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MANUAL DOCASAL RESPONSÁVEL

DE REGIÃO

Super-Região Brasil

Equipes de Nossa Senhora

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MANUAL DO CASAL RESPONSÁVEL

DE REGIÃO

Super-Região Brasil

EQUIPES DE NOSSA SENHORA

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A Equipe Responsável Internacional não autoriza nenhum grupo de casais, que não seja admitido no Movimento,

a intitular-se “EQUIPES DE NOSSA SENHORA”.

Este documento é de uso interno do Movimento das Equipes de Nossa Senhora

ResponsabilidadeEquipe da Super-Região Brasil

Av. Paulista, 352 - 3o Andar - Conj. 36Bela Vista - São Paulo-SP - CEP 01310-905

Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (11) 3257.3599 www.ens.org.br • [email protected]

CoordenaçãoLucilene e Nelson - Goiânia-GO

ColaboraçãoElen e Colares - Fortaleza-CE

Conceição e Nelson - Taubaté-SPGraça e Aristeu - Porto Alegre-RS

Edição e ProduçãoNova Bandeira Produções Editoriais Ltda.

R. Turiassu, 390 • 11o andar • cj. 115São Paulo • SP • Fone: (11) 3473.1282

www.novabandeira.com • [email protected]

IlustraçõesMarco Angeli

Revisão de Texto Jussara Lopes

Diagramação Samuel Lincon Silvério

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I Descrição de uma Região ..................................................................... 51. A Região .......................................................................................... 5 1.1 O lugar da Região no Movimento ............................................ 5 1.2 A importância da Região .......................................................... 6 1.3 O serviço e sua duração ........................................................... 6 1.4 O chamado à responsabilidade - A nomeação .......................... 7 1.5 A responsabilidade Regional é conjugal .................................... 8 1.6 O exercício da responsabilidade ................................................ 82. A Equipe de serviço da Região ......................................................... 9 2.1 A razão de ser da Equipe da Região .......................................... 9 2.2 A composição da Equipe da Região ............................................ 9 2.3 A escolha do Sacerdote Conselheiro Espiritual de Região ................................................................. 10 2.4 As funções da Equipe da Região ............................................. 10 2.5 O Conselheiro Espiritual .......................................................... 10 2.6 A vida da Equipe da Região ..................................................... 11

CAPÍTULO II Serviços e tarefas da Região .............................................................. 121. Introdução ..................................................................................... 122. Os serviços da iniciação ................................................................ 13 2.1 A Difusão ............................................................................... 13 2.2 A Expansão ............................................................................ 13 2.3 A Informação ......................................................................... 13 2.4 A Pilotagem ............................................................................ 143. Os serviços de acompanhamento ................................................... 14 3.1 A Ligação ................................................................................ 14 3.1.1 O espírito da Ligação ..................................................... 14 3.1.2 A relação com a Província e a Super-Região.................... 16 3.1.3 Em face da Igreja e da sociedade .................................. 16 3.2 Animação (dar alma) ............................................................... 17 3.3 Formação ............................................................................... 18 3.4 A organização das atividades da Região .................................. 194. Os serviços de aprofundamento ................................................... 19 4.1 Funções administrativas e de controle ..................................... 205. A Equipe da Região ....................................................................... 206. Os serviços de apoio ..................................................................... 207. Vocação, Atribuição e Atividades de um Casal Responsável de Região ............................................. 21

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7.1 Vocação ................................................................................... 21 7.2 Atribuições e Atividades .......................................................... 22 CAPÍTULO III A Responsabilidade de Região ........................................................... 261 Como exercer a responsabilidade ................................................... 26 1.1 O espírito de serviço ............................................................... 27 1.1.1 A humildade ................................................................. 27 1.1.2 Confiança no Senhor .................................................... 27 1.1.3 As atitudes humanas e evangélicas ............................... 28 1.1.4 A preparação para a responsabilidade na Região ........... 292. A sucessão e a substituição .......................................................... 31 CAPÍTULO IV A forma de trabalhar do Casal Responsável de Região ....................... 321. A gestão e a organização .............................................................. 32 1.1 O processo de aplicação .......................................................... 33 1.2 A abordagem colegial ............................................................ 33 1.2.1 Abri-se à colegialidade .................................................. 33 1.2.2 Viver a colegialidade ..................................................... 33 1.2.3 Trabalhar em colegialidade ............................................ 34 1.2.4 Os princípios da colegialidade ....................................... 342. Mobilização .................................................................................. 353. Reunião com os membros da Região ............................................. 354. A participação no Movimento ....................................................... 35

CAPÍTULO V O Colégio Regional ........................................................................... 361. As reuniões da Equipe da Região .................................................. 37 1.1 As condições para o sucesso das reuniões ............................... 37 1.2 O objetivo das reuniões ........................................................... 38 1.3 Sugestão do desenrolar de um encontro ................................. 38

CONCLUSÃO ................................................................................... 39

REFERÊNCIAS .................................................................................. 40

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CAPÍTULO 1Descrição de uma Região

“A Região agrupa vários Setores, quase sempre vizinhos, com o objetivo da ajuda mútua. É um lugar de comunicação e comunhão entre os responsáveis de Setor, seus membros e outros casais que assumem um serviço.”(Guia das Equipes de Nossa Senhora, SRB 2008, p. 35.)

1. A Região

A Região é um conjunto de Setores. Nela os casais são chamados a oferecer os seus talentos e os seus dons, segundo os seus carismas e a sua disponibilidade para servir os outros casais no Movimento.

No Brasil, pelo grande número de equipes, a Região está diretamente ligada a uma “Província”, que é um conjunto de Regiões próximas territorialmente.

1.1 O lugar da Região no Movimento

A Região e os seus Setores ocupam o centro da organização e da animação do Movimen-to. Sua dimensão facilita um conhecimento pes-soal de cada Casal Responsável de Setor (CRS) e possibilita a criação e o desenvolvimento do sentimento de pertença e de solidarie-dade das equipes entre si e des-tas com o Movimento, evitando assim o risco de se desviarem do carisma, do método e da pedagogia do Movi-mento.

Desse modo o Casal Responsável de Região (CRR) é um casal que faz a ligação com os Setores, com a Província e com a Igreja.

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1.2 A importância da Região

A Região se situa em um nível de responsabilidade no qual é mais fácil perceber, sentir e compreender a importância e a internacionalidade do Movimento das ENS.

A perfeita compreensão desta responsabilidade é um facilitador do papel do Casal Responsável de Região, qual seja, o de zelar para que se imprima na mente e no coração dos equipistas a fidelidade às orientações do Movimento.

O Casal Responsável de Região acompanha e acolhe uma diversidade de testemunhos e de experiências vivenciais dos diversos Setores e em relação a eles desempenha um papel de escuta e de percepção de suas necessidades.

Também, sendo sensível aos sinais dos tempos e aberto ao sopro do Espírito, através do seu papel de orientar, alimenta no seu Colegiado a reflexão que propicia um progressivo e mais profundo enraizamento no Movimento.

1.3 O serviço e sua duração

“A responsabilidade da Região é confiada a um casal chamado Casal Responsável de Região. Seu mandato tem uma duração normal de quatro anos. É escolhido segundo os critérios estipulados por cada Super-Região num espírito de comunhão e de serviço. Sua nomeação é feita pelo Casal Responsável da Super-Região.”

(A responsabilidade nas ENS, SRB 2012, p. 25.)

A responsabilidade Regional

Todas as responsabilidades nas Equipes de Nossa Senhora são um serviço.

“O Movimento das ENS não é estruturado sobre os princípios das democracias políticas. Não estamos ‘a serviço’ porque propusemos a nossa candidatura, fizemos campanha com um

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programa e fomos eleitos por uma maioria. Fomos chamados não só pelos nossos méritos, mas porque o Senhor pousou sobre nós o seu olhar.”

(O apelo ao serviço nas ENS, ERI 2004, p. 5.)

É com esse sentido de vocação missionária cristã que o Casal Responsável de Região vê que a sua responsabilidade está ligada ao sacerdócio real de Cristo.

1.4 O chamado à responsabilidade - A nomeação

O casal que aceita a responsabilidade da Região está convencido de estar a serviço em nome do Senhor, que lhe dá os meios e os dons necessários. Por isso, não tem que se preocupar com o que vai dizer ou com o que vai fazer. “O Espírito do vosso Pai é que falará em vós” (Mt 10,20).

Ao receber o chamado, o casal põe-se à escuta do Senhor e, como Samuel, diz: “Fala, Senhor; o teu servo escuta” (1 Sm 3,1-10). A recompensa será grande nos céus, “Pois a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância” (Mt 25,29), porque foi digno da confiança do Mestre e com suas ações “colocou seus talentos para render” (Mt 25,14-23).

São Paulo dirige a todos que se põem a serviço do Senhor um aconselhamento sem igual:

“Sede zelosos e diligentes, fervorosos de espírito, servindo sempre ao Senhor, alegres na esperança, fortes na tribulação, perseverantes na oração” (Rm 12,11-12).

Para evitar uma escolha unilateral, arbitrária, prematura e improvisada, a indicação de um Casal Responsável de Região é feita do seguinte modo: O CRR inicia com a Equipe da Região um processo de discernimento em clima permanente de oração e colegialidade que, pela orientação do Espírito Santo, resultará numa lista tríplice que será enviada ao Casal Responsável de Província com um breve histórico de cada casal indicado. A esta lista, o Casal Responsável de Província poderá acrescentar outros nomes e informações ao apresentá-la à Equipe da Super-Região (ESR).

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Após esta etapa final do discernimento a nomeação oficial compete à Equipe da Super-Região, que, através do Casal Responsável de Província, fará o convite ao casal escolhido.

1.5 A responsabilidade Regional é conjugal

A responsabilidade da Região repousa no casal; os cônjuges põem em comum os seus dons, os seus talentos e os seus carismas a serviço da Região e do Movimento.

O Casal Responsável de Região deve ter um bom conhecimento do Movimento. Recomenda-se que participe de uma Sessão de Formação Específica para o seu serviço. Sua formação prosseguirá ao longo do seu período de serviço e contará com o apoio do Casal Responsável de Província para o discernimento das necessidades da sua Região.

Além de preocupar-se com o espírito e o bom funcionamento das Equipes de Setor, o Casal Responsável de Região deve estar atento à caminhada e ao progresso das mesmas para fazer com que elas recebam o máximo possível de frutos do Movimento.

As atividades de Região são da responsabilidade do Casal Responsável de Região, que trabalha em colegialidade com a Equipe da Região. Porém é o Casal Responsável de Região que responde perante o Movimento das Equipes de Nossa Senhora pela sua execução e pelas suas decisões.

1.6 O exercício da responsabilidade

O serviço do Casal Responsável de Região é um exercício de responsabilidade, mas a decisão do servir, do modo de servir e agir, deve ser tomada em colegialidade, cuja prática segue algumas linhas de funcionamento:

• Trabalhar em equipe, promovendo a confiança e a fraternidade;

• Descobrir os dons particulares de cada um, para que sejam postos a serviço;

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• Animar a equipe, estimulando a reflexão através do estudo e da discussão, garantindo a livre expressão de cada um;

• Agir com toda a caridade fraterna como conciliador, para a obtenção de um consenso na tomada de decisões.

(O exercício da colegialidade, ENS, 2001, p. 17-18.)

2. A Equipe de serviço da Região

“A Equipe da Região é chamada a trabalhar em colegiado e viver numa verdadeira comunhão.” (A responsabilidade nas ENS, SRB 2012, p. 25.)

2.1 A razão de ser da Equipe da Região

A Equipe da Região não pode se limitar à partilha de tarefas. É graças à responsabil idade comparti lhada e à colegialidade que se verifica um enriquecimento mútuo advindo da diversidade de opiniões, de reflexões, de dons e de talentos dos casais que a compõem.

Na primeira Carta de São Pedro consta um ensinamento primoroso: “Como bons administradores da multiforme graça de Deus, cada um coloque à disposição dos outros o dom que recebeu” (1Pd 4,10). É na complementaridade que se obtém o todo e, de fato, somente com o espírito de doação torna-se possível, na diversidade, a unidade almejada.

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2.2 A composição da Equipe da Região

A Equipe da Região, além do Casal Responsável de Região, é constituída pelos Casais Responsáveis pelos Setores que compõem a Região e um Sacerdote Conselheiro Espiritual. Por decisão do Casal Responsável de Região, se necessário podem ser incorporados um ou mais casais para exercer funções de apoio. Contudo, tendo em vista uma preocupação com a eficácia, uma equipe não deve ter demasiados membros.

2.3 A escolha do Sacerdote Conselheiro Espiritual de Região

Ao assumir a missão, o Casal Responsável de Região escolhe e convida para auxiliar na sua caminhada um Sacerdote Conselheiro Espiritual.

2.4 As funções da Equipe da Região

“Com a ajuda de uma Equipe e de um Conselheiro Espiritual, o Casal Responsável de Região responde a um objetivo comum de animação, de ligação, de formação, de difusão, de reflexão, de discernimento e de construção da unidade entre as equipes da Região.”

(Guia das Equipes de Nossa Senhora, SRB 2008, p. 36.)

Deve promover uma animação espiritual à escuta do Espírito. Para isso é preferível que sejam vários a rezar e a trocar pontos de vista e ideias, num espírito de fraternidade, de abertura e de humildade. É somente graças a essa reflexão colegiada e orante que um verdadeiro discernimento é possível e facilitado.

2.5 O Conselheiro Espiritual

O Conselheiro Espiritual da Região é o sacerdote que aconselha o Casal Responsável de Região e a sua Equipe. Uma de suas importantes funções é manter as equipes em comunhão com o conjunto da Igreja, facilitando eventuais contatos do Casal Responsável de Região com a Igreja.

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Ele ajuda a Equipe da Região a olhar os seus problemas à luz do Evangelho.

A animação espiritual da Região é enriquecida pela sua presença nas reuniões da Equipe da Região e nos eventos da Região, sempre que possível.

A sua contribuição é muito importante também porque ele pode opinar sobre a escolha de sacerdotes pregadores e candidatos a Conselheiro Espiritual de equipes de base e Setores, além de ajudar na organização de Retiros e de Sessões de Formação.

Em colaboração com o Casal Responsável de Região, estará à disposição dos outros Conselheiros Espirituais que tenham necessidade da sua iluminação, do seu encorajamento e do seu discernimento.

2.6 A vida da Equipe da Região

A vida da Equipe da Região está alicerçada, em primeiro lugar, na oração. Nas reuniões, corre-se por vezes o risco de se dar um lugar demasiado importante à organização e de não se dar tempo suficiente para se deixar penetrar pelo sopro do Espírito. É uma questão de equilibrar oração e ação.

Também o Casal Responsável de Região jamais deve perder de vista o seu papel de formador. A Formação é prioridade no Movimento desde as origens e, assim, não pode faltar na vida da Equipe da Região.

A fraternidade e a confiança recíproca facilitam a vida dessa Equipe. O sentimento de pertença à Equipe da Região é diferente da pertença a uma equipe de base: esta é de pertença a longo prazo e aquela é temporária, para uma missão precisa.

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CAPÍTULO 2Serviços e tarefas da Região

“Pelo amor, fazei-vos servos uns dos outros. É que toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: Ama o teu próximo como a ti mesmo” (Gálatas, 5,13-14).

1. Introdução

A Região é encarregada pelo Movimento de contribuir com serviços que permitam que os casais que dela fazem par-te ponham em prática os meios que os ajudem a viver bem a sua espiritualidade conjugal com a ajuda dos seus Conselhei-ros Espirituais.

Para isso, as Regiões devem realizar tarefas específicas que não dupliquem com as dos Setores, mas que concorram para os mesmos objetivos.

Cada Região adquire uma experiência específica, afina os seus meios e os põe em prática.

Todos os serviços dos Setores estão bem desen-volvidos no documento. O Casal Responsável de Setor (ERI 2004). Este docu-mento permite assim ajustar e distin-guir as tarefas da Região e do Setor.

Neste capítulo veremos esses diferentes serviços e realçamos a particularidade das tarefas da Região. Na maior parte dos casos, o pa-pel da Região consistirá em verificar que os serviços são postos em prática confor-me as orientações do Mo-vimento.

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A Região apoiará os Setores e poderá até mesmo substituí-los por incapacidade destes ou em caso de dificuldades.

O papel da Região para esses serviços consistirá em por à disposição dos Setores os meios de formação, de gestão, de comunicação etc.

2. Os serviços de iniciação

Reunimos sob esta designação todos os serviços voltados à formação de novas equipes.

Citaremos em particular:

• A Difusão

• A Expansão

• A Informação

• A Pilotagem

2.1 A Difusão

A Difusão tem por objeto dar a conhecer o maravilhoso plano de Deus a respeito do amor humano: o matrimônio cristão é um caminho de Amor, de Felicidade e de Santidade.

O objetivo da difusão é tornar o Movimento conhecido, é divulgá-lo, é informar que ele existe de uma forma mais abrangente.

2.2 A Expansão

A expansão é o culminar da difusão, é o seu produto final, é a renovação do Movimento, a criação de novas equipes.

2.3 A Informação

Esta ação se segue à Difusão e consiste em explicar o que é a espiritualidade conjugal proposta pelas ENS. A Informação dirige-se, pois, a casais que tenham o Sacramento do Matrimônio e que já andam à procura de um meio para viver uma espiritualidade de casal.

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Orienta-se então que os casais passem por uma Experiência Comunitária, que deverá ser conduzida por um casal equipista.

2.4 A Pilotagem

Antes do início da Pilotagem, recomendam-se os estudos dos Estatutos, com orientação do Casal Piloto. Quando se cria uma nova Equipe, o Setor delega ao Casal Piloto a missão de acompanhar essa Equipe durante o período de, no mínimo, um ano. Após esse período os casais deverão fazer um encontro de um final de semana que concluirá essa fase (EEN – Encontro de Equipes Novas).

3. Os serviços de acompanhamento

3.1 A Ligação

Este serviço consiste essencialmente na ligação executada pelo Casal Responsável de Região, ligação do Movimento com o Colégio de Setor.

3.1.1 O espírito da Ligação

A necessidade da Ligação surgiu muito rapidamente quando se deu a expansão das Equipes de Nossa Senhora. Já não era possível ao Padre Caffarel nem aos responsáveis do Movimento manter uma relação estreita entre todas as Equipes. O propósito da Ligação é favorecer a comunicação e fazer com que todas as Equipes, todos os Setores, todas as Regiões vivam numa estreita relação com o Movimento, em primeiro lugar, e também entre si.

Dizem-nos os Estatutos:

“Ainda que muito útil, a Carta Mensal não é, por si só, suficiente para que os laços entre o Centro e as restantes Equipes sejam tão estreitos e fecundos como seria de desejar. É aos diferentes quadros do Movimento que compete fazer com que assim seja [...] Os contatos frequentes desses diferentes ‘quadros’ com o Centro Diretor ajuda-os a transmitir os seus

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impulsos e a mantê-Ios a par dos desejos e das necessidades das Equipes. Graças a eles, as relações entre Equipes e o Centro, em vez de serem puramente administrativas, têm uma nota de cordialidade fraterna.”

(A Carta das Equipes de Nossa Senhora,1947, in Guia das Equipes de Nossa Senhora, Anexo I, p. 71)

Para os Casais Responsáveis de Região e para os membros da Equipe da Região, a Ligação é o olhar ao mesmo tempo objetivo e fraterno que permite observar o seu funcionamento.

A Ligação lembra aos Responsáveis as vantagens de permanecerem unidos entre si, aos outros Setores e ao Movimento através da sua participação nas atividades e da aceitação de viver as prioridades e as orientações do Movimento.

A Ligação é um serviço a prestar à Região e um serviço a prestar também aos Setores. De fato, a Ligação permite que a Região conhecer a vitalidade das Equipes dos Setores, as suas necessidades e as suas dificuldades e planificar as atividades, as Sessões de Formação e os Mutirões (refontalização).

A colegialidade vivida na Região é um meio privilegiado de expressão da Ligação.

A Ligação pode se expressar de múlt iplas formas, permitindo tornar esta tarefa, simpática, atraente, desejável e fecunda.

A escolha das formas de fazer a Ligação exige discernimento por parte do Casal Responsável de Região em harmonia com sua Equipe. No entanto, deve-se privilegiar sempre “a ligação pessoal e visual: o contato e a comunicação dão vida e estímulo”.

(A responsabilidade nas ENS, ERI, maio 1993, p. 23.)

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3.1.2 A relação com a Província e a Super-Região

Se a Ligação é essencial para a vitalidade de uma Região, também o é para a Província e para a Super-Região.

Graças a contatos regulares, criam-se laços de amizade e de confiança entre os Casais Responsáveis de Região, de Província e da Super-Região.

O CRR deve providenciar para que as orientações e iniciativas da Província/Super-Região/ERI sejam observadas na Região e, ao mesmo tempo, transmitir os pedidos, propostas e dificuldades dos Setores para Província, Super-Região, a fim de que, em conjunto, se encontrem as melhores soluções.

3.1.3 Em face da Igreja e da sociedade

O Casal Responsável de Região é o representante do Movimento ao n íve l da Região. Tem, portanto, a responsabil idade de:

• Difundir a espiritualidade conjugal: fazer descobrir o maravilhoso plano de Deus relativamente ao amor conjugal, valorizar o Matrimônio como lugar de Amor, caminho de Felicidade e meio de Santidade;

• Dar a conhecer o Movimento e as suas riquezas aos casais, aos sacerdotes, aos diáconos e à hierarquia da Igreja, aos agentes de pastoral e aos organismos diocesanos que se ocupam do casal e da família;

• Participar na Pastoral Familiar e manter relações com os outros movimentos de espiritualidade que estão a serviço do casal e da família (Participar das reuniões e formações diocesanas promovidas pela coordenação da Pastoral Familiar);

• Desenvolver nos casais das Equipes a consciência da sua missão pessoal na Igreja e no mundo;

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• Descobrir os meios de transmitir o ideal e a espiritualidade das Equipes de Nossa Senhora. A Equipe da Região deve exercer a sua imaginação e a sua criatividade para se integrar no contexto social do seu território, mantendo-se fiel ao espírito e à pedagogia das ENS;

• Descobrir os novos sinais dos tempos:

“É preciso que as ENS respondam ao apelo da Igreja para uma nova evangelização fundada no amor humano e na vida de família; a Igreja tem hoje, mais do que nunca, necess idade de le igos casados, r icos de uma formação em que a fé e a vida se alimentem mutuamente. Os casais cr istãos têm, assim, um dever missionário e um dever de entreajuda aos outros casais, a quem desejam legitimamente comunicar a sua experiência e manifestar que Cristo é a fonte de toda a vida conjugal.”

(João Paulo II – 50° aniversário da Carta, 1997)

Em nenhum caso o Casal Responsável de Região substituirá o Casal Responsável de Setor nas relações com a Igreja local (Paróquia ou Diocese).

3.2 Animação (dar alma)

Tendo em conta as orientações propostas pelo Movimento, as particularidades e as necessidades dos Setores e da Região, o Casal Responsável de Região e a sua Equipe, em clima de oração:

• Fazem o discernimento sobre o que ajudará os casais a viver melhor o ideal proposto pelo Movimento;

• Elaboram e realizam um projeto pastoral da Região e um plano de ação a partir dos balanços e das preocupações dos Setores.

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Na prática, trata-se de ajudar todos os casais equipistas a viver plenamente o carisma das Equipes de Nossa Senhora:

• Ajudando as Equipes de Setor a serem verdadeiras comunidades cristãs;

• Criando e mantendo a unidade e a coesão da Região através do conhecimento mútuo das Equipes de Setor e da criação de laços de solidariedade e de pertença ao Movimento;

• Dando a conhecer e aprofundando as orientações do Movimento, a fim de constituir uma ajuda na vida espiritual dos casais;

• Encorajando os casais das Equipes a comprometerem-se no Movimento e fora dele.

(A responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora, ERI, maio 1993, p. 22)

3.3 Formação

O Casal Responsável de Região estimulará a formação dos equipistas e dos Conselheiros Espirituais da sua Região, muito em especial os casais empenhados nos Setores e em vários serviços, tais como a Ligação, a Pilotagem, a Expansão, a Informação, a responsabilidade de Equipe.

“As sessões de formação são tempo importante na vida das Equipes. O seu objetivo é formar os equipistas ou aprofundar os seus conhecimentos sobre o espírito e os métodos do Movimento. Esta oportunidade dada aos equipistas para aprofundarem a proposta de vida das Equipes de Nossa Senhora torna-os mais seguros no seu engajamento, passando eles a viverem melhor o Movimento e, portanto, estando mais habilitados a desempenhar as suas responsabilidades”

(Guia das Equipes de Nossa Senhora, ERI, maio 2001, p. 49.)

É importante que o Casal Responsável de Região estimule o acolhimento afetuoso dos Conselheiros Espirituais de

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Equipes, Setor e Região, os reúna periodicamente para fornecer informações sobre o Movimento e, através da troca das suas experiências, aprofundar o seu papel e o seu lugar na Equipe de Setor.

3.4 A organização das atividades da Região

Dada a sua tríplice missão (animação, ligação, formação), o Casal Responsável de Região e a sua Equipe terão em vista um certo número de atividades: reuniões de todas as Equipes de Setor (CRS, SCES, CLs, CPs e Casais Apoio), EACREs, encontros em nível de Região, sessões de formação propostas a todos os Setores, retiros, jornadas de estudo e de reflexão etc.

4. Os serviços de aprofundamento

São os serviços destinados aos equipistas que visam ajudá-los na sua caminhada e que podem ser postos em prática no contexto de uma Região:

• Retiros;

• Sessões de Formação;

• Formações Específicas

• Formações Permanentes;

• Encontros em nível de Região;

• Encontros em nível de Província.

Os Setores são diretamente responsáveis pelos Retiros, Mutirões e pela observância dos princípios e orientações gerais do Movimento. Porém, o Casal Responsável de Região deve ficar atento à plena observância desses procedimentos, pois caso estejam falhando, ele deverá estimular a sua retomada e até mesmo intervir para que sejam executadas as determinações dos Estatutos do Movimento.

Estes serviços podem ser desenvolvidos também em uma

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escala maior entre Regiões, no âmbito de Províncias ou até mesmo da Super-Região.

4.1 Funções administrativas e de controle

As atividades administrativas, como cadastro de novos casais, Conselheiros Espirituais, desligamentos, alterações de endereço, contribuições, participação em sessões de formação são responsabilidade dos Casais Responsáveis de Setor. Porém o Casal Responsável de Região estará atento, acompanhando e apoiando o Casal Responsável de Setor para suprir eventuais desatendimentos. O Casal Responsável de Região tem a responsabilidade de checar regularmente a atualização dos dados citados acima no sistema Magnificat.

5. A Equipe da Região

O Casal Responsável de Região pode escolher casais dentre Equipes da sua Região que assumam as funções para os serviços de secretaria, comunicação, de maneira que não onerem as responsabilidades que já tenham sido atribuídas a ele na Região ou no Setor.

Os casais que integrarem a Equipe da Região o farão por delegação provisória do CRR, sem que isso signifique transferência da responsabilidade ao escolhido.

6. Os serviços de apoio

Estes serviços não existem de forma desenvolvida senão nas Regiões autônomas diretamente ligadas à Equipe Responsável Internacional (ERI) e ao Responsável de Zona em particular. São serviços necessários ao funcionamento da Região e à circulação da informação. Por isso temos duas formas de constituir este serviço de apoio:

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1. As Regiões diretamente ligadas a ERI ou Zona onde não existem Super-Regiões precisam de uma organização que disponha de casais de apoio para:

• Secretariado;

• Tesouraria;

• Boletim da Região;

• Intercessão;

2. As Regiões ligadas a Província precisam de um número menor de casais de apoio (2 ou 3) para auxiliarem geralmente na:

• Formação;

• Secretariado e Comunicação;

Observa-se também que neste caso não se necessita de serviço de tesouraria, pois todas as necessidades relativas ao serviço são devidamente apresentadas à Província e Super-Região para aprovação e custeio.

7. Vocação, Atribuições e Atividades de um Casal Responsável de Região

Alinhados ao documento “A responsabilidade nas ENS”, o Casal Responsável de Região precisa ter claramente o espírito de sua vocação, suas atribuições e atividades durante o exercício do serviço.

7.1 Vocação

O Casal Responsável de Região (CRR), como todos os demais que são chamados para desempenhar funções de responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora, inspira-se na gratuidade do serviço do Senhor, sendo especialmente vocacionado para:

1. Preservar, em âmbito regional, a fidelidade ao carisma, a unidade e a orientação do Movimento;

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2. Animar e manter coesos os Setores que integram a Região;

3. Formar, com o apoio dos CRS, novos quadros aptos a assumirem a liderança dos Setores e da Região;

4. Promover atividades inter-Setoriais que estimulem a ligação horizontal;

5. Manter a ligação dos Setores da Região com a Equipe da Província e a Equipe da Super-Região, transmitindo-lhes a orientação e o espírito do Movimento;

6. Representar o Movimento perante a Igreja local;

7. Caminhar juntamente com outros movimentos da Pastoral Familiar;

8. Discernir e deliberar, como membro do Colégio Nacional (Equipe da SR + SCEPs+ CRRs + SCERs) e Provincial (Equipe da Província + SCERs + CRSs + SCESs), a caminhada do Movimento no Brasil;

9. Estudar os documentos fundadores para conhecer verdadeiramente o Movimento.

7.2 Atribuições e Atividades

Entre outras, não especificadas, são atribuições do CRR:

1. Participar dos Colegiados Nacional e Provincial juntamente com seu Sacerdote Conselheiro da Região, comparecendo aos respectivos encontros e reuniões;

2. Colaborar intimamente com o Casal Responsável da Província na coordenação das Sessões de Formação e do Encontro Provincial, do Encontro de Equipes Novas e da Formação Permanente;

3. Coordenar todos os Setores e Coordenações da Região, cuidando de sua formação;

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4. Nomear e coordenar a Equipe de Trabalho da Região;

5. Responsabilizar-se, com o CRS, pela formação dos Coordenadores da Experiência Comunitária e dos Casais Pilotos, zelando para que sejam eles preparados para trabalhar em constante e permanente atualização com a pedagogia do Movimento;

6. Coordenar a expansão do Movimento, acompanhando o processo de constituição de novas Equipes, a cargo dos Setores, ou assumindo a própria execução desse processo nos locais distantes em que não houver Setor. A expansão deve ser incentivada a partir da Experiência Comunitária, para que novas Equipes não se formem sem prévia formação dos casais participantes;

7. Planejar as atividades para o ano;

8. Elaborar o Calendário em sintonia com o Calendário da Província e da Super-Região Brasil, incluindo todas as atividades em nível de Região e repassá-lo à Equipe da Região e ao Casal Responsável da Província.

Entre as atividades programadas no Calendário devem constar:

a. Pré-EACRE e Pós-EACRE, a cargo dos Setores;

b. EACRE;

c. Discernimento para novos CRS ou Região, quando for o momento;

d. Formações;

e. Encontro de Equipes Novas, em conjunto com a Equipe Formadora;

f. Retiros, a cargo dos Setores;

g. Mutirões, a cargo dos Setores;

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h. Reuniões da Equipe da Região;

i. Encontro do Colégio Provincial;

j. Encontro do Colégio Nacional;

9. Organizar e coordenar o EACRE da Região;

10. Organizar e Realizar as Sessões de Formação; Encontro de Equipes Novas e Formação Permanente;

11. Manter o Sistema Magnificat com seu cadastro atualizado, estimulando os Setores a fazerem o mesmo;

12. Realizar as Reuniões com a Equipe da Região;

13. Verificar se os CRS estão fazendo suas Reuniões com seu Colégio e com a sua Equipe do Setor e se elas contemplam todos os momentos citados no documento Manual do Casal Responsável de Setor (Oração, Formação, Informação, Troca de Experiência e Orientações);

14. Preparar e iniciar o discernimento para novos CRS e/ou CRR, quando for o tempo;

15. Cuidar da substituição do CR de Setor e de sua formação, nomeando-o e dando-lhe posse;

16. Conhecer as Normas Administrativas e colocá-las em prática;

17. Preparar os re latór ios de acompanhamento e planejamento do primeiro e segundo semestres e entregá-los ao Casal Responsável da Província na data estabelecida por ele;

18. Preparar a Planilha orçamentária da Região e entregá-la ao Casal Responsável da Província na data estabelecida por ele;

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19. Zelar para que as Orientações do Movimento sejam seguidas durante o ano;

20. Zelar para que o boletim/informativo da Região, se existir, cumpra seu objetivo de difundir e veicular informações sobre a vida da Região e do Movimento, promova a solidariedade e a pertença à Região, celebre e comunique as principais atividades das Equipes e dos equipistas. Sua publicação pode ser nas mais variadas formas de mídia. Os boletins/informativos em âmbito de Região e/ou Setor devem ser enviados com regularidade para o Casal Responsável pela Comunicação Externa da Super-Região Brasil e estarem adequados às orientações do Movimento. Da mesma forma, os sites, blogs e comunicações em redes sociais devem observar as orientações da SRB. Cabe ao Casal Responsável de Região certificar-se de que esses meios de comunicação sigam as orientações do Movimento.

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CAPÍTULO 3A Responsabilidade de Região

“Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, governando-o não à força, mas de boa vontade, tal como Deus quer; não por um mesquinho espírito de lucro, mas com zelo; não com um poder autoritário sobre a herança do Senhor, mas como modelos do rebanho” (1 Pedro 5, 2-3).

1. Como exercer a responsabilidade

A forma de exercer a responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora inspira-se no único modelo, Cristo.

Cristo exercia a sua influência nas atitudes de escuta, de acolhimento, de dedicação, de gratuidade e de impulso do coração. É nesse espírito que exercemos as nossas responsabilidades. Numa atitude pastoral, o Casal Responsável de Região guiará o rebanho que lhe está confiado.

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Não tomemos posse como donos de uma Região; ela nos é confiada pelo Senhor e pelas instâncias do Movimento. Sempre no interesse dos equipistas, o Casal Responsável de Região se esquecerá de si para responder às necessidades deles.

1.1 O espírito de serviço

1.1.1 A humildade

A propósito do serviço nas Equipes de Nossa Senhora, o Guia das ENS (ERI, 2001) esclarece:

“Muitas vezes, entre os homens, ‘responsabilidade’ é sinônimo de força e de poder. Quando Cristo lavou os pés de seus discípulos, mostrou-nos uma outra maneira de exercer a responsabilidade nas Equipes: pondo-nos ao serviço dos nossos irmãos e irmãs. Nas Equipes, a responsabilidade é um convite a um amor maior, e todas as responsabilidades são apelos ao serviço.”

E o Senhor recorda-nos:

“Se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós vos deveis lavar os pés uns aos outros. Na verdade, dei-vos o exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também. Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo mais do que o seu Senhor, nem o enviado mais do que aquele que o envia” (Jo 13,14-16).

Somos chamados a renunciar a nós mesmos para nos dar aos outros, porque estamos “a serviço” e “em serviço”.

1.1.2 Confiança no Senhor

“Felizes os pobres” (Mt 5,3). Os pobres das bem-aventuranças são aqueles que se entregam totalmente à Providência de Deus. O pobre é aquele que, como São Paulo, reconhece a sua própria fraqueza. “Quando sou fraco, então é que sou forte” (2 Cor 12,10). Quando reconheço a minha

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fraqueza e minhas limitações, pondo toda a minha confiança no Senhor e Lhe dando todo o espaço, Ele pode agir através de mim, utilizando todos os dons que Ele próprio pôs em mim. Então é que eu sou forte no Senhor.

Feliz aquele que não se ensoberbece com os dons que recebeu do Senhor, mas em quem brota muito naturalmente o louvor. “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador [...] porque fez em mim maravilhas” (Lc 1,46-49).

Se o Casal Responsável de Região não puder responder a uma ou outra questão por falta de conhecimentos deverá recorrer ao Casal Responsável da Província e aos documentos do Movimento antes de dar qualquer resposta.

1.1.3 As atitudes humanas e evangélicas

Muitas qualidades e atitudes facilitam a realização das responsabilidades. No entanto, não se exigem todas essas qualidades e atitudes à mesma pessoa. Poderemos encontrar alguém assim? É preciso procurar as complementaridades no casal ou na Equipe Regional.

Qualidades pessoais:

• Humildade e caridade

• Atitudes de acolhimento, de escuta, de perdão

• Casal de oração

• Conhecimento do Carisma e Mística das ENS

• Amor ao Movimento

• Paciência e exigência

• Abertura de coração e de espírito

• Espírito missionário

• Espírito de colegialidade

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• Espírito conciliador, de diálogo, capacidade para trabalhar em equipe

• Bom senso, discernimento e visão de futuro

Qualidades organizacionais:

• Liderança

• Dinamismo e determinação Coerência e constância

• Capacidade de comunicação oral e escrita

O Casal Responsável de Região deverá considerar a sua responsabilidade como um ministério e não como um trabalho; um serviço e não um emprego.

1.1.4 A preparação para a responsabilidade na Região

Preparar-se para a responsabilidade Regional é um estilo de vida a descobrir:

• que aprofunda o que já foi vivido na nossa Equipe e nas nossas responsabilidades anteriores;

• que o completa no sentido da responsabilidade assumida.

É certo que aceitar uma responsabilidade vai levar-nos a rezar mais, a abandonar-nos um pouco mais nas mãos do Senhor e a tornar-nos mais humildes.

No plano espiritual se empenhará em:

• Dialogar no Dever de Sentar-se, visto que tomar a cargo uma Região é algo que se faz em casal e o casal tem de preservar o seu equilíbrio;

• Orar com mais intensidade, dando um lugar primordial à intercessão pelo sacerdote e pelos casais da Equipe da Região, bem como para todos os casais que as ENS poderão ajudar;

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• Alimentar-se da Palavra de Deus e dos Sacramentos, para perseverar na missão que o Senhor lhe confiou (participar de uma Celebração Eucarística semanal a mais na intenção da Região).

No plano funcional deverá:

• Informar-se no sentido de conhecer o Movimento em todos os níveis de responsabilidade;

• Fazer o retrato da sua Região para conhecer os Se-tores (composição, antiguidade, caminhada, particu-laridades etc.), os responsáveis de Equipe, os Con-selheiros Espirituais, os casais que assumem alguma responsabilidade e aqueles que já tiveram uma res-ponsabilidade no Movimento;

• Formar-se através das Sessões de Formação propostas pela Super-Região e pelo Movimento;

• Permitir ser ajudado: constituir uma Equipe comple-mentar com capacidades e talentos diferentes para trabalhar em colegialidade (ver capítulo 1 para a for-mação da Equipe da Região).

No plano da formação:

“Não é que sejamos capazes de conceber alguma coisa como de nós mesmos; é de Deus que provém a nossa capa-cidade. É Ele que nos torna aptos para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, enquanto o Espírito dá a vida” (2 Coríntios 3,5-6).

Os responsáveis pelo Movimento têm-se mostrado moti-vadores na promoção da formação, pois “na formação joga--se o futuro do Movimento e a sua unidade”; o mesmo se diga dos Casais Responsáveis de Região.

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Trata-se, evidentemente, da formação que os Casais Res-ponsáveis de Região devem receber e completar por si próprios ou que hão de receber em Sessões de Formação Internacio-nais ocorridas a cada seis anos, quando houver oportunidade.

O Casal Responsável de Região deve formar-se compre-endendo, aprofundando e assimilando os documentos do Movimento, para aprofundar o seu compromisso. Deve mer-gulhar nos documentos recentes e nos textos fundadores, ti-rar deles o essencial e o conteúdo, para se impregnar dos mesmos e saber transmiti-los. A formação compreenderá: a iniciação “ao trabalho em equipe”, ao conhecimento do Mo-vimento e da sua dimensão internacional.

A esse nível de responsabilidade, seria preferível que os novos Casais Responsáveis de Região tivessem anteriormente prestado o serviço de Responsável de Setor. Os casos particu-lares devem ser tratados pela Equipe da Super-Região Brasil.

2. A sucessão e a substituição

Convém que o Casal Responsável de Região procure, desde o princípio do seu serviço, quem possa substituí-lo ao fim dos quatro anos do seu mandato, permitindo-lhe acom-panhar a vida da Região. Isto lhe possibilitará, quando chama-do através do indispensável discernimento, ir ao Responsável pela Província ou Super-Região com um bom conhecimento deste escolhido. Além disso, também permitirá ao substituto a formação necessária para o serviço e a interação com as particularidades das Equipes e Setores da Região, facilitando a transição de um casal responsável para outro.

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CAPÍTULO 4A forma de trabalhar

do Casal Responsável de Região

“As responsabilidades nas Equipes de Nossa Senhora são exercidas por casais, isto é, os cônjuges juntos. Eles exercem-nas com a ajuda de outros casais, com uma equipe de serviço, assistida por um sacerdote conselheiro espiritual, num clima de co-responsabilidade, colegialidade e comunhão.”

(Guia das Equipes de Nossa Senhora, ERI, maio 2001.)

1. A gestão e a organização

O CRR deve programar e estabelecer um plano de ação para o ano, na linha das prioridades, necessidades e das orientações, juntamente com seu colegiado.

Hoje em dia já não se pode contar unicamente com a disponibilidade, a generosidade e a boa vontade para se encarregar de uma responsabilidade. O voluntariado e o compromisso apoiam-se em métodos mais bem estruturados e mais adaptados aos tempos modernos. Devido à distância entre os Setores, poderão utilizar-se vários meios de comunicação e princípios de gestão aplicáveis e adaptáveis a qualquer organismo. Deve-se atentar que o princípio da

ligação e o contato pessoal entre as várias instâncias do Movimento não podem ser prejudicados por nenhum meio de comunicação.

O Casal Responsável de Reg ião assume os diferentes aspectos da sua missão através da aplicação de métodos de trabalho que são os do processo de aplicação a qualquer

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atividade humana, aos quais se acrescenta a abordagem colegial própria das Equipes de Nossa Senhora.

1.1 O processo de aplicação

• Planificar: Estabelecer prioridades e orientações que deverão ser ratificadas pelos Casais Responsáveis de Setor e suas Equipes de Setor (inclusive SCE). Essas prioridades devem estar alinhadas às Orientações do Movimento e à realidade e às necessidades de cada Setor;

• Organizar: Realizar o plano de ação com atividades que auxiliem nessas prioridades e orientações;

• Avaliar: Proceder a uma boa avaliação do ano e definir as prioridades do ano seguinte.

É de responsabilidade do Casal Responsável de Região preparar os Casais Responsáveis de Setor que estão iniciando a sua função organizando um dia de formação baseado no documento da ERI, Manual de Formação Específica e no Manual do Casal Responsável do Setor.

1.2 A abordagem colegial

1.2.1 Abrir-se à colegialidade

A colegialidade é a partilha dos “dons” diversos e complementares que o Espírito concedeu a cada um, numa procura comum da verdade e de um encontro mais profundo entre nós. Ela permite um verdadeiro discernimento pelo trabalho realizado em conjunto, para melhor descobrir a vontade de Deus. A colegialidade pressupõe atitudes participativas e não autoritárias e exige uma disciplina e métodos de trabalho. Não anula a missão do Casal Responsável. A colegialidade ultrapassa as nossas próprias possibilidades: ela só pode ser fruto do Espírito.

1.2.2 Viver a colegialidade

Cada membro da Equipe da Região deve ser respeitado na sua própria personalidade. É necessário que cada membro se sinta amado e acolhido pelos outros, que cada um sinta que as suas ideias são respeitadas e que a sua contribuição é apreciada.

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1.2.3 Trabalhar em colegialidade

Trabalhar em colegialidade supõe a comunicação, a partilha transparente, uma grande capacidade de escuta e uma confiança recíproca. Trabalhar colegialmente é difícil e exige muito tempo, muita escuta, muita abertura e muita tolerância.

É preciso aceitar que temos necessidade dos outros e que os outros têm necessidade de nós; é necessário deixar-se interpelar. Temos, pois, de ter uma boa dose de bom senso e de realismo, de dar provas de uma perfeita lealdade para com os outros e de poder contar com a confiança e a lealdade dos outros.

Por fim, é certo que trabalhar em colegialidade não dispensa o Casal Responsável da sua missão própria, que é a de tomar e assumir a decisão final.

(Cf. A responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora, ERI maio 1993, p. 12-13-14.)

1.2.4 Os princípios da colegialidade

Ao longo da sua história, o Movimento foi progressivamente desenvolvendo um espírito de colegialidade na sua forma de funcionamento, com o objetivo de bom entendimento e de tomada de decisões. Para chegar a essa prática, reconhecem-se certos princípios:

• A igualdade confere a cada um os mesmos direitos e os mesmos deveres e garante assim as condições indispensáveis à constituição de uma verdadeira colegialidade;

• A transparência incentiva a livre expressão de quem quiser tomar a palavra, com toda a liberdade e confiança;

• O debate permite a reflexão e o discernimento colegial, não sendo uma mera discussão de opiniões e convicções, que correria o risco de enfraquecer a reflexão;

• O equilíbrio entre a colegialidade e a responsabilidade é uma boa indicação de que o sentido do serviço, de abertura e de responsabilidade foi mantido durante as trocas de ideias e as tomadas de decisão;

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• A cadeia de colegialidade é mantida em toda a estrutura de responsabilidade e de serviço do Movimento.

“Cada nível de responsabilidade deve comportar este lugar de exercício da reflexão, da transparência, da discussão e da decisão.”(O exercício da colegialidade nas ENS, ERI maio 2002, p. 12.)

2. Mobilização

Para manter bem viva a motivação dos casais que assumem responsabilidades dentro da Região, recomenda-se que o Casal Responsável de Região os reúna uma vez por ano para os formar, encorajar e confirmar no seu compromisso.

3. Reunião com os membros da Região

O Casal Responsável de Região e a sua Equipe da Região têm liberdade para pôr a sua criatividade ao serviço da Região, sem fugir das orientações, da mística e do carisma do Movimento.

As atividades serão escolhidas a partir das prioridades estabelecidas na sequência dos balanços dos Casais Responsáveis de Setores, valorizando os talentos e opiniões de cada casal.

As reuniões da Região deverão ser organizadas de forma eficaz (no mínimo 2 vezes por ano), escolhendo-se os assuntos importantes a tratar sempre em sintonia com as orientações advindas da Equipe ou do Colégio da Província ou da Super-Região Brasil.

Essas atividades terão por objetivo promover a fraternidade, a volta às origens, o aprofundamento, a formação e o sentimento de solidariedade e de pertença ao Movimento.

4. A participação no Movimento

A Região é o nível de responsabilidade no qual se começa a perceber, a sentir e a compreender a importância do Movimento na sua universalidade e internacionalidade.

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CAPÍTULO 5O Colégio Regional

Nesta responsabilidade, o importante é transmitir a vida das Equipes de Nossa Senhora e fazer circular a seiva do Movimento.

O Casal Responsável de Região está direcionado a assegurar a pertença das Equipes de um Setor a um Movimento que é muito maior e mais abrangente que os Setores, estabelecendo elos de ligação entre aqueles que compõem uma Região e o nível de responsabilidade atribuído às Províncias, Super-Regiões e à ERI.

Outro papel fundamental do Casal Responsável de Região é estabelecer a solidariedade entre os vários Setores que compõem uma Região, de forma que seja possível fazer fluir de um lugar para outro as riquezas, as necessidades e as aspirações das Equipes existentes nos Setores.

É preferível restringir as “atividades” e definir bem a tarefa do Casal Responsável de Região para que ele concentre mais as suas energias a dar alma à Região, crie a coesão da Região, organize a animação e promova a pertença ao Movimento. Para isso, ele terá a preocupação de delegar e de repartir as tarefas e as responsabilidades com os membros colaboradores da Equipe da

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Região e, conforme as necessidades, com os membros do Colégio Regional, que é composto pela Equipe da Região e as Equipes de Setor (CRS, SCES, CLs, CPs e Casais de Apoio).

Este capítulo não impõe uma lista de atividades obrigatórias a que os Responsáveis de Região possam se sentir presos. As condições e as particularidades de cada Região são tão diferentes que se deixa a cada Casal Responsável de Região muita liberdade de iniciativa e de criatividade para penetrar mais na Região o espírito das Equipes de Nossa Senhora.

1. As reuniões da Equipe da Região

1.1 As condições para o sucesso das reuniões

As palavras NECESSIDADE, POSSIBILIDADE e DIVERSIDADE resumem bem o estilo de reunião da Equipe da Região.

As condições para o sucesso e para a eficácia destas reuniões são uma planificação realista, uma preparação séria e uma animação rigorosa.

Isso exige estabelecer e preparar bem a ordem do dia antes da reunião. Tudo o que puder ser feito por escrito e à distância deverá ser feito antes da reunião, para se poder utilizar ao máximo o tempo de “presença verbal” para discutir, aprofundar, interpelar, trocar ideias e lançar diretrizes ou identificar caminhos novos e inovadores.

As reuniões deverão acontecer conforme a necessidade de cada Região, realizando-se no mínimo 2 reuniões durante o ano, sendo o ideal entre 3 e 4.

1.2 O objetivo das reuniões

• Manter relação vital entre o Casal Responsável de Região e a Equipe da Região;

• Preocupar-se com a coesão das Equipes pertencentes à Região na fidelidade ao Movimento;

• Organizar no início do ano um encontro com os respon-sáveis das Equipes de todos os Setores (EACRE). É uma

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oportunidade para o Casal Responsável de Região conhe-cer os novos Casais Responsáveis de Equipe. Este Encontro também permitirá que o CRR e sua Equipe da Região se conheçam melhor; Apresentar aos responsáveis de Setor a Ligação, que pode tomar diferentes formas;

• Promover o conhecimento mútuo para a troca de expe-riências de vida de Equipes dos seus Setores;

• Entregar e examinar com os responsáveis de Setor o relatório das reuniões anteriores da Região. Esses relatórios ajudarão os responsáveis de Setor a perceber melhor a situação da Região, as necessidades dos Seto-res, a definir colegialmente as suas prioridades, a esta-belecer um plano de ação e a inspirar-se em tudo isso para a animação das futuras atividades da Região;

• Transmitir as informações e orientações pertinentes em especial as oriundas da SRB e da Província;

• Aval iar as at iv idades e a vida da Região do ano passado à luz do plano de ação apresentado no início do ano.

1.3 Sugestão do desenrolar de um encontro

De uma forma geral, os Encontros, as Reuniões com os responsáveis de Setor e a Equipe da Região têm um objetivo e um caráter específico. É preciso dar-lhes um aspecto funcional mas, sem ser uma imagem da reunião de equipe de base, devem se inspirar nela e incluir:

• Um tempo de oração;

• Um tempo de pôr em comum a vida de cada Equipe de Setor;

• Um tempo de formação e reflexão: conteúdo subs-tancial e revitalizador para os próprios e para a Equipe de Setor (pode ser uma exposição pelo Conselheiro Es-piritual da Região);

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• Um tempo de partilha sobre as preocupações relativas às orientações e à vida do Movimento, sobre as priorida-des da Região, sobre a pedagogia, sobre o carisma das ENS ou sobre um plano de ação da Região;

• Um tempo de avaliação dos vários assuntos discutidos e do próprio encontro.

CONCLUSÃO

Para servir, não esquecer o essencial: “o amor”.

É necessário observar que as tarefas pedidas aos CRR não devem ser uma sobreposição nem duplicação das tarefas que cabem aos CRS. É preciso, pois, que o CRR faça esse discernimento para não assumir uma função que não lhe pertence e que acaba, por vezes, sufocando o desabrochar do próprio CRS.

O CRR não poderá olhar para suas funções como se fosse um gerente de empresa, um administrador de um negócio. A força de seu trabalho não decorrerá de sua competência ou habilidade, mas principalmente da graça de Deus.

É preciso ser um casal orante, que busca em Deus a sua fonte de amor.

O Casal Responsável de Região tem papel de guia e de pastor. A responsabilidade assumida numa Região é, ao mesmo tempo, de ordem humana e de ordem espiritual. O Casal Responsável de Região e a sua Equipe devem manter-se fiéis aos seus compromissos, por amor ao Senhor e por amor àqueles por quem são responsáveis.

Animar uma Região é dar-lhe vida. Se tem muito valor adquirir competências, também tem muito valor estar regularmente com o Senhor. A oração cotidiana, a Celebração Eucarística e a frequência da Palavra são meios privilegiados para nos tornarmos próximos do Senhor e dóceis à Sua vontade.

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O Casal Responsável de Região vive à imagem de Cristo: está para servir os outros membros da Região como Cristo.

Que Cristo e o seu Espírito vos acompanhem ao longo do vosso compromisso na vossa Região!

REFERÊNCIAS

• A Carta das Equipes de Nossa Senhora, 1947;

• O que é uma Equipe de Nossa Senhora, 1977; Jean e Annick Allemand, As Equipes de Nossa Senhora, 1988;

• ERI, A responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora, 1993, revisada em 2012;

• ERI, Guia das Equipes de Nossa Senhora, 2001;

• ERI, O exercício da colegialidade, 2002;

• ERI, O apelo ao serviço nas Equipes de Nossa Senhora, 2004; Carta do Papa João Paulo II às Equipes da Super-Região França-Luxemburgo-Suíça por ocasião do 50° aniversário da Carta (1997);

• O Papel e Tarefas do Casal Responsável de Região – Silvia e Francisco Pontes – 2º encontro Internacional dos Responsáveis Regionais – Roma, janeiro de 2009.

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MAGNIFICAT

O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome!

A minh’alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Salvador!

Por que olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita!

O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome!

Seu amor para sempre se estende, sobre aqueles que o temem!

Manifesta o poder de seu braço, dispersa os soberbos;

derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes;

sacia de bens os famintos, despede os ricos sem nada.

Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido a nossos pais,

em favor de Abraão e de seus filhos para sempre!

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre

Amém!

O poderoso fez em mim maravilhase Santo é o seu nome!

EQUIPES DE NOSSA SENHORAMovimento de Espiritualidade Conjugal