Manual Técnico de Poda de árvores - prefeitura.sp.gov.br · e garantindo-lhes maior longevidade,...
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Manual Tcnico de
Poda de rvores
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Manual Tcnico de
Poda de rvores
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suMrio
Apresentao 7
1. Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
2. Poda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
2 1 Por que podar? 10
2 2 Consequncias da poda 11
2 3 Poda adequada 12
2 4 Medidas para minimizar a necessidade de podas 13
3. Aspectos Anatmicos e Fisiolgicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
3 1 Parte subterrnea 14
3.1.1. Desenvolvimento e funo da raiz . . . . . . . . . . . . . . 14
3 2 Parte Area 15
3.2.1. Arquitetura da copa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.2.2. Morfologia da base dos galhos . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.2.3. Ramos epicrmicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2.4. Compartimentalizao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3 3 poca de poda 22
3.3.1. Fenologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.3.2. Padres de repouso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.3.3. Quando realizar a poda? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4. Tipos e Tcnicas de Poda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24
4 1 Tipos de poda 24
4 2 Tcnicas de poda 26
4 3 Poda de rvores adultas 29
4.3.1. Curativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4 4 Poda de rvores jovens 30
4.4.1. Mudas Recm Plantadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.4.2. Seleo de Ramos Permanentes . . . . . . . . . . . . . . . 33
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4 5 Poda de raiz 34
5. Certo e Errado da Poda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38
6. Ferramentas de Poda e Equipamentos de Segurana . . . . . .41
6 1 Ferramentas de poda 41
6 2 equipamentos de segurana 43
7. Procedimentos para Execuo da Poda . . . . . . . . . . . . . . . . .46
7 1 vistoria prvia, autorizao e publicao 46
7 2 Limitao do trnsito de veculos e pedestres 47
7 3 Planejamento de Podas 47
7 4 rede area 47
8. Fauna e Poda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48
8 1 Avifauna 48
8.1.1. Perodo de reproduo das aves . . . . . . . . . . . . . . . 48
8.1.2. O que fazer quando encontrar um ninho em atividade 50
8.1.3. Bons motivos para protegermos as aves e seus ninhos . 51
8 2 Morcegos 51
8.2.1. Motivos para no se exterminar os morcegos . . . . . . 52
8.2.2. Os morcegos so uma ameaa para a populao? . . . 53
8.2.3. Informaes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
8 3 Abelhas e vespas 53
9. Recomendaes para Palmeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .55
10. Legislao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .56
10 1 Principal legislao vigente sobre poda de rvores no
municpio de so Paulo 58
11. Glossrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61
12. Referncias Bibliogrficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .62
13. Portarias Intersecretariais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .67
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aPresenTao
Ciente da importncia da preservao e do desenvolvimento ambiental de so Paulo, a cidade mais populosa da Amrica do sul, a Prefeitura, por meio das secretarias Municipais do verde e do Meio Ambiente e de Coordenao das subprefeituras, entrega populao e tcnicos ambientais, a nova verso do Manual de Poda
Alinhada ao Plano Diretor estratgico de so Paulo, sancionado em 2014, que visa qualificao dos espaos pblicos para uso das pessoas, esta edio destaca a importncia de se realizar a manuteno de exemplares arbreos em benefcio do cidado e do meio ambiente
O municpio de So Paulo possui 17.800 km de vias pblicas, e, pensando nisso, a Prefeitura desenvolveu o Manual que contempla, principalmente, a poda em ambiente urbano. O contedo possui ilustraes esquemticas e vai orientar profissionais da rea ambiental, que trabalham diretamente com arborizao, ajudando em podas de rotina, de adaptao ou at mesmo de emergncia
o Manual tambm destaca como tratar de maneira correta as espcies de aves que buscam alimentao e proteo em rvores, que precisam passar pelo processo de poda Mostra quais os proce-dimentos e equipamentos de segurana para um manejo seguro, alm da legislao e portarias intersecretariais sobre o assunto
A poda feita corretamente contribui para o desenvolvimento saudvel das rvores e, consequentemente, com a arborizao da cidade com esse objetivo que a Prefeitura, alinhada com o conceito de Florestas Urbanas e de desenvolvimento sustentvel do Muncipio, idealizou esta publicao
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
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Desde sua primeira edio em 2005, o Manual Tcnico de Poda muito contribuiu para adequar e padronizar os procedimentos de poda nas rvores do municpio de so Paulo, especialmente as locali-zadas nos logradouros pblicos. Com a experincia acumulada nos anos seguintes, surgiu a necessidade de complementar suas infor-maes, dando origem a esse novo Manual
o ponto mais relevante abordado nesta edio a importncia de podar a rvore enquanto esta ainda pode ser considerada jovem, pois o corte uma injria a um organismo vivo, e quanto menor for essa ao mais rapidamente a rvore ir responder, formando um indivduo saudvel que contribuir para a consolidao de uma floresta urbana adequada.
A viso de uma interveno precoce na rvore j uma realidade seguida pela Prefeitura do Municpio de so Paulo As rvores so acompanhadas durante seu crescimento, permitindo que desen-volvam uma estrutura forte, compatvel com o ambiente urbano, e garantindo-lhes maior longevidade, entregando cidade uma cobertura arbrea mais eficiente.
o manual composto por textos tcnicos e ilustraes sobre as caractersticas das rvores e seu desenvolvimento sob o ponto de vista da necessidade de poda no ambiente urbano, alm da descrio dos principais tipos e tcnicas de poda que devero ser realizadas ao longo da vida de uma rvore
Traz ainda informaes sobre a execuo da poda, indicando ferra-mentas e materiais adequados com especial ateno s questes de segurana Um captulo dedicado legislao, que norteia todas as aes de poda de rvores na cidade de so Paulo
As orientaes contidas nesse trabalho subsidiaro as aes dos profissionais que atuam diretamente no trato com a arborizao.
Todos os procedimentos e tcnicas citados neste Manual devem ser revistos e reeditados sempre que atravs de seu uso se mostrarem ultrapassados para o fim ao qual se destinam.
1inTroduo
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Definida como a retirada parcial de ramos da planta, a poda modifica sua estrutura e consequentemente seu estado de desen-volvimento. Trata-se de uma tcnica agronmica/florestal que, dependendo dos espcimes arbreos nos quais aplicada, tem finalidades certas e especficas.
em rvores urbanas, na essncia, a poda a eliminao oportuna de ramificaes de uma parte da planta, com vistas a proporcionar seu desenvolvimento saudvel e compatvel com o espao fsico onde existe
2.1. Por que Podar?
Com a finalidade de conservar e melhorar a qualidade ambiental urbana, aes de manejo como o plantio, o transplante, a poda ou mesmo o corte total das rvores so estratgias para a harmonizao dinmica entre os elementos construdos e os elementos naturais
Depois do adequado planejamento da arborizao urbana, a poda considerada um dos principais instrumentos usados entre as formas de manejo do exemplar de porte arbreo para compatibilizar a estrutura do vegetal ao convvio humano urbano
A poda na arborizao urbana visa basicamente conferir rvore uma forma adequada durante o seu desenvolvimento, eliminar ramos mortos, danificados, doentes ou praguejados; remover partes da rvore que colocam em risco a segurana das pessoas e retirar partes da rvore que interferem ou causam danos permanentes s edificaes ou aos equipamentos urbanos.
vale lembrar que o manejo adequado em plantas jovens capaz de minimizar interferncias mais drsticas para os exemplares arbreos adultos como: a poda, o transplante ou o corte, devido ao seu desen-
2Poda
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volvimento inadequado ou seu estado fitossanitrio prejudicado por danos provocados em sua estrutura ou metabolismo, tornando-a mais dispendiosa e mais trabalhosa
Nos termos da Lei Municipal n 10 365/87 os pedidos de poda s sero autorizados segundo critrios especificados em seu artigo 11 Pode ser indeferida a solicitao de poda baseada somente em justificativa ou motivao no contemplada na legislao, como por exemplo: queda de folhas; entupimento de calha ou laje; visualizao de paisagem ou imvel; sombreamento; presena de insetos ou fauna; dimenso da rvore; interferncia com transmisso de dados sem fio (raios infravermelhos, lasers, microondas, rdio, etc.).
2.2. ConsequnCias da Poda
Como seres vivos, as rvores possuem um padro de desenvolvi-mento determinado pelas caractersticas genticas de sua espcie e so influenciadas pela disponibilidade dos recursos ambientais como espao, luz, gua e nutrientes A estrutura saudvel do exemplar arbreo interfere na sua capacidade de resilincia e de resistncia s dificuldades de se manter num ambiente que no o seu natural
o equilbrio funcional e estrutural nas relaes entre os rgos de uma rvore, como o caule, as razes e as folhas, essencial para o bom desenvolvimento do exemplar, uma vez que possuem basicamente funes relacionadas estabilidade, sustentao, respirao e nutrio
Quando feita de forma adequada, a poda, ao expor tecidos internos, ativa mecanismos metablicos prprios para impedir a contaminao por agentes patognicos como fungos, bactrias e insetos causadores da degradao desses tecidos, permitindo que o indivduo promova a cicatrizao e prossiga o desenvol-vimento saudvel esses mecanismos metablicos ativados constituem um processo de proteo natural que recebe o nome de compartimentalizao da leso
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Quanto mais jovem for o ramo podado melhor ser a capacidade de recuperao essa capacidade diminui ao longo do seu desenvolvi-mento, pois ramos mais velhos apresentam maior parte de tecido com clulas mortas no centro, o que pode prejudicar a comparti-mentalizao do lenho Quanto mais ativo for o metabolismo, mais rapidamente se processar a compartimentalizao
Quando realizada de forma inadequada, a poda tambm pode provocar um desequilbrio entre a superfcie assimilatria da copa (folhas) e a superfcie de absoro de gua e nutrientes (razes finas), causando perda de sistema radicular proporcional perda da copa Em algumas espcies, como reao poda inadequada de ramo(s), a planta tender a recompor a folhagem original a partir do desen-volvimento de gemas epicrmicas os galhos ou eixos produzidos a partir destas gemas possuem uma ligao deficiente com sua base, e constituiro um novo fator de risco com o passar do tempo, exigindo nova ao de manuteno
2.3. Poda adequada
Para obter melhores garantias de uma poda bem feita e adequada, deve-se considerar:
1 o estdio de desenvolvimento da rvore, entre jovem e madura, para a escolha do tipo de poda mais adequado;
2 A caracterstica natural (gentica) de desenvolvimento da copa e razes;
3 O estado fenolgico (repouso, enfolhamento, florao, frutifi-cao) para a deciso de melhor perodo para a realizao da poda;
4 As inter-relaes da fauna e flora urbana;
5 A poda uma injria provocada pelo homem;
6 Deve-se permitir o desenvolvimento saudvel da planta aps a sua realizao;
7 A poda de razes uma ao no recomendada;
8 Cuidados com a segurana so essenciais e obrigatrios;
9 Sempre consultar a legislao local;
10 ser realizada por pessoa ou empresa competente
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Cada uma dessas consideraes ser discutida em tpicos a seguir
2.4. Medidas Para MiniMizar a neCessidade de Podas
Sendo a poda uma injria rvore, que causa uma srie de reaes fisiolgicas no indivduo e expe seus tecidos internos ao ataque de organismos patognicos, importante considerar medidas alterna-tivas a essa prtica, que devem ser priorizadas visando preservar a integridade da planta
Uma das medidas mais eficientes a escolha correta da espcie a ser plantada, observando a interao de porte, arquitetura de copa e hbito do sistema radicular com o local de plantio
A utilizao de mudas de qualidade, sadias, com copas bem condu-zidas, torres bem formados e livres de razes enoveladas tambm fundamental na consolidao e pleno desenvolvimento da rvore, minimizando as intervenes de poda Para maiores informaes sobre o plantio, consulte o Manual Tcnico de Arborizao Urbana
A realizao de podas iniciais (formao e conduo) de maneira correta diminui a frequncia, a severidade e a intensidade de futuras podas nas rvores adultas rvores jovens tem uma capacidade de regenerao maior que rvores adultas, alm da poda apresentar menor custo operacional
Em locais onde a rvore est em conflito com o mobilirio urbano (postes de sinalizao e iluminao, rede eltrica, semforos, tubulao subterrnea, etc.), considerar a possibilidade de realo-cao ou adequao desse mobilirio ao invs de podar a rvore
Tanto no projeto original como em reformas de edificaes, podem ser adotadas solues arquitetnicas para resolver problemas como, por exemplo, entupimento de calhas e ralos por folhas com aplicao de telas filtro, uso de ralos convexos e no uso de platibandas; danos ao passeio pblico podem ser contornados com solues de elevao do piso e aumento da rea permevel para o desenvolvimento das razes
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3.1. Parte subterrnea
3.1.1. Desenvolvimento e funo da raiz
o crescimento das razes quase constante, porm sua velocidade depende das condies ambientais do solo Inicialmente, o cresci-mento da raiz em profundidade, visando alcanar camadas de solo menos sujeitas flutuao de umidade. Posteriormente, desenvolvem-se razes de crescimento horizontal mais prximas superfcie do solo para absoro de nutrientes No mnimo 80% da biomassa de razes est nos primeiros 20 cm de solo, incluindo-se todos os tipos de razes Isto ocorre mesmo em plantas com razes pivotantes pronunciadas Quando a biomassa area aumenta, algumas razes passam a ser fundamentais na sustentao do tronco
Para cumprir esta funo, crescem em dimetro e de forma excn-trica devido menor resistncia do solo
De acordo com seu dimetro, as razes podem ser classificadas em cinco tipos:
razes finas: menor que 2 mm;
razes flexveis: entre 2 e 5 mm;
razes lignificadas: 5 a 10 mm;
razes grossas: 10 a 20 mm;
razes fortes: maior que 20 mm
Para o desenvolvimento e funcionalidade das razes, trs determi-nantes ambientais adquirem importncia fundamental: gua, aerao e temperatura na rizosfera Para a manuteno adequada destes
3asPecTos anaTMicos e fisiolgicos
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fatores, imprescindvel que o solo tenha boa velocidade de drenagem, capacidade de reteno de gua, ausncia de agentes compactantes e presena de cobertura (vegetada ou folhagem seca/morta).
As razes tem funes como:
fixao que confere resistncia s foras de distenso e compresso;
absoro de gua e nutrientes;
reservatrio de nutrientes;
ancoragem para resistncia s foras de tenso (ao do vento).
3.2. Parte area
3.2.1. Arquitetura da copa
A estrutura de uma rvore, suas razes, troncos, galhos e folhas, no produto de processos aleatrios, todas as caractersticas de porte, forma da copa, disposio de folhas e flores j esto pr-definidas na semente, antes da germinao
estas caractersticas estruturais so comuns aos indivduos de uma mesma espcie, recebendo o nome de modelo arquitetnico da espcie A arquitetura de uma rvore plantada isoladamente diferente de quando o indivduo arbreo cresce em uma floresta. preciso conhecer previamente uma rvore saudvel para definir com maior preciso a necessidade e o momento de interveno (poda) bem como as partes a serem eliminadas Desta forma, pode-se prolongar o tempo de residncia de espcies arbreas nos vrios nichos urbanos onde esto inseridas, considerando-se todos os fatores ambientais imediatos que regem o seu desenvolvimento (poluio, ao preda-tria, choques mecnicos, aerao do solo, etc.).
O padro de desenvolvimento (arquitetura) de uma rvore dado pela longevidade e direo do meristema apical Quando o cresci-mento do meristema apical indefinido em altura, dar origem a um tronco vertical, retilneo e caracterstico das espcies de desenvolvi-mento monopodial, estando toda ramagem ligada a esse tronco, que seu eixo de crescimento
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Quando o crescimento do meristema apical limitado, h surgi-mento de brotaes laterais, originando troncos simpodiais, nos quais um ramo d origem a outros
outra caracterstica dos meristemas a direo do crescimento, fundamental para a definio da copa (e do tronco) das rvores.
Fig. 1 - Modelos arquitetnicos de espcies arbreas:
A) eixo principal ortotrpico monopodial (Araucaria angustifolia); B) eixo principal ortotrpico simpodial (Handroanthus impetiginosus); C) eixos plagiotrpicos (Delonix regia).
Fig. 2 - Modelos de copa de sombreiro (Terminalia catappa) e de ip roxo de bola (Handroanthus impetiginosus).
A) B) C)
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Quando os meristemas crescem para o alto, verticalmente, a rvore tem crescimento denominado ortotrpico em outras espcies, os meristemas crescem horizontalmente, ou obliquamente, tendo, portanto crescimento plagiotrpico
os modelos arquitetnicos so diferenciados para cada espcie devido s suas exigncias ecolgicas distintas A arquitetura da copa representa uma estratgia de ocupao de espao no ambiente florestal, para melhor utiliz-lo de acordo com as caractersticas fisiolgicas da espcie.
sob esse foco, a poda deve ser executada para conduzir a parte area (copa) de uma rvore no sentido de ocupar o espao disponvel e apenas excepcionalmente para reduzir ou delimitar o seu volume Assim, evita-se que a mesma seja mutilada por podas drsticas ou executadas com impercia
3.2.2. Morfologia da base dos galhos
A poda, sendo a retirada de galhos de uma rvore, uma ao que provoca leses e como todo ser vivo, a rvore tem mecanismos e processos de defesa para reduzir os riscos de morte aps uma ao traumtica
Conhecer as caractersticas importantes dos galhos e suas funes em relao ao resto da rvore contribui para que a ao de poda seja menos traumtica A anlise da morfologia da base dos galhos permite avaliar a atividade metablica das folhas do galho, definindo o ponto mais correto para o corte
os elementos bsicos da base do galho so:
crista da casca: originada do acmulo de casca na parte superior da base do galho, na insero no tronco Devido ao crescimento em dimetro do tronco e do galho, adquire desenho de meia-lua, com as pontas voltadas para baixo;
colar: a poro inferior da base do galho, na insero do tronco Quando pouco perceptvel, com clara e harmnica passagem do tronco para o galho, este est em franca atividade assimila-
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tria Quando o colar se destaca do tronco, sendo claramente visvel, o galho est em processo de rejeio, embora ainda possa ter folhas verdes e brotaes novas este entumescimento do colar consequncia do aumento do metabolismo na regio e dos mecanismos de defesa para compartimentalizar a leso que fatalmente ocorrer com a morte do galho e sua quebra
Fig. 3 - Crista e Colar
fossa basal: o colar inverso, ou seja, uma depresso no tronco abaixo da base do galho Quando presente indica uma falta de fluxo de seiva elaborada do galho para o tronco, mesmo com folhas vivas realizando fotossntese o galho j no contribui para o crescimento da rvore, estando prestes a secar
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Fig. 4- Fossa basal.
o processo de compartimentalizao ocorre tendo como base as clulas do colar o colar, localizado na base do galho tem funo de barreira protetora ativa e sendo lesionado perder sua eficincia protetora, permitindo a penetrao de microrganismos pelas clulas adjacentes ao lenho (clulas lesionadas).
3.2.3. Ramos epicrmicos
A poda provoca um desequilbrio entre a superfcie assimilatria da copa (folhas) e a superfcie de absoro de gua e nutrientes (razes finas). A reao da rvore ser de recompor a folhagem original, a partir de gemas epicrmicas os galhos produzidos a partir destas gemas possuem uma ligao deficiente com sua base, constituindo fator de risco mais tarde
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A poda severa produz uma profuso de brotos epicrmicos, que causam transtornos e devem ser removidos No sendo parte do modelo arquitetnico causaro problemas futuros
evitam-se ramos epicrmicos com podas menos severas e na fase jovem da rvore Nesta fase, as rvores possuem boa capacidade de desenvolvimento das gemas na parte externa da copa
Fig. 5 - Ramos epicrmicos
3.2.4. Compartimentalizao
Durante o ciclo de vida de uma rvore basicamente dois sistemas de
defesa so consolidados para proteg-la de agresses, como a poda
estes sistemas de defesa atuam na regio da casca e na regio do lenho
Na regio da casca, qualquer ferimento ir promover o aparecimento de uma nova periderme, chamada periderme necrofiltica. Esta
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nova periderme impede que microrganismos invadam o ferimento e atinjam os tecidos mais internos da casca Quando o ferimento mais profundo, o lenho, prximo s leses, sofre alteraes que o isolam do ataque microbiano Assim, desnecessrio e mesmo contra indicado o uso de produtos inibidores de atividade microbiana aps a realizao da poda
A eficincia desse mecanismo de defesa visvel aps algum tempo, atravs da formao do calo cicatricial este calo se inicia pelas extre-midades da leso, em direo ao centro da mesma, e um indicativo seguro da qualidade de uma poda
Quando o lenho agredido por um ferimento, ou por invaso micro-biana, sinal de que a proteo dada pela periderme necrofiltica foi rompida Neste ponto, adquire importncia o mecanismo de defesa do lenho chamado de compartimentalizao, processo que ocorre no tecido vegetal lesionado Alteraes qumicas no interior das clulas atacadas e formao de novas clulas para recompor parcial-mente a estrutura afetada caracterizam a compartimentalizao que pode ser dividida em quatro etapas:
Reao 1: As clulas afetadas, antes de perderem sua funo (vida), ou aquelas que esto prximas leso, alteram seu metabo-lismo, passando a produzir taninos, complexos pouco solveis que recobrem as paredes celulares alterando a cor do lenho
Reao 2: os vasos que do acesso aos galhos so bloqueados por resinas, ltex ou gomas e tiloses
Reao 3: Aumenta a atividade metablica das clulas adjacentes leso, que so enriquecidas com aucares o cmbio passa a produzir mais clulas parenquimticas e o metabolismo destas muda para a sntese de substancias antibiticas, polifenis denominados flavonides.
Reao 4: Multiplicao de clulas ricas em suberina com maior velocidade para recobrir a leso
A compartimentalizao fundamental, pois evita a disperso da degradao da madeira a partir da superfcie do corte Galhos com clulas vivas em toda a sua seo transversal conseguem compar-timentalizar a leso atravs da mudana do metabolismo destas
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clulas Quando os galhos atingem dimetros maiores e idades mais avanadas, ocorrendo a morte das clulas no centro do galho, esta compartimentalizao incompleta, trazendo, riscos para a estabi-lidade da rvore Portanto, a poda deve ser realizada o mais cedo possvel, evitando cortar galhos maiores
3.3. PoCa de Poda
3.3.1. Fenologia
Durante as estaes do ano (primavera, vero, outono e inverno) ocorrem alguns fenmenos (fenologia) que se distinguem em fases que determinam o ciclo produtivo de rvores e ocorrem nesta seqncia: repouso vegetativo, brotao, florao e frutificao.
observar e conhecer em qual estao do ano ocorrem as fases descritas acima importante para decidir qual a melhor poca para realizao da poda em cada uma das fases os eventos so decor-rentes de mecanismos fisiolgicos, muitos deles influenciados por fatores climticos, principalmente luz, regime hdrico e temperatura
3.3.2. Padres de repouso
Cada espcie apresenta caractersticas morfolgicas referentes ao perodo de repouso vegetativo que so reconhecidos em trs padres:
1 repouso real espcies que desprendem as folhas durante a estao do outono-inverno e so denominadas decduas;
Fig. 6 - Processo de compartimentalizao
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2 Folhagem permanente espcies que renovam a folhagem durante todo o ciclo, de maneira quase imperceptvel, conhecidas por pereniflias;
3 repouso falso - espcies que soltam as folhas no outono-inverno, mas logo em seguida florescem, ainda no inverno ou no inicio da primavera
Assim, a poca ideal de poda pode variar com o padro de repouso de cada espcie o momento de realizao da poda deve consi-derar a fase fenolgica de maneira que a rvore consiga realizar os processos de cicatrizao e no cause interrupes nas demais fases
3.3.3. Quando realizar a poda?
Alm da fenologia da rvore, o momento da poda ser determinado tambm pelo objetivo a ser alcanado e dimenso dos ramos que se pretende suprimir, que influenciar o processo de compartimentalizao
Especialmente para as espcies decduas, a eficincia das reaes no processo de compartimentalizao depende da poca do ano em que ocorrem as leses. A atividade fisiolgica depende princi-palmente da capacidade de mobilizao de substncias de reserva armazenadas (amido e acar), o que est muito relacionado s condies climticas e pelo ritmo de crescimento da rvore Alm disso, a formao de outras substancias, fenis por exemplo, durante as reaes na rea lesionada requer temperaturas mais elevadas
Considerando as reaes fisiolgicas e morfolgicas decorrentes de leses ocorridas pela ao da poda, de maneira geral, so comparti-mentalizadas de forma mais eficaz durante o perodo compreendido entre incio da primavera e final do vero, do que no inverno, quando o metabolismo reduzido Todas as reaes nas rvores so menos eficazes no perodo do inverno em comparao com as demais estaes, sendo que nos meses de primavera-vero h um cresci-mento mais intenso da rvore
Quanto mais ativo for o metabolismo, mais rapidamente se processar a compartimentalizao o inicio do perodo vegetativo uma poca propicia para realizao da poda
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existem diversos tipos de poda possveis e a escolha mais adequada ser aquela que permita o desenvolvimento saudvel da planta consi-derando entre outros, o seu estgio de amadurecimento, capacidade de recuperao, estdio fenolgico e equilbrio estrutural
A eliminao de ramos dever seguir uma tcnica de corte que considere o tamanho do galho e a posio adequada, de modo que no cause leses em outras partes da rvore e ocorra a cicatrizao completa da casca
4.1. tiPos de Poda
1. Poda de formao
A poda de formao essencial, pois condiciona todo o desenvolvi-mento da rvore e sua adaptao s condies em que vai ser plantada definitivamente. realizada no viveiro.
No viveiro as mudas so produzidas dentro de padres tcnicos, sendo conduzidas no sistema denominado haste nica, que consiste na desbrota permanente num caule nico e ereto, at atingir a altura mnima de 2,0 metros
2. Poda de conduo
Quando a muda j est plantada no local definitivo, a interveno deve ser feita com precocidade, aplicando-se a poda de conduo visa-se, com esse mtodo, conduzir a planta em seu eixo de crescimento, retirando os ramos indesejveis e ramificaes baixas, direcionando o desenvolvimento da copa para os espaos disponveis, sempre levando em considerao o modelo arquitetnico da espcie
um mtodo til para compatibilizao das rvores com os fios da rede area e demais equipamentos urbanos, prevenindo futuros conflitos.
4TiPos e Tcnicas de Poda
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3. Poda de limpeza
realizada para eliminao de ramos secos, senis e mortos, que perderam sua funo na copa da rvore e representam riscos devido a possibilidade de queda e por serem foco de problemas fitossanitrios. Tambm devem ser eliminados ramos ladres e brotos de raiz, ramos epicrmicos, doentes, praguejados ou infestados por ervas parasitas, alm da retirada de tocos e remanescentes de podas mal executadas estes galhos podem em algumas circunstncias ter dimenses consi-derveis, tornando o trabalho mais difcil do que na poda de formao
4. Poda de correo
visa eliminar problemas estruturais, removendo partes da rvore em desarmonia ou que comprometam a estabilidade do indivduo, como ramos cruzados, codominantes e aqueles com bifurcao em v, que mantm a casca inclusa e formam pontos de ruptura Tambm realizada com o objetivo de equilibrar a copa
5. Poda de adequao
empregada para solucionar ou amenizar conflitos entre equipa-mentos urbanos e a arborizao, como por exemplo, rede de fiao area, sinalizao de trnsito e iluminao pblica. utilizada para remover ramos que crescem em direo a reas edificadas, causando danos ao patrimnio pblico ou particular.
Entretanto, antes de realizar essa poda, importante verificar a possi-bilidade de realocao dos equipamentos urbanos que interferem com a arborizao (troca de rede eltrica convencional por rede compacta, isolada ou subterrnea, deslocamento de placas e luminrias, reduo da altura dos postes de iluminao, cerca eltrica, etc.).
6. Poda de levantamento
Consiste na remoo dos ramos mais baixos da copa Geralmente utilizada para remover partes da rvore que impeam a livre circu-lao de pessoas e veculos importante restringir a remoo de ramos ao mnimo necessrio, evitando a retirada de galhos de dimetro maior do que um tero do ramo no qual se origina, bem como o levantamento excessivo que prejudica a estabilidade da rvore e pode provocar o declnio de indivduos adultos
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7. Poda de emergncia
realizada para remover partes da rvore como ramos que se quebram durante a ocorrncia de chuva, tempestades ou ventos fortes, que apresentam risco iminente de queda podendo comprometer a integridade fsica das pessoas, do patrimnio publico ou particular
Apesar do carter emergencial, sempre que possvel deve ser consi-derado o modelo arquitetnico da rvore, visando um restabeleci-mento do desenvolvimento da copa e minimizando riscos posteriores
4.2. tCniCas de PodaIndependentemente do tipo de poda a ser executada, a tcnica utilizada a mesma para todas, sempre respeitando a crista e o colar, o tamanho dos ramos e realizando-a em trs cortes
Atravs do posicionamento do primeiro e segundo corte e com auxlio de cordas, possvel direcionar a queda do ramo, desviando de obstculos
Fig. 7 - Tcnica dos trs cortes
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Fig. 8 - Diferentes planos de corte
Fig. 9 - Descascamento do lenho
o terceiro corte deve preservar o colar e a crista da casca intactos para que sejam garantidas as condies fisiolgicas necessrias para o fechamento do ferimento
o corte de ramos de grandes dimenses sem a utilizao dos trs cortes danifica o tronco, pois provoca o descascamento ou remoo de lascas do lenho logo abaixo do ramo esses ferimentos so portas de entrada para patgenos
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Quando no h necessidade de remoo total do galho, o corte pode ser realizado logo acima de uma gema, ou no seu ponto de insero sobre o ramo principal, ou ainda na axila de uma de suas ramificaes.
A queda livre dos ramos podados deve ser evitada, pois pode causar acidente e danos ao pavimento da rua e do passeio, bem como s redes areas, sinalizao e outros equipamentos urbanos Para amortecer a queda, devem ser utilizadas cordas amarradas ao tronco da rvore e aos ramos cortados que, guiadas por operadores em terra, conduziro com segurana esses ramos at o solo
ImportanteA poda aplicada a um ramo vital, de grandes dimenses, que no est preparado pela planta para remoo, deve ser realizada sempre que possvel em duas etapas
Na primeira etapa, o ramo cortado distncia de 0,5 m a 1,0 m do tronco esse primeiro corte debilitar o ramo e ativar os mecanismos de defesa e rejeio desse ramo, estimulando o destaque visual da crista e colar
Na segunda, um ou dois perodos vegetativos aps o primeiro corte, concluda a remoo do ramo cortando-o junto ao tronco, sempre mantendo intactos a crista e o colar da base do ramo
Fig. 10 - Etapas da poda para ramos de grandes dimenses
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importante no confundir esta tcnica de duas etapas com a poda inadequada que deixa tocos; portanto, imprescindvel que esse procedimento esteja formalizado no laudo tcnico e respectiva ordem de servio
4 3. Poda de rvores adultas
As podas realizadas em rvores adultas geralmente so feitas por no terem sido realizadas quando jovens ou por algum outro fato novo, como por exemplo, o aparecimento de um ramo seco ou doente
Podas irregulares e mal realizadas podero causar danos que iro durar por toda a vida da rvore ou at encurtar sua vida
Nenhum galho deve ser removido sem motivo, uma vez que cada corte tem o potencial de mudar o crescimento da rvore
A remoo de folhagem atravs das podas severas pode gerar um estresse planta, reduzindo seu crescimento e quantidade de reservas armazenadas, uma vez que as folhas produzem o acar que utilizado para seu crescimento e desenvolvimento
Podas de limpeza de ramos senescentes, doentes ou mortos podem ser realizadas em qualquer poca do ano, causando pouca interfe-rncia na fisiologia da rvore.
os cortes devem ser feitos externamente ao colar, pois este tecido contm clulas que participam da cicatrizao e que no podem ser danificadas ou removidas. Se o colar cresceu sobre um ramo morto que deve ser removido, o corte deve ser feito alm do limite do colar, sendo que este no deve ser removido em nenhuma circunstncia
rvores jovens toleram porcentagens maiores de remoo de tecido vivo do que rvores adultas, sendo que a quantidade a ser removida depende do tamanho da rvore, idade e objetivos da poda A rvore se recupera de ferimentos menores mais rapidamente do que de ferimentos maiores A velocidade e capacidade de recuperao tambm muito varivel entre as espcies
rvores adultas devem precisar de poucas podas de manuteno se necessrio, recomenda-se remover at no mximo um tero da copa
(Adaptado de ISA, Prunning Mature Trees, 2007)
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da rvore; porm, mesmo este percentual pode favorecer o declnio.
Quanto maior e mais velha for a rvore, menos energia ela tem reservada para fechar as feridas, defender-se do apodrecimento ou de ataque de insetos e microrganismos
A poda de grandes rvores adultas geralmente limitada remoo de ramos mortos ou com risco de queda
4.3.1. Curativos
Houve um tempo em que se pensou que curativos (como por exemplo pasta bordalesa) pudessem acelerar o processo de cicatri-zao, proteger de insetos e patgenos e reduzir o apodrecimento; no entanto, pesquisas demonstram que este procedimento no apresenta eficcia, geralmente dificultando o processo de compar-timentalizao Como alternativas promissoras podemos citar a utilizao de substncias estimuladoras do crescimento do calo cicatricial ou semeadura de fungos antagnicos dos degradadores da parede celular
4.4. Poda de rvores jovens
Podas adequadas so essenciais para a manuteno de rvores urbanas, tornando-as mais atraentes, saudveis e longevas, pois vivem mais do que rvores que foram mal podadas
rvores podadas corretamente enquanto jovens necessitaro de poucas podas corretivas quando adultas, cumprindo com sua funo desejada mais rapidamente
Na poda de formao de rvores jovens, o tronco deve ser forte e afilado, os ramos bem espaados e menores que o dimetro do tronco principal e os ramos cruzados devem ser eliminados
rvores de crescimento monopodial (cuja gema cresce indefinida-mente em altura, originando troncos verticais retos) necessitam de pouca ou nenhuma poda, exceto para eliminao de ramos laterais muito baixos ou aqueles que possam competir com o tronco principal
(Adaptado de ISA, Prunning Young Trees, 2007)
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o local em que o corte deve ser realizado de extrema importncia para a resposta da planta cicatrizao e fechamento da leso, sendo assim, este deve ser feito externamente ao colar, pois o tecido contm clulas que participam da cicatrizao se este tecido for danificado ou removido, a rvore ser danificada.
Caso seja necessrio encurtar um ramo forte, deve-se podar logo acima de uma ramificao ou gema, pois cortes realizados nos inter-ndios ou entre ramificaes ou gemas, podem levar ao apodreci-mento do ramo e hiperbrotao
Para rvores jovens, o ideal manter um nico ramo dominante ereto, no podando este ramo em hiptese alguma Tambm no se deve permitir que outros ramos cresam mais do que o dominante
Quando a rvore desenvolve dois troncos dominantes, chamados de co-dominantes, ocorre normalmente um aumento nas tenses mecnicas na insero, que podem enfraquecer a estrutura da planta, provocando o rachamento; sendo assim, melhor eliminar um deles enquanto a rvore ainda jovem Quando a co-dominncia acompanhada de casca inclusa, a fragilizao ainda mais grave
Fig. 11 - Casca inclusa
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ramos laterais, que crescem ao redor do tronco, contribuem para formao de um tronco forte e cnico, da a importncia de deixar alguns desses ramos laterais, mesmo que sejam removidos poste-riormente estes ramos so conhecidos como ramos temporrios e ajudam a proteger o tronco de insolao direta e de injrias mecnicas e devem ser mantidos na rvore at o momento que no se tornem um obstculo ou entrem em competio com ramos permanentes selecionados
Antes de podar uma rvore, devemos considerar que esse manejo pode mudar o seu padro de crescimento e causar danos perma-nentes planta sempre leve em considerao estes princpios:
Tenha definido o objetivo da poda;
Utilize e domine as tcnicas corretas para a poda;
Priorize pequenos cortes;
execute, de preferncia, o manejo dos indivduos enquanto jovens
4.4.1. Mudas Recm Plantadas
Nestas mudas, a poda deve ser limitada a de correo removem-se ramos quebrados ou lesionados, e outras medidas devem ser deixadas para o segundo ou terceiro ano de plantio
rvores necessitam de folhas e gemas para produo de alimento e de substncias que estimulem o crescimento de razes, desta maneira, a crena de que rvores devem ser podadas assim que plantadas para compensar a perda de razes equivocada
Mudas no podadas estabelecem-se mais rapidamente e com um sistema radicular mais forte que aquelas que sofreram poda no momento do plantio
sempre que possvel, o processo de formao das rvores deve ser distribudo ao longo de muitos anos embora as rvores jovens sejam muitas vezes tolerantes com poda severa, o objetivo deve ser a remoo de menos do que um tero da copa em qualquer ano Com treinamento apropriado, na maioria dos casos podem ser realizadas podas muito menores do que um tero a cada ano
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Mudas com razes finas enoveladas podem receber a toalete antes do plantio, que nada mais do que uma leve poda nas razes liberando-as do enovelamento; porm, mudas com razes grossas enoveladas devem ser rejeitadas
4.4.2. Seleo de Ramos Permanentes
rvores jovens possuem ramificaes baixas inerentes fase em que esto, porm, pouco apropriadas ao desenvolvimento da rvore no ambiente urbano A maneira como a muda podada depende de sua funo na paisagem urbana Por exemplo: rvores de rua devem ter sua copa levantada para a liberao do trfego de veculos e circulao de pedestres e rvores plantadas em reas livres podem ter ramos permanentes mais baixos rvores utilizadas para ocultar uma vista indesejada ou para serem utilizadas como quebra-vento podem ter ramificaes na altura do solo.
o espaamento entre os ramos, tanto vertical como radial, muito importante para o correto desenvolvimento da rvore ramos selecionados para serem permanentes devem ser bem espaados ao redor do tronco e preciso manter uma boa distribuio radial em todas as direes, visando o equilbrio
Uma regra aceita para o correto espaamento vertical entre os ramos manter entre eles uma distncia de 3% da altura da rvore; portanto, uma rvore com 30 m de altura deve ter seus ramos permanentes espaados em 90 cm Deve-se evitar que ramos estru-turais saiam em seqncia do mesmo lado do tronco
Algumas rvores desenvolvem ramos com uma angulao muito prxima ao tronco, e, conforme a rvore cresce, a casca torna-se aprisionada na bifurcao, denominando-se casca inclusa, o que enfraquece a ligao do ramo ao tronco e pode levar ruptura do mesmo, alm de haver acmulo de matria orgnica e gua com consequente biodeteriorao ramos com ligaes frgeis devem ser podados enquanto jovens, principalmente nas rvores do virio, minimizando os riscos de queda destes ramos
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Cada ramo deve contribuir para o desenvolvimento de galhos e razes, assim deve-se evitar ralear demais o interior da copa As folhas de cada ramo devem produzir alimento para mant-lo vivo e crescendo A remoo de muitas folhas pode subnutrir a rvore, reduzir seu crescimento e tornar a rvore doente
Pelo menos metade da folhagem deve estar sobre os ramos dos dois teros mais baixos da copa (temporrios ou permanentes). Isto incre-menta o afilamento da rvore e distribui uniformemente o peso dos ramos e a presso do vento
4.5. Poda de raiz
Um dos motivos mais comuns que sugerem a poda de raiz em rvores urbanas so os danos ao patrimnio, causados pelo cresci-mento secundrio (em espessura) da raiz, elevando pavimentos, muros, equipamentos urbanos e construes em geral Normal-mente consequncia da escolha de espcies inadequadas para o local, ou mesmo da insistncia de se arborizar ambientes que no foram projetados para receber rvores vale lembrar que para inter-venes de poda em indivduos arbreos neste municpio, seja da parte area ou subterrnea, necessrio obter autorizao emitida pelo rgo competente, em geral subprefeituras
outro motivo a interferncia das razes em novas construes ou reformas Com a expanso e renovao urbana, novos projetos inevitavelmente estaro ocupando stios prximos s rvores, e muitas vezes a inteno de preservao do indivduo, seja por conscincia do valor do espcime, ou pela reduo de nus compen-satrios, no tem os resultados esperados A compactao do solo e a poda de razes resultante da abertura de valas nas proximidades da rvore podem ser letais, levando-as ao declnio e consequente morte, podendo ocorrer anos aps a interveno, por isso, dificil-mente associada ao fato A abertura de valas pode ser motivada pela edificao propriamente dita, ou para instalao de redes de todos os tipos, como drenagem, gua, eltrica e etc
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o rebaixamento de solo e o aterramento no entorno das rvores, normalmente associado s novas construes e reformas, tambm podem ser precursores do declnio e morte de rvores No rebai-xamento de solo, uma quantidade significativa de raiz pode ser removida, lembrando que cerca de 80% da biomassa das razes ficam nos primeiros 20 cm de solo No aterramento, essa grande biomassa de razes existentes no aerado solo superficial, principalmente as razes finas, sucumbem ao perderem essa condio, cessando o desenvolvimento e renovao, conseqentemente diminuindo a absoro de nutrientes e gua
Consultar um tcnico habilitado e experiente em arborizao urbana para projetar plantios, integrar equipes tcnicas de construes e reformas, sempre a melhor maneira de se evitar problemas futuros com razes. A presena deste profissional garantir um tratamento adequado s rvores remanescentes em um canteiro de obras, ou mesmo, viabilizar a permanncia de uma rvore em conflito com elementos urbanos j existentes, cuja poda de raiz, quando inevi-tvel, tenha sido avaliada criteriosamente, devido ao risco que repre-senta estabilidade da rvore
Outro motivo que pode justificar a poda de razes a presena de razes estrangulantes, normalmente ocasionado pelo plantio de mudas com razes enoveladas ou barreiras fsicas no canteiro o melhor combate a este problema a utilizao de mudas de qualidade, com torres bem formados Da mesma forma, a escolha do local de plantio e uma cova bem dimensionada diminuem a possi-bilidade desta ocorrncia A poda de razes estrangulantes exige sua exposio atravs de cuidadoso desenterramento e minuciosa avaliao do grau do comprometimento da estabilidade da rvore Constatadas limitaes nos canteiros, recomenda-se sua adequao, seja na ampliao ou remoo de barreiras fsicas
Considerando o acima exposto, seguem algumas orientaes bsicas:
A remoo de razes aflorantes em pavimentos, principalmente de passeios pblicos, muitas vezes induzindo a indicao de supresso do indivduo arbreo, pode ser evitada com alter-nativas tcnicas de elevao de pisos, sejam com estruturas
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vazadas ou mesmo aterro com solo, este no mais argiloso que
o original, tomando-se o cuidado de no aterrar o colo No caso
de posterior pavimentao, utilizar preferencialmente solues
permeveis seja qual for a alternativa adotada, devem ser
respeitadas as leis e normativas de acessibilidade, referidas na
NBR 9050, Decreto Municipal do Passeio Livre (45.904/05), e
suas complementaes;
em novas construes, a criao de Zonas de Proteo para
rvores (ZPA) preservadas uma forma segura de evitar
danos s razes das rvores, seja no corte efetivamente, ou
pela supresso no explicita, ocorrida pela compactao do
solo ocasionada pelo trfego intenso de mquinas e veculos,
impermeabilizaes, alteraes no nvel de solo por abaixa-
mento (remoo de solo) ou levantamento (aterro). A dimenso
segura para criao das ZPAs recomendada em um dimetro
12 vezes o dimetro do caule, medidos a uma altura de 30 cent-
metros da superfcie do solo para dimetros de caule superiores
a 10 centmetros, e na altura de 15 centmetros para dimetros
inferiores a 10 centmetros;
Uma alternativa ao corte de razes consequente da abertura de
valas para passagem de redes de servio pode ser a abertura de
tneis sob as razes, facilitado por equipamentos especficos,
como mquinas de perfurao direcional horizontal;
Evitar corte de razes grossas (dimetros de 10 a 20 mm) e razes
fortes (com dimetros superiores a 20 mm). Quanto maior o
dimetro da raiz, mais lenta a regenerao e maior o compro-
metimento da estabilidade, elevando o risco de queda;
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recomenda-se que as intervenes respeitem uma distncia
mnima do caule, seguindo a regra para criao das ZPAs o
corte de uma raiz principal pode causar a perda de at 25% do
sistema radicular, desta forma, ficam ampliados os problemas
de declnio, regenerao e comprometimento da estabilidade;
expor a raiz que ser cortada atravs da abertura manual e
cuidadosa de uma valeta, para permitir a realizao de um
corte liso e sem danos No realizar o corte com ferramentas
de impacto (faco, machado, etc.). Deve ser utilizada serra bem
afiada, sendo o primeiro corte na face da valeta mais prxima da
rvore;
em casos excepcionais e a critrio do responsvel tcnico
poder ser feita a poda de raiz dentro da ZPA desde que devida-
mente justificada.
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5cerTo e errado da Poda
Fig. 12 - Errado: Poda mal-feita Fig.13 - Certo: Poda adequada possibilita fechamento total da leso
Fig. 14 - Errado: No foi utilizada a tcnica dos 3 cortes, causando leso no tronco
Fig. 15 - Certo: Poda realizada adequada-mente com a tcnica de 3 cortes evitando leses
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Fig. 16 - Errado: Desenvolvimento de troncos com casca inclusa
Fig. 18 - Errado: Poda de razes de susten-tao, causa de problemas estruturais
Fig. 20 - Errado: Sufocamento da raiz, impermeabilizao e futuros problemas com quebra de calada
Fig.17 - Certo: Bifurcao em U, mais estvel, sinal de boa conduo da muda
Fig.19 - Certo: Ampliao de canteiros, evitando-se o corte de razes
Fig. 21 - Certo: Abertura de canteiro, maior espao para razes e aumento de rea permevel
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Fig. 22 - Errado: Falta de poda de formao ou conduo tronco codominante
Fig. 24 - Errado: Poda em V agressiva sob fiaodesenvolvimentoexcessivoderamosepicrmicos
Fig. 26 - Errado: Plantio de palmeira sob fiaoeltrica,epodadrsticaparaevitarocontatocomosfios
Fig.23 - Certo: Eliminao precoce de um dos ramos codominantes
Fig.25 - Aceitvel: Rede compacta possibilita menor interveno na copa. Certo: Fiao enterrada, sem interveno na copa
Fig.27 - Certo: Retirada de folhas e bainhas voltadas para baixo (secas ou descolores). No retirar as folhas que crescem horizontalmente ou para cima
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Nas atividades de poda em logradouros pblicos imprescindvel
que ferramentas e equipamentos de segurana utilizados garantam,
simultaneamente, a segurana do podador e a integridade dos
indivduos arbreos Alm disso, deve-se garantir a segurana de
transeuntes e outros bens, como veculos e imveis, por meio de
sinalizadores de trnsito
6.1. ferraMentas de Poda
Todas as ferramentas e equipamentos utilizados na poda devem ser
de boa qualidade, estar em bom estado de conservao e dentro das
normas tcnicas. As ferramentas de corte devem estar bem afiadas
e limpas para a realizao de cortes de boa qualidade que favoream
a cicatrizao da injria e evitem contaminao.
entre as ferramentas essenciais para realizao de podas esto a
tesoura de poda simples (Figura 28A) e sua semelhante de cabos
longos, o tesouro (Figura 28B), que alcanam galhos baixos e de
dimetro mximo de 25 mm Para a poda de ramos maiores de 25
mm e menores de 150 mm so utilizadas as serras de arco (Figura
28C) ou serras manuais curvas (Figura 28D), com dentes travados,
que minimizam o esforo aplicado em caso de ramos localizados
at aproximadamente 6 metros do solo, todas essas ferramentas
possuem suas verses com hastes telescpicas, como o podo
(Figura 28E) e a motopoda (Figura 28F).
6ferraMenTas de Poda e eQuiPaMenTos de segurana
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em ramos maiores que 15 cm de dimetro, recomenda-se a utili-
zao de motosserra (Figura 28G) por operadores capacitados
(NR 12 Mquinas e Equipamentos), com a devida licena de
porte e uso concedida pelo IBAMA (Instruo Normativa n31,
dezembro de 2009).
C
D
e
F
G
A B
Fig.28 - Ferramentas de poda
Ferramentas de impacto como faco, machados e foice s devem
ser utilizados no processamento em solo dos resduos da poda, para
diminuio do volume do material
o uso correto das ferramentas para a atividade de poda proporciona
segurana adicional aos trabalhadores, uma vez que estes j devem
contar com equipamentos de proteo individual obrigatrios para a
execuo dos servios
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Fig.29 - Equipamentos de proteo individual
6.2. equiPaMentos de seguranaOs equipamentos de proteo individual (NR 06 E.P.I.s) incluem capacetes, culos de proteo e protetores auriculares Nos capacetes, deve-se dar preferncia queles com abas menores ou ausentes (Figura 29A), facilitando a visualizao da copa da rvore, combinado com culos de proteo escuros (Figura 29B), devido incidncia direta da luz do sol, uma vez que o podador volta sua viso constantemente para cima os protetores auriculares podem ser de insero (Figura 29C) ou circum-auricular (Figura 29D), este ltimo de maior eficincia no isolamento do som, principalmente para operadores de motosserras, que podem contar com prote-tores auriculares acoplados ao capacete (Figura 29E) e tambm com protetor facial acoplado ao mesmo (Figura 29F).
A
BC
D e F
As vestimentas tm a finalidade de manter a integridade do tronco e membros do trabalhador, protegendo-os contra riscos de origem mecnica e contra a incidncia de raios solares so itens obrigatrios:calas e blusas com adesivos refletores, luvas de couro e sapatos de solado reforado Alm destes, utiliza-se protetor solar para proteo das reas do corpo expostas luz Para os operadores de motosserra, obrigatrio o uso de calas de nilon anti-corte e calados com biqueira de ao
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Quando a poda realizada em vias pblicas, a equipe de poda deve contar com os equipamentos de proteo coletiva (E.P.C.s), entre eles, fitas de cores chamativas para isolamento da rea, cones e placas de sinalizao para proteger os trabalhadores, e garantir a segurana de pedestres e veculos As equipes devem contar com cordas para escoramento da queda de partes significativas do vegetal e apitos para comunicao entre os trabalhadores, devido ao barulho das mquinas e utilizao dos protetores auriculares em situaes emergenciais, quando os trabalhos so realizados noite, necessrio que as equipes utilizem faroletes para a iluminao e faixas refletivas para sinalizao do local.
Fig.30 - Equipamentos de proteo coletiva
No caso de poda em altura, que apresenta risco de queda ao traba-lhador, em nveis acima de dois metros do piso, a execuo desta atividade deve seguir a Nr18 Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo, e a NR 35 Trabalho em Altura. A utilizao de cestos elevatrios, andaimes e escadas so opes mais seguras para a atividade de poda, porm, podem encontrar dificuldades devido estrutura das copas e inclinao de terreno e, nestes casos, utiliza-se tcnicas de escalada
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A tcnica de escalada (progresso em corda) consiste na instalao de uma corda a partir do solo e utilizao de um dispositivo de subida definido em funo da conFigurao da rvore, mas tambm em funo da altura e, uma vez em posio, o podador deve estar equili-brado, confortvel e seguro para realizao da poda
Neste caso, trabalhadores treinados para escaladas so essenciais, e devem contar com os equipamentos obrigatrios como cordas especiais de escalada (cordas dinmicas de poliamida ou polister) para levantamento, talabartes e cintas de ancoragem para posicio-namento (Figura 31A), e talabartes com absorvedores de energia (Figura 31B) para segurana (linha da vida), alm de mosquetes (Figura 31C), capacete de escalada (Figura 31D) e cinto de segurana (tipo paraquedista, Figura 31E).
Fig.31 - Equipamentos para trabalho em altura
A
B C
De
importante salientar que trabalhos de poda em rvores altas muitas vezes envolvem fiao eltrica. Nestes casos, deve-se seguir a NR 10 Instalaes e servios em eletricidade, lembrando que a execuo e custos (inclusos nas tarifas de energia) do servio so responsabili-dades da concessionria
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A poda de rvores jovens e a remoo de pequenos volumes so
aes de planejamento relativamente simples, pois interferem pouco
no funcionamento da cidade No caso de rvores adultas a remoo
de grandes volumes e as operaes em vias muito movimentadas
so aes mais complexas, que criam situaes de risco e causam
grandes transtornos vida urbana
7.1. vistoria Prvia, autorizao e PubliCao
As solicitaes de vistoria para poda devem ser feitas atravs do
telefone 156, do sAC no site da prefeitura ou das praas de atendi-
mento das subprefeituras
Aos funcionrios da Prefeitura e de empresas contratadas s
permitida a realizao de poda de rvores em logradouros pblicos
com a devida autorizao, por escrito, do subprefeito competente,
ouvido o engenheiro Agrnomo ou Bilogo responsvel que realizou
a vistoria A poda comunicada aos interessados com antecedncia
de 10 (dez) dias, atravs do Dirio Oficial da Cidade. Independem de
autorizao as podas de rvores em atividades de segurana pblica,
defesa civil e do corpo de bombeiros, de carter emergencial,
quando houver risco iminente para a populao ou o patrimnio,
tanto pblico quanto privado.
7ProcediMenTos Para eXecuo da Poda
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7.2. liMitao do trnsito de veCulos e Pedestres
A poda uma operao que pode colocar em risco a segurana das pessoas que circulam pelo local e dos trabalhadores que a executam Por essa razo, o local deve estar bem sinalizado, o trnsito de pedestres e veculos deve ser limitado, desviado e/ou conduzido e o estacionamento de veculos organizado, diminuindo o risco de acidentes A forma mais segura realizar essa operao com a colaborao da Companhia de Engenharia de Trfego (CET), que dever ser contatada com antecedncia
7.3. PlanejaMento de Podas
Quando a poda de rvores executada somente em resposta s solicitaes de muncipes, geograficamente dispersas, a repetio de tarefas logsticas causa reduo importante no rendimento das equipes contratadas organizando-se um cronograma por reas, as equipes podem eficientemente executar as podas, por logradouros ou quadras, em ciclos plurianuais. Cada uma das rvores pblicas municipais pode ser atendida com essa periodicidade Alm de proporcionar aumento de rendimento, de eficincia econmica e de satisfao dos muncipes, a poda planejada resulta em reduo signi-ficativa do nmero de novas solicitaes.
7.4. rede area
Por razes de segurana do trabalho, as equipes que prestam servio municipalidade no devem podar rvores prximas a redes areas de qualquer tenso, energizadas ou desligadas essas podas so executadas por equipes especializadas, das concessionrias de energia, custeadas pela tarifa de energia eltrica, para cabos de alta, mdia e baixa tenso, e pelo aluguel dos pontos de fixao nos postes, para cabos de telefonia, dados, televiso e internet
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eventualmente durante a execuo da poda, os tcnicos se deparam com a presena de animais que utilizam a vegetao como abrigo e/ou para construo de ninhos e colmias
8.1. avifauna
As cidades possuem boa variedade de aves que buscam alimentao, abrigo e local para reproduo entre a vegetao urbana Assim como ns, estes animais procuram um lugar seguro para criarem seus descendentes Durante a poca da reproduo comum obser-varmos ninhos de aves entre os ramos das rvores, em ocos, entre as folhagens, em uma grande variedade de tipos e formas
Muitas vezes a nidificao das aves no equacionada durante o processo da poda das rvores importante lembrar que pela Lei de Crimes Ambientais (lei 9.605/98), tanto as aves silvestres como os seus ninhos esto protegidos e, portanto, no podem ser removidos Dessa forma, o correto evitar a poda das rvores que estiverem sendo utilizadas para a reproduo das aves, salvo os casos de poda emergencial, onde o manejo no pode ser adiado e seria plenamente justificado.
8.1.1. Perodo de reproduo das aves
o perodo de reproduo das aves, no Brasil, varivel entre as espcies sendo difcil fazer uma associao entre as estaes do ano e o ciclo reprodutivo o fator preponderante que condiciona a repro-duo a fartura da alimentao
8fauna e Poda
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Para as aves insetvoras o incio do perodo das chuvas favorvel, pois aumenta muito a quantidade de insetos. O final da estao seca favorece os frugvoros. O perodo de florao ideal para os beija-flores. Granvoros so dependentes da maturao das sementes. A adaptao das aves s espcies vegetais faz com que seus ciclos reprodutivos tenham um cronograma correspondente, isto , o perodo de florao, frutificao e amadurecimento dos frutos ir coincidir com o perodo reprodutivo de muitas espcies de aves que se utilizam dos produtos da espcie vegetal em questo
Fig.32 - Ninhos
o material para a construo dos ninhos tambm importante para algumas espcies A paina, conseguida apenas em determinada poca do ano, um material usado por beija-flores, a lama, utilizada na construo dos ninhos de joo-de-barro (Furnarius rufus), est disponvel aps as chuvas
No caso das aves do Brasil a poca reprodutiva descrita geralmente como sendo entre setembro e janeiro Para as aves do municpio de so Paulo foram observadas atividades de construo de ninhos com trs meses de antecedncia, nos meses de junho, julho e agosto para o pombo-domstico (Columba livia), carcar (Caracara plancus), asa-branca (Patagioenas picazuro), bentevi (Pitangus
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sulphuratus), sanhao-cinzento (Tangara sayaca), rolinha-caldo-de-feijo (Columbina talpacoti), tico-tico (Zonotrichia capensis) e sebinho-relgio (Todirostrum cinerium). Segundo a literatura especializada, a maior atividade de reproduo concentra-se em outubro, enquanto a
menor ocorre em abril e maio
Considerando a escassez de reas verdes na cidade onde a avifauna
possa se abrigar, alimentar e reproduzir, assim como a preocupao
crescente da comunidade em relao s questes ambientais, um
planejamento da poda de rvores para o primeiro semestre, princi-
palmente para os meses de abril e maio, minimizaria os impactos
negativos sobre as aves
8.1.2. O que fazer quando encontrar um ninho em atividade
Toda atividade que potencialmente perturbe ou destrua o ninho
dever ser interrompida imediatamente seguro respeitar uma
distncia de 20 metros para pssaros e 100 metros para gavies e
corujas para no prejudicar as aves o ninho no pode ser mexido
ou removido. Um profissional habilitado deve ser consultado ou a
Diviso Tcnica de Medicina veterinria e Manejo da Fauna silvestre
poder orientar sobre os procedimentos, evitando danos o ideal
aguardar at que os filhotes voem e abandonem o ninho para
retornar as atividades de poda o perodo de incubao e cuidados
com os filhotes variam de acordo com as espcies de aves. Conside-
rando apenas as aves mais comuns de so Paulo esse tempo varia
entre 22 a 41 dias para pssaros e pombas, 36 a 47 dias para beija-
flores e 63 a 70 dias para as rapinantes (falces, gavies e corujas).
As aves escolhem o local para a construo do ninho por trs razes
principais: proximidade de fontes de alimento e gua, proteo contra
predadores e oferta de materiais para confeco dos mesmos os pais
podem abandonar seus ninhos com ovos e/ou filhotes caso sejam estres-
sados e seus ninhos perturbados Por essas razes os ninhos no devem
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ser removidos para outro local Para remoo de ninhos preciso uma
licena especial emitida pelo IBAMA/SMA (Instruo Normativa 141 de
2006 do IBAMA) apenas para os casos de segurana e sade pblicas.
8.1.3. Bons motivos para protegermos as aves e seus ninhos
Alm de estarem protegidas pela lei federal, as aves desempenham
papel importante para manter a qualidade de vida em nossa cidade elas
consomem milhares de insetos controlando suas populaes Pragas
como cupins e mosquitos causariam maiores danos no fossem as aves
insetvoras elas tambm so polinizadoras e dispersoras de sementes, o
que auxilia a manuteno da biodiversidade Muitas atividades humanas
afetam de forma negativa a avifauna, em contrapartida as boas atitudes
devem ser sempre consideradas e incentivadas
8.2. MorCegos
Algumas espcies de morcegos frugvoros - que se alimentam de frutos -
so atradas pelas rvores na poca da sua frutificao outras espcies
podem procurar abrigo por de baixo das folhagens ou em fendas e ocos
nos troncos Algumas vezes, a simples presena de morcegos gera o
pedido de poda e remoo de rvores inteiras em grande parte, os
mitos que cercam esses animais colaboram para a intolerncia por parte
da populao, porm, em alguns casos, devido proximidade da rvore
com a residncia, a sujeira ocasionada por suas fezes tambm alvo das
reclamaes
Assim como as demais espcies de animais silvestres, os morcegos esto
protegidos pela Lei de Crimes Ambientais (n9.605/1998) e no podem
ser alvos de extermnio, a menos nos casos justificados pelo comprome-
timento da sade pblica. importante ressaltar que os morcegos esto
ameaados pelo uso de inseticidas e pelos desmatamentos
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8.2.1. Motivos para no se exterminar os morcegos
os morcegos so mamferos alados que possuem grande impor-tncia ecolgica existem mais de 1000 espcies, sendo que a maioria se alimenta de insetos e frutos Nas reas urbanas, os morcegos insetvoros so atrados pelos insetos que circulam ao redor dos postes da iluminao pblica e prestam valioso servio ambiental, consumindo enormes quantidades durante uma nica noite. Como resultado tem-se o controle biolgico das populaes de insetos considerados pragas para a agricultura e transmissores de doenas para a populao humana os morcegos so importantes agentes polinizadores, desempenhando papel fundamental para cerca de 500 espcies de plantas e so tambm excelentes dispersores de sementes, participando ativamente na manuteno e regenerao de matas e reas degradadas
Fig.33 - Artibeus lituratus e Platyrhinus lineatus
Apesar das lendas e supersties que os cercam, os morcegos repre-sentam um dos grupos de mamferos mais interessantes do mundo por conta da sua habilidade em voar e se localizar por sons, e a presena desses animais especialssimos no deveria ser banida em prol da manuteno de um meio ambiente saudvel
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8.2.2. Os morcegos so uma ameaa para a populao?
No municpio de so Paulo foram registradas 37 espcies de morcegos (Lazo & Penna, 2008). Ao contrrio da crena popular, os morcegos no so animais agressivos, apesar de algumas espcies frugvoras impressionarem devido seu grande porte quando so atradas por rvores em frutificao.
Por serem reservatrios dos vrus da raiva, a vigilncia sanitria recomenda notificar ao Centro de Controle de Zoonoses/CCZ qualquer comportamento estranho em morcegos, bem como, em ces e gatos Comportamentos considerados estranhos para morcegos so indivduos voando em pleno dia, cados no cho, ou que adentrem as residncias
Caso seja possvel capturar o animal, evite manipul-lo diretamente, procure utilizar luvas ou um pano, mantenha-o numa caixa de papel, ou outro ambiente fechado at que os tcnicos capacitados sejam contatados para sua retirada
8.2.3. Informaes
Com relao s questes de sade pblica, a ltima notificao de raiva em humanos no estado de so Paulo de 1997 No perodo de 1980 a setembro de 2010, ces e gatos foram responsveis por transmitir 79,4% dos casos humanos de raiva; os morcegos, por 10,8%; outros animais (raposas, sagis, gato selvagem, bovinos, equinos, caititus, gambs, sunos e caprinos), 9,8%.
8.3. Abelhas e vespas
Pertencentes a ordem Hymenoptera as abelhas e vespas so insetos importantes na arborizao, pois so essenciais na polinizao Algumas espcies so eficientes produtoras de mel Muitas vezes utilizam-se dos ocos ou galhos das rvores para construrem seus ninhos e no causam danos ao exemplar arbreo, porm sua presena pode dificultar a poda
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As abelhas podem ser divididas em abelhas com e sem ferro As abelhas com ferro pertencem Subfamilia Apinae (exemplos: abelha-africana, abelhas europias) e as abelhas sem ferro Subfa-mlia Meliponinae (exemplos: uruu, mandaaia, abelha-jata, mirim, irapu-todas nativas).
Todas abelhas so importantes e devem ser preservadas no momento de podas e remoes sendo colocadas em caixas especiais para cada espcie
Abelhas e vespas com e sem ferro podem atrapalhar a poda pelo zumbido, alvoroo, enrolar em cabelos e picadas, dependendo das caractersticas de cada espcie No momento da avaliao do exemplar arbreo o responsvel tcnico deve criteriosamente identi-ficar a presena desses insetos e, se necessrio alguma interveno, solicitar a remoo dos ninhos e colmias antes da poda, evitando-se assim possveis acidentes, pois a operao com motosserra um trabalho perigoso Para abelhas sem ferro possvel realizar a poda sem nenhuma interveno, porm em caso de remoo da rvore, as abelhas de preferncia devem ser retiradas e colocadas em caixas apropriadas ou mantidas nos troncos, preservando assim o ninho para que possam dar continuidade sua funo ecolgica
Para a remoo das abelhas deve-se contatar o CCZ (Centro de Controles de Zoonoses) pelo telefone: 3397-8928 ou 156.
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As palmeiras so muito utilizadas no paisagismo e assim como as rvores, quando no escolhida a espcie adequada para o local, necessitam de intervenes frequentes
As palmeiras no so adequadas para arborizao de caladas, pela queda de folhas, frutos ou brcteas e pela impossibilidade de serem conduzidas sob fiao e, quando possuem vrias estipes, dificultam a circulao de pessoas no passeio Por terem um grande efeito paisa-gstico podem ser utilizadas em canteiros centrais, sem incorrer nas inconvenincias do plantio em caladas
espcies com queda natural de folhas requerem, em alguns casos, manejo entretanto, em espcies que no apresentam queda natural das folhas, o manejo da saia deve ser evitado, para no descaracte-rizar sua forma original
Nas espcies cuja desfolha um processo natural, o arranque da folha com a bainha j seca no constitui uma poda A retirada das folhas secas evita acidentes principalmente em locais com constante movimentao de pessoas, como escolas, parques, museus, etc
Se houver um nmero excessivo de folhas mais velhas amare-ladas, deve-se determinar a causa antes da limpeza Pode haver um problema grave de nutrio causada por deficincia de potssio ou magnsio, que pode piorar se a palmeira podada ou fertilizada com muito nitrognio ou fertilizante inadequado
prefervel no retirar folhas saudveis, vivas se for imprescindvel, deve-se evitar a remoo de folhas que crescem horizontalmente ou para cima A poda excessiva, alm de descaracterizar a forma das palmeiras, pode ser prejudicial ao seu desenvolvimento saudvel
9recoMendaes Para PalMeiras
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A poda de vegetao de porte arbreo no municpio de so Paulo, em rea pblica ou privada, necessita de autorizao prvia do Poder executivo Municipal
Conforme o Art. 2 da Lei Municipal n 10.365/87 considera-se vegetao de porte arbreo aquela composta por espcime ou espcimes vegetais lenhosos, com Dimetro do Caule Altura do Peito - DAP superior a 5 cm (cinco centmetros).
os pedidos de poda s podero ser autorizados nas seguintes circunstncias: em terreno a ser edificado, quando indispensvel realizao da obra; quando o estado fitossanitrio da rvore a justi-ficar; quando a rvore ou parte desta apresentar risco iminente de queda; nos casos em que a rvore esteja causando comprovveis danos permanentes ao patrimnio pblico ou privado; nos casos em que a rvore constitua obstculo fisicamente incontornvel ao acesso de veculos; quando o plantio irregular ou a propagao espontnea de espcimes arbreos impossibilitar o desenvolvi-mento adequado de rvores vizinhas
A realizao de poda em logradouros pblicos expressamente proibida ao muncipe, sendo permitida apenas a funcionrios da Prefeitura do Municpio e a empresas concessionrias de servios, aps obteno de prvia autorizao do subprefeito, mediante parecer do engenheiro agrnomo ou bilogo
em carter emergencial, quando h risco para a populao ou para o patrimnio pblico ou privado, permitido aos soldados do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil executarem a poda de exemplares arbreos de logradouros pblicos, sem a prvia autorizao.
A autorizao para poda s possui validade aps sua publicao no Dirio Oficial da Cidade de So Paulo.
10legislao
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A poda de rvores nos logradouros pblicos do Municpio de So
Paulo comunicada aos interessados atravs do Dirio Oficial do
Municpio, com antecedncia mnima de 10 (dez) dias, exceto em
situao de urgncia, conforme previsto no Decreto Municipal n
29 586/1 991 Caso os interessados discordem da poda, possvel
apresentar recurso, at seis dias aps a publicao, protocolado na
subprefeitura responsvel pela rea onde est localizada a rvore
As rvores que sofrerem poda que ocasionem a sua morte, em
reas particulares, mesmo que tenha sido autorizado o manejo,
devero ser substitudas pelo proprietrio ou possuidor do imvel
em igual nmero, de acordo com as normas de plantio estabele-
cidas pelo Departamento de Parques e reas verdes - DePAve, no
prazo de at 30 (trinta) dias aps a morte pela poda, ou por ocasio
do auto de concluso (habite-se).
Quem de qualquer modo concorra para a prtica da infrao por
realizar poda irregular ou que ocasione a morte de vegetao de
porte arbreo, est sujeito a multa de 5 (cinco) Unidades de Valor
Fiscal do Municpio UFM pela prtica de manejo sem autorizao
considerado crime ambiental nos termos da legislao federal
quando a vegetao, independente de ser considerada de porte
arbreo, sofrer aes lesivas pela realizao de poda, independente
de autorizao para o manejo, que pelo princpio da precauo,
possam levar a sua morte ou comprometer o seu bom desenvolvi-
mento Quem de qualquer forma concorrer para a prtica dos crimes
estar sujeito, na medida da sua culpabilidade, s penalidades, tanto
na esfera criminal, quanto na civil e administrativa
Para realizao da poda algumas normas devem ser seguidas,
como evitar a interveno em rvores que possuam ninhos
e/ou avifauna associada, salvo em situaes emergenciais,
sob pena de enquadramento do infrator na Lei Federal n
9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais). A licena especial para
remoo de ninhos emitida pelo IBAMA/sMA para casos de
segurana e sade pblicas.
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10.1. PrinCiPal legislao vigente sobre Poda de rvores no MuniCPio de so Paulo
Lei Municipal n 10.365 de 22 de setembro de 1987. Disciplina o corte e a poda de vegetao de porte arbreo existente no Municpio de so Paulo e d outras providncias
Decreto Municipal n 26.535 de 03 de agosto de 1988. regulamenta a lei n 10 365, de 22 de setembro de 1987
Lei Municipal n 10.919 de 22 de dezembro de 1990. Dispe sobre a obrigatoriedade de o executivo municipal dar publicidade a poda e corte de rvores
Decreto Municipal n 29.586 de 07 de maro de 1991. regulamenta a Lei n 10 919/1990
Lei Federal n 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e d outras providncias
Decreto Municipal n 42.833 de 06 de fevereiro de 2003. Regulamenta o procedimento de fiscalizao ambiental no Municpio de so Paulo e d outras providncias
Decreto Municipal n 47.145 de 30 de maro de 2006. Dispe sobre o Termo de Compromisso Ambiental - TCA, resultante da negociao de contrapartidas nos casos de autorizao prvia para supresso de espcies arbreas
Instruo normativa IBAMA n 141 de 19 de dezembro de 2006. regulamenta o controle e o manejo ambiental da fauna sinantrpica
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Portaria n 36 / SVMA de 07 de maio de 2008. estabelece os procedimentos internos da secretaria Municipal do verde e do Meio Ambiente para o enquadramento dos cortes, podas e outros manejos irregulares de vegetao de porte arbreo na Lei de Crimes Ambientais
Decreto Federal n 6.514 de 22 de julho de 2008. regulamenta a Lei n 9 605/98
Resoluo n 124 /SVMA/CADES de 18 de setembro de 2008. Dispe sobre a Poda de vegetao de Porte Arbreo no Municpio de so Paulo e regulamenta os procedimentos e critrios utilizados na fiscalizao ambiental no mbito do Municpio de So Paulo.
Portaria n 44 / SVMA de 03 de junho de 2010. Disciplina procedimentos de compensao ambiental pelo manejo por corte/transplante de espcies arbreas (TCA).
Lei Municipal n 15.442 de 9 de setembro de 2011. Dispe sobre a limpeza de imveis, o fechamento de terrenos no edificados e a construo e manuteno de passeios, bem como cria o disque-caladas; revoga as leis n 10.508, de 4 de maio de 1988, e n 12 993, de 24 de maio de 2000, o art 167 e o correspondente item constante do anexo vI da lei n 13 478, de 30 de dezembro de 2002
NR 35 Trabalho em altura.
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Cmbio Camada de clulas corticais que se diferenciam em clulas do xilema para o interior da planta e floema para o exterior da planta.
estdio Fase do desenvolvimento da planta
estipe Caule normalmente ereto e mais ou menos cilndrico, no ramificado, onde as folhas concentram-se apenas no pice. O termo especialmente usado para caules de palmeiras (Arecaceae).
Gema regio do ramo que possui os meristemas do caule A gema pode ser apical, quando origina o eixo principal de um caule, ou lateral, quando origina uma ramificao.
Meristema Tecido das plantas, constitudo por clulas capazes de divises, produzindo clulas que permanecem meristemticas e outras que sofrem diferenciao e produzem vrios tecidos e rgos da planta Meristema apical: meristema situado no pice de uma raiz ou broto e responsvel pelo aumento do rgo
Platibanda Parede, muro ou grade emoldurando a parte superior da edificao com a funo de esconder o telhado
Toalete remoo de partes mal formadas das plantas, geralmente do sistema radicular
glossrio11
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13PorTarias inTersecreTariais
GTI criado pela Portaria Intersecretarial n 02/2011 de SVMA/SMSP
Publicado conforme Portaria Intersecretarial n___/2016 de SVMA/SMSP
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Prefeito da Cidade de So Paulo
Fernando Haddad
Vice-Prefeita da Cidade de So Paulo
Ndia Campeo
Secretrio Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA)
rodrigo Pimentel Pinto ravena
Secretrio Adjunto
raquel Lima
Chefia de Gabinete
Aristides de Medeiros Junior
Secretrio Municipal de Coordenao das Subprefeituras (SMSP)
Luiz Antnio Medeiros
Secretrio Adjunto
Jos rubens Domingues Filho
Chefia de Gabinete
Adriana Palheta Cardoso
Diretoria do Departamento de Parques e reas Verdes
Fabio de Alencar Iorio
Diretoria da Diviso Tcnica de Produo e Arborizao
renata Longo
Diretoria do Departamento de Gesto Descentralizada
Wander Rodrigues Fernandes
Ficha Tcnica
Coordenao Editorial
Adriano santos - svMA
renata Moraes - svMA
Ana Carolina Antunes Isfer - svMA
Bruno santiago Alface - svMA
Projeto Grfico e Diagramao
Claudio Guilherme da silva souza - svMA
Ilustrao
Gabriel Kehdi Pedro - svMA
-
Coordenao
Guilherme Brando do Amaral - svMA
Jos ricardo r Hoffmann - svMA
Marcio Amaral Yamamoto - SVMA
Equipe Tcnica
Alana Farias de souza - svMA
Anelisa Ferreira de Almeida Magalhes - svMA
Belmiro Prieto Fernandes - sMsP
Fabio Ped - svMA
Fernando Filoni- sMsP
Henrique simionato robortella - sMsP
Maria Claudia T stenico sMsP
Priscilla Martins Cerqueira svMA
rafael Golin Galvo sMsP
solange Lury Miyazaki - sMsP
sonia emi Hanashiro ortega sMsP
vitor otavio Lucato - svMA
Colaboradores
Juliana Laurito summa - svMA
Lianna de Castro Molinaro - svMA
Marco Antonio dos Passos - svMA
Nelma Lucia Heiffig SMSP
Pedro de s rigoldi
Reviso
Camila Moreti
Maria Letcia P Fungaro - sMsP
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Ciente da importncia da preservao e do desenvolvimento ambiental de so Paulo, a cidade mais populosa da Amrica do sul, a Prefeitura, por meio das secretarias Municipais do verde e do Meio Ambiente e de Coordenao das subprefeituras, entrega
populao e tcnicos ambientais, a nova verso do Manual de Poda.
Alinhada ao Plano Diretor estratgico de so Paulo, sancionado em 2014, que visa qualificao dos espaos pblicos para uso das pessoas, esta edio destaca a importncia de se realizar a manuteno de exemplares arbreos em benefcio do cidado e do meio ambiente.
A poda feita corretamente contribui para o desenvolvimento saudvel das rvores e, consequentemente, com a arborizao da cidade. com esse objetivo que a Prefeitura, alinhada com o conceito de Florestas Urbanas e de desenvolvimento sustentvel do Muncipio, idealizou esta publicao.
CAPA-MANUAL-PODA_01-03-16MANUAL-DE-PODA_DIAGRAMACAO_01-03-16_alteracao-imagem-etapa-de-podaCAPA-MANUAL-PODA_01-03-16Pgina em brancoPgina em branco