Manual de economia de energia

30
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

Transcript of Manual de economia de energia

Page 1: Manual de economia de energia

Manual de Economia deEnergia Elétrica no Escritório

Page 2: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

1

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA

Coordenadoria de Planejamento e Política EnergéticaRua Bela Cintra, 847 10º AndarCep: 01415-000 - São Paulo - SP

Fones: 11 3138.7412 / 11 [email protected]

Revisão:Agência para Conservação de Energia

Fones: 11 289.9699 / 11 289.9095Fax: 11 289.9045

[email protected]

Page 3: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

2

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................... 3

LEIA. ISTO É DA SUA CONTA. ......................................................................... 4Saiba como calcular a sua conta ............................................................... 4Tudo sobre sua conta de energia elétrica .................................................... 5Acompanhe seu consumo mês a mês .......................................................... 6Acerte os ponteiros com sua concessionária de energia .................................. 6

ILUMINAÇÃO: DEIXANDO CLARO ESTE ASSUNTO .................................................. 7Redução da iluminância: iluminar bem não significa iluminar demais. ...................... 7Dicas para redução da iluminância ............................................................. 9Melhorar a operação do sistema de iluminação: uma ação inteligente ............... 10Atenção: Mudança na execução da limpeza noturna .................................... 11O uso da luz natural: aproveite é de graça! ................................................ 12Melhore as condições do ambiente.......................................................... 13Lâmpadas .......................................................................................... 13Luminárias ......................................................................................... 14Reatores ........................................................................................... 15Manutenção ...................................................................................... 15Principais tipos de lâmpadas ................................................................... 16Características gerais das luminárias ......................................................... 17

CONDICIONAMENTO DE AR, CONFORTO PARA SEU ESCRITÓRIO .............................. 18Condicionadores de ar: aparelhos de janela ............................................... 18Como comprar um condicionador de ar sem entrar em fria ............................ 18Cuidados na instalação do condicionador de ar ........................................... 20Dicas para o condicionador de ar não esquentar sua conta ............................ 20Assistência técnica: um componente importante ......................................... 21

PEQUENOS EQUIPAMENTOS DE ESCRITÓRIOS ................................................... 22

INSTALAÇÃO ELÉTRICA: SEGURANÇA E ECONOMIA POR UM FIO.............................. 24Teste a saúde da sua instalação .............................................................. 24Fuga de corrente ................................................................................ 25Como proteger seus equipamentos .......................................................... 26Instalação elétrica: repare bem .............................................................. 27

Page 4: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

3

É com prazer que a Secretaria de Energia reedita o manual “Como Economizar EnergiaElétrica no Seu Escritório”. Este é mais um produto voltado aos consumidores atendidosem baixa tensão, que teve seu conteúdo revisado.

Neste manual você vai encontrar informações práticas de como controlar sua conta deenergia elétrica, quais são as principais técnicas para se economizar energia com ilumi-nação, ar condicionado e pequenos equipamentos elétricos de uso comum em escritó-rios.

Aprenderá também sobre a importância da manutenção adequada das instalações elétri-cas para evitar gastos desnecessários com energia e aumentar a segurança.

Boa leitura!

INTRODUÇÃO

Page 5: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

4

LEIA. ISTO É DA SUA CONTA.

Saiba como calcular a sua conta

No faturamento de energia elétrica cobra-se a parcela referente ao consumo (kWh),mais a parcela referente ao tributo, que éo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias e Prestação de Serviços).

Valor da conta

)11()(t

TCCVC−

××=

onde:

VC = valor da conta (R$)

C = consumo (kWh)

TC = tarifa de consumo (R$/kWh)

T = tributo (ICMS)

OBS.:No caso do consumidor comercial,

t = 0,18 (18%)

Se um escritório atendido em baixa tensãoregistrou num determinado mês um consu-mo de 3.800 kWh e o valor da tarifa de ener-gia elétrica no mês foi de R$ 0,185/kWh, ovalor da conta será de:

)18,011()185,0800.3(

−××=VC

VC = R$ 857,32

Alta tensão Baixa tensão

Para que você compreenda facilmente comoé cobrada a energia elétrica, é precisoconhecer alguns conceitos básicos ligadosao fornecimento desse insumo energético.

Os consumidores de energia elétrica, emtermos de faturamento, são subdivididos emfunção da tensão (voltagem) de fornecimen-to, a saber: Grupo A: - consumidores dealta tensão (tensão maior ou igual a 2.300volts) e Grupo B: - consumidores de baixatensão (tensão menor que 2.300 volts).

Outra classificação dos grupos de consu-midores diz respeito à classe de consumoque define o setor econômico, no qual oconsumidor está enquadrado.

Assim sendo, se por exemplo, suas instala-ções são utilizadas como um escritório co-mercial, você está enquadrado como con-sumidor comercial, sendo faturado com arespectiva tarifa dessa classe de consumo.

Daqui em diante, você já sabe que é umconsumidor do Grupo B (baixa tensão) eclassificado como consumidor comercial.

Portanto, a partir de agora, trataremos ape-nas dos assuntos pertinentes a esse grupode consumidores.

Page 6: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

5

Tudo sobre sua conta de energia elétrica

Você recebe mensalmente a conta no pró-prio escritório ou na rede bancária.

Nela você encontra informações que sãoúteis para o controle do consumo de ener-gia elétrica, contabilização de custos econtato com a concessionária.

É importante que você atente para as in-formações contidas na conta de energiaelétrica, sobretudo aquelas descritas a se-guir:

A – CONSUMO: Indica o total de energiaelétrica consumida em kWh, no período defaturamento, normalmente de 30 dias.

B - LEITURA: Número extraído mensalmen-te do medidor pelo funcionário da conces-sionária.

C – FORNECIMENTO: Indica o valor (emreais) relativo ao consumo de energia elé-trica.

D – ICMS: Indica o valor da conta em reais

relativo à tributação.

E - TOTAL A PAGAR: É o valor total daconta em reais.

F – VENCIMENTO: Refere-se à data emque deverá ser liquidada a conta de ener-gia elétrica. Se a conta não for paga nadata de vencimento, sofrerá um acréscimoaplicado sobre o valor do importe, e o su-primento estará sujeito a corte sem avisoprévio;

G - DATA DA LEITURA: Refere-se ao diaem que o funcionário da concessionária efe-tuou a leitura no medidor de energia elé-trica.

H - CONSTANTE DE FATURAMENTO: É onúmero que multiplicado pela diferença deleitura, resulta no consumo registrado nomês.

I - HISTÓRICO DO CONSUMO DE ENER-GIA ELÉTRICA NOS ÚLTIMOS MESES.

Page 7: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

6

Acompanhe seu consumo mês a mês

Você já sabe que a energia elétrica tam-bém pode ser desperdiçada, onerando bas-tante a conta no final do mês.

Assim sendo, é importante estar sempreatento às variações de consumo que po-dem, por exemplo, indicar defeitos nosequipamentos, má utilização ou danos nainstalação elétrica.

A seguir, é sugerida uma tabela que lhe per-mitirá acompanhar mensalmente o consu-mo de energia elétrica e verificar qualqueranormalidade. Os dados a serem utilizadosdevem ser extraídos das contas.

É importante que você verifique a data daleitura na conta de energia elétrica, pois

MÊS / ANOCONSUMO

(kWh)TOTAL DA

CONTA (R$)

Acerte os ponteiros com sua concessionária de energia

eventualmente o período de faturamento,ou seja, a diferença de dias entre duas lei-turas pode variar, alterando o consumo econseqüentemente a comparação entre osmeses.

Você mesmo pode efetuar a leitura nomedidor de energia elétrica, para contro-le próprio, ou para esclarecer quaisquerdúvidas sobre leitura efetuada pelo funci-onário da concessionária.

Existem dois tipos de medidor normalmen-te utilizados em instalações de baixa ten-são: o ciclométrico e o de ponteiros.

No medidor ciclométrico a leitura é efetu-ada diretamente, como mostra o exemploa seguir: Leitura do mês anterior Leitura atual

Para saber o consumo mensal basta efetu-ar a subtração entre leitura atual e a domês anterior, multiplicando-a pela constanteque você encontrará na conta de energiaelétrica.

Consumo mensal=

(4.805 – 4.590) x 1 (constante) = 215 kWh

No medidor de ponteiros, que constitui ocaso mais comum, a leitura deve ser feitada esquerda para a direita, de acordo como sentido dos ponteiros dos relógios, con-forme mostra a figura a seguir:

O consumo será obtido subtraindo-se a lei-tura do mês anterior da leitura atual, emultiplicando-se o resultado pela constan-te que você encontra na conta de energiaelétrica.

Consumo mensal=

(4.805 – 4.590) x 1 (constante) = 215 kWh

Page 8: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

7

ILUMINAÇÃO: DEIXANDO CLARO ESTE ASSUNTO

A iluminação é responsável por boa partedo consumo de energia elétrica dos escri-tórios. Nesses estabelecimentos, ela podeser responsável por até 80% do consumo.Se o escritório tem condicionadores de ar,este percentual diminui, mantendo-se, po-rém, na faixa de 40% a 60%.

Contudo, reduzir o consumo não significanecessariamente reduzir a iluminação. Háuma diferença muito grande entre umacoisa e outra.

Mas como é possível reduzir o consumo deenergia com iluminação sem diminuir seus

benefícios? Muito simples: basta utilizar ailuminação mais adequada e bem planeja-da, que você conseguirá o mesmo resulta-do, ou até melhor, com economia no con-sumo de energia elétrica.

Lembre-se: um bom projeto de iluminaçãodeve propiciar o conforto visual, despertara atenção e estimular a eficiência.

Para que você compreenda como issopode ser feito, vamos ver antes alguns con-ceitos e unidades comumente utilizadasquando se trabalha com iluminação.

O que é a luz?A luz é uma radiação capaz de estimular eexcitar os olhos. Nem todas as radiaçõessão visíveis; assim, os raios X, ultravioletae infravermelhos são exemplos de radia-ções que não são perceptíveis a olho nu.A luz que definimos como branca é na re-alidade uma combinação de radiações dediversas cores.

Fluxo luminoso é a quantidade de luz emi-tida por uma fonte luminosa durante umintervalo de tempo. O fluxo se mede emlumens. Por exemplo, o fluxo luminoso deuma lâmpada incandescente de 100 W éde 1.300 lumens.

A iluminância define o fluxo luminoso rece-bido por uma superfície e é medida em lux.

Depois de saber o que é luz, fluxo luminoso eiluminância, você poderá entender mais facil-mente as informações que virão adiante.

Redução da iluminância: iluminarbem não significa iluminar demais.

Em todas as áreas iluminadas, normalmente

verificam-se locais onde a iluminação podeser reduzida, ou eliminada, sem prejuízo dasatividades nelas desenvolvidas. Nestes lo-cais pode-se reduzir o número de lâmpadase ou luminárias em operação com significa-tiva economia de eletricidade.

Portanto, para diminuir o gasto com ener-gia elétrica em sistema de iluminação de

Foco luminoso

Fluxo luminoso

Lúmem (lm)

Iluminâncialux (lx)

Page 9: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

8

Ambientes/Tarefas Iluminância(lux)

Atendimento ao público 500

Contabilidade e estatística 500

Salas de gerentes 500

Recepção 150

Salas de conferências 200

Arquivos 300

Salas de cartografia e registros 1.000

Salas de desenho, engenharia e arquitetura 1.000

Salas de desenho decorativo e esboço 500

Normalmente os escritórios apresentam umpadrão de iluminação uniforme que propor-ciona iluminâncias elevadas para atenderalgumas tarefas que requerem muita luz,tornando a iluminação excessiva para aque-las que não exigem uma iluminância alta.

Pode-se optar por uma iluminação seletivaque proporcione a iluminância realmenterequerida por uma única tarefa ou por umgrupo de tarefas similares. Na prática deve-se agrupar tarefas que requeremiluminâncias semelhantes, facilitando a im-plantação de um sistema de iluminação se-letivo.

Uma outra solução muito utilizada é optarpela iluminação localizada que pode ser

feita, por exemplo, através da instalaçãode luminárias acopladas à mobília, permi-tindo assim a redução da iluminação geraldo ambiente.

A iluminação acoplada à mobília, além deproporcionar uma iluminância mais adequadaa cada tarefa, deixa o controle a cargo dousuário que, consciente da importância dese conservar energia, pode otimizar a suautilização proporcionando maior reduçãode consumo. Além disso, esse sistema seadapta facilmente à mudança de layout doescritório.

Para reduzir a iluminação excessiva,pode-se optar pela desativação de lâmpadas e ouluminárias. Para tanto devemos tomar algunscuidados.

Alguns sistemas de iluminação são compos-tos por luminárias com duas lâmpadas fluo-rescentes e, neste caso, para reduzir ailuminância, será necessário desativar ambaslâmpadas.

escritórios, devemos procurar reduzir ailuminância desnecessária encontrada nosdiversos locais que compõem o ambiente.

Este procedimento deve ser adotado sem-pre tomando como base as normas da ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas)que prevêem a iluminância mínima neces-sária para as diversas tarefas realizadas noescritório. Alguns valores são apresentadosno quadro a seguir:

Page 10: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

9

Tipos de Lâmpada Potência (W) Perdas (W)

Fluorescente

1 x 202 x 201 x 402 x 401 x 322 x 321 x 1102 x 110

1518162015223746

Obs: Dados obtidos em catálogos de fabricantes para reatoreseletromagnéticos com partida rápida

Exemplo de avaliação da economiade energia com redução dailuminância através da remoção delâmpadas

Em um escritório com 150 luminárias com 2lâmpadas de 110 Watts cada uma, foramdesativadas 30 luminárias que ficavam ace-sas 9 horas por dia e 22 dias por mês.

PL = Potência total das luminári-as desativadas

PL = 30 luminárias x 2 lâmpadas x 110 W

PL = 6.600 W

Perdas nos reatores: conforme a ta-bela anterior, a perda no reator duplopara 2 lâmpadas fluorescentes de 110Watts é de 46 Watts.

Portanto:

Pr = Perda no reator eletromagnéticoPr = 30 luminárias x 46 WattsPr = 1.380 WLogo a economia total (E) será de:E = (PL + Pr) x 9 horas x 22 diasE = [(6.600 + 1.380) x 9 x 22]/1000E = 1.580 kWh/mês

Dicas para redução da iluminância

· Desligue a iluminação que seja estrita-mente decorativa.

· Instale a iluminação de segurança ape-nas nos locais onde ela é exigida, comojanelas e entradas e procure reduzi-laonde o problema de segurança é míni-mo.

· Em salões ou salas de espera substituaa iluminação geral forte por ilumina-ção localizada, como por exemplo:sobre balcões de informação, mesasde recepção e abajur em mesas juntoa cadeiras ou sofás.

· Remova lâmpadas desnecessárias paraproporcionar a iluminância desejada.

Em sistemas compostos por luminárias comquatro lâmpadas, duas devem ser removi-das, e com luminárias de três lâmpadas, umapoderá ser removida.

Ao desativarmos lâmpadas fluorescentesdevemos também desligar os reatores que,caso contrário, continuarão gastando ener-gia para o seu funcionamento.

Para avaliar a economia obtida na reduçãoda iluminância através da remoção de lâm-padas, você deve somar as potências daslâmpadas a serem desativadas mais as per-das nos reatores (quando existirem reato-res) e multiplicar o resultado pelo númeromédio de horas mensais que essas lâmpa-das ficam acesas. (Veja tabela a seguir).

Page 11: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

10

Apagar as luzes quando sair da sala ou quan-do verificar que um ambiente está vazio deveter o mesmo sentido ter o mesmo sentidopara o usuário, como lavar as mãos antesdas refeições.

Dispositivos de Controle eComando

Além da instalação de interruptores, quesão os dispositivos mais simples, outros equi-pamentos como dimers, fotocélulas esensores de presença podem ser aplicados,resultando em significativas economias deenergia elétrica.

O uso de reator eletrônico dimerizável per-mite a regulagem do fluxo luminoso por in-termédio de controle manual ou automáti-co (através de sensores fotoelétricos). As-sim é possível regular (diminuir ou aumen-tar) o fluxo luminoso de acordo com a luznatural disponível no ambiente.

Os sensores de presença também são umaboa opção para economia de energia, poispermitem o acionamento dos sistemas deiluminação sem a necessidade de ação dousuário. Contudo convém lembrar que onúmero de acendimentos e desligamentostem grande influência na vida útil das lâm-padas fluorescentes. Por isso ao optar pelainstalação de sensores de presença, nãose esqueça de verificar o regime deacendimentos e desligamentos ao qual aslâmpadas serão submetidas.

· Remova o reator quando desativar lâm-padas de descargas (fluorescentes,vapor de mercúrio, etc.).

· Quando for trocar lâmpadas use aque-las mais eficientes.

Melhorar a operação do sistemade iluminação: uma açãointeligente

É comum encontrarmos pessoas que crê-em que manter a iluminação fluorescenteligada o tempo todo, ao invés de desligá-laquando ela não for necessária, economizaenergia.

Isto é uma idéia falsa. Quando a iluminaçãoartificial não é necessária, desligue-a.

Entretanto, para apagar a luz é necessárioum “interruptor” .

Geralmente em muitos escritórios a ilumi-nação é ligada através de interruptores quecontrolam andares inteiros.

Esse tipo de controle é extremamenteineficiente porque mantém ligada a ilumi-nação em lugares desocupados, sem queos usuários possam atuar sobre ela. Umaboa solução é instalar novos interruptoresque permitam um melhor controle de ilu-minação, em lugares de fácil acesso ao usu-ário. Assim, a iluminação do ambiente po-derá ser desligada nos locais desocupados.

A economia de energia com instalação deinterruptores é bastante expressiva, con-tudo eles não servem para nada se nãoforem usados. O aspecto mais importanteda utilização racional de energia com a ins-talação de interruptores é a atitude dousuário.

Page 12: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

11

Atenção: Mudança na execução dalimpeza noturna

Em muitos escritórios é comum a limpezados locais de trabalho ser efetuada após otérmino do expediente.

Normalmente quando isto é feito, existe umsignificativo desperdício de energia.

Se este for o seu caso, faça um levanta-mento atual da limpeza noturna observan-do: horários em que ela é realizada, núme-ro de funcionários envolvidos, distribuiçãodestes pelos locais de trabalho, sistemáti-ca da execução da limpeza e tempo gastono serviço.

Com o levantamento efetuado, procureidentificar uma nova sistemática de traba-lho que permita reduzir o tempo gasto noserviço de limpeza e, conseqüentemente,reduzir o tempo de funcionamento da ilu-minação em cada local. Procure concen-trar o trabalho de limpeza em cada uma dasáreas, mantendo o restante da iluminaçãodesligada ou, se possível, transfira a limpe-za para o horário matutino, antes do iníciodo expediente, onde você poderá aprovei-tar a luz natural.

Vejamos qual a economia que a instalaçãode interruptores e a mudança na execu-ção da limpeza noturna podem trazer a umescritório, conforme exemplo a seguir:

N = número de luminárias = 250

n = número de lâmpadas por luminária= 2

P = Potência das lâmpadas = 32 W

Perdas nos reatores: conforme tabe-la mostrada anteriormente, a perdano reator para duas lâmpadas fluores-centes de 32 Watts é de 22 Watts.

Pr = Perda no reator eletromagnéticoduplo

Pr = 250 luminárias x 22 W = 5.500 Wou

Pr = 5,5 kW

Pt = Potência total

RT PPnNP +××=1000

kWPT 50,21=

kWPT 5,51000

322250 +××=

Page 13: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

12

O uso da luz natural: aproveite éde graça!

Ao longo dos anos nos acostumamos a usara iluminação artificial, como sendo o únicomeio eficiente de se obter luz em quanti-dade e qualidade desejadas.

Podemos verificar que hoje em dia, váriosedifícios possuem fachadas envidraçadas,utilizando a iluminação artificial o dia todo,mesmo havendo luz natural abundante.

Esta deve ser sempre utilizada quando dis-ponível, desde que não prejudique o con-forto desejado ao ambiente. O importanteé usá-la criteriosamente para que não ocor-ra falta de iluminância, nem aumento ex-cessivo de carga térmica no ambiente.

Para utilizar a luz natural é necessário quevocê tome alguns cuidados:

· Sempre que possível agrupe as tarefasque precisam de melhor iluminaçãojunto às janelas.

· Desligue a iluminação dos ambientesquando a luz natural é suficiente.

· Para reduzir o ofuscamento, não per-mita a incidência direta de raios sola-res sobre o plano de trabalho.

· Mantenha as janelas sempre limpas.

· Instale veneziana ou cortinas para con-trolar a entrada de luz natural, evitan-do a incidência de luz solar direta.

· Quando possível, utilize vidros com fil-tros de radiação que não permitem aentrada de radiações que aquecem oambiente.

a) Cálculo da energia elétrica consumidacom iluminação por período integral, das 8às 19h durante 22 dias.

Ca = PT x horas x dias

Ca = 21,50 x (19 – 8) x 22

Ca = 5.203 kWh/mês

b) Cálculo da economia de energia elétricacom iluminação, com períodos de desliga-mento (horário de almoço e limpeza notur-na por etapas):

· Horário de almoço das 12 às 13h30.

· Limpeza por etapas (metade da ilumina-ção ligada num período de duas horas).

Economia obtida no horário de almoço (Eb1):

Eb1 = PT x horas de desligamento x dias

Eb1 = 21,50 x 1,5 x 22

Eb1 = 710 kWh

Economia obtida no horário da limpezanoturna (Eb2):

diashorasPE Tb ××=

22

222250,21

2 ××=bE

kWhEb 4732 =

Economia total obtida (ETb)

ETb = Eb1 + Eb2 = 710 + 473 = 1.183 kWh

c) Novo consumo (Nc):

Nc = Ca – ETb= 5.203 – 1.183 kWh

Nc = 4.020 kWh

Page 14: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

13

Melhore as condições do ambiente

Uma grande quantidade de luz é refletidapelas superfícies de um ambiente antes deatingir uma tarefa visual.

Quanto maior for o ambiente e mais clarosos acabamentos, menor será a absorção deluz e maior será iluminação que incide so-bre o plano de trabalho.

Assim sendo, se você melhorar as condi-ções do ambiente poderá reduzir o gastode energia com iluminação sem prejuízo doconforto visual.

Algumas dicas são especialmente importan-tes para você melhorar as condições doambiente:

· Mantenha limpas as paredes, tetos episos.

· Quando reformar o ambiente use co-res claras que refletem melhor a luz.

· Numa eventual mudança do layout doescritório, procure criar espaços maisamplos para reduzir o consumo deenergia elétrica com iluminação.

· Quando as divisórias não puderem serremovidas totalmente, instale divisóri-as baixas para reduzir a absorção deluz e permitir o uso da luz das áreasadjacentes.

· Selecione mobiliários com cores cla-ras, que não tenham superfícies bri-lhantes (lustrosas) ou que não propor-cionem reflexões indesejáveis.

· Em ambientes com pé direito muitoalto, verifique a possibilidade de re-baixar as luminárias, tomando cuidadocom o ofuscamento.

Lâmpadas

Ao entrarmos numa loja de materiais elétri-cos, descobriremos centenas de tipos,modelos e tamanhos de lâmpada, criandoum sério embaraço na hora da escolha.

Porque existem tantos tipos de lâmpadas?

A principal razão é que cada lâmpada pro-cura atender a uma determinada exigênciatécnica.

O primeiro passo para um bom projeto deiluminação é escolher a lâmpada mais ade-quada e mais econômica para cada tarefa.

Como mostra o gráfico a seguir, a eficiêncialuminosa da lâmpada é medida em lumenspor watt e é bem diferente para cada tipo.

Page 15: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

14

cobrir as fontes de iluminação. As lâmpadasfluorescentes ou incandescentes eramembutidas, e os lustres eram feitos de modoa impedir a visão direta do filamento outubo.

De fato, essas soluções eliminam oofuscamento; contudo, esses sistemas deproteção absorvem uma parcela elevada defluxo luminoso.

Conforme o tipo de luminária a proteçãopode absorver de 20% a 70% da luz.

Nos projetos modernos de iluminação, re-conhece-se que a lâmpada descoberta nemsempre se apresenta como um mal; grandeparte da iluminação comercial é feita comlâmpadas fluorescentes descobertas.

Para evitar o ofuscamento, é suficiente quea lâmpada seja instalada acima do campovisual ou, se estiver baixa, utilizar um ante-paro que cubra parcialmente, concentran-do-se o fluxo de luz sobre a tarefa visual.

Embora haja uma grande variedade de lumi-nárias podemos classificá-las em cinco fa-mílias, conforme o quadro “Característicasgerais das luminárias”.

Evidentemente, para cada uso e para cadaefeito que se deseja obter, há um tipo deluminária mais adequado. Ao fazer a esco-lha, não se esqueça de considerar tambémo consumo de energia elétrica que o mo-delo requer.

Afinal, a luminária se paga uma vez, mas aconta de energia elétrica deve ser pagatodos os meses.

As luminárias modernas são fabricadas commateriais que proporcionam alta reflexão,como é o caso do alumínio polido de altapureza.

Como a quantidade de tipos e modelos delâmpadas existentes hoje no mercado émuito vasta, descreveremos no quadro“Principais tipos de lâmpadas” a seguir, ascaracterísticas mais importantes dos prin-cipais tipos.

Luminárias

A luminária não é simplesmente uma peçadecorativa. Ela deve, além de sustentar alâmpada e garantir a alimentação elétrica,dirigir o fluxo luminoso, assegurando con-forto visual com o máximo de eficiência.

Apesar de parecerem óbvias, essas funçõessão muito importantes.

Uma luminária geralmente é projetada parauma determinada aplicação e um determi-nado tipo de lâmpada.

A finalidade de dirigir o fluxo luminoso éimprescindível para evitar o fenômeno doofuscamento, sensação desagradável que severifica quando o olho recebe um fluxo lu-minoso excessivo ou sofre um contrastemuito forte de luz em um mesmo ambiente.

A sensibilidade ao ofuscamento varia muitode indivíduo para indivíduo.

Antigamente, costumava-se afirmar que oúnico meio de eliminar o ofuscamento era

Page 16: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

15

Manutenção

Parte do desperdício de energia elétricaem luminárias, normalmente, ocorre pelamanutenção inadequada desses equipamen-tos.

Com o passar do tempo, a poeira vai se acu-mulando na luminária e, conseqüentemen-te, reduzindo a intensidade de fluxo lumi-noso fazendo com que a luz ambiente dimi-nua.

Se isto ocorre na sua instalação, você estágastando energia elétrica para aquecer apoeira, não para iluminar. Na prática, po-demos afirmar que com a manutenção ina-dequada das luminárias perdemos cerca de20% de luz no ambiente.

Adotando um programa de manutenção efi-ciente, com uma limpeza periódica das lu-minárias, você poderá evitar o acúmulo depoeira, aproveitando melhor a iluminação.

Reatores

Os reatores são equipamentos que têm porfunção a partida e a limitação de correntedas lâmpadas de descarga.

Para cada tipo de lâmpada existe um tipoadequado de reator. Os reatores utilizadospara lâmpadas fluorescentes podem serduplos ou simples, ou seja, podem acionarum conjunto de duas lâmpadas ou apenasuma.

Encontram-se disponíveis no mercado rea-tores eletromagnéticos e eletrônicos. Oseletromagnéticos podem ser de partida rá-pida ou convencional.

Os reatores eletrônicos além de apresen-tar menores perdas, aumentam a eficiên-cia da lâmpada, possibilitam o controle defluxo luminoso (dimerização), reduzem oaquecimento do ambiente, evitam o efeitoestroboscópico, etc.

Sempre que um reator eletromagnéticoqueimar verifique a possibilidade de trocá-lo por um eletrônico.

Page 17: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

16

Principais tipos de lâmpadas

Page 18: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

17

Características gerais das luminárias

Page 19: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

18

Como comprar um condicionador de ar sem entrar em fria

Um equipamento de condicionamento dear normalmente pode tanto resfriar como

CONDICIONAMENTO DE AR, CONFORTOPARA SEU ESCRITÓRIO

É muito importante que o seu escritórioofereça conforto para seus clientes e fun-cionários.

Isto não significa necessariamente que oambiente tenha que ser climatizado artifi-cialmente.

O conforto pode ser obtido também atra-vés de ventilação forçada ou de umaclimatização natural.

A climatização natural depende de vários

fatores, que são definidos pela localizaçãodo estabelecimento, clima e padrão arqui-tetônico da edificação.

Se você for construir novas instalações, émuito importante que você atente paraesses detalhes (consulte um técnico espe-cializado).

Não sendo possível eliminar a climatizaçãoartificial do ambiente, vamos tratar da utili-zação racional dos condicionadores de ar,de forma a otimizar o consumo.

Condicionadores de ar: aparelhos de janela

Os condicionadores de ar são equipamen-tos de potência relativamente alta e de usointenso.

Essas características lhes conferem um altoconsumo de energia elétrica; portanto, vocêdeve tomar alguns cuidados na sua utilização.

Nas instalações atendidas em baixa tensãocomo no seu caso, a maioria dos aparelhosde condicionamento de ar encontrados são

os de janela, que se caracterizam pelo aten-dimento a um único ambiente de pequenasdimensões.

Existem, também, instalações com outrossistemas, chamados semicentralizados ecentralizados, que não serão abordadosneste manual. Se este for o seu caso, suge-rimos que você procure o responsável pelamanutenção do equipamento (assistênciatécnica), para se informar sobre a melhorforma de utilização desses sistemas.

Entretanto, boa parte das medidas que aquiserão apresentadas podem ser aplicadas aeles.

A economia de energia começa na aquisi-ção do condicionador de ar, através de umdimensionamento adequado da capacidadedo aparelho, nos cuidados na instalação,na sua utilização racional e na adoção deuma rotina de manutenção eficiente.

aquecer o ambiente. Contudo, trataremosaqui do resfriamento, por ser o de uso mais

Page 20: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

19

Área emm2 Face Sul sombra o dia todo

Face Leste sol demanhã

Face Oeste ou Norte sol à tardeou o dia todo

A B C A B C A B C

15 6.000 7.000 8.000 8.000 10.000 11.000 10.000 12.000 14.000

20 6.000 8.000 11.000 8.000 12.000 14.000 11.000 14.000 14.000

30 6.000 10.000 14.000 8.000 14.000 18.000 12.000 16.000 17.000

40 7.000 12.000 16.000 10.000 14.000 18.000 13.000 17.000 22.000

60 10.000 16.000 22.000 14.000 20.000 30.000 17.000 23.000 30.000

70 10.000 18.000 23.000 14.000 22.000 30.000 18.000 30.000 30.000

90 12.000 22.000 30.000 16.000 30.000 35.000 20.000 30.000 40.000

A- Ambiente sob outro pavimento B – Ambiente sob telhado com forro C- Ambiente sob laje descoberta

Exemplo para aplicação da tabela

Deseja-se refrigerar um ambiente com 30m2, na face Norte de um edifício.

Tratando-se de edifício, a coluna corres-pondente é “A” – Ambiente sob outro pavi-mento.

Como o ambiente está localizado na faceNorte – “sol a tarde ou o dia todo” – e asua área é de 30 m2, será necessário umequipamento com capacidade de 12.000Btu/h, ou seja, uma capacidade equivalen-te a 3.000 kcal/h.

Quando a capacidade do aparelhovier expressa em kcal/h basta

multiplicá-la por 4 (quatro) paraobtê-la em Btu/h.

Lembre-se: com umequipamento bem

dimensionado, você estaráeconomizando energia elétrica e

reduzindo suas despesas.

característico, devido àsnossas condições climáti-cas.

Para se fazer a seleção deum condicionador de ar,ou seja, definir sua capa-cidade a fim de obter-se oconforto térmico deseja-do, é necessário que se de-

Tabela prática para cálculo de carga térmicaCapacidade em Btu/h

termine a carga térmica de resfriamentodo ambiente.

A seguir, apresentamos uma tabela práticade determinação da carga térmica deresfriamento (aproximada), que você pode-rá utilizar facilmente, toda vez que adquirirum novo aparelho ou para verificar se oaparelho existente está corretamentedimensionado.

Page 21: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

20

Dicas para o condicionador de ar não esquentar sua conta

O uso racional do condicionador de ar, alémde propiciar economia de energia elétrica,pode até aumentar a vida útil do aparelho.

Leia com atenção as medidas de economiaque você poderá adotar.

Elas vão implicar em mudanças nos hábitosde utilização e, portanto, quando for aplicá-las, é importante também que seus funcio-nários estejam informados das mudanças ese habituem a elas.

Cuidados na instalação do condicionador de ar

Quando você for instalar condicionadoresde ar no seu escritório, é importante quesejam atendidas algumas condições queresultarão em economia de energia elétri-ca e segurança, conforme descrevemos aseguir:

· O equipamento normalmente exige queo circuito elétrico seja independen-te, com condutores e dispositivos deproteção adequados. Essas condiçõesde instalação são muito importantes,pois quando não atendidas podem pro-vocar perdas de energia (aquecimen-to dos cabos) e até risco de incêndio.

· Não instale o condicionador de ar emlocais com incidência direta de raiossolares ou próximos a fontes de calor.

· Sempre que possível, instale o apare-lho de frente para a maior dimensãodo ambiente, facilitando as condiçõesde refrigeração.

· Evite instalar o aparelho com a faceexterna voltada para locais fechadoscomo garagens, forros, etc. Caso con-trário, não estará garantida a qualida-de do ar que circula no ambiente aser condicionado.

· Os aparelhos de janela normalmentetêm um controle que permite diretaou indiretamente variar a temperaturano ambiente. Procure trabalhar com atemperatura adequada, ou seja, aque-la que lhe proporcione conforto. Tem-peraturas muito baixas, além de aumen-tar o consumo, podem causar danos àsaúde. Lembre-se que o condiciona-dor está adequado quando proporcio-na sensação de conforto e não de frio.

Page 22: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

21

· Não obstrua o aparelho com cortinasou outros objetos, dificultando a livrecirculação de ar. Esse procedimento

é responsável por um significativo des-perdício de energia elétrica.

· Desligue o aparelho toda vez que oambiente estiver desocupado e orien-te seus funcionários para procederemdessa forma.

· Mantenha as portas e janelas fecha-das, de forma a impedir a entrada dear externo com temperatura mais ele-vada. Uma boa maneira de se conse-guir isto é através da colocação decartazes nas portas ou janelas, orien-tando os usuários para mantê-las fe-chadas.

· Em dias frios ou de temperatura nãomuito alta, ligue o aparelho apenasquando for necessário. Uma boa dicaé utilizar o ar externo para refrescaro ambiente, utilizando-se apenas o sis-tema de ventilação do aparelho.

Assistência técnica: um componente importante

Uma rotina de manutenção permitirá a vocêeconomizar energia e aumentar a vida útildo aparelho.

Esse trabalho deverá ser realizado periodi-camente, por empresa especializada. A pe-riodicidade pode variar em função das con-dições da instalação, quantidade de apare-lhos e de sua disponibilidade de recursos.

Você poderá acompanhar ou até realizaralguns itens de manutenção, como limpezado filtro e do condensador.

Page 23: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

22

Além dos sistemas de iluminação e condici-onamento de ar, outros pequenos equipa-mentos que compõem um escritório tam-bém consomem energia elétrica, comomostramos a seguir:

Geladeira

É um equipamento de consumo médio que,em boas condições (geladeira pequena oumédia de 120 a 220l) gasta entre 20 e 40kWh/mês . Via de regra, não vale a penadesligá-la durante a noite e nos fins de se-mana. A instalação elétrica deve ter, prefe-rencialmente, um circuito independentepara atender este equipamento.

Bebedouro

Se o equipamento estiver em boas condi-ções, gasta entre 15 e 30 kWh/mês. O seuconsumo depende muito do uso. Procureeliminar vazamentos no registro de água queprovocam desperdícios de eletricidade. Érecomendável desligá-lo à noite e nos finsde semana.

PEQUENOS EQUIPAMENTOS DE ESCRITÓRIOS

Máquinas de café

O consumo depende do modelo e do uso.Os tipos mais comuns, de 12 e 24 cafés,gastam cerca de 40 a 80 Watts/hora. Essesequipamentos gastam pouco quando sãobem usados, se permanecerem ligados otempo todo podem gastar de 15 a 30 kWh/mês a mais do que deveriam.

Aquecedor elétrico de alimentos

São equipamentos de elevado consumo emerecem uma atenção especial. Se perma-necerem ligados por muito tempo podemconsumir centenas de kWh/mês. Uma boadica é concentrar o seu uso, aquecendotoda comida de uma só vez. Dessa forma oconsumo será reduzido a valores da ordemde 5 a 15 kWh/mês.

Microcomputadores

O consumo individual destes equipamentosé de modo geral baixo (10 kWh/mês emmédia). No entanto, em um escritório comvários computadores a participação no con-sumo total poderá ser significativa. Assimsendo, procure orientar os usuários adesligá-los quando não forem utilizados porlongos períodos e, a utilizar sempre quepossível os recursos de economia de ener-gia disponibilizados pela grande maioria doscomputadores, o programa “Energy Star”.

Page 24: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

23

Copiadoras

Entre os equipamentos citados, existemtambém as copiadoras eletrostáticas queapresentam maior consumo, devido ao fatodo cilindro de fixação da cópia ser mantidoaquecido. Estas máquinas, se ligadas per-manentemente, podem gastar muita ener-gia elétrica.

Para economizar energia elétrica com co-piadoras, o melhor a fazer é juntar um nú-mero razoável de originais a serem copia-dos de uma só vez e, após o uso, desligá-la.

As copiadoras modernas também têm pro-gramas economizadores de energia que di-minuem o consumo quando estes equipa-mentos não estão operando.

O INMETRO com o apoio do PROCEL instituiu o PBE –Programa Brasileiro de Etiquetagem que oferece

informações ao consumidor sobre a eficiênciaenergética dos equipamentos testados, como

geladeiras, condicionadores de ar, motores elétricos,aquecedores solares, etc. Além da etiqueta, osequipamentos elétricos mais eficientes recebem

anualmente o selo do PROCEL de economia de energia.Portanto quando for necessário substituir um

equipamento elétrico é aconselhável procurar aquelesque tenham eficiência energética comprovada.

Transformadores e estabilizadores

Com a difusão de equipamentos eletrôni-cos, está aumentando o uso de aparelhosde transformação e estabilização da ten-são (voltagem). Estes apresentam um con-sumo reduzido (tipicamente da ordem de5% a 15% da potência nominal de placa doequipamento) porque o consumo efetivo édado pelo equipamento ligado a eles. Aindaassim, se permanentemente ligados, podemapresentar um consumo sensível. Por exem-plo, um estabilizador de 500 Watts, típicopara uso com microcomputador pode gas-tar cerca de 20 a 30 kWh/mês. É, portanto,recomendável, desligar o equipamento etambém e estabilizador.

Page 25: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

24

INSTALAÇÃO ELÉTRICA: SEGURANÇA EECONOMIA POR UM FIO

A instalação elétrica se constitui num itemde vital importância nas edificações de ummodo geral.

Nela podem ocorrer perdas de energia poraquecimento dos cabos (efeito Joule), fu-gas de corrente, etc., colocando em riscoa segurança das pessoas e de toda a insta-lação.

A grande maioria dos incêndios ocorridosnos edifícios comerciais é causada por cur-tos-circuitos na instalação elétrica.

Por isso, você deve estar sempre atento,mantendo-a em perfeito estado e preser-vando, assim, o seu patrimônio.

No projeto de uma instalação elétrica éprevista uma série de circuitos para aten-der os pontos de consumo, com a prote-ção geral no quadro terminal de distribui-ção.

Essa condição de projeto raramente émantida, porque as modificações de layoutprovocam alterações.

Na prática, essas alterações são feitas semo menor critério, transformado os circui-tos num verdadeiro emaranhado de fios.

Normalmente, surgem extensões e emen-das mal feitas, uso de benjamins, etc.

Naturalmente, tudo isso provoca uma sériede inconvenientes, entre eles o desperdí-cio de energia elétrica e o risco de incên-dios.

A concessionária é responsável pela manu-tenção e fornecimento de energia elétricaaté o medidor (relógio de luz). A partir des-se ponto, a manutenção da instalação elé-trica é de responsabilidade do usuário.

Portanto, é importante que você mante-nha a instalação em ordem, evitando pro-blemas futuros.

Apresentamos a seguir alguns componen-tes da instalação elétrica, bem como asrecomendações e cuidados que você deveter.

Teste a saúde da sua instalação

O correto dimensionamento dos circuitosde distribuição é de grande importânciapara manter o desempenho normal dos equi-pamentos, bem como para manter a segu-rança.

Quando um circuito se encontra sobrecar-regado, os equipamentos apresentam umbaixo desempenho, os cabos se aquecem,

aumentando as perdas de energia elétricae os riscos de incêndios.Vejamos o queacontece na fiação de um circuito sobre-carregado:

· Com a sobrecarga, a fiação se aque-ce, provocando desperdício de ener-gia elétrica.

· Depois de algum tempo, o fio perde

Page 26: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

25

parte do isolamento,que se torna quebra-diço devido ao aque-cimento.

· A fita isolante dasemendas perde suaspropriedades, causan-do fugas de corrente,faíscas, etc.

Todos esses problemas queocorrem no circuito so-brecarregado podem re-sultar em um curto-cir-cuito de conseqüênciassérias.

Portanto, se você no-tar que existe aqueci-mento da fiação, ou quando for instalar al-gum equipamento novo, de potência rela-

tivamente alta, chame um ele-tricista habilitado para verificarse os cabos e proteção existen-tes estão dimensionados corre-tamente e se suportarão o au-mento de carga.

Outro problema que pode ocor-rer na instalação elétrica cha-ma-se desequilíbrio de fases,que pode ser a causa de aque-cimento dos cabos, queima de

fusíveis e mau funcionamento dosequipamentos. Este problema sur-

ge quando existe diferença de car-regamento entre fases.

É importante que você corrija essedesequilíbrio e, se necessário, procure umeletricista habilitado. (Veja figuras abaixo).

Fuga de corrente

Além dos problemas citados, podem ocor-rer fugas de corrente na instalação elétri-ca, que provocam inclusive aumento deconsumo de energia.

As fugas de corrente são provocadas poremendas mal feitas, fios desencapados oucom isolação envelhecida e ainda por equi-pamentos com defeito.

Fase

Neutro

Fase

100w 60w 100w 60w

DEPOIS

Fase

Neutro

Fase

100w 60w 100w 60w

ANTES

Aumento de consumo

Fio bem isolado

Fio mal isolado

VazamentoChoque

Page 27: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

26

Se houver fios desencapados ou muito ve-lhos na sua instalação, não hesite em trocá-los.

Para saber se existe fuga de corrente pro-ceda da seguinte forma:

a. Fuga de corrente na instalação:1. Desligue a iluminação e todos os equi-

pamentos das tomadas.

2. Verifique se o disco do medidor conti-nua girando. Em caso afirmativo, exis-te fuga de corrente.

3. Constatada a fuga de corrente, paraidentificar sua origem, desligue a cha-ve geral. Se o disco parar de girar, oproblema está na instalação elétrica.Para resolvê-lo procure o auxílio de umeletricista habilitado.

4. Se o disco do medidor continuar gi-rando com a chave geral desligada, oproblema poderá estar no própriomedidor. Neste caso, procure a con-cessionária de energia elétrica.

b. Fuga de corrente nos equipamentos1. Ligue um equipamento por vez na to-

mada, exceto aqueles de regime defuncionamento variável, como frigobar,condicionadores de ar, bebedouros,etc., pois funcionam automaticamen-te, podendo consumir energia duran-te o teste.

2. Se o disco do medidor começar a gi-rar, com o interruptor do equipamen-to desligado, está comprovado que esteestá com defeito. Procure corrigir oproblema ou, se necessário, chame aassistência técnica.

Como proteger seus equipamentos

Toda instalação elétrica deve ser dotadade dispositivos de proteção contra acrés-cimo de corrente (sobrecorrente), causa-do por sobrecargas ou curto-circuitos.

No instante em que esses dispositivos deproteção atuarem, ou seja, um disjuntordesarmar, desligue a chave geral e procureverificar o que ocorreu (curto-circuito,sobrecarga, etc.).

Se o problema foi sanado, substitua o fusí-vel por outro de mesma capacidade(amperagem) ou rearme os disjuntores.

Nunca substitua fusíveis por moedas, ara-mes, ou quaisquer outros objetos. Com esseprocedimento você estará colocando emrisco toda a sua instalação.

Existem no mercado vários tipos de disposi-tivos de proteção, entre eles os fusíveis tipo

rolha, cartucho, faca, diazed, NH e disjun-tores, mais comumente usados em instala-ções elétricas de baixa tensão.

Cada um desses dispositivos apresenta ca-racterísticas particulares e portanto, deveser utilizado de acordo com algumas condi-ções definidas em projeto.

É aconselhável que nas instalações maisantigas sejam realizadas reformas na prote-ção. Nesse caso, é necessário o auxílio deum eletricista habilitado.

Disjuntor “Quick lag”

Page 28: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

27

Instalação elétrica: repare bem

Quando você for realizar alguns reparos nainstalação, atente para os seguintes deta-lhes:

· Antes de fazer qualquer reparo, cer-tifique-se que a chave geral se encon-tra desligada.

Você pode observar que o fio neutro não édotado de dispositivos de segurança. Essacondição deve ser mantida, pois a sua in-terrupção pode causar danos aos equipa-mentos e queima de lâmpadas.

O dimensionamento adequado da proteçãoé especialmente importante nos circuitosde iluminação noturna. Afinal, se ocorrerum curto-circuito nesse período e a pro-teção não atuar, é fogo na certa; e vocênão estará no local para combatê-lo.

Emendas de derivação

5 a 10 voltas bem apertadas com alicate

· Ao realizar emendas nos fios, certifi-que-se de que estejam bem feitas, afim evitar que se aqueçam ou se sol-tem. Para isolá-las, use fitas apropria-das para fios, nunca utilize fitas du-rex, esparadrapos e outros materiaisnão indicados.

Nas figuras a seguir você pode observarcomo devem ser feitas as emendas, de acor-do com o local onde vão ser empregadas.

Page 29: Manual de economia de energia

Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório

28

· Não realize emendas com fios de se-ções diferentes.

· Procure não instalar fios de segundacategoria que, apesar de serem maisbaratos, não são de boa qualidade.Esses produtos, que se aquecem maisfacilmente, provocam, além do desper-dício de energia, o envelhecimentoprecoce do isolamento, dando origemà fuga de corrente, choques e atécurtos-circuitos.

· Alguns materiais elétricos encontradosno mercado não são feitos de cobreou latão, ou seja, são materiaisferrosos apenas banhados com essesmateriais. E, quando utilizados numainstalação elétrica, provocam sériosproblemas como faíscas, superaqueci-mento e curtos-circuitos.

Uma boa dica para você não comprar “gatopor lebre” é levar consigo um ímã na horada compra. Se a ímã aderir ao produto,certamente este não é de boa qualidade.

Emendas aéreas

1. Descasque os fios

2. Dê 2 a 3 voltas com a mão

3. Dê 10 voltas bem apertadas

Fio de seção (bitola) correta

Normal

Fio de seção (bitola) inadequada

Emendas em caixa de passagem

5 a 10 voltas bem apertadas com alicate

Page 30: Manual de economia de energia

www.energia.sp.gov.br