Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança

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MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURANÇA Este Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança é propriedade do LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA Dr. ARISTEU LOPES – LACEN/AL e tem sua distribuição controlada, a fim de que todos os seus exemplares estejam permanentemente atualizados, através das revisões que se fizerem necessárias. As cópias não controladas poderão ser distribuídas a terceiros, não diretamente ligados ao Sistema da Garantia da Qualidade do LACEN/AL. Neste caso, o LACEN/AL exime-se da responsabilidade de atualizá-los. DATA NOME RUBRICA Elaboração 22/09/2006 Celi Silva do Nascimento Verificação 25/09/2006 Adriana de Holanda Cavalcante Aprovação 28/09/2006 Telma Machado Lisboa Pinheiro CÓPIA NÃO CONTROLADA – REPRODUÇÃO PROIBIDA MB – Manual de Biossegurança do LACEN/AL Pág 1/34 SECRETARIA EXECUTIVA DE SAÚDE - ALAGOAS LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA Dr. ARISTEU LOPES SISTEMA DA GARANTIA DA QUALIDADE RESP. TÉCNICO Celi Silva SUBSTITUTO Adriana Holanda MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURANÇA DO LACEN/AL ANO 2006 REVISÃO 00

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MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURANÇA

Este Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança é propriedade do LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA Dr. ARISTEU LOPES – LACEN/AL e tem sua distribuição controlada, a fim de que todos os seus exemplares estejam permanentemente atualizados, através das revisões que se fizerem necessárias. As cópias não controladas poderão ser distribuídas a terceiros, não diretamente ligados ao Sistema da Garantia da Qualidade do LACEN/AL. Neste caso, o LACEN/AL exime-se da responsabilidade de atualizá-los.

DATA NOME RUBRICA

Elaboração 22/09/2006 Celi Silva do Nascimento

Verificação 25/09/2006 Adriana de Holanda Cavalcante

Aprovação 28/09/2006 Telma Machado Lisboa Pinheiro

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SECRETARIA EXECUTIVA DE SAÚDE - ALAGOASLABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA Dr. ARISTEU LOPES

SISTEMA DA GARANTIA DA QUALIDADE

RESP. TÉCNICOCeli Silva

SUBSTITUTOAdriana Holanda

MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURANÇA DO LACEN/AL

ANO2006

REVISÃO00

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SUMÁRIO DO MANUAL PÁGINA

1. INTRODUÇÃO 042. OBJETIVO 043. CAMPO DE APLICAÇÃO 044. TERMOS E DEFINIÇÕES 055. EQUIPE RESPONSÁVEL 066. DESCRIÇÃO 067. REGRAS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL 07 7.1.Ambientes e instalações laboratoriais 07 7.1.1. Descarte de materiais contaminados e perfurocortantes 09 7.1.2.Quebra de tubos contendo material potencialmente perigoso, em

centrífuga10

7.2.Conduta do profissional no laboratório 10 7.3.Procedimentos médicos 11 7.4.Procedimentos contra incêndio 128. REGRAS GERAIS DE ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS 12 8.1. Procedimentos gerais de armazenamento de produtos 12 8.2. Procedimentos de armazenamento de produtos químicos 129. REGRAS GERAIS PARA TRANSPORTE DE OBJETOS E MATERIAIS 14 9.1. Procedimentos gerais de transporte de objetos e materiais 14 9.2. Procedimentos de transporte de material biológico 14 9.2.1. Transporte interno 14 9.2.2. Transporte externo 14 9.2.2.1. Transporte de substâncias infecciosas e material biológico para fins de

diagnóstico16

10. REGRAS GERAIS PARA CONTROLE DE AEROSSÓIS 1611.REGRAS GERAIS PARA DERRRAMENTO SOBRE O CORPO, EM BANCADA, PISO E PAREDE

17

11.1.Derramamento de material biológico sobre o corpo 17 11.2. Derramamento de material biológico em bancada, piso e parede 17 11.2.1. Derramamento de material biológico classe de risco 2 18 11.2.2. Derramamento de material biológico classe de risco 3 18 11.2.3. Derramamento envolvendo vidro quebrado 19 11.2.4. Derramamento de produtos químicos 1912. REGRAS GERAIS PARA USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

20

12.1. Jaleco 20 12.2. Luvas 21 12.3. Máscaras e respiradores 22 12.4. Toucas ou gorros 23 12.5. Óculos de proteção ou escudo facial 23 12.6. Protetores, abafadores e plugues auriculares 24 12.7. Sapatilhas ou pro-pés 24 12.8. Sapatos 2413. REGRAS GERAIS PARA USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

25

13.1. Cabine de segurança biológica – Csb 25 13.2. Cabine de fluxo laminar horizontal 28 13.3. Capela de exaustão química 28 13.4. Chuveiro de emergência 28

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13.5. Lava-olhos ou duchas 28 13.6. Extintores de incêndio 28 13.7. Balde com areia ou absorvente granulado 29 13.8. Luz ultravioleta 29 13.9. Pincetas com álcool a 70% ou hipoclorito a 1% 29 13.10. Kit de limpeza para derramamentos biológicos e químicos 29 13.11. Kit de primeiros socorros 2914. LAVAGEM DAS MÃOS 30 14.1. Técnica de lavagem das mãos 3115. CLASSE DE RISCO E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA 32 15.1. Classes de Riscos 32 15.2. Classificação dos agentes biológicos em níveis de biossegurança 3216.SAUDE OCUPACIONAL E VEICULACÃO DE PATÓGENOS 33 16.1. Transmissão através da via aérea ou respiratória 33 16.2. Transmissão por exposição a sangue e a outros fluidos corpóreos 33 16.3. Transmissão através de contato 3417. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 3418. HISTÓRICO DAS REVISÕES 36

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1. INTRODUÇÃO

O LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA Dr. ARISTEU LOPES - LACEN/AL situado à Av. Castelo Branco, nº 1773, Jatiúca, Maceió/AL integra a Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Epidemiológica e o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

O LACEN/AL é o Laboratório de Referência para o Estado de Alagoas, desenvolvendo atividades relacionadas à Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental em Saúde, Vigilância Sanitária e Assistência Médica.

Assim como os demais 26 Laboratórios Centrais, distribuídos nos estados, que formam a Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, o LACEN/AL trabalha articulada e interdependentemente com outras unidades para a prestação de serviços especializados e hierarquizados em complexidade nas esferas estadual, macrorregional e nacional.

A biosseguança tem sido definida como o conjunto de medidas voltadas para prevenção, minimização ou eliminação dos riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

A partir de 2001 o Ministério da Saúde, através da FUNASA, tem ampliados seus esforços para capacitar os técnicos dos LACENs em todo o pais. O LACEN/AL, como parte integrante desta rede também tem colhido os resultados destes esforços. E também tem trabalhado para implementar os procedimentos de segurança laboratorial junto os seus profissionais.

Para que a cultura da biossegurança seja disseminada e valorizada no nosso ambiente laboratorial é importante que todos entendamos as responsabilidades e deveres pertinentes a todos os envolvidos: gestores, administradores, colaboradores e profissionais. A partir desta compreensão seremos sensíveis e receptivos às mudanças de atitudes, comportamento, necessidade de investimentos e reorganização administrativa.

Assim, todos teremos o beneficio do trabalho em um ambiente saudável e responsável.

“O conhecimento sobre Biossegurança deveria estar associado aos interesses daqueles que lidam com os serviços de saúde. Os trabalhadores da área voltam para suas casas todos os dias, passeiam, viajam e têm uma vida como qualquer outra pessoa. Durante a jornada de trabalho estão expostos a um risco invisível e, por vezes, desconhecido, que podem carregar para outros ambientes” (Editorial do Boletim informativo ANVISA – agosto de 2005).

2. OBJETIVO

O objetivo deste Manual é descrever os procedimentos de biossegurança laboratorial, os quais contribuirão para proporcionar um ambiente saudável e seguro para os funcionários, clientes e parceiros do LACEN/AL. Para tanto, existe a necessidade de minimizar os riscos decorrentes das atividades normais do trabalho em laboratório que possam produzir problemas de saúde, acidentes e danos às pessoas.

O Manual de Biossegurança será um elemento de consulta sobre os assuntos relacionados à segurança no trabalho das Unidades Organizacionais do LACEN/AL.

Os procedimentos aplicados à Segurança Biológica e à Segurança Química, descritos neste Manual estão em conformidade com as legislações vigentes no país.

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3. CAMPO DE APLICAÇÃO

Este Manual aplica-se a todas as Unidades Organizacionais e a todos os funcionários do LACEN/AL.

Todas as chefias das Unidades e Subunidades Organizacionais do LACEN/AL são responsáveis pela segurança nas áreas de trabalho e devem se empenhar para o cumprimento das normas de segurança estabelecidas por este Manual e aquelas que vierem a ser implementadas, posteriormente, para se adequar à segurança às atividades desenvolvidas.

O Manual deve estar disponibilizado para todas as Unidades, sendo de leitura obrigatória. Aos funcionários e estagiários deve ser solicitada uma declaração explícita e assinada ratificando a leitura e o conhecimento das normas de segurança contidas neste Manual. 4. TERMO, DEFINIÇÔES E SIGLAS

Acidente de trabalho: Qualquer acidente de ação imediata, provocado por situações adversas. A contaminação com agentes biológicos, derramamentos de produtos químicos, queimaduras, amputação de membros, cortes e quedas são exemplos de acidentes.

Caso estes ocorram, devem ser providenciados os primeiros socorros e tomadas as medidas corretivas.

Aerossóis: Micropartículas sólidas ou líquidas com aproximadamente 0,1 a 50 micras, constituídas de microorganismos, matéria orgânica e fragmentos expelidos pela boca. Podem permanecer em suspensão, em condições viáveis por várias horas e podem alcançar distâncias de alguns metros. As partículas maiores caem no chão e se juntam às sujidades, sendo ressuspensas pelo movimento das pessoas no ambiente, contaminando roupas, superfície do mobiliário e a pele das pessoas.

Podem provocar a contaminação biológica e química.

BIO: Unidade de Biossegurança.

Biossegurança: “O conjunto de saberes direcionados para ações de prevenção, minimização ou eliminação dos riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, as quais possam comprometer a saúde do homem, dos animais, das plantas e do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos”.

A biossegurança é um processo contínuo que envolve a conscientização e a adoção de novas atitudes, além da busca constante por respostas eficazes aos desafios que surgem nos estabelecimentos de saúde.

Dano: explosão, fogo, corrosão, toxicidade a organismos ou outros efeitos deletérios.

Descontaminação: Processo de desinfecção ou esterilização terminal de superfícies e objetos contaminados com microorganismos patogênicos, de forma a torná-los seguros à manipulação.

Desinfecção: Processo de eliminação ou destruição de todos os microorganismos, na forma vegetativa, presentes em objetos inanimados, através de meios químicos ou físicos. A desinfecção não destrói os esporos bacterianos. Doença ocupacional: É a alteração do estado de saúde do trabalhador provocada pela exposição excessiva a agentes de risco químico (80% dos casos), biológico, físico ou radiológico e/ ou por um tempo inadequado para a saúde.

Podem se desenvolver a curto, médio e longo prazo. Mas geralmente, levam algum tempo

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para se manifestar. É fundamental garantir o uso dos equipamentos de segurança, oferecer treinamento e informação sobre os riscos e os cuidados que devem ser adotados durante o exercício profissional para resguardar a saúde do trabalhador.

EPI: Equipamento de Proteção Individual: Jalecos, toucas, visor ou escudo facial, óculos de proteção, luvas, botas e sapatos antiderrapantes e impermeáveis, máscaras e outros.

São de uso individual e intransferível.

EPC: Equipamento de Proteção Coletiva: Cabine de segurança biológica, capela de exaustão, exaustor, extintor de incêndio, chuveiro, lava-olhos, sinalização, vacinas e outros.

Esterilização: Processo de eliminação de todos os tipos de microorganismos, inclusive na forma esporulada, através de meios químicos ou físicos.

Infecção: doença caracterizada pela presença de agentes infecciosos, que causam danos em determinados órgãos os tecidos do nosso organismo.

Produzindo febre, dor, eritema, edema, alterações sangüíneas e, ás vezes, secreção purulenta. LACEN/AL: Laboratório Central de Alagoas.

Limpeza: Procedimento de higiene utilizando água, sabão e ação mecânica (escovação e fricção) para eliminar toda a sujeira e reduzir a presença de microorganismos.

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Material biológico humano: Tecido ou fluido constituinte do organismo humano.

Material perfurocortante: Material pontiagudo ou que tem gume, tais como agulhas, fragmento de vidros, bisturis e outros. Podem perfurar e/ou cortar.

Microorganismos: Formas de vida de dimensões microscópicas. Organismos visíveis individualmente apenas ao microscópio abrangem as bactérias, vírus, fungos e protozoários.

Patogenicidade: Capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro suscetível.

Procedimento: Descrição detalhada de como deve se realizada determinada atividade.

Resíduos: Materiais considerados sem utilidade por seu possuidor.

Vacinação: processo visando a obtenção de imunidade ativa e duradoura de um organismo. A imunidade ativa é a proteção conferida pela estimulação antigênica do sistema imunológico com o desenvolvimento de uma resposta humoral (produção de anticorpos) e celular. 5. EQUIPE RESPONSÁVEL

Direção: Deve estar comprometida com a viabilização dos recursos necessários para a implementação e execução das normas e procedimentos descritos neste Manual.

Chefias das Unidades e Subunidades Organizacionais do LACEN/AL: São fundamentais na implementação deste Manual, estimulando e colaborando para o cumprimento deste Manual, além de se empenhar na identificação e melhoria das não

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conformidades observadas em suas áreas de trabalho.

Funcionários do LACEN/AL: A equipe técnica é responsável por aderir e cumprir as instruções e os procedimentos descritos neste Manual quanto a biossegurança laboratorial, adotando uma postura profissional pró-ativa, que resulte em ações preventivas necessárias durante a realização de suas atividades.

6. DESCRIÇÃO

1. A instituição e seus funcionários devem ser capazes de identificar todos os materiais e processos de risco. Para atender esta finalidade, os programas de qualificação e reciclagem devem capacitar, educar e conscientizar toda a equipe, conforme os documentos internos e a legislação nacional atualizada sobre segurança laboratorial.

2. A instituição deve identificar os produtos utilizados e os processos realizados, avaliando o nível de biossegurança e toxicidade dos mesmos, segundo a classificação de agentes etiológicos humanos e animais.

3. Os profissionais devem priorizar e utilizar produtos com menor grau de toxicidade e escolher procedimentos que reduzam sua exposição aos riscos.

4. As chefias das Unidades Operacionais devem promover ou solicitar à BIO ou à Saúde do Trabalhador treinamentos para que os funcionários sejam orientados sobre os procedimentos de segurança e de emergência, sempre que identifiquem uma necessidade específica.

7. REGRAS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL

7.1 Ambiente e instalações laboratoriais

O acesso ao interior do LACEN/AL é restrito às pessoas identificadas, pelo sistema de vigilância e recepção;

Apenas pessoas autorizadas, devidamente informadas dos procedimentos de segurança devem ter acesso aos laboratórios;

A Recepção de Amostras deve ser estruturada para informar adequadamente sobre as condições de chegada das amostras, em recipientes apropriados, à prova de vazamentos e puncturas, além de corretamente identificados;

É proibida a presença de crianças, gestantes, idosos e pessoas com baixa na imunidade nos laboratórios;

Visitantes e colaboradores só podem ter acesso aos laboratórios vestindo um jaleco e portando outros equipamentos de segurança, conforme orientação dos técnicos da Área;

Os profissionais devem se empenhar em oferecer os equipamentos de segurança ao visitante;

Todos os profissionais devem ser informados sobre as saídas de emergência, os avisos de segurança, a localização dos equipamentos de segurança e como utilizá-los, os procedimentos em caso de incêndio e os procedimentos de primeiros socorros e ter acesso aos telefones das pessoas responsáveis fixados disponibilizados em cada setor;

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Deve ser estimulada a formação de uma Brigada Contra Incêndios e uma Brigada de Socorristas. Profissionais com perfil adequado a este serviço, que receberão treinamentos e reciclagens freqüentes;

Os corredores devem ser mantidos livres, desimpedidos, sem obstrução, inclusive sem a presença de armários;

Todas as chaves, obrigatoriamente, devem ter cópias atualizadas na Recepção Geral do LACEN/AL;

As reformas dos laboratórios devem ser executadas com a observação dos aspectos de segurança. Em caso de dúvida, a Unidade de Biossegurança deve ser consultada. As plantas devem ser autorizadas pela instituição, antes do início das reformas;

Não se deve deixar caixas, inclusive de perfurocortantes no chão;

Nunca deixar fios espalhados nas áreas de circulação;

Não guardar materiais sobre as bancadas ou as superfícies de trabalho, deixando-as livres de materiais estranhos às atividades;

Não levar os livros de registro da área laboratorial para áreas administrativas. Se possível, apoiar os registros em bancadas onde não manipulados os fluidos e amostras;

A instalação de equipamentos deve cumprir as normas de segurança específicas para cada instrumento;

Os equipamentos só devem ser operados após a leitura dos seus manuais e a devida compreensão do seu funcionamento;

Manter os equipamentos elétricos longe de pias e outras superfícies úmidas e molhadas;

Todas as áreas devem zelar pala conservação de suas instalações elétricas e hidráulicas;

Os laboratórios e os corredores de acesso devem ser equipados com luzes de emergência;

Utilizar apenas uma tomada elétrica para cada equipamento, observando a voltagem;

Desligar todos os equipamentos antes de sair do laboratório;

Deve-se observar a adequação do número de chuveiros de segurança com lava-olhos e extintores de incêndio a áreas de trabalho;

Os laboratórios devem dispor de caixas de primeiros socorros;

Os cilindros de gás devem sempre estar devidamente acorrentados e identificados;

Deve-se evitar a sua permanência dentro dos laboratórios;

Os botijões de gás comprimido devem ser carregados tampados e sobre carrinhos;

Os botijões de gás não devem ser mantidos nas imediações de equipamentos elétricos e de fontes de calor, como chamas de fogo, calor e luz solar;

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Retirar das Unidades Organizacionais os equipamentos, estoques ou produtos químicos que não estejam em uso;

As superfícies e as bancadas de trabalho, assim como o piso e as paredes das instalações do laboratório devem ser de material impermeável, sem rejuntes e campos vivos resistente aos procedimentos de descontaminação. O piso deve ser antiderrapante.

Limpar a superfície ou a bancada de trabalho antes e após as atividades e, sempre que se fizer necessário:

1. Deve ser feita com álcool a 70%: Solução de 73 ml de álcool 96° (álcool comercial) para 27 ml de água destilada;

2. Quando houver derramamento de material biológico, cobrir com papel absorvente ou gaze e colocar hipoclorito de sódio a 2%;Se usar água sanitária, observar a validade e se a embalagem não está aberta ou com furo na tampa, o que faz o hipoclorito evaporar e perder a eficácia desinfetante.

NOTA: O álcool etílico, como outros álcoois, deve ser diluído para não atuar como fixador.

Manter fechadas todas as portas e gavetas;

Não guardar materiais de laboratório no armário de uso pessoal;

Manter os produtos químicos em prateleiras baixas;

Limpar os derramamentos, para evitar intoxicações e quedas;

Os saneantes e os produtos usados nos processos de limpeza e desinfecção devem ser utilizados segundo as especificações do fabricante e devem estar regularizados junto a ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente;

Todos os produtos acima devem apresentar informações de rotulagem segundo a legislação vigente;

A limpeza periódica das geladeiras, freezeres, ar condicionado, pisos e paredes deve ser executada pelos profissionais terceirizados, portando os equipamentos de segurança, sob a orientação dos técnicos e das normas de biossegurança, conforme agendamento com a área;

O mobiliário do laboratório deve oferecer condições de conforto ergonômicos aos profissionais do LACEN/AL;

O mobiliário dos laboratórios e de outras áreas expostas ao risco biológico deve apresentar superfície e revestimento impermeável, que possa resistir aos processos de descontaminação;

Os mobiliários, preferencialmente, não devem ser de material facilmente inflamável;

Estabelecer o controle efetivo dos insetos e roedores (PGIRI - Programa de Gerenciamento Integrado de Roedores e de Insetos );

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Estabelecer o descarte adequado dos resíduos, segundo o PGRSS do LACEN/AL (em fase de atualização).

7.1.1 Descarte de materiais contaminados e perfurocortantes

1. Agulhas e seringas descartáveis, fragmentos de vidro, tubos quebrados contendo sangue ou soro devem ser descartados nos coletores rígidos próprios para perfurocortantes, com a identificação de infectantes. Os coletores só podem ser preenchidos até 2/3 de sua capacidade e devem ser montados corretamente para cumprirem sua função;

2. Luvas, gazes, algodão, materiais descartáveis e outros materiais que entraram em contato com material biológico devem ser recolhidos em lixeiras com tampa e pedal, contendo saco na cor branca leitosa, com símbolo de risco biológico, conforme especificações da ABNT;

3. O profissional responsável pela geração do material perfurocortante deve providenciar o seu descarte adequado, em coletores específicos.

Estes materiais serão encaminhados ao Abrigo de Resíduos Biológicos, onde serão coletados pela empresa terceirizada contratada – CINAL, duas vezes por semana;

4. Os demais materiais contaminados, antes do descarte, devem ser autoclavados em sacos próprios para autoclave.

NOTA: Os coletores de perfurocortantes devem ser montados adequadamente e não devem ser colocados no chão, para evitar que sejam molhados ou provoquem acidentes.

Deve ser incentivado o descarte seletivo dos resíduos do laboratório, através do PGRSS.

7.1.2 Quebra de tubos contendo material potencialmente perigoso, em centrífuga

Se ocorrer a quebra ou a suspeita de quebra com o equipamento em funcionamento, desligue o motor; espere trinta minutos para abrir a centrífuga;

Se constatar a quebra de tubos após a centrífuga estar parada, recoloque imediatamente a tampa de deixe-a fechada por trinta minutos, para assentar os aerossóis;

Informe a Unidade de Biossegurança;

Calçar luvas de borracha grossa, por cima das luvas descartáveis. Utilize pinças;

Todos os fragmentos de vidro, vidros quebrados, porta-tubos, pinos e rotor serão deixados, pelo prazo de 24 horas em solução de desinfetante não corrosivo e eficiente. O hipoclorito de sódio não deve ser usado por que este ataca os metais; O material também pode ser autoclavado;

Os tubos inteiros devem ser autoclavados;

A centrífuga deve ser limpa com o mesmo desinfetante, com os mesmos cuidados anteriores. No dia seguinte, limpa-la novamente e após, lavá-la com água e sabão;

Os panos devem ser descartados como material contaminado.

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NOTA: Os tubos quebrados no interior do porta-tubos vedado (copo de segurança):

Este deve ser aberto no interior da cabine de segurança biológica; Se o tubo estiver quebrado, a tampa deve ser afrouxada e o porta-tubo, autoclavado.

7.2 Conduta do profissional no laboratório

Colaborar e aderir às normas para que o laboratório seja um lugar seguro. Nunca subestimando os riscos;

Todos os profissionais devem receber as orientações de biossegurança, antes do início de suas atividades no LACEN/AL e participar dos treinamentos de reciclagem e atualização oferecidos;

Os profissionais que trabalham com material biológico, objetos perfurocortantes, substâncias químicas de risco e equipamentos que oferecem risco físico como autoclaves, estufas, ultra-som e outros devem:

1. Ser atentos e não usar drogas que afetem o raciocínio, o autocontrole e o comportamento;

2. Conhecer as normas de biossegurança e os procedimentos operacionais padrão da unidade;

3. Utilizar os equipamentos de segurança adequados;

4. Trabalhar com tranqüilidade e sem pressa.

Realizar os exames periódicos e seguir o programa de imunização para prevenção de Tétano acidental e Hepatite B;

Notificar todos os acidentes e incidentes e alterações do quadro de saúde ao Responsável pela área, à Saúde do Trabalhador e a BIO. O acidente também deve ser registrado na área de trabalho do profissional envolvido;

Os profissionais com feridas ou lesões nos membros superiores só poderão iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória e emissão de documento de liberação para o trabalho;

Os profissionais do laboratório expostos ao risco biológico devem receber imunização ativa contra o Tétano, Difteria, Hepatite B;

A vacinação contra a tuberculose e quaisquer outras que se façam necessárias deve ser avaliada pelos profissionais das áreas específicas, juntamente com a Saúde do Trabalhador e a Biossegurança;

Os profissionais devem dispor de um prontuário médico na Saúde do Trabalhador, onde deve constar telefone e pessoa de contato; grupo sangüíneo; convênio de saúde; alergias; cuidados especiais, além do calendário de vacinação, alterações do quadro de saúde, outras informações pertinentes.

O Programa de Vacinação deve obedecer as Recomendações do Ministério da Saúde e ser registrada nos prontuário clínico de cada servidor.

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7.3 Procedimentos médicos

O atendimento com aplicação das técnicas de primeiros socorros, em situações de incidente ou acidente, só deve ser feito por aqueles que estiverem devidamente treinados e considerados aptos a fazê-lo;

Acionar a equipe responsável pelos primeiros socorros ou a Brigada Socorrista e contactar o responsável pela área;

Notificar o acidente ou incidente ocorrido na área envolvida, no Setor de Saúde do Trabalhador e na Biossegurnça;

7.4 Procedimentos contra incêndio

Acionar o Corpo de Bombeiros e a Brigada de Incêndio do LACEN/AL, caso esteja em funcionamento;

Alertar todos os funcionários do sinistro;

Fechar as portas do local;

Usar o extintor de incêndio apropriado, se estiver apto para acioná-lo;

Dirija-se à saída mais próxima;

Afastar-se do local, conforme as orientações da Brigada e do Corpo de Bombeiros.

8. REGRAS GERAIS DE ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS

8.1 Procedimentos gerais de armazenamento de produtos

Evitar sobrecarregar o local de armazenamento;

Guardar produtos pesados em prateleiras mais baixas;

Guardar objetos cortantes e pontiagudos em gavetas dentro de uma caixa;

Usar escadas para alcançar a parte mais alta dos armários e prateleiras.

8.2 Procedimentos de armazenamento de produtos químicos

Devem ser armazenadas em área física exclusivamente destinada para esta finalidade, dotada de sistema de exaustão e ventilação, além do controle da temperatura e umidade, para conservação das substâncias de acordo com o rótulo da embalagem;

O local deve apresentar iluminação adequada e sinalização indicadora do tipo de risco que os produtos oferecem;

Substâncias tóxicas, os líquidos e frascos grandes devem ser armazenados nas prateleiras mais baixas, se possível, rentes ao chão. Garrafas grandes devem ser colocadas, no máximo a 60 cm do piso;

Não armazenar produtos químicos na capela;

Não estocar nenhum produto químico embaixo de pias, nem em bancadas ou em outro

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lugar que não tenha as condições necessárias para evitar acidente. Deve ser evitado o contato destes produtos com água, principalmente aqueles que têm características reativas.

A arrumação dos frascos deve observar a incompatibilidade dos reagentes, para evitar a reação entre elas e a geração de produtos altamente tóxicos e letais. Jamais estoque as substâncias químicas por ordem alfabética;

Deve-se armazenar apenas as quantidades absolutamente necessárias de reagentes e solventes dentro dos laboratórios.Não retorne reagentes aos frascos originais;

Sempre adicione ácidos à água. Jamais água a ácidos;

Não deixe pipetas, limpas ou sujas sobre as bancadas;

Não troque as tampas dos frascos reagentes para evitar a contaminação;

As prateleiras ou armários de armazenagem dos produtos devem ser identificados, informando a classe dos produtos;

Todos os laboratórios têm a responsabilidade de reduzir seus resíduos químicos e, sempre que possível, utilizar a opção de produtos menos tóxicos ou perigosos para a saúde humana e o meio ambiente;

Os produtos químicos voláteis não podem ser guardados em geladeiras de uso doméstico. Podem provocar explosões;

Nenhum solvente orgânico deve ser desprezado na pia. Alguns são extremamente reativos;

É vedado o armazenamento de produtos químicos em lugares de acesso comum;

É vedado o abandono de frascos de produtos químicos, ainda que vazios, nos corredores ou em quaisquer outras áreas. O profissional que o utilizou é responsável pelo seu descarte;

Todos os reagentes, soluções e produtos químicos fracionados devem ser adequadamente embalados e identificados;

A rotulagem original do fabricante na embalagem original dos produtos químicos deve ser mantida;

Nenhum frasco de produto químico, que esteja vazando ou danificado, deve ser armazenado no Almoxarifado ou laboratórios.

Mistura Sulfocrômica

É vedado o seu uso na limpeza de matéria orgânica das vidrarias, devido à toxicidade para o profissional e o meio ambiente e seu potencial cancerígeno.

Alternativamente, pode-se:

Lavar a vidraria em água corrente;

Deixá-la imersa em solução de detergente enzimático, por 24 horas;

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Page 14: Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança

Lavá-la em água destilada e deixa-la imersa em solução de ácido nítrico 1:1 por dois dias;

Retirar da solução de ácido nítrico e lavá-la novamente com água destilada;

Secá-la em estufa e guardá-la em recipiente fechado;

Esta solução pode ser reaproveitada por várias vezes;

O método é mais trabalhoso, mas de menor risco.

NOTA: Não se deve desprezar a necessidade do uso dos EPIs adequados

9. REGRAS GERAIS PARA TRANSPORTE DE OBJETOS E MATERIAIS

9.1 Procedimentos gerais de transporte de objetos e materiais

O transporte deve ser cuidadoso, evitando as quedas, derramamentos, vazamentos e choques;

O transporte de produtos químicos deve ser feito em recipientes fechados e à prova de vazamentos e choques;

O LACEN/AL deve providenciar carrinhos e recipientes de segurança para o transporte dos materiais para as áreas;

Não pegar as garrafas pelo gargalo;

Nunca carregar um objeto que possa impedir a visão à frente;

Agachar, quando for levantar objetos pesados, mantendo as costas retas e os joelhos flexionados, permanecendo próximo ao objeto com as pernas separadas e segurando-o firmemente;

Usar os músculos da perna quando for erguer um objeto;

Uma vez em pé, segurar o objeto próximo ao corpo para facilitar o movimento;

Evitar girar o corpo durante o transporte de objetos pesados.

9.2 Procedimentos de transporte de material biológico

9.2.1 Transporte Interno

Para o transporte rápido, de curta distância, as amostras devem ser colocadas em suporte para tubos (resistentes a descontaminação) e acondicionadas em caixa térmica com tampa (sem gelo) ou isopor (estes recipientes devem ser isotérmicos, quando requerido, higienizável e impermeável), com identificação do símbolo de “RISCO BIOLÓGICO”. No momento do transporte, evitar os movimentos bruscos, as quedas e os impactos.

9.2.2 Transporte externo

O envio de amostras deve garantir a proteção da coletividade, dos profissionais da rede de transporte e dos técnicos à exposição a qualquer agente que possa estar presente na embalagem;

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Page 15: Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança

Sempre deve ser observada a temperatura em que a amostra deve ser transportada, a proteção solar durante o transporte e o acondicionamento adequado para impedir os derramamentos;

Os motoristas devem ser orientados sobre os riscos e os cuidados que devem ser seguidos e, em casos de acidente, devem estar disponíveis as seguintes informações sobre o responsável pelo envio da amostra na parte externa da embalagem externa (identificada com o símbolo de “RISCO BIOLÓGICO”) para que esta possa fornecer as informações sobre o conteúdo nas caixas:

1. Nome;

2. Destinatário;

3. Telefone;

4. Endereço.

Os tubos ou coletores identificados e etiquetados devem ser colocados em um saco plástico bem fechado. O saco com os tubos devem ser fixados no interior do isopor ou da caixa térmica com fita adesiva;

A embalagem externa para acondicionamento deve suportar manipulações bruscas e impactas (ex. caixa de isopor e, preferencialmente, as embalagens de segurança. O importante é que sejam isotérmicos, se requerido, higienizável e impermeável);

Deve-se garantir a contenção de todo material, principalmente líquido, dentro da embalagem interna, sem que ocorra o vazamento para a parte externa;

Os formulários de encaminhamento, as requisições e os relatórios devem ser colocados em sacos plásticos bem fechados, presos na parte interna das tampas das caixas ou isopor, evitando o contato com o gelo e a contaminação dos mesmos, se houver derramamento;

Após lacrar a caixa ou o isopor, anotar o destinatário; o remetente, seu endereço e telefone, além da identificação com o símbolo de “RISCO BIOLÓGICO”;

O gelo reciclável, utilizado para a conservação das amostras, deve ser usado com cuidado pelo risco de explosão. Para isso, não se deve vedá-la completamente. Identifica-se também a embalagem externa com símbolo de “GELO SECO”;

Envio de culturas de Mycobacterium tuberculosis

O tubo com a cultura do M. tuberculosis deve ter tampa de rosca, e ser à prova de vazamento;

Para o transporte, o tubo deverá ser envolvido com papel absorvente, suficiente para absorver o material e protegê-lo, em caso de acidente;

O tubo embalado deve ser colocado em um recipiente de paredes rígidas, à prova de vazamentos e inquebrável (de metal ou plástico), contendo as características da amostra;

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Page 16: Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança

Colocar este recipiente em outra embalagem de papelão, polietileno ou isopor, com a identificação do símbolo de “RISCO BIOLÓGICO”; além de:

Nome, telefone e endereço da pessoa que deve ser avisada em caso de acidente com a cultura;

O espaço da caixa deve ser preenchido com polibolha, algodão ou papel amassado, para evitar o movimento do recipiente contendo a cultura;

Colocar as requisições dentro de um saco plástico. Fechá-lo bem e fixá-lo na parte interna da tampa da caixa ou do isopor;

Fechar e vedar bem a caixa;

Enviar ao Laboratório em temperatura ambiente;

As mesmas orientações valem para os demais tipos de culturas.

9.2.2.1 Transporte de substâncias infecciosas e material biológico para fins de diagnóstico

Estas amostras devem ser transportadas pelos Correios e pelas companhias aéreas devidamente identificadas.

Devem ser embaladas em embalagens em três camadas;

Um recipiente impermeável à água, dentro do qual se encontra a amostra;

Um segundo recipiente impermeável contendo quantidade suficiente de material absorvente entre suas paredes e o primeiro recipiente para garantir a absorção, caso haja vazamento;

Uma embalagem externa, destinada a proteger a segunda contra os fatores externos, tais como impacto físico e a água, durante o transporte;

As embalagens devem conter um rótulo que identifique o conteúdo como substância infectante, o símbolo de “RISCO BIOLÓGICO”;

Uma cópia da documentação que contenha as informações sobre a amostra deve ser fixada na parte externa do segundo recipiente. Uma segunda cópia deve ser enviada para o laboratório de destino e a terceira cópia deve ficar em poder do remetente.

Todos os recipientes e os materiais das embalagens precisam ser resistentes às temperaturas extremamente baixas.

10. REGRAS GERAIS PARA CONTROLE DE AEROSSÓIS

Trabalhar sob contenção, utilizando equipamentos de proteção individual, dispositivos de segurança, como os copos das centrífugas, e a cabine de segurança biológica;

Evitar procedimentos que produza uma grande formação de aerossóis, como aqueles que são feitos sob agitação;

Aguardar alguns minutos antes de abrir equipamentos como ultra-som, centrífuga, vortex, liquidificador, blender, homogeneizador e outros que trabalham sob agitação;

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Page 17: Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança

O mesmo cuidado deve ser tomado quando abrir recipientes com amostras biológicas, amostras pulverizadas ou produtos químicos. Estes devem estar voltados para direção contrária ao rosto. Sempre como uso de equipamento de proteção;

Programar as áreas nas quais as atividades geram aerossóis com fluxo de ar direcionado para evitar o extravasamento para outras áreas;

Manipular substâncias químicas em capela de exaustão;

Evitar derramar ou borrifar soluções;

Pipetar com bastante cuidado;

Flambar alça de platina de forma adequada;

Não soprar, mesmo com pipetador automático, a ultima gota de cultivo ou substancia viva;

Não estender um inóculo sobre uma superfície áspera de ágar;

Usar algodão com desinfetante no local da inoculação em animais;

Adotar cuidados na manipulação de gaiolas de animais infectados e na autópsia dos animais;

Quando houver quebra de vidrarias com material biológico, espere assentar, cubra com papel toalha e só então, coloque o desinfetante;

Manter as garrafas, principalmente de produtos voláteis, e os tubos fechados;

Jamais usar vassoura para varrer. A varredura deve ser úmida. Fragmentos de vidros devem ser recolhidos com pinças ou pás plásticas e escovas. As vassouras só devem ser usadas nas lavagens de piso.

11. REGRAS GERAIS PARA DERRAMAMENTO SOBRE O CORPO, EM BANCADA, PISO E PAREDE

11.1 Derramamento de material biológico sobre o corpo

Remover a roupa contaminada;

Colocar a roupa contaminada em saco plástico com o símbolo do “Risco Biológico”;

Estas roupas não devem ser levadas para casa, mas autoclavadas ou imersas em solução de hipoclorito a 1-2% por 24 horas, no próprio laboratório;

Lavar cuidadosamente a área do corpo, atingida pelo derramamento, usando água e sabão, durante cinco minutos, pelo menos;

Os olhos atingidos por sangue ou outro material biológico deve ser lavado imediatamente com bastante água, utilizando-se lava-olho, durante 15 minutos;

Procurar atendimento médico;

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Page 18: Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança

Comunicar o ocorrido ao Responsável pela área;

Notificar o acidente;

Monitorar todo o pessoal envolvido no derramamento e limpeza, através e exames e acompanhamento médico;

11.2 Derramamento de material biológico em bancada, piso e parede

O responsável pelo derramamento deve adotar, imediatamente, as primeiras medidas de contenção.

11.2.1 Derramamento de material biológico classe de risco 2

Avisar os funcionários do laboratório e outros presentes ao derramamento;

Usar EPI´s – Jaleco de manga longa; luvas descartáveis; touca descartável; óculos de segurança ou protetor facial e máscara descartável;

Cobrir o derramamento com papel absorvente (toalha de papel);

Colocar sobre o papel absorvente e nas bordas do derramamento hipoclorito de sódio a 1-2 % (observar a concentração do desinfetante);

Aguardar 30 minutos;

Recolher o material absorvido e limpar o local com papel absorvente e o desinfetante;

Colocar as toalhas de papel e outros resíduos descartáveis em saco plástico autoclavável, identificado com o símbolo de Risco Biológico e com informações sobre:

1. O laboratório de origem;

2. O conteúdo;

3. Data

Encaminhar os resíduos para autoclavação antes do descarte final;

Após tal procedimento, solicitar do funcionário da higienização a limpeza de rotina no local;

Registrar o incidente.

11.2.2 Derramamento de material biológico classe de risco 3

Alertar os trabalhadores da área atingida e evacuar a área;

Isolar a área, fechando as portas;

Desligar o ar condicionado e ligar o exaustor, se houver;

Aguardar uma hora para proceder à limpeza;

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Page 19: Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança

O funcionário responsável pela limpeza deverá usar EPI composto por jaleco de manga longa descartável; luvas descartáveis; máscara descartável; touca descartável; óculos de segurança ou protetor facial;

Cobrir o derramamento com papel absorvente (toalha de papel);

Colocar sobre o papel absorvente e nas bordas do derramamento hipoclorito de sódio a 1 -2% (observar a concentração do desinfetante);

Aguardar 30 minutos;

Recolher o material absorvido em sacos plásticos identificados como material contaminado e encaminhar para a esterilização

Recolocar desinfetante no local e esperar mais 10 minutos

Esfregar a área com desinfetante e papel descartável ou pano limpo

Os panos devem ser esterilizados e limpar o local com papel absorvente e o desinfetante.

Colocar as toalhas de papel e outros resíduos descartáveis em saco plástico autoclavável, identificado com o símbolo de "Risco Biológico” e com informações sobre:

1. O laboratório de origem;

2. O conteúdo;

3. Data.

Encaminhar para autoclavação antes do descarte final;

Após tal procedimento solicitar ao funcionário da higienização a limpeza de rotina no local;

Registrar o acidente.

11.2.3 Derramamento envolvendo vidro quebrado

Todo vidro quebrado deve ser recolhido com uma pinça. Jamais utilizar as mãos;

Descartar os vidros em coletor específico para perfurocortante;

No caso de culturas quebradas ou outro conteúdo infectante, proceder inicialmente à descontaminação do material com hipoclorito de sódio a 1-2% ou solução de álcool etílico a 70%, por 30 minutos;

Proceder, então, à coleta dos pedaços de vidro com uma pinça ou uma pá plástica e uma escova;

Todo o material utilizado na limpeza deve ser descontaminado após o uso por autoclavação.

11.2.4 Derramamento de produtos químicos

Cobrir a área com papel absorvente, areia ou substância granulada quimicamente inerte;

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Page 20: Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança

Ligar o exaustor;

Acondicionar os resíduos produzidos em recipiente adequado e descartar conforme estabelecido no PGRSS (fase de atualização);

No caso de produtos tóxicos, inflamáveis e corrosivos, evacuar o laboratório e seguir os procedimentos de segurança e emergência.

12. REGRAS GERAIS PARA USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é de uso obrigatório nos laboratórios e em outras áreas que também oferecem riscos.

Devem ser disponibilizados para todos os profissionais expostos aos riscos biológicos, químicos, físicos, mecânicos e de acidentes, conforme a necessidade dos procedimentos executados, de forma a garantir a segurança do profissional.

È fundamental que sejam utilizados de forma adequada e escolhidos conforme os riscos específicos da atividade exercida.

O bom senso também é fundamental no uso e na escolha dos EPIs.As chefias das Unidades devem ser incentivadas a pesquisar e solicitar, juntamente com a

Unidade de Biossegurança os equipamentos que ofereçam melhor proteção aos profissionais da área.

O profissional deve ser sensível à necessidade de minimizar os riscos produzidos pelas atividades laboratoriais, para si próprio, para os colegas, os colaboradores, os usuários e a comunidade.

Nos laboratórios da Divisão de Biologia Médica e Divisão de Produtos os EPIs devem ser utilizados, conforme a necessidade dos procedimentos executados, de forma a garantir a segurança do profissional.

Os profissionais da área administrativa, visitantes, técnicos de manutenção e outras pessoas autorizadas devem portar o jaleco e quaisquer outros EPIs orientados pelos profissionais da área envolvida.

Os profissionais que apresentem ferimentos expostos, lesões exsudativas ou dermatites ativas, não devem ter contato ou manipular material ou equipamentos nos quais possa se contaminar se não for possível garantir a proteção adequada para sua segurança pessoal.

Se o funcionário apresentar dificuldades temporárias de saúde, as quais dificultem o uso de um equipamento de segurança, deve-se notificar a Saúde do Trabalhador. Se o problema persistir, deve-se avaliar a necessidade de remanejar este funcionário.

Os equipamentos de proteção individual devem apresentar o Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Os EPIs descartáveis, como luvas, máscaras e toucas não podem ser guardados ou reaproveitados após a execução dos procedimentos.

São de uso pessoal e intransferível.

Observe também a higienização regular dos EPIs e a lavagem das mãos após a sua

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Page 21: Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança

retirada.Os profissionais devem ser responsáveis pela higienização e manutenção dos seus EPIs e

pela solicitação da sua substituição, quando necessário.

12.1 Jaleco

Utilizado durante todos os procedimentos, para a proteção do corpo contra agentes biológicos e químicos. Confeccionado em algodão ou tecido não inflamável. Devem ser observados alguns cuidados no uso dos jalecos:

Deve ser confeccionado em tecido resistente à penetração de líquidos; com comprimento abaixo dos joelhos, mangas longas com punho sanfonado para melhor acomodação das luvas, que devem cobrir o punho para não expor a pele;

Deve ser usado abotoado e sem arregaçar as mangas;

O jaleco deve ser usado exclusiva e obrigatoriamente nas áreas laboratoriais. O funcionário não pode usá-lo no convívio, nas áreas administrativas ou na rua;

Nos laboratórios, além do jaleco, deve-se usar, preferencialmente, calças compridas ou vestes longas para a proteção das pernas;

Não se deve utilizar o jaleco da rotina interna do laboratório para o trabalho externo. Se houver necessidade de se deslocar, o funcionário deve utilizar um outro jaleco de tecido ou descartável;

Os jalecos utilizados nas áreas que possuem risco biológico devem ser lavados por empresas contratadas pelo LACEN/AL, quando este serviço estiver disponibilizado (conforme a NR 32, de 29/09/2005). Atualmente, devem ser colocados em sacos plásticos fechados e lavados separadamente das demais peças domésticas. Devem ser colocados em balde com solução de hipoclorito ou água sanitária a 1-2%, durante 10 minutos para descontaminação;

Se ocorrer respingo de sangue ou outra secreção, colocar sobre o local álcool a 70%, peróxido de hidrogênio (água oxigenada) de 3 a 6% para reduzir a contaminação e colocar imediatamente em saco plástico vedado;

Os jalecos devem ser lavados periodicamente ou quando forem atingidos por salpicos ou derramamentos após desinfecção em hipoclorito ou lavado em temperaturas superiores a 70ºC.

Os jalecos descartáveis devem ter uma gramatura superior a 50g/m2.

NOTA: Alguns materiais não tecidos dos jalecos descartáveis NÃO SÃO resistentes às chamas e, portanto, não devem ser usados próximo às faíscas, ao calor ou em locais sob risco de explosões.

12.2 Luvas

Utilizadas em trabalhos que envolvem riscos biológicos, químicos, físicos e mecânicos como forma de isolamento e proteção. No caso dos materiais biológicos, usar durante a coleta, manuseio e acondicionamento. Pode ser de procedimento, cirúrgica, em látex.

As mãos devem ser lavadas com água e sabão e enxutas antes e após a retirada das luvas.

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Page 22: Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança

Devem ser trocadas após contato com material biológico e entre os procedimentos para evitar a transferência de microorganismos para as mãos.

1. Luvas de procedimentos, uso cirúrgico ou outros materiais não estéreis e descartáveis se prestam à manipulação de materiais infectantes, mas não têm resistência para os agentes físicos e químicos;

2. Luvas grossas de borracha antiderrapante para manipulação de resíduos, lavagem de material ou procedimentos de limpeza. Devem ser descontaminadas após o uso. Devem ser descartadas se apresentarem cortes ou danos;

3. Luvas de nitrila para o trabalho com produtos químicos (ácidos e bases);

4. Luvas de proteção térmica, resistentes às temperaturas extremas altas e baixas. Podem ser reutilizadas;

5. Luvas estéreis são para procedimentos invasivos e assépticos.

Devem ser observados alguns cuidados no uso das luvas:

As mãos devem estar lavadas com água e sabão e enxutas antes e após a retirada das luvas;

Os ferimentos devem estar cobertos com curativo e a mão protegida com dois pares de luva;

As luvas devem ser do tamanho correto e estar bem ajustadas à mão;

Se houver necessidade, utilizar dois pares de luva;

É vedado abrir portas com as mãos enluvadas. Utilizar os cotovelos para as portas com maçaneta especial;

É vedado atender ao telefone; usar computadores, abrir torneiras e tocar os objetos usando luvas. Se houver necessidade calce uma luva plástica e descarte-a em seguida.

NOTA: Observar se o profissional não apresenta alergia ao látex.

12.3 Máscaras e respiradores

Utilizados para a proteção das vias respiratórias, contra a entrada de agentes patógenos. São de uso obrigatório, durante o trabalho com agentes patógenos e produtos químicos.

As máscaras e os respiradores devem ser escolhidos em função da atividade realizada e da capacidade de filtração dos aerossóis gerados durante o trabalho.

Os filtros da série P (P100, P99, P95) não têm limite de uso. Para qualquer filtro o tempo de serviço será limitado às condições de higiene. E saturação.

As máscaras cirúrgicas devem ter um filtro bacteriano de até 5 micras de diâmetro.

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As máscaras N95 têm a capacidade de filtrar partículas menores do que 3 micras e devem ser obrigatórias nos procedimentos com amostras suspeitas da presença do Mycobacterium tuberculosis em nos procedimentos de coleta de pacientes infectados ou suspeitos.

Devem ser confortáveis; ter boa adaptação ao rosto, ter boa capacidade de filtração: duas camadas e um filtro intermediário; permitir a respiração normal; não irritar a pele; não embaçar o protetor ocular e não ter odor.

Devem ser observados alguns cuidados no uso das máscaras:

Conduzir os trabalhos de forma a minimizar a geração de aerossóis e respingos;

Utilizar adequadamente os mecanismos de contenção, como a cabine de segurança biológica;

Não puxar a máscara pelo pescoço após o procedimento;

Não guardar as máscaras nos bolsos ou gavetas;

Não reutilizar as máscaras descartáveis;

Não permanecer além de uma hora com as máscaras descartáveis;

Trocar a máscara, sempre que sentir que ela está umedecida;

Não tocar na máscara após sua colocação;

Trocar a máscara, sempre que espirrar ou tossir;

Não permanecer com a máscara após o uso, pendurada no pescoço;

Não reaproveitar ou lavar máscaras descartáveis;

Descartá-la, após o uso, no recipiente apropriado.

12.4 Toucas ou gorros

Utilizadas para a proteção dos cabelos da contaminação por aerossóis, salpicos e produtos químicos. São confeccionados em não tecido.

Devem ser observados alguns cuidados no uso das toucas:

O cabelo deve estar preso;

A touca deve cobrir todo o cabelo.

As orelhas devem estar cobertas pela touca.

Os brincos não devem ser usados no laboratório.

Para retirar a touca, puxe-a pela parte superior central e descarte-a no recipiente apropriado;

Devem ser trocadas, sempre que necessário, durante o procedimento.

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12.5 Óculos de proteção e escudo facial

Utilizados para a proteção dos olhos durante os procedimentos que podem produzir salpicos, derramamentos e aerossóis em grandes quantidades, como nos Laboratórios de Imunologia, Virologia, Biologia Molecular, Microbiologia; Micobacteriologia.

Também protegem da exposição química, além das fontes luminosas intensas e eletromagnéticas, como nas Unidades que trabalham com lâmpadas germicidas ultravioleta, laser, raios X e radiação térmica. O risco de impactos também é contido pelo uso dos escudos e óculos.

Devem ser resistentes aos líquidos; fácil colocação; duráveis, resistentes; devem proteger as laterais da face; ter boa vedação periférica e boa adaptação ao rosto, garantindo, inclusive, o uso de óculos de grau.

Devem ser observados alguns cuidados no uso dos dispositivos de proteção para a face e os olhos:

Devem ser higienizados com água e sabão regularmente;

Se houver sangue ou secreção, após a lavagem com água e sabão, deve-se fazer a desinfecção com hipoclorito a 1% ou água oxigenada de 3 a 6%;

Utilizar os EPIs adequados para efetuar a higienização

12.6 Protetores, abafadores e plugues auriculares

Utilizados nas áreas desenvolvidos em áreas de exposição a intensidade de sons prejudiciais á saúde e que possam acarretar danos à audição.

12.7 Sapatilhas ou pro-pés

Devem ser confeccionados em não tecido e não substituem os sapatos fechados, durante o trabalho nos laboratórios.

12.8 Sapatos

Os sapatos devem ser fechados e impermeáveis. É proibido o uso de sapatos que deixem os artelhos à mostra nos laboratórios e nas áreas que apresentem riscos mecânicos e físicos e se trabalhe com grandes volumes de água.

13. REGRAS GERAIS PARA USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

13.1 Cabine de segurança biológica – Csb

Utilizada como barreira de proteção primária para evitar a fuga dos aerossóis durante os procedimentos com patógenos.

Protege o profissional, o experimento e o meio ambiente. Utilizada principalmente nos laboratórios clínicos e microbiológicos.

É o principal meio de contenção, evitando a fuga de aerossóis infectantes.

São três os tipos de cabine:

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Classe I;

Classe II-A, B1, B2 e B3;

Classe III.

A Cabine de segurança biológica classe II B 2

Oferece proteção contra os produtos químicos, radionuclídeos e os agentes biológicos enquadrados no nível de Biossegurança NB3.

Protegem também o produto ou o experimento realizado no interior da cabine dos contaminantes existentes no local onde ela está instalada e da contaminação cruzada no interior da cabine.

A cabine é dotada de filtro absoluto (HEPA), com eficiência de filtragem e exaustão do ar de 99,99% a 100%. Todo o ar que entra na cabine e o que é exaurido para o exterior passam previamente pelo filtro HEPA. Não há recirculação de fluxo de ar, a exaustão é total. A cabine tem pressão negativa em relação ao local onde está instalada, pela diferença entre o insuflamento do ar no interior da cabine e sua exaustão.

Uso da Csb

Fechar as portas do laboratório;

Evitar a circulação de pessoas no laboratório durante o uso da cabine;

Ligar a cabine e a luz UV 10 a 15 minutos antes de seu uso;

É importante registrar o tempo de uso das lâmpadas. Seu uso prolongado não melhora a esterilização e danifica o material e a estrutura da cabine;

Retirar todas as pessoas do laboratório durante este tempo;

Descontaminar a superfície interior com gaze estéril embebida em álcool etílico ou isopropílico a 70%;

Lavar as mãos e antebraços com água e sabão e secar com papel toalha;

Usar jaleco, luvas, máscara, gorro e pro-pé (este, quando necessário);

Colocar os equipamentos, meios de cultura, vidraria, etc, no plano da área de trabalho;

Limpar todos os objetos antes de introduzi-los na cabine;

Evtar a mistura de materiais limpos e contaminados

Minimizar os movimentos no interior da cabine;

Colocar os recipientes para descarte de material no fundo da área de trabalho ou nas laterais;

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Se possível utilizar incinerador elétrico ou microqueimador automático (o uso da chama do bico de Bunsen pode danificar o filtro HEPA e interromper o fluxo laminar de ar, causando turbulência);

Usar pipetador automático;

Realizar os procedimentos no centro da área de trabalho; Interromper as atividades no interior da cabine enquanto centrífugas, misturadores,

homogeinadores ou outros equipamentos estiverem ligados;

Limpar a cabine, ao fim do trabalho com gaze embebida em álcool etílico ou isopropílico a 70%;

Deixar a cabine ligada 10 a 15 minutos, antes de desligá-la. Sinalize que a lâmpada UV está ligada e proibida a entrada de pessoas no laboratório.

Recomendações

Não introduzir no interior objetos que causem turbulência;

Não coloque na cabine objetos poluentes: madeira, papelão, lápis, borracha;

Evite tossir ou espirrar voltado para a área estéril (usar máscara);

Evite guardar objetos ou equipamentos dentro da cabine, mantendo as grelhas desobstruídas;

Não faça gestos bruscos ou movimentos rápidos na área de trabalho;

Evite fontes de calor no interior da cabine;

Não coloque recipientes para descarte de material no chão, carrinhos ou mesas ao lado da cabine de segurança;

Não coloque papéis presos ao escudo da de vidro ou acrílico da cabine, para que a visão esteja desimpedida e dificulte a intensidade da luz. Pode aumentar também, o risco de contaminação;

Fazer a contagem de tempo de uso da cabine para fim de manutenção e trocado filtro HEPA. O uso da lâmpada UV também será registrado para orientar a troca deste dispositivo de segurança. Seu tempo não deve exceder a 3000 horas;

A manutenção deve ser feita por pessoal qualificado, com a presença de profissional operador que prestará as informações necessárias sobre os agentes biológicos manipulados no seu interior;

A cabine deve ser descontaminada antes da troca dos filtros e depois da manutenção dos motores e ventiladores. O pré-filtro é facilmente trocado, mas é necessário o uso de luvas, máscara e roupa adequada;

O filtro absoluto deve ser trocado por pessoal especializado e descartado como material contaminado;

Jamais coloque a cabeça na zona estéril;

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Page 27: Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança

Evite a projeção de líquidos e sólidos contra o filtro.

13.2 Cabine de fluxo laminar horizontal

Utilizada principalmente para o preparo de meios de cultura e de soluções estéreis; acondicionamento em meio estéril e testes de esterilidade.

Protege apenas o procedimento. A área de trabalho é diretamente em frente ao filtro HEPA. Não é recomendada para trabalhos com risco químico ou biológico.

13.3 Capela de exaustão química

Utilizada para o manuseio de substâncias químicas.

O fluxo do ar ambiental não pode causar turbulências e correntes, para não apresentar perigo de inalação e contaminação do profissional e do ambiente.

13.4 Chuveiro de emergência

Utilizado em acidentes que envolvem o lançamento de uma grande quantidade de substâncias químicas sobre o profissional.

O local de instalação deve ser de fácil acesso.

Deverá ter aproximadamente 30 cm de diâmetro.

O jato de água deve ser forte para possibilitar a retirada imediata da substância e reduzindo os danos para a saúde do trabalhador. A alavanca que aciona o jato de água deve estar à altura de qualquer pessoa. Poderá ser acionado por alavancas de mão, cotovelos ou joelhos.

O funcionamento deve sofrer manutenção constante, com o devido registro.

13.5 Lava-olhos ou duchas

Utilizado em caso de acidentes na mucosa ocular. O jato de água forte e direcionado aos olhos, para a remoção imediata da substância. O funcionamento deve ser vistoriado e registrado.

Pode estar acoplado ao chuveiro de emergência. 13.6 Extintores de incêndio

São três os tipos de extintores usados em laboratório, classificados conforme o tipo de fogo que se vai apagar.

1. Extintor de água (mangueira) indicado para apagar fogo em papel e madeira.

2. Extintor de dióxido de carbono ou extintor de pó químico seco ou extintor de espuma, indicado para apagar fogo em líquidos ou gases inflamáveis.

3. Extintor de dióxido de carbono ou extintor de pó químico seco para fogo em equipamentos elétricos.

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13.7 Balde com areia ou absorvente granulado

Para a contenção de derramamentos químicos, em pisos e bancadas. Impedem que o extravasamento para outras áreas, mas devem ser descartados adequadamente, como resíduos químicos, conforme o PGRSS (fase de atualização).

13.8 Luz ultravioleta

São lâmpadas germicidas; o comprimento de onda é de 240nm. O tempo médio de uso é de 3000 horas e seu tempo de uso não deve exceder a 15 minutos.

As lâmpadas de UV, atualmente, não são recomendadas para a descontaminação de bancadas.

O Vírus HIV não é suscetível à radiação gama ou à radiação por luz ultravioleta.

13.9 Pincetas com álcool 70% ou hipoclorito a 1% (preparado no dia)

Todos os laboratórios, área de coleta e outros que manipulam agentes biológicos devem ter disponíveis estes desinfetantes, em casos de acidentes e para abrir recipientes, que contenham amostras biológicas (envolver o recipiente com a gaze ou algodão embebido no produto).

13.10 Kit de limpeza para derramamentos biológicos e químicos

Composto por jaleco descartável, luvas, máscara, máscara contra gases, óculos de proteção ou protetor facial, bota de borracha, touca, pinças para os fragmentos de vidro, pás plásticas, baldes, bicarbonato de sódio para neutralizar ácidos, areia para cobrir os álcalis, desinfetante, sacos plásticos, saco para autoclave, escova e, etiquetas de identificação.

Para ser usado em casos de derramamentos químicos e quebra de materiais contaminados.

13.11 Kit de primeiros socorros

Composto por:

Materiais:

Luvas de procedimentos;

Gaze esterilizada;

Algodão

Esparadrapo;

Sabonete neutro;

Bandeja;

Tesoura reta

Pinça;

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Termômetro clínico;

Bolsa de água;

Atadura de crepom;

Atadura de gaze;

Tala de papelão de 10 cm de largura;

Garrote de borracha.

Medicamentos:

Administração via oral

Analgésicos

Antiespasmódicos

Tópicos

Éter

Álcool iodado a 2%

Soro fisiológico

14. LAVAGEM DAS MÃOS

A lavagem de mãos é um eficiente fator de minimização do risco de transmissão dos microorganismos no ambiente laboratorial. É um procedimento simples, mas que precisa ser realizado de forma adequada.

A flora microbiana da pele é constituída pelos microorganismos residentes e transitórios e se distribuem qualitativa e quantitativamente nos diferentes locais do corpo e da população bacteriana existente. As bactérias mais encontradas são a gram-positivas. Nas mãos, as bactérias se acumulam em maior quantidade sob as unhas e em torno delas. Os microorganismos da flora transitória são eliminados facilmente, pois são mais superficiais. Mas também estão presentes as bactérias gram-negativas e os estafilococos, mais freqüentemente causadores de infecções.

Os cortes e as ranhuras na pele dos dedos possibilitam a entrada dos germes. Deve-se cobrir com um curativo antes do calçamento das luvas, quando for indicado.

As unhas devem ser curtas e limpas regularmente limpas. Os adornos e bijuterias: anéis, alianças e relógios e pulseiras não devem ser usadas nos laboratórios, pois podem acumular resíduos e os microorganismos nas suas reentrâncias e também rasgar as luvas.

A lavagem elimina a sujeira visível ou não e todos os microorganismos que se aderem á pele durante o desenvolvimento das atividades, mesmo com a mão enluvada.

Deve existir uma pia exclusiva para a lavagem das mãos, provida de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual, situada em local estratégico, nos locais onde exista a possibilidade de exposição ao agente

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biológico.NOTA: O LACEN/AL deve providenciar o abastecimento/fornecimento constante e regular de água de qualidade, que deve ser analisada periodicamente pela área de Produtos.

14.1 Técnica de Lavagem

É o ato de lavar as mãos com água e sabão, para remover as bactérias transitórias e algumas residentes, assim como as células descamativas, pêlos, suores, sujidades e oleosidade da pele. O uso das luvas não dispensa a lavagem das mãos.

A lavagem das mãos deve ser realizada:

Sempre após a retirada dos EPIs.

Após a retirada das luvas, ao término dos procedimentos.

Quando tocar superfícies e objetos no ambiente de trabalho.

Após manusear guias, solicitações de exames, principalmente, aquelas que apresentem manchas.

Procedimento de lavagem das mãos:

Retirar anéis, relógios e pulseiras (se for de área administrativa);

Colocar-se junto à pia exclusiva para a lavagem das mãos;

Abrir a torneira com a mão não dominante e molhar as mãos sem encostar-se à pia;

Colocar dois a quatro ml de sabão líquido na palma da mão;

Ensaboar e friccionar por cerca de 15 a 30 segundos atingindo: a palma das mãos as mãos, o dorso das mãos; os espaços entre os dedos, o polegar, as articulações, as unhas e pontas dos dedos e os punhos;

Enxugar as mãos, em água corrente, retirando totalmente o resíduo da espuma e do sabão;

Enxugar com papel toalha, utilizando duas folhas;

Fechar a torneira com o papel toalha utilizado para enxugar as mãos, caso não seja acionada por pedal, cotovelo ou fotossensível.

15. CLASSES DE RISCOS DOS AGENTES BIOLÓGICOS E NÌVEIS DE BIOSSEGURANÇA

As providências adotadas nas situações de emergência exigem o conhecimento do grau do perigo dos agentes biológicos envolvidos. Os microorganismos patogênicos são classificados em quatro grupos de risco:

15.1 Classes de riscopericulosidade

Classe de Risco 1: Risco individual e comunitário baixo ou ausente.

Classe de Risco 2: Risco individual moderado e risco comunitário baixo.

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Classe de Risco 3: Risco individual elevado e limitado risco comunitário.

Classe de Risco 4: Risco individual e comunitário elevado.

15.2 Classificação dos agentes biológicos em níveis de biossegurança, com base no risco

Nível 1: Nunca foram descritos como causadores de doenças em adultos sadios e não constituem risco para o meio ambiente. Exemplo: Bacillus cereus, Lactobacillus spp.

Nível 2: Estes agentes patogênicos podem provocar moléstias humanas e animais, porém têm poucas probabilidades de causar perigo grave para os funcionários do laboratório e para a comunidade, animais domésticos ou para o meio ambiente.

As infecções adquiridas no laboratório podem ser graves, mas existem medidas profiláticas e de tratamento eficazes. O que limita o risco de propagação.

São transmitidas através de lesão percutânea, ingestão ou exposição da mucosa. Exemplo: Bacilo Calmette Guerin (BCG), Bactérias enteropatogênicas, Escherichia, Salmonella, Vibrio, Neisseria, Bordetella; Schistosoma mansoni, Ancylostoma, Ascaris, Wucheria; Aspergillus spp, Cândida, Microsporum spp; Plasmodium, Leishmania sp, Plasmodium sp, Trypanosoma sp, Adenovírus, Citomegalovírus, dengue, enterovírus, hepatite A, B, C, G, Pólio.

Nível 3: Os agentes deste grupo provocam moléstias humanas graves e até fatais, mas que as pessoas contaminadas não infectam as outras.

Estes agentes exóticos são transmitidos através dos aerossóis. Exemplo: Mycobacterium tuberculosis, Yersinia, Brucella sp; Histoplasma sp, Rickétsia sp; HIV, Vírus da Raiva.

Nível 4: Os agentes deste grupo são exóticos ou perigosos e provocam doenças nos homens e nos animais com ameaça à vida.

Os profissionais de laboratório correm sério risco. Os agentes podem se propagar facilmente de uma pessoa para outra direta ou indiretamente.

As infecções laboratoriais são transmitidas via aerossol ou relacionadas a agentes com risco desconhecido de transmissão. Exemplo: Vírus Ebola, Lassa, Machup, Marburg.

16. SAÚDE OCUPACIONAL E VEICULAÇÃO DE PATÓGENOS

Os cuidados com os materiais perfurocortantes, já mencionados no item referente à conduta do profissional no laboratório, têm o objetivo de prevenir os acidentes durante a o seu uso, manipulação, limpeza e descarte e evitar a transmissão de agentes patógenos.

No ambiente laboratorial a transmissão ocorre por via aérea, exposição sangüínea e a líquidos corporais e por contato.

A lavagem das mãos é a principal medida de contenção na transmissão dos microorganismos.

16.1 Transmissão através da via aérea ou respiratória

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A transmissão dos microorganismos se dá através das gotículas ou dos aerossóis. As gotículas contaminam através da fala, dos espirros e tosse e procedimentos de aspiração de secreções.

As gotículas maiores de 5 micras podem atingir até um metro e rapidamente se depositam no chão. Exemplo: Gripe, Doença Meningocócica, Difteria, Caxumba, Coqueluche e Rubéola.

A Transmissão por aerossóis ocorre por partículas eliminadas durante a respiração, fala, tosse, espirro ou procedimentos laboratoriais que gerem aerossóis.

Os aerossóis ressecados podem permanecer por horas, atingindo outras áreas e ser carregadas pelas correntes de ar. Exemplo: Tuberculose, Sarampo e Varicela.

A tuberculose é um grande problema de saúde pública mundial, agravado pelo surgimento da síndrome da Imunodeficiência adquirida (AIDS). A tuberculose é uma causa freqüente de morbidade entre os pacientes com AIDS.

16.2 Transmissão por exposição a sangue e a outros fluidos corpóreos

Ocorre pela exposição de pele não íntegra ou mucosa a estes agentes biológicos. Exemplo HIV, Vírus da hepatite B, Vírus da hepatite C, Malária, HTVL I e II, Treponema pallidum e Tripanossoma cruzii.

O risco da infecção varia conforme o microorganismo envolvido e a gravidade da exposição.

A forma mais comum de exposição é a via percutânea com agulha.

O risco de transmissão da Hepatite B ocupacional pode ser bastante reduzido com a vacinação.

O risco de aquisição de HIV ocupacional é bem menor do que o HBV ou HBC, mas a doença ainda não tem cura.

Também não existe vacina. A aquisição do HIV pós-acidente vai depender de fatores tais como, a quantidade de sangue transferida durante o acidente e o estágio terminal da infecção do paciente fonte.

Em acidentes com material perfurocortante, o risco é estimado em 0,3% e após exposição mucocutânea, em 0,03%.

O risco de transmissão da Hepatite B por uma única agulhada pode variar de 6 a 30%.

A possibilidade de transmissão percutânea doa Hepatite C pode variar de 3 a 10%.

NOTA: Os profissionais que manipulam retrovírus (HIV, SIV, HTLV), em laboratório, devem manter amostras de soro para teste sorológico, com periodicidade de seis meses.

Os profissionais da limpeza devem ser informados dos riscos e das medidas preventivas.

Trabalhador e a Unidade de Biossegurança e no livro de registro da área envolvida.

Os responsáveis técnicos destas áreas devem identificar as falhas que levaram ao acidente e adotar as medidas administrativas e técnicas preventivas e corretivas.

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16.3 Transmissão através de contato

O contato com o agente se dá pela exposição da pele e mucosas com amostras biológicas, e superfícies, artigos ou equipamentos contaminados.

Através destas vias o profissional pode adquirir e transmitir doenças para seus colegas, seus familiares e para a comunidade. Por isso é importante o conhecimento e a adoção de práticas seguras, do cumprimento dos programas de vacinação e dos exames admissional e periódicos orientados pela Saúde do Trabalhador.

O profissional deve ter acesso às informações sobre os riscos inerentes a sua atividade; ter garantida a oferta dos equipamentos de segurança necessários e a instituição de medidas preventivas e corretivas.

A assistência, em casos de exposições ou doenças ocupacionais também é fundamental para o profissional. A adoção das medidas de proteção individual e coletiva é imprescindível para a prevenção das doenças entre os profissionais.

Deve-se ressaltar que todo o acidente e incidente de trabalho deve ser notificado à Saúde do Trabalhador, à Biossegurança e ao responsável da área envolvida. As providências adotadas devem ser avaliadas, posteriormente. As medidas preventivas, se insuficientes, devem ser melhoradas.

17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSAD, Carla, Costa, Glória, Bahia, Sérgio Rodrigues. Manual de Higienização de Estabelecimentos de saúde e Gestão de seus Resíduos de Saúde. Rio de Janeiro: IBAM/COMLURB, 2001

BÁO, Sônia Nair. Cartilha de Segurança para o Campo e Laboratório – Programa Especial de Treinamento do CEL/UnB

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1985, de 25 de outubro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico MERCOSUL para Transporte no MERCOSUL de Substâncias Infecciosas e Amostras para Diagnóstico, no MERCOSUL. D.O.U. da República Federativa do Brasil. Brasília, 06 de novembro de 2001

________________________ Portaria nº 597/GM, de 08 de abril de 2004. Institui, em todo o território nacional, os calendários de vacinação. D.O.U. da República Federativa do Brasil. Brasília, de 12 de abril de 2004, nº 69, seção 1, página 46

________________________ Resolução RDC ANVISA nº 302, de 13 de outubro de 2005. Dispõe sobre Regulamento Técnico para Funcionamento de Laboratórios Clínicos.

________________________ ANVISA. Curso Básico de Controle de Infecção Hospitalar – Caderno C. Métodos de Proteção Antiinfecciosa. Ministério da Saúde, 2000

________________________ Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de Microbiologia. 43ª edição em português revista e atualizada – Brasília: Ministério da Saúde, 2005

BRASIL, Ministério do Trabalho e do Emprego. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005.

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Page 34: Manual de Normas e Procedimentos de Biossegurança

Aprova a portaria nº 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. D. O. U. da República Federativa do Brasil. Brasília, de 16 de novembro de 2005 – Seção 1

DOMINGUES, Pedro, Simões, Mário. Segurança Laboratorial do departamento de Química da Universidade de Aveiros, Portugal, 2002File://A:/ ROTINADELIMPEZA.htm, acessado em 23 de setembro de 2006

LANGENBACH, Tomaz e colaboradores. Manual de Normas e Condutas em Biossegurança do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Manual de Biossegurança dos Ambulatórios da Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade católica do rio Grande do Sul. Comissão de Biossegurança. Segunda edição revisada, 2006Manual de Biossegurança, parte II, Unidades de Saúde. DIVISA, 2001

Manual de Biossegurança – Laboratório de Hemoglobina e Genética das Doenças Hematológicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Campus de São José do Rio Preto

Manual de Orientações para Coleta, Preparo e Transporte de Material Biológico. Laboratório Central de saúde Pública de Santa Catarina. Atualizado em junho de 2006

Manual de Segurança para proteção Química, Microbiológica e Radiológica do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista

01-1001-NOR-015. Norma de Biossegurança do LACEN/BA, 2006

OPPERMANN, Carla Maria, Pires, Lia Capsi. Manual de Biossegurança para Serviços de Saúde. – Porto Alegre: PMPA/SMS/CGVS, janeiro de 2003

18. HISTÓRICO DAS REVISÕES

Ano Revisão Item Data Descrição

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