Manual Fundam Corte Arranque de Apara

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 Fundamentos do corte por arranque de apara Formação CNC  FUNDAMENTOS DO CORTE POR ARRANQUE DE APARA FACTORES QUE INFLUENCIAM O CORTE 2 MAQUI NA FERRAME NTA 3 FERRAMENTAS E REFRIGERANTES 4 PEÇA E MATERI AL 7 GRAUS DAS PASTILHAS USAIS DE: METAL DURO 8 CLASSIF ICAÇÃ O ISO 9 GEOMETR IA DA FERRAMENTA 11 GEOMETR IA DA FERRÁMENTA 12 QUEBRA APAR AS 13 EM DESB ASTE 15 EM ACA BAMENTO 16 DADOS DE CORTE 17 FLUIDOS DE CORTE 18 VELOCID ADE DE CORTE (VELOCI DADE PERIFÉR ICA) 22 Edição: 04/05 v01 1 de 24

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Fundamentos do corte por arranque de apara 

Formação CNC  

FUNDAMENTOS DO CORTE POR ARRANQUE DE APARA

FACTORES QUE INFLUENCIAM O CORTE 2

MAQUINA FERRAMENTA 3

FERRAMENTAS E REFRIGERANTES 4

PEÇA E MATERIAL 7

GRAUS DAS PASTILHAS USAIS DE: METAL DURO 8

CLASSIFICAÇÃO ISO 9

GEOMETRIA DA FERRAMENTA 11

GEOMETRIA DA FERRÁMENTA 12

QUEBRA APARAS 13

EM DESBASTE 15

EM ACABAMENTO 16

DADOS DE CORTE 17

FLUIDOS DE CORTE 18

VELOCIDADE DE CORTE (VELOCIDADE PERIFÉRICA) 22

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Formação CNC  

FACTORES QUE INFLUENCIAM O CORTEACTORES QUE INFLUENCIAM O CORTE

O corte de material por arranque de apara é influenciado por vários f’actores (figura 1). Uns, que se

poderão designar ‘fixos” nos quais se consideram:

máquinas ferramenta

ferramentas

material

peça (desenho e características funcionais)Outros obtidos a partir do conhecimento dos anteriores e que irão ser designados por “parâmetros de

corte” velocidade de corte, avanço e penetração.

Figura 1. Factores que influenciam o corte

Só após o conhecimento destes factores é possível fazer o programa de execução da peça. Um

programa para uma determinada máquina de um modo geral terá de sofrer alterações se for utilizado

noutra. O mesmo acontecerá se o material da peça for diferente, ou se, simplesmente, o acabamento

superficial especificado no desenho for outro. Daí que uma folha de trabalho (tarefa) tenha de

explicitar a máquina, o material, dimensões da peça em bruto, etc.

A estrutura mecânica da máquina deverá possuir boas características de rigidez, estabilidade e

térmicas.

A rigidez é a capacidade da máquina suportar esforços exteriores sem afectar as operações, ou

melhor, sem afectar as especificações da peça. Os factores dominantes são: barramento e

fundações apoios anti-vibratórios).

 

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Máquina Velocidade de rotação

AvançoFerramentas

Refrigerantes

Peça

Material

Velocidade de corte

Largura de corte

Corte por arranque

de apara

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Formação CNC  

A estabilidade relaciona-se com a manutenção da precisão. É influenciada essencialmente pelos

sistemas de apoios de órgãos com movimentos de rotação e translação.

As características térmicas determinam a variação de precisão quando da variação da temperatura e

humidade. Dado a crescente exigência em termos da precisão de uma máquina há uma tendência

hoje em dia de evitar estes fenómenos, colocando a máquina numa sala de temperatura ambiente e

humidade controladas.

MAQUINA FERRAMENTAAQUINA FERRAMENTA

A potência dos motores da máquina, motores de avanço e do motor principal, é um factor muito

importante em termos de tempo de operação. Quanto maior for a potência maior poderá ser a “taxa

de remoção de material”, isto é, a quantidade de material arrancado por unidade de tempo. Portanto

influencia o número de instruções de um programa até se chegar a uma determinada forma.

A máquina utilizada dever ter características e permitam precisão dos trabalhos com o menor custo

possível. O programador tem e possuir as especificações e atributos da máquina para entrarem em

consideração na programação.A velocidade de corte é um dos parâmetros mais importantes do corte por arranque de apara.

Depende do material e da ferramenta e é obtida através da rotação da árvore principal da máquina e

da dimensão da peça. Portanto e importante saber qual a gama de velocidades (caso se trate de

uma máquina com variação contínua de velocidade), ou qual o escalonamento para ajustar os

parâmetros relativamente à velocidade possível mais próxima da desejada. Dois outros factores

muito importantes são:

Fixação da peça

Fixação da ferramenta

Têm de oferecer condições anti-vibratórias. Relativamente às ferramentas deve-se recorrer aos

catálogos de fabricantes de ferramentas.

 

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Formação CNC  

FERRAMENTAS E REFRIGERANTESERRAMENTAS E REFRIGERANTES

A escolha de ferramentas depende exclusivamente de dois factores:

Tipo de fixação da máquina

Fundamentalmente, do tipo de contorno requerido

Os dispositivos de fixação devem oferecer boas características:

De rigidez

E anti-vibratórias

Acção do corte é influenciada essencialmente pela geometria da ponta das ferramentas (figura 2)

Figura 2. Geometria da cunha de corte. α - Ângulo de saída da ferramenta ou ângulo de folga. - Ângulo de

cunha. - Ângulo de ataque da ferramenta ou ângulo de saída da apara

 

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Direcção do corte

AparaCunha cortante

Peça

γ y

α

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Formação CNC  

De um modo geral, e cada vez mais, a face cortante da ferramenta é constituída por uma pastilha de

carboneto de tungsténio, de materiais cerâmicos ou ainda de diamantes industriais. Estas

substituições trazem melhorias no que diz respeito à dureza, resistência ao desgaste, permitindo

maiores velocidades de corte, mas no entanto a sua tenacidade diminui. Estas pastilhas costumam

ter o chamado “quebra-apara” de modo a evitar uma saída contínua da apara que tem dois

inconvenientes: torna-se perigosa pois vem bastante afiada e ocupa um grande volume (figura 3).

Figura 3. Tipos de apara; (a) apara quebrada encaracolada, caso aconselhado, (b) apara quebrada em mola, típico

da operação de furar, (c) apara contínua em fita, típico de fusão do material a ser cortado, (d) apara contínua

enrolada, típico de um endurecimento da apara quando arrefece.

Uma propriedade importante é a “vida da ferramenta” que é afectada pela velocidade de corte,

materia1 da peça e da pastilha. Ferramentas com maiores vidas são geralmente mais caras, no

entanto reduzem o número de substituições de pastilhas (tempos mortos). Os catálogos de

fabricantes costumam dar indicações sobre a vida da ferramenta, relacionando-a com a velocidade

de corte (parâmetro mais relevante na vida da ferramenta).

 

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(a)

(b)

(c)

(d)

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Formação CNC  

O desgaste da ferramenta (critério utilizado na vida da ferramenta apresenta-se geralmente sob

quatro tipos como se pode ver na figura 4)

Figura 4. Tipos de desgaste das pastilha, (a) desgaste da face devido ao ângulo de folga devendo-se alterar este

ângulo; (b) desgaste em cratera devendo-se alterar o ângulo de ataque; (c) desgaste devido saída da apara,

devendo-se alterar o ângulo ataque, (d) desgaste de ponta, considerado uma conjugação dos dois efeitos descritos

em a) e b)

Aparte das ocorrências do tapo quebra da pastilha, e perfeitamente previsível que ao fim de

determinado tempo a pastilha terá de ser mudada. Alem do problema dimensional provocado pelo

desgaste (implica um novo offset da ferramenta), o maior problema prende-se com a modificação da

geometria que tem efeitos nefastos relativamente ao acabamento de superfície (este depende do raio

da ponta da ferramenta). Portanto, para determinadas condições de corte, deve-se saber a vida da

ferramenta. Isto permite a substituição de pastinhas antes de aparecerem peças defeituosas.

Foi dito que a velocidade do corte é o parâmetro fundamental na vida da ferramenta, no entanto, é

essencialmente através da temperatura que se dá o desgaste da ferramenta. Quanto maior é a

velocidade, maior é a temperatura. Para melhorar o corte utilizam-se refrigerantes (chamados “fluidosde corte”) cujas acções são:

Dissipação de ca1or da zona de corte

Reduzir fricção entre a peça e ferramenta (aqui funciona como lubrificante)

Facilitar a remoção de apara

O que permite maiores velocidades de corte.

 

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(a) (b)

(c) (d)

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Formação CNC  

Existem três tipos de refrigerantes:

Soluções básicas

Emulsões (água em óleos minerais ou sintéticos)

Óleos de corte

As primeiras têm boas propriedades refrigerantes, mas pobres em lubrificação (utilizadas

normalmente para altas velocidades de corte); o último refrigerante tem bom comportamento

lubrificante e mau refrigerante (utilizado para baixas velocidades, por exemplo para a operação de

roscagem).

PEÇA E MATERIALEÇA E MATERIAL

O programador ao preparar o programa em CN deve reconhecer a partir do desenho da peça que

propriedades requerem especial atenção. Por exemplo:

Forma e dimensões da peça em bruto

Escolha dos dispositivos de fixação

Escolha de ferramenta e forma de ferramenta

Acabamento superficial (função do rio da ferramenta e do avanço)

Tolerâncias

- Material – materiais muito resistentes requerem grandes forças de corte e portanto não

permitem velocidades de corte elevadas, nem grandes taxas de remoção. Além do aspecto da

resistência mecânica ao corte, os materiais têm uma diferente maquinabilidade e a formaçãoda apara é eficiente para altas velocidades, com pouco desbaste da ferramenta e bom

acabamento superficial da peça.

 

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Formação CNC  

GRAUS DAS PASTILHAS USAIS DE: METAL DURORAUS DAS PASTILHAS USAIS DE: METAL DURO

Como produto da meta1urgia do pó, o meta1 duro é muito diferente de uma liga metálica, como o

aço.

No início do processo de fabricação os componentes encontram-se na forma de pó de tungsténio (W)

e de carbono (C). São misturadas perfeitamente e aquecidos a uma temperatura de 1800°C. Este é o

processo de carbonização que produz o carboneto de tungsténio, estas são as partículas duras

básicas do metal duro.

O cobalto metálico em forma de pó, é o metal aglutinante mais utilizado.

Como aditivos podem ser utilizadas partículas duras de carbonetos de nióbio (NbC), titânio (TiC) e

tântalo (TaC). O doseamento é feito de acordo com o grau de metal duro pretendido, e toda a mistura

vai sofrer um complexo processamento antes da prensagem.

Os moldes, com a forma da pastilha, têm de ser construídos com o dobro do volume do produto final,

porque os compactos prensados, ao sofrerem a sinterização, vão ficar reduzidos a metade do

volume.

A sinterização é um processo de aquecimento (1600°C) em atmosfera controlada, em que se funde oligante e uma pequena parte dos carbonetos. Os carbonetos não fundidos, reagem entre si e mudam

a sua estrutura.

O recobrimento é um processo complicado, no qual as pasti1has são tratadas com um produto

químico, vaporizado no vazio a elevada temperatura.

As películas de revestimento são muito delgadas poucos milésimos de milímetro), mas tem uma

grande influência na duração da área de corte por exemplo, a pastinha GC 415 tem uma cobertura

de carboneto de titânio, óxido de alumínio e nitrito de titânio. A primeira camada, carboneto detitânico, além de ter excelentes propriedades de resistência ao desgaste funciona como elemento de

liga metal duro. A camada seguinte, óxido de alumínio, garante estabilidade necessária com

temperaturas elevadas e aumenta a resistência ao desbaste por abraso, que ocorre na maquinação

de ferro fundido

A última camada, nitrito de titânio, reduz o atrito entre a ferramenta e as aparas.

 

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CLASSIFICAÇÃO ISOLASSIFICAÇÃO ISO

Forma estabelecidas três áreas de aplicação. P. M. e K que se referem aos diferentes materiais a

maquinar.

A área P engloba, principalmente, os aços (aparas longas);

A área M as ligas difíceis;

A área K abarca materiais de apara curta, como o ferro fundido.

Estas áreas foram agrupadas de acordo com as exigências da maquinação e as condiçõesfavoráveis ou desfavoráveis de corte.

Para acabamentos finos, não é importante a tenacidade. Por outro lado, quanto mais pesada for a

maquinação, mais se exige uma grande tenacidade da aresta de corte.

A classificação ISO só trata das condições operacionais da maquinação e não da composição do

metal duro.

O programa de qualidade de metal duro está situado na classificação ISSO de acordo com o seu

campo de aplicação.A tabela seguinte mostra os graus respectivos em cada área P, M e K

NOTA: Em cada área quando aumenta a resistência ao desgaste diminui a tenacidade.

 

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Formação CNC  

ISO Classificação

PAço, aço fundido,ferro maleável decavacos longos.

01  

   T  e  n  a  c   i   d  a   d  e

   R

  e  s   i  s   t   ê  n  c   i  a  a  o   d  e  s  g  a  s   t  e

10

2025

30

40

50

MAço, aço fundido,aço Manganês,ferro fundidoligado, açoAustenitico, ferromaleável, aço de

corte livre.

10 

   T  e  n  a  c   i   d  a   d  e

   R  e  s   i  s   t   ê  n  c   i  a  a  o

   d  e  s  g  a  s   t  e

20

30

40

KFerro fundido,tambémconquilhado, ferromaleável decavacos curtos,aço temperado,metais nãoferrosos,plásticos,

madeira.

0105

 

   T  e  n  a  c   i   d  a   d  e

   R  e  s   i  s   t   ê  n  c   i  a  a  o   d  e  s  g  a  s   t  e

1015

2025

30

 

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GEOMETRIA DA FERRAMENTAEOMETRIA DA FERRAMENTA

Numa operação de torneamento a aresta de corte é forçada a entrar no material da peça a maquinar 

para remover aparas. A geometria da aresta vai condicionar as forças de corte.

A figura da esquerda, ângulo de saída positivo, mostra uma aresta mais aguda (menos de 90°), que

envolve menores forças de corte.

A figura da direita, ângulo de saída negativo, mostra uma aresta mais robusta (superior a 90°). Como

exige uma maior deformação das aparas envolve forças de corte mais elevadas, pelo que se deverá

dispor de mais potência e estabilidade, da máquina a utilizar.

O desenho de uma aresta de corte é descrito através dos vários ângulos em relação aos eixos radial

e axial da peça a maquinar. Todos os ângulos são importantes, mas gostaríamos de destacar o

seguinte:

1. Um ângulo de ponta maior é mais resistente

2. Ângulo de posição ou ataque de 90°, utilizado em operações de maquinar, deve ser evitado

em operações de desgaste porque obriga a aresta a sofrer entradas e saídas violentas no

esforço de corte: é contudo aconselhado para torneamento longitudinal de peças esbeltas por 

implicar pequenas forças radiais (principais responsáveis pelas vibrações).

3. Ângulo de ataque menor que 90° tem a vantagem de entrar e sair de carga mais suavemente,

bem como distribuir o esforço de corte por um maior comprimento de aresta, produzindo

aparas mais delgadas; isto torna-se vantajoso em corte interrompido e na maquinação de

metais muito duros.

4. O raio de ponta (que faz a concordância com arestas que definem o ângulo de ponta) deveser o maior possível para tornar a ferramenta mais robusta, Contudo, com um raio de ponta

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Ângulo de saída

positivo

Ângulo de saída

negativo

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Formação CNC  

grande temos una maior zona de contacto entre a ferramenta e a peça, o que pode provocar 

vibrações. Quando ai acontece, devermos escolher um raio de ponta mais pequeno.

5. O raio de ponta condiciona o avanço. Em termos teóricos o avanço máximo por rotação

aconselhado, é de 2/3 do valor do raio da ponta.

Exemplo: Raio ponta de 1,2 mm o avanço máximo aconselhado e de aproximadamente 0,8 mm

por rotação, embora este exemplo seja teórico e em condições máximas.

GEOMETRIA DA FERRÁMENTAEOMETRIA DA FERRÁMENTAA geometria da ferramenta é descrita através do desenho dos vários ângulos de corte em relação

aos eixos radial e axial da peça a maquinar.

 

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A - ângulo de folga

B - ângulo de saída

C - ângulo de incidência

D - ângulo de corte

E - ângulo de inclinação

F - ângulo de ataque

G - ângulo de ponta

CD

B

F

GE

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QUEBRA APARASUEBRA APARAS

Uma boa quebra das aparas é essencial em certos materiais, para que se possa tornear sem

problemas. Aparas compridas são muito difíceis de manejar, e não só, representam um perigo como

também se enrolam na peça que se está a maquinar e na própria ferramenta. Em tomos modernos,

trabalhando a velocidades de corte muito altas, não era possível tornear se as ferramentas de corte

não tivessem algum meio de quebrar as longas aparas que se formam, em aparas mais curtas.

Metais mais quebradiços, como a maioria das fundições, soltam pequenas partículas, quando se

cortam, por conseguinte, os quebra aparas não são assim tão importantes, em tais materiais.

A maioria das actuais ferramentas de corte, fixam pastilhas com quebra aparas já desenhados. Uma

moderna pastilha de carboneto de tungsténio é uma peça cuidadosamente equilibrada de ângulos de

corte e funções de quebra aparas As depressões em tomo da aresta de corte, produzem um ângulo

de saída positivo, e actuam como quebra aparas. As combinações de ângulos e raios, realizam-se

nas pastilhas, por sinterização, durante a fabricação.

Algumas pastilhas são mais complicadas que outras variando desde uma ranhura quebra aparas a

uma face com rebordos, cavidade e partes lisas, que quebram aparas de diferentes materiais, em

diferentes condições. Estes, podem realizar corte pesado e ligeiro, visto possuírem quebra aparasescalonados

Com pequenas profundidades de corte, a ponta da pastilha esta em acção e a apara liberta-se em

hélice em diferentes comprimentos. Ao aumentar a profundidade de corte, uma parte maior ia aresta

e quebra aparas, entram em funcionamento e a apara fracciona-se em comprimentos menores,

também o avanço da ferramenta ao longo da peça a trabalhar, afectará a passagem da apara pelo

quebra aparas, a profundidade de corte afecta a largura da apara, enquanto que o avanço altera a

espessura da apara. O primeiro degrau do quebra aparas é o responsável pela formação de aparas

originadas por avanços menores. Aumentando o avanço, a apara sai mais espessa e é quebrada

contra outra face. Aparas mais espessas resultam de avanços maiores, sendo a sua quebra mais

fácil.

 

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Formação CNC  

Raio grande - aresta robusta mas também tendência para vibrações.

O ângulo mais importante para uma certa operação é o ângulo de ataque.

Ângulos de ataque pequenos (45°,) são vantajosos, as forças de corte são distribuídas por um maior 

comprimento de aresta de corte

Podem-se assim, realizar com mais facilidade, trabalhos de cortes profundos e difíceis.

Por ser importante no corte um ângulo de ataque segue-se algumas considerações que podem ser 

úteis.

- Se a operação consiste no torneamento de um varão, utilizamos um porta ferramentas com um

ângulo de ataque de 75 ou 600.- Se a peça é comprida e fina, um ângulo de ataque de 90° é a melhor escolha desta forma as

forças de corte são dirigidas de modo a reduzir ao mínimo a tendência a vibrações. O mesmo

ângulo deverá ser usado, quando a peça tiver ressaltos a 90°.

- Se a maquinação inclui carepas, cortes pesados e irregulares, um ângulo de 45° é, na maioria

dos casos, uma boa escolha. Com este ângulo, a aresta de corte entra e sai do materia1 duma

forma mais gradual.

A peça entra em contacto com a aresta, longe da zona mais frágil da mesma.

Também as forças de corte são distribuídas por maior comprimento de aresta.

 

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Ângulo de

posição ou

ataque

Ângulo de posiçãocomplementar 

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Formação CNC  

Pelas razões atrás apontadas, pode dizer-se que para tornear um diâmetro, o melhor compromisso

será um ângulo de ataque intermédio, pois que assim, podemos utilizar velocidades de avanço

maiores sem aumentar a espessura da apara.

Isto quer dizer que, o ângulo de ataque será maior ou menor, quando qualquer dos factores que

dificultam a operação, esteja presente.

Quanto ao facejamento, o princípio é o mesmo. Aqui, também temos que tomar em linha de conta a

direcção radial do corte, antes de seleccionar o ângulo de ataque.

Poderão surgir problemas de vibrações ao tornear peças delgadas, tipo disco, pelo que se devem

tomar as necessárias providências, ao seleccionar ferramentas para este tipo de trabalho.

Uma ferramenta muito útil e a que tem um ngu1 e ataque de 95° que pode tornear e facejar, com o

mesmo aperto

EM DESBASTEM DESBASTE

Ao seleccionar a pastilhita, o primeiro asso, determinar a profundidade do corte No desbaste, esta

deve ser tão grande quanto possível, e sempre de forma a usar, aproximadamente 2/3 da aresta de

corte. Logo deve considerar-se o tipo, forma e tamanho da pastinha a usar.

Depois de seleccionar o metal duro, deve ter-se em conta o material a maquinar, posto que, ele

impõe exigências de resistência, geometria e quebra das aparas.

Em gerai, devemos seleccionar os maiores raios de ponta, que for possível, para se obter uma

ferramenta robusta. Fabricam-se pastinhas com diferentes raios de ponta. Um raio de ponta grande

permite avanços grandes; mas um raio excessivamente grande produz vibrações.

Outro pormenor importante em desgaste é fazer a selecção entre pastinhas de uma e duas faces.

Para desbaste médio e pesado, devem ser seleccionadas pastilhas de uma só face, por serem os

que possuem uma aresta mais forte e estável. E com melhor assentamento provocando assim uma

maior rigidez.

 

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Formação CNC  

EM ACABAMENTOM ACABAMENTO

O acabamento superficial e a precisão, pode melhorar-se com velocidades de corte maiores e

ângulos de saída positivos.

A combinação do raio de ponta e da velocidade de avanço, é o que mais influi no resultado do

acabamento.

A quebra das aparas e o ângulo de saída, também afectam o acabamento superficial, por esta razão,

é importante selecciona uma pastilha com a correcta amplitude, para que a quebra das aparas se

possa fazer com avanços e profundidades de corte pequenas e permitir uma velocidadesuficientemente alta.

A precisão na maquinação e com frequência um resultado que depende também de outros factores

- O desgaste mais rápido de uma ferramenta pontiaguda, origina maiores variações

dimensionais.

 

Edição: 04/05 v01 16 de 24

- 6º

+ 6º

Ângulo saída negativo

Ângulo saída positivo

11º

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DADOS DE CORTEADOS DE CORTE

A escolha dos dados de corte tem uma grande influência na duração da vida da aresta de corte. e na

produção, pelo que é determinante para o cálculo dos custos de maquinação.

A selecção dos dados de corte económicos deve ser feita através de ensaios. Contudo, esse

processo só é realizável para trabalhos de série e reveste-se de bastante complexidade.

Mas uma forma mais cómoda de lá chegar poderá assentar na experiência acumulada e no seguinte:

1. A profundidade máxima de corte dependerá do tipo de pastinha. Com pastilhas triangulares, a

profundidade de corte poderá atingir metade do comprimento da aresta de corte, mas com

pastilhas mais robustas poderemos utilizar 2/3 da aresta de corte Ao maquinar com pastilhas

redondas não deveremos recorrer a uma profundidade de corte superior a 1/3 do diâmetro da

pastilha, não por falta de robustez, mas por limitações impostas pela geometria

2. O avanço deve ser grande, mas condicionado por certos factores

2.1. O avanço, normalmente, não deve ser superior a 2/3 do raio de ponta da pastilha

2.2. Em operações de acabamento deve haver um compromisso entre o raio de ponta e o

avanço, para se obter a rugosidade pretendida.

2.3. Em maquinação de peças esbeltas poderá ser necessário recorrer a pequenos avanços

para evitar vibrações.

Uma vez fixada a profundidade de corte e o avanço, poderemos recorrer às tabelas do fabricante das

ferramentas para encontrar o valor das velocidades de corte aconselhadas para o tipo de material a

maquinar.

Mas devermos sempre utilizar a velocidade de corte encontrada? É importante ter presente qual é o

tipo de trabalho e de máquina um torno de comando numérico, um torno paralelo, com copiador, a

trabalhar numa série de peças, ou um torno ocupado em trabalhos de manutenção, poderão utilizar 

velocidades diferentes para maquinar uma mesma peça.

 

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Fundamentos do corte por arranque de apara 

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FLUIDOS DE CORTELUIDOS DE CORTE

Será importante utilizar fluidos de corte nas operações de torneamento?

Além de diminuir o atrito da peça e das aparas com a ferramenta, ajuda a dissipar a grande

quantidade de calor produzido no processo de corte por levantamento de aparas. Certos fluidos

também servem de protecção contra a oxidação. e em certos casos, os fluidos ajudam a remover as

aparas.

Um jacto forte de uma emulsão de água com óleo “solúvel” poderá permitir aumentar a velocidade de

corte em cerca de 30% sem diminuir a duração da vida da ferramenta. É uma situação vulgarmenteencontrada em tomos de comando numérico.

Em operações de sangramento que usem ferramentas de metal duro devido a grande concentração

de calor, é indispensável o uso de caudal de fluido de corte.

Mas se um forte jacto de emulsão, além das vantagens apresentadas, ainda permite evitar 

deformações na peça a maquinar a par de um melhor acabamento superficial, um pequeno caudal de

fluido de corte pode ser prejudicial por provocar choque térmicos.

Em tornos paralelos convencionais, onde não é possível trabalhar com a ajuda de um jacto de fluidode corte é preferível trabalhar a seco

Há ligas especiais que têm de ser maquinadas a seco, (magnésio, …)

 

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Em qualquer tipo de maquinagem com arranque de apara a conjugação de uma boa velocidade de

corte e um avanço ideal consegue-se uma maquinação com bons resultados isto é:

- Maior duração do tempo de vida da ferramenta que corta.

- Melhores acabamentos

- Menos esforços de corte e por conseguinte menor aquecimento da peça maquinada.

VELOCIDADE DE CORTE (VELOCIDADE PERIFÉRICA)ELOCIDADE DE CORTE (VELOCIDADE PERIFÉRICA)

O perímetro  Dour  π   π   .2

Velocidade de corte - É o tempo que demora a percorrer o espaço do comprimento do perímetro de

um determinado diâmetro. O valor é definido em metros por minuto,

Para determinar uma Velocidade de corte a partir do numero de rotações por minuto (r.p.m.) e do

diâmetro da peça ou da ferramenta.

Velocidade de corte1000

N.D.π=

Velocidade de Corte = M/min (em metros por minuto)

π = 3,1416

N = r.p.m. (numero de rotações por minuto)

D = diâmetro da ferramenta ou da peça

Para determinar o numero de rotações por minuto (r.p.m.) a partir de Velocidade de Corte e do

diâmetro da peça ou da ferramenta.

 

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D.

1000.CortedeVelocidadeN

π

=

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Se a peça a trabalhas gira a uma velocidade de trabalho constante, a velocidade de corte variará

com os diâmetros.

 

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nD1

V1

V2

D2 D3

V3

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