Manual de Rádio
-
Upload
drielle-furtado -
Category
Documents
-
view
20 -
download
1
Transcript of Manual de Rádio
-
FACULDADE DE JORNALISMO E RELAES PBLICAS
MANUAL DE RADIOJORNALISMO
Produzido pelos professores de radiojornalismo
Maio/ agosto - 2002.
-
2
NDICE
1. Apresentao........................................................................................................................pg. 03
2. Redao da Notcia...............................................................................................................pg. 04
2.1. Modelo 1- Notcia Estrita...................................................................................................pg. 06
3. Pauta......................................................................................................................................pg. 08
3.1 Modelo 2- Pauta .................................................................................................................pg. 09
4. Notcias com Entrevista .......................................................................................................pg. 10
4.1 Modelo 3 - Notcia com Citao ........................................................................................pg. 11
5. Reportagem...........................................................................................................................pg. 12
5.1 Modelo 4 - Reportagem gravada.........................................................................................pg. 13
5.2 Modelo 5 - Reportagem Vivo ............................................................................................pg. 14
6. Radiojornal............................................................................................................................pg. 16
6.1 Modelo de Espelho de Radiojornal ....................................................................................pg. 17
7. Outros gneros jornalsticos..................................................................................................pg. 18
8. Glossrio...............................................................................................................................pg. 20
9. Bibliografia de rdio.............................................................................................................pg. 26
-
3
1. APRESENTAO
Este manual de radiojornalismo nasceu da necessidade de se padronizar regras para a criao
de produtos radiojornalsticos dentro da UMESP. Como o curso de jornalismo prev quatro semestres
dedicados produo radiofnica, os professores se reuniram e decidiram, com base em todo o
material j compilado sobre o assunto mais a experincia profissional de cada um, formatar aquilo
que consideram ideal para a prtica radiofnica.
Aos alunos usurios deste material importante salientar que esta apenas uma das formas de
se trabalhar a notcia radiofnica. Certamente, cada emissora de rdio estrutura e divulga aos
funcionrios seu padro de produto radiojornalstico. Como nosso objetivo a aproximao com a
realidade do mercado de trabalho, tambm na UMESP haver um padro de produo
radiojornalstica a ser seguido, conforme as regras apontadas a seguir.
Aproveitamos para agradecer a oportunidade de mais uma vez valorizar este veculo radiofnico, motivo de
orgulho de todos ns professores.
Ms. Flvio Falciano
Ms. Maria Luisa Hupfer
Ms. Rbia de Oliveira Vasques
Ms. Sandra Garcia
Cal Francisco
Eduardo Borga
-
4
2. REDAO DA NOTCIA RADIOFNICA
H um padro para a redao de una notcia que ser lida no rdio. Quem redige deve se
lembrar sempre que o ouvinte estar desenvolvendo outras atividades enquanto ouve o rdio. Poder
estar dirigindo, cozinhando, trabalhando, etc. Por isso, a notcia dever ser clara e objetiva. No
podemos trabalhar com a possibilidade de que o ouvinte deduza algo, fundamental que entenda de
primeira.
Assim, quem escreve dever redigir seu texto com a linguagem mais clara possvel, da
maneira mais direta, para que o locutor possa transmitir da melhor maneira possvel, sem erros, nem
tropeos.
H algumas regrinhas a serem seguidas. So elas.
Para preencher a lauda:
1- Use sempre a letra Times New roman.
2- O texto deve ser redigido com Corpo 14.
3- Deve-se redigir uma notcia com no mnimo trs takes e no mximo 6 takes.
4- O espaamento entrelinhas duplo. E entre os takes dois duplos.
5- Escreva sempre uma frase por take. Uma idia por take. Quando h muitas idias faa mais de um
take.
6- Cada take deve ter no mximo duas linhas e meia. Evite takes grandes. Escreva a idia com no
mximo duas linhas e meia. Se no conseguir significa que pode cortar palavras
Cuidados com o texto radiofnico:
1- No comece a sua frase com nmeros.
2- Evite a palavra ACONTECE. Ela deve ser utilizada para algo que no foi previsto. Ex.: "o assalto
aconteceu em frente ao banco".
3- Para indicar que uma pergunta, sinalize antes da frase (?) frase ?
4- Os parnteses so utilizados apenas para a pronncia de uma palavra desconhecida ou em outro
idioma . Ex.: forget (fr-gt). No ser lido pelo locutor.
5- Evite utilizar os dois pontos ( : ) . H momentos para isso, mas, deve-se saber us-los.
6- Os nmeros: de um a nove sempre por extenso. Os demais em algarismo (10, 35, 100).
7- Por cento : sempre por extenso.
8- Zero vrgula 30. E no: 0,30
9- Cinco dlares. E no: US$ 5.
-
5
10- Um milho e meio de reais. E no : R$1,5 milho.
11- Indique sempre primeiro o cargo e depois o nome. Ministro da Fazenda. Fulano de Tal.
12- Cuidado com o cacfato: amar ela; pegar ela, etc.
13- As siglas conhecidas podem entrar no texto, mas as no conhecidas usa-se: primeiro a sigla e
depois a explicao. No prximo take voc pode usar apenas a sigla, porque j explicou seu
significado antes.
14- No lide o verbo sempre utilizado no presente do indicativo e sem o artigo. Nos demais takes
voc pode utilizar o artigo no incio das frases.
15- No lide v direto ao assunto. No coloque muitas informaes no lide. O incio da notcia deve
atrair a ateno do ouvinte para o que ser dito a seguir.
16- O primeiro take do texto deve prender a ateno do ouvinte para que ele continue acompanhe a
notcia at o final. A frase deve ser forte, escrita na ordem direta.
17- Elimine o ontem do lide para no envelhecer a notcia.
18- Evite o H (do verbo haver). Na hora da leitura dificulta a compreenso do ouvinte. Busque um
sinnimo para a sua frase.
19- Evite: sua, dele (estes usos indicam duplo entendimento: dele quem?
20- Use negrito em palavras estrangeiras ou de difcil pronncia.
21- Cuidado com a sonoridade das palavras. O texto radiofnico necessita deste cuidado.
22- Evite juzo de valor: importante, valioso, etc. Os adjetivos devem ser utilizados em ltimo caso e
com parcimnia. Seno vira texto de assessoria, e no jornalismo.
23- Evite: alm de, no entanto, contudo, embora, desta maneira, etc.
24- Evite comear os takes sempre da mesma forma.
25- Evite os pronomes demonstrativos.
26- As aspas podem ser utilizadas para dar nfase ou destacar ttulos de livros, filmes, etc. No o
mesmo recurso do texto impresso. No se usa a citao entre aspas: diga: Fulano disse, segundo
Beltrano.
27- Dados como: localizao, telefone, etc. devem estar no final da notcia. Caso o ouvinte esteja
interessado poder anotar ou decorar com mais facilidade. Pode-se repetir sites, telefone, no final
da notcia.
28- Evite repetir a informao (mesmo que em outras palavras), que no seja importante na notcia.
Privilegie o fato.
29- No mude drasticamente de assunto. Crie um gancho (continuidade).
-
6
30- Evite o verbo no gerndio.
31- Use ordem direta nas frases. Desta forma voc no dificulta a compreenso do ouvinte para o fato.
32- No use aposto em texto radiofnico. Se precisar explicar. Explique.
-
7
MODELO 1 - DE NOTCIA ESTRITA (CONHECIDA COMO NOTA)
Rosana Valdez (nome redator) (data) 10.07.2002
Ambulatrio Infantil (retranca/assunto) (fonte) Agncia Estado
Jornal da Metodista (programa) Validade: hoje
___________________________________________________________________
+ Prefeitura inaugura primeiro ambulatrio especializado no tratamento de doenas
infantis.
+ A solenidade ocorreu no incio desta manh e reuniu mais de duzentas pessoas, alm
da presena do prefeito de So Bernardo, Csar Magalhes e de todo o secretariado.
+ O ambulatrio ter o nome de Miguel da Silva Rossi, em homenagem ao garoto de
sete anos que faleceu no ms passado, no Pronto Socorro Geral, enquanto esperava
atendimento mdico.
+ De acordo com o diretor geral da nova unidade de sade, o clnico Waldemar de
Souza, esse novo espao ser fundamental para diminuir a mortalidade infantil na
cidade.
+ A maioria da populao apoiou a iniciativa, mas a comunidade reclamou da demora
da Prefeitura em concluir a construo do ambulatrio.
+ Segundo vereadores de oposio, a obra custou aos cofres pblicos cerca de
novecentos mil reais e levou mais de trs anos para ficar pronta.
-
8
DETALHES DO QUE DEVE CONTER O CABEALHO:
Redator: Indique o nome daquele que redigiu a notcia.
Data: Dia em que voc est redigindo o seu texto.
Retranca: Duas palavras que identifiquem o assunto de sua matria.
Fonte: De onde foram tiradas as informaes para redao da nota.
Tempo: Durao de sua lauda. (cada linha de 70 toques corresponde a cinco segundos de locuo).
Validade: At quando as informaes contidas nesta nota so vlidas jornalisticamente.
-
9
3. PAUTA
A pauta de rdio tem por objetivo oferecer o maior nmero de informaes para o reprter que
ir fazer a matria. Como todos sabem, o reprter muitas vezes chega na redao para pegar as pautas
e precisa sair correndo para produzir vrias matrias. Assim, tendo em mos uma pauta bem
elaborada no ter dificuldades de produzir uma boa matria.
A Pauta se constitui num dos grandes problemas para os estudantes de Jornalismo, s vezes
at para profissionais tarimbados. Imagina-se que, pelo que posso observar no mercado, fazer uma
Pauta nada mais do que "CHUPAR" notcia de Jornal. Outros veculos como as televises, as
revistas e mais recentemente a internet, com todas as suas falhas, tambm entram na
"CHUPANA". E isso no verdade.
A CRIATIVIDADE do Reprter de Rdio acaba sendo jogada no lixo por preguia, falta de
orientao ou m-f, no duro. Saiba voc que os outros veculos servem para uma reflexo do
Reprter de Rdio sobre tudo aquilo que est acontecendo no planeta - nada mais.
A Pauta do Rdio tem que ter as caractersticas do veculo: texto claro, objetivo, curto, direto,
conciso e sem informaes bvias. O profissional responsvel pela Pauta precisa pensar numa
abordagem diferente de um assunto que pode mudar o dia do cidado.
Uma boa pauta deve ter, no mnimo:
1 - Um resumo dos acontecimentos (idias) que so objeto da Reportagem.
2 - O que o Reprter ter que conseguir, ou seja, o que interessa ao Ouvinte.
3 - Como a emissora vai se posicionar em relao ao assunto.
4 - Fornecer todos os dados necessrios para o Reprter: nome, cargo ou funo das pessoas que
sero entrevistadas, telefones, hora da entrevista, local, e-mail- sempre fornecer mais de uma fonte.
Lembre-se de uma coisa, a Pauta o ponto de partida de uma boa Reportagem, nunca o meio ou o fim.
Tudo o que foi planejado previamente na Pauta pode ser "derrubado" pelo Reprter caso outros fatos
mais importantes estejam acontecendo.
Vale ressaltar que nem sempre uma Pauta de Jornal, revista ou Tv pode ser adaptada sem
prejuzos ao Rdio. Procure elaborar o material de acordo com as caractersticas do veculo - pense na
prestao de servios, na sesso da Cmara, na visita do Presidente.
Por ltimo: uma boa Pauta deve ter no mximo dez linhas, de preferncia com texto manchetado, para
facilitar a vida do Reprter.
-
10
A sugesto de Pauta apresentada aqui no serve para programas jornalsticos (produo),
apenas para Reportagem.
Ateno: como o Pauteiro j se tornou uma pea rara nas Redaes, o Reprter o prprio Pauteiro.
As pautas devem conter os seguintes itens:
1) Cabealho: Onde devem estar contidos o nome do redator, a data em que foi elaborada a pauta, a
retranca (duas palavras que indiquem o tema da pauta) e a fonte (de onde foram tiradas as
informaes para a pauta).
2) Tema: Sobre o que se trata a pauta.
3) Histrico/Sinopse: Voc dever escrever em poucas linhas (mdia de 15 linhas) em linguagem
radiofnica um resumo dos fatos que levaram esse tema a se justificar como assunto de uma pauta
jornalstica. Esse material muito importante para situar o reprter e porque poder ser utilizado
por ele para o lide e/ou cabea da matria. Para reportagens especiais pode-se inserir mais
informao.
4) Enfoque/Encaminhamento: Qual ser o direcionamento a ser dado na matria, ou seja, com
base no histrico exatamente o que o pauteiro quer que seja desenvolvido pelo reprter. Indique
para o reprter. Este item que ir definir as suas sugestes de perguntas.
5) Fontes: Para se obter as informaes sobre o tema da matria fundamental que o pauteiro
apresente as fontes para a reportagem, ou seja, as pessoas que sero entrevistadas pelo reprter.
Nesse caso, alm do nome e do cargo/funo da pessoa, deve constar na pauta o endereo e todos
os telefones possveis para contato. De acordo com o padro fixado pela UMESP os entrevistados
devem ser antes contatados pelo pauteiro que dever checar se aquela pessoa realmente tem
condies de falar sobre o assunto e se estar disponvel no perodo em que tiver que ser
desenvolvida a reportagem.
6) Sugestes de perguntas: Como o nome j dia so sugestes a serem seguidas pelo reprter. Mas
lembre-se uma pauta no uma camisa de fora. O reprter tem toda liberdade de questionar o
entrevistado sobre outras questes que considerar importante naquele momento.
7) Anexos: Caso o pauteiro tenha feito alguma pesquisa ou possua recorte de jornal/revista ou texto
retirado da internet poder anexar na pauta.
-
11
MODELO 2 - DE PAUTA
Pauteiro: Rosana Valdez Retranca: Inaugurao/ambulatrio Data: 21/05/02 Fonte: AE
TEMA: Prefeitura inaugura primeiro ambulatrio para atendimento especializado de crianas.
SINOPSE: Depois de muitas reivindicaes de toda a comunidade da cidade, a Prefeitura
finalmente vai inaugurar no prximo dia 20, s 10 horas, o primeiro ambulatrio para atendimento
infantil, que ter o nome de Ambulatrio Miguel da Silva Rossi, em homenagem ao garoto de 7 anos
que faleceu no ms passado, na recepo do Pronto Socorro geral enquanto esperava atendimento
mdico. A obra custou 890 mil reais, sendo que parte foi financiado junto ao Governo Federal.
ENCAMINHAMENTO: Verificar junto direo do ambulatrio (ou com o secretrio de sade)
qual a capacidade de atendimento, quais as especialidades que sero atendidas, se isso soluciona ou
minimiza os problemas de sade relacionados criana na cidade, qual ser o horrio de
funcionamento, se h mdicos para atender a populao, e qual a opinio da comunidade sobre essa
obra.
FONTES:
Dr. Waldemar de Souza (diretor geral do ambulatrio)
Rua Ambrsio Couto, 86
Tel. 875-2233 (falar com Vera secretria da diretoria)
Emerson Vasconcelos (secretrio de sade do municpio)
Av. Primeiro de Maio, 445
Tel. 864-1000 (falar com Sandra secretria)
SUGESTES DE PERGUNTAS
-
12
(para o mdico ou o secretrio)
- Qual a capacidade de atendimento do novo ambulatrio?
- Que especialidades mdicas esto sendo oferecidas para a populao?
- Essa obra pode solucionar os problemas de sade infantil da cidade?
- Por que a Prefeitura demorou tanto tempo para inaugurar esse ambulatrio?
(para a populao)
- O Sr. Acha que essa nova obra da Prefeitura importante para a cidade?
- Como tem sido o servio de sade prestado pela Prefeitura?
- O Sr. Acha que essa obra vai melhorar o atendimento para as crianas?
-
13
4. NOTCIAS COM ENTREVISTA
As entrevistas pode ser utilizadas de duas maneiras no radiojornalismo: atravs de notcias
com citao ou em reportagens.
4.1 - NOTCIA COM CITAES COM VOZ
Similar nota, a notcia com citao traz o diferencial de apresentar um trecho da fala do
entrevistado, entre os takes a serem lidos pelos locutores. A opo pela notcia com citao tem um
objetivo claro: aumentar a credibilidade da notcia. Isso porque o ouvinte tende a confiar mais numa
notcia que traz ao menos um trecho de fala de um entrevistado que tem algo a ver com o fato alvo da
matria, do que somente ao ouvir os locutores narrando uma nota.
A notcia com citao tambm a nica sada quando o reprter se depara com situaes
inesperadas como: no h tempo no programa para apresentar a reportagem completa, a qualidade de
som da gravao no das melhores, o entrevistado tem dificuldade ao falar ou fugiu de todas as
perguntas, etc.
Na produo desse tipo de notcia, a citao nunca deve ser includa no incio da matria e
precisa necessariamente concordar com o contexto em uma sucesso lgica de idias. No se deve
anunciar o entrevistado (como por exemplo, oua o que disse o presidente Fernando Henrique). O
correto que o redator cite com suas palavras e de forma superficial quem vai falar em seguida e o
que o entrevistado vai dizer (exemplo: O presidente Fernando Henrique afirmou que o Brasil teve
claros avanos sociais nos ltimos anos). No obrigatrio que se utilize apenas um trecho da fala
do entrevistado. Caso haja dois bons trechos, eles podem ser utilizados, desde que entre eles seja
acrescentado um take que chamamos de gancho, viabilizando a prxima entrada. Essa estrutura
tambm vale para o caso de termos dois entrevistados e utilizarmos trecho da fala de cada um.
A notcia tambm no pode, em hiptese alguma, terminar no trecho da fala do entrevistado.
necessrio sempre que o locutor apresente um ltimo take, acrescentando mais alguma informao.
-
14
MODELO 3 - DE NOTCIA COM CITAO
Rosana Valdez (nome) (data) 10.07.2002
Ambulatrio Infantil (retranca/assunto) (fonte) Agncia Estado
Jornal da Metodista (programa) Validade: hoje __________________________________________________________________________________________
+ Prefeitura inaugura primeiro ambulatrio especializado no tratamento de
doenas infantis.
+ A solenidade ocorreu no incio desta manh e reuniu mais de duzentas pessoas,
alm da presena do prefeito Csar Magalhes e de todo o secretariado.
+ O ambulatrio ter o nome de Miguel da Silva Rossi, em homenagem ao garoto
de 7 anos que faleceu no ms passado, no Pronto Socorro Geral, enquanto
esperava atendimento mdico.
+ De acordo com o diretor geral da nova unidade de sade, o clnico Waldemar de
Souza, esse novo espao ser fundamental para diminuir a mortalidade infantil
na cidade.
Fita 10 Lado A Tempo: 30
Deixa Inicial: este ambulatrio nos possibilita ...
Deixa Final: ...evitarmos casos como esse.
+ A maioria da populao apoiou a iniciativa, mas a comunidade reclamou da
demora da Prefeitura em concluir a construo do ambulatrio.
+ Segundo vereadores de oposio, a obra custou aos cofres pblicos cerca de
novecentos mil reais e levou mais de trs anos para ficar pronta.
-
15
5. REPORTAGEM
A reportagem, como o prprio nome diz, o tipo de produo radiojornalstica que mais
privilegia a participao do reprter. Por conta disso, o locutor apenas abre a matria (apresenta o
lide) e a divulgao do restante do material fica totalmente a cargo do reprter.
A reportagem finalizada ter trs partes fundamentais:
1) CABEA: incio da reportagem onde o reprter vai situar o assunto antes de entrar com o
entrevistado;
2) ENTREVISTA: trechos principais da fala do entrevistado, entremeados por ganchos apresentados
pelo reprter;
3) P: finalizao da matria em que o reprter d uma ltima informao e assina a reportagem.
No caso de reportagens gravadas, o reprter primeiramente grava a entrevista, prestando
muita ateno nas respostas do entrevistado (para j comear a visualizar os possveis pontos de corte
para a edio). Em seguida, grava o que chamamos de cabea da matria e os ganchos que
separaro as falas do entrevistado. Por ltimo, grava o p da matria. Essa fita levada para o estdio
e o sonoplasta colocar o material em ordem, finalizando a produo da reportagem.
J no caso de reportagens ao vivo, no h essa possibilidade. O reprter tem que dominar as
informaes pois ser obrigado a apresentar a cabea da matria ao vivo, realizando a entrevista em
seguida e finalizando com o p da matria, tudo isso dentro do tempo estipulado pela coordenao
do radiojornal.
-
16
MODELO 4 - DE REPORTAGEM GRAVADA
Rosana Valdez (nome) (data) 10.07.2002
Ambulatrio Infantil (retranca/assunto) (fonte) Agncia Estado
Jornal da Metodista (programa) Validade: hoje
_____________________________________________________________
+ Prefeitura inaugura primeiro ambulatrio especializado no tratamento de
doenas infantis.
+ Outras informaes com o reprter Jos de Assis.
Entrevista gravada
Fita: 13 Lado A - Tempo: 145
Deixa Inicial: Mais de duzentas pessoas...
Deixa Final: ... para o Jornal da Manh.
((((A matria finalizada pelo reprter. Se quiser, depois disso, pode ser
inserido um comentrio a ser feito pelo locutor ou ncora))).
-
17
MODELO 5 - DE REPORTAGEM AO VIVO
Rosana Valdez (nome) (data) 10.07.2002
Ambulatrio Infantil (retranca/assunto) (fonte) Agncia Estado
Jornal da Metodista (programa) Validade: hoje
_____________________________________________________________
+ Prefeitura inaugura primeiro ambulatrio especializado no tratamento de
doenas infantis.
+ O reprter Jos de Assis est acompanhando a inaugurao e traz mais
informaes ao vivo. Bom dia Jos...
Entrevista ao vivo
Tempo previsto: 130
Deixa Final: ... para o Jornal da Manh.
(A matria finalizada pelo reprter. Se quiser, depois disso, pode ser inserido
um comentrio a ser feito pelo locutor ou ncora).
-
18
DICAS PARA A REPORTAGEM
Na notcia com entrevista (reportagem) o reprter deve elaborar o que chamamos de cabea
da matria e que vem sempre antes da entrevista.
Essa cabea tem como objetivo situar o assunto para o ouvinte antes de comear a
repercuti-lo com o entrevistado. tomando como base o exemplo deste livro, o reprter, antes de
conversar com o diretor do ambulatrio, deve deixar claro onde estava acontecendo a inaugurao,
que autoridades estavam presentes, se havia boa presena de pblico, etc.
Depois de concluda a entrevista, tambm deve ser elaborado o que chamamos de p da
matria. nesse caso, o reprter deve inserir uma ltima informao sobre o assunto da reportagem
antes de assin-la. No caso do exemplo, poderia citar o custo da obra e o tempo que levou para ser
concluda. a assinatura normalmente formada pelo nome do reprter e o nome do programa em que
est entrando (reprter Jos de Assis para o jornal da manh).
Quando a reportagem for gravada, o reprter deve gravar a cabea e o p na fita, logo
aps a entrevista, para depois ser feita a edio no estdio, quando ento tudo ser colocado em
ordem.
J no caso de reportagem ao vivo, o reprter deve fazer a cabea ao vivo, depois a entrevista
e, por ltimo, apresentar o p da matria.
-
19
6. Radiojornal
No quinto semestre do curso de Jornalismo os alunos tm a disciplina denominada Oficina
Modulada de Radiojornalismo onde estaro praticando as tcnicas radiojornalticas apreendidas no
terceiro e quarto semestres. O cronograma permitir a produo de dois ou trs radiojornais semanais
onde os alunos estaro revezando as atividades pertinentes prtica jornalstica em uma emissora de
rdio.
Na produo do radiojornal sero encontradas as seguintes funes:
1- Pauteiro
2- Reprteres de servio
3- Reprter
4- Coordenador
5- Apresentadores
6- ncora
7- Redatores.
A durao do radiojornal dever ser de 30 minutos.
O radiojornal deve conter:
Abertura: Cumprimentos, data e hora
Escalada com manchetes de redao e reportagem - blocadas ou mixadas (alternadas). Na
escalada de reportagem ou giro todos os reprteres devem ser anunciados.
Deve-se intercalar reportagens, textos (notas) e servios, buscando um jornal equilibrado.
Deve-se escrever apenas uma nota por lauda, ou um servio ou reportagem.
O Jornal deve ter de quatro cinco servios. (trnsito, estradas, indicadores econmicos, previso
do tempo e aeroportos).
Todas as reportagens e servios devem conter a assinatura "reprter. para a Rdio Metodista".
Deve-se numerar as laudas do roteiro final.
Todas as vinhetas (servio ou editoria) devem vir no final da lauda anterior aos mesmos, com
exceo da vinheta de abertura.
A participao do ncora dever ser sinalizada no final das laudas que sero comentadas.
No final do jornal pode-se fazer uma escalada (s com as notas da redao).
Ficha tcnica formada por apresentao, coordenao e trabalhos tcnicos imprescindvel.
-
20
MODELO 6 - ESPELHO DE RDIO JORNAL
LOC. 1 BLOCO:
- Abertura do programa
- Destaques do programa
- Notas
- Reportagem
- Servio
TEC. INTERVALO COMERCIAL: 1 min.
LOC.: 2 BLOCO
- Notas
- Reportagem
- Servio
TEC.: INTERVALO COMERCIAL : 1 min
LOC.: 3 BLOCO:
- Servio
- Notas
- Reportagem
- Encerramento e Ficha Tcnica.
Utilizar vinhetas.
Durao das matrias : 1,30 min. a 2 min.
Boletins ao vivo.
Notas (durao de 45 seg. a 1 minuto)
Ficha Tcnica: Locutores, ncora, trabalhos tcnicos e orientao dos professores.
-
21
7. Outros Gneros Radiofnicos
Durante o laboratrio de radiojornalismo do sexto semestre os alunos tm a oportunidade de
aprender a executar uma matria especial, um debate, uma revista, um documentrio e, finalizando,
uma entrevista coletiva. Praticamente o momento em que eles conhecem e colocam em prtica
outros gneros que so praticados em rdio. quando podem colocar a criatividade e a perspiccia
jornalstica a servio do veculo rdio, percebendo as mudanas necessrias no estilo, pblico, texto e
encaminhamento que cada gnero exige.
7.1- Matria Especial
Consiste em uma reportagem mais aprofundada com durao maior, ou seja, em torno de 6 a 7
minutos. neste momento que os alunos colocam em prtica as orientaes sobre o tratamento
especial destinado s matrias especiais, como efeitos e outras ilustraes.
- O tema da matria escolhido pelos alunos (divididos em grupo de 4 ou 3).
- tempo (de 6 a 7 minutos)
- crdito: o aluno que ficou responsvel pela finalizao da matria assina (Fulano para a Rdio
Metodista).
7.2 - Rdio- Debate
Neste gnero de programa os alunos estaro demonstrando sua capacidade de produo e de
intermediao de um debate.
- O tema escolhido pelos alunos (divididos em grupo de 8 ou 7)
- H necessidade de definio do pblico-alvo a quem se destina o debate (os alunos fazem a escolha).
- Este programa ter a durao de no mnimo 30 minutos.
- Os alunos se responsabilizam por trazer os convidados para o debate - at trs (no estdio) e um pelo
hbrido.
- Os alunos podem interagir com o debate fazendo reportagens ou inseres (ao vivo) com o pblico.
- Plstica do programa: os alunos fazem vinhetas de abertura, passagem e escolhem uma trilha para o
programa.
- Crdito: ficha tcnica com os nomes dos responsveis pelo rdio - debate incluindo o do tcnico da
mesa de som.
-
22
7.3- Rdio-Revista
Este gnero tambm denominado de programa de variedades permite aos alunos um pouco
mais de liberdade na escolha dos temas a serem abordados, como tambm no formato.
- Ser produzido por um grupo de alunos: de 7 a 8 alunos
- Perfil do programa: os alunos escolhem o tipo (pblico) a ser atingido pelo programa.
- A apresentao: pode ser feita em dupla ou apenas por um aluno
Durao do programa (mnimo 30 minutos)
- Participantes - at trs ( no estdio) e um pelo hbrido.
- Plstica: os alunos fazem vinhetas de abertura, passagem e trilhas que sero utilizadas no programa.
- Crditos: Ficha tcnica com os nomes dos responsveis pelo rdio-revista incluindo o do tcnico da
mesa de som.
7.4- Documentrio
- alunos: de 7 a 8 alunos
perfil: os alunos escolhem o tipo (pblico) a ser atingido pelo documentrio
- apresentao: um aluno apenas faz a narrao.
- tempo (mnimo 30 minutos)
- plstica: os alunos fazem vinhetas de abertura, passagem e trilhas que sero utilizadas no programa.
- crdito: ficha tcnica com os nomes dos responsveis pelo documentrio incluindo a do tcnico da
mesa de som.
Como produzir um Documentrio
1 - preciso ter ma pauta bem definida e com objetivos claros.
2 - preciso gostar do assunto, mostrar-se interessado - mais do que isso, preciso gostar de
Jornalismo.
3 - Incio: traar um roteiro para a produo do Documentrio, mesmo antes de qualquer
Investigao. Exemplo: um Documentrio sobre "Atentados Terroristas no Brasil"
A) - Dividir o tema em cinco captulos de quatro minutos cada - um captulo por dia, de segunda a
sexta: pensar nas trilhas/ msicas de acordo com o tema geral ou de acordo com os assuntos dos
captulos.
Dados tcnicos:
Cada captulo: quatro minutos, no mximo.
-
23
Texto de abertura: dez manchetes, com no mximo duas linhas cada.
Sonora: no mximo quarenta segundos cada.
Texto final: quatro manchetes, com no mximo duas linhas cada.
Trilha: abre e encerra o captulo.
Msica: serve para reforar uma idia ou um conceito no trabalho.
Sem msica e sem trilha: opo do Reprter.
Texto: d preferncia ao texto interpretativo.
Sugesto para o esqueleto da gravao: manchete/ sonora/ manchete/ sonora/ manchete/ sonora/
manchete/ assinatura.
B) - Orientaes para a realizao de uma Reportagem com denncias de narcotrfico, corrupo,
crime organizado e afins em outro estado ou outro pas:
1 - no se identifique como Reprter para todas as pessoas.
2 - avise, quando for o caso, apenas a polcia e a Secretaria de Segurana Pblica.
3 - Comporte-se como um nativo.
4 - Compre todos os jornais locais, assista a todos os telejornais locais e exija um Rdio na portaria do
hotel, escute tudo o que puder.
5 - Busque informaes nas colunas sociais dos jornais locais, l esto os grandes empresrios e os
grandes PICARETAS.
6 - no deixe de lado aquele "papo" no boteco da esquina, tome uma cachaa- se precisar.
7 - v cabeleireira, ao barbeiro- converse muito com os taxistas.
9 - faa uma boa amizade com as telefonistas do hotel.
10 - pronto, pode comear a agendar as entrevistas.
C) - Identificar possveis fontes de acordo com a diviso dos assuntos- para cada captulo sero
necessrias entre trs e quatro entrevistas.
D) - Fazer todas as entrevistas e analisar o material produzido, antes de comear a fechar o primeiro
captulo.
E) - Produo do texto inicial- dez manchetes- uma espcie de estrutura da gravao: o texto de
abertura dever ser com a observao do Reprter no local dos acontecimentos.
-
24
F) - Escolha das sonoras, que poder ter sido antes da produo do texto inicial, e produo do texto
da gravao.
Importantssimo: sempre que possvel faa uma mescla dos assuntos atuais (do momento) com fatos
do passado. No deixe de lado os sons caractersticos dos lugares como vozearia, gua na pedra ou
pedra na gua, barulho do motor do caminho do gs, o garoto chorando, o deputado gritando, a
senhora chorando, o barulho da chuva, a campainha da Cmara Municipal, um espirro de
algum...............................
G) - Ateno: ao produzir o espelho no esquecer das marcaes numricas nos pontos da gravao.
Exemplo:
Sonora
(0012)...Deixa Inicial:...Bem, eu realmente sou ladro...
(0052)...Deixa Final:....Tudo confirma minha condio de ladro.
H) - As deixas facilitam sobremaneira o trabalho do Reprter e do Tcnico, na hora da produo do
material.
A maioria dos gravadores (todos os digitais) tem um mecanismo que marca o tempo de gravao,
descubra.
I) - A parte mais difcil: montagem do Documentrio no Estdio
- o texto inicial j estar pronto, as trilhas e msicas escolhidas e o texto da Reportagem (esqueleto)
estar pronto.
J) - O Documentrio poder comear com uma msica, uma trilha, som ambiente, uma sonora ou s
com a voz do Reprter.
K) - Produzir texto final com quatro manchetes, no mximo.
L) - Ao montar o captulo, ouvir duas ou trs vezes para eliminar possveis falhas.
M) - Nunca demais lembrar que todas as regras do Jornalismo sero respeitadas na produo do
Documentrio, apesar de ser um trabalho com caractersticas artsticas em determinados momentos-
s vezes h um abuso da "criatividade" deixando-se de lado a objetividade.
-
25
N) - Pronto, voc acaba de produzir o primeiro captulo do Documentrio de um total de cinco.
O) - A produo de uma Reportagem comum no muito diferente de tudo aquilo que acaba de ser
apresentado.
P) - Com as devidas adaptaes, basta que voc reduza o texto inicial ou cabea para apenas uma, no
mximo duas manchetes.
Q) - Tambm haver uma reduo no texto do espelho e reduo no tempo das sonoras.
R) - Todos os recursos de som ambiente podem (devem) ser aproveitados na Reportagem comum.
S) - Outro ponto que merece destaque o uso de trilha ou msica: o ideal que o uso do recurso seja
parcimonioso.
T) - Importantssimo: ao final do trabalho no esquecer de anotar o nmero da fita de gravao, a
durao da Reportagem e a deixa final/ assinatura.
U) - No faa do Tcnico de Som um "Professor do Socorro", ele no tem esta obrigao e nem
pode assumir tal responsabilidade.
V) - Toda e qualquer dvida Jornalstica deve ser esclarecida com os Professores.
X) - Voc no ter estas orientaes em livros ou qualquer tipo de literatura: tudo que est aqui fruto
de anos de experincia no Jornalismo.
Z) -No custa lembrar que estas orientaes no esto definidas como as "verdades verdadeiras" do
Radiojornalismo. O profissional ter que adaptar-se Cultura da empresa em que estiver trabalhando,
aproveitando o que de positivo existir aqui.
7.5- Coletiva
-
26
- Os alunos so colocados diante de um profissional (jornalista ou no) e fazem uma entrevista
coletivamente.
- um exerccio individual
- Todos elaboram um boletim com sonora.
- tempo: mximo trs minutos
- crdito: Fulano para a Rdio Metodista.
7. GLOSSRIO
ABERT: Associao Brasileira de Emissoras de Rdio e Televiso. Entidade que congrega as
emissoras de rdio e televiso.
AM: Sigla de Amplitude Modulada. Sistema de transmisso de sinais eletromagnticos realizado
atravs da modulao da amplitude ou comprimento das ondas, em freqncias que variam de 550 a
1600 Khz.
AMBIENTE: Sons que do idia do local da transmisso. Podem ser ouvidos ao fundo das narraes, ou entrevistas, ou
isolados em pequenos trechos no meio das matrias. Som ambiente.
NCORA: O principal apresentador de um programa. Alm de ler o noticirio, ele chama os
reprteres que esto na rua, os comentaristas e os entrevistados no estdio.
AO VIVO: Transmisso feita no exato momento do acontecimento.
APAGADOR: Dispositivo ou equipamento que apaga ou elimina a informao de fitas j
gravadas.
APURAO: Levantamento de dados e acontecimentos que sero transformados em notcia ou
matria. Investigao dos fatos.
AQURIO: Estdio de locuo envidraado.
ARQUIVO: Pasta ou arquivo de computador com notcias antigas que servem como referncia para
a cobertura de novos acontecimentos. Podem ser arquivadas em forma de texto ou de gravaes.
UDIO: Som. A expresso usada em algumas emissoras para designar uma gravao de um
acontecimento que deve ser colocado no ar.
ASSINATURA MUSICAL: msica de identificao musical tocada no comeo e no fim de um
programa ou insero regular.
BACKGROUND (BG): Msica, vozes ou rudo em fundo que servem de suporte para a fala. No
pode de forma alguma prejudicar o som da fala, se sobrepor a ela.
-
27
BARRIGA: notcia inverdica transmitida antes de ser checada.
BLOCO: segmento da programao, composto de notcias, matrias, msica etc.
BOLETIM: Breve informativo transmitido pelo prprio reprter sobre assunto abordado em
entrevista, ou baseado em informaes que no foram gravadas.
BREAK: expresso inglesa que significa parar, significa o intervalo comercial.
CABEA DA MATRIA: o lide da matria, informaes mais importantes que abrem o assunto.
CABEALHO: dados que devem constar no alto da lauda redator, retranca, data, tempo de
durao da matria.
CAMPANHA: srie de reportagens e notcias transmitidas com finalidade social.
CHAMADA: flash gravado sobre matria ou programa, transmitida vrias vezes durante a
programao, para despertar o interesse do ouvinte.
CHECAR: verificar se a informao verdadeira.
CHEFE DE REPORTAGEM: profissional encarregado de supervisionar e coordenar o trabalho de
reportagem.
CHEQUE-LISTE: trabalho de verificao dos pontos bsicos de uma cobertura.
CITAO: transcrio de frase de alguma personalidade durante notcia ou boletim.
CLAREZA: qualidade essencial do texto radiofnico. Nitidez.
CLICH: expresso que deve ser evitada no rdio por ser usada com exagerada freqncia.
CLMAX: ponto culminante de um texto ou reportagem.
COBERTURA: reportagem completa sobre um acontecimento importante, no local de sua
ocorrncia.
COERNCIA: qualidade exigida em texto jornalstico.
COLABORADOR: especialista em determinada rea que presta servios emissora ser pertencer ao
quadro profissional.
COMENTRIO: texto opinativo que no deve aparecer nas notcias e sim aps as informaes,
sempre desenvolvido por um comentarista.
COMPACTO: edio sucinta de um programa j transmitido pela emissora.
CONCISO: qualidade do texto de rdio. Sntese.
CORRESPONDENTE: jornalista encarregado de fazer a cobertura de determinada cidade ou
regio, dentro ou fora do pas e de enviar regularmente matrias e boletins para a emissora.
COZINHA: trabalho de reescrever textos adaptar, atualizar, condensar.
-
28
CRDITO: identificao dos profissionais responsveis por trabalho jornalstico de real
importncia: reprter, produtor, agncia noticiosa, etc.
CRTICA: entrevista opinativa sobre fato jornalstico emitida por especialista ou ouvinte.
CRNICA: texto radiojornalstico desenvolvido de forma livre e pessoal a partir de fatos da
atualidade. A crnica de rdio tem preocupao com aspectos sonoros do texto e assinada pelo
redator.
DAB: em ingls Digital Audio Broadcasting, as Transmisses Sonoras Digitalizadas, tecnologia de
alta qualidade sonora, sem interferncias, com maior nmero de emissoras transmitindo em
determinada rea.
DAT: Digital Audio Tape, Gravador Digital de Sons. Aparelho que permite gravaes de alta
qualidade em fitas digitais.
DEIXA: palavras finais da matria que indicam ao operador e ao locutor o momento em que outro
segmento dever entrar. Trechos de gravao que constam da matria editada.
DECUPAGEM: processo de registro da ordem e da durao das diversas seqncias de uma
reportagem gravada, anotando-se frases que identifiquem essas seqncias para edit-las.
DESTAQUE: a notcia mais importante de um noticirio.
DJ: Disc-jockey, apresentador de programas musicais.
ECO: efeito desagradvel ao ouvido, provocado pela dico prxima e sucessiva de palavras com
mesma terminao.
EDIO: preparo das gravaes originais antes de serem transmitidas; montagem de uma matria,
aps selecionar, cortar e emendar trechos da gravao.
EDIO ESPECIAL: produo de um programa em edio diferente das edies habituais.
EDIO EXTRAORDINRIA: trabalho radiojornalstico que no estava programado, diante de
fato importante e atual. Precedida de sinais sonoros bem marcantes.
EDITOR: profissional encarregado da edio. Editor de matria: executa a edio de matrias.
Editor de programa: produo total de determinado programa. Editor de rea: responsvel por
determinada rea ou setor.
EDITOR RESPONSVEL: pessoa que assume para efeitos jurdicos a responsabilidade total sobre
o contedo de uma matria.
EDITORIAL: texto opinativo, escrito de maneira impessoal, sem identificao do redator, sobre
assunto nacional ou internacional, que define ou expressa a opinio da emissora.
EFEITO ESPECIAL: artifcio sonoro produzido pelo sonoplasta chuva, vento, passos, etc.
-
29
EMENDAR: unir um trecho de gravao a outro.
ENCERRAMENTO: trecho final de um programa ou de uma matria.
ENQUETE: levantamento de testemunhos pblicos. O mesmo que fala povo.
ENVIADO ESPECIAL: reprter que viaja para apurar determinado acontecimento e produzir
matrias especiais.
ENXUGAR: redigir um texto, eliminando todos os elementos suprfluos.
ESTOURAR: ultrapassar o tempo programado para a transmisso.
EQUALIZAO: correo eletrnica de sinais de gravao e de reproduo, corrigindo as
deformaes na intensidade das freqncias, para diminuir a distoro e fazer com que o som
reproduzido seja semelhante ao original.
FADE: efeito que consiste no aparecimento ou desaparecimento gradual do som.
FADE IN: elevao gradual do volume de um som (msica, fala ou rudos)
FADE OUT: diminuio gradual do volume de um som.
FLASH: rpida informao sobre um fato, dado pelo reprter.
FM: Freqncia Modulada. Sistema de transmisso em que a onda portadora, na faixa de 88 a 108
Mhz, modulada em freqncia. As transmisses em FM sofrem menos incidncia de rudos e
apresentam melhor fidelidade de resposta.
FONTE: fonte de informao. Pessoa, rgo, entidade ou mesmo uma documentao que gerou o
fato noticiado.
FUNDO: o mesmo que background ou BG.
FURO: notcia divulgada em primeira mo.
FUSO: mistura de dois temas musicais diferentes, ou vozes, rudos que indicam mudana de
ambiente, tempo ou situao. Mistura de sons.
GANCHO: elemento que justifica a matria e a torna oportuna. a relao da matria com o ouvinte.
HIATO: unio de vrias vogais, o que provoca um efeito desagradvel.
IDENTIFICAO: texto gravado que deve ser irradiado pela emissora com a indicao do nome da
empresa, localidade, freqncia e tipo de emisso, alm do prefixo.
INFORMALIDADE: caracterstica da linguagem de rdio, importante para estabelecer
aproximao com o ouvinte.
JANELA: intervalo que se deixa em programas de rdio para a insero de um ou mais comerciais.
LAUDA: folha padronizada na qual redigido o texto do programa e que ser lida pelo locutor.
LIDE: forma aportuguesada de lead. Abertura de uma notcia ou reportagem.
-
30
MANCHETE: notcias em destaque no incio dos radiojornais ou de cada uma de suas sees,
ressaltando, em no mais que uma linha de texto, os aspectos mais importantes ou mais recentes das
informaes contidas no noticirio que vem a seguir.
MATRIA: assunto desenvolvido pela reportagem.
MIXAGEM: processo de misturar e combinar vrias entradas de som.
NOTA: pequena notcia, destinada informao rpida.
NOTCIA: relato de um fato jornalstico de interesse e importncia para a populao.
OFF: informao confidencial prestada ao jornalista, com a condio de no ser divulgada.
OFF TUBE: tipo de transmisso em que o acontecimento visto pelo locutor atravs do vdeo da
televiso.
PASSAGEM: breve trecho musical que separa duas notcias.
PAUTA: roteiro dos assuntos a serem focalizados pela reportagem.
PINGUE-PONGUE: perguntas feitas pelo apresentador a um reprter, dentro ou fora do estdio.
Tambm pode ser uma entrevista baseada em perguntas curtas e diretas, com respostas rpidas.
PONTUAO: srie de sinais que indicam as pausas e a entonao que o locutor deve seguir.
PRODUTOR: profissional responsvel pela coordenao das tarefas necessrias realizao de um
programa.
PBLICO: conjunto de pessoas ao qual se destina a mensagem.
PBLICO-ALVO: parcela da populao qual dirigida a mensagem. Segmento do pblico que se
pretende atingir e sensibilizar.
PUFF: rudo provocado pelo excesso de presso acstica sobre o diafragma do microfone. Ocorre
geralmente na articulao de consoantes explosivos como o p e o b.
RADIOESCUTA: profissional que acompanha o noticirio das emissoras concorrentes ou de outras
cidades, e as faixas de servio para coletar informaes que possam gerar pautas para sua redao.
REDE: termo usado para identificar uma transmisso conjunta e simultnea de uma mesma
programao feita por duas ou mais emissoras.
REDAO: ato de redigir um texto informativo. A redao no radiojornalismo peculiar porque se
destina a ser falada.
RETRANCA: expresso retirada do meio impresso - palavras-chave que identificam a matria.
RITMO: variao de intensidade, emoo e pausas na fala, conforme o assunto que est sendo
tratado.
-
31
RODAR A INFORMAO: introduzir a mesma informao no decorrer da programao, variando
a forma de transmiti-la. Pelos relatrios, a chefia verifica como a matria deve ser reaproveitada.
ROTEIRO: texto que apresenta o desenrolar total do programa de rdio; tambm significa a relao
de comerciais que devem ser veiculados em ordem de horrio, no jargo radiofnico o mesmo que
tripa.
SEGMENTO: o mesmo que bloco.
SEGUNDO PLANO: voz transmitida a certa distncia, em volume menor, na mixagem, para dar a
sensao de distncia ao ouvinte.
SRIE DE REPORTAGENS: matrias independentes relacionadas entre si pelo mesmo tema.
SETOR: rea de ao de um reprter.
SETORISTA: reprter encarregado de cobrir determinado setor: aeroporto, cmara municipal, bolsa
de valores, etc.
SILNCIO: ausncia temporria de falas e rudos em primeiro plano.
SIMPLICIDADE: caracterstica da linguagem radiofnica.
SOM AMBIENTE: msica, vozes e rudos que aparecem de fundo em uma reportagem.
SONOPLASTA: tcnico responsvel pela sonoplastia.
SUTE: continuidade de um fato jornalstico com o acrscimo de novos elementos que o atualizem.
TEXTO MANCHETADO: notcia escrita em takes ou manchetes. Cada manchete deve conter uma
informao, eliminando-se os suprfluos. Cada take ou manchete possui no mximo duas linhas e
meia.
VINHETA: mensagem transmitida no intervalo de programas, composta de um texto curto, msica e
efeitos sonoros. Pode haver vinheta para chamar uma matria ou programa, campanha institucional e
outras.
FONTES:
CHANTLER, Paul e HARRIS, Sim. Radiojornalismo, Summus, So Paulo, 1998.
PORCHAT, Maria Elisa. Manual de Radiojornalismo, Brasiliense, So Paulo, 1985.
MACLEISH, Robert. Produo de Rdio, Summus, So Paulo, 2001.
8. BIBLIOGRAFIA DE RADIOJORNALISMO
-
32
ARAJO, Carlos Brasil de. O escritor, a comunicao e o radiojornalismo. Diretoria de
Documentao da Cmara dos Deputados. Braslia, 1972.
CSAR, Cyro. Como Falar no rdio - prtica de locuo AM e FM. So Paulo: IBRASA, 1990.
____________. Rdio - Inspirao, Transpirao e Emoo. So Paulo : IBRASA, 1999.
DILLENBURG, Srgio Roberto. Os anos dourados do rdio em Porto Alegre. Porto Alegre: Ari
Corag, 1990.
FEDERICO, Maria Elvira Bonavita. Histria da comunicao - rdio e TV no Brasil. Petrpolis:
Vozes, 1982.
FELICE, Mauro de. Jornalismo de rdio. Braslia: Thesaurus Editora, 1981.
FERRARETO, Luiz Artur. Rdio no ar- O veculo, a histria e a tcnica. Porto Alegre : Sagra
Luzzatto, 2000.
HILLS, George. Los Informativos en radiotelevision. Espanha: instituto oficial de radio y
television.
LIMA, Zita de Andrade. Princpios e Tcnica de Radiojornalismo: Comunicaes e Problemas
(ICIFORM). Braslia. 1970.
MCLEISH, Robert. Produo de Rdio. So Paulo: Summus, 2001.
MOREIRA, Snia Virgnia. O Rdio no Brasil. Rio de Janeiro: Rio Fundo Editora, 1991.
______________________. DEL BIANCO, Nlia R. (org.). Rdio no Brasil - Tendncias e
Perspectivas. Coleo GTS Intercom n. 8: UERJ/UNB. 1999.
MUOZ, Jos Javier, GIL Csar. La Radio: teora y prctica. Espanha: Instituto oficial de Radio y
Television. 1986.
ORTRIWANO, Gisela Swetlana. A informao no rdio: os grupos de poder e a determinao
dos contedos. So Paulo : Summus, 1985.
__________________________. Radiojornalismo no Brasil: dez estudos regionais. So Paulo:
COMARTE, 1987.
PARADA, Marcelo . Rdio: 24 horas de Jornalismo. So Paulo : Panda, 2000.
PORCHAT, Maria Elisa. Manual de radiojornalismo- Jovem Pan. So Paulo: Brasiliense, 1986.
PRADO, Emlio. Estrutura da Informao Radiofnica: Summus Editorial. 1989.
SAMPAIO, Mrio Ferraz. Histria do rdio e da TV no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro,
Achiam, 1984.
SAMPAIO, Walter. Jornalismo Audiovisual: teoria e prtica do jornalismo no rdio, TV e
Cinema. So Paulo: EDUSP. 1971.
-
33
SAROLDI, Luiz Carlos e MOREIRA, Snia Virgnia. Rdio Nacional, o Brasil em Sintonia. Rio
de janeiro: Funarte, 1985.