Manual de Psicologia Hospitalar - Resumo-libre

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    Enviado por douglaspsico, agosto 2013 | 31 Pginas (7615 Palavras) | 24 Consultas| | |manual de psicologia hospitalar

    SIMONETTI, Alfredo. Manual de psicologia hospitalar o mapa da doena.So Paulo: Casa do Psiclogo, 2004. 201p. IntroduoEste livro um mapa que visa orientar o psiclogo na cena hospitalar. Foiescrito em forma de manual e, nessa condio, apre senta as noesfundamentais de psicologia hospitalar, prope um mtodo de trabalho para opsiclogo e define seu objetivo que , nem mais nem menos, o de ajudar opaciente a atravessar a experincia do adoecimento.O Manual pretende ser til tanto para o psiclogo que est iniciando suacaminhada neste novo campo profissional como para aquele que, embora jtrabalhe em hospital h algum tempo, tenha o desejo de melhor sistematizaratizar seus conhecimentos e sua experinciaO livro se encontra dividido em duas partes: o DIAGNSTICO, que d umaviso panormica do que esta acontecendo em torno da daena e da pessoaadoentada - ensina a olhar, por assim dizer - e a TERAPUTICA, que a artede fazer algo til_ diante da pessoa adoentada, ou seja, o trabalho clnicopropriamente dito, com suas strategias e tcnicas; ensinar a fazer; se sepode dizer assim.A primeira parte, dedicada ao DIAGNSTICO, apresenta uma brevediscusso sobre a importncia do diagnostico em medicina e em psicologia.Longe de ser apenas um rtulo, o diagnstico uma espcie de "estrela_ do--norte", aquela que orientava os antigosnavegantes quando ainda no existia a bssola, sem o qual o psic logo correo risco de ficar perdido, sem rumo na imensido do hospital. Em seguida vemurna abordagem dos quatro eixos que compem o DIAGNSTICO:diagnstico reacional, que estabelece o modo como a pessoa esta rea indo adoena; diagnstico mdico, um sumrio de sua condio clnica; diagnsticosituacional, que a anlise das diversas reas da vida do paciente; e por fim odiagnsti co transferencial, que estuda as relaes que o sujeito estabelece apartir_ do adoecimento. Esses eixos so maneiras diferentes e com-plementares de abordar a doena e possuem a vantagem de identifi carsituaes-alvo para a teraputica, alm de organizar o pensa mento dopsiclogo sobre o paciente. De cada eixo apresentamos unia clara definioconceitual, seus fundamentos tericos e exemplos colhidos na prtica clnica.No inventamos esses eixos, que na verdade so criaes de autoresclssicos da psicologia e da psican lise, o mrito do Manual residindo emorganiz-los de fornia que o psiclogo possa utiliza-los com facilidade.A segunda parte, que trata da 'TERAPUTICA, busca responder a seguintequesto: o que faz um psiclogo no hospital? De monstra que o psiclogoefetivamente faz alguma coisa, e que essa coisa importante porque abreespao para a subjetividade da pessoa adoentada, porque influ no curso da

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    espao para a subjetividade da pessoa adoentada, porque influ no curso dadoena,porque modifica a vivncia Que o paciente, os mdicos e a famlia tm daprprio doente e mais: este. trabalho que o psiclogo realiza diante da doenalhe especfico, ou seja, alm dele nenhum outro profissional da rea dasade foi treinado para isso.Essa tal coisa que o psiclogo faz chama-se "tratamento psicolgico", que,segundo Freud " o cuidado que qualquer indivduo presta a outro a partir desua presena em pessoa".Um apndice, ao final do livro, trata da questo dos remdios em psicologiahospitalar: o que o psiclogo hospitalar precisa conhecer sobre remdios emgeral, e o porqu. O remdio um mundo. Saber caminhar nesse mundo,deixar de sentir-se "urn estranho no ninho", aprenda perguntar e a ouvir sobreremdios, ter noo de onde buscar as informaes quando delas precisar,poder acompanhar a fala do paciente quando ele se referir aos remdios,conhecer sumariamente os principais tipos de remdios, reconhecer a funodos remdios na subjetividade dos pacientes e desenvolver uma viso crticado remdio como sintoma da modernidade so algumas competncias degrande valia para o psiclogo no momento em que ele resolve praticar sua arteem um local em que remdio parte fundamental: o hospital.O livro apresenta ainda, ao final de cada tpico, um quadro com um resumodas; principais informaes. Esse quadro permite que, em uma segundaleitura, o leitor possa consultar o tema que, lhe interesse naquele momento demaneira mais rpida e objetivaO que a Psicologia Hospitalar?Psicologia hospitalar o campo de entendimento & tratamento dos aspectospsicolgicos em torno do adoecimento. O adoecimento se d quando o sujeitohumano, carregado de subjetivi dade, esbarra em um "real", de naturezapatolgica, denominado "doena", presente em seu prprio corpo, produzindouma infinidade de aspectos psicolgicos que podem se evidenciar nopaciente, na fa mlia, ou na equipe de profissionais. Trata-se de um conceito depsico logia hospitalar bastante amplo e que merece alguns comentrios.Ao apontar como objeto da psicologia hospitalar os aspectos psicolgicos, eno as causas psicolgicas, tal conceito se liberta da equivocada disputasobre a causao psicognica versus causao orgnica das doenas. Apsicologia hospitalar no trata apenas das doenas com causas psquicas,classicamente denominadas "psicossomticas", mas sim dos aspectospsicolgicos de toda e qualquer doena. Enfatizemos: toda doena apresentaaspectos psicol gicos, toda doena encontra-se repleta de subjetividade, epor isso pode se beneficiar do trabalho da psicologia hospitalar.Atualmente, tanto a medicina como a psicologia aceitam que a doena umfenmeno bastante complexo, comportando vrias di menses: biolgica,psicolgica ecultural. Porm, quantificar e de terminar exatamente qual a contribuio decada urna destas dimenses outra questo, que alis no cabe psicologiahospitalar res ponder, at porque isso no possvel com os conhecimentoscientficos atuais. Alm disso seria um erro estratgico grosseiro o psic logohospitalar perder-se nessa disputa. Situar as coisas em termos de causaspsquicas versus causas orgnicas uma caracterstica do pensamentomdico, verdadeira armadilha epistemolgica para o psiclogo, que no deveincorrer em tal erro, pois o psquico tem bem orgnico e vice-versa (Moretto,1983). A psicologia hospita lar enfatiza a parte psquica, mas no diz que aoutra parte no e importante> pelo contrrio, _ perguntar sempre qual a

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    reao psqui ca diante dessa realidade orgnica, qual a posio do sujeitodiante desse "real" da doena, e disso far seu material de trabalho.Aspecto, psicolgico o nome que damos para as manifesta es dasubjetividade humana diante da doena, tais como senti mentos, desejos, afala, os pensamentos e comportamentos, as fanta sias e lembranas, ascrenas, os sonhos, os conflitos, o estilo de vida e o estilo de adoecer. Essesaspectos esto por toda a parte, como uma atmosfera a envolver a doena,transmutando-a em adoecimento, e, dependendo do caso, podem aparecercomo causa da doena, como desencadeador do processopatognico, como agra vante do quadro clnico, como fator de manuteno doadoecimento, ou ainda como conseqncia desse adoecimento, conformeilustra do na figura abaixo.

    A idia de um aspecto psicolgico atuando como causa de uma doenaorgnica o: prprio campo da psicossomtica, que tem de monstradocabalmente a influncia da mente sobre corpo, o que implica as emoes, osconflitos psquicos e o estresse como respons veis duetos pela etiopatogeniade diversas doenas, como a lcera duodenal, a hipertenso, a artrite, acoliteulcerativa, o hipertireoidismo, a neurodermatite e a asma. Se por um lado ainfluncia do psiquismo no somtico indiscutvel, a ponto de existiratualmente a noo de que "toda doena psicossomtica" (Botega, 2001)_por outro no e fcil demonstrar, de maneira inequvoca, que' tal influncia seda pre cisamente como causa, e no como outra forma de influncia.Cabe notar aqui que a psicologia hospitalar e a psicossomtica so camposconceituais que no se recobrem de forma completa; a primeira compartilhacom a segunda o trabalho de identificar e tratar as causas psquicas dasdoenas orgnicas, mas no faz disso o seu cerne nem a tal coisa se limita,aceitando como algo legtimo trabalhar com o aspecto psicolgico emqualquer das formas que ele possa assumir: causa, conseqncia, ou outraqualquer. Ao que parece, a psicologia hospitalar, quenasceu dapsicossomtica e dapsicanlise, vem atualmente ampliando seucampo conceituai e sua prtica clnica, com isso criando unia identidadeprpria e diferente. Esse ponto corroborado pelas pesquisas de muitosautores (Eksterman, 1992), (Moretto, 1983), (Angerami, 2000), (Sebastiani1996), (Chiattone 2000).Quando uma vivncia psicolgica, consciente ou no, reconhecida ou no pelosujeito como ligada ao adoecimento, vem precipi tar o incio do processopatognico, diz-se ento que essa vivncia foi um fator psicolgicodesencadeante que agiu sobre urna - vulnerabilidade fsica preexistente.Muitas vezes, porem, a vivncia , psicolgica nada tem que ver coei o incio dadoena mas ajuda a piorar o quadro clnico j instalado, ou influi negativamenteno tra tamento, dificultando-o. Nesses casos pode-se dizer que tal vivncia teriasido um fator psicolgico agravante.Uma situao de perdas, como poderia ser definida a doena, afinal, perde-se a sade, perde-se a autonomia, perde-se tempo e dinheiro, e muitas outrascoisas, isso quando no se perde mesmo a prpria vida. Tantas perdas,muitas delas reais e outras tantas imaginrias, abrem uma espcie de "caixade Pandora" de conseqncias subjetivas para a pessoa adoentada. O serhumano comumente confere sentido a tudo o que ele vivencia, e com oadoecimento no diferente. O conjunto de sentidos que o sujeitoconfere a sua doena constitui, como conseqncia, o campo dos aspectospsicolgicos.

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    Entretanto, um olhar mais atento mostra que a doena no feita s deperdas; tambm se ganha: ganha-se mais ateno e cuida dos, ganha-se odireito de no trabalhar, ganha-se, se for o caso, autocomiserao e at umadesculpa genuna para explicar dificuldades existenciais, profissionais ouamorosas. Esses ganhos secundrios da doena demonstram como aspectospsicolgicos podem atuar como fatores de manuteno do adoecimento.O foco da psicologia hospitalar o aspecto psicolgico em torno doadoecimento. Mas aspectos psicolgicos no existem soltos no ar, e simesto encarnados em pessoas; na pessoa do paciente, nas pessoas dafamlia, e nas pessoas da equipe de profissionais. A psi cologia hospitalardefine como objeto de trabalho no s a dor do paciente, mas tambm aangstia declarada da famlia, a angstia disfarada da equipe e a angstiageralmente negada dos mdicos. Alm de considerar essas pessoasindividualmente a psicologia hos pitalar tambm se ocupa das relaes entreelas, constituindo-se em uma verdadeira psicologia de ligao, com a funode facilitar os relacionamentos entre pacientes, familiares e mdicos.

    Vejamos uni exemplo dessa funo de ligao: imaginemos uma situao emque a doena se manifesta por meio de urna crise de dor muito intensa, e opaciente ento levado ao hospital. Nessa situao, os interesses imediatosde mdicos, paciente e familiares no so os mesmos. 0 paciente que sente ador quer se livrar dela o mais rpido possvel: o seu interesse est no sintoma.A famlia, angustiada com o sofrimento do paciente, quer se assegurar de quea doena no to grave e que ele vai ficar bom: seu foco de inte resse estno prognstico. J o mdico est muito interessado em descobrir qual a causada dor do paciente: ele quer descobrir o diagnstico, pois dele depende parainstituir o melhor tratamento. O paciente quer se livrar do sintoma, a famliaquer saber do prog nstico, e o mdico quer fazer o diagnstico. Essedesencontro de objetivos geralmente precisa ser manejado, e a psicologiahospitalar est implicada nessa tarefa.Qual o objetivo da Psicologia Hospitalar?O objetivo da psicologia hospitalar a subjetividade.A doena um real do corpo no qual o homem esbarra, e quando issoacontece toda a sua subjetividade sacudida. ento que entra em cena opsiclogo hospitalar, que se oferece para escutar esse sujeito adoentado falarde si, da doena, da vida ou da morte, do que pensa, do que sente, do queteme, do que deseja, do que quiser falar. A psicologia est interessadamesmo em dar voz subjetivida de do paciente, restituindo-lhe o lugar desujeito que a medicina lhe afasta (Moretto, 2001).Unia caracterstica importante da psicologia hospitalar a de que ela noestabelece uma meta ideal para o paciente alcanar, mas simplesmenteaciona um processo de elaborao simblica cio adoecimento. Ela se propea ajudar o paciente a fazer a travessia da experincia do adoecimento, masno diz onde vai dar essa traves sia, e no o diz porque no pode, no o dizporque no sabe. 0 destino do sintoma e do adoecimento depende de muitasvariveis; do real biolgico, do inconsciente, das circunstncias, etc. Opsiclogo hospitalar participa dessa travessia como ouvinte privilegiado, nocomo guia.O objetivo da psicologia hospitalar fundamenta-se em uma posi o filosficamuito particular, que pode ser melhor compreendida se colocada emperspectiva com a posio filosfica que fundamenta a medicina. E quando sefaz isso, a primeira coisa que salta aos olhos o fato de a psicologia no sermedicina. certo que, na cena hospita lar, medicina e psicologia se

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    medicina. certo que, na cena hospita lar, medicina e psicologia seaproximam bastante, articulam-se, coe xistem, tratam do mesmo paciente, masno se confundem, j que possuem objetos, mtodos, e propsitos bemdistintos: a filosofia da medicina curar doenas e salvar vidas, enquanto afilosofia da psico logia hospitalar reposicionar o sujeito em relao a suadoena.E muito importante notar, ento, que a psicologia no est no hospital paramelhorar o trabalho damedicina, mas est l para fazer outra coisa. , certo que acaba mesmoajudando o trabalho de cura da medicina, mas esse no seu principal valor,sendo, na verdade, quase uma espcie de efeito colateral positivo (Moretto2001). 0 valor principal da psicologia hospitalar a subjetividade.A psicologia hospitalar jamais poderia funcionar a partir de uma filosofia decura, e isso em primeiro lugar porque se prope a lidar com situaes em quea cura j no mais possvel, como doenas crnicas e doenas terminais, eem segundo, porque como tecnologia de cura, no sentido mdico deerradicao de doenas e eliminao de sintomas, a psicologia bem poucoeficiente. O psiclogo pode fazer muito pouco em relao a doena em si,este o trabalho do mdico, mas pode fazer muito no mbito da relao dopaciente com seu sintoma: esse sim um trabalho do psiclogo.Quanto cura,, o que se pode dizer da filosofia da psicologia hospitalar quese ela no se d pela cura, tambm no se d contra a cura. outra coisa,uma filosofia do "alm da cura". Mas o que existe para alm da cura?Suprimidos os sintomas e eliminadas as causas das doenas, aindapermanecem a angstia, os traumas, as desiluses, os medos, asconseqncias reais e imaginrias, ou seja, as marcas da doena. Mesmo notrabalho bem sucedido de cura, mui tas coisas ficam, resistem, tanto nocurador como no doente. Apsicologia hospitalar quer tratar dessas coisas, dessas marcas.H um aforismo hipocrtico que diz o seguinte: "curar sempre que possvel,aliviar quase sempre, consolar sempre". Se transmutarmos o "consolar" para"escutar", chegaremos a algo muito prxi mo da filosofia da psicologiashospitalar, que ento pode ser defini da como filosofia da escuta, em oposio filosofia da cura da me dicina. Mas escutar o qu? No a doena da pessoa,que disso j cuida, e muito bem o faz a medicina, mas escutar a pessoa queest enredada no meio dessa doena, escutar a subjetividade, porque no fimdas contas a cura no elimina a subjetividade, ou melhor, a sub jetividade notem cura.Nesse terreno da subjetividade, a relao entre a psicologia e a medicina deuma antinomia radical (Moreto 2001), (Clavreul 1983). Enquanto a primeira fazda subjetividade o seu foco, a se gunda, a medicina cientifica, exclui asubjetividade de seu campo epistmico de uma forma sistemtica, tendomesmo como ideal uma suposta abordagem objetiva do adoecimento noenviesada por sentimentos e desejos. Acaba por excluir a subjetividade tantodo paciente como do mdico. O problema dessa abordagem objeti va damedicina que o excludo na teoria retorna, com toda a fora, na prtica daclnica mdica, "onde assistimos, na relao concreta mdico-paciente, umaverdadeira enxurrada de emoes,sentimentos, fantasias e desejos - de ambos - que, por no terem amparoterico, so negados e escamoteadas, mas nem por isso deixam de influir"(Moretto, 2001).Quando o discurso mdico fracassa em sua pretenso epistemolgica debanir a subjetividade, abrem-se ento as portas do hospital para a psicologia

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    banir a subjetividade, abrem-se ento as portas do hospital para a psicologiaentrar, adentrar e cuidar dessas tais coisas que subvertem a ordem mdica.que criam confuso e perplexidade na cena hospitalar. A medicina queresvaziar o paciente de sua subjetividade, e a psicologia se especializou emmergulhar nessa mesma subjetividade, acreditando que "mais fcil do quesecar o mar, aprender a navegar..." Que exatamente isto, ou seja,reestabelecer as condies para a prtica da medicina cientfica, o que amedicina espera da psicologia hospitalar, no resta dvida. A questo saberse essa mesmo a melhor funo da psicologia nes sa empreitada hospitalar.Ser o papel da psicologia hospitalar o de atuar como depositria de toda asubjetividade em torno do adoecimento, permitindo, com esse gesto, que amedicina continue a ignorar a subjetividade e a trabalhar com um corpo comose nele no estivesse embutido um sujeito? Ou caberia psicologia hospita larredirecionar, de forma cuidadosa e no acusativa, essa subjetivi dade de voltapara a medicina, forando-a a inclu-la em sua filoso fia? Poderia a medicinaser tambm subjetiva e continuarbiologica mente to eficaz? So questes espera de respostas.Outro tpico interessante nessa comparao entre a medicina e . a psicologiahospitalar a questo do destino do sintoma, ou seja, o que cada uma faz como sintoma do paciente. A medicina no tem dvidas: quer elimin-lo, destru-lo,e tem mesmo de proceder as sim - ou algum defenderia posio contrria?Creio que no. Esta a natureza da medicina: o tratamento e a cura. J com apsicologia hospitalar as coisas se passam de forma diferente, ela no pode alpejar a eliminao imediata do sintoma, j que pretende escutar o que ele tema dizer. Sim, para a psicologia todo sintoma alm de doer e fazer sofrercarrega em si uma dimenso de mensagem, comporta informaes sobre asubjetividade do paciente, havendo mes mo a noo de que o sujeito fala pormeio de seus sintomas, ou falado por eles. E a psicologia escuta.Como funciona a Psicologia Hospitalar? pelas palavras que o psiclogo faz o seu trabalho de tratar os aspectospsicolgicos em torno do adoecimento. Para ilustrar essa estratgia,consideremos a seguinte situao: quando o psiclogo entra no quarto dopaciente, o que ele faz? Nessa mesma situao, os outros profissionais desade sabem muito bem o que tm a fazer. O mdico pergunta sobre ossintomas e examina o corpo do paciente, a enfermeira cuida do corpo dopaciente e lhe administraremdi os... Mas, e o psiclogo, o que faz exatamente? Se o mdico trabalhacom o corpo fsico do paciente, o psiclogo trabalha com o corpo simblico.Muito bem, mas onde est esse tal corpo simblico? Se o corpo fsico estsobre a cama, o corpo simblico por acaso estaria embaixo dela? evidenteque no; mas ento onde? Simples: est nas palavras e em nenhum- outrolugar. Essa noo fundamental para o psiclogo, ou seja, seu campo detrabalho so as palavras. Ele fala e escuta, oxal mais a segunda que aprimeira. Eis a estratgia da psicologia hospitalar: tratar do adoecimento noregistro do simblico porque no registro do real j o trata a medicina.Mas s isso que o psiclogo faz, s conversa? Sim, o psiclo go trabalhaapenas com a palavra, mas ocorre que a conversa ofere cida pelo psiclogono um "s isso"; pelo contrrio: um "muito mais que isso", aponta para um"alm disso embutido nas palavras, como ensina Freud quando afirma que apalavra uma espcie de magia atenuada. Assim, o psiclogo no deve seconstranger ante o comentrio, to freqente no hospital, que mais ou menoso se guinte: "ah, mas o psiclogo s conversa... Deve mesmo se orgulhardisso, porque nenhum outro membro da equipe tem treinamento para trabalhar

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    no campo das palavras, que exatamente onde o psiclogo o especialista.Mesmo naqueles casos em que o paciente encontra-seimpossi bilitado de falar por razes orgnicas ou no, tais como inconscincia,sedao por medicao, leses na regio oral, ou pura resistncia, aindaassim essa orientao do trabalho pela palavra vlida, j que exis tem muitossignos no-verbais com valor de palavra, como gestos, olhares, a escrita emesmo o silncio. E quem no fala falado.Psiclogo e paciente conversam, e essa tal conversa a porta de entradapara um mundo de significados e sentidos. O que interes sa psicologiahospitalar no a doena em si, mas a relao que o doente tem com o seusintoma ou, em outras palavras, o que nos interessa primordialmente odestino do sintoma, o que o paciente faz com sua doena, o significado quelhe confere, e a isso s chega mos pela linguagem, pela palavra.O que diferencia o ser humano dos outros animais no o bio lgico, o corpofsico, e sim a linguagem, mais precisamente a pala vra, o corpo simblico. Abiologia de um homem e a de um macaco, ou mesmo a de um porco, essencialmente a mesma (protenas, carboidratos, gorduras, clulas,cromossomos, DNA, rgos, sangue, sistema nervoso, etc), mas a linguagemno: eles possuem linguagens radicalmente diferentes. O que caracteriza o serhumano a palavra. Dessa maneira, o psiclogo trabalha com o que maisespe cfico no ser humano, ou seja a linguagem, a palavra, a conversa. Opsiclogo o especialistanessa arte da conversa, esse o seu oficio, para o qual foi -treinado- durantemuitas e muitas horas de cursos, anlise pessoal e superviso.A conversa que o psiclogo proporciona ao paciente no uma conversacomum. Por exemplo, ela assimtrica: um dos partici pantes fala mais do queo outro, e exatamente o silncio desse outro que d peso, conseqncia esignificado palavra do primeiro. E bom que seja assim, pois no hospital hmuita gente querendo dizer para o paciente o que ele tem de fazer, querendodar conselhos, estimulando, mas no h ningum, alm do psiclogo,querendo es-_ cutar o que ele tem a dizer. Ocorre que mesmo muitoangustiante ouvir o que urna pessoa doente tem a dizer; so temores, dores,re voltas, fantasias, expectativas que mobilizam muitas emoes, no ouvinte. E a que entra a especificidade do psiclogo: nenhum ou tro profissional foitreinado para escutar como ele.Ao escutar, o psiclogo "sustenta" a angstia do paciente o tempo suficientepara que ele, o paciente, possa submet-la ao trabalho de elaboraosimblica. A maioria dos outros profissionais, bem como a famlia e osamigos, por no suportarem ver o paciente angustiado, no conseguem lheprestar esse servio e querem logo apa gar, negar, destruir, ou mesmoencobrir a angstia. Mas angstia no se resolve, se dissolve, em palavras. Opsiclogo mantm a angstia dopaciente na sua frente para que ele possa falar dela, simboliz-la, dissolv-la.Para concretizar a sua estratgia de trabalhar o adoecimento no registro dosimblico, a psicologia hospitalar se vale de duas tcni cas: escuta analtica emanejo situacional. A primeira rene as intervenes bsicas da psicologiaclnica, tais como escuta, associa o livre, interpretao, anlise datransferncia, etc. Essas intervenes so familiares para o psiclogo, anovidade o setting inusita do em que elas se do - o hospital.T segunda tcnica, que o manejo situacional, engloba intervenesdirecionadas situao concreta que se forma em torno do adoecimento. Eisalguns exemplos dessas intervenes: controle situacional, gerenciamento de

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    mudanas, anlise institucional, me diao de conflitos, psicologia de ligao,etc. Todas essas aes so especficas psicologia hospitalar, ou seja,geralmente o psiclogo no faz nada disso em seu consultrio, mas nohospital preciso sair um pouco da posio de neutralidade e passividadecaractersticas da psicologia clnica.Essa passagem do consultrio para a realidade institucional do hospital ogrande desafio tcnico da psicologia hospitalar. "As experinciasmalsucedidas em psicologia hospitalar parecem se carac terizar pelainadequao do psiclogo ao tentar transpor para o hospital o modelo clnicotradicionalaprendido, o que determina um desastroso exerccio, pelo distanciamento darealidade institucional e pela inadequao da assistncia, pelo exerccio depoder, mascara do, quase sempre, por um insistente falso saber" (Chiatone2000).O paradigmaA psicologia hospitalar vem se desenvolvendo no mbito de um novoparadigma epistemolgico que busca uma viso mais ampla do ser humano eprivilegia a articulao entre diferentes formas de co-nhecimento. Aconseqncia clnica mais importante dessa viso a de que "em vez dedoenas existem doentes" (Perestrello, 1989). claro que todo conhecimento parcial e que jamais ser pos svel sealcanar a verdade total de objeto algum, havendo sempre uni resto que nose deixa apreender. Entretanto, se no possvel conhe cer o todo da doena,ou do doente, j ser de grande utilidade co nhecer muitas de suas dimenses:se no o todo, ao menos o plural. Ningum consegue entrar em um prdio portodas as portas ao mes mo tempo, mas ao entrar por uma delas perfeitamente exeqvel perceber, ou imaginar a existncia de muitas outras. Aao haver sempre de ser local, enquanto a viso, no, esta sim pode serglobal, apontando para um "todo" que jamais ser alcanado mas que podeservir de meta para um trabalho mais produtivo.Mas ser mesmo necessrio olhar a doena com toda essa amplitude que oparadigma holstico prope? A julgar pelademanda que a nossa sociedade direciona medicina, podemos afirmarcate goricamente que sim. Hoje em dia, o que mais se espera da medicina eda cincia no o desenvolvimento tecnolgico, pois nesse campo,felizmente, j estamos bem avanados. O que mais se quer urnahumanizao da medicina, e do que mais se fala da relao mdico-paciente, da biotica, do barateamento dos custos, do aces so sade paratodos, etc. E tudo isso s ser possvel se escapar-nos do cientificismo duro econseguirmos criar conexes produtivas entre a cincia e outros campos dosaber, como a psicologia, a espiritualidade, a poltica e a cultura em geral.Evidentemente, o aspecto psicolgico no ocorre isoladamente, mas se dem uma determinada cultura, e cada cultura tem seus determinantes sobre adoena, tais corno usos e costumes, mitos, folclores, condies econmicas,representaes artsticas, etc. Convm que o psiclogo hospitalar tenha algumconhecimento desse material em sua cultura, e em outras tambm, pois issoenriquece seu arsenal teraputico com analogias, referncias e idias para"conversar" com o paciente sobre sua doena. Alm dessa dimenso culturalgenrica, importante mencionar a. dimenso espiritual. A f de uma pessoatanto pode ser um recurso teraputico como um empecilho para a vivncia dadoena. A psicologia hospitalar, tambm precisa levar em contaesse fator em sua equao do adoecimento.As fontes

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    As fontesO Manual sintetiza conhecimentos oriundos de trs fontes principais: apsiquiatria, a psicanlise e a psicologia hospitalar. A psiqui-atria contribui como modelo de diagnstico multiaxial, com as no es de psicopatologia e com oideal de clareza e objetividade na l linguagem. Da, psicanlise, de longe nossamais importante influncia; adotamos a filosofia, a estratgia e a tcnica. Umafilosofia que trans fere o foca da "doena" para o " sujeito", com suas formasconscientes e inconscientes de lidar com o adoecimento; uma estratgia queorienta todo o trabalho para a palavra; e uma tcnica que, embora modificada,afinal div e leito no so a mesma coisa, mantm o fundamental dapsicanlise: fazer falar e escutar.Da psicologia hospitalar, ou mais exatamente, de nossa vivncia no ambientehospitalar_ tratando pacientes, recolhemos os casos clnicos e as histrias queno Manual surgem como exemplos e como dicas prticas para as situaesmais comumente vivenciadas pelo psiclogo na cena hospitalar. Essesexemplos foram ligeiramente modificados para preservar a identidade dospacientes. Todo o mate rial contido no Manual foi exaustivamente testado `tiacondio de mtodo de trabalho para o psiclogo hospitalar nos cursos depsico logia hospitalar que ministramos semestralmente no NEPPHO - Ncleode Estudos ePesquisas em Psicologia Hospitalar, na condi o de coordenador; e na PUC-SP, como professor convidado.O valor do Manual reside no potencial de gerar estratgias te raputicas teis ejamais em uma presumvel capacidade de alcanar a verdade da doena.Acompanhando a tica da psicanlise, acredi tamos que a verdade ltimasobre as coisas no pode ser alcanada e que delas, das coisas, podemos terapenas um saber. O Manual almeja ser um saber sobre a doena e no uma.verdade sobre a do ena; um saber que seja til na clnica, til no contato comos paci entes e com suas angstias.E por falar em clnica, vejamos um pouco da sua histria...Na Grcia antiga havia dois tipos de mdicos, os que cuidavam dos cidadosgregos e os que cuidavam dos escravos. Como os es cravos eram oriundos deoutras naes e no falavam o idioma gre go, os mdicos que deles cuidavam,foram perdendo o hbito de conversar com esses pacientes No adiantariamesmo, e, no sendo possvel a comunicao, apenas os examinavam emedicavam. J os mdicos que cuidavam de seus compatriotas gregos,costumavam conversar muito com' eles, e, como para conversar com pessoasdoentes preciso se inclinar um pouco sobre o leito, eles comea ram a serconhecidos como os mdicos que se inclinavam, do grego inclinare, e dissonasceu o termo atual "clnica". n psiclogo hospi talar um clnico.

    Odiagnstico em psicologia hospitalarPosted by Lizandra on 16:02 in psicologia hospitalar, psicologia. http://estudandopsi.blogspot.com/2009/05/o-diagnostico-em-psicologia-hospitalar.htmlO diagnostico em psicologia hospitalar divide-se em quatro eixos:Diagnstico reacional:Refere-se ao modo como a pessoa reage a doena, a doena umevento que se instala de uma forma to central que a pessoa entra na rbita

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    evento que se instala de uma forma to central que a pessoa entra na rbitada doena, habitualmente segue-se primeiro a negao, depois a revolta,a depresso e enfrentamento, o termo rbita significa movimento em tornode o que explica que a posio pode variar de um dia para outro por isso noconvm aceitar como definitiva a posio identificada, lembrando que essasposies no so especficas para a doena e constituem- se isto sim, nasmaneiras que os humanos dispe para enfrentar crises , receber noticias ruins,lidar com mudanas, encarar a morte e , tambm reagir a doenas.Diagnostico mdico: o resumo da situao clinica do paciente, para obter essas informaes opsiclogo deve olhar o pronturio do paciente, fazer perguntas equipemdica ou diretamente ao paciente, em relao terminologia mdica dosnomes das doenas o que importa poder comunicar a natureza da afecoorgnica que motivou a internao do paciente e no sua preciso cientfica.Diagnstico situacional:Constri uma viso panormica do paciente como objetivo de tratar o paciente como um todo: sua vida psquica, social, cultural,o primeiro nvel do diagnstico o fsico, depois vemos a vidapsquica identificando os principais traos da personalidade,conflitos psicodinmicos e eventuais doena mentais, vida social com suarede de relacionamentos interpessoais que caracterizam o dia-a-dia dapessoa.Diagnstico transferncial:Avalia as relaes que a pessoa estabelece a partir de seu lugarde adoecimento, o adoecer alm de um processo biolgico uma redede relacionamentos interpessoais, o paciente estabelecerelaes fundamentais com o mdico, famlia, enfermagem, outros tcnicos eo psiclogo, lembrando que no contexto hospitalar essas relaes noso duais, pois existe um terceiro: a instituio.Referncia:SIMONETTI, Alfredo. Manual de psicologia hospitalar o mapa da doena.So Paulo: Casa do Psiclogo, 2004.ICHAMENTO. SIMONETTI, Alfredo. Manual de Psicologia Hospitalar: o mapada doena. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2004Segundo Simonetti (2004), a obra visa orientar e delimitar o trabalho dopsiclogo no hospital, como o profissional que diferentemente dos outros,destina-se a escutar o paciente em sua vivncia ante a doena, sendo o nicoprofissional treinado e habilitado para tanto. Para atingir tal objetivo,explicaque o livro encontra-se dividido em duas partes: a teraputica e odiagnstico.O diagnstico abordado mediante quatro eixos: o diagnstico reacional, quese refere ao modo como a pessoa reage ante a doena; o diagnstico mdicoque se constitui em um mapa sobre a doena; o diagnstico situacional, que o estudo sobre as diversas reas da vida do paciente, e por fim, odiagnstico transferencial, que aborda as relaes que o individuo estabelecea partir da doena.Dessa forma, observamos que o entendimento do psiclogo acerca dopaciente e a prpria doena em si so ampliados, melhorando-se a atuaodo psiclogo, porque passa a raciocinar em diferentes ngulos.A teraputica, por sua vez, abordada de forma a esclarecer sobre o que fazo psiclogo no hospital, ou seja, o trabalho especfico de abordar asubjetividade da pessoa doente, de influir no curso da doena e de modificar apercepo que os mdicos, o paciente e a famlia tm sobre a enfermidade.

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    percepo que os mdicos, o paciente e a famlia tm sobre a enfermidade.Ao final, o livro traz um apndice sobre importantes tpicos que o psiclogoprecisa saber sobre remdios, tais como: onde obter mais informaes, comoperguntar e ouvir sobre remdios, principais tipos de medicaes, dentreoutros temas, cujo conhecimento se faz importante para que o psiclogo sefamiliarize ainda mais com o contexto hospitalar.Na Introduo, a psicologia hospitalar definida como o campo deentendimento e tratamento dos aspectos psicolgicos em torno doadoecimento. Dessa forma, a autor explica que tal definio liberta dadicotomia causas psquicas versus causas orgnicas e enfatiza que todadoena possui aspectos psquicos, os quais podem se evidenciar tanto nopaciente, quanto na famlia, ou na equipe de sade.Simonetti (2004) enfatiza tambm que a doena entendida, atualmente,como um fenmeno complexo que envolve vrias dimenses, como abiolgica, a psicolgica e a cultural. Em nosso entendimento, por outro lado,acreditamos que, alm das dimenses citadas, h outras, como o momentohistrico, poltico, cultural, social e econmico nos quais vivemos, e queperpassam pelo entendimento que se tem das enfermidades e dos recursosdisponveis para preveno, diagnstico e tratamento. Assinalamos que essesmomentos vividos incidem naEm relao aos aspectos psicolgicos, o autor define-os como manifestaesinerentes subjetividade humana, quais sejam, sentimentos, pensamentos,crenas, fantasias, medos, expectativas que se manifestam ante aoadoecimento, ou mesmo depois da enfermidade. O autor assinala que mesmodepois da patologia curada, esses aspectos perduram, como por exemplo, aslies de vida aps a cura, medos (de adoecer, de hospitalizar-se novamente),crenas, sentimentos, j que so aspectos inerentes pessoa que adoece eno doena.Os aspectos psicolgicos atuam de diferentes modos diante dadoena. Assim, podem atuar como fator desencadeante, como causa, comoagravante, como mantenedores, ou podem surgir como conseqentes doena.Dessa forma, so considerados desencadeantes quando determinadavivncia atua sobre uma predisposio j existente no sujeito; como causa,quando incidem diretamente no aparecimento de uma doena, como jdemonstra bem a psicossomtica, nos casos de asma, lcera duodenal,hipertenso, artrite, dentre outras; como agravantes, quando determinadavivncia agrava o curso da doena; como mantenedores quando no severifica a melhora do paciente em funo de ganhos secundrios doena, ou hospitalizao; e por fim, os aspectos psicolgicos podem vir comoposteriores (conseqentes) doena, isto , quando ainda sobrevm o medode adoecer, de internar-se novamente, os receios em relao sade, ostraumas, como tambm, as lies positivas de vida, mudanas positivas dehbitos alimentares, aquisio de novos valores, etc.Simonetti (2004) ressalta que os aspectos psicolgicos no existem somenteno paciente, ou que, a psicologia hospitalar deve se ater somente aosaspectos psicolgicos do paciente. Ao contrrio. Enfatiza no livro que osaspectos psicolgicos existem em todos que vivenciam a doena direta, nocaso o paciente, ou indiretamente, como a famlia e a equipe de sade.Consideramos diante disso, que a escuta da vivnciadaqueles que envolvem o paciente tambm um modo de benefici-lo,indiretamente, j que, o essas pessoas transmitem ao paciente comopercepo dele e de sua doena, tambm incidem no modo como ele ir

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    perceber-se, bem como, sua doena e elaborar expectativas futuras.Segundo Simonetti (2004), em torno do adoecimento, o paciente, os familiarese a equipe de sade possuem interesses diferentes: o paciente quer se verlivre de seus sintomas, em particular da dor, a famlia, como muitas vezes difcil lidar com o adoecimento, deseja to logo, a cura e a equipe de sade,deseja saber o que o paciente tem. Assim, configura-se uma situao dediferentes necessidades, potencialmente, assim como outras circunstncias,geradora de conflitos. Nesses momentos, sustenta o autor, a psicologiahospitalar, tambm atua como uma psicologia de ligao, de modo a facilitaras relaes.De acordo com o autor, o psiclogo realiza o seu trabalho no hospital, atravsda escuta. Explica que enquanto a medicina trabalha com o real biolgico, apsicologia lida com o real simblico, que est na linguagem, quer seja verbalou no verbal, na fala, no silncio, no gesto, no olhar. O psiclogo trabalha comos sentimentos, com a dimenso humana envolvida no processo, semestabelecer metas, mas sim, acompanhando, acolhendo, ouvindo. Escolhemosdestacar um trecho do livro para elucidar osupramencionado:O que interessa psicologia hospitalar no a doena em si, mas a relaoque o doente tem com o seu sintoma ou, em outras palavras, o que nosinteressa primordialmente o destino do sintoma, o que o paciente faz comsua doena, o significado que lhe confere, e a isso s chegamos pelalinguagem, pela palavra (SIMONETTI, 2004, p. 2324).Assim, consideramos que o investimento do psiclogo em aprimorar suaescuta, quer tecnicamente, quer pessoalmente, atravs de dedicao aotrabalho e psicoterapia de suma importncia para a qualidade de seutrabalho. Conforme o autor, a conversa oferecida no trabalho do psiclogo temo diferencial de ser assimtrica: um fala muito mais, e o outro escuta, sendoessa escuta que ir sustentar o trabalho de elaborao daquele que fala. Eisso acrescenta- se o settig, bastante diferenciado da clnica. O psiclogo nohospital realiza o seu trabalho em meio a aparelhos, a mal-estar do paciente,intercorrncias, visitas da equipe de sade, etc., sendo que sua adaptao,bem como o treino de sua escuta neste ambiente de suma importncia paraconsecuo de seu trabalho.Por fim, observamos que na introduo, o autor esclarece o trabalho dopsiclogo no contexto hospitalar, explica que este trabalho no possui outrameta, seno aquela a de ouvir, de consolar, de sustentar o sofrimento dopaciente, em sua trajetria do adoecimento. Osdemais falam o que o paciente deve fazer, onde deve chegar, e o psiclogoest l para ouvir o que o paciente tem a dizer. Alm disso, no se deveolvidar que o psiclogo no hospital realiza a psicologia de ligao trabalhandotambm com as relaes que se estabelecem entre pacientes, familiares eequipe de sade.Esclareceu tambm que o psiclogo realiza o seu trabalho atravs da escuta edo manejo situacional, que compreende as situaes especficas que ocorremno hospital, como supramencionado, assim, fazendo-se mister o seuaprimoramento.Consideramos, que desde a introduo, o autor sustenta bem o trabalho dopsiclogo e como este deve faz-lo, sendo necessrio o estudo das demaispartes do livro para consolidar o estudo.O diagnstico em psicologia hospitalar O diagnostico em psicologia hospitalar divide-se em quatro eixos:

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    Diagnstico reacional: Refere-se ao modo como a pessoa reage a doena, adoena um evento que se instala de uma forma to central que a pessoaentra na rbita da doena, habitualmente segue-se primeiro a negao, depoisa revolta, a depresso e enfrentamento, o termo rbita significa movimentoem torno de o que explica que a posio pode variar de um dia para outro porisso no convm aceitar como definitiva a posio identificada, lembrando queessas posies no so especficas para a doena e constituem- se isto sim,nas maneirasque os humanos dispe para enfrentar crises , receber noticias ruins, lidar commudanas, encarar a morte e , tambm reagir a doenas.

    Diagnostico mdico: o resumo da situao clinica do paciente, para obteressas informaes o psiclogo deve olhar o pronturio do paciente, fazerperguntas equipe mdica ou diretamente ao paciente, em relao terminologia mdica dos nomes das doenas o que importa podercomunicar a natureza da afeco orgnica que motivou a internao dopaciente e no sua preciso cientfica.

    Diagnstico situacional: Constri uma viso panormica do paciente com oobjetivo de tratar o paciente como um todo: sua vida psquica, social, cultural, oprimeiro nvel do diagnstico o fsico, depois vemos a vida psquicaidentificando os principais traos da personalidade, conflitos psicodinmicos eeventuais doena mentais, vida social com sua rede de relacionamentosinterpessoais que caracterizam o dia-a-dia da pessoa.

    Diagnstico transferncial: Avalia as relaes que a pessoa estabelece apartir de seu lugar de adoecimento, o adoecer alm de um processo biolgico uma rede de relacionamentos interpessoais, o paciente estabelece relaesfundamentais com o mdico, famlia, enfermagem, outros tcnicos e opsiclogo, lembrando que no contexto hospitalar essas relaes no soduais, pois existe um terceiro: a instituio.

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