiente.

    matria orgnica acumulada em lixes e aterros sanitrios) altamente txico para os lenis de guas subterrneas. E, quan-to ao ar, em poca de aquecimento global, o que dizer do gs metano gerado nos ater-ros e lixes e emitidos para a atmosfera?

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  • Consumo Sustentvel

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    Levando em conta que tanto a separao como o acondicionamento dos resduos gerados deve estar de acordo com os sistemas de coleta existentes em cada cidade, propomos, nessa publicao, uma gesto dos resduos orgnicos, reciclveis, lixo e leo de cozinha, bem como de suas destinaes corretas: compostagem, reciclagem, triagem e aterros sanitrios.

    AcondicionamentoEm residncias e escolas, por exemplo, muito importante separar e acondicionar os resduos slidos e, neste sentido, devemos considerar quatro tipos de recipientes:

    Para os materiais reciclveis: um recipiente de 100l; Para os orgnicos: um recipiente de 30l; Para o lixo: um recipiente de 10l; e Para o leo de cozinha: uma garrafa de 1l.

    Reciclveis Orgnicos Lixo para aterro leo

    CDs, DVDs, embalagens longa vida (tetrapack),isopor, papel, plstico, vidro, metal;

    Restos de alimen-tos crus, podas, cascas de frutas;

    Papel higinico, plsticos, filmes sujo, restos de alimentos cozi-dos, gorduras, peles, bituca de cigarro, plsticos, filmes sujos;

    Pode se transfor-mar em sabo ou biocombustvel!

    6 GERENCIAR OS RESDUOS SLIDOS

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  • 33

    Por reduzir ao mximo o lixo destinado aos aterros, este tipo de sepa-rao se torna uma forma eficaz de realmente fazermos a nossa parte, pois, assim, obtemos um grande volume de materiais reciclveis; uma boa quantidade de matria orgnica transformada em composto para fertilizar a terra; e, por fim, apenas uma pequena poro de lixo. Quan-to ao leo de cozinha usado, podemos do-lo para produo de sabo e biocombustvel.

    tambm essencial que, tanto nas indstrias como em instalaes de servios de sade, observem-se as legislaes especficas vigentes so-bre a forma de acondicionar os resduos slidos produzidos.

    Gerenciar resduos slidos

    ColetaSo cinco os sistemas de coleta praticados:

    1. Coleta regularCamihes compactadores retiram diaria-mente (ou em dias alternados) o lixo das residncias e o transportam para uma uni-dade de tratamento ou de disposio final mais prxima.

    2. Coleta seletivaAlgumas cidades brasileiras desenvolvem programas de coleta seletiva tanto em re-sidncias como em postos ou locais de entrega voluntria. Em mdia, uma vez por semana, caminhes do tipo ba, gaiola ou compactadores coletam e encaminham os reciclveis para centrais de triagem.

    3. Coleta de alto risco As normas brasileiras determinam que ela seja realizada por veculos diferenciados, de cor branca e com identificao, em uni-dades que prestam servios de Sade, tais

    como hospitais, clnicas, farmcias, clni-cas veterinrias. Os funcionrios que fazem este tipo de coleta devem usar equipamen-tos de segurana.

    4. Coleta industrialIndstrias geradoras ou empresas contra-tadas (devidamente autorizadas pelo rgo ambiental para o transporte de cargas pe-rigosas) realizam este servio com cami-nhes compactadores e veculos especiais, destinando o material coletado a aterros sanitrios e industriais, conforme a classe dos resduos separados.

    5. Coleta de entulho de obras e reformas Os pequenos e grandes geradores contra-tam servios de caambas fixas ou cami-nhes especiais para a retirada de restos de obras e reformas, cujo destino os ater-ros de inertes. No entanto, fundamental certificar-se do real destino dado a este entulho, pois muitas vezes ele abandona-do em terrenos baldios, margens de rios e ruas das periferias das cidades.

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    Reaproveitamento de entulhoApesar de causar tantos problemas, o entulho deve ser visto como fonte de materiais de grande utilidade para a construo civil. Seu uso mais tradicional - em aterros - nem sempre o mais racional, pois ele serve tambm para substituir materiais normalmente extrados de jazidas ou pode se transformar em matria-prima para componentes de construo, de qualidade comparvel aos materiais tradicionais. possvel produzir agregados - areia, brita e bica corrida para uso em pavimentao, conteno de encostas, canalizao de crregos, e uso em argamassas e concreto. Da mesma maneira, pode-se fabricar componen-tes de construo - blocos, briquetes, tubos para drenagem e placas.

    Fique atento s Pilhas e Baterias ATENO PARA O ENTULHO

    Embora ainda seja comum flagrarmos em terrenos e lotes baldios o depsito clandestino de entulho retirado de obras, desde 2002 a Resoluo 307 do Conselho Nacional de Meio Am-biente (Conama) regulamenta a disposio e o reaproveitamento deste material, definindo, inclusive, as responsabilidades de cada parte envolvida neste processo, isto , dos gerado-res e transportadores de entulho s atribuies do poder pblico. A mesma Resoluo ainda prev o desenvolvimento de dois importantes mecanismos: o Programa Municipal de Geren-ciamento de Resduos da Construo Civil (de responsabilidade da prefeitura) e o Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, que fica a cargo dos grandes geradores.

    Pilhas e BateriasA partir da Resoluo CONAMA 401 de novembro de 2008, todos os pontos de venda do pas devem, num prazo de dois anos, coletarem as pilhas e baterias e encaminhar aos fabricantes e importadores, para a reciclagem e/ou pelo descarte em aterros sanitrios. Foram estabelecidos os limites mximos de chumbo, cdmio e mercrio e os critrios e padres para o seu gerenciamento. Esto includas pilhas e baterias portteis, dos sistemas eletroqumicos, baterias chumbo-cido, automotivas e industriais. Para aquelas ainda no contempladas na resoluo, fabricantes, impor-tadores, distribuidores, comerciantes e poder pblico devero imple-mentar programas de coleta seletiva, em dois anos. Os importadores devero apresentar ao IBAMA plano de gerenciamento para a obteno de licena de importao. Na publicidade e nas embalagens constaro: a destinao adequada, os riscos sade humana e ao meio ambiente, e a forma de encaminhamento aps o uso.

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  • 35

    Minimizao dos resduos

    Recuperao = reutilizar e reciclar

    Reduo na fonte geradora Tratamento = compostar

    e incinerar

    Gerenciar resduos slidos

    Reaproveitando PneusEm atendimento Resoluo CONAMA 258, que estabelece metas crescentes de coleta e destinao de pneus inservveis, a Associao Nacional da Indstria de Pneumticos (ANIP) implantou um programa de coleta de pneus em vrios pontos do pas. Por meio de parcerias entre a ANIP, distribuidores e revendedores e prefeituras esto sendo instalados os Ecopontos para recepo e encaminhamento destes s empresas de triturao e de destinao final. Em geral, aps a triturao so utilizados como combustvel alternativo na indstria de cimentos. Outras formas de aproveitamento so: solados de sapatos, borrachas de vedao, pisos industriais e peas de reposio para a indstria automobilstica, como tapetes de carros, fabricao de manta asfltica ou na composio do asfalto borracha.

    MinimizaoO que, afinal de contas, significa minimizar o lixo produzido? Em primeiro lugar, a urgncia de reduzi-lo na sua fonte geradora, ou seja, gerar menos lixo. Isto demanda uma recusa imediata de produtos que agridem a sade e o meio ambiente ou que, em cujo processo de pro-duo, haja explorao de trabalho infantil e adulto. O passo seguinte praticar a reutilizao dos materiais descartados e a coleta seletiva para a reciclagem. Por fim, antes de destin-lo aos aterros sanitrios, necessrio que lhe seja dado o tratamento adequado.

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    Os 5 RsConhea a seguir os 5Rs, aes prticas que, no dia a dia, podem pro-piciar a reduo do nosso impacto sobre o planeta, melhorando a vida atual e contribuindo com a qualidade de vida das prximas geraes. Se voc j pratica alguma delas, lembre-se que sempre possvel fazer mais.

    Repensar os hbitos de consumo e descartePense na necessidade do produto, antes de com-pr-lo. Depois de consumi-lo, pratique a coleta seletiva, separando embalagens, matria orgnica e leo de cozinha usado. Jogue no lixo apenas o que no for reutilizvel ou reciclvel. Evite o des-perdcio de alimentos. Use pro dutos de limpeza biodegradveis. Adquira produtos reciclveis ou produzidos com matria-prima reciclada (durvel e resistente). Prefira embalagens de papel e pa-pelo. Utilize lmpadas econmicas e pilhas re-carregveis ou alcalinas. Mude seus hbitos de consumo e descarte.

    Recusar produtos que prejudicam o meio ambiente e a sadeCompre apenas produtos que no agridem o meio ambiente e a sade (dentro do prazo de validade). Evite o excesso de sacos plsticos e embalagens, aerossis e lmpadas fluores-centes, bem como produtos e embalagens no reciclveis e descartveis. Radicalize!

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    Reduzir o consumo desnecessrioEsta prtica significa consumir menos produ-tos, dando preferncia aos que tenham maior durabilidade e, portanto, ofeream menor po-tencial de gerao de resduos e de desperd-cio de gua, energia e recursos naturais. Adote a prtica do refil. Escolha produtos com me-nos embalagens ou embalagens econmicas, priorizando as retornveis. Leve sua sacola para as compras e adquira produtos a granel. Faa bijouterias, brinquedos e presen-

    tes personalizados reutilizando materiais. Invente novas receitas e reaproveite de forma integral os alimentos. Alugue equipamentos. Edite textos na tela do computa-dor e, quando no for possvel evitar a cpia ou a impresso, faa-as frente e verso.

    Reciclar materiaisO processo de reciclagem reduz a presso sobre os recursos naturais, economiza gua e energia e gera trabalho e renda para milhares de pessoas (seja no mercado formal ou informal de trabalho). Exercite os quatro primeiros Rs e, o que restar, separe para a co-leta seletiva as embalagens de vidros, plsticos, me-tais, papis, longa vida, isopor, leo de cozinha usa-do, cartuchos de impressoras, pilhas, baterias, CDs, DVDs, radiografias e alimentos. A reciclagem promo-ve benefcios ambientais, sociais e econmicos.

    Reutilizar e recuperar ao mximo an-tes de descartarAmplie a vida til dos produtos e do aterro sanitrio, economizando a extrao de ma-trias-primas virgens. Crie produtos artesa-nais e alternativos a partir da reutilizao de embalagens de papel, vidro, plstico, metal, isopor e CDs. Utilize os dois lados do papel e monte blocos de papel-rascunho. Oferea vrios tipos de oficinas de sucata. Doe obje-tos que possam servir a outras pessoas.

    Gerenciar resduos slidos

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  • Consumo Sustentvel

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    Coleta Seletiva e Reciclagem QUAL A DIFERENA? Como j vimos, coleta seletiva a separao dos resduos na sua pr-pria fonte geradora, com a finalidade de facilitar seu reaproveitamento e reciclagem. Plsticos, vidros, papis e metais, alm de leo de cozi-nha usado e outros materiais reciclveis, so coletados e transportados para centros de triagem operados pelas prefeituras ou por organizaes de catadores, onde so separados por tipos e prensados, podendo ser beneficiados e depois vendidos para as indstrias recicladoras.

    A reciclagemNa Natureza tudo reaproveitado. O que antes era tido como sujo e desprezvel, nela ressurge na forma de energia, de matria-prima, de novas fontes de vida. A reciclagem uma realidade nos dias de hoje porque acompanha a mesma linha de pensamento. Depois da Reduo e da Reutilizao, ela uma das alternativas mais econmicas e socioambientalmente adequadas para os resduos, pois, ao propiciar uma reduo das emisses de carbono, assume importncia estratgica contra o aquecimento global.

    Em nossa sociedade, reciclar significa processar materiais usados e descartados objetivando a fabricao de novos bens de consumo. Um timo exemplo vem do plstico PET, onde por meio da reciclagem so extradas fibras txteis que sero destinadas confeco de roupas, ta-petes, carpetes, embalagens, filmes, fitas, cordas e cerdas de vassouras.

    Apesar da extrema importncia destas prticas, dados do Cempre (2008) sinalizam que apenas 14% da populao brasileira tm acesso a programas municipais de coleta seletiva. A mesma pesquisa indica que, dos 5.564 municpios brasileiros, apenas 405 (menos de 10%) atendem a esta demanda metade deles em parceria com organizaes de catadores.

    30125001 miolo alterado.indd 38 3/24/09 5:37:57 PM

  • 39

    Catadores de materiais reciclveis A crise econmica dos anos 90 trouxe a valorizao dos materiais reciclveis no mercado. Desde ento elevou-se o nmero de catadores nas grandes cidades, os quais, sem o devido reco-nhecimento por parte da sociedade e do poder pblico, assumiram a res-ponsabilidade sobre a coleta seletiva de materiais reciclveis no Brasil.

    Atuando nas ruas e lixes, eles pro-movem a limpeza das cidades, pro-tegem o meio ambiente e atualmente respondem por 90% da matria-prima ps-consumo que chega s indstrias recicladoras. Nos ltimos quinze anos, mais de 400 organizaes de catado-res surgiram no Brasil, tornando-nos modelo para outros pases, como a Turquia e a ndia.

    Apoiado por organizaes da socie-dade civil e por governos surgiu, em 2002, o Movimento Nacional dos Ca-tadores, que conquistou o reconheci-mento de sua categoria junto ao Minis-trio do Trabalho.

    Embora muitos municpios brasileiros j desenvolvam programas de coleta seletiva em parceria com estas organi-zaes de catadores, bom conhecer os das cidades de Londrina (PR), Por-to Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Recife (PE), Mesquita (RJ), de Itu e de Diadema (SP), sendo, esta ltima, pioneira na remunerao dos catadores pelos servios presta-dos sociedade.www.movimentodoscatadores.org.br www.cempre.org.br e www.snis.gov.br

    TOME A INICIATIVA

    Se a sua cidade ainda no tem coleta seletiva, separe os

    materiais reciclveis e os entregue a catadores,

    de preferncia organizados.

    30125001 miolo alterado.indd 39 3/24/09 5:37:58 PM

  • Consumo Sustentvel

    40

    A reciclagem no BrasilVm aumentando rapidamente no pas os ndices de reciclagem de vrios materiais. Embora oscilem bastante os preos de compra e venda dos materiais reciclveis, quanto maior o seu valor econmico, mais atrativo se torna para quem vive de sua catao.

    Evoluo dos ndices de Reciclagem no Brasil e o percentual de crescimento, de 1999 a 2006.

    1999 2002 2006

    Papel

    100%

    75%

    75%

    25%

    25%

    0%

    0%

    50%

    50%

    Papelo

    Plsticos

    PET

    Latas de Alumnio

    PneusLatas de Ao

    Longa Vida

    Vidro

    leo

    Compostagem

    Fonte: Cempre (2006)

    Benefcios da coleta seletiva e da reciclagem

    Estmulo ao uso sustentvel dos recursos naturais Aumento do reaproveitamento e reciclagem de matrias-primas Reduo do desperdcio de matrias-primas Diminuio da poluio do solo, da gua e do ar Ampliao da vida til dos aterros sanitrios Reduo do consumo de gua e energia no processo de reciclagem Valorizao das organizaes comunitrias e fortalecimento do capital social Gerao de trabalho, emprego e renda na coleta, beneficiamento

    e comercializao dos materiais reciclveis

    30125001 miolo alterado.indd 40 3/24/09 5:37:59 PM

  • 41

    75%

    25%

    0%

    50%

    Compostagem

    Restos de alimentos

    100%

    Plstico filme

    Plstico rgido

    Tetrapack- longa vida

    leo lubrifi-cante usado

    Latas de ao

    Papel de escritrio

    Pet

    Pneus

    Papel ondulado

    Latas de alumnio

    Vidro

    Fonte: Cempre (2006)

    Gerenciar resduos slidos

    Ranking da reciclagem e do desperdcio no Brasil

    O material de valor campeo mundial da reciclagem o Alumnio, se-guido pelas embalagens de plstico PET, cuja coleta aumentou por conta de sua utilizao na produo de vrios tipos de produtos, cha-mando a ateno das indstrias recicladoras.

    Outro fator fundamental o surgimento de polticas pblicas voltadas a esta questo. Se por um lado o esperado fosse que a realidade da reciclagem do vidro e das latas de ao ultrapassasse a marca atual de 50%, por outro lado j possvel festejar-se o aumento da coleta de pneus voltada reciclagem, como resultado da aprovao da Resoluo com a qual o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) impe aos fabricantes a coleta de pneus usados.

    Ainda h muito o que reduzir e o que reciclar. Hoje em dia, infeliz-mente, quase todos os restos de comida e a maior parte dos materiais reciclveis esto sendo jogados em lixes e sendo enterrados. Somente 3% da matria orgnica jogada no lixo vm sendo transformados em adubo. No se trata apenas de desperdcio de dinheiro, mas de injusti-a social, em um pas com tanta pobreza e desigualdade social.

    Reciclagem (%) Desperdcio (%)

    Fonte: Cempre (2006)

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  • Consumo Sustentvel

    42

    Lixo ou resduos eletroeletrnicos?O melhor destino para os milhares de toneladas de resduos eletroele-trnicos um dos maiores desafios a serem enfrentados na atualidade. No Brasil a maior parte dos eletrodomsticos em geral, alm de pilhas, baterias, computadores, impressoras, aparelhos celulares, iPODs e apa-relhos de fax e DVD, entre outros, depositada em lixes e aterros sanitrios. Qual a soluo para este problema?

    Em primeiro lugar, reduzir o consumo desnecessrio e suprfluo. Feito isto, usar e consertar ao mximo os produtos adquiridos e, terminada sua vida til, devolv-lo ao fabricante, para que este se responsabilize por sua destinao e tratamento adequado. Neste sentido uma legis-lao extremamente importante, mas ainda mais fundamental a conscincia e a respectiva mudana de atitude por parte do Cidado Planetrio no que diz respeito ao seu relacionamento com os bens de consumo.

    30125001 miolo alterado.indd 42 3/24/09 5:38:00 PM

  • 43

    Gerenciar resduos slidos

    Alerta sobre os resduos eletroeletrnicos Em 2007 havia 7,7 bilhes de habitantes no mundo e 3 bilhes era a quantida-de de celulares. Segundo a Agncia Nacional de Telecomunicaes e Teleco, 111 milhes apenas no Brasil.

    Um em cada cinco usurios de telefonia mvel no mundo chins, pois, segundo o jornal oficial "Shanghai Daily" (2006), aquele pas j conta com mais de 600 milhes de usurios. Em 2006, a China fabricou 470 milhes de telefones celulares, o equivalente metade da produo mundial. Quase 120 milhes deles foram vendidos durante o mesmo ano.

    Voc sabia que, embora 74% dos brasileiros acreditem ter uma atitude positiva para o meio ambiente, apenas 2% deles destinam seus celulares usados para a reciclagem? Fonte: Web resol, 2008 pesquisa Nokia em 17 pases.

    Segundo a Agncia Nacional de Telecomunicaes (Anatel), nos prximos 10 anos o nmero de telefones celulares no Brasil subir de 125 milhes para 250 milhes.

    Tratamento Incinerao ou compostagem?A incinerao e a compostagem so as duas formas de tratar o lixo.

    IncineraoA incinerao um tipo de tratamento atravs do qual o lixo queima-do em temperaturas superiores a 800C. Este processo gera poluentes slidos (cinzas), lquidos (lamas) e gasosos (gases). Aps a queima, a cinza restante depositada em aterros para resduos perigosos.

    NO V NO EMBALO!!!No descarte aparelhos

    eletrnicos que ainda atendem bem s suas necessidades s

    porque o mercado est oferecendo um modelo mais novo.

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  • Consumo Sustentvel

    44

    J a emisso de gases precisa de um controle com filtros adequados que respeitem padres legais estabelecidos. O processo de incinerao gera dioxinas e furanos, compostos altamente txicos emitidos pela chamin do incinerador juntamente com os gases. No Brasil, no h sistemas de medio para este tipo de emisso.

    A incinerao exige um lixo com alto poder calorfico e por este motivo que no se pode queimar apenas matria orgnica. Faz-se ne-cessria a existncia de materiais plsticos e de outras embalagens. Para que a incinerao acontea, importante que haja recuperao de energia ou de calor.

    Vantagens Reduo significativa (90%) do volume de lixo. Possibilidade de transformao do lixo em energia ou calor. Capacidade de receber todos os tipos de lixo.

    O que deve ser incineradoAlguns tipos de resduos industriais, de servios de sade (qumicos e infecciosos) e de carcaas de animais.

    Compostagem ou composto orgnico o resultado da decomposio biolgica da matria orgnica na pre-sena de oxignio e gua. O produto final o composto, porm durante o processo produzido tambm o gs carbnico, vapor dgua e calor. O volume do material se reduz pela metade, desde o incio do proces-so. Quanto maior a variedade de materiais, (restos de frutas, legumes, cinzas, folhas secas, fezes de bovinos, ovinos, aves, caprinos, equinos, lepordeos) obteremos um composto mais rico! Ateno: no utilize alimentos industrializados, cozidos, nem fezes de humanos!

    O composto orgnico tem cor marrom escura, cheiro bom de terra e aspecto homogneo.

    Durante o processo de decomposio, ou fermentao, que se d em duas fases, primeiramente ocorre a ao dos microorganismos, fungos, bactrias, protozorios, vermes e insetos e depois seu amadurecimento.

    30125001 miolo alterado.indd 44 3/24/09 5:38:01 PM

  • 45

    Vantagens Se a compostagem fosse praticada, haveria uma reduo de 60 a 70% do lixo que hoje est indo para os aterros. Ao se produzir composto orgnico tem-se como objetivo principal nutrir os solos que produzem alimentos, reduzindo assim o uso dos fertilizantes qumicos.

    O que pode ser compostado Os materiais mais utilizados na compostagem so cinzas, penas, lixo domstico, aparas de grama, rocha moda e conchas, feno ou palha, podas de arbustos e cerca viva, resduos de cervejaria, folhas, resduos de couro, jornais, turfa, serragem, algas marinhas e ervas daninhas.

    Gerenciar resduos slidos

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  • Consumo Sustentvel

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    Disposio Final Para onde vai o lixo?Embora caiba s prefeituras coletar e destinar o seu lixo domiciliar, pblico e comercial, a maioria dos municpios ainda no o faz adequadamente o que nos leva a constatar que muitos dos atuais problemas socioambientais advenham do fato da responsabilidade sobre a gesto de resduos no ser assumida nem pelo cidado nem pelas empresas e governos.

    Ningum aprecia manter o lixo perto de si. Assim sendo, se, alm do cresci-mento das cidades, tambm considerarmos as reas protegidas por lei por exemplo as matas Atlntica e Amaznica ou o Cerrado e o Pantanal, bem como as que protegem mananciais de abastecimento de gua , que espa-os nos restam, a cada dia que passa, para a adequada destinao do lixo?

    Depois de reduzirmos, reutilizarmos e reciclarmos, o passo seguinte deve ser o de debruarmos nosso olhar sobre a questo do aterro sa-nitrio, ou seja, para um sistema correto de disposio final do lixo coletado em residncias, comrcio e reas administrativas das inds-trias e hospitais. Vale lembrar que, em nosso pas, ainda comum a disposio final do lixo produzido em aterros controlados e lixes.

    Estes indicadores sinalizam, portanto, que o motivo do bom desempenho em termos de quantidade est no fato de os aterros mais bem operados se encontrarem nos grandes municpios, ou seja, onde produzida uma maior quantidade de lixo. Esta pesquisa ainda nos permite estimar a quantidade de lixo coletado por habitante/dia:

    Em cidades com at 200 mil habitantes = 450 a 700 gramas Em cidades com mais de 200 mil habitantes = de 800 a 1.200 gramas

    ALERTA BRASIL!Para onde voc acha que esto

    indo as 27.742 toneladas/dia de lixo produzidas todos os dias e que

    no so coletadas?

    30125001 miolo alterado.indd 46 3/24/09 5:38:02 PM

  • 47

    10.8467.978

    Norte11.844

    10.181

    Centro Oeste45.205

    31.422

    Nordeste

    140.911168.653

    Brasil

    16.50913.787

    Sul

    77.54384.249

    Sudeste

    Disposio final do lixo no Brasil, 2001

    Fonte: Manual de gerenciamento integrado de resduos slidos IBAM- MC

    Valores expressos em porcentagem da quantidade de lixo nas cidades

    Norte

    100%

    Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil

    Lixes Aterros Sanitrios Aterros Controlados Usinas Outros

    75%

    25%

    0%

    50%

    RSU Gerado (t/dia)

    RSU Coletado (t/dia)

    Quantidade de resduos urbanos gerada e coletada por regio e no Brasil Fonte: Panorama ABRELPE, 2007

    Gerenciar resduos slidos

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  • Consumo Sustentvel

    48

    Aterro sanitrioEste um bom momento para compreendermos o que um aterro sanitrio. Trata-se de uma obra de engenharia projetada sob critrios tcnicos que tem a finalidade de garantir que a disposio dos resduos urbanos no causem danos nem Sade Pblica e nem ao Meio Ambiente.

    Por propiciar um controle eficiente e seguro do processo de recepo e acomodao de vrios tipos de resduos slidos, em diferentes quanti-dades, este tipo de destinao quase sempre apresenta a melhor relao custo-benefcio.

    O aterro sanitrio (cujo tamanho varia de acordo com a sua finalidade) prev um tratamento especial para o chorume e os gases emi-tidos na decomposio do lixo. Ali, as compactadas camadas de resduos so sucessivamente recobertas por terra.

    Levando isto tudo em conta, esta publicao prope aos municpios de pequeno e m-dio porte a formao de con-srcios capazes de viabilizarem a construo de aterros mais se-guros e com sistema capacitado para captao do gs metano. No h dvida alguma de que, economicamen-te, isto lhes trar gerao de energia e reduo do impacto sobre o meio ambiente. , ainda, fundamental que nesta implantao seja pensada tanto a prpria recuperao do aterro como, no caso do seu fechamento, o uso a ser dado ao terreno, tais como instalao de praa, parque ou outros equipamentos pblicos.

    30125001 miolo alterado.indd 48 3/24/09 5:38:06 PM

  • 49

    Gerenciar resduos slidos

    Vantagens Eliminao do trabalho de catadores em condies inadequadas;

    Combate de problemas cau-sados Sade Pblica, advin-dos, por exemplo, da prolifera-o de insetos e ratos;

    Recuperao da rea, aps o encerramento, para uso em atividades esportivas e recreativas;

    Custos de investimento e operao relativamente baixos; e

    Possibilidade da utilizao do gs gerado, desde que projetado para essa finalidade.

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  • Consumo Sustentvel

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    Aterro controladoAo chegar a um aterro controlado, o lixo colocado sobre o solo compactado por trator e coberto com terra. Tal procedimento reduz alguns riscos para a Sade Pblica, contudo, no prev captao ou tratamento para o chorume e os gases poluentes atmosfera. Mal operado, este tipo de aterro facilmente vem a se transformar em lixo. Vamos conhecer, ento, a diferena entre uma coisa e outra.

    LixoDenominou-se lixo o local caracterizado pela descarga e subsequente abandono do lixo sobre o solo, sem nenhuma medida de proteo ao meio ambiente ou sade pblica.Por ser uma disposio que apresenta baixo custo, grande parte dos municpios brasileiros ainda se utiliza deste sistema, geralmente lo-calizado em baixadas (vales) ou sobre cursos dgua muitas vezes, mananciais de abastecimento.

    O Ministrio Pblico tem pressionado as prefeituras a acabarem com os lixes, tornando-os, do ponto de vista ambiental, alvos de uma imedia-ta erradicao. Da a importncia de uma incluso social dos catadores de materiais reciclveis, que de l tiram seu sustento.

    Principais impactos dos lixes A decomposio da matria orgnica a cu aberto e a consequente gerao de gases causa mau cheiro, alm de chorume, que contamina as guas superficiais e subterrneas;

    Doenas causadas pela proliferao de ratos, moscas e vermes que se alimentam de restos de comida existentes no lixo;

    Poluio do ar pela emisso de gases de efeito estufa e pela fumaa gerada na queima espontnea ou proposital do lixo; e

    Existncia de catadores trabalhando em condies precrias, que impli-cam em riscos sua sade .

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  • 51

    Sociedade Civil organizada tambm cabe um importante papel de cobrar das prefeituras tanto o fim dos lixes como a coleta seletiva com incluso social e a disposio ambientalmente correta do lixo.

    Gerenciar resduos slidos

    Aterro industrial Estes aterros so instalaes com caractersticas apropriadas segura disposio final de resduos industriais no solo. Assim sendo, cabe s indstrias geradoras submeter aprovao do rgo estadual de controle ambiental um plano de gerenciamento que abarque a forma de coleta, o tratamento e a disposio final de seus resduos. Dessa forma se evita que estes causem contaminao ao solo atravs de componentes nocivos, dentre os quais esto os metais pesados, cdmio e o chumbo, alm de materiais radioativas e de muitos tipos de produtos qumicos txicos. Devem, portanto, ser destinados ao aterro industrial os resduos ge-rados nas atividades da metalurgia, da qumica, da petroqumica e do setor alimentcio, com destaque para cinzas, lodos, leos, madeiras, fibras, metais, escrias e borrachas, entre outros.

    VOC SABE PARA ONDE

    VAI SEU LIXO?

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  • Consumo Sustentvel

    52

    Em face da gerao de enormes e desnecessrias quantidades de res-duos, cuja maior parte se transforma em lixo, cidados e autoridades pblicas devem manter atenta vigilncia no sentido de cobrar e apoiar empresas socioambientalmente responsveis, atentas reduo e ao adequado gerenciamento destes resduos.

    Mudanas neste sentido so urgentes e devem, portanto, almejar a preservao dos recursos naturais e da eco-nomia de gua e energia, tornando por meio de um gerenciamento mais vi-vel dos resduos do ponto de vista econmico, social e ambiental mais limpa e eficiente a produ-o de bens de consumo.

    VIVA E DEIXE VIVER!!!

    Doe objetos , roupas usadas e equipamentos em

    condies de uso.

    7 AS DIMENSES DA ATITUDE SUSTENTVEL: PESSOAL, URBANA E GLOBAL

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  • 53

    Pense nisso Se as pessoas consideram-se os seres vivos mais inteligentes do planeta, por que poluem e contami-nam o solo de que tanto precisam, enterrando inclu-sive matrias primas? Como faz-las compreender que a sustentabilidade planetria depende de aes cotidianas que, alm de produzirem pouco lixo e reduzirem o desperdcio de matrias primas, ainda gerem trabalho?

    As dimenses da atitude sustentvel: Pessoal, Urbana e Global

    Somente a sua separao na fonte, seguida da coleta e reciclagem, pode garantir que um produto com smbolo de reciclvel no se torne lixo. Por isso o Brasil precisa chegar aprovao de uma Poltica Nacional de Resduos Slidos que, alm de finalmente atribuir responsabilidades claras aos geradores de resduos, ainda enfoque a reduo, bem como a reutilizao e reciclagem desta produo e gerao.

    Para que haja envolvimento do cidado e da indstria, as prefeituras devem implementar programas de educao ambiental que tornem a limpeza urbana consequncia de um transparente e democrtico deba-

    te com a sociedade sobre a gesto dos resduos slidos.

    De que adianta falarmos sobre cidadania planetria ou so-bre a construo de uma sociedade mais justa e com me-

    lhor qualidade de vida para esta e as futuras geraes sem considerarmos a substituio dos atuais padres individualistas de comportamento e de estilos de

    vida consumistas por valores, hbitos, atitudes e aes de solidariedade, de cooperao e de

    consumo sustentvel?

    Resposta: AO.

    Lembre-se

    30125001 miolo alterado.indd 53 3/24/09 5:38:12 PM

  • 54

    Consumo Sustentvel

    Promover projetos e aes de Educao Ambiental (EA) na escola ou junto comunidade um desafio que possibilita uma reflexo sobre os impactos positivos e negativos de nossas aes sobre o ambiente. A partir deste dilogo entre reflexo e ao que nos leva a uma per-cepo ampliada dos problemas e a busca de solues, pode-se rever hbitos e mudar atitudes. Afinal de contas a EA sensibiliza as pessoas para provocar transformao de comportamento em prol da sustenta-bilidade, no ?

    As atividades aqui propostas sugerem metodologias e possibilitam um di-logo entre as reas do conhecimento para que voc educador possa desen-volver e aprofundar os contedos da Coleo Consumo Sustentvel e Ao.

    8 MANUAL DE ATIvIDADES PARA O EDUCADOR

    Ttulo da Atividade Pg rea

    Dicionrio do consumo sustentvel 56Portugus

    Publicidade e Consumo 58

    Problemas, grficos e anlises com os nmeros do lixo

    60Matemtica e informtica

    Cozinha ecolgica 62Cincias

    Lixo e mudanas climticas 64

    Linha do tempo do lixo 66 Histria

    Cinema do ciclo de vida dos reciclveis 68 Arte

    Caminhada diagnstica 70Geografia

    Biomapa do lixo 72

    Sustentabilidade = ser feliz e ... 74 Filosofia

    Festas sustentveis 77 Gesto escolar

    30125001 miolo alterado.indd 54 3/24/09 5:38:13 PM

  • Manual de Atividades

    Na medida em que acreditamos no seu potencial criativo, sugerimos que voc educador adapte e recrie as atividades conforme a realidade e as possibilidades de trabalho local.

    Educar para a sustentabilidade acima de tudo um ato de cuidado e de amor, e com esses poderosos ingredientes que o trabalho educativo nas escolas, junto s comunidades, em nosso pas e planeta poder fazer de fato a diferena.

    Equipe de Educadoras do Instituto 5 Elementos

    30125001 miolo alterado.indd 55 3/24/09 5:38:14 PM

  • 56

    Consumo Sustentvel

    DICIONRIO DO CONSUMO SUSTENTVEL Objetivos Estimular a compreenso do termo e do conceito de consumo sustentvel e sustentabilidade por meio do uso do dicionrio. Possibilitar a reflexo sobre as aes em prol da sustentabilidade. Produzir um dicionrio ilustrado da sustentabilidade. Socializar os princpios, valores e as aes do consumo sustentvel.

    MetodologiaAps a leitura das crianas e jovens da coleo Consumo Sustentvel e Ao perguntar o que significa consumo sustentvel. Em pequenos grupos as respostas devero ser escritas num papel grande ou lousa para que possibilite a viso de todos os alunos da sala.Compartilhar as definies verificando diferenas e semelhanas. A par-tir da compreenso deste conceito solicitar aos grupos que procurem no dicionrio palavras que tenham significados que complementem a ideia de sustentabilidade.

    Dividir as 26 letras do alfabeto em 5 grupos: (A-B-C-D-F), (G-H-I-J-K-L), (M-N-O-P-Y), (Q-R-X-T-E) e (S-U-V-W-Y-Z).

    A partir do resultado desta pesquisa de PALAVRAS solicitar que escre-vam frases que mostrem aes para a promoo do conceito de consu-mo sustentvel.

    Reunir todas as palavras e frases de cada grupo e promover uma troca de trabalhos entre os grupos com a tarefa de selecionar as melhores palavras e frases. O objetivo desta seleo no repetir ideias e ter um material interessante e diversificado para montar um dicionrio da sustentabilidade.

    30125001 miolo alterado.indd 56 3/24/09 5:38:14 PM

  • 57

    Manual de Atividades

    Aps a seleo solicitar aos grupos que faam ilustraes referentes s melhores frases. O resultado final deste trabalho a produo do Dicio-nrio do Consumo Sustentvel, onde devem ser inseridas as palavras, frases e ilustraes.

    MaterialPapel, dicionrios, canetas e lpis preto e colorido.

    AvaliaoApresentar o dicionrio a outras turmas da escola divulgando as aes e o conceito de consumo sustentvel.

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    Consumo Sustentvel

    PUBLICIDADE E CONSUMOObjetivos Reconhecer as mensagens ocultas na publicidade. Perceber como a publicidade estimula um estilo de vida consumista. Compreender que o consumo sem limites exerce demasiada presso sobre as pessoas e os recursos naturais. Estimular o consumo sustentvel.

    MetodologiaSolicitar aos alunos que levem para a escola jornais, revistas, folhetos e propagandas etc. Desenvolver em grupos a atividade de selecionar e recortar anncios para crianas e jovens. Em seguida solicitar a escolha de alguns ann-cios recortados e sua colagem sobre a cartolina. Cada grupo explicar suas ideias para os demais e, em seguida, abre-se um debate.

    Questes para discutir A publicidade dirigida s crianas e jovens faz aluso a que aspectos da vida e do meio ambiente? Quais os tipos de produtos que a publicidade dirigida s crianas e jovens anuncia? Como so as crianas e jovens tpicos das propagandas, etc. De que maneira esta publicidade quer que eles se sintam? As pessoas que aparecem na publicidade so representativas da populao em geral? A publicidade busca fomentar que estilo de vida? Como? Deve haver normas e regras para a publicidade? Quais? Em quais meios de comunicao aparecem os anncios para crianas e jovens? O consumo sustentvel abordado em alguma propaganda? A propaganda para crianas igual em todo o mundo? Pesquise como so as regras em outros pases.

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    Manual de Atividades

    MaterialJornais, revistas, folhetos e propagandas, cartolina, tesoura, cola, fita crepe.

    Avaliao Cada grupo apresentar classe as informaes levantadas e as principais concluses. Em seguida todos os grupos devero escolher um meio de difundir os resultados da pesquisa para compartilhar com toda a escola.

    Sugesto de imagemColagem de propagandas.

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    Consumo Sustentvel

    PROBLEMAS, GRfICOS E ANLISES COM OS NMEROS DO LIXOObjetivos Promover o raciocnio lgico a partir dos impactos que causamos ao meio ambiente. Refletir sobre estes impactos e planejar aes de minimizao. Aproximar os alunos da problemtica do lixo, a partir problemas matemticos.

    MetodologiasDividir a classe em 4 grupos e solicitar que realizem a seguinte tarefa:

    MEU LIXO DE CADA DIAA mdia de produo de lixo por habitante nos grandes centros urbanos do Brasil de at 1k. Ento vamos calcular: Em 1 ano voc produz 365k de lixo. Agora faa as contas e multiplique 365k de lixo vezes a sua idade e saiba quanto lixo voc produziu at hoje. A partir deste resultado tambm possvel calcular o quanto voc ir produzir se viver 80 anos. Agora vamos pensar quanto volume ocupa todo este lixo. Um caminho de lixo carrega 7 toneladas, ento quantos caminhes de lixo voc ir precisar at os 80 anos? Os aterros sanitrios tm uma vida til muito curta, ento como voc poderia reduzir sua gerao e alterar esta situao?

    COMPOSIO DO LIXOSabemos que no Brasil o lixo que est em nossos aterros e lixes composto de 57,5% matria orgnica, 2,2% metal, 11,1% papel, 16,8% plstico, 1,8% vidro e 10,6% outros.

    Considerando que seu 1k de lixo dirio tem esta composio faa o seguinte clculo.

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    Manual de Atividades

    Se fossem reaproveitados 50% da matria orgnica para produzir com-posto e reciclados 90% do metal, papel, plstico, vidro, quanto lixo voc estaria produzindo por dia? Agora refaa as contas do problema MEU LIXO DE CADA DIA com este novo resultado e perceba a diferena!

    RECICLAGEMOs materiais mais reciclados so alumnio quase 96%, papelo e pneus 75%, papel, pet, vidro e latas de ao 50%, plsticos, longa vida e leo menos de 25% e compostagem da matria orgnica praticamente nada, segundo fonte do CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem em 2006, que esto na pgina 40.Pesquise por que a reciclagem dos plsticos, das embalagens longa vida, do leo comestvel e a compostagem da matria orgnica tm resultados to reduzidos? Quais as aes necessrias para alterar estes resultados pensando no ciclo de produo desde a extrao dos recur-sos at seu destino final, e os diversos atores envolvidos: empresas, consumidores e governo.

    LIXES ou ATERROS eis a QUESTO!Explicar aos alunos como ocorre a disposio final do lixo comparando as diversas formas: aterro sanitrio, aterro controlado, aterro industrial e lixo. A partir desta aula utilize os grficos da pgina 43 para realizar esta atividade.Divida a classe em 6 grupos (5 regies e Brasil) e pea que cada um refaa os grficos em forma de pizza sobre a Gerao, Coleta e dispo-sio do Lixo.

    Cada grupo ir montar um cartaz com 3 grficos e levantar hipteses e informaes porque o lixo disposto daquela forma naquela regio e no Brasil como um todo.

    AvaliaoCada grupo dever apresentar como resolveram as atividades. Comparar os dados utilizados pelos grupos e analisar as solues dos mesmos.

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    Consumo Sustentvel

    COzINHA ECOLGICAObjetivos Incentivar o aproveitamento de alimentos antes de irem para o lixo. Incrementar o uso integral dos alimentos na culinria. Reduzir o desperdcio de matria orgnica.

    MetodologiaAps fazer a salada de frutas indicada no livro Orgnico da Coleo Consumo Sustentvel e Ao certamente sobraro as cascas de maracuj e manga. Seguindo as sugestes abaixo voc contribui para o lixo zero!

    Doce de Casca de MaracujIngredientes Cascas bem lavadas de 6 maracujs firmes 2 xcaras (ch) de acar 3 xcaras (ch) de gua 1/2 xcara (ch) de suco de maracuj 1/2 colher (sopa) de canela em p

    Modo de Preparo 1 - Lave 6 maracujs. Descasque-os deixando toda a parte branca e cubra com gua. 2 - Deixe de molho de um dia para o outro. 3 - Escorra e coloque em uma panela com o acar, a gua, o suco de maracuj e a canela. 4 - Leve ao fogo e cozinhe tudo at que se forme uma calda meio grossa.Rendimento : 12 pores de 40g cada Valor calrico da poro: 108,3 cal Equipe: Cibelle A Santos/ Fabiana A Yoshioka/ Vanessa A Vieira Fonte: Revista Diga no ao Desperdcio, Secretaria da Agricultura e do Abas-tecimento do Estado de So Paulo, Fevereiro/maio/1994.

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    Manual de Atividades

    Casca de manga secaAs frutas secas podem ainda substituir balas e chicletes . Reduzem a ansiedade, estimulam a mastigao, ao mesmo tempo que evitam a superalimentao, j que proporcionam uma sensao mais prolongada de saciedade. Por tudo isso, as frutas secas, paradoxalmente, do gua na boca.

    Feitas em casaO chef Christophe Besse d a receita, passo a passo , de como secar, em casa, frutas como abacaxi, banana, ma, manga e pera. Veja como pode ser uma tarefa simples.1. Lave e corte a fruta fresca em fatias bem fi nas, com mais ou menos 3 milmetros de espessura. 2. Disponha as fatias numa frma untada ou de superfcie antiaderente, evitando sobreposies. 3. Coloque-as no forno temperatura de 80C por uma hora e meia.

    Outra coisa: Secas, as frutas duram cerca de um ms e podem ser con-sumidas como aperitivos ou acompanhar pratos doces e salgados. As frutas secas da receita no fi cam crocantes, porque no so torradas. So apenas aquecidas a ponto de perder boa parte da gua.

    Fonte: www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=16475

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    Consumo Sustentvel

    LIXO E MUDANAS CLIMTICASObjetivos Perceber o impacto do lixo para o aquecimento global e as mudanas climticas. Estimular a reduo da produo de lixo Conhecer os impactos da reciclagem no aquecimento global.

    MetodologiaVeja o filme do Greenpeace sobre Mudanas Climticas e converse sobre o tema. Pergunte se o lixo contribui com este tema e como podemos agir para reduzir este impacto.

    Para saber maisO gs metano produzido a partir da decomposio da matria orgnica nos lixes e aterros! Sabemos que seu impacto sobre o efeito estufa 20 vezes maior do que a do gs carbnico, apesar do CO2 ser o principal agente do aquecimento global. A reciclagem tambm pode reduzir a emisso de CO2. A partir das informaes contidas nas pginas 16 e 17 da publicao Consumo Sustentvel desta coleo vamos aprofundar nosso conhecimento sobre resduos slidos e aquecimento global!Dividida a classe em 6 equipes e proponha a mesma atividade para dois grupos:

    Montar um grfico com os seguintes dados: 84% emisso de gs metano proveniente dos resduos slidos, 11% efluentes indus-triais e 5% esgoto domstico e pesquisar dados sobre emisses. Produzir cartazes com os dados sobre a reduo na emisso de CO2 a partir da implantao de programas de reciclagem na Frana. Pesquisar dados sobre a queima do lixo e recuperao de energia e calor e trazer estas informaes em forma de histria em quadrinhos ou msica.

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    Manual de Atividades

    MaterialPapel craft, canetas pilot, recortes de revistas, cola.

    AvaliaoCada equipe dever apresentar aos demais colegas da classe os resultados obtidos nestas pesquisas.

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    Consumo Sustentvel

    LINHA DO TEMPO DO LIXOObjetivo Refletir e reavaliar a relao dos seres humanos e a produo de lixo. Promover uma anlise individual sobre a gerao de lixo Estimular mudanas de atitude para a reduo da gerao de lixoSolicite que cada aluno elabore uma linha do tempo apresentando a sua relao com o lixo em sua vida e na sua comunidade conforme o esquema abaixo:

    MetodologiaAtravs do esquema apresentado solicite que cada aluno mapeie livremente a sua vida e sua relao com a produo do lixo. Do seu nascimento at o presente. A linha ascendente dever constar o futuro ideal (preferido) e a linha descendente, o futuro provvel.Dicas para elaborar a linha do tempo:

    Nascimento

    FUTURO IDEAL PARA o Lixo

    FUTURO PROVVEL PARA o Lixo

    HOJE

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    Manual de Atividades

    a) Pedir ajuda sobre o assunto. Entreviste os mais velhos e oua as hist-rias para comear a montar a linha do tempo. b) Verificar o que mudou do nascimento at hoje. c) Avaliar o que bom e o que ruim nesta trajetria. d) Analisar para onde estas mudanas esto nos