MANUAL_TGI_24052012

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Centro de CiŒncias Sociais e Aplicadas Manual de TGI Sªo Paulo 1” semestre de 2012

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  • UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Centro de Cincias Sociais e Aplicadas

    Manual de TGI

    So Paulo 1 semestre de 2012

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    U58 Universidade Presbiteriana Mackenzie. Centro de Cincias Sociais e Aplicadas.

    Manual de TGI: exemplar do professor / Universidade Presbiteriana Macken-zie. Coordenao de TGI; elaborado pelos professores do CCSA- ed. revisa-do. e atualizado. - So Paulo, 2012, 3 ed. 71 p. : il.; 23 cm. Bibliografia: p. 1. Trabalhos Acadmicos - Normatizao. 2. Metodologia Cientfica. I. Ttulo

    CDD 001.42

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    Agradecimento aos colaboradores deste Manual

    Sem a colaborao, disponibilidade e dedicao de inmeros professores comprometidos com a qualidade da formao dos alunos de Administrao e Cin-cias Contbeis do Mackenzie, este Manual, com certeza, no estaria sendo amplia-do e melhorado a sua qualidade.

    Agradecemos aos professores que participaram do IV Seminrio de Metodo-logia, em agosto de 2003, agosto de 2004 e agosto de 2005, que contriburam para a reviso e melhoria da qualidade do Manual de TGI, bem como aqueles que apre-sentaram desde ento sugestes de melhoria, com destaque para os mencionados:

    Alberto de Medeiros Jr. Arilda Schmidt Godoy Clvis Cerretto Pinto Darcy Mitiko Mori Hanashiro Gilberto Perez Jos Carlos Thomaz Maria Campos Lage Maria Thereza Pompa Antunes Marta Fabiano Sambiase Moises Ari Zilber Reynaldo Cavalheiro Marcondes Rodrigo Augusto Prando Vnia Maria Jorge Nassif

    So Paulo, 25 de maio de 2012.

    Prof. Dr. Srgio Lex Diretor do CCSA

    Prof. Dr. Gilberto Perez Coordenador de TGI do CCSA

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    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 - Tempo dos verbos no TGI I e no TGI II 9 Quadro 2 - Principais funes da linguagem-comunicao 9 Quadro 3 - Formas de expresso 9 Quadro 4 - Definies de Problema de Pesquisa 25 Quadro 5 - Classificao dos tipos de pesquisa 31 Quadro 6 - Tipos de Variveis 35 Quadro 7 - Diferenas entre pesquisas qualitativas e quantitativas 37 Quadro 8 - Definio dos elementos do Plano Amostral 38 Quadro 9 - Instrumentos de coleta de dados e suas caractersticas 40 Quadro 10 - Tcnicas quantitativas e recomendaes de uso 55 Quadro 11 - Procedimentos para documentao na defesa do TGI II 66 Quadro 12 - Procedimentos aps defesa do TGI II 67

    LISTA DE FIGURAS Figura 1 ..... Fluxo do TGI I e TGI II 10 Figura 2 Esquema para elaborao do TGI-I 11 Figura 3 Estrutura do Relatrio de TGI I 17 Figura 4 Representao grfica do problema de pesquisa 26 Figura 5 Formatos utilizados em entrevista 34 Figura 6 Diagrama da estrutura do Relatrio de TGI II 44 Figura 7 Etapas da anlise de contedo 52 Figura 8 Esquema completo de uma Anlise de Contedo 53

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    SUMRIO

    1. INTRODUO 7 1.1 Apresentao ________________________________________________________________ 7 1.2 Linhas de Pesquisa do CCSA ___________________________________________________ 8

    2. REDAO 8 2.1. Trabalho de Graduao Interdisciplinar ___________________________________________ 9

    3. ESTRUTURA GERAL DO TGI 10 4. TRABALHO DE GRADUAO INTERDISCIPLINAR I 10 5. ELABORAO DO TGI I 11

    5.1 Cronograma de Atividades do TGI I ______________________________________________ 11

    6. ELEMENTOS DE APOIO 11 6.1. Tabelas (ABNT NBR 14724:2011) ______________________________________________ 12 6.2. Ilustraes (ABNT NBR 14724:2011) ____________________________________________ 13 6.3. Citaes (ABNT NBR 10520:2002) ______________________________________________ 14 6.4. Errata (ABNT NBR 14724:2011) ________________________________________________ 16

    7. ESTRUTURA DO RELATRIO DE TGI I 16 7.1. Elementos Pr-Textuais do TGI I _______________________________________________ 16

    7.1.2. Modelo de Folha de Rosto de TGI I (ABNT NBR 14724:2011) 19 7.1.3. Ficha de Avaliao - TGI- I 20 7.1.4. Listas (ABNT NBR 14724:2011) 22 7.1.5. Sumrio (ABNT NBR 14724:2011 e ABNT NBR 6027:2003) 22

    7.2. Elementos Textuais do TGI I ___________________________________________________ 23 7.2.1. Introduo (ABNT NBR 14724:2011) 23

    7.2.1.1. Justificativas 24 7.2.1.2. Problema de Pesquisa 24 7.2.1.3. Objetivos: Geral e Especficos 27

    7.2.2. Referencial Terico (ABNT NBR 14724:2011) 28 7.2.3. Procedimentos Metodolgicos 29

    7.2.3.1. Tipo da Pesquisa 30 7.2.3.2. Mtodo e Tcnicas da Pesquisa 32

    7.2.3.2.1. Mtodo e Tcnicas Qualitativas 32 7.2.3.2.2. Mtodo e Tcnicas Quantitativos 34 7.2.3.2.3. Diferenas entre Tcnicas Qualitativas e Quantitativas 36 7.2.3.2.4. Estudo de Caso 37

    7.2.3.3. Plano Amostral 38 7.2.3.4. Instrumento de Coleta de Dados 40

    7.3. Elementos Ps-Textuais TGI I ________________________________________________ 41 7.3.1 Referncias Bibliogrficas (ABNT NBR 6023:2002) 41 7.3.2. Apndices (ABNT NBR 14724:2011) 42 7.3.3. Anexos (ABNT NBR 14724:2011) 42

    7.4 Cronograma de Atividades do TGI II _____________________________________________ 42

    8. TGI II TRABALHO DE GRADUAO INTERDISCIPLINAR II 43 8.1 Estrutura do TGI II ___________________________________________________________ 43 8.3. Elementos Pr-Textuais do TGI II _______________________________________________ 44

    8.3.1. Modelo de Capa do TGI II (ABNT NBR 14724:2011) 45 8.3.2. Modelo de Folha de Rosto de TGI II (ABNT NBR 14724:2011) 46 8.3.3. Ficha de Avaliao - TGI- II 47 8.3.4. Resumo e Abstract (ABNT NBR 14724:2011) 49

    9. ELEMENTOS TEXTUAIS - TGI II 49 9.1. Introduo (ABNT NBR 14724:2011 e ABNT NBR 6024:2003) ________________________ 50 9.2. Referencial Terico (ABNT NBR 14724:2011) _____________________________________ 50

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    9.3. Procedimentos Metodolgicos__________________________________________________ 50 9.3.1. Instrumento de Coleta dos Dados 50 9.3.2. Tratamento dos Dados 51

    9.3.2.1. Qualitativos 51 9.3.2.1.1. Anlise de Contedo 51

    9.3.2.2. Quantitativos 53 9.3.2.2.1. Anlise de Regresso Linear 54 9.3.2.2.2. Anlise Fatorial 54 9.3.2.2.3. Resumo das principais tcnicas quantitativas 55

    9.4. Anlise dos Dados ou Resultados (ABNT NBR 14724:2011) __________________________ 55 9.5. Limitaes do Estudo ________________________________________________________ 56 9.6. Concluso ou Consideraes finais (ABNT NBR 14724:2011) ________________________ 56 9.7. Recomendaes ____________________________________________________________ 57

    10. ELEMENTOS PS-TEXTUAIS - TGI II 57 10.1. Referncias (ABNT NBR 6023:2002 e ABNT NBR 14724:2011) ______________________ 57 10.2. Apndices (ABNT NBR 14724:2011) ___________________________________________ 57 10.3. Anexos (ABNT NBR 14724:2011) _____________________________________________ 58

    11. REGRAS PARA AS REFERNCIAS (ABNT NBR 6023:2002 e ABNT NBR 10520:2002) 58 12. COMO O TRABALHO DEVE SER DIGITADO (ABNT NBR 14724:2011) 63 13. ORIENTAO DO TRABALHO DE TGI 64

    13.1. Papel do Orientador _________________________________________________________ 64 13.2. Defesa do TGI II ___________________________________________________________ 65 13.3. Procedimentos na Banca de Defesa ____________________________________________ 66 13.4. Papel dos Alunos ___________________________________________________________ 67

    REFERNCIAS 68 APENDICE A FONTES DE INFORMAO PARA ELABORAO DO TGI 70

    A.1 INDICAES DE LEITURAS __________________________________________________ 70 A.2 LINKS PARA BASES DE DADOS ONLINE ________________________________________ 70 A.3 LINK PARA NORMAS ABNT ONLINE ____________________________________________ 70

    APNDICE B - FRAUDES NA ELABORAO DE TRABALHOS ACADMICOS 71

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    1. INTRODUO

    1.1 Apresentao No encerramento de um dos ciclos acadmicos, o da graduao, o aluno de

    Administrao e de Cincias Contbeis colocado em face de uma nova realidade e desafio que o levam a problematizar, elaborar, criar e sistematizar uma proposta, provocada por um tema, que dar origem a um trabalho de concluso de curso.

    O CCSA, por meio de sua Coordenadoria de TGI, tem traado diretrizes para alavancar reas de fronteiras para o desenvolvimento da cincia. Os investimentos tm sido direcionados para a capacitao de professores-pesquisadores, investi-mentos em infraestrutura, biblioteca e a normatizao dos Trabalhos de Graduao Interdisciplinares TGI, por meio deste Manual do TGI.

    meta do CCSA conquistar um espao no meio acadmico-cientfico nes-sas reas do conhecimento e, para isso, torna-se necessrio motivar alunos e pro-fessores para esta nova cultura, desenvolvendo as suas habilidades cientficas.

    O Manual de TGI, em sua 6 reviso, teve como objetivo principal atualiz-lo de acordo com a NBR 14724, vlida a partir de 17 de maro de 2011. Este Manual foi organizado para oferecer aos professores e alunos, orientaes essenciais para garantir a qualidade do trabalho e informaes teis para atingir os padres espera-dos pelo CCSA. Alm disso, apresenta orientaes de como se elaborar um TGI tendo como parmetros as Normas da ABNT, cujas referencias normativas estrutu-ram-se como segue:

    ABNT NBR 6023:2002, Informao e documentao Referncias Elaborao

    ABNT NBR 6024:2003, Informao e documentao Numerao progressiva das sees de um documento escrito Apresentao

    ABNT NBR 6027:2003, Informao e documentao Sumrio Apresentao

    ABNT NBR 6028:2003, Informao e documentao Resumo Pro-cedimento

    ABNT NBR 6034:2004, Informao e documentao ndice Apre-sentao

    ABNT NBR 10520:2002, Informao e documentao Citaes em documentos Apresentao

    ABNT NBR 12225:2004, Informao e documentao Lombada Apresentao

    ABNT NBR 14724:2011, Informao e documentao Trabalhos acadmicos Apresentao

    Cdigo de Catalogao Anglo-Americano. 2. ed. rev. 2002. So Paulo: FEBAB, 2004

    IBGE. Normas de apresentao tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993

    Este Manual est organizado em duas partes: a primeira dedicada ela-borao do projeto de pesquisa que o produto final da disciplina TGI I e a segun-da parte para a elaborao do relatrio final da pesquisa que o produto de TGI II.

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    Por conta de terem que ser produzidos relatrios, as orientaes sero apresenta-das em trs componentes, em cada uma dessas partes:

    elementos pr-textuais com seus respectivos modelos; elementos textuais, que contm a pesquisa propriamente dita, e elementos ps-textuais, com explicaes e exemplos diversificados.

    Os trabalhos de TGI so realizados em grupo com o objetivo de possibilitar ao aluno compartilhar conhecimentos tericos e prticos, produzir uma pesquisa mais robusta do que faria se estivesse s, visando a tornar os trabalhos publicveis em revistas cientficas das reas de Administrao e de Cincias Contbeis, tanto quanto participar de eventos cientficos.

    Outra expectativa de que a elaborao dos trabalhos dos TGIs possa des-pertar futuras vocaes e talentos para a pesquisa, que se constitui uma importante contribuio ao desenvolvimento da empresa nacional e ao pas.

    Bom trabalho a todos e sucesso na obteno de resultados e aprendizados com as pesquisas!

    1.2 Linhas de Pesquisa do CCSA Para os cursos do CCSA esto definidas quatro linhas bsicas de pesquisa,

    s quais devem estar ligados todos os projetos de pesquisa, sejam dos professores, de Iniciao Cientfica, bem como os Trabalhos Interdisciplinares de Graduao (TGIs).

    Foram estabelecidas pelo Documento Informativo da Reitoria 50/2003, nos termos da Ordem Interna 30/2003 para o CCSA conforme segue:

    Desenvolvimento socioeconmico Finanas corporativas e pblicas Gesto de organizaes e empreendedorismo Economia e negcios internacionais

    Os temas de pesquisa so oferecidos pelos professores orientadores, com base na temtica dos ncleos de pesquisa do CCSA e so informados semestral-mente no site, pela coordenao de TGI. A relao e a descrio dos ncleos de pesquisa do CCSA podem ser acessadas na pgina inicial do CCSA, no link: Pes-quisa Ncleos de Pesquisa.

    2. REDAO Ao elaborar a redao do texto, algumas observaes se fazem necess-

    rias. Em primeiro lugar, a Redao deve ser escrita na terceira pessoa do singular e com o sujeito indeterminado, devendo esta regra ser mantida at o final do texto.

    Recomenda-se, quando digitado, a fonte tamanho 12 para todo o trabalho, inclusive capa, excetuando-se citaes com mais de trs linhas, notas de rodap, paginao, dados internacionais de catalogao-na-publicao, legendas e fontes das ilustraes e das tabelas, que devem ser em tamanho menor e uniforme.

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    Considerando-se que o TGI I e o TGI II so desenvolvidos em semestres di-ferentes e sendo o primeiro um projeto para o segundo, deve-se tomar cuidado com o tempo dos verbos, que devem ser utilizados conforme o quadro 1.

    Quadro 1 Tempo dos verbos no TGI I e no TGI II TGI I TGI II

    Por tratar-se de projeto de pesquisa, o tempo do verbo deve apresentar-se no futuro.

    Por tratar-se de relatrio final de pesquisa, o tempo do verbo deve apresentar-se no pas-sado.

    Fonte: elaborado pelos autores.

    Em ambos os trabalhos, a linguagem deve ser cientfica, com vocabulrio comum, claro e preciso, servindo-se de veculo de transmisso de informaes e de conhecimento. A linguagem enquanto instrumento de comunicao pode desempe-nhar distintas funes.

    Salvador (1970) classifica as funes principais da linguagem-comunica-o (quadro 2): Quadro 2 Principais funes da linguagem-comunicao.

    Funo O que Expressiva Adequada comunicao ou expresso de emoes, sentimentos ou

    vivncias psicolgicas. Persuasiva Adequada ao discurso (retrico) que pretende atuar sobre a vontade

    para dirigir a conduta dos homens, como na propaganda. Informativa Adequada transmisso de conhecimento e informaes. Fonte: Salvador (1970).

    Quanto s formas de expresso, a linguagem pode revestir-se de diversos carteres, apresentados no quadro 3:

    Quadro 3 Formas de expresso

    Tipo O que Coloquial Prprio da linguagem comum. Literrio Enquanto tem em vista objetivos estticos Tcnico Caracterstico da linguagem cientfica Fonte: Salvador (1970).

    As frases no devem ter perodos longos, ou seja, no mais que duas ora-es por perodo composto, para no tornar a leitura maante. interessante que as informaes sejam transmitidas pausadamente, para evitar interpretaes inadequa-das; alm de facilitar a leitura, ajuda o leitor a fixar conceitos e acompanhar o desen-volvimento do texto.

    2.1. Trabalho de Graduao Interdisciplinar uma atividade obrigatria dos currculos dos Cursos de Administrao e de

    Cincias Contbeis do CCSA, regulamentada de acordo com o Ato da Reitoria n. 12/01.

    O Trabalho de Graduao Interdisciplinar, identificado daqui em diante por TGI, um trabalho de concluso de curso (TCC) concretizado por uma pes-quisa cientfica que trata de tema especfico, no necessariamente novo ou indito, mas que revele leitura, reflexo e interpretao sobre um assunto relacionado com a Administrao ou as Cincias Contbeis, resultante de uma construo intelectual e raciocnio crtico que constitui a culminncia da sua formao na graduao.

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    O TGI um trabalho realizado durante as disciplinas TGI I e TGI II, deman-dando dois semestres letivos.

    3. ESTRUTURA GERAL DO TGI A figura 1 apresenta as atividades a serem desenvolvidas em cada uma das

    etapas. O TGI I base para a construo do TGI II, enquanto o TGI II o relatrio final e deve contemplar todas as partes de acordo com o roteiro.

    Figura 1 Fluxo do TGI I e TGI II

    Fonte: elaborado pelos autores.

    4. TRABALHO DE GRADUAO INTERDISCIPLINAR I Na primeira etapa, o TGI I, os alunos desenvolvem, em grupo, sob a orienta-

    o de um professor, um Projeto de Pesquisa que deve ser apresentado em forma de um Relatrio. Tem por objetivo estabelecer os rumos que iro direcionar o de-senvolvimento da pesquisa a ser aplicada na disciplina de TGI II.

    O Projeto de Pesquisa desenvolvido em TGI I transcende a um trabalho conclusivo de uma disciplina, pois a qualidade e o sucesso de um bom trabalho final dependem, essencialmente, de um bom projeto. Assim, necessita ter como meta o desenvolvimento de um documento tcnico-cientfico para sustentar uma pesquisa emprica de qualidade.

    O Relatrio que conter o projeto de pesquisa dever obedecer a uma estru-tura bsica proposta por este Manual de maneira a facilitar a sua elaborao, dado o

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    fato de que um projeto de pesquisa que atenda qualidade cientfica mnima exigida pelo CCSA, demanda profundidade e preciso metodolgica.

    5. ELABORAO DO TGI I A figura 2 apresenta um esquema orientador para se elaborar o projeto de

    pesquisa. o fluxo para o desenvolvimento do TGI I.

    Figura 2 Esquema para elaborao do TGI-I

    Fonte: elaborado pelos autores.

    5.1 Cronograma de Atividades do TGI I Para a elaborao do TGI-I, recomendvel a elaborao de um crono-

    grama de atividades, para ser discutido com o seu orientador, j nas primeiras reuni-es para que as tarefas e atividades possam ser avaliadas quanto sua realizao. No necessrio incluir este cronograma no relatrio final do TGI-I.

    Exemplo:

    Atividades fevereiro/ agosto maro/

    setembro abril/

    outubro maio/

    novembro Escolha do tema da pesquisa e suas justificativas Problema de Pesquisa Definio dos Objetivos Referencial Terico Procedimentos Metodolgicos Reviso do texto do Relatrio Final Apresentao do projeto

    6. ELEMENTOS DE APOIO

    Os elementos de apoio so: Tabela Quadro Figura Citaes Abreviaturas Errata

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    6.1. Tabelas (ABNT NBR 14724:2011) So elementos demonstrativos de sntese. Tabelas so forma no discursi-

    va de apresentar informaes das quais o dado numrico se destaca como informa-o central (ABNT NBR 14724:2011, p.4). O objetivo da tabela apresentar dados numricos e valores comparativos tratados estatisticamente ou no, tornando-os mais compreensveis para o leitor.

    Segundo a norma ABNT NBR 14724 de 17 de maro de 2011, as tabelas devem ser citadas no texto, inseridas o mais prximo possvel do trecho a que se referem e padronizadas conforme o Instituto Brasileiro de Geograa e Estatstica (IBGE) (ABNT NBR 14724:2011, p.11).

    O IBGE define as regras para apresentao de tabelas na publicao Nor-mas de Apresentao Tabular, 3 edio, de 1993, cujos pontos principais so as-sim resumidos:

    tem numerao independente e consecutiva; o ttulo colocado na parte superior, precedido da palavra Tabela e de seu

    nmero de ordem em algarismos arbicos; as fontes citadas, na construo de tabelas, e notas eventuais aparecem no

    rodap aps o fio de fechamento; caso sejam utilizadas tabelas reproduzidas de outros documentos, a prvia

    autorizao do autor se faz necessria, no sendo nela mencionada; devem ser inseridas o mais prximo possvel do trecho a que se referem; se a tabela no couber em uma folha, deve ser continuada na folha seguinte

    e, nesse caso, no delimitada por trao horizontal na parte inferior, sendo o ttulo e o cabealho repetidos na folha seguinte;

    nas tabelas utilizam-se fios horizontais e verticais para separar os ttulos das colunas no cabealho e fech-las na parte inferior, evitando- se fios ver-ticais para separar as colunas e fios horizontais para separar as linhas.

    Exemplo 1:

    Tabela 21 Motivos da Preferncia pela Loja ao Comprar Perfumes Motivos da preferncia F % Melhor preo 85 36,7 Melhor forma de pagamento 74 32,1 Atendimento 44 19,1 Ser cliente antigo 21 9,1 Melhor preo a vista 5 2,1 No tem burocracia 2 0,9

    Total 231 100 Fonte: sobrenome do autor (tudo maisculo), ano, p. Legenda: F= frequncia

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    Exemplo 2: Tabela extrada da publicao Normas de Apresentao Tabular, (IBGE, 1993, p. 45).

    Tabela 17 - Pessoas residentes em domiclios particulares, por sexo e situao do domiclio - Brasil - 1980

    Situao do Domiclio Total Mulheres Homens Total 117.960.301 59.595.332 58.364.969

    Urbana 79.972.931 41.115.439 38.857.492 Rural 37.987.370 18.479.893 19.507.477 Fonte: Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE (1980)

    6.2. Ilustraes (ABNT NBR 14724:2011)

    A norma ABNT NBR 14724:2011 (2011, p.11), orienta como deve ser a apresentao de Ilustraes:

    Qualquer que seja o tipo de ilustrao, sua identicao aparece na parte superior, precedida da palavra designativa (desenho, esquema, uxograma, fotograa, grco, mapa, organograma, planta, quadro, retrato, gura, imagem, entre outros), seguida de seu nmero de ordem de ocorrncia no texto, em algarismos arbicos, travesso e do respectivo ttulo. Aps a ilustrao, na parte inferior, indicar a fonte consultada (elemento obrigatrio, mesmo que seja produo do prprio autor), le-genda, notas e outras informaes necessrias sua compreenso (se houver). A ilustrao deve ser citada no texto e inserida o mais prximo possvel do trecho a que se refere.

    Dentre as Ilustraes mais usadas, esto os quadros, que contm informa-es textuais agrupadas em coluna. Apresentaes de quadros, logo aps serem citadas, facilitam a informao para o leitor.

    Possuem numerao independente e consecutiva e o ttulo deve ser colo-cado na parte superior precedido da palavra Quadro, seguido de seu nmero de ordem em algarismos arbicos. Utilizam-se fios horizontais para separar os ttulos das colunas no cabealho e fechar o quadro no p. Fios verticais so opcionais.

    Se o quadro no couber em uma folha, deve ser continuado na folha seguin-te e, nesse caso, no delimitado por trao horizontal na parte inferior, sendo o ca-bealho repetido na folha seguinte; neste caso os cabealhos devem ser acompa-nhados das palavras: continua, no final do quadro ou continuao, no incio da outra pgina.

    Exemplo:

    Quadro 18 Tticas do Estudo de Caso Testes Ttica do estudo Fases da pesquisa

    Validade do construto utiliza fontes mltiplas estabelece encadeamento rascunho do relatrio reviso por informantes

    Coleta de dados Coleta de dados Composio

    Validade interna adequao ao padro construo da explanao anlise de sries temporais

    Anlise de dados Anlise de dados Anlise de dados

    Validade externa utiliza lgica de replicao em estudo de casos mltiplos

    Projeto de pesquisa

    Fonte: Yin (2001, p. 20)

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    Outro tipo de Ilustrao bastante usado so as figuras, que ilustram e com-plementam o texto devendo ser inseridas o mais prximo possvel do trecho onde so mencionadas. Qualquer que seja seu tipo, a palavra Figura aparece na parte superior, seguida de seu nmero de ordem de ocorrncia no texto em algarismos arbicos e do respectivo ttulo e/ou legenda explicativa.

    Se o material reproduzido fizer parte de outro documento, ser necessria a prvia autorizao do autor (quando houver direito autoral registrado), indicao e fonte.

    Exemplo:

    Figura 23 Braso da Universidade Presbiteriana Mackenzie

    Fonte: portal Mackenzie

    OBS.: Quando for necessrio, utilizar legenda nas tabelas, quadros ou ilustraes, ela deve ser bre-

    ve, clara, dispensando consulta ao texto.

    6.3. Citaes (ABNT NBR 10520:2002)

    Citao a meno de uma informao extrada de outra fonte. Constitui plgio e falsidade intelectual1 a apropriao de ideias de outras pessoas sem a indicao do autor e da fonte onde foi consultada. Podem ser:

    diretas quando nelas se transcrevem fielmente as palavras textuais de outrem;

    indiretas texto baseado na obra do autor consultado; citao da citao citao direta ou indireta de um texto em que no

    se teve acesso ao original.

    Em qualquer um dos casos acima, indispensvel mencionar os dados ne-cessrios identificao da fonte da citao. Estes dados devem aparecer no texto, na forma:

    1 Mais informaes sobre plgio e falsidade intelectual esto disponveis na seo: Fraudes na Elaborao de

    Trabalhos Acadmicos.

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    sobrenome do autor, ano de publicao, e quando for citao direta, indicao da pgina de onde o texto foi

    copiado.

    Exemplos:

    Citao indireta

    a. Nome do autor como parte do texto - (apenas a primeira letra do sobrenome do autor maiscula)

    Para Marras (2002), o perfil esperado e tido como ideal pela grande maioria das empresas...

    Nota: Se forem dois ou trs autores, os nomes devem ser separados pela letra e. Exemplo: Juarez e Ferraz (2007). Se forem mais de trs autores, usar a expresso latina et al. 2 Exemplos: Marco-ni et al. (1998).

    b. Nome do autor fora do texto (entre parntesis, totalmente em maisculo)

    O perfil esperado e tido como ideal pela grande maioria das empresas... (MARRAS, 2002).

    Nota: Se forem dois ou trs autores, os nomes devem ser separados por ponto e vrgula. Exemplo: (JUAREZ; FERRAZ, 2007). Mais que trs autores, usar a expresso latina et al.2 Exemplo: (MARCONI et al., 1998).

    Citao Direta (Textual)

    a transcrio literal de um texto ou parte dele, devendo ser copiada da ma-neira como est no original, confirmando-se a grafia, pontuao, uso de maisculas e idioma. a. Citaes com at trs linhas:

    Segundo Robbins (2001, p. 372) Os lderes no podem ser lderes sem seguidores. Surpreendentemente, essa verdade evidente foi ignorada a at bem pouco tempo. Portanto preciso considerar o papel dos seguidores.

    As informaes contidas em um relatrio de Capital Intelectual so rele-vantes tanto para os usurios internos quanto para os usurios externos da Conta-bilidade (ANTUNES, 2000, p.124).

    b. Citaes com mais de trs linhas:

    Quando a citao tiver mais de trs linhas, recuar 4 cm da margem esquerda, reduzir a fonte para tamanho 10, usar espaamento simples, sem aspas.

    2 et al. abreviao das seguintes expresses em latim: et alii (masculino); et aliae (feminino); et alia (neutro).

  • 16

    A, ento, ele faria uma lista ou chapa nica dos candidatos. Se fos-se longa demais, ela seria diminuda pelas pessoas competentes (co-mo seu chefe). Por ltimo, a chapa lhe seria entregue e voc teria o di-reito de entrevistar (somente) aquelas pessoas e escolher uma (KOT-TER, 1992, p.107).

    A cultura organizacional e as capacidades derivadas do modo de gerenci-amento das pessoas esto, comparativamente, mais vitais. Segundo Ulrich (1998, p. 214):

    Quando as promessas estratgicas se convertem em aes cotidianas, as capacidades da organizao precisam ser redefinidas a fim de sus-tentar e integrar as competncias individuais.

    Nota: quanto ao nmero de autores, valem as mesmas regras usadas para as citaes indiretas.

    6.4. Errata (ABNT NBR 14724:2011)

    Elemento opcional que consiste em uma lista das folhas e linhas em que ocorrem erros seguidos das devidas correes. Apresenta-se quase sempre em pa-pel avulso ou papel encartado, acrescido ao trabalho depois de impresso. Esse ele-mento era til quando o texto era datilografado, porm atualmente, com a utilizao de processadores de texto vem sendo cada vez menos necessrio, porm pode ser til quando o erro notado depois da entrega do TGI II e antes de sua defesa.

    Exemplo:

    Folha Linha Onde se l Leia-se 32 3 publicacao publicao 47 7 menor valor maior valor 76 4 Abrel Abreu

    7. ESTRUTURA DO RELATRIO DE TGI I A figura 3 apresenta a estrutura de um relatrio, conforme a norma ABNT

    NBR 14724:2011. Esse relatrio resultado do fluxograma apresentado na figura 2.

    7.1. Elementos Pr-Textuais do TGI I Os elementos pr-textuais do TGI I so: Capa Folha de rosto Ficha de avaliao Listas Sumrio

    4 cm

    4 cm

  • 17

    Figura 3 Estrutura do Relatrio de TGI I

    Fonte: elaborado pelos autores.

  • 18

    7.1.1. Modelo de Capa do TGI I (ABNT NBR 14724:2011)

    UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (fonte corpo 14, maisculo, negrito, centralizado)

    Centro de Cincias Sociais e Aplicadas (fonte 12, negrito, centralizado, digitado logo aps o nome da universidade)

    TTULO DO PROJETO (fonte corpo 16, maisculo, negrito, centralizado)

    Nome dos alunos (fonte corpo 14, s as primeiras letras maisculas, negrito, centralizado)

    So Paulo 20__

    (fonte corpo 14, negrito, maisculo e minsculo, centralizado)

  • 19

    7.1.2. Modelo de Folha de Rosto de TGI I (ABNT NBR 14724:2011)

    Nome dos alunos (fonte corpo 14, s as primeiras letras maisculas, negrito, centralizado)

    TTULO DO PROJETO (fonte corpo 14, maisculo, negrito, centralizado)

    Projeto do Trabalho de Graduao Interdisci-plinar apresentado ao Centro de Cincias So-ciais e Aplicadas da Universidade Presbiteri-ana Mackenzie, como exigncia para a elabo-rao da pesquisa de TGI I

    (Fonte corpo 12, recuo 7,5 cm. alinhado a 1 cm da margem direita, justificado, negrito, espao simples)

    Orientador(a): Prof(a): _____________________________ Co-orientador(a): Prof(a): _____________________________ (se houver)

    So Paulo 20__

    (fonte corpo 14, negrito, maisculo e minsculo, centralizado)

  • 20

    7.1.3. Ficha de Avaliao - TGI- I Deve ser anexada ao trabalho aps a folha de rosto, devendo ser discutida

    entre o professor orientador e os alunos no primeiro encontro de trabalho.

    Ficha de Avaliao - TGI- I Ttulo

    Autores Cdigo Turma/sem/ano 1. Turma

    2. Semestre

    3. Ano

    4.

    5.

    Curso Orientador

    Estrutura Formal (3.0) 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1. Normatizao: o trabalho atende aos requisitos exigidos

    pela ABNT: capa, folha de rosto, formatao, paginao, numerao, abreviaturas, quadros, tabelas, figuras, cita-es bibliogrficas.

    2. Aspecto estrutural do trabalho: O trabalho apresenta deli-mitao do tema, justificativa, objetivos, problema de pes-quisa, referencial terico, procedimentos metodolgicos, referncias bibliogrficas completas e cronograma.

    3. Linguagem: A linguagem est clara, concisa, gramatical-mente correta e com leitura fluda.

    Anlise do Contedo (7.0) 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 4. O estudo est justificado e apresenta as contribuies es-

    peradas.

    5. O Problema de Pesquisa claro, compreensvel e vivel (tempo e recurso)

    6. Os Objetivos (Geral e Especfico) foram formulados com clareza e so factveis.

    7. O Referencial Terico adequado, coerente, relevante e utilizado de forma consistente.

    8. Os conceitos centrais que orientam a pesquisa esto defi-nidos claramente.

    9. Os procedimentos metodolgicos so consistentes com o Problema de Pesquisa e o Instrumento de Coleta de Dados (mesmo que em desenvolvimento) foi minimamente ideali-zado com base na literatura.

    10. Qualidade da apresentao: clareza e adequao da lin-guagem, uso do tempo, participao de todos os autores e domnio do trabalho.

  • 21

    Observaes:

    Projeto:

    Aprovado Reprovado Nota

    Participao Individual:

    Alunos Avaliao Parcial Projeto

    Concludo Mdia Final

    1.

    2.

    3.

    4.

    ___________________________________ ____/____/____ Professor(a) Orientador(a) data

    OBS: A nota final do projeto no reflete as notas individuais. O projeto pode ser aprovado e mem-bro(s) do grupo ser(em) reprovado(s).

  • 22

    7.1.4. Listas (ABNT NBR 14724:2011) As Listas de Tabelas, Quadros ou Figuras devem vir antes do SUMRIO.

    Trata-se da relao sequencial dos ttulos ou legendas das ilustraes, tabelas e quadros constantes no trabalho, acompanhados dos respectivos nmeros de pgina. Tambm devem ser escritas com letras MAISCULAS. Recomenda-se a elaborao de lista prpria para cada tipo de ilustrao.

    Exemplos:

    LISTA DE TABELAS (fonte corpo 14 negrito maisculo)

    (fonte corpo. 12) Tabela 1 Xxxxxxxxxxxxxx

    10 Tabela 2 Xxxxxxxxxxxxxx 17 Tabela 3 Xxxxxxxxxxxxxx 34 ... ....

    Tabela n Xxxxxxxxxxxxxx 61

    LISTA DE QUADROS (fonte corpo 14 negrito maisculo)

    (fonte corpo. 12) Quadro 1 Xxxxxxxxxxxxxx

    10 Quadro 2 Xxxxxxxxxxxxxx 17 Quadro 3 Xxxxxxxxxxxxxx 34 ... ...

    Quadro n Xxxxxxxxxxxxxx 61

    LISTA DE FIGURAS (fonte corpo 14 negrito maisculo)

    (fonte corpo. 12) Figura 1 Xxxxxxxxxxxxxx

    10 Figura 2 Xxxxxxxxxxxxxx 17 Figura 3 Xxxxxxxxxxxxxx 34 ... ...

    Figura n Xxxxxxxxxxxxxx 61

    7.1.5. Sumrio (ABNT NBR 14724:2011 e ABNT NBR 6027:2003) O Sumrio oferece ao leitor uma viso global do projeto realizado. Inclui to-

    dos os ttulos principais e suas subdivises, na mesma ordem em que aparecem no texto e recebem numerao prpria. Seus elementos devero ser devidamente ali-nhados entre si, sempre obedecendo margem esquerda e a numerao alinhada obedecendo margem direita.

  • 23

    A palavra SUMRIO deve ser redigida com letra maiscula e em negrito. As divises de captulo devem ser digitadas em maisculo e as demais em maisculo e minsculo, sem negrito. Os nmeros devero ser ligados ltima palavra dos res-pectivos ttulos por uma linha de pontos. O tamanho das letras, pontilhados e nme-ros recebero tamanhos de letras distintos, conforme especificaes indicadas a seguir.

    O sumrio um elemento obrigatrio e deve ser o ltimo elemento pr-textual. No constam no Sumrio: folha de rosto, folha de epgrafe, dedicatrias ou agradecimentos.

    Exemplo:

    SUMRIO (fonte corpo 14 negrito maisculo)

    (fonte corpo 12)

    1 INTRODUO. 10 1.1 Justificativa 22 1.2 Problema de Pesquisa 23 1.3 Objetivos Geral e Especfico 24

    2 REFERENCIAL TERICO 25 2.1 Xxxxxx 27 2.2 Xxxxxx 32

    2.1.1 Xxxxxx 37 2.1.2 Xxxxxx 38

    3 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS 40 3.1 Xxxxxx 40 3.2 Xxxxxx 43

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 55 APNDICES 58 ANEXOS 61

    OBS.: Os nmeros das pginas devem ser alinhados a 1cm da margem direita, fonte corpo 12 e sem negrito.

    7.2. Elementos Textuais do TGI I Os elementos textuais do TGI I so: Introduo Referencial terico Procedimentos metodolgicos

    7.2.1. Introduo (ABNT NBR 14724:2011)

    A INTRODUO a parte inicial do texto, abrindo o contedo do projeto. Deve refletir e contemplar a definio do tema, sua justificativa, problema de pesqui-sa, os objetivos (geral e especficos) e outros elementos necessrios para vender ao leitor que pretende descobrir algo de valor para aumentar o conhecimento da rea de Administrao ou de Cincias Contbeis.

  • 24

    A escolha da rea e tema de pesquisa poder ser feita consultando-se a p-gina inicial do CCSA link TGI Temas de Pesquisa.

    O Tema a primeira delimitao dentro da rea. Envolve a identificao de fenmenos a serem estudados em suas relaes entre si ou com o ambiente. Para facilitar a sua formulao pode ser til fazer-se uma introduo do tipo: O tema a ser estudado trata da relao entre... e ..., em que so indicados os fenmenos de interesse do pesquisador.

    Delimitar o tema a ser estudado, logo no incio de sua formulao, indis-pensvel para evitar que o pesquisador perca o seu foco e comprometa a viabilidade da pesquisa. muito comum que pesquisadores iniciantes queiram resolver os pro-blemas do mundo, acabando por no conseguirem estabelecer o que efetivamente querem revelar com a pesquisa. Esta a primeira e uma das mais rduas tarefas da relao entre o pesquisador e o seu orientador: focar o objeto de estudo.

    Santos (1999) sugere alguns critrios para a escolha adequada de um tema de pesquisa:

    gosto pessoal, preparo tcnico e tempo disponvel; importncia ou utilidade do tema para a academia e para o mundo das

    organizaes; existncia de fontes acessveis na Literatura, pois impossvel se pes-

    quisar sem a disponibilidade de dados ou informaes.

    Nunca ser possvel explorar todos os ngulos do fenmeno. Assim, selecio-nar e fazer recortes dos aspectos mais relevantes e viveis de serem pesquisados facilita atingir os objetivos do estudo. 7.2.1.1. Justificativas

    Outro componente da Introduo so as justificativas para a realizao da pesquisa. Estas explicitam os motivos de ordem terica e prtica com o intuito de responder s perguntas: por que se deseja fazer a pesquisa?, que importncia ela tem no mbito acadmico-cientfico e profissional?. a indicao da lacuna de co-nhecimento existente do ponto de vista do pesquisador. A justificativa deve tambm indicar o para que realizar o estudo: se para aumentar o conhecimento sobre o as-sunto ou para fundamentar a tomada de uma deciso envolvendo uma necessidade prtica. Estas definies so muito importantes para a definio do foco do projeto. 7.2.1.2. Problema de Pesquisa

    A Introduo deve encaminhar o raciocnio para culminar na proposio do problema de pesquisa e desdobrar-se nos seus objetivos. Ela deve propiciar ao leitor a compreenso, de forma sistematizada, do contexto no qual o trabalho ser desen-volvido e os seus limites.

    So encontradas na literatura vrias definies sobre problema de pesquisa. Por se entender que este o ponto crucial do projeto, so apresentadas a seguir (quadro 4) algumas definies de autores importantes sobre metodologia cientfica com a inteno de tornar o seu entendimento mais claro.

  • 25

    Quadro 4 Definies de Problema de Pesquisa Autores/Data Problema de Pesquisa Koche (1997, p.108) enunciado interrogativo que questiona sobre a possvel relao

    que possa haver entre (no mnimo) duas variveis, pertinentes ao objeto de estudo investigado e passvel de testes ou observao emprica.

    Kerlinger (1980, p.35) uma questo que pergunta como as variveis esto relaciona-das.

    Cervo e Bervian (2002, p.84) Problema uma questo que envolve intrinsecamente uma dificul-dade terica ou prtica, para a qual se deve encontrar uma solu-o.

    Fonte: organizado pelos autores

    O problema de pesquisa sintetizado por uma questo que constituir o fio condutor da pesquisa, pois com base nela que se obtm a consistncia do seu texto final.

    Algumas reflexes sobre o problema de pesquisa:

    a formulao da questo deve ser clara, compreensvel e de fcil ope-racionalizao para que o pesquisador no tenha dvidas sobre o que quer descobrir;

    o problema de pesquisa um trilho, a espinha dorsal que conduz a pesquisa, separando o que deve ser estudado daquilo que no deve;

    deve merecer um perodo longo de reflexo e discusso at ser formu-lado de maneira que possa ser entendido com facilidade.

    Um dos caminhos para se elaborar um problema de pesquisa fazendo a seguinte pergunta:

    O que se considera relevante saber? Qual assunto desejo conhecer melhor em dada organizao, ou rea

    de estudo? H um problema para ser resolvido na organizao, ou rea de estu-

    do?

    A investigao cientfica nas organizaes traz na sua essncia, normalmen-te, o desejo ou necessidade de compreenso da relao entre fenmenos ou vari-veis. Isto muito importante de ser considerado, pois os fatos tanto quanto as deci-ses, processo, informaes, sentimentos, percepes esto sempre inter-relacionados. Nada na organizao existe de maneira isolada.

    Por ser necessrio trabalhar com conceitos precisos, a construo do proble-ma de pesquisa deve ser feita com a inteno de se definir os fenmenos ou vari-veis que possam retratar a relao que se deseja estudar.

    O uso de fenmenos ou variveis no problema de pesquisa depender da na-tureza de pensamento da investigao cientfica, ou seja, dedutiva, indutiva, hipot-tico-dedutiva ou outros no to comuns em trabalhos de graduao.

    O uso de variveis tende retratar uma natureza de pensamento dedutiva sob abordagem positivista, fundamentalmente, e assumir a forma de uma relao de de-pendncia, com o estabelecimento de uma varivel dependente a ser relacionada com uma ou mais variveis independentes. Nem todo problema de pesquisa preci-sa ser concebido com base nessa relao entre variveis, mas para pesquisadores

  • 26

    iniciantes facilita bastante o desenvolvimento da pesquisa por tornar o objetivo da pesquisa bem estreito e delimitado.

    A estrutura de um problema de pesquisa pode ser visualizada por meio do esquema apresentado na figura 4:

    Figura 4 - Representao grfica do problema de pesquisa. (Varivel [eis] Independente [s]) (Varivel dependente)

    TEMA DA PESQUISA

    Fonte: elaborado pelos autores

    Em sntese;

    varivel independente aquela que influencia, determina ou afeta ou-tra varivel, a dependente;

    varivel dependente aquela que costuma ser o objeto do estudo, em funo de ser influenciada, determinada ou afetada pela varivel independente. sobre ela que o pesquisador geralmente est buscan-do explicaes e conhecimentos.

    Tomando-se como exemplo o seguinte problema de pesquisa, :

    Empresas do setor eletroeletrnico, atuantes no mercado brasileiro, que esti-mulam a inovao tecnolgica possuem melhores resultados financeiros?

    O principal interesse de estudo do trabalho so os resultados financeiros, que a varivel dependente, sob a tica da inovao tecnolgica (no escopo das empresas do setor eletroeletrnico) que a varivel independente. Os resultados financeiros tambm poderiam ser estudados sob a tica de outros conceitos, como liderana participativa, marketing em rede, ou outra varivel independente.

    O uso de fenmenos tende retratar uma natureza de pensamento indutiva sob abordagens cientficas distintas da positivista; dessa forma, o problema de pesquisa pode transparecer o desejo ou necessidade de se conhecer determinado fenmeno organizacional, ou de mercado, independente de uma relao causal.

    Tomando-se como exemplo os seguintes problemas de pesquisa:

    Quais benefcios so alcanados por empresas de entretenimento atuantes na rede social Facebook?

    e

    O que motivam as empresas de entretenimento a participarem da rede social Facebook?

    O fenmeno a participao de empresas no Facebook, uma vez que o in-teresse de estudo do trabalho est na participao de empresas na rede social Fa-cebook, fenmeno recente e crescente deste incio do sculo XXI. O estudo deste

  • 27

    fenmeno, desta maneira, retrata que no h conhecimento prvio sobre o assunto e justificvel estud-lo sem uma relao causal. Pode ser que, posteriormente a esse estudo, novas perguntas de pesquisa surjam e ento, o pesquisador seja esti-mulado a elaborar um novo problema de pesquisa, que pode ser a investigao de uma relao causal ou no.

    O estudo indutivo sobre o fenmeno de participao das empresas na rede social Facebook trouxe como um dos resultados, que h uma melhora na divulgao da imagem da empresa. Ento, um segundo problema de pesquisa, para um segun-do trabalho, poderia ser:

    A divulgao da imagem empresarial pela rede Facebook melhora a reputao da empresa e satisfao dos clientes?

    Onde Var. independente = divulgao imagem empresarial Facebook Var. dependente 1 = reputao empresarial Var. dependente 2 = satisfao dos clientes

    Observe que neste exemplo, o interesse de estudo do trabalho est em duas variveis dependentes (reputao empresarial e satisfao dos clientes).

    Da mesma maneira que o estudo indutivo sobre o fenmeno de participao das empresas na rede social Facebook poderia ter trazido como resultado, que h uma melhora na divulgao da imagem da empresa. Ento, um segundo problema de pesquisa, para um segundo trabalho, poderia ser:

    Quais so os ganhos de imagem que as empresas absorvem com sua partici-pao na rede social Facebook?

    Neste exemplo, o fenmeno a participao de empresas no Facebook e ganhos de imagem empresarial.

    Observa-se, portanto que h vrias maneiras para se construir um problema de pesquisa, dependendo do que se deseja estudar no trabalho cientfico. Para mais esclarecimentos e informaes, consulte as referencias de autores metodolgicos apontados no quadro 4.

    A redao de um problema de pesquisa exige ateno e preciso na sua formulao, no devendo conter adjetivos ou advrbios.

    Em 7.2.1.3. Objetivos: Geral e Especficos sero estudados os objetivos de um trabalho cientfico que partem do problema de pesquisa e por isso esto forte-mente relacionados.

    7.2.1.3. Objetivos: Geral e Especficos

    Os objetivos so as declaraes do que se pretende descobrir com a pes-quisa, ou seja, o que se pretende revelar de valor ao final do processo. Podem ser formulados de maneira ampla e/ou especfica.

    O objetivo geral deve ser nico e conectado diretamente questo de pesquisa. Segundo Santos (1999), o objetivo geral deve expressar claramente aquilo que o pesquisador pretende conseguir com a sua investigao. Ajuda a delimitar e dirigir os raciocnios e as reflexes a serem desenvolvidos.

  • 28

    Os objetivos especficos, segundo Richardson (1999), desdobram-se do objetivo geral, e destacam aspectos particulares dos fenmenos que se pretende conhecer. So formulados para facilitar a definio do foco do objetivo geral, apre-sentando detalhes sobre as variveis independentes e dependentes inerentes questo de pesquisa.

    O enunciado dos objetivos geral e especficos inicia-se por um verbo no in-finitivo. No caso da pesquisa cientfica, que se caracteriza como atividade intelectu-al, o verbo que abre os objetivos deve ser o que indique ao intelectual e ser passvel de mensurao, isto , cujo produto final possa ser verificado (SANTOS, 1999).

    importante ressaltar que um objetivo algo a ser obtido no futuro em forma de produto de valor para a academia e para as organizaes. Por isso, no se deve estabelecer como objetivos os verbos estudar, pesquisar, entrevistar, porque so instrumentais, ou seja, so meios de se pesquisar e no a finalidade da pesqui-sa. Alm disso, um estudo ou uma entrevista, por si s no levam a resultados de valor por tratarem apenas de uma parte do processo.

    Os verbos mais apropriados para se formularem objetivos so os que se-guem: conhecer, descobrir, identificar, caracterizar, descrever, correlacionar, associar.

    7.2.2. Referencial Terico (ABNT NBR 14724:2011)

    O Referencial Terico visa a propiciar ao aluno o estado atual do conheci-mento de seu tema de pesquisa.

    Esta etapa da pesquisa serve de fundamentao terica para a definio operacional das variveis independentes e dependentes integrantes do problema de pesquisa, bem como para a anlise dos resultados obtidos com o tratamento dos dados coletados no campo. Portanto deve ser entendido como a construo da base conceitual organizada e sistematizada do conhecimento disponvel pertinente ao problema de pesquisa. Buscam-se teorias e conceitos que permitam compreender os fenmenos em questo, ou seja, se j existem estudos anteriores sobre o mesmo tema ou sobre alguma das variveis da pesquisa.

    O levantamento bibliogrfico inerente a esta etapa deve ser balizado pelas palavras-chave constantes das varveis, de maneira que o pesquisador no se per-ca na imensido de artigos e textos cientficos disponveis nas bibliotecas de acervo fsico e virtuais.

    Cabe ao pesquisador promover um dilogo entre os diferentes autores, sem julgamento, de maneira a formar a sua opinio que resultar nas suas prprias opes conceituais. Em essncia a literatura disponvel que traz a cultura sobre o tema em estudo, considerando-se que nas reas da Administrao e de Cincias Contbeis, que fazem parte das Cincias Sociais Aplicadas, nenhum conhecimen-to comea do zero, mas sempre a evoluo cumulativa de descobertas anterio-res. De nada adianta se fazer um levantamento de campo e depois no se saber como analisar os achados.

    Segundo Cooper e Schindler (2003), o referencial terico til para:

    estreitar o foco das variveis em estudo; sintetizar o que sabido sobre um objeto de estudo;

  • 29

    sugerir se abordagem de pesquisa tem possibilidade de gerar o melhor resultado;

    indicar um esquema para o pesquisador ordenar os dados a fim de cri-ar o seu referencial para adotar nos Procedimentos Metodolgicos;

    a teoria pode evidenciar elementos adicionais para enriquecer o estu-do.

    Como o entendimento sobre isto muito difuso, considera-se oportuno apresentar o que no Referencial Terico:

    colcha de retalhos; a colagem de trechos de vrios textos; justaposio de resumos ou ideias; conjunto de sinopses, resenhas de livros, resumos de artigos; no cpia de livros ou artigos ou sites da internet. transcrio e citao de artigos ou reportagens de jornais ou revistas

    de circulao nacional ou no.

    OBS.: preciso que o Referencial Terico esteja 80% pronto no Relatrio do TGI I em relao s demandas de conhecimento terico para elaborao do TGI II.

    7.2.3. Procedimentos Metodolgicos Os Procedimentos Metodolgicos do projeto de pesquisa contemplam: tipo da pesquisa mtodo e tcnicas da pesquisa plano amostral instrumento de coleta de dados - indicao

    As variveis independentes e dependentes, quando estudadas de maneira associada e no isoladamente, apresentam relaes diferenciadas, e no apenas uma nica, que devem ser identificadas para melhor definir a sua operacionalizao. Richardson et al. (1999, p.121) mencionam quatro tipos de relao:

    covariao: as variveis mudam conjuntamente por exemplo, a rela-o entre peso e estatura;

    associao: as variveis podem mudar conjuntamente, mas as mu-danas em uma no produzem necessariamente mudanas na outra por exemplo, a relao entre o desempenho escolar em matemtica e o desempenho escolar em biologia;

    dependncia: a varivel dependente influenciada pela varivel inde-pendente - relao entre posio social e renda pessoal;

    causalidade: a mudanas em uma varivel causa necessariamente mudanas na outra por exemplo, a relao entre o preo do produto e a procura por esse produto.

    Segundo Cooper e Schindler (2003), a definio operacional das varveis independentes e dependentes aquela declarada de maneira a ser objeto de testes especficos ou a alguns critrios de mensurao.

    oportuno ressaltar que a forma como foi definido o problema de pesquisa, facilitar ou dificultar a operacionalizao das suas variveis. Assim, se a pergunta

  • 30

    incluiu as palavras influencia, provoca, altera, ou seja, buscando uma ntida as-sociao entre as variveis, possibilitar a sua operacionalizao de maneira mais objetiva e mensurvel. Por outro lado, se forem utilizadas as palavras como, por que, onde, a associao no ser to ntida, dificultando, ou mesmo impossibili-tando, a sua operacionalizao visando mensurao.

    De qualquer maneira preciso considerar que o foco do problema de pesqui-sa diferente em cada uma das formas de perguntas acima referidas, vindo a gerar caminhos diferentes quanto aos procedimentos metodolgicos, conforme ser visto mais adiante.

    7.2.3.1. Tipo da Pesquisa

    A indicao do Tipo de Pesquisa importante para ficar claro logo no incio dos Procedimentos Metodolgicos os caminhos que sero percorridos pelo pesqui-sador, pois cada uma das opes indicadas mais adiante, implicar em mtodos e tcnicas de pesquisa muito diferentes.

    Antes disso, preciso considerar que quando foi formulado o problema de pesquisa as variveis foram enunciadas de maneira ampla, sem que o pesquisador ainda tivesse maiores conhecimentos sobre a existncia de conceitos e teorias que pudessem torn-las mais claras e objetivas. Aps o trabalho de levantamento biblio-grfico para o Referencial Terico torna-se mais fcil estabelecer as definies com mais firmeza e consistncia.

    nessa parte do projeto que o pesquisador ter que tomar a sua deciso definitiva de optar pelo mtodo quantitativo ou qualitativo, pois o que encontrou na Literatura ir ajud-lo nesta opo. Caso tenha se deparado com algum estudo que tenha testado algum modelo factvel de ser replicado a outras realidades, ou que tenha conseguido encontrar inmeros conceitos que possam ajud-lo a estrutu-rar as variveis, poder escolher o mtodo quantitativo.

    De qualquer maneira, importante ressaltar que a forma com que se enun-cia o problema de pesquisa, por si s j se induz a uma ou a outra opo. Se, por exemplo, a questo contm as palavras quais, como ou por que, provavelmente adotar o mtodo qualitativo em vez do quantitativo, para dar conta da resposta. As palavras correlacionar, associar, por outro lado, conduzem utilizao do mtodo quantitativo.

    Tanto um mtodo quanto o outro se desenvolvem em condies diferentes em termos de ambiente e de procedimentos, importantes de serem caracterizados por que demandam estratgias diferenciadas, j que as suas finalidades so tam-bm diferentes. Os prximos pargrafos pretendem esclarecer esta dicotomia.

    Tripodi, Fellin e Meyer (1981) pontuam que as pesquisas deveriam ser clas-sificadas, considerando-se os objetivos da pesquisa e dos vrios mtodos de pes-quisa empregados para o seu alcance de tais propsitos. Trs categorias so pro-postas por estes autores: pesquisa exploratria, pesquisa quantitativo-descritiva e pesquisa experimental (que no ser tratada neste manual dada a sua complexida-de e pouca viabilidade de execuo para um trabalho de TGI). O quadro 5 apresenta a classificao dos tipos de pesquisa.

  • 31

    Quadro 5 Classificao dos tipos de pesquisa Tipos de Pesquisa O que pretende Finalidade Pesquisa quantitativo-descritiva

    Verificao de hipteses Avaliao de programa Descrio de populao A procura de relaes de vari-

    veis

    Delinear ou analisar caractersticas dos fenmenos, usando tcnicas quantitati-vas. O propsito recai na verificao de hipteses e a descrio de relaes quantitativas entre variveis especifica-das.

    Pesquisa exploratria Exploratria descritiva Usa procedimentos especfi-

    cos

    Desenvolver ideias e hipteses; de refinar conceitos e enunciar questes e hipteses para investigao subse-quente.

    Fonte: adaptado de Tripod, Fellin e Meyer (1981)

    Outros autores que tratam deste tema, como Selltiz et al. (1974, p. 60), afir-mam que qualquer pesquisa pode conter estudos formuladores ou exploratrios e estudos descritivos. A seguir so apresentados os seus conceitos. Estudos exploratrios:

    Os estudos exploratrios tm como principal objetivo a formulao de um problema para investigao mais exata ou para a criao de hipteses. Apresentam tambm algumas outras funes: aumentar o conhecimento do pesquisador acerca do fenmeno que deseja investigar em estudo posterior, mais estruturado, ou da situao em que pretende realizar tal estudo; o es-clarecimento de conceitos; o estabelecimento de prioridades para futuras pesquisas; a obteno de informao sobre possibilidades prticas de reali-zao de pesquisas em situaes de vida real; apresentao de um recen-seamento de problemas considerados urgentes por pessoas que trabalham em determinado campo de relaes sociais (SELLTIZ et al., 1974, p.60).

    Os autores acima consideram que a maior relevncia deste tipo de pesquisa refere-se descoberta de ideias e intuies. Por isso, o planejamento e o desen-volvimento da pesquisa devem ser suficientemente flexveis, de modo a permitir a considerao de muitos aspectos diferentes e no identificados previamente.

    No caso de problemas de pesquisa em que o conhecimento terico redu-zido, geralmente o estudo exploratrio o mais recomendado. Muitas vezes con-siderado como o passo inicial em um processo de pesquisa a ser continuado. Estudos Descritivos:

    Selltiz et al. (1974) ressaltam que, nos estudos descritivos, ao contrrio do tipo exploratrio, as questes de pesquisa pressupem conhecimentos anteriores sobre o problema a ser pesquisado, ou seja, sobre as suas variveis. O pesquisador precisa ser capaz de definir claramente o que deseja medir e de encontrar tcnicas adequadas para essa mensurao. Os estudos descritivos no se limitam apenas a um mtodo de coleta de dados. Podem empregar quaisquer um, ou todos os mto-dos, tais como: entrevistas, questionrios, observao sistemtica direta, anlise dos registros e observao participante.

    Os estudos descritivos tm o objetivo de apresentar precisamente as carac-tersticas de uma situao, um grupo ou um indivduo especfico; verificar a frequn-cia com que algo ocorre ou com que est ligado a outra coisa; verificar uma hiptese de relao entre variveis. Como preciso obter informaes completas e exatas, o projeto de pesquisa precisa prever muito mais cuidados com o vis do que os estu-dos exploratrios.

  • 32

    Para efeito do TGI as pesquisas devero sempre ser do tipo exploratrio ou descritivo.

    Com isso, a pesquisa exploratria acabar sendo a consequncia natural da opo pelo mtodo qualitativo e a pesquisa descritiva, pelo mtodo quantitativo. oportuno lembrar que uma pesquisa exploratria pode tambm utilizar o mtodo quantitativo, desde que seja em um ambiente onde haja um nmero elevado de res-pondentes, cujas respostas permitam a aplicao de tcnicas estatsticas com um nvel mnimo de significncia. Um estudo de caso pode contemplar esta alternativa.

    7.2.3.2. Mtodo e Tcnicas da Pesquisa

    Segundo Richardson et al. (1999, p.70), Mtodo em pesquisa significa a escolha de procedimentos sistemticos para a descrio e explicao dos fenmenos. Isto significa delimitar um problema de pesquisa, realizar observaes e interpret-las com base nas re-laes encontradas, fundamentando-se nas teorias e conceitos existentes.

    A escolha do mtodo precisa estar apropriada ao tipo de estudo que se deseja realizar, dada a natureza do problema a ser investigado.

    7.2.3.2.1. Mtodo e Tcnicas Qualitativas

    Segundo Godoy (1995, p. 63)

    Em funo da natureza do problema que se quer estudar e das ques-tes e objetivos que orientam a investigao, a opo pelo enfoque qualitati-vo muitas vezes se torna a mais apropriada. Quando estamos lidando com problemas pouco conhecidos e a pesquisa de cunho exploratrio, este tipo de investigao parece ser o mais adequado. Quando o estudo de carter descritivo e o que se busca o entendimento do fenmeno como um todo, na sua complexidade, possvel que uma anlise qualitativa seja a mais indica-da. Ainda quando nossa preocupao for a compreenso da teia de relaes sociais e culturais que se estabelecem no interior das organizaes, o traba-lho qualitativo pode oferecer interessantes e relevantes dados. Nesse senti-do, a opo pela metodologia qualitativa se faz aps a definio do problema e do estabelecimento dos objetivos da pesquisa que se quer realizar.

    Van Maanen (1983) caracteriza o mtodo qualitativo como um conjunto de [...] tcnicas interpretativas que procuram descrever, decodificar, traduzir e, de al-guma forma, chegar a um acordo com o significado, no a frequncia (como o ca-so do quantitativo), de certos fenmenos que ocorrem de forma mais ou menos natu-ral no mundo social. (apud EASTERBY-SMITH; THORPE; LOWE, 1999, p. 71).

    Pesquisadores que utilizam metodologias qualitativas para desenvolver seus estudos no se preocupam com a enumerao e/ou mensurao dos eventos estudados, nem empregam instrumental estatstico para proceder anlise dos da-dos. Partem de questes ou focos de interesse amplos, que vo se definindo me-dida que a pesquisa se desenvolve. Trabalham a partir de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos obtidos por meio do contato direto do pes-quisador com a situao estudada, procurando compreender os fenmenos segundo a perspectiva dos participantes da situao em estudo, ou seja, dos entrevistados.

    Sob o rtulo metodologias qualitativas, encontram-se variados tipos de in-vestigaes, fundamentados em diferentes quadros de orientao terica e metodo-lgica conforme demonstrado em Denzin e Lincoln (1994). As pesquisas qualitativas realizadas no campo so conduzidas por meio de observaes e entrevistas, de-

  • 33

    mandando muito tempo do pesquisador no local da pesquisa, em contato direto com as pessoas entrevistadas.

    So feitas transcries de trechos de conversas e dilogos, anotaes para-lelas, analisados os dados e apresentados os resultados obtidos. Tambm costu-mam serem examinados vrios tipos de documentos escritos, em multimdia e Inter-net, de natureza pessoal e/ou oficial. Fotos antigas coletadas ou tiradas na oportuni-dade da pesquisa tambm podem compor o conjunto dos dados.

    Godoy (1995) indica como elementos definidores da metodologia qualita-tiva, entre outros, os que seguem: a. Tem o ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como

    instrumento fundamental. Os estudos denominados qualitativos tm como preocupao fundamental o

    estudo e a anlise do mundo real em seu ambiente natural. Nesta abordagem valori-za-se o contato direto do pesquisador com o ambiente e a situao que est sendo estudada. No trabalho de campo, os dados so coletados utilizando-se equipamen-tos como gravadores e filmadoras digitais, ou simplesmente fazendo-se anotaes em um bloco de papel, especialmente quando o entrevistado no aceita ser gravado. Para esses pesquisadores um fenmeno pode ser mais bem observado e compre-endido no contexto em que ocorre e do qual parte. b. narrativa.

    No obstante os dados coletados aparecerem sob a forma de transcries de entrevistas, anotaes de campo, fotos, vdeos, ou outros tipos de documentos, a palavra escrita ocupa lugar de destaque na pesquisa qualitativa. Todos os dados da realidade que envolvem os fenmenos em estudo so importantes e devem ser examinados. O ambiente e as pessoas nele inseridas devem ser olhados em vrias de suas dimenses e conexes, porque no enunciado do problema de pesquisa no se consegue delimitar a amplitude dos fenmenos que sero objeto de estudo.

    O grande interesse das pesquisas qualitativas est em verificar como de-terminado fenmeno se manifesta nas atividades, procedimentos e interaes do cotidiano. No possvel entender e interpretar de maneira confivel o comporta-mento humano sem a compreenso do quadro referencial dentro do qual os indiv-duos desenvolvem seus sentimentos, pensamentos e aes. c. Utilizam o enfoque indutivo na anlise de seus dados

    Como as pesquisas qualitativas no partem de hipteses estabelecidas a priori, no h a preocupao com a busca de dados ou evidncias que corroborem ou neguem tais suposies, como ocorre com as quantitativas. Partem de questes ou focos de interesse menos delimitado, que vo se tornando mais diretos e espec-ficos no transcorrer da investigao. As interpretaes so construdas a partir dos dados, num processo de baixo para cima ou de frente para trs.

    Ressalta-se que os dados qualitativos so expressos essencialmente na forma de palavras. Coleta de Dados Qualitativos

    Para realizar pesquisa qualitativa pode-se recorrer a vrios instrumentos, sendo o mais utilizado a entrevista, que apresenta os seguintes formatos bsicos da figura 5:

  • 34

    Figura 5 - Formatos utilizados em entrevista

    Fonte: elaborada pelos autores

    As entrevistas qualitativas constituem uma oportunidade para o pesquisador sondar profundamente e descobrir novos indcios, explorar novas dimenses de um problema e garantir relatos vvidos, precisos e abrangentes baseados na experincia pessoal (BURGES, 1982 apud EASTERBY-SMITH; THORPE; LOWE, 1999). Tm por objetivo compreender os significados que os entrevistados atribuem a questes e situaes em contextos que no so antecipadamente estruturados pelas suposi-es do pesquisador (EASTERBY-SMITH; THORPE; LOWE, 1999, p. 37).

    A entrevista qualitativa utilizada para:

    provocar a expresso e opinio do entrevistado sobre as questes emanadas do objetivo geral e dos objetivos especficos da pesquisa;

    buscar as conexes conceituais entre o mundo do respondente e o Referencial Terico;

    Entender a lgica, passo a passo, de uma situao que no est clara (EASTERBY-SMITH; THORPE; LOWE, 1999)

    7.2.3.2.2. Mtodo e Tcnicas Quantitativos

    Caracterizam-se pelo emprego da quantificao da coleta de dados e o tra-tamento destes por meio de tcnicas estatsticas (simples ou complexas).

    Voltados para garantir a preciso dos resultados, reduzir as distores de anlise e interpretao, possibilitando uma margem de segurana mnima quanto s inferncias.

    So frequentemente aplicados nos estudos descritivos, naqueles em que se procura descobrir e classificar a relao entre as variveis, bem como naqueles que investigam a relao de causalidade entre fenmenos. Definio Operacional das Variveis

    A continuidade do projeto de pesquisa que adotar o mtodo quantitativo exigir que as variveis do problema de pesquisa sejam operacionalizadas de ma-neira clara para que sirvam de parmetros para o seu desenvolvimento. Esta tarefa

  • 35

    corresponde a definir com preciso o significado de cada uma das variveis, ou seja, com qual referncia elas sero tratadas, aps concluir o levantamento bibliogrfico para o Referencial Terico da pesquisa.

    uma etapa muito importante porque com esta definio que o pesquisa-dor ir orientar-se para as suas opes quanto s tcnicas quantitativas de coleta, tratamento e anlise dos dados, nos Procedimentos Metodolgicos.

    Antes de entrar propriamente no assunto, sero feitas algumas considera-es sobre as variveis independentes e dependentes, visando a aprofundar o seu entendimento.

    Richardson et al. (1999) dizem que varivel um conceito que assume valo-res numricos. Segundo eles, as variveis contm os elementos mensurveis de um fenmeno, que podem apresentar diferentes valores ou ser agrupadas em categori-as, apresentando duas caractersticas fundamentais:

    so aspectos de um fenmeno observveis objetivamente; devem apresentar variaes ou diferenas em relao ao mesmo ou a

    outros fenmenos.

    O quadro 6 apresenta os tipos de variveis de acordo com alguns autores.

    Quadro 6 Tipos de Variveis Autores/data Tipos de Variveis Explicao

    Kerlinger (1980, p.24). Varivel Independente

    Varivel que se supe influenciar outra varivel, cha-mada varivel dependente.

    Richardson (1999, p.129).

    Varivel Independente So as que afetam outras variveis, mas no precisam estar relacionadas entre elas; por ex.: idade e sexo.

    Varivel Dependente So aquelas afetadas ou explicadas pelas variveis independentes.

    Koche (1997, p.113).

    Varivel Independente aquela que fator determinante para que ocorra um determinado resultado. condio ou a causa para um determinado efeito ou consequncia. o estmulo que condiciona uma resposta.

    Varivel Dependente aquele fator ou propriedade que efeito, resultado, consequncia ou resposta de algo que foi estimulado.

    Cooper e Schindler

    (2003, p. 211)

    Varivel Independente a varivel manipulada pelo pesquisador, que causa efeito ou mudana na varivel dependente.

    Varivel Dependente a varivel mensurada, prevista ou monitorada pelo pesquisador, que pode ser afetada pela manipulao da varivel independente.

    Fonte: organizado pelos autores

    As variveis independentes e dependentes, quando estudadas de maneira associada e no isoladamente, apresentam relaes diferenciadas, e no apenas uma nica, que devem ser identificadas para melhor definir a sua operacionalizao. Richardson et al. (1999, p.121) mencionam quatro tipos de relao:

    covariao: as variveis mudam conjuntamente por exemplo, a rela-o entre peso e estatura;

    associao: as variveis podem mudar conjuntamente, mas as mu-danas em uma no produzem necessariamente mudanas na outra

  • 36

    por exemplo, a relao entre o desempenho escolar em matemtica e o desempenho escolar em biologia;

    dependncia: a varivel dependente influenciada pela varivel inde-pendente - relao entre posio social e renda pessoal;

    causalidade: mudanas em uma varivel causam necessariamente mudanas na outra por exemplo, a relao entre o preo do produto e a procura por esse produto.

    Segundo Cooper e Schindler (2003), a definio operacional das variveis independentes e dependentes aquela declarada em termos de testes especficos ou critrios de mensurao. Esses termos devem ter referenciais empricos (ou seja, devem ser capazes de contar, mensurar ou, de alguma outra forma, reunir as infor-maes por meio de nossos sentidos).

    oportuno ressaltar que a forma como foi definido o problema de pesquisa, facilitar ou dificultar a operacionalizao das suas variveis. Assim, se a pergunta incluiu as palavras influencia, provoca, altera, ou seja, buscando uma ntida as-sociao entre as variveis, possibilitar a sua operacionalizao de maneira mais objetiva e mensurvel. Por outro lado, se forem utilizadas as palavras como, por que, onde, a associao no ser to ntida, dificultando, ou mesmo impossibili-tando, a sua operacionalizao visando mensurao. De qualquer maneira pre-ciso considerar que o foco do problema de pesquisa diferente em cada uma das situaes acima referidas, vindo a gerar caminhos diferentes quanto aos procedi-mentos metodolgicos, conforme ser visto mais adiante. Tcnicas Quantitativas

    As tcnicas quantitativas/estatsticas de anlise de dados podem ser classi-ficadas em dois grupos: univariadas e multivariadas. As tcnicas multivariadas so recomendadas quando se tem um nmero grande de variveis com relao de de-pendncia ou inter-relaes entre elas (HAIR et al., 2005). Algumas dessas tcnicas mostram-se mais adequadas para quem utiliza amostra no probabilstica por con-venincia, como usualmente ocorre na elaborao de trabalhos como o TGI.

    Em pesquisas quantitativas procura-se mensurar e quantificar os dados ob-tidos na etapa de coleta de informaes, pelo emprego de recursos e tcnicas esta-tsticas descritivas simples tais como: percentagem, mdia e desvio padro, at aquelas de uso mais complexo, como: anlise de regresso linear, anlise fatorial, coeficiente de correlao, dentre outras. As tcnicas mais comumente utilizadas es-to detalhadas na seo de metodologia deste manual.

    7.2.3.2.3. Diferenas entre Tcnicas Qualitativas e Quantitativas

    O quadro 7 apresenta as principais diferenas entre as tcnicas de pesquisa qualita-tiva e quantitativa.

  • 37

    Quadro 7- Diferenas entre pesquisas qualitativas e quantitativas Aspectos Pesquisa Qualitativa Pesquisa Quantitativa Objetivo Alcanar uma compreenso qua-

    litativa das razes e motivaes subjacentes

    Quantificar os dados e genera-lizar os resultados da amostra para a populao alvo

    Amostra O nmero de casos pequeno e no representativos

    Um grande nmero de casos representativos

    Coleta de dados No estruturada Estruturada (Padronizada) Natureza dos dados Ricos e Aprofundados Duros e Confiveis Estratgia de Pesquisa No estruturada Estruturada Anlise dos dados No estatstica

    Anlise de Contedo Anlise de Discurso Grounded Theory

    Quantitativa Estatstica

    Resultado Recomenda um curso final de ao

    Recomenda um curso final de ao

    Relao entre teoria/conceito e o pesquisador

    Emergente Confirmao

    Escopo dos achados da pesquisa

    Ideogrfica Nomottica

    Imagem da realidade social Processual e socialmente cons-truda pelo pesquisado

    Esttica e externa ao pesqui-sado

    Fonte: adaptado de Bryman (2004, p.94).

    7.2.3.2.4. Estudo de Caso

    O Estudo de Caso tem sido uma estratgia de pesquisa de crescente utili-zao nas reas de Administrao e de Cincias Contbeis, porque trata com ambi-entes organizacionais delimitados e controlados que ajudam a entender os fenme-nos de uma maneira concreta e objetiva. Alm disso, uma das maneiras de viabili-zar a pesquisa para o TGI porque pode ser realizada em empresas do setor onde o aluno trabalha, ou mesmo incluindo a sua prpria.

    Antes de se comentar sobre o Mtodo do Estudo de Caso oportuno apre-sentar alguns aspectos nele envolvidos.

    O primeiro deles que no se caracteriza como um mtodo ou uma tcni-ca de pesquisa em si, mas como uma estratgia de pesquisa (YIN, 2001). Pode ser utilizado em uma nica organizao ou em um pequeno nmero delas.

    O segundo que no deve ser confundido com o Mtodo do Caso, o Caso (didtico), utilizado em sala de aula com fins de aplicao de conceitos ou como forma de avaliao do aprendizado em uma disciplina. A preocupao do Caso est na aplicao do conhecimento disponvel na Literatura, enquanto no estudo de caso como estratgia de pesquisa a inteno est na gerao de novos conhecimentos. Portanto os seus objetivos so totalmente diferentes.

    O terceiro aspecto que as perguntas que procura responder incluem na maioria das vezes as palavras como e por que (YIN, 2001), que o associam com a utilizao de tcnicas do mtodo qualitativo. Alm disso, a sua aplicao tambm associada a estudos exploratrios. O estudo de caso pode utilizar tcnicas quantita-tivas desde que no ambiente onde se desenvolva a pesquisa, em uma organizao ou mais, for possvel a aplicao de questionrios cujas respostas sejam em nmero suficiente para ser aplicada uma tcnica estatstica que apresente um mnimo de significncia.

    O quarto que o estudo de caso uma estratgia adequada para analisar os fenmenos na sua relao com o ambiente real imediato. Tal situao mais fa-cilmente percebida nas organizaes quando se estuda, por exemplo, o comporta-

  • 38

    mento de um grupo de supervisores de um departamento com relao s demandas originadas nos clientes externos da empresa ou em relao a uma determinada pol-tica estabelecida pela direo.

    O quinto aspecto o fato de se estudar os fenmenos que ocorrem no tem-po atual, ou seja, na sua contemporaneidade (YIN, 2001). Isto importante porque possibilita entender o que est acontecendo nas organizaes ou o que ocorreu em passado recente, j que neste ambiente as mudanas costumam ser mais rpidas que em ambientes da comunidade de maneira mais ampla.

    O sexto aspecto a considerar no mtodo do estudo de caso a impossibili-dade de se formular inferncias sobre os fenmenos observados, pois estes so es-tudados em um ambiente delimitado, controlado, que especfico e no ser encon-trado em outro lugar. Esta limitao no desaparece mesmo quando so utilizados mais que um caso como ambiente de estudo.

    7.2.3.3. Plano Amostral

    O Plano Amostral a delimitao concreta do ambiente onde a pesquisa dever ser desenvolvida. indispensvel se definir este espao porque h sempre limitaes de tempo e de recursos para a execuo de qualquer pesquisa.

    A escolha da amostra pode ser facilitada, pensando-se primeiramente na unidade de referncia e no nvel (hierrquico) em que ser considerado o objeto de estudo. A unidade de anlise pode ser a opinio de consumidores, de executivos, as suas percepes sobre algum assunto, e assim por diante. O nvel da anlise a posio que essas pessoas esto ocupando em um conjunto, ou seja, uma ou mais lojas de um shopping center, o shopping center como um todo, de um bairro; no ca-so de executivos, seria o departamento, a diretoria de uma ou mais empresas. As definies da unidade e do nvel da anlise so importantes para que o pesquisador consiga entender com mais clareza o alcance das suas descobertas e formular as suas concluses.

    Consiste em um conjunto de definies, conforme exposto no quadro 8: Quadro 8 Definio dos elementos do Plano Amostral Elementos O que Exemplo Populao a caracterizao qualitativa de quem

    ser pesquisado Empresas do setor txtil

    Universo Quantidade de unidades amostrais que atendam a caracterizao da populao

    Nmero total de empresas nacio-nais do setor txtil

    Amostra Ambiente de fornecimento das informa-es sobre algo que esteja sendo estu-dado

    Supermercado S1 Empresa E2 Departamento D1 Setor D1

    Respondentes So pessoas que participam do processo de coleta de dados, respondendo a ques-tionrios ou a perguntas em uma entrevis-ta.

    Presidentes de Empresas Gerentes de Produo Tcnicos Consumidores

    Extenso geogrfica

    rea geogrfica onde ser realizada a pesquisa

    Regio metropolitana Regio centro-oeste do Estado de So Paulo Bairro Rua

    Fonte: organizado pelos autores

    H uma definio crucial na elaborao do Plano Amostral, o tamanho da amostra. Para isto, so apresentadas as consideraes a seguir:

  • 39

    Tipos de Amostra: probabilstica em que se identifica a probabilidade de sortear o ele-

    mento amostral, permitindo a extrapolao dos resultados amostrais para toda a populao, dentro de certos limites de confiana.

    no probabilstica em que se desconhece a probabilidade de sorteio dos elementos amostrais, no permitindo a extrapolao de resultados da amostra para a populao. Neste caso, os resultados valem apenas para o grupo pesquisado.

    Na maioria das vezes, as amostras de trabalhos acadmicos nas reas de Administrao e de Cincias Contbeis so no probabilsticas, devido a um conjun-to de circunstncias que limitam a utilizao das probabilsticas, entre elas as j mencionadas restries de tempo e custo, e do fato do nvel de anlise concentra-se mais no das organizaes. Tamanho da Amostra:

    na seleo probabilstica, necessria a aplicao de frmula que considera o erro amostral desejado, o grau de confiana e/ou universo considerado;

    na seleo no probabilstica, fica a critrio do pesquisador definir o tamanho da amostra de acordo com as especificaes e restries de seu projeto.

    A pesquisa quantitativa exige a realizao de alguns testes preliminares para a aplicao da estatstica paramtrica. So eles:

    Normalidade Homocedasticidade Independncia Aleatoriedade

    Estes testes encontram-se no pacote estatstico SPSS ou Planilha Excel. Caso esses requisitos no sejam atendidos, a estatstica no paramtrica dever ser utilizada.

    Na pesquisa qualitativa o plano amostral bem mais simples de ser elabo-rado porque o objeto de estudo costuma envolver as razes da ocorrncia ou do relacionamento entre os fenmenos, o que dispensa a adoo de uma amostra pro-babilstica. Aqui as inferncias so formuladas em um ambiente mais facilmente de-limitado e restrito, por exemplo, quando se estudam uma ou duas empresas, as con-cluses s tm valor dentro do seu ambiente interno. De qualquer maneira, nas pes-quisas qualitativas tambm deve ser indicada a sua amostra.

    No estudo de caso a definio prvia da amostra pode ter pouco significa-do para a pesquisa quando o nvel de anlise for, por exemplo, o grupo de funcion-rios de um setor especfico da organizao ou o dos seus diretores, pois no h ra-zo para se testar a sua representatividade em relao populao dos funcion-rios. Contudo, uma pesquisa de clima interno pode exigir a definio de uma amos-tra para se saber o quanto os seus resultados podem ser inferidos para a organiza-o como um todo.

  • 40

    7.2.3.4. Instrumento de Coleta de Dados

    Trata-se de uma etapa de trabalho detalhista e minuciosa que requer do pesquisador habilidades e clareza quanto ao que ir coletar e o como obter as in-formaes. Aps a escolha do mtodo de pesquisa, a etapa seguinte consiste em selecionar qual ou quais os instrumentos que melhor coletaro os dados.

    O instrumento escolhido para coleta de dados deve estar conectado dire-tamente aos objetivos geral e especficos. Os instrumentos mais utilizados em traba-lhos de TGI so a entrevista e o questionrio.

    A entrevista o instrumento essencial da pesquisa qualitativa, usualmente apoiada por um roteiro semiestruturado, ou seja, com perguntas abertas e que po-dem incorporar outras no constantes do roteiro em funo do comportamento do entrevistado. Geralmente realizada com um nmero reduzido de entrevistados da-do o tempo gasto com cada entrevista.

    O questionrio um instrumento para ser aplicado a um nmero grande de pessoas, elaborado com questes fechadas associadas a uma escala numrica que assume o formato decorrente da tcnica de tratamento e anlise que foi escolhida previamente, dentro do mtodo de pesquisa adotado. O quadro 9 apresenta caracte-rsticas de ambos instrumentos.

    Quadro 9 Instrumentos de coleta de dados e suas caractersticas Instrumentos Caractersticas

    Entrevistas no uma simples conversa; uma conversa orientada para um objetivo definido; recorre-se entrevista quando no h fontes mais seguras para a obten-

    o das informaes desejadas; necessria para obter informaes que no podem ser fornecidas por

    certas pessoas; requer treino e orientao do pesquisador para manter a neutralidade e a

    discrio; a postura do entrevistador deve ser fator fundamental para a criao de

    confiana, evitando ser inoportuno; o entrevistador deve desenvolver sua sensibilidade para perceber as con-

    dies dos entrevistados de tal forma que haja bom aproveitamento da en-trevista;

    pode-se utilizar roteiro estruturado ou semiestruturado; a deciso pelo tipo de entrevista deve ser tomada durante o planejamento

    da pesquisa e com base no foco do trabalho; recomenda-se que as entrevistas sejam gravadas com a concordncia dos

    entrevistados; esta recomendao corrobora com a fidedignidade dos dados colhidos.

    Questionrio a forma mais usada para coletar dados; contm um conjunto de questes logicamente relacionadas ao problema

    de pesquisa e aos objetivos do estudo; pode ser enviado pelo correio, entregue aos respondentes da pesquisa ou

    aplicado diretamente pelos pesquisadores; deve ser impessoal e assegurar uniformidade na avaliao de uma situa-

    o para outra; os respondentes podem sentir-se mais confiantes, dado o anonimato,

    facilitando a obteno de respostas mais prximas do real; as perguntas podem ser abertas ou fechadas, acompanhadas de uma

    escala de importncia, concordncia, julgamento ou outra; as perguntas devem ser claras, evitando dupla interpretao, que conduza

    facilmente resposta de forma a no insinuarem outras abordagens. Fonte: organizado pelos autores

  • 41

    Na pesquisa qualitativa, as tcnicas especficas tm sido:

    entrevista em profundidade; observao (participante ou no); anlise de documentos; tcnicas projetivas; grupo de foco.

    Na pesquisa quantitativa, as tcnicas especficas tm sido:

    questionrio; entrevista estruturada.

    Antes da aplicao definitiva de quaisquer dos instrumentos de coleta de dados preciso proceder a um pr-teste ou teste piloto, pois a sua deficincia em expressar os objetivos da pesquisa pode causar desvios ou omisses de dados acabando por comprometer a qualidade dos resultados da pesquisa.

    Pode-se aplicar instrumentos j prontos utilizados em outras pesquisas, desde que:

    atenda aos objetivos da pesquisa; a qualidade e validade do instrumento tenham sido comprovadas; a fonte seja citada integralmente.

    OBS.: O projeto de pesquisa para o TGI I deve conter o instrumento de coleta de dados como o

    seu ltimo elemento, mesmo que no tenha sido objeto de pr-teste, independentemente de ser um questionrio ou um roteiro de entrevistas em profundidade. Este deve aparecer como Apndice do relatrio.

    7.3. Elementos Ps-Textuais TGI I Os elementos ps-textuais do TGI I so: Referncias bibliogrficas Apndices Anexos Cronograma de atividades do TGI II

    7.3.1 Referncias Bibliogrficas (ABNT NBR 6023:2002) Trata-se da relao das obras consultadas e efetivamente mencionadas

    no trabalho. No incluir obras e textos que no tenham sido utilizados na elaborao do Referencial Terico.

    Mais adiante neste Manual esto apresentados modelos de Referncias Bi-bliogrficas de acordo com a norma especfica.

  • 42

    7.3.2. Apndices (ABNT NBR 14724:2011) um item opcional, que consiste de textos ou documentos elaborados pelo

    autor do projeto a fim de complementar sua argumentao, sem prejuzo da unidade nuclear do trabalho. Os apndices so identificados por letras maisculas consecuti-vas, travesso e pelos respectivos ttulos.

    Exemplos:

    APNDICE A Oramento proposto para um programa de pesquisa.

    APNDICE B Comparao das abordagens de comunicao

    7.3.3. Anexos (ABNT NBR 14724:2011)

    Elemento opcional que consiste em textos ou documentos no elaborados pelo autor, mas que servem de comprovao e ilustrao de algo referido no projeto ou no relatrio final do TGI. Os anexos so identificados por letras maisculas con-secutivas, travesso e pelos respectivos ttulos.

    Exemplos:

    ANEXO A Questes de mensurao para o estudo da MindWriter

    ANEXO B Sees do relatrio de pesquisa e sua ordem de incluso

    7.4 Cronograma de Atividades do TGI II Ao finalizar o TGI I, os alunos devero discutir com o orientador um cronograma de ativida-des que contemple a consecuo da pesquisa para o TGI II, o qual dever estar includo no apndice (ver 7.3.3 Apndices) do relatrio do TGI I. Para a elaborao do cronograma importante observar as datas e recomendaes publicadas pela coordenao de TGI. Veja um exemplo a seguir.

    Atividades fevereiro/ agosto maro/

    setembro abril/

    outubro maio/

    novembro Ajustar o Referencial Terico Rever os Procedimentos Metodolgicos Coleta de Dados Tratamento dos Dados e Anlise dos Resultados Concluso Redao Final e Reviso do texto Preparao para apresentao oral e Defesa do Trabalho

  • 43

    8. TGI II TRABALHO DE GRADUAO INTERDISCIPLINAR II Vem a ser a etapa de execuo do projeto de pesquisa elaborado em TGI

    I. no TGI II que se produz o artigo com a revelao das descobertas feitas pelo pesquisador.

    uma disciplina obrigatria, oferecida no ltimo semestre do currculo dos Cursos de Administrao e de Cincias Contbeis.

    No TGI II os alunos do continuidade em grupo, sob a orientao de um professor, ao projeto desenvolvido no TGI I.

    O TGI II tem por objetivos:

    I. propiciar a gerao de conhecimentos sobre determinados fenmenos que abordem temas de relevncia cientfica para as organizaes e so-ciedade;

    II. iniciar os alunos da graduao nas atividades de pesquisa que possibi-litem identificao, coleta, tratamento, anlise, interpretao e apresen-tao de dados, com a utilizao de metodologia cientfica para chega-rem a um resultado concreto;

    III. aplicar os procedimentos cientficos que so utilizados para a obteno e apresentao das informaes desejadas;

    IV. refletir e propiciar uma nova maneira de ver, observar e analisar fen-menos , com curiosidade e criatividade, e com fundamentao na ar-gumentao.

    8.1 Estrutura do TGI II O Relatrio Final do TGI II elaborado no formato de artigo acadmico, com

    limite mnimo de 20 e mximo de 25 pginas (sem contar os elementos pr-textuais). A critrio do orientador, os grupos podero elaborar inicialmente um relatrio

    abrangente dos resultados obtidos e concluses e, posteriormente, trabalhar o texto para o formato de artigo ou redigir os captulos elaborados no TGI II j no formato final.

    Independentemente da estratgia adotada pelo orientador, para a formatao final haver a necessidade de adequar os captulos elaborados no TGI I (Introduo, Referencial Terico e Procedimentos Metodolgicos), para o formato de artigo aca-dmico.

    A Figura 6 ilustra os diversos componentes do artigo a ser produzido no TGI II.

  • 44

    Figura 6 Diagrama da estrutura do Relatrio de TGI II

    Fonte: elaborado pelos autores.

    Obs. No formato artigo, recomenda-se que o Resumo e Abstract estejam na mesma pgina.

    8.3. Elementos Pr-Textuais do TGI II Os elementos pr-textuais do TGI II so: Capa Folha de rosto Ficha de avaliao Resumo e abstract

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    8.3.1. Modelo de Capa do TGI II (ABNT NBR 14724:2011)

    UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (fonte corpo 14, maisculo, negrito, centralizado)

    Centro de Cincias Sociais e Aplicadas (fonte 12, negrito, centralizado, digitado logo aps o nome da universidade)

    TTULO DO PROJETO (fonte corpo 16, maisculo, negrito, centralizado)

    Nome dos alunos (fonte corpo 14, s as primeiras letras maisculas, negrito, centralizado)

    So Paulo 20__

    (fonte corpo 14, negrito, maisculo e minsculo, centralizado)

  • 46

    8.3.2. Modelo de Folha de Rosto de TGI II (ABNT NBR 14724:2011)

    Nome dos alunos (fonte corpo 14, s as primeiras letras maisculas, negrito, centralizado)

    TTULO DO PROJETO (fonte corpo 14, maisculo, negrito, centralizado)

    Trabalho de Graduao Interdisciplinar apre-sentado ao Centro de Cincias Sociais e Aplicadas da Universidade Presbiteriana Ma-ckenzie, como exigncia parcial para a ob-teno do grau de Bacharel em ____________________________

    (Fonte corpo 12, recuo 7,5 cm. alinhado a 1 cm da margem direita, justificado, negrito, espao simples)

    Orientador(a): Prof(a): _____________________________ Co-orientador(a): Prof(a): _____________________________ (se houver)

    So Paulo 20__

    (fonte corpo 14, negrito, maisculo e minsculo, centralizado)

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    8.3.3. Ficha de Avaliao - TGI- II Esta ficha deve estar disponvel no 1 encontro entre o grupo e o profe