Manual Formador HST

download Manual Formador HST

of 34

Transcript of Manual Formador HST

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    1/34

    Manual do Formador - Recursos

    Higiene e Segurana do Trabalho

    Nuno Cunha Lopes

    Recurso desenvolvido no mbito da medida 4.2.2.2 do POEFDS. Programa co-financiado por:

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    2/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    2

    FICHA TCNICA

    Manual do Formador - RecursosHigiene e Segurana do Trabalho

    Nuno Cunha LopesSHST

    Verso - 02ISLA de Leiria

    Gabinete de Formao

    Depsito Legal 000 000/00

    ISBN 000-00-0000-0

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    3/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    3

    1. OBJECTIVOS GLOBAIS DO CURSO ........................................................ 5

    1.1OBJECTIVOS GERAIS E ESPECFICOS POR MDULOS DE FORMAO ..............................................5

    2. PROGRAMA................................................................................................ 7

    3. PR-REQUISITOS ...................................................................................... 7

    4. PERFIL DO FORMADOR............................................................................ 8

    5. PLANO GERAL DE DESENVOLVIMENTO DOS TEMAS.......................... 9

    DIAPOSITIVOS................................................................................................................................11

    ANEXOS DO MDULO 2 ..................................................................................................................11

    ANEXOS DO MDULO 3 ..................................................................................................................11

    6. FICHAS DE TRABALHO........................................................................... 13

    6.1FICHA DE AUTO-AVALIAO N 1 . ..........................................................................................13

    6.2 FICHA DE AUTO-AVALIAO N 2 ...............................................................................................13

    6.3 FICHA DE AUTO-AVALIAO N 3 ...............................................................................................14

    6.4 FICHA DE AVALIAO FINAL .....................................................................................................15

    7. GLOSSRIO.............................................................................................. 19

    8. MATERIAL DE APOIO.............................................................................. 23

    8.1. PROPOSTAS DE ACTIVIDADES.....................................................................................23

    8.2. EXERCCIOS ....................................................................................................................24

    9. OUTROS RECURSOS .............................................................................. 34

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    4/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    4

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    5/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    5

    Neste manual apresentam-se, para alm dos suportes a utilizar pelo formador na formulao de

    novos contedos programticos, propostas de exerccios e actividades para o respectivo curso. Estemanual um suporte e no dispensa a leitura cuidada do Manual Base do Formador.

    1. OBJECTIVOS GLOBAIS DO CURSO

    Este mdulo, construdo tendo por base trs sub-mdulos, pretende ser a resposta global para o

    problema dos riscos de natureza mais tecnolgicos, com o qual um ambiente de trabalho se pode

    defrontar. No se trata de criar condies para tratar o risco de incndio, o risco de exploso ou o

    risco de envenenamento em face da presena de produtos txicos. Trata-se sim, de criar processos

    de controlo que permitam, em face de um ambiente mais tecnolgico, com possibilidade de existncia

    de espaos confinados e presena de produtos txicos (na ausncia de atmosferas correctamente

    oxigenadas e em face de processos qumicos mais complexos), permitir ao tcnico superior de

    segurana encontrar solues de conhecimento e mitigar, de uma forma organizada, possveis

    acidentes em face dos riscos em presena.

    1.1 Objectivos gerais e especficos por mdulos de formao

    MDULO 1 Atmosferas perigosas versus tratamento da entrada em espaos confinados

    Objectivos gerais:

    Identificar os perigos existentes num espao confinado.

    Objectivos Especficos:

    Conhecer os cuidados a ter antes de entrar num espao confinado.

    Compreender a necessidade da implementao de sistemas de preveno para laborao

    em espaos confinados.

    Saber avaliar os riscos em espaos confinados.

    MODULO 2 - Directiva ATEX

    Objectivos Gerais:

    Dar a conhecer os conceitos envolventes s atmosferas inflamveis.

    Objectivos Especficos:

    Conhecer o tipo de actividades que podem causar problemas de atmosferas consideradas

    explosivas, ou com tendncia para que tal possa vir a ocorrer.

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    6/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    6

    Conhecer o tipo de actividades que podem causar problemas de atmosferas consideradas

    explosivas, ou com tendncia para que tal possa vir a ocorrer.

    Conhecer a directiva por forma a perceber quais a exigncias formais de tal documento com

    vista sua aplicao prtica. Perceber a necessidade de elaborao de metodologias de conhecimento capazes de dar a

    conhecer os tipos de riscos de exploso e as formas de os identificar.

    Trabalhar com arvores lgicas de deciso sobre os riscos de exploso e as formas de os

    tratar.

    Conseguir identificar os parmetros necessrios para que se formem exploses.

    MDULO 3 Directiva SEVESO

    Objectivos Gerais:

    Conhecer os riscos adjacentes ao manuseamento, armazenamento e transporte de produtos

    qumicos perigosos.

    Objectivos Especficos:

    Identificar as exigncias desta Directiva.

    Identificar as caractersticas da Directiva.

    Conhecer quais os produtos quais os produtos qumicos a que a directiva se refere.

    Perceber a necessidade de elaborao de metodologias de conhecimento capazes de dar a

    conhecer os tipos de riscos e as formas de os identificar. Identificar e interpretar as exigncias desta Directiva em matria de preparao e resposta a

    emergncias.

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    7/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    7

    2. PROGRAMA

    UNIDADE1

    NORMAS PARA ENTRADA EM ESPAOS CONFINADOS

    ESPAO CONFINADO QUE REQUER AUTORIZAO DE ENTRADA

    UNIDADE2

    ADIRECTIVAATEXEODECRETO-LEI236/2003

    INTRODUO

    IDENTIFICAODEPERIGOSEAVALIAODERISCOS

    MEDIDASORGANIZACIONAISEMEDIDASDEPROTECO

    CARACTERIZAOESPECIFICADASREASDOPOSTODEABASTECIMENTO

    UNIDADE3

    AAPLICAODADIRECTIVASEVESOEMPORTUGAL

    INTRODUO

    ADIRECTIVASEVESO3. PR-REQUISITOS

    Este tema importante tendo em linha de conta a necessidade de dotar os tcnicos superiores de

    SHT, de ferramentas mais tecnolgicas do que o trivial, adquirido nos processos de formao

    certificada no curso de TSHST.

    Assim, os pr-requisitos para este curso so, sem sombra de dvidas, assentes nos TSHST, j comexperincia de campo. Pretende-se, no entanto, relevar que no basta ser tcnico superior de SHT,

    pois necessrio que este destinatrio de formao, seja igualmente conhecedor de processos de

    fabrico e de riscos inerentes actividade de processo, normalmente existente nos sistemas de

    fabrico, particularmente nos que dizem respeito aos sistemas de produtos qumicos. Ora, na ausncia

    de um nmero significativo de indstrias qumicas, este tipo de curso seria bastante limitante, pelo

    que independentemente de haver indstria qumica de processo, importa referir que os problemas

    associados aos produtos qumicos se fazem sentir de forma horizontal, noutros sectores de

    actividades, quer da indstria, quer dos servios e mesmo da agricultura. Da que todo o contexto

    formativo v ao encontro quer das atmosferas perigosas, em espaos confinados, quer dos

    problemas da Directiva ATEX, quer mesmo das grandes actividades de fabrico e as suasinterferncias com a comunidade envolvente (da a referencia directiva SEVESO).

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    8/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    8

    Assim, seria recomendvel que os destinatrios desta formao tivessem algumas luzes sobre os

    processos qumicos, mas mais do que essa vertente ser necessrio que seja gente de campo que

    tenha que trabalhar com as vertentes acima referidas: atmosferas perigosas, espaos restritos ou

    confinados e trabalhos em actividades dentro destes volumes limitantes.

    4. PERFIL DO FORMADOR

    O formador dever ser um perito em atmosferas perigosas, preferencialmente engenheiro qumico ou

    de mecnica, ramo termodinmica ou ainda com formao especfica que se enquadre neste perfil.

    Dever ter experincia com espaos confinados, dever ter realizado trabalhos em espaos

    confinados e dever, na medida do possvel, poder transmitir experincia de trabalho realizado. Os

    outros requisitos so os que esto normalmente destinados a formadores acreditados pelo sistemanacional de formao. Importa referir que, neste caso, no determinante que estes tcnicos sejam

    TSHST uma vez que, nestas reas, os especialistas no so normalmente TSHST, mas sim peritos

    na indstria qumica de processo, na indstria petrolfera e nos outros ramos da indstria qumica.

    So portanto especialistas em processos quer de fabrico quer de armazenamento ou movimentao

    de cargas e tambm especialistas de grande craveira na rea que estamos a tratar.

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    9/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    9

    5. PLANO GERAL DE DESENVOLVIMENTO DOS TEMAS

    Os temas em apreo, devero ser objecto de um encadeamento, assente no seguinte:

    1. Tratar o tema das atmosferas perigosas versus tratamento da entrada em espaos

    confinados, desenvolvendo as tcnicas de acesso, as tcnicas de medio e as tcnicas de

    autorizao de entrada aps controlo e validao das operaes a realizar naqueles espaos

    2. Tratar o tema da Directiva ATEX, em face da sua especificidade, uma vez que j tratamos o

    problema das atmosferas perigosas em espaos confinados e deles resultou que existem

    atmosferas perigosas que podem ser enquadradas na directiva ATEX e assim, eliminar ou

    tentar minimizar, os problemas das atmosferas perigosas de cariz inflamvel. Por outro lado,

    os exemplos dados ao longo do processo formativo, como por exemplo, o caso tratado na

    especificidade, no caso de postos de abastecimento de combustveis, um caso especial de

    possibilidade de existncia de risco de exploso em face da presena de gases inflamveis e

    que necessitam de materiais, procedimentos especiais de tratamento deste tema com a

    especificidade tcnica que lhe inerente.

    3. Por ltimo e para fechar os temas, necessrio perceber o conceito inerente aos processos

    de fabrico de vasta dimenso tcnica e tecnolgica que podem conduzir a grandes acidentes.

    Da o enquadramento que ambas as matrias anteriores podem ter para o tema em apreo.

    Assim, o tratamento de processos que se encontram enquadrados na classificao de

    SEVESO, so processos que podem ser tratados de forma preventiva, assentes empequenos focos de incidente resultantes da presena de produtos inflamveis, produtos

    txicos e deficincias de natureza mecnica dos processos e que podem prejudicar

    populaes envolventes s instalaes.

    Estruturao:

    O presente curso est estruturado em 3 mdulos, cuja estruturao est organizada do seguinte

    modo:

    Unidade 1 Espaos confinados: Normas para entrada em espaos confinados;

    Espao confinado que requer autorizao de entrada.

    Unidade 2 Directiva ATEX:

    A Directiva ATEX e o Decreto-Lei 236/2003

    Introduo;

    Identificao de perigos e avaliao de riscos;

    Medidas organizacionais e medidas de proteco;

    Caracterizao especfica das reas do posto de abastecimento;

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    10/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    10

    Unidade 3 Directiva Seveso

    A aplicao da directiva Seveso em Portugal;

    Introduo;

    A directiva Seveso.

    No quadro seguinte apresenta-se a planificao de cada mdulo com incluso de todos os elementos

    considerados.

    Contedos Tema Mtodos/Tcnicas(metodologia formao)

    Auto-Avaliao Instrumentosde avaliao

    Normas para entrada emespaos confinados;

    Afirmativos: Expositivo

    Demonstrativo

    Interrogativo

    Activo

    Unidade 1 Espaosconfinados:

    Espao confinado que requerautorizao de entrada.

    Afirmativos: Expositivo Demonstrativo

    Ficha deavaliaoFormativa n. 1

    A Directiva ATEX e o Decreto-Lei 236/2003 Afirmativos:

    Demonstrativo

    IntroduoAfirmativos:

    Expositivo

    Identificao de perigos eavaliao de riscos

    Afirmativos: Expositivo Demonstrativo

    InterrogativoActivo

    Medidas organizacionais emedidas de proteco

    Afirmativos: Demonstrativo

    Unidade 2 Directiva ATEX

    Caracterizao especfica dasreas do posto deabastecimento

    Afirmativos: Demonstrativo

    Ficha deavaliaoFormativa n. 2

    A aplicao da directiva

    Seveso em Portugal;

    Afirmativos:

    Expositivo

    IntroduoAfirmativos:

    Expositivo

    Unidade 3 DirectivaSeveso

    A directiva Seveso Afirmativos: Demonstrativo

    Ficha deavaliaoFormativa n. 3

    Avaliaosumativa

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    11/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    11

    Diapositivos

    Como base de preparao do curso on-line foram realizados um conjunto de diapositivos, tambmorganizados por mdulos. No formato digital encontram-se na pasta, Mdulos em PP:

    Mdulo 1.ppt

    Modulo 2.ppt

    Modulo 3.ppt

    Anexos do mdulo 2

    Textos de apoio:

    - Decreto-Lei 236/2003 de 30 de Setembro de 2003

    - Atmosferas explosivas Guia de Boas Praticas Comisso das comunidadesPortuguesas

    Anexos do mdulo 3

    Textos de apoio:

    - Gua para la aplicacin de la Norma UNE-EN ISO 14001 en la PYME - CEPYMEARAGN

    - Alterao da Directiva Seveso Comisso das comunidades Portuguesas

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    12/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    12

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    13/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    13

    -6. FICHAS DE TRABALHO

    O sistema de Avaliao composto por 3 Fichas de auto-avaliao e por 1 ficha de avaliao final.

    - Ficha de auto-avaliao n.1

    - Ficha de auto-avaliao n.2

    - Ficha de auto-avaliao n.3

    - Ficha de Avaliao Final

    6.1 Ficha de auto-avaliao n 1 .

    EXERCCIO DE ESCOLHA MLTIPLA, VERDADEIRO-FALSO, RESPOSTA MLTIPLA ESPAOSCONFINADOS

    1. (7 valores) Todos os espaos confinados devem: Ser sinalizados e identificados; Ser isolados;Ambas as anteriores;Nenhuma das anteriores.

    2. (7 valores) Antes de entrar no Espao Confinado, o mesmo deve ser inspeccionado e serem

    identificados os riscos especficos existentes, dentre eles podemos encontrar: Enriquecimento de oxignio; Deficincia de oxignio; Riscos tecnolgicos.

    3. (6 valores) Quais as responsabilidades do empregador quando falamos de espaos confinados? Identificar os riscos gerais e especficos de cada espao confinado; Implementar a gesto em segurana e sade no trabalho de forma a garantir raramente ambientese condies adequadas de trabalho; Garantir a capacitao permanente dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, deemergncia e resgate em espaos confinados.

    6.2 Ficha de auto-avaliao n 2

    EXERCCIO DE ESCOLHA MLTIPLA, VERDADEIRO-FALSO, RESPOSTA MLTIPLA DIRECTIVA ATEX

    1. (4 valores) Podem ocorrer exploses em locais onde estejam presentes: Matrias primas inflamveis; Produtos intermdios no inflamveis; Produtos finais e resduos inflamveis.

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    14/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    14

    2. (4 valores) A finalidade da directiva dar indicaes referentes ao domnio da proteco contraexploses para: Identificao dos perigos e avaliao de riscos na soldadura; Estabelecimento de medidas especificas de proteco da segurana e sade dos trabalhadoresexpostos a riscos derivados de atmosferas explosivas; Garantir que o ambiente de trabalho seja isento de qumicos perigosos.

    3. (4 valores) Quais as actividades potencialmente perigosas nesta rea? Industria transformadora de madeiras Prestao de servios; Operaes de pintura.

    4. (4 valores) O que se tem que fazer na avaliao dos riscos de exploso? Avaliar as consequncias de uma exploso; Garantir que o ambiente de trabalho seja isento de qumicos perigosos. Averiguar da presena de fontes de ignio e a possibilidade de estas se tornarem efectivas.

    5. (4 valores) Como prevenir a formao de atmosferas explosivas perigosas? Substituindo as substancias inflamveis; Aumentando a concentrao; Inertizando.

    6.3 Ficha de auto-avaliao n 3

    EXERCCIO DE ESCOLHA MLTIPLA, VERDADEIRO-FALSO, RESPOSTA MLTIPLA DIRECTIVA SEVESO

    Assinale as afirmaes correctas:1. (5 valores) O que pode ser considerado risco ambiental para a actividade industrial? A probabilidade de que se produza um efeito especifico num perodo de tempo determinado ou emcircunstancias determinadas; A probabilidade de que se produza um efeito especifico num perodo de tempo determinado ou emcircunstancias indeterminadas;A possibilidade de que o retorno real de um investimento seja diferente do esperado.

    2. (5 valores) O que risco ambiental? Risco para o meio ambiente; Relao entre gravidade e probabilidade de ocorrncia de um impacto negativo sobre a envolventedo local; Relao entre gravidade e probabilidade de ocorrncia de um impacto positivo sobre a envolventedo local;

    3. (5 valores)Quais os novos riscos ambientais? Riscos tecnolgicos; Riscos de mercado;

    Riscos de reputao.

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    15/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    15

    4. (5 valores) O risco ambiental valoriza-se em funo de: Gravidade e consequncia; Probabilidade e das consequncias; Ocorrncia e consequncia.

    6.4 Ficha de Avaliao Final

    Parte 1 Espaos confinados (9 valores)

    1. O que entende por espao confinado?2. Em caso de Acidente que tipo de estrutura dever estar prevista para garantir assistncia aos

    envolvidos?3. Que actividades podem potenciar a presena de riscos em espaos confinados?

    Parte 2 Directiva ATEX (6 valores)

    4. Quais os principais riscos referentes a atmosferas perigosas? Relacione atmosferas quentesem espaos abertos e em espaos confinados.

    Parte 3 Directiva Seveso (5 valores)

    5. Comente a seguinte afirmao: O case study de Bhopal , sem sombra de dvidas, um dosmais significativos na viragem dos conceitos de segurana associados industria qumica.

    RESOLUO

    Parte 1 Espaos confinados

    O que entende por espao confinado? (3 valores)

    Espao confinado todo o espao volumtrico (1 valor)

    Onde existe o risco de se encontrar uma atmosfera perigosa, podendo fazer perigar a vida

    humana em caso de este sofrer intruso (1 valor)

    Sem cuidados especiais (1 valor).

    Em caso de Acidente que tipo de estrutura dever estar prevista para garantir assistncia aos

    envolvidos? (3 valores)

    A estrutura que dever ser objecto de tratamento especfico para os riscos envolventes a

    acidentes em espaos confinados dever estar prevista no mbito do PEI (Plano de

    Emergncia Interno) (1 valor)

    Dever fazer prever essencialmente os meios capazes de resgatar no mais curto espao de

    tempo eventuais envolvidos em riscos de envenenamento, anxia ou entalamento (1 valor).

    Sendo que nestes casos o risco deve ser avaliado antes da entrada e nunca dever ser

    tratado posteriori, em regime de resposta ao sinistro (1 valor).

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    16/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    16

    Que actividades podem potenciar a presena de riscos em espaos confinados? (3 valores)

    Da definio do risco de um espao confinado, encontra-se uma caracterstica comum: existe

    ou deficincia de oxignio, ou inflamabilidade da atmosfera ou toxicidade na mesma. Assim,

    o que nos cria problemas num espao confinado a presena de uma destas condies (1valor)

    O que envolve naturalmente condies especiais de tratamento dessa atmosfera, a fim de

    nela podermos entrar, permanecer como espao de trabalho mesmo que temporrio e dela

    sair sem problemas de sade. Ora aqui est a chave do problema! Podemos estar na

    presena de gases asfixiantes, txicos inflamveis ou na presena de uma mistura de todos

    eles (1 valor).

    O que interessa neste caso a forma como os identificamos, avaliamos a condio da

    atmosfera e depois tratamos o problema com vista a permitir a entrada segura de pessoas

    para realizar as tarefas. A ausncia de oxignio um problema que pode ser resolvido com

    ventilao forada do espao (1 valor).

    Parte 2 Directiva ATEX

    Quais os principais riscos referentes a atmosferas perigosas? Relacione atmosferas quentes

    em espaos abertos e em espaos confinados. (6 valores)

    Condies extremas tornam mais agudo o problema das atmosferas contaminadas

    em espaos confinados (1 valor), uma vez que difcil ocorrer difuso trmica e

    quase impossvel ter lugar a renovao das condies de ar respirvel, com a

    consequente diminuio das concentraes de contaminantes (1 valor).

    Um caso tpico de concentrao elevada de contaminantes o que ocorre nos casos em queexistem problemas de incndios em edifcios ou espaos restritos e o que ocorre com os

    incndios em campo aberto, uma vez que estamos, em ambos os casos, na presena de

    gases txicos e de temperaturas elevadas (1 valor) e, em ambos os casos, podemos

    encontrar situaes que configuram o risco de perda de vidas humanas, quer pela

    contaminao devido concentrao elevada de gases txicos, quer ainda em face da

    condio de temperatura extrema(1 valor).

    Os incndios nas zonas onde estes se situam, em espaos fechados, podem atingir

    temperaturas que podem rondar os 600 a 1000 C e as temperaturas no exterior podem

    igualmente, a uma distncia relativamente curta, atingir temperaturas da ordem das centenas

    de graus (1 valor). A diferena fulcral nos incndios em campo aberto tem a ver com o fluxo radiante que se

    gera em incndios com chamas de dimenso significativa, de vrias dezenas de m 2, o que

    pode provocar fluxos radiantes da ordem de grandeza das dezenas de kW/m2 o que gera

    invariavelmente intolerncia dos organismos vivos a esta exposio por perodos alongados

    no tempo e neste caso da ordem dos poucos minutos (1 valor).

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    17/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    17

    Parte 3 Directiva Seveso

    Comente a seguinte afirmao: O case study de Bhopal , sem sombra de dvidas, um dos

    mais significativos na viragem dos conceitos de segurana associados industria qumica. (5valores)

    O case study de Bhopal , sem sombra de dvidas, um dos mais significativos na viragem

    dos conceitos de segurana associados industria qumica (1 valor).

    Infelizmente, foi necessrio criar um gueto de milhares de vtimas de produtos qumicos

    libertados em face de processos qumicos fora de controlo. A presena de grandes

    actividades qumicas, com elevadas concentraes de produtos qumicos num s local e com

    produtos de elevada capacidade de danos para a sade humana, so o factor de risco mais

    significativo que se encontra neste tipo de actividade (1 valor).

    lgico que este acidente virou uma pgina na indstria qumica e obrigou a que as

    indstrias qumicas passassem, por requisito legal, a serem obrigadas a controlo preciosistados seus processos qumicos (1 valor).

    Sem dvida, esse foi o contributo para a humanidade que a ndia e particularmente a cidade

    de Bhopal teve para com o mundo (1 valor).

    O assunto no est morto e a Union Carbide, est neste momento obrigada a grandes

    indemnizaes em face do acidente, mas o sofrimento das populaes, a contaminao dos

    solos e a existncia de muitas mortes no h indemnizao que possa compensar (1 valor).

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    18/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    18

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    19/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    19

    7. GLOSSRIO

    Autorizao de Entrada - o documento escrito ou impresso que fornecido pelo empregador, paraautorizar a entrada e control-la, num espao confinado e que contenha informaes especificadas

    para a Autorizao de Entrada.

    Autorizao de Trabalhos a Quente - uma autorizao escrita do empregador para permitir

    operaes (p. ex. rebitamento, soldadura, corte, chama e aquecimento) capaz de fornecer uma fonte

    de ignio.

    Atmosfera deficiente de oxignio - a atmosfera contendo menos de 19,5% de oxignio em volume.

    Atmosfera enriquecida de oxignio - a atmosfera contendo mais de 23,5% de oxignio em volume.

    Atmosfera perigosa - a atmosfera que pode expr os trabalhadores ao risco de morte,

    incapacidade, restries na capacidade de auto resgate (que significa escapar sem ajuda, de um

    espao confinado ), dano ou doena grave causada por uma ou mais das seguintes causas:

    Avaliao - o processo pelo qual os riscos aos quais os trabalhadores possam estar expostos, num

    espao confinado, so identificados e avaliados. A avaliao de um espao confinado inclui a

    especificao dos testes que devem ser realizados e os critrios que devem ser utilizados.

    Condio aceitvel de entrada - So as condies que devem existir num espao confinado autorizado,que garanta a condio de entrada e assegure que os trabalhadores envolvidos na entrada num

    Espao Confinado que Requeira Autorizao de Entrada, possam entrar e executar suas funes de

    forma segura no seu interior.

    Condio Imediatamente Perigosa para a Sade ou para a Vida (CIPSV) - qualquer condio que

    cause uma ameaa retardada ou imediata vida, ou que causaria efeitos adversos irreversveis para a

    sade ou que interferiria com a capacidade dos indivduos para escaparem de um espao confinado sem

    ajuda.

    Condio Proibitiva - Qualquer condio num espao confinado, que no seja permitida durante operodo para o qual a entrada autorizada.

    Emergncia - qualquer ocorrncia (incluindo qualquer falha nos equipamentos de controle e

    monitorizao de riscos) ou evento interno ou externo, que ocorra num espao confinado, que possa

    causar perigo aos trabalhadores.

    Engolfamento ou afogamento (Envolvimento) - quando uma substncia slida ou lquida finamente

    dividida (flutuante no ar) possa envolver e capturar efectivamente uma pessoa e que, no processo de

    inalao, possa causar morte por obstruo do sistema respiratrio.

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    20/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    20

    Entrada - a aco pela qual as pessoas passam atravs de uma abertura de entrada para o interior

    de um Espao Confinado que Requer Autorizao de Entrada. A entrada inclui-se, como resultado do

    trabalho no espao confinado e dever ser considerado, como tendo ocorrido logo que alguma parte do

    corpo do trabalhador rompa o plano de uma abertura no espao confinado.

    Espao Confinado No Permitido - um espao confinado que, em respeito aos riscos atmosfricos,

    tem o potencial de conter qualquer risco capaz de causar morte ou dano fsico grave e deve estar

    proibido para a entrada de trabalhadores.

    Espao Confinado - um local suficientemente grande e de tal forma configurado que um trabalhador

    possa entrar com o corpo e desenvolver um trabalho definido. Possui entradas ou sadas restritas ou

    limitadas. P.ex. tanques, depsitos abertos e fechados, silos, armazns de produtos a granel,

    tremonhas, contentores, caldeiras, reactores qumicos, condutas de ventilao, depsitos, tneis,

    galerias e caixas subterrneas, poos, e fossos. No projectado para utilizao ou ocupaocontnua.

    Inertizao - a alterao da condio da atmosfera num espao confinado, conseguido com a

    utilizao de um gs no combustvel (tal como o azoto gasoso) de modo que tal operao resulte

    numa atmosfera no combustvel.

    Isolamento - o processo pelo qual um espao autorizado colocado fora de servio e protegido

    completamente contra a libertao de energia e materiais para o interior do espao confinado, por

    meios tais, como o fecho, a vedao, a montagem de juntas cegas; o desalinhamento ou remoo de

    condutas, linhas ou tubagens; bloqueio duplo e sangria do sistema; lacragem e/ou bloqueamento detodas as fontes de energia; ou bloqueio e desmontagem de todas as interligaes mecnicas.

    Programa de Espao Confinado que Requer Permisso de Entrada - um programa geral do

    empregador, para controlar e, onde apropriado, para proteger os trabalhadores dos riscos de espaos

    confinados autorizados e para regulamentao da entrada dos trabalhadores nestes espaos.

    Reteno - Surge quando uma determinada configurao ou condio operacional no espao

    confinado possa prender o trabalhador e exercer fora suficiente no corpo, que possa causar morte por

    estrangulamento, constrio, esmagamento ou dilacerao. Tambm se aplicam condies que

    possam libertar energia capaz de causar morte por electrocuso e queimaduras.

    Ruptura de Linha - a abertura intencional de um tubo, linha ou conduta, que ou tenha sido

    transportadora de substncias txicas, corrosivas ou inflamveis, um gs inerte ou qualquer fludo

    num volume, presso ou temperatura capaz de causar dano.

    Sistema de Autorizao - o procedimento escrito do empregador para a preparao e emisso da

    autorizao de entrada. Permite igualmente o retorno ao servio no espao confinado autorizado

    aps o trminus da entrada.

    Servio de Busca - a equipe designada para resgatar os trabalhadores dos espaos confinadosautorizados.

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    21/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    21

    Supervisor de Entrada - a pessoa (tal como o empregador, gerente ou chefe de equipe)

    responsvel pela determinao se as condies de entrada so aceitveis e esto presentes numa

    Autorizao de Entrada, garntindo-se que a entrada planeada, autorizada, supervisionada e

    finalizada como determina esta norma.

    Sistema de Busca - o equipamento (incluindo linha de busca, cinto de corpo inteiro ou trax,

    pulseiras, se apropriado e um dispositivo de alagem ou trip) usado pela equipa de buscas nos

    espaos confinados autorizados.

    Trabalhador autorizado - o trabalhador que autorizado pelo empregador a entrar num espao

    confinado permitido.

    Vigia - o indivduo localizado fora de um ou mais espaos confinados autorizados que controla ostrabalhadores autorizados e que realiza todos os deveres de um vigia definido no programa de

    espao confinado autorizado.

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    22/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    22

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    23/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    23

    8. MATERIAL DE APOIO

    8.1. PROPOSTAS DE ACTIVIDADES

    Atmosferas perigosas analisar, com recurso a informao de um espao confinado - por exemplo

    uma linha de efluentes de sistema sanitrio municipal, os cuidados a ter na entrada em espaos

    confinados, criando um conjunto de procedimentos que levem o formando a criar as regras para

    entrada num espao confinado e quais os pressupostos para a autorizao de entrada.

    Directiva ATEX: o campo de estudo aqui vasto mas da mesma forma que no manual do formando

    se analisa um estudo de caso para uma gasolineira, pode-se fazer um mesmo tipo de abordagem

    para uma fabrica de raes ou um sistema de despoeiramento de uma fabrica de serrao/

    carpintaria. Neste caso o objectivo sensibilizar o formando para a abordagem metodolgica que

    necessria ter para conseguir perceber que o tema tem de ser estudado de uma forma organizada e

    com um enquadramento tipificado.

    Directiva SEVESO: importante que o formando crie um processo de abordagem ao plano de

    emergncia de uma instalao que possa eventualmente ter armazenadas quantidades significativas

    de um produto que entre na listagem do anexo 1 da directiva, para que estes elementos possam

    servir como base para um estudo mais aprofundado que balize os planos de emergncia externos e

    internos.

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    24/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    24

    8.2. EXERCCIOS

    EXERCCIO 1

    Resposta:

    Espao confinado todo o espao volumtrico onde existe o risco de se encontrar uma atmosfera

    perigosa, podendo fazer perigar a vida humana em caso de este sofrer intruso sem cuidados

    especiais.

    A autorizao necessria em face do risco para vida que um local deste tipo pode eventualmente

    configurar, sendo assim necessrio considerar a possibilidade de anlise da condio de risco da

    atmosfera.

    A legislao portuguesa omissa em termos de legislao sobre espaos confinados, mas obriga aque os empregadores sejam responsveis, na generalidade, pelos riscos que fazem correr os seus

    funcionrios. Assim sendo, os primeiros so obrigados pelo Dec. Lei 441/91 e subsequentes (Cdigo

    do Trabalho) a proporcionarem condies de segurana aos seus trabalhadores e executar as

    necessrias anlises s condies de perigosidade inerentes a tais locais.

    A estrutura que dever ser objecto de tratamento especfico para os riscos envolventes a acidentes

    em espaos confinados dever estar prevista no mbito do PEI (Plano de Emergncia Interno) e

    dever fazer prever essencialmente os meios capazes de resgatar no mais curto espao de tempo

    eventuais envolvidos em riscos de envenenamento, anxia ou entalamento, sendo que nestes casos

    o risco deve ser avaliado antes da entrada e nunca dever ser tratado posteriori, em regime deresposta ao sinistro.

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    25/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    25

    EXERCCIO 2

    Resposta:

    Os espaos confinados possuem uma caracterstica muito prpria, pois so espaos que possuem

    limitaes renovao de ar e, consequentemente, difuso e diminuio de concentrao dos

    agentes contaminantes existentes num determinado local, em resultado do processo em que esses

    espaos volumtricos se inserem. Nesta situao, no difcil encontrar as mais diversas

    caracterizaes para espaos considerados confinados, uma vez que os exemplos so inmeros, e

    vo desde uma cmara frigorfica, a um sistema de efluentes lquidos de um municpio, um tanque de

    vinho ou uma fossa cptica. Os silos de cereais so outro caso, mas podemos encontrar locais de

    volumetria elevada e que pelas suas deficientes caractersticas de renovao de ar podem vir a ser

    includos como espaos confinados, onde a permanncia da vida animal pode vir a estar em causa.

    Da definio do risco de um espao confinado, encontra-se uma caracterstica comum: existe ou

    deficincia de oxignio, ou inflamabilidade da atmosfera ou toxicidade na mesma. Assim, o que nos

    cria problemas num espao confinado a presena de uma destas condies, o que envolve

    naturalmente condies especiais de tratamento dessa atmosfera, a fim de nela podermos entrar,

    permanecer como espao de trabalho mesmo que temporrio e dela sair sem problemas de sade.

    Ora aqui est a chave do problema! Podemos estar na presena de gases asfixiantes, txicos

    inflamveis ou na presena de uma mistura de todos eles. O que interessa neste caso a forma

    como os identificamos, avaliamos a condio da atmosfera e depois tratamos o problema com vista a

    permitir a entrada segura de pessoas para realizar as tarefas. A ausncia de oxignio um problema

    que pode ser resolvido com ventilao forada do espao. A presena de gases txicos ou

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    26/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    26

    inflamveis, resolvel com processos de lavagem e desgaseificao desses espaos volumtricos e

    os mtodos so desde j conhecidos e tecnicamente perfeitamente dominados.

    Os processos de desgaseificao, so normalmente processos que tm que ser considerados e

    analisados de forma tcnica, uma vez que nem sempre nos encontramos na presena do mesmo tipode gases, pois existem gases mais leves que o ar, ou mais pesados que o ar, e nesses casos a

    situao igualmente muito diferenciada; depois existe um problema mais grave ainda, que o da

    possibilidade de existirem processos que podem envolver riscos de inflamabilidade devido

    existncia de cargas estticas nos processos de movimentao de fluidos gasosos, e para tal,

    necessrio usar tcnicas de realizao de descargas estticas, entre outras medidas tcnicas.

    Normalmente nestes casos, quer estejamos a tratar uma atmosfera com problemas de contaminao

    com produtos txicos ou gases inflamveis, a situao obriga existncia de um processo de

    extraco dos gases por aspirao e consequentes entradas de ar para que, sem perturbaes, seja

    possvel retirar todos os gases, quer do fundo do compartimento, quer do topo do mesmo. Estas

    operaes podem envolver longos perodos de tempo e so normalmente controladas com recurso aaparelhos de anlise de gases, tais como explosmetros, analisadores de oxignio e analisadores de

    gases txicos.

    Os processos de ventilao que se conhecem so de dois tipos, e so respectivamente um de

    diluio e outro de aspirao localizada. O primeiro serve-se da qualidade do ar se permitir

    facilmente misturar com a maior parte dos gases e em consequncia dessa situao, ser possvel

    misturar. Dessa mistura com alimentao de ar em contnuo resulta um processo de diluio, com a

    consequente diminuio de concentrao de gases contaminantes; o segundo processo de aspirao

    localizada, serve-se da caracterstica intrnseca dos sistemas de aspirao, que permitem sem

    recurso a quaisquer perturbaes da atmosfera envolvente, aspirar localmente e desse processopermitir-se a renovao de ar com total separao entre gases de diferentes densidades.

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    27/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    27

    EXERCCIO 3

    Resposta:

    Os riscos inerentes a espaos confinados em que se possam encontrar condies extremas de

    temperaturas, inserem-se num conjunto de riscos variados capazes de ser encontrados em locais

    como, por exemplo, cmaras de combusto de caldeiras, onde a presena de calor e temperaturas

    muito elevadas, assim como a presena de muitos gases (ali presentes em face da existncia de

    contaminantes de nveis de toxicidade muito elevados), permitem inferir riscos elevados para a

    capacidade humana, tendo em linha de conta que as limitaes do corpo humano para a

    permanncia nesses locais, mesmo protegidos em perodos de tempo muito limitados, uma vez que a

    resistncia ao calor muito limitada para o organismo humano. Assim, condies extremas tornam

    mais agudo o problema das atmosferas contaminadas em espaos confinados, uma vez que difcil

    ocorrer difuso trmica e quase impossvel ter lugar a renovao das condies de ar respirvel, com

    a consequente diminuio das concentraes de contaminantes.

    Um caso tpico de concentrao elevada de contaminantes o que ocorre nos casos em que existem

    problemas de incndios em edifcios ou espaos restritos e o que ocorre com os incndios em campo

    aberto, uma vez que estamos, em ambos os casos, na presena de gases txicos e de temperaturas

    elevadas e, em ambos os casos, podemos encontrar situaes que configuram o risco de perda de

    vidas humanas, quer pela contaminao devido concentrao elevada de gases txicos, quer ainda

    em face da condio de temperatura extrema. Os incndios nas zonas onde estes se situam, em

    espaos fechados, podem atingir temperaturas que podem rondar os 600 a 1000 C e as

    temperaturas no exterior podem igualmente, a uma distncia relativamente curta, atingir temperaturasda ordem das centenas de graus. A diferena fulcral nos incndios em campo aberto tem a ver com o

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    28/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    28

    fluxo radiante que se gera em incndios com chamas de dimenso significativa, de vrias dezenas de

    m2, o que pode provocar fluxos radiantes da ordem de grandeza das dezenas de kW/m 2 o que gera

    invariavelmente intolerncia dos organismos vivos a esta exposio por perodos alongados no tempo

    e neste caso da ordem dos poucos minutos.

    O problema dos afogamentos em silos um assunto j recorrente e que, infelizmente, tem trazido

    vrios exemplos de mortes por afogamento dentro destes equipamentos, quer estejamos a referir-nos

    s zonas rurais, onde os silos existem como armazenamento das propriedades agrcolas, quer nas

    instalaes industriais, onde a existncia de equipamentos deste tipo permitem o armazenamento a

    granel dos produtos granulares ou pulverulentos.

    O mecanismo de afogamento d-se porque, por um lado, o meio em que a vtima se vai colocar

    permite uma dinmica de reconfigurao rpida das partculas que constituem o meio de afogamento,

    facilmente permitindo o afundamento da vtima. Por outro lado ocorre, igualmente, um outro problema

    que de no existir um mecanismo pessoal que permita a vinda ao de cima num meio granular, oque por exemplo pode suceder num meio lquido cuja densidade seja mais ou menos prxima de 1

    (caso de solues aquosas). Com estas limitaes, a entrada em espaos deste tipo com meios

    granulares das mais diversas granulometrias proibida, porque o risco de morte quase total. Caso

    uma pessoa se afunde no meio em causa, a sua incapacidade de respirar total e morre por

    afogamento, ainda mais reforado pelo facto de que aps o afundamento se torna impossvel

    qualquer movimentao da caixa torxica, mesmo que existisse ar ou intervalos que lhe permitissem

    respirar atravs do gro.

    Caso seja imperativa a entrada num destes equipamentos, essa entrada carece de uma anlise, de

    equipamentos de proteco individual que permitam a entrada como se se tratasse de um trabalhoem altura. No caso de precaver os aspectos relacionados com o ar respirvel, ento um dos

    problemas que ter que ser acautelado o de prever a entrada com equipamento autnomo de

    respirao ou com ar assistido do exterior, sempre proibindo a entrada sem a presena de pessoas

    em apoio e de certificao da condio de segurana de tal espao.

    Os espaos confinados so locais onde, normalmente, a liberdade de movimentos condicionada,

    quer pela no presena de corredores preferenciais para circulao humana (uma vez que esses

    espaos no so para ter gente), porque podero estar presentes produtos ou objectos que podero

    interferir na liberdade de movimentos das pessoas, quando estas tenham necessidade de neles se

    introduzirem. As gorduras e os produtos gordurosos so elementos que aumentam os factores derisco contribuintes para os processos de quedas ao nvel do solo em face da existncia de processos

    desequilibrantes, condicionadores de movimentos francos nos espaos em causa.

    Como se sabe, a gesto do equilbrio dos movimentos do corpo humano um processo que resulta

    da capacidade de auto movimentao, que gera movimentos compensatrios dos desequilbrios

    gerados por circunstncias adversas. Ora, em espaos confinados, essa situao mais um factor

    limitador, porque muitas vezes as quedas resultam da impossibilidade de criao de movimentos

    capazes de gerar equilbrios, o que induz um problema na presena de pessoas em locais com muito

    pouco espao disponvel, levando a que as prprias peas de vesturio de proteco tenham de

    incluir elementos almofadados para permitir uma melhor prestao de movimentos em quatro ou trsapoios (andar de gatas).

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    29/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    29

    EXERCCIO 4

    Resposta:

    Este tema um espao aberto para que o formando possa, atravs de leituras diversas fazer, em

    face da existncia de acidentes com significativa notoriedade, algumas reflexes. Para tal, passo a

    descrever o que foi, por exemplo, Chernobil e continuar a ser em situao de clara falha humana.

    Chernobil, foi um acidente nuclear de dimenso internacional, que colocou em causa todo o processo

    de desenvolvimento da matriz nuclear de paz, no mundo. No foi de longe o primeiro acidente nuclear

    de que h notcia, mas foi o acidente nuclear com mais notoriedade e com efeitos bem presentes na

    memria dos povos europeus.

    O que se passou foi, to simplesmente, um erro humano que levou a uma interpretao errnea de

    operadores, por falta de passagem de testemunho quando em turnos rotativos. Infelizmente, o

    processo decorreu sob um regime que, por no ser aberto, envolveu problemas nos outros pases

    pois, a informao do acidente somente dois dias depois da ocorrncia, colocou em sobreaviso os

    pases mais prximos e igualmente vitimas das influncias meteorolgicas das partculas radioactivas

    que se espalharam por toda a Europa Central, tendo mesmo chegado alguns sinais Pennsula

    Ibrica. Poderia ter sido evitado este acidente? Sem dvida que, se analisarmos todo o processo,

    uma instalao deste tipo no pode ter falhas daquela tipologia, mas a verdade que ainda hoje

    paira sobre Chernobil o risco grave da inactividade do reactor nuclear, que est submerso sob uma

    camada de beto, tendo sido na altura a nica forma mais expedita de evitar uma catstrofe ainda de

    maiores dimenses. O que fazer posteriori um assunto que decerto tem que preocupar a

    comunidade internacional, sob risco que esta venha, mais uma vez, a ser vitima dos escombros do

    que foi uma central de bandeira do regime sovitico e que possa vir a contaminar mais rea

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    30/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    30

    geogrfica do que aquela que j contaminou. O assunto no est morto e confere preocupao em

    termos de segurana a quem pensa sobre estes temas.

    No entanto, o que se pretende evitar com esta reflexo como, nossa escala, podemos contribuir

    para diminuir o risco das nossas instalaes e no por acaso que to vastamente se tm abordadoos temas da segurana, sempre percebendo o papel determinante dos processos de anlise de

    riscos.

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    31/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    31

    EXERCCIO 5

    Resposta:

    Casos reais a estudar com mais detalhe so:

    Acidente com produtos qumicos: SEVESO- ITALIA

    Acidente com produtos qumicos: Bhopal ndia

    Acidente nuclear: Three Mile Island - USA

    Colapso de mina de carvo em Aberfan: South Wales - Gr Bretanha

    Acidente de uma plataforma petrolfera: Piper Alpha - Gr Bretanha

    Acidente com incndio em depsito de combustveis: Bruncefield - Gr Bretanha

    Estes acidentes encontram-se nas pesquisas de sinistros em sites; como por exemplo:

    http://en.wikipedia.org/wiki/Piper_Alphahttp://home.versatel.nl/the_sims/rig/pipera.htm

    http://en.wikipedia.org/wiki/Seveso_disaster

    http://www.hse.gov.uk/comah/accidents.htm

    Entre outros sites disponveis na WEB

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    32/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    32

    EXERCCIO 6

    Resposta:

    O case study de Bhopal , sem sombra de dvidas, um dos mais significativos na viragem dos

    conceitos de segurana associados industria qumica. Infelizmente, foi necessrio criar um gueto de

    milhares de vtimas de produtos qumicos libertados em face de processos qumicos fora de controlo.

    A presena de grandes actividades qumicas, com elevadas concentraes de produtos qumicos

    num s local e com produtos de elevada capacidade de danos para a sade humana, so o factor de

    risco mais significativo que se encontra neste tipo de actividade. lgico que este acidente virou uma

    pgina na indstria qumica e obrigou a que as indstrias qumicas passassem, por requisito legal, a

    serem obrigadas a controlo preciosista dos seus processos qumicos. Sem dvida, esse foi o

    contributo para a humanidade que a ndia e particularmente a cidade de Bhopal teve para com o

    mundo. O assunto no est morto e a Union Carbide, est neste momento obrigada a grandes

    indemnizaes em face do acidente, mas o sofrimento das populaes, a contaminao dos solos e a

    existncia de muitas mortes no h indemnizao que possa compensar!

    Este caso de estudo pode ser objecto de uma reflexo mais profunda, pesquisando em livros da

    especialidade colocados no final no texto, na zona reservada a bibliografia.

    Bibliografia de consulta

    Livros mais significativos:

    Trevor Kletz, Handbook of Toxic Materials Handling and Management, Marcel Dekker, New York,

    1994

    F.P. Lees, Loss Prevention in the Process Industries, 2nd Edition, Butterworth- Heinemann, Oxford, UK

    Trevor Kletz, Lessons From Disaster: How Organizations Have no Memory and Accidents Recur, co-

    published by Institute of Chemical Engineers, Rugby, UK 1993

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    33/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    33

    Trevor Kletz, What Went Wrong, 4th Edition, Gulf Professional Publishing, 1999

    Trevor Kletz, Learning from Accidents, 3th Edition, Gulf Professional Publishing, 1988

    Sites mais significativos:

    http://en.wikipedia.org/wiki/Piper_Alpha

    http://home.versatel.nl/the_sims/rig/pipera.htm

    http://en.wikipedia.org/wiki/Seveso_disaster

    http://www.hse.gov.uk/comah/accidents.htm

    www.tno.nl

    http://mahbsrv.jrc.it/

    http://www.gulin.com.br/manuais-confinadas.htm

  • 8/22/2019 Manual Formador HST

    34/34

    Manual do Formador - Recursos | Higiene e Segurana do Trabalho

    9. OUTROS RECURSOS

    Sugere-se a consulta da legislao existente sobre o assunto e depois uma consulta na Internetsobre os vrios temas.

    BIBLIOGRAFIA

    Dec Lei n 263/2003 de 30 de Setembro Prescries mnimas de proteco e segurana dos

    trabalhadores expostos a riscos derivados de atmosferas explosivas

    Dec. Lei n 112/96 de 5 de Agosto Condies a que devem obedecer os equipamentos

    elctricos ou mecnicos a utilizar em atmosferas potencialmente explosivas

    Portaria n 341/97 de 21 de Maio

    Portaria 131/2002 de 9 de Fevereiro Regulamento de Construo de explorao de Postos

    de Abastecimento de Combustveis

    Evaluaion de los riesgos de Explosion Servicio de Prevencin Manconumado. Galp Energia

    Espana

    Manual tcnico de Ambiente qualidade e Segurana do Posto de Abastecimento da Galp

    Energia

    ATEX Guidelines ( second Edition)- Guidelines on de apllication of the council Directive 94/9/CE

    of 23 March 1994 on the approximation of the laws os the member states concerning equipment

    and protective systems intended for use in potentially explosive atmospheres European

    Comission

    Design, construction, modification, maintenance and decommissioning of filling stations- APEA

    and Energy Institute

    Trevor Kletz, Handbook of Toxic Materials Handling and Management, Marcel Dekker, New

    York, 1994

    F.P. Lees, Loss Prevention in the Process Industries, 2nd Edition, Butterworth- Heinemann,

    Oxford, UK

    Trevor Kletz, Lessons From Disaster: How Organizations Have no Memory and Accidents

    Recur, co-published by Institute of Chemical Engineers, Rugby, UK 1993

    Trevor Kletz, What Went Wrong, 4

    th

    Edition, Gulf Professional Publishing, 1999 Trevor Kletz, Learning from Accidents, 3th Edition, Gulf Professional Publishing, 1988

    WEBLIOGRAFIA

    http://en.wikipedia.org/wiki/Piper_Alpha

    http://home.versatel.nl/the_sims/rig/pipera.htm

    http://en.wikipedia.org/wiki/Seveso_disaster

    http://www.hse.gov.uk/comah/accidents.htm

    www.tno.nl

    http://mahbsrv.jrc.it/