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SIND 7.0 SIMULAÇÃO INDUSTRIAL MANUAL DA EMPRESA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À BERNARD SISTEMAS ®

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SIND 7.0 SIMULAÇÃO INDUSTRIAL

MANUAL DA EMPRESA

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À BERNARD SISTEMAS ®

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BERNARD SISTEMAS LTDA. Florianópolis, Julho de 2015. Este Manual pode ser alterado sem aviso prévio. Este manual é de uso exclusivo nas simulações do SIND 7.0 (simulador industrial). Ele pode ser fotocopiado ou disponibilizado em meio eletrônico (versão em PDF) para distribuição aos participantes destas simulações. Qualquer outro uso deve ser previamente autorizado, por escrito, pela Bernard Sistemas®.

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ORIENTAÇÕES PARA LEITURA DESTE MANUAL Este manual foi elaborado com o objetivo de explicar o funcionamento da empresa simulada e o ambiente em que ela está inserida. A compreensão das explicações e definições apresentadas nesse manual é fundamental para a participação na simulação. A empresa é administrada por equipe de participantes, que são divididos por funções gerenciais. Portanto, a leitura deste manual deve seguir esta divisão, conforme apresentado a seguir:

O capítulo 1 apresenta os participantes, a dinâmica da simulação industrial, a bolsa de valores

e os relatórios emitidos. Este capítulo deve ser lido por todos os participantes, pois apresenta informações básicas da simulação.

O capítulo 2 disponibiliza informações sobre a área de vendas. A prioridade de leitura deve ser para o responsável desta área.

O capítulo 3 apresenta informações da área de produção. A prioridade de leitura deve ser para o responsável desta área.

O capítulo 4 disponibiliza informações sobre a área de recursos humanos. A prioridade de leitura deve ser para o responsável desta área.

O capítulo 5 apresenta informações da área financeira. A prioridade de leitura deve ser para o responsável desta área.

Apêndice – Tabelas de consulta rápida – Os participantes podem utilizar estas tabelas para obter informações resumidas do Manual.

Pela estrutura de leitura do manual, observa-se que a equipe ideal é de 4 participantes. Se ela tiver menos ou mais integrantes, a leitura dos capítulos 2 a 5 deve ser ajustada com alguns participantes assumindo mais de uma função, ou dividindo algumas funções por dois participantes. Durante a simulação os participantes irão observar que é possível trabalhar com várias funções. Isto é aconselhável para que aprendizado proporcione a visão sistêmica do funcionamento da empresa.

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SUMÁRIO

1 – Introdução 1-01

1.1 – Participantes 1-01

1.2 – Dinâmica 1-01

1.3 – Bolsa de Valores 1-02

1.4 – Relatórios 1-02

2 – Administração de Vendas 2-01

2.1 – Os Compradores 2-01

2.2 – Demanda 2-01

2.2.1 - Regiões 2-01

2.2.2 - Preço de Venda 2-02

2.2.3 - Prazo de Venda 2-02

2.2.4 - Propaganda 2-02

2.2.5 - Sazonalidade 2-03

2.2.6 - Crescimento do Macro Setor 2-03

2.2.7 - Importação de Produtos 2-03

2.2.8 – Redistribuição da Demanda 2-04

2.3 – Formas de Comercialização 2-04

2.4 – Decisões a Tomar 2-04

3 – Administração da Produção 3-01

3.1 – Programação da Produção 3-01

3.2 - Tipos de Máquinas 3-01

3.3 - Compra e Venda de Máquinas 3-02

3.4 - Compra de Matérias-Primas 3-03

3.5 - Sistema de Custeio 3-04

3.6 - Gastos com Estocagem 3-04

3.7 - Depreciação 3-04

3.8 – Decisões a Tomar 3-04

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4 – Administração de Recursos Humanos 4-01

4.1 – Contratação 4-01

4.2 - Demissão 4-01

4.3 – Salário 4-01

4.4 – Treinamento 4-02

4.5 – Participação nos Lucros 4-02

4.6 – Motivação 4-02

4.7 - Produtividade 4-03

4.8 - Greve 4-04

4.9 - Decisões a Tomar 4-04

5 – Administração Financeira 5-01

5.1 - Tipos de Empréstimos 5-01

5.1.1 - Empréstimo Emergencial 5-01

5.1.2 - Empréstimo Curto Prazo 5-01

5.1.3 - Empréstimo Longo Prazo 5-01

5.2 – Financiamento 5-02

5.3 – Antecipação de Recebíveis 5-02

5.4 - Aplicação 5-02

5.5 – Imposto de Renda 5-03

5.6 - Dividendos 5-03

5.7 - Atrasos 5-03

5.8 – Inadimplência de Clientes 5-03

5.9 - Decisões a Tomar 5-03

Apêndice - Tabelas de Consulta Rápida da Simulação Industrial

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Introdução 1-01

1 - INTRODUÇÃO O simulador SIND simula o ambiente empresarial do setor industrial. As empresas simuladas são sociedades anônimas de capital aberto tendo, portanto, suas ações cotadas na Bolsa de Valores. Os itens a seguir apresentam os participantes da simulação, a sua dinâmica, o funcionamento da bolsa de valores e os relatórios emitidos pelo simulador. 1.1 – PARTICIPANTES Sugere-se que cada empresa seja formada por equipe de até quatro participantes. As equipes representam as diretorias das empresas, devendo ser divididas nas funções de Vendas, Produção, Recursos Humanos e Financeira. A condução da simulação ficará a cargo de uma pessoa denominada “Coordenador”, que será o responsável pela definição das variáveis macroeconômicas. 1.2 – DINÂMICA A simulação inicia com a distribuição de relatórios empresariais e de um jornal informativo, intitulado “A Gazeta”, que é editado pelo coordenador. No primeiro período, os relatórios são os mesmos para todas as empresas. Elas partem, portanto, de uma mesma situação inicial. Os relatórios e a Gazeta são os instrumentos básicos para que as empresas tomem decisões para o próximo período (trimestre). Outros relatórios e gráficos de desempenho também poderão ser distribuídos pelo coordenador para facilitar o processo da tomada de decisões. As decisões das empresas e do coordenador são então inseridas no simulador SIND, que as processa, gerando novos relatórios. O coordenador da simulação edita então outro jornal que, juntamente com os novos relatórios, permitirão um novo processo da tomada de decisões. Esta dinâmica se repete de modo que durante a simulação possam ser simulados vários trimestres da administração de uma indústria.

Fluxograma da dinâmica do curso de Simulação Industrial

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Introdução 1-02

1.3 – BOLSA DE VALORES As ações das empresas sofrem dois tipos de influências que determinam suas oscilações na Bolsa de Valores. O primeiro tipo é a situação geral do mercado de capitais. As oscilações resultantes dessa situação são reflexos de indicadores macroeconômicos. As variações de preços das ações resultantes dessa oscilação se darão em igual intensidade entre as empresas, não alterando a relação de preço entre as suas ações. O outro tipo de influência é o desempenho individual das empresas. Desempenho este, resultante da boa ou má gestão. Este desempenho é avaliado pelos indicadores de Patrimônio Líquido, Margem de Lucro líquida, Rentabilidade do Ativo, Participação nas Vendas (em quantidade vendida no período), Endividamento Total (em relação ao Ativo) e Capital Circulante Líquido. Todos os indicadores possuem o mesmo peso, com exceção do Patrimônio Líquido que tem peso 3. Caso a empresa tenha endividamento anormal (empréstimo emergencial e/ou atrasos de pagamentos), o valor da ação será reduzido, sinalizando que o mercado percebe esta empresa como de maior risco. A empresa que alcançar o melhor desempenho no conjunto destes indicadores terá suas ações mais valorizadas. Em casos extremos a empresa pode não ser listada na bolsa de valores. Isto ocorre quando ela tiver um desempenho muito ruim. Eventualmente poderão ocorrer capitalizações feitas por meio de oferta primária de ações lançadas no mercado. Neste caso, o valor capitalizado será deduzido do Patrimônio Líquido para efeito de cálculo do valor das ações. Se existir a possibilidade deste tipo de capitalização, ela será informada na Gazeta. 1.4 – RELATÓRIOS Os relatórios da simulação contêm todas as informações necessárias para a tomada de decisões. Estes relatórios são: Contábil, Mercado, Operacional e a Gazeta. O Relatório Operacional apresenta informações confidenciais da empresa. Os Relatórios Contábil, de Mercado e a Gazeta são os mesmos para todas as empresas. Os relatórios citados anteriormente são indispensáveis para o processo de tomada das decisões. Outros relatórios poderão ser entregues esporadicamente pelo coordenador. A seguir são apresentadas informações básicas constantes em cada relatório. Explicações dos itens dos relatórios estão disponíveis na opção de Ajuda do site da simulação. Relatório Contábil: Este relatório apresenta o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). A análise deste relatório pode trazer muitas informações importantes da empresa e de suas concorrentes. Relatório de Mercado: Este relatório apresenta a situação geral do mercado (demanda e venda total por região), vendas relativas de cada empresa por região, preço de venda de cada empresa por região, Bolsa de Valores e indicadores macroeconômicos (conjuntura econômica e preços dos fornecedores). Relatório Operacional: As informações contidas neste relatório são confidenciais e relativas às áreas: comercial, produção, recursos humanos e finanças. O Relatório Operacional apresenta, para cada área, as informações geradas no período, bem como as respectivas decisões tomadas. Gazeta: É nesse documento que o coordenador divulga as suas decisões tomadas para a simulação. As empresas encontram nesse jornal os preços de todos os fornecedores para o período, a Taxa Básica de Juros (TBJ), a taxa de juros dos fornecedores, estimativa de importação de produtos, percentual de prejuízo ou lucro na venda de máquinas usadas, bem como as demais informações macroeconômicas necessárias para o processo de tomada das decisões. Notícias também são apresentadas nesse jornal.

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Administração de Vendas 2-01

2 - ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS A administração de vendas é responsável pela execução da política comercial adotada pela empresa. Para tanto, ela deverá negociar com os canais de distribuição (distribuidores). O conhecimento do mercado se torna fundamental para o bom gerenciamento das vendas. Os itens a seguir apresentam detalhes sobre os canais de distribuição, fatores que influenciam a demanda e as formas de comercialização dos produtos. 2.1 – OS COMPRADORES A empresa produz e comercializa apenas um produto de consumo durável. No início da simulação este produto tem a mesma qualidade, tanto em relação aos concorrentes nacionais, quanto aos produtos importados (Consulte o coordenador da sua simulação para saber se haverá a opção de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para diferenciar a qualidade dos produtos em períodos futuros). As empresas com mais vendas acumuladas nos períodos anteriores têm um peso maior quando da escolha do produto por parte do consumidor. A menor presença no mercado, contudo, pode ser compensada por uma política mais agressiva em relação a preço, prazo e/ou propaganda. Os compradores dos produtos são os distribuidores, não os consumidores finais. Estes distribuidores podem ser atacadistas, ou cadeias de lojas que compram diretamente da indústria. Todas as empresas da simulação têm acesso aos mesmos distribuidores. Estes canais de distribuição negociam em relação a preço, prazo, juros e propaganda (este último fator determina o efeito da propaganda nos consumidores finais). 2.2 - DEMANDA As vendas estão diretamente relacionadas com a demanda. A empresa deve procurar equilibrar a demanda com as vendas para evitar desperdiçar recursos. No Relatório Operacional é apresentada a demanda e a venda da empresa em cada região, enquanto no Relatório de Mercado é apresentada a demanda e venda de todas as empresas em cada região. A demanda é determinada pela influência dos fatores: região, propaganda, preço, prazo (com eventuais juros sobre vendas a prazo), sazonalidade, crescimento do macro setor e importação. Os fatores preço, prazo e propaganda são controláveis pelas empresas. A sazonalidade, o crescimento do macro setor e a importação de produtos são variáveis macroeconômicas que não podem ser diretamente controladas pelas empresas. Os itens a seguir fornecem detalhes sobre cada fator que influencia na demanda. 2.2.1 - REGIÕES Cada empresa está instalada em uma região, por exemplo, a empresa 1 está situada na região 1. Todas as empresas podem vender nas demais regiões existentes, porém, na região onde a empresa estiver instalada, as despesas com distribuição dos produtos (transporte, seguro, etc.) são a metade em relação às demais regiões. Existe ainda uma última região caraterizada por áreas onde têm consumidores, mas sem empresas instaladas (que pode ser o mercado externo, caso o coordenador defina). Em todas as regiões onde existem empresas instaladas a demanda inicial é a mesma. Na última região a demanda do início da simulação é maior.

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Administração de Vendas 2-02

A empresa pode influenciar diretamente na demanda por produtos de uma região utilizando propaganda, preço e prazo de venda. As regiões são independentes em relação a essas três variáveis, ou seja, as decisões de quanto aplicar em propaganda, preço e prazo de venda praticado em uma região somente influenciarão nessa região. Se o comercial não quiser vender em determinada região, ele deve colocar o preço igual a zero nesta região. 2.2.2 - PREÇO DE VENDA O preço de venda tem influência decisiva na demanda pelos produtos. O comportamento da demanda é inversamente proporcional ao preço, ou seja, a demanda diminui à medida que o preço aumenta. O produto tem uma alta elasticidade-preço em relação à demanda, ou seja, pequenas variações no seu preço acarretam em uma grande variação na sua demanda. O preço da concorrência também influencia a demanda por produtos. Se as demais variáveis que influenciam na demanda permanecerem constantes, a empresa que praticar os menores preços terá uma demanda maior. O preço negociado entre as empresas e os seus compradores (distribuidores) é repassado para o consumidor final, aplicando uma margem fixa. Esta política dos distribuidores resulta em uma mesma proporção de preços, seja no atacado, ou no varejo. 2.2.3 - PRAZO DE VENDA Por ser um bem durável de alto valor, este produto requer um financiamento para que possa ser comprado pela maior parte dos consumidores finais. Para efeito da simulação, considera-se que este financiamento está disponível no comércio. O prazo de venda a ser negociado é entre a empresa e seus compradores (distribuidores). Grande parte destes distribuidores pode comprar à vista ou a prazo, dependendo das condições da venda. Prazo de pagamento, entretanto, é um fator de estímulo às vendas. Quando maior este prazo, maior o estímulo. Dentre as empresas que estão praticando vendas a prazo, terão mais demanda aquelas que estiverem oferecendo mais prazos e com menor valor das prestações (a prestação é formada pelo preço à vista, número de parcelas e taxa de juros sobre venda a prazo). 2.2.4 - PROPAGANDA A propaganda é realizada por agências e tem por objetivo atingir o consumidor final. Os compradores (distribuidores) apenas expressam os desejos destes consumidores, buscando comprar em maior quantidade os produtos daquelas empresas que estão aplicando mais em propaganda. Para cada período as agências de propaganda têm condições de realizar até 9 campanhas em cada região, por empresa. A demanda é proporcional ao número de campanhas aplicadas em cada região, ou seja, quanto maior o número de campanhas, maior será a demanda. Existe, porém, um efeito de saturação, onde ocorre um aumento muito pequeno da demanda em relação ao número de campanhas adicionais aplicadas. As empresas devem, então, determinar o número ótimo de propagandas para evitar o desperdício de recursos. A propaganda realizada em um período tem seu efeito distribuído em três períodos de forma decrescente. A maior parte do efeito se dá no próprio período de solicitação (período P), outra parte se dá no período P+1 e uma pequena parte influi na demanda do período P+2. Considera-se

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Administração de Vendas 2-03

que, para um mesmo número de propagandas aplicadas, o seu efeito será o mesmo, independente do trabalho realizado. O consumidor não julga, portanto, a qualidade da campanha de propaganda realizada, nem a eficácia do meio de divulgação adotado. 2.2.5 - SAZONALIDADE No quarto trimestre de cada ano (períodos 4, 8 e 12) a demanda total pelo produto tende a aumentar 50%, se forem mantidas todas as condições que influenciam na demanda. Este percentual pode ser superior, ou inferior, dependendo da política geral do setor em relação a preço, prazo e propaganda, além de eventuais variações no crescimento do macro setor e das importações. O efeito da sazonalidade é restrito ao último período de cada ano, retornando ao seu nível normal quando este período termina. 2.2.6 - CRESCIMENTO DO MACRO SETOR O crescimento do macro setor é determinado pela atividade econômica do setor industrial do qual as empresas simuladas fazem parte. Considerando que, com exceção da sazonalidade do produto, as demais variáveis que influenciam a demanda do produto não sofram variações, a demanda total pelo produto irá crescer conforme o crescimento do macro setor. Entretanto, as empresas alteram suas políticas comerciais, acarretando um crescimento do micro setor (composto pelas empresas simuladas) diferente do crescimento do macro setor. O crescimento do macro setor, entretanto, influencia o crescimento do micro setor. Assim é importante saber a tendência de variação do macro setor, podendo ser positiva, negativa ou nula. Quando positiva, indica o macro setor industrial está em expansão. Quando negativa, indica uma retração. Quando zero, indica que, na média, não há variação de crescimento dos micros setores que fazem parte do macro setor industrial. O crescimento do macro setor ocorrido em cada período é divulgado nos indicadores macroeconômicos do Relatório de Mercado. 2.2.7 - IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS O setor de produtos duráveis é formado por fabricantes nacionais e estrangeiros. Os fabricantes nacionais competem diretamente utilizando variáveis tais como preço, prazo e propaganda. Já a competição com os produtos importados se dá de forma indireta. A cada período será informado na Gazeta o percentual da demanda que será absorvida por produtos importados. As variações neste percentual indicarão se os produtos importados estão ganhando ou perdendo participação no mercado. No Relatório de Mercado será mostrada a quantidade de produtos importados, no item “Indicadores Macroeconômicos”. Neste relatório também será informada a demanda e a venda total por região, desconsiderando os produtos importados. 2.2.8 – REDISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA Quando a soma das demandas de todas as regiões for superior aos produtos que a empresa tem para vender, o departamento comercial irá priorizar as vendas na região que a empresa está instalada, e o restante do estoque será vendido proporcionalmente à demanda em cada região. A diferença entre a demanda e venda de cada região será a demanda não atendida. Parte desta demanda será transferida para a concorrência, e o restante será perdida.

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Administração de Vendas 2-04

Em função da transferência da demanda, algumas empresas poderão vender produtos acima de sua demanda. Quando isto ocorrer, significa que a diferença entre a venda e a demanda, é formada por compradores que vieram da concorrência, por falta de produtos. As variações entre demanda e venda da empresa em cada região são visualizadas no Relatório Operacional. 2.3 - FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO As vendas podem ser feitas à vista, em 1+1 ou em 1+2. Nas vendas a prazo a empresa pode estipular uma taxa de juros. Esta taxa, se muito elevada, pode aumentar a inadimplência nos recebimentos, assim como reduzir demanda. A seguir são apresentadas as formas de recebimento das vendas:

Prazo à vista.

1+1 = 1 entrada + 1 prestação para P+1 (parcelas iguais, corrigidas com juros).

1+2 = 1 entrada + 2 prestações para P+1 e P+2 (parcelas iguais, corrigidas com juros). Cálculo do valor das parcelas para cada produto vendido a prazo:

P= $ * i * (1 + i) n-1

(1 + i) n - 1

Onde: P = Valor da parcela, inclusive da entrada que já tem os juros antecipados $ = Preço à vista unitário do produto i = percentual de juros dividido por 100 n = número de prestações (2 para 1+1 e 3 para 1+2)

Para calcular o valor total de cada parcela a receber, deve-se multiplicar o valor da parcela unitária (com duas casas decimais) pelo número de produtos vendidos. 2.4 – DECISÕES A TOMAR A área comercial tem por objetivo vender os produtos fabricados pela empresa e que são demandados pelo mercado. As decisões a serem tomadas são relativas ao preço de venda, ao prazo de recebimento (decisão conjunta com a área financeira, pois envolve também a definição de eventuais juros) e à propaganda a ser aplicada. Estas 3 decisões são independentes por região de atuação.

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Administração da Produção 3-01

3 - ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO A administração da produção é responsável pela fabricação dos produtos que serão destinados à venda. Para tanto, ela deverá manter a produção balanceada e com custos de produção mais baixos possíveis. Os itens a seguir apresentam detalhes sobre a programação de produção, produtividade, tipos de máquinas disponíveis, compra e venda destas máquinas, compra de matéria-prima, sistema de custeio, gastos com estocagem e depreciação de máquinas, prédios e instalações. 3.1 – PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO A empresa produz somente um tipo de bem de consumo durável. Para a sua produção são necessárias 3 unidades da matéria-prima A e 2 unidades da matéria-prima B. A capacidade de produção depende do número de empregados da produção, de seu índice de produtividade, da quantidade e tipo de máquinas utilizadas, do nível de atividade e de uma eventual produção extra (lembrando que a greve pode diminuir a produção planejada). As matérias-primas não são fatores limitantes da produção, já que sempre existirão fornecedores emergenciais para suprir a falta destes insumos na produção. A produção extra poderá ser de até 25%. Para tanto, o nível de atividade deve estar em 100%. No caso da empresa optar por produção extra, as horas adicionais que os empregados da produção fizerem serão 50% mais caras. A empresa pode diminuir a sua produção no período, diminuindo o nível de atividade da produção. A diminuição deste nível tem por objetivo evitar produzir com matérias-primas do fornecedor emergencial e/ou evitar ficar com estoques elevados de produtos acabados, diminuindo assim os gastos com estocagem. A desvantagem da diminuição do nível de atividade é que, com exceção das matérias-primas e manutenção de máquinas, os demais custos continuam fixos (Ex.: mão-de-obra, depreciação, etc...). 3.2 - TIPOS DE MÁQUINAS

Existem três tipos de máquinas que podem ser utilizadas no processo produtivo. As especificações de cada tipo de máquina estão descritas na tabela a seguir:

TABELA DE ESPECIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS

Tipo Alfa Beta Gama

Preço de compra 500.000 1.500.000 3.000.000

Produção 2.000 6.000 12.000

Nº de empregados 80 230 450

Custo de manutenção 0,004 * Idade * Preço

da máquina nova 0,003 * Idade * Preço

da máquina nova 0,002 * Idade * Preço

da máquina nova

Preço de compra: Valores para o período 0. O jornal Gazeta divulgará a cada período eventuais variações nos preços de aquisição das máquinas. Produção: Esta produção considera que o nível de atividade seja de 100%, sem produção extra (hora-extra), exista empregados necessários e a produtividade destes empregados esteja em 1.0.

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Administração da Produção 3-02

Nº de empregados: Empregados necessários para ocupar os postos de trabalho em cada tipo de máquina. Esta necessidade não muda em função de variação de produtividade dos empregados. Assim, não adianta contratar mais empregados para compensar uma produtividade baixa, pois estes não terão postos de trabalho disponíveis. Se não houver empregados suficientes para operar todas as máquinas, eles serão alocados primeiramente às máquinas Gama, Beta e, por último, Alfa. Para um mesmo tipo de máquina, a alocação de empregados se dará primeiramente às máquinas mais novas. A produção nas máquinas em que faltarem empregados será proporcional ao número de empregados disponíveis. Custo de manutenção: Dado com base em um percentual do preço da máquina nova. Este percentual é crescente, conforme o envelhecimento da máquina. O custo de manutenção também aumenta em função da produção extra, e diminui em virtude da redução no nível de atividade de produção e/ou falta de empregados. Ex. Máquina Alfa com 13 períodos e preço de máquina nova = $ 500.000. Manutenção = 500.000 X 0,004 X 13 = $26.000. Se houver 7% de produção-extra o custo sobe para $ 27.820 (26.000*1,07). Se o nível de atividade for 90% e tiver 64 empregados o custo será de $ 18.720 (26.000 * 0,9 * 64/80). DICA: O custo de manutenção pode ser calculado por tipo de máquina. Para tanto, toma-se a idade média disponível no Relatório Operacional e acrescenta 1 período, ou seja, o período da decisão. A seguir, multiplica este valor pelo respectivo número de máquinas. Os demais cálculos são os mesmos do exemplo citado.

A empresa tem no início do período 1 apenas máquinas Alfa. A tabela a seguir apresenta os dados referentes a cada uma destas máquinas:

TABELA DE MÁQUINAS NO INÍCIO DO PERÍODO 1

MÁQUINAS ALFA

Idade*1 Quantidade*2 Preço de compra Depreciação acumulada

Valor contábil*3

5 1 500.000 62.500 437.500 10 2 480.000 120.000 360.000 20 2 450.000 225.000 225.000

Total*4 5 2.360.000 752.500 1.607.500 *1 A idade é dada em períodos. *2 A quantidade corresponde no início do período 1. *3 O valor contábil é o preço de compra, diminuído da depreciação acumulada. Este valor

é dado por máquina, com exceção da linha Total *4 O total diz respeito à soma de todas as máquinas.

3.3 - COMPRA E VENDA DE MÁQUINAS A empresa pode vender as suas máquinas em qualquer período. A compra das máquinas está condicionada à sua disponibilidade por parte dos fornecedores (eventuais faltas de máquinas novas para venda serão divulgadas na Gazeta). Para compra de máquinas, a empresa recebe um financiamento do Banco de Desenvolvimento Industrial (BDI), conforme está explicado no item “Financiamento” do capítulo 5. A quantidade de máquinas a ser comprada não pode ultrapassar a capacidade máxima das instalações, que é de produzir 36.000 unidades por período (sem considerar produção-extra e ganhos de produtividade dos empregados). As máquinas adquiridas no período P chegam apenas no final deste período e, não podem ser vendidas nesse período. As máquinas adquiridas no período P, por chegarem no final do período, somente irão começar a produzir no início do período P+1.

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Administração da Produção 3-03

Caso a empresa deseje vender máquinas, os compradores estarão oferecendo de 80 a 120% do seu valor contábil (este percentual poderá variar, sendo divulgado a cada período na Gazeta). Entende-se por valor contábil, o valor histórico de aquisição das máquinas menos a sua depreciação acumulada. A diferença entre o valor de venda e o valor contábil será computada como receita não operacional (quando o percentual for maior que 100%) ou como despesa não operacional (quando o percentual for menor que 100%). A empresa deve fazer um acompanhamento de suas máquinas, conforme exemplificado na tabela anterior para saber o valor contábil de suas máquinas. As máquinas mais velhas são vendidas em primeiro lugar. As máquinas vendidas no período P saem apenas no final deste período. 3.4 - COMPRA DE MATÉRIAS-PRIMAS

A empresa pode comprar as matérias-primas de dois fornecedores: programado e emergencial. O fornecedor programado exige que a matéria-prima a ser utilizada seja solicitada com um período de antecedência. Assim, a matéria-prima a ser utilizada no período P+1 deve ser solicitada no período P, chegando somente no final deste período. Ela estará disponível para utilização no início do período P+1. A quantidade máxima de unidades de matéria-prima que o fornecedor programado pode vender por período, para cada empresa, é de 150.000 para a matéria-prima A e de 99.999 para a matéria-prima B. O fornecedor programado vende seus produtos à vista ou a prazo (1+1 ou 1+ 2). Para compras a prazo este fornecedor acrescenta uma taxa de juros. O preço à vista das matérias-primas, assim como a taxa de juros cobrada pelo fornecedor é divulgada a cada período na Gazeta. A seguir são apresentadas as formas de pagamento das compras a prazo:

1+1 = 1 entrada + 1 prestação para P+1 (duas parcelas constantes, corrigidas com os juros do fornecedor).

1+2 = 1 entrada + 2 prestações para P+1 e P+2 (três parcelas constantes, corrigidas com os juros do fornecedor).

Cálculo do valor das parcelas para compra de matéria-prima a prazo:

P= $ * i * (1 + i) n-1

(1 + i) n – 1

Onde:

P = Valor da parcela, inclusive da entrada que já tem os juros antecipados $ = Preço à vista unitário da matéria-prima multiplicado pela quantidade a comprar i = percentual de juros do fornecedor dividido por 100 n = número de prestações (2 para 1+1 e 3 para 1+2)

O fornecedor emergencial entrega seus produtos no momento em que começa a faltar matéria-prima para a produção. A compra deste fornecedor se dá automaticamente e somente na quantidade necessária para concluir a produção programada do período. Desta forma, não há estocagem destas matérias-primas, não existindo, portanto, custo de estocagem para estas matérias-primas. O fornecedor emergencial tem por objetivo vender matérias-primas para que não haja interrupção da produção por falta destes insumos. Os preços do fornecedor emergencial são 30% superiores aos preços do fornecedor programado, sendo as suas vendas efetuadas somente à vista. As compras no fornecedor emergencial são feitas quando faltar matéria-prima no estoque do período seja por erros nos pedidos de compras do fornecedor programado ou quando a empresa precisar de mais matéria-prima que o limite de compras programadas por período.

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Administração da Produção 3-04

3.5 - SISTEMA DE CUSTEIO

O sistema de custeio utilizado para as matérias-primas (e produtos acabados) é o custo médio ponderado. Por este sistema a ponderação é realizada de acordo com a quantidade existente em estoque para cada preço de aquisição (custos de produção). Se a produção consumir todas as matérias-primas existentes no início do período, o valor dos estoques de matérias-primas ao final do período será o próprio valor de compra do período. Caso contrário, será utilizado o sistema de custeio pela média ponderada. Mesmo raciocínio é válido para os produtos acabados, ou seja, somente haverá custeio pela média ponderada se sobrarem produtos não vendidos no período anterior. Caso contrário, o custo dos produtos acabados será o próprio custo de produção do período. Para o período 1 o custo unitário da matéria-prima A a ser utilizada na produção é $ 20,00 e da matéria-prima B é $ 40,00.

3.6 - GASTOS COM ESTOCAGEM A manutenção de matérias-primas e de produtos acabados incorre em gastos adicionais. A apropriação destes gastos é como custo de produção para matérias-primas e despesas de vendas para produtos acabados produzidos e não vendidos no período. Para as matérias-primas, os custos são calculados multiplicando-se a quantidade de estoques existentes no início do período, por 5% do seu preço de compra à vista no período (lembre-se que para as matérias-primas compradas do fornecedor emergencial não têm custo de estocagem). Para os produtos acabados a despesa com estocagem é de 10% de seu valor contábil no início do período.

Gastos com Estocagem*1 = 0,05 X (Qtde_MPA*2 x Preço à Vista*3 + Qtde_MPB x Preço à Vista) + ( 0,1 x EIPA*4)

*1 A contabilização é de custo de produção para matérias primas e de despesa de vendas para produtos acabados.

*2 Qtde_MPA = Quantidade de matérias-primas A em estoque no início do período. *3 Preço à Vista = Preço à vista da matéria-prima A no período, considerando compra à vista. *4 EIPA = Valor contábil do estoque inicial de produtos acabados.

3.7 - DEPRECIAÇÃO O uso de prédios, instalações e máquinas acarreta em desvalorização destes ativos. Para representar esta desvalorização é computada, a cada período, uma despesa de depreciação (modo linear). A depreciação de prédios e instalações é de 1% ao período. Esta despesa de depreciação é rateada em 20% para o departamento administrativo, 10% para o departamento de vendas e 70% para o departamento de produção. A depreciação das máquinas é de 2,5% ao período, sendo toda absorvida pelo departamento de produção. Os percentuais de depreciação são constantes, independente do nível de atividade e de eventual produção extra. 3.8 – DECISÕES A TOMAR A área de produção tem por objetivo fabricar os produtos demandados pelo mercado. As decisões a serem tomadas são o nível de atividade da produção e eventual produção extra para suprir demanda acima da capacidade normal. É importante destacar que a produção-extra, por envolver horas-extras, é mais cara. A área de produção deve ainda se preparar para a produção do período seguinte. Para tanto ela deve realizar compras programadas de matérias-primas (a forma de pagamento deve ser negociada com o financeiro) e atualização do parque fabril. Isto requer a compra e/ou venda de máquinas, seja para ajustar à demanda, seja para substituir máquinas velhas, que encarecem o custo de produção em função do custo de manutenção crescente.

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Administração de Recursos Humanos 4-01

4 - ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS A administração de recursos humanos é responsável pela contratação, demissão, politica de remuneração (salário e participação nos lucro) e treinamento Ela deve monitorar a motivação dos empregados e buscar meios para aumentar a produtividade e prevenir eventuais greves. No final do período zero a empresa conta com 470 empregados da produção, 20 empregados do departamento administrativo e 10 empregados do departamento de vendas. Os empregados administrativos e vendedores são considerados como despesas fixas. O seu número permanece constante, independente do nível de atividade da produção e eles não fazem hora extra. 4.1 - CONTRATAÇÃO A empresa pode alocar até 1.440 empregados da produção, mais os empregados administrativos e de vendas. A contratação de empregados deve, portanto, respeitar o limite de capacidade das instalações. A efetivação da contratação dos empregados se dá inteiramente no início do período da solicitação. A qualidade destes empregados irá variar de 90 % a 110% da produtividade média dos empregados existentes. Esta variação de produtividade dos novos empregados dependerá do número de empregados a serem contratados, dos benefícios pagos pela empresa (salário e participação nos lucros), do treinamento inicial dado aos novos empregados e do índice de disponibilidade da mão-de-obra no mercado (Baixa, Média ou Alta). O índice de disponibilidade da mão-de-obra irá variar de acordo com a situação econômica, sendo divulgado a cada período nos indicadores macroeconômicos do Relatório de Mercado. 4.2 - DEMISSÃO A demissão é feita apenas para os empregados da produção, ou seja, os empregados administrativos e de vendas são fixos. A demissão é efetuada no início do período, onerando a empresa com um custo de indenização de 60% do salário trimestral (salário base do período de demissão) para cada empregado demitido. O débito é feito no próprio período. A demissão acarreta em queda da motivação e, por consequência, da produtividade dos empregados. Se no período seguinte da demissão não houver novas demissões, ou novos fatores de desmotivação, a motivação e produtividade retornam aos níveis do período anterior da demissão. Se a intensidade de demissões for alta, os empregados remanescentes podem entrar em greve. 4.3 - SALÁRIO A empresa está proibida, por lei, de diminuir os salários, mesmo trabalhando a um nível de atividade menor que 100%. Portanto, o salário pago deve ser, no mínimo, igual ao salário pago no período anterior, respeitando também o teto máximo de reajuste de 50% no período para que a empresa não se inviabilize. A produção extra eleva a folha de pagamento dos empregados do setor produtivo. Haverá incidência, além do valor da hora normal, de 50% a mais por hora extra trabalhada. Por exemplo, para um aumento de 10% da produção em virtude de horas extras, haverá um aumento 15% da folha de pagamento (10% do aumento na produção + 50% de encargos em cima de 10%). Este cálculo é válido para todos os aumentos na produção, em função das horas

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Administração de Recursos Humanos 4-02

extras, que podem ser de 1 a 25%. Os empregados administrativos e vendedores recebem quatro vezes o salário dos empregados da produção. 4.4 – TREINAMENTO Os gastos com treinamento devem ser realizados com base em um percentual da folha de pagamento dos empregados da produção (desconsiderando as horas-extras e as despesas de demissão). Os gastos com treinamento se tornam mais importantes quando da contratação de novos empregados. A vantagem de investir em treinamento dos empregados da produção é aumentar a produtividade e motivação destes empregados. O percentual ideal a ser aplicado em treinamento não é conhecido. Entretanto, a empresa pode verificar qual o aumento da produtividade ocorrido em função de um dado percentual investido.

4.5 - PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS Os empregados da produção podem receber, além dos salários, uma participação nos lucros como remuneração variável. Esta participação, segundo os estatutos das empresas, pode ser variável e de, no máximo, 10% do lucro líquido após o imposto de renda. A participação nos lucros tem por objetivo aumentar a motivação dos empregados da produção, e por consequência, aumentar sua produtividade. Esta participação é paga no período seguinte ao da apuração do lucro. A participação nos lucros eleva a motivação (produtividade) dos empregados da produção de duas formas: (1) pela expectativa de recebimento, em função do percentual definido, e (2) pelo efetivo recebimento, em função do dinheiro recebido pelos lucros gerados no período anterior. A segunda forma é a que tem maior influência. Entretanto, se em determinado período (P) a empresa estipulou um percentual de participação e não deu lucro, no período seguinte (P+1) os empregados não terão sua motivação (produtividade) aumentada em função destas duas formas. Se no período P+1 a empresa definir um percentual de participação nos lucros, apenas no período P+2 pode ter algum efeito na motivação (produtividade), mas desde que a empresa apresente lucros. Portanto, a decisão de distribuir parte dos lucros com os empregados somente irá refletir resultados efetivos se realmente a empresa gerar lucros. 4.6 - MOTIVAÇÃO Os empregados da produção podem apresentar cinco níveis de motivação: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. O nível de motivação determinará se a empresa estará em greve e, em parte, a produtividade dos empregados. A motivação tem influência na disposição ao trabalho, no retorno do treinamento realizado e na intensidade do ganho em função da produção repetitiva (ganho obtido pela aprendizagem). As empresas que estiverem com empregados em níveis de motivação Péssimo ou Ruim, não terão aumentos de produtividade pela produção repetitiva. A motivação dos empregados da produção é determinada por fatores monetários e não monetários. O salário, e eventuais participações nos lucros, são as variáveis que determinam o fator monetário da motivação. Um aumento salarial acima da média do setor e/ou da inflação acumulada eleva o nível da motivação dos empregados. Se, entretanto, a empresa reajustar seus salários abaixo do reajuste médio do setor ou da inflação acumulada, os empregados ficarão menos motivados.

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Administração de Recursos Humanos 4-03

A motivação não monetária é determinada positivamente pelo investimento em cursos de treinamento e desenvolvimento dos empregados da produção e, negativamente, pela demissão. A demissão de empregados acarreta em uma queda da motivação dos empregados, por considerarem que sua situação está ameaçada. Tanto os fatores monetários, quanto os fatores não monetários, atingem um patamar de saturação acima do qual um aumento da remuneração, ou dos gastos com treinamento, não irá resultar em elevação significativa da motivação. 4.7 - PRODUTIVIDADE A produtividade é resultado da disposição ao trabalho, do retorno do treinamento realizado e da intensidade do ganho em função da produção repetitiva (ganho obtido pela aprendizagem). O ganho de produtividade em função da produção repetitiva é de 1% ao período, desde que a motivação dos empregados esteja no mínimo regular. A produtividade dos empregados da produção é medida por dois indicadores: a produtividade propriamente dita e a produção média por homem (Produção/Homem). O indicador de produtividade inicia em 1.0 (período 0) e a partir deste período pode diminuir, ou aumentar, de acordo com as situações a seguir. Aumento da produtividade em função de:

Treinamento: de acordo com os gastos realizados em cursos para os empregados da produção. O treinamento deve ser maior nos períodos em que a empresa estiver contratando empregados;

Produção Repetitiva: decorrente da aprendizagem alcançada por produzir de forma

repetitiva, desde que a motivação dos empregados esteja em ótima, boa ou regular;

Contratação: quando a produtividade dos novos empregados for superior à produtividade

dos empregados existentes;

Aumento da Motivação: provocada pelos fatores monetários e não-monetários.

Diminuição da produtividade em função de:

Contratação: quando a produtividade dos novos empregados for inferior à produtividade dos empregados existentes;

Queda da Motivação: provocada pelos fatores monetários e não-monetários.

A Produção/Homem indica a quantidade média de produtos fabricados por empregado do setor produtivo. Esse indicador é calculado dividindo-se a produção do período pela quantidade de empregados do setor produtivo durante o período. Esse indicador pode ser utilizado para comparar a produção da empresa, por empregado, com a produção média por homem do setor industrial em que a empresa está inserida. A variável Produção Média/Homem do setor, apresentada no Relatório de Mercado, não leva em consideração eventuais horas extras realizadas. Portanto, se a empresa estiver praticando produção-extra, ela deve desconsiderá-la da sua produção média para comparar com a produtividade média do setor.

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Administração de Recursos Humanos 4-04

4.8 - GREVE Dentro de cada empresa existe um movimento sindical que acompanha o nível de motivação dos empregados. Este movimento inicia uma greve quando a motivação dos empregados atingir o nível Péssimo, ou quando, por dois períodos consecutivos, a motivação estiver no nível Ruim. A greve começa no próprio período em que for verificada uma destas duas situações. A intensidade da greve será determinada pelo grau de defasagem salarial e eventuais atrasos no pagamento dos salários e intensidade de demissões efetivadas pela empresa. A greve somente irá terminar quando a motivação dos empregados sair do nível Ruim, ou Péssimo, conforme o caso. No período em que a empresa estiver admitindo empregados, poderá haver greve mesmo que o Relatório Operacional não apresente uma das duas situações citadas anteriormente. Este fato ocorre porque a motivação mostrada nesse relatório é a média ponderada entre os empregados existentes e os admitidos. Logo, a motivação dos empregados existentes pode resultar em greve, apesar do Relatório Operacional não mostrar o nível de motivação necessária para tal. 4.9 – DECISÕES A TOMAR A área de recursos humanos tem por objetivo atender as necessidades de empregados da produção com a maior produtividade e melhor motivação possíveis. As decisões a serem tomadas são relativas à contratação ou demissão de empregados, salário (base na inflação e média de mercado), treinamento e eventual participação dos lucros para incentivar os empregados. O responsável pela área de recursos humanos deve monitorar o nível de motivação dos empregados para que não haja queda de produtividade e, em caso extremo, a empresa entre em greve.

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Administração Financeira 5-01

5 - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA A administração financeira é responsável pelo controle de empréstimos, financiamentos, antecipação de recebíveis, aplicação dos recursos, elaboração do fluxo de caixa e gerenciamento de atrasos de pagamentos. Sobre estes itens incide a Taxa Básica de Juros – TBJ (que pode ser calculada de forma pré ou pós-fixada), adicionada de um percentual fixo. Essa taxa é determinada pelo banco central e baliza as demais taxas de juros praticadas pelos bancos em um determinado período. A Gazeta divulgará a TBJ em vigor para cada período. 5.1 - TIPOS DE EMPRÉSTIMOS Existem três tipos de empréstimos disponíveis no mercado financeiro. Dois empréstimos programados (curto e longo prazo) e um empréstimo emergencial. Os dois empréstimos programados são concedidos com taxas de juros pré-fixadas. O empréstimo emergencial, por sua vez, é concedido com taxa de juros pós-fixada. No mesmo período a empresa pode receber um empréstimo emergencial e um empréstimo programado. Os empréstimos totais devem respeitar o limite estipulado pelos bancos, sendo que, para cada 1 unidade monetária emprestada, deve existir 1,3 unidades monetárias de Ativo Imobilizado (máquinas, prédios e instalações, cada um com a subtração de sua respectiva depreciação acumulada, mais os terrenos), para ser dado como garantia. Os empréstimos já recebidos e ainda não pagos devem ser reduzidos do limite calculado. 5.1.1 – EMPRÉSTIMO EMERGENCIAL Esse empréstimo cobre as necessidades de caixa não programadas. O empréstimo emergencial é concedido automaticamente, quando for verificada falta de recursos para cobrir os pagamentos do período e a empresa ainda tenha limite de empréstimos. A quantia a ser liberada será igual ao valor dos gastos a serem cobertos, ou o limite de empréstimo, caso este seja menor. Para o empréstimo emergencial é cobrada a TBJ pós-fixada mais um percentual de 4 a 10%, a ser informado na primeira Gazeta. O montante emprestado, bem como os juros, deverão ser pagos no próximo período.

5.1.2 - EMPRÉSTIMO CURTO PRAZO Nesse tipo de empréstimo programado o principal da dívida deve ser pago no próximo período, acrescido da TBJ pré-fixada mais 2% (Ex: TBJ = 5%, juros para o empréstimo = 7%). O limite deste tipo de empréstimo corresponde ao valor de empréstimos totais que a empresa pode solicitar no período. Este valor consta do Relatório Operacional do período passado.

5.1.3 - EMPRÉSTIMO LONGO PRAZO Nessa modalidade de empréstimo programado, o principal da dívida deve ser pago pelo Sistema de Amortização Constante - SAC em 4 parcelas sem período de carência. A taxa de juros cobrada é a TBJ pré-fixada mais 2% (Ex: TBJ = 5%, juros para o empréstimo = 7%) e incide sobre o saldo devedor. O limite para este empréstimo segue a mesma sistemática do empréstimo de curto prazo, sendo que somente poderá ser solicitado um tipo de empréstimo programado por período.

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Administração Financeira 5-02

5.2 - FINANCIAMENTO O financiamento é concedido pelo Banco de Desenvolvimento Industrial (BDI) e se destina exclusivamente para aquisição de máquinas. A empresa não precisa solicitar este financiamento, pois ele é liberado automaticamente quando da compra de máquinas. O valor liberado pelo BDI corresponde a 60% do valor das máquinas a serem adquiridas no período (creditado na conta Financiamento de Máquinas do fluxo de caixa). Os 40% restantes não são financiados, ou seja, a empresa deve fazer provisionamento para pagamento no período da compra das máquinas. O Sistema de Amortização Constante - SAC é utilizado, com 4 períodos de carência. Durante os períodos de carência, o único pagamento a ser efetuado é o dos juros. A taxa de juros cobrada é a TBJ de cada período (taxa pós-fixada). Após os períodos de carência a empresa deve pagar o financiamento em 4 períodos. Para o financiamento não importa o limite de empréstimo da empresa, pois as próprias máquinas financiadas são dadas como garantia. ATENÇÃO: No final do período zero a empresa obteve um financiamento de $ 2.000.000 (juros pós-fixados). Este financiamento começará a ser amortizado no período 5 ( $ 500.000 ao período), finalizando no período 8. Os juros, entretanto, devem ser pagos a partir do período 1. Este financiamento destinou-se à construção de novas instalações, o que permitirá a produção de até 36.000 unidades por período (com produção normal, sem produção extra e um índice de produtividade dos empregados da produção igual a 1.0). 5.3 – ANTECIPAÇÃO DE RECEBÍVEIS A empresa pode antecipar o recebimento das vendas a prazo. Os recebíveis possíveis de serem antecipados são os relativos à segunda parcela das vendas a prazo, ocorridas no período anterior, bem como as parcelas a prazo das vendas a serem realizadas no próprio período. Os primeiros recebíveis a serem antecipados são relativos às vendas do período anterior, seguidos da primeira parcela das vendas do período, e por fim da segunda parcela das vendas do período. Sobre os recebíveis antecipados incide um valor fixo de 3% que corresponde à taxa de administração e ao seguro inadimplência. Este seguro significa que a instituição financeira que fará a antecipação dos recebíveis assume a inadimplência dos devedores. Além disto, ainda incidem juros simples (TBJ+2%) para recebíveis com vencimento em um período e juros compostos ([1 + (TBJ+2%)] 2 - 1) para recebíveis com vencimento em dois períodos.

O valor de recebíveis antecipados a ser apresentado no Fluxo de Caixa será o valor líquido, ou seja, o valor solicitado deduzido dos encargos correspondentes à taxa de administração e seguro inadimplência (3%), assim como os juros para antecipação de recebíveis (TBJ+2% ao período). Se o valor líquido recebido for diferente do valor previsto, indica que a empresa, apesar de ter solicitado, não tinha recebíveis suficientes para antecipar, pois alguns recebíveis dependem das vendas a prazo a serem efetuadas no período, e que podem não ter ocorrido. 5.4 - APLICAÇÃO A previsão do excedente de caixa poderá ser aplicada no mercado financeiro. As taxas de juros oferecidas são iguais à taxa básica de juros em vigor no período mais 1% (Ex: TBJ = 5%, juros com a aplicação = 6%). A aplicação é feita por período. O resgate do principal e dos juros se dá automaticamente no período seguinte. A aplicação não poderá ser resgatada no mesmo período, a menos que a empresa vá entrar em atrasos. Neste caso, a aplicação é reduzida, ou mesmo zerada, caso o atraso seja superior ao valor a ser aplicado.

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Administração Financeira 5-03

5.5 - IMPOSTO DE RENDA Sobre o lucro líquido incide imposto de renda, que deve ser pago no período seguinte ao da apuração do resultado do trimestre (período). A alíquota do imposto de renda será informada na primeira Gazeta, podendo variar de 5 a 50%. 5.6 - DIVIDENDOS As empresas devem destinar, conforme constam de seus estatutos, 25% do lucro líquido do período para o pagamento de dividendos aos seus acionistas. Estes dividendos são pagos no período seguinte ao da apuração do lucro. 5.7 - ATRASOS O pagamento das contas respeita a seguinte prioridade: contas gerais em atraso (contas que seriam pagas à vista no período anterior acrescidas de juros e multas), atrasos com fornecedores (inclusive juros e multas), atrasos bancários (primeiro são pagos os juros e multas, depois a amortização), pagamentos das contas do período (primeiro as contas à vista, depois fornecedores e por último, bancos). Caso a empresa não tenha recursos suficientes para pagar todas essas contas e nem limite de empréstimos, essas entrarão em atraso. Sobre estes atrasos incidem uma correção pela TBJ do período de pagamento, juros de 4 a 10% (percentual publicado na primeira Gazeta) e multa de 2%. 5.8 – INADIMPLÊNCIA DE CLIENTES As vendas a prazo têm como inconveniente a inadimplência por parte de alguns clientes, ou seja, eles deixam de realizar seus pagamentos, que são irrecuperáveis, mesmo depois de todas as medidas adotadas para realizar a cobrança. Esta inadimplência acarreta em prejuízo para a empresa e deve ser considerada como um ônus por vender a prazo. A empresa deve comparar a sua inadimplência (Relatório Operacional) com a média do setor (Relatório de Mercado). Medidas para reduzir a inadimplência são a redução das vendas a prazo e/ou as taxas de juros. Entretanto, estas medidas têm impacto na demanda e no financeiro. No período 1 a empresa não teve inadimplência com clientes porque no período anterior houve antecipação de todos os valores a receber nos períodos 1 e 2 (a inadimplência foi assumida pela instituição financeira que fez a antecipação dos recebíveis). 5.9 – DECISÕES A TOMAR A função básica do gestor financeiro é realizar o fluxo de caixa a cada período (veja estrutura do caixa no item Financeiro do Relatório Operacional). Se faltar dinheiro é possível realizar as seguintes opções: realizar um empréstimo programado de curto ou longo prazo (verificar o limite de empréstimo no Relatório Operacional), antecipar recebíveis, alongar prazo de pagamento junto a fornecedor de matéria-prima ou reduzir prazo de venda dos produtos. Esta última opção deve ser negociada com o departamento comercial, pois ela reduz demanda pelo produto. Caso o fluxo de caixa final fique com saldo positivo, este deve ser aplicado no mercado financeiro. Entretanto, é prudente deixar uma reserva de caixa para evitar quebra de caixa. O financeiro deve também determinar junto com o comercial a taxa de juros sobre venda a prazo.

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Tabelas de Consulta Rápida da Simulação Industrial

TABELAS – SIMULAÇÃO INDUSTRIAL

ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS

REGIÕES

Número de regiões Número de empresas + 1

Localização da empresa A empresa está localizada na região que tenha o seu

mesmo número. Ex.: empresa 3 - região 3.

Benefícios

Na região em que a empresa está localizada, a despesa

com distribuição é 50% inferior.

Na última região não existem empresas instaladas e o

mercado é maior.

PREÇO DE VENDA

O preço é inversamente proporcional à demanda. Maior o preço, menor a demanda.

O preço da concorrência também influencia na demanda da empresa.

PRAZO DE VENDA

A empresa pode vender a prazo em uma ou mais regiões, para aumentar a sua demanda.

Nesse caso, ela estipulará uma taxa de juros sobre estas vendas. Os prazos de recebimento são

os mesmos concedidos pelos fornecedores de matérias-primas.

PROPAGANDA

Aplicação Por Região

Número de campanhas por período*1 De 0 a 9

Benefícios*2 P, P + 1, P + 2

Preço de cada campanha Informado na Gazeta *1 Maior o número de campanhas, maior a demanda, até o ponto de saturação. *2 P = Período da Aplicação (alto benefício); P+1 (médio benefício); P+2 (baixo benefício).

SAZONALIDADE

Períodos do Ano 1 º Período 2 º Período 3 º Período 4 º Período

Sazonalidade - - - Aumenta 50%* * Se constantes todos os fatores que influenciaram na demanda do 3º período. No período

seguinte (1º período do ano) a demanda volta ao seu nível normal.

CRESCIMENTO DO MACRO SETOR

A demanda é proporcional ao índice de crescimento do macro setor. Quanto maior o índice,

maior a demanda (considerando constantes os demais fatores)

IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS

A importação será feita para atender a demanda em função da falta de produtos ou por preços

elevados (altos custos e/ou margens de lucro). A importação, caso ocorra, será informada com

antecedência na Gazeta.

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Tabelas de Consulta Rápida da Simulação Industrial

ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO

Produto Único

Tipo Durável

Composição 3 matérias-primas A + 2 matérias-primas B

CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO

Determinam a Produção Nº de empregados, índice de produtividade, quantidade e tipo de

máquinas, nível de atividade e produção extra.

Limitação da Produção Nº de empregados ou quantidade de máquinas (o menor entre os

dois).

Produtividade

Irá aumentar em função de: treinamento, produção repetitiva,

contratação com produtividade dos novos empregados superior à

produtividade dos empregados existentes, aumento da motivação.

Irá diminuir em função de: contratação com produtividade dos

novos empregados inferior à produtividade dos empregados

existentes, queda da motivação.

Nível de Atividade de 0 a 100%

Produção Extra

Caso o nível de atividade seja 100%, a empresa pode produzir mais

de 1 a 25%. Nesse caso, a hora-extra dos empregados da produção é

50% mais cara.

ESPECIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS

Tipo Alfa Beta Gama

Preço de compra*1 500.000 1.500.000 3.000.000

Produção*2 2.000 6.000 12.000

Nº de empregados*3 80 230 450

Custo de manutenção*4 0,004 * Idade * Preço

da máquina nova

0,003 * Idade * Preço

da máquina nova

0,002 * Idade * Preço

da máquina nova

*1 Preço relativo ao período 0. *2 Considerando: produtividade dos empregados = 1,0, nível de atividade = 100% e sem produção

extra (hora-extra). *3 Nº de empregados necessários para cada tipo de máquina. *4 Este custo é calculado considerando o preço de uma máquina nova, o nível de atividade de

100%, sem produção extra e sem falta de empregados.

MÁQUINAS ALFA EXISTENTES NO INÍCIO DO PERÍODO 1

Idade*1 Quantidade*2 Preço de compra Depreciação

acumulada

Valor contábil*3

5 1 500.000 62.500 437.500 10 2 480.000 120.000 360.000 20 2 450.000 225.000 225.000

Total*4 5 2.360.000 752.500 1.607.500 *1 A idade é dada em períodos. *2 A quantidade corresponde ao início do período 1. *3 O valor contábil é o preço de compra, diminuído da depreciação acumulada. Este valor é

dado por máquina, com exceção da linha Total. *4 O total diz respeito à soma de todas as máquinas.

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Tabelas de Consulta Rápida da Simulação Industrial

COMPRA E VENDA DE MÁQUINAS

Operação Máquina Quantidade Entrega Valor

Compra*1 Alfa, Beta e

Gama

Definida pela

empresa Final do período (P) Jornal

Venda Alfa, Beta e

Gama

Definida pela

empresa Final do período (P) de 80% a 120% do

valor contábil

*1 Não pode ultrapassar a capacidade máxima das instalações da empresa.

COMPRA DE MATÉRIAS-PRIMAS

Fornecedor Solicitação Pagamento*1 Preço Entrega Quantidade

Programado Pedido à vista, 1+1, 1+2

Jornal Final de P 150.000 e 99.999*2

Emergencial Automático à vista Jornal + 30% No período X *3

*1 À vista. 1+1 = 1 entrada + 1 prestação para P+1 (parcelas iguais, corrigidas com juros do fornecedor). 1+2 = 1 entrada + 2 prestações para P+1 e P+2 (parcelas iguais, corrigidas com juros do fornecedor). *2 Quantidade máxima (em unidades) por tipo de matéria-prima (A e B). *3 X = Quantidade necessária para cumprir o planejamento de produção do período.

SISTEMA DE CUSTEIO

O sistema de custeio utilizado para os estoques de matérias-primas e produtos acabados da

empresa é o custo médio ponderado. Para o período 1 o custo unitário da matéria-prima a

ser utilizada na produção é $ 20,00 e da matéria-prima B é $ 40,00.

GASTOS COM ESTOCAGEM

Gastos com Estocagem *1 = 0,05 x (Qtde_MPA*2 x Preço à Vista*3 + Qtde_MPB x Preço à Vista)

+ ( 0,1 x EIPA*4)

*1 A contabilização é de custo de produção para matérias primas e de despesa de vendas para produtos acabados.

*2 Qtde_MPA = Quantidade de matérias-primas A existentes em estoque no início do período. *3 Preço à Vista = Preço à vista da matéria-prima A no período em que o custo de estocagem

está sendo calculado. *4 EIPA = Valor contábil do estoque inicial de produtos acabados.

DEPRECIAÇÃO

Base de cálculo ( % ) *1

Valor de prédios e instalações 1,0

Valor das máquinas 2,5

*1 A apropriação das despesas de depreciação dos prédios e instalações será de 70% para o departamento de produção, 20% para o departamento administrativo e 10% para o departamento de vendas. A depreciação de máquinas é toda absorvida pelo departamento de produção, sendo o percentual constante independente do nível de atividade e de eventuais produções extras.

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Tabelas de Consulta Rápida da Simulação Industrial

ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

CONTRATAÇÃO E DEMISSÃO

Situação Máxima Efetivação

Contratação * 1.470 empregados Início do Período

Demissão Todos os empregados da produção Início do Período

* Os empregados da produção contratados chegam todos no início do período. A qualidade destes empregados irá variar de 90 % a 110% da produtividade média dos empregados existentes. Esta variação será em função do número de empregados a ser contratado, no nível de disponibilidade da mão-de-obra no mercado, dos benefícios pagos pela empresa (salário e participações nos lucros) e do treinamento inicial dado aos novos empregados.

MOTIVAÇÃO

Empregados Nº Efeito Monetário Efeito não Monetário

Administrativos e Vendedores 30 ( Fixos ) - -

Da produção *1 Variável Participação nos

Lucros e Salário

Treinamento, atraso de

salário e demissão *2

*1 O nível de empregados da produção pode ser expresso em: Péssimo, Ruim, Regular, Bom e Ótimo. As variações de motivação irão resultar em variações na produtividade, assim como na intensidade de aumento da produtividade via treinamento e aprendizado (produção repetitiva). As empresas que estiverem com empregados em níveis de motivação Péssimo ou Ruim, não terão aumentos de produtividade pela produção repetitiva.

*2 Atrasos no pagamento de salário e demissão de empregados impactam negativamente no nível de motivação.

GREVE

Quando inicia % de Paralisação Quando termina

Quando ocorrer motivação

péssima; ou ruim por dois

períodos consecutivos.

Irá depender da defasagem

salarial. Atraso de salários e

de eventuais demissões de

empregados.

Quando a motivação sair do

nível Ruim ou Péssimo,

conforme o caso.

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Tabelas de Consulta Rápida da Simulação Industrial

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

TIPOS DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

Empréstimo Tipo Limite Encargos Amortização

Emergencial Automático Caixa descoberto ou

limite de empréstimo*1

TBJ pós + X*2 Em P + 1

Curto Prazo Solicitado Limite de empréstimo

do período*3 TBJ pré + 2% Em P + 1

Longo Prazo Solicitado Limite de empréstimo

do período*3 TBJ pré + 2% 4 períodos pelo SAC*4

Financiamento Automático 60% do valor das

máquinas compradas TBJ pós-fixada

4 períodos de carência + 4

períodos pelo SAC

*1 O que atingir primeiro (desse limite já deve ser deduzido o empréstimo de curto ou longo prazo). *2 X = Valor publicado na primeira Gazeta, podendo variar de 4 a 10%.

*3 A empresa pode solicitar apenas um empréstimo programado (curto ou longo prazo) por período. *4 SAC = Sistema de Amortização Constante.

APLICAÇÃO

Valor aplicado Rentabilidade Resgate

Definido pela empresa TBJ pré-fixada + 1% P + 1

ANTECIPAÇÃO DE RECEBÍVEIS

Valor a antecipar Limite Encargos*

Definido pela empresa

2ª parcela a prazo das vendas do período P-1

1ª parcela a prazo das vendas do período P

3% + (TBJ + 2%)

2ª parcela a prazo das vendas do período P 3% + Juros Compostos

de TBJ+2%

* Nos encargos existem 3% referente à taxa de administração e seguro contra inadimplência, mais juros simples para recebimento em P+1 e juros compostos para recebimento em P+2

ATRASOS

Tipo Encargos Pagamento

Atrasos Bancários

2%*1 + TBJ pós. + X*2

P + 1 Atrasos de Fornecedores

Atrasos das Demais Contas

*1 Multa referente à falta de pagamento.

*2 X = Valor publicado na primeira Gazeta, podendo variar de 4 a 10%.

VALORES A PAGAR SOBRE O LUCRO

Conta ( % ) Base de Cálculo

Imposto de Renda ( IR ) de 5 a 50 * Lucro Líquido antes do IR

Participação nos Lucros Definido pela Empresa Lucro Líquido após o IR

Dividendos 25 Lucro Líquido do Período

* Valor informado na primeira Gazeta.