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APROVA MAPA Profª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA 1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Compreensão ou Intelecção de Texto consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto. O enunciado normalmente assim se apresenta: As considerações do autor se voltam para... Segundo o texto está correta... De acordo com o texto, está incorreta... Tendo em vista o texto, está incorreta... O autor sugere ainda que.. De acordo com o texto é certo... O autor afirma que ... Interpretação de Texto consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito. O enunciado normalmente é encontrado da seguinte maneira: O texto possibilita o entendimento de que... Com apoio no texto, infere-se que... O texto encaminha o leitor para... Pretende o texto mostrar que o leitor... O texto possibilita deduzir que... VOCABULÁRIO Todo leitor deve preocupar-se em melhorar constantemente a sua capacidade de identificar palavras- chaves e palavras de complementação periférica do texto. Estas tornam a percepção mais aguda e profunda, mas não chegam a comprometer o resultado geral da leitura. Já aquelas (palavras-chaves) podem impedir a compreensão do sentido geral do texto. Nos dois casos, é necessário atentar para as pistas contextuais e ler diariamente, para ampliar o conhecimento vocabular. PASSOS PARA LEITURA E INTERPRETAÇÃO 1) Não extrapole o que está escrito no texto. Muitas vezes, por se tratar de fatos reais, o candidato interpreta o que não está escrito. Deve-se ater somente às informações que estão relatadas. 2) Não valorize apenas uma parte do contexto. O texto deve ser considerado como um todo, não se atenha à parte dele. 3) Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar de se entender justamente o contrário do que está escrito. Leia duas vezes o comando da questão, para saber realmente o que se pede. Tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, não, sempre, é necessário, correta, incorreta, exceto, erro etc. 4) Leia duas vezes o texto. A primeira para ter noção do assunto, a segunda para prestar atenção às partes. Lembre-se de que cada parágrafo desenvolve uma idéia. 5) Leia duas vezes cada alternativa para eliminar o que é absurdo. Geralmente um terço das afirmativas o são. 6) Se o comando pede a idéia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no último parágrafo - introdução e conclusão. 7) Se o comando busca argumentação, deve localizar-se nos parágrafos intermediários - desenvolvimento. 8) Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais significativo e/ou fazer observações à margem do texto. 9) Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; escreveu. 10) Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc. TÓPICOS GRAMATICAIS PARA ESTUDOS ACENTUAÇÃO GRÁFICA O acento gráfico existe para evitar confusões e dificuldades na leitura e entendimento de certas palavras escritas. Veja a confusão que esta frase pode causar se a mãe, ao escrever este bilhete, não souber acentuar corretamente: Informo à secretaria que meu filho não pode trazer os documentos. A quem os documentos devem ser entregues: à secretária ou à secretaria? Ele não pode (no presente) ou não pôde (no passado) trazer os documentos? ACENTUAÇÃO TÔNICA Sílaba tônica: é a sílaba pronunciada com mais intensidade. Oxítonas : são palavras cuja sílaba tônica é a última . ali, procurar, urubus, Nobel, refém Paroxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a penúltima. preto, álbum, repórter, rubrica, gratuito Proparoxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima. trânsito, xico, tido, êxodo, ínterim. * Monossílabos Tônicos : pronunciados intensamente; têm carga semântica, por isso não se apóiam nos vocábulos próximos. Vou pôr os pacotes ali. Queremque eu uma contribuição. * Monossílabos Átonos : pronunciados fracamente, apóiam-se nos vocábulos próximos. Vou seguir por ali. Precisam de colaboração. REGRAS GERAIS 1. Acentuação das proparoxítonas São todas acentuadas graficamente: ssola, meteorogico, aramos, propussemos. 2. Acentuação das paroxítonas São acentuadas graficamente as terminadas em: a) i , is, u , us: júri, grátis, bônus, Vênus b) l, n , r , x , ps: amável, fusível, abdômen, caráter, clímax, bíceps c) om , ons: iândom(espécie de avestruz) , íons, elétrons d) ã , ãs , ão , ãos: ímã, órfãs, órgão, sótãos e) um , uns: álbuns, médium, quórum

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1

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Compreensão ou Intelecção de Texto – consiste em

analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto. O enunciado normalmente assim se apresenta: As considerações do autor se voltam para... Segundo o texto está correta... De acordo com o texto, está incorreta... Tendo em vista o texto, está incorreta... O autor sugere ainda que.. De acordo com o texto é certo... O autor afirma que ...

Interpretação de Texto – consiste em saber o que se

infere (conclui) do que está escrito. O enunciado normalmente é encontrado da seguinte maneira: O texto possibilita o entendimento de que... Com apoio no texto, infere-se que... O texto encaminha o leitor para... Pretende o texto mostrar que o leitor... O texto possibilita deduzir que... VOCABULÁRIO

Todo leitor deve preocupar-se em melhorar constantemente a sua capacidade de identificar palavras-chaves e palavras de complementação periférica do texto. Estas tornam a percepção mais aguda e profunda, mas não chegam a comprometer o resultado geral da leitura. Já aquelas (palavras-chaves) podem impedir a compreensão do sentido geral do texto. Nos dois casos, é necessário atentar para as pistas contextuais e ler diariamente, para ampliar o conhecimento vocabular. PASSOS PARA LEITURA E INTERPRETAÇÃO

1) Não extrapole o que está escrito no texto. Muitas vezes, por se tratar de fatos reais, o candidato interpreta o que não está escrito. Deve-se ater somente às informações que estão relatadas.

2) Não valorize apenas uma parte do contexto. O texto deve ser considerado como um todo, não se atenha à parte dele.

3) Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar de se entender justamente o contrário do que está escrito. Leia duas vezes o comando da questão, para saber realmente o que se pede. Tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, não, sempre, é necessário, correta, incorreta, exceto, erro etc.

4) Leia duas vezes o texto. A primeira para ter noção do assunto, a segunda para prestar atenção às partes. Lembre-se de que cada parágrafo desenvolve uma idéia.

5) Leia duas vezes cada alternativa para eliminar o que é absurdo. Geralmente um terço das afirmativas o são.

6) Se o comando pede a idéia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no último parágrafo - introdução e conclusão.

7) Se o comando busca argumentação, deve localizar-se nos parágrafos intermediários - desenvolvimento.

8) Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais significativo e/ou fazer observações à margem do texto.

9) Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; escreveu.

10) Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos do texto: pronomes

relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.

TÓPICOS GRAMATICAIS PARA ESTUDOS ACENTUAÇÃO GRÁFICA O acento gráfico existe para evitar confusões e

dificuldades na leitura e entendimento de certas palavras escritas. Veja a confusão que esta frase pode causar se a mãe, ao escrever este bilhete, não souber acentuar corretamente: Informo à secretaria que meu filho não pode trazer os documentos. A quem os documentos devem ser entregues: à secretária ou à secretaria? Ele não pode (no presente) ou não pôde (no passado) trazer os documentos? ACENTUAÇÃO TÔNICA

Sílaba tônica: é a sílaba pronunciada com mais

intensidade.

Oxítonas : são palavras cuja sílaba tônica é a última . ali, procurar, urubus, Nobel, refém Paroxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a penúltima. preto, álbum, repórter, rubrica, gratuito

Proparoxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima. trânsito, tóxico, nítido, êxodo, ínterim.

* Monossílabos Tônicos : pronunciados

intensamente; têm carga semântica, por isso não se apóiam nos vocábulos próximos. Vou pôr os pacotes ali. Querem que eu dê uma contribuição.

* Monossílabos Átonos : pronunciados fracamente,

apóiam-se nos vocábulos próximos. Vou seguir por ali. Precisam de colaboração.

REGRAS GERAIS 1. Acentuação das proparoxítonas São todas acentuadas graficamente: bússola, meteorológico, amáramos, propuséssemos.

2. Acentuação das paroxítonas

São acentuadas graficamente as terminadas em: a) i , is, u , us: júri, grátis, bônus, Vênus b) l, n , r , x , ps: amável, fusível, abdômen, caráter, clímax, bíceps c) om , ons: iândom(espécie de avestruz) , íons, elétrons d) ã , ãs , ão , ãos: ímã, órfãs, órgão, sótãos e) um , uns: álbuns, médium, quórum

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f) ditongo oral (crescente ou decrescente, seguido ou não de -s): jóquei, pônei, vôlei, vácuo, história, área, Glória, gênio Obs.: a) Não se acentua a sílaba tônica dos verbos terminados em quem: delinquem. b)Não se acentuam os prefixos paroxítonos em r e i: super-homem, semi - internato.

3. Acentuação das oxítonas

Acentuam-se as terminadas em: a) a , as; e, es; o, os: guaraná, atrás, buquê, você, cipó, retrós b) em , ens : armazém, retém, também, vaivém, vaivéns (duas ou mais sílabas) 4. Acentuação dos Monossílabos

Acentuam-se as terminadas em: a) a , as: cá, já, gás, Brás b) e, es: pé, mês, três, vês c) o , os : pó, só, vós, nós, pôs 5. Acentuação de Hiatos Acentuam-se o i e o u (2ª vogal tônica) dos hiatos, quando estiverem sozinhos na sílaba ou seguidos de S: baú, egoísmo, país, saída.

ATENÇÃO

1. ruim, cair, Raul, raiz caiu 2. tainha, moinho, rainha - hiato seguido de NH 3. xiita, sucuuba (espécie de árvore)- hiatos formados por vogais idênticas- não se acentuam.

* Acentua-se a primeira vogal tônica dos hiatos ôo / êe:

crêem, enjôo, abençôo, revêem. MAS: compreendem, perdoou, semeeis 6. Acentuação dos ditongos(ANTES D0 ACORDO ORTOGRÁFICO) Acentuam-se os ditongos tônicos abertos éu(s), éi(s), oi(s): assembléia, hotéis, constrói, fogaréu, chapéus, fiéis.

8. Acentuação dos verbos * Nos verbos TER e VIR , coloca-se acento circunflexo na 3ª pessoa do plural, do presente do indicativo: ele tem - eles têm // ele vem - eles vêm * Nos derivados: ele mantém - eles mantêm // ele provém - eles provêm ele contém - eles contêm // ele intervém - eles intervêm

9. Acentos diferencias (lei 5765 / dez.1971)(ANTES DO ACORDO ORTOGRÁFICO) * pôde (pret. perf. ind.) - pode (presente ind.) * pára (verbo) - para (preposição) * pôr (verbo) - por (preposição) * côa, côas (verbo coar) - coa, coas (contração com + a(as)) * pêlo (substantivo) - pélo (verbo) - pelo

(preposição)

pôlo (substantivo; filhote de gavião) - pólo

(substantivo: extremidades, esporte) – polo (contração arcaica – per + o)

pêra (substantivo) - péra (substantivo: pedra) - pera

(prep. arcaica) Estrangeirismos e Latinismos

As palavras latinas e estrangeiras, quando não incorporadas ao nosso idioma, não são acentuadas graficamente, como versus, sui generis etc. Entretanto há forma já incorporadas, ou seja, aportuguesadas, como álibi, quórum, médium, fórum, déficit que seguem as regras de acentuação.

ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi

assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995. Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países. Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram

reintroduzidas as letras k, w e y.

O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham

desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);

b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, etc. Trema

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Como era Como fica agüentar aguentar argüir arguir bilíngüe bilíngue Atenção: o trema permanece apenas nas palavras

estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. Mudanças nas regras de acentuação 1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói

das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Como era Como fica

alcalóide alcaloide alcatéia alcateia

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andróide androide apóia (verbo apoiar) apoia apóio (verbo apoiar) apoio asteróide asteroide bóia boia celulóide celuloide clarabóia claraboia colméia colmeia Atenção: essa regra é válida somente para palavras

paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus. 2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Como era Como fica baiúca baiuca bocaiúva bocaiuva cauíla cauila feiúra feiura Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o

acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). Como era Como fica abençôo abençoo crêem (verbo crer) creem dêem (verbo dar) deem dôo (verbo doar) doo enjôo enjoo lêem (verbo ler) leem magôo (verbo magoar) magoo perdôo (verbo perdoar) perdoo povôo (verbo povoar) povoo vêem (verbo ver) veem vôos voos zôo zoo 4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares

pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Como era Como fica Ele pára o carro. Ele para o carro. Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao poloNorte. Ele gosta de jogar pólo Ele gosta de jogar polo Esse gato tem pêlos Esse gato tem pelos. Comi uma pêra. Comi uma pera. Atenção: • Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito

perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa

do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por

mim.

• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus

derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos

estudantes. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em

todas as aulas. • É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma

do bolo? 5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das

formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir. 6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar,

desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas

formas devem ser acentuadas. Exemplos: verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam. b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas

deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

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EMPREGO DO HÍFEN

1. Nas formações com prefixos (como: ante-, anti-, circum-, contra-, entre-,extra-, hiper-,infra-, intra-, pós-, pré-,pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-,... ou falsos prefixos,de origem grega ou latina,(como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, pan-, neo-, pluri-, pseudo-, retro-, semi-,tele-..., emprega-se o hífen nos seguintes casos:

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a) Quando o segundo elemento começa por h: anti-higiênico,circum-hospitalar, co-herdeiro, extra-humano, pré-história, sub-hepático, pré-história, geo-história, pan-helenismo, semi-hospitalar. Obs.: Não se usa o hífen quando des- e in- são seguidos de elemento que perdeu o h inicial: desumano, desumidificar,inábil, inumano.

b) Quando o prefixo ou pseudoprefixo termina na Mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, supra-auricular, auto-observação, micro-onda, semi-interno. Obs.: Co- aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando iniciado por o : coobrigação, coordenar, coocupante, cooperar.

c) Quando circum- e pan- antecedem vogal, m

ou n : circum-murado, circum-navegação, pan-africano, pan-mágico, pan-negritude.

d) Quando hiper- , inter-, e super- antecedem r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

e) Após sota-, soto-, vice-, vizo-, ex- ( com sentido de estado anterior ou cessamento) : ex-almirante, ex-hospedeira, vice-presidente, ex-rei, vice-reitor, sota-piloto.

f) Com os prefixos tônicos pós-, pré-, pró-,

quando o segundo elemento tem vida à parte: pós-graduação, pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-europeu. Mas: pospor, prever,promover.

2. Não se emprega o hífen a) Quando o prefixo ou falso prefixo termina em

vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicarem-se:

antissemita, contrarregra, antirreligioso, cosseno, minissaia, biossatélite, microssistema, microrradiografia.

b) Quando o prefixo ou pseudo prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente: antiaéreo, coeducação, extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual.

Fonte: Pimentel, Ernani. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa/ Vestcon (2008)

ORTOGRAFIA

Na língua portuguesa, diversos fatores dificultam a escrita correta de certas palavras. Um desses fatores, por exemplo, relaciona-se à possibilidade de alguns fonemas admitirem diferentes grafias . Há alguns procedimentos que podem diminuir as dificuldades relativas à ortografia

conhecer as orientações ortográficas;

consultar, sempre que necessário, o dicionário;

memorizar a grafia das palavras por meio da leitura e da escrita contínua. Ortografia é a parte da Gramática que se ocupa

da correta representação escrita das palavras. Grafar corretamente uma palavra significa adequar-se a um padrão estabelecido por lei. ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS 1. A Letra X e o Dígrafo CH

Usa-se a letra X

após um ditongo: caixa , trouxa , paixão. Exceção : recauchutar e seus derivados

após o grupo inicial en: enxada, enxame, enxaqueca, enxurrada, enxugar Exceção: encher e seus derivados ; palavras iniciadas por ch que recebem en-: encharcar (de charco)

após o grupo inicial me : mexer, mexicano , mexerico. Exceção : mecha

nas palavras de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas: xavante, xingar, xerife, xampu, xará.

2. As Letras G e J

Usa-se a letra G

nos substantivos terminados em -agem, igem - ugem: barragem, contagem, fuligem, ferrugem, vertigem . Exceções: pajem, lambujem, lajem

nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: contágio, colégio, prestígio, relógio, refúgio Usa-se a letra J

nas formas dos verbos terminados em -jar : arranjar (arranjo, arranjem), enferrujar (enferrujem)

nas palavras oriundas do tupi, africana e árabe ou de origem exótica: jibóia, pajé, jirau, canjica, Moji. 3. As Letras S ou Z

Usa-se a letra S

nas palavras que derivam de outra em que já existe S : alisar (liso), pesquisar (pesquisa), analisar (análise)

nos sufixos : - -ês, -esa ( indicação de nacionalidade, título, origem): chinês, marquesa, duquesa, baronesa - - ense, -oso, -osa (formadores de adjetivos) : paranaense, amoroso, gasoso, nervosa - -isa (formação de feminino) : poetisa, profetisa, sacerdotisa, diaconisa

após ditongos: lousa, coisa, ausência, Neusa

nas formas dos verbos pôr (e derivados) e querer: pus, puséssemos, repusera, quisesse, quiséssemos

nas formas dos verbos com radicais terminados em ND, RG, RT, CORR, SENT, PEL: repreender = repreensão, imergir = imersão , reverter = reversão,

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recorrer = recurso, consentir = consenso, impelir =

impulso. Usa-se a letra SS * verbos cujos radicais terminam em CED, GRED, PRIM, TIR: conceder = concessão, regredir = regressão, reprimir = repressão, admitir = admissão

Usa-se a letra Z

nas palavras derivadas de outras em que já existe Z : deslize - delizar; razão - razoável

nos sufixos - -ez , -eza (formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos) : rijo - rijeza; rígido - rigidez ; nobre - nobreza ; surdo - surdez ; inválido - invalidez ; macio - maciez - - izar (formador de verbos) e -ização (formador de substantivos): civilizar , civilização ; colonizar, colonização ; realizar , realização. 4. As Letras E e I

Os verbos com infinitivos terminados em -oar e -uar são grafados com e: abençoe, magoe, atue, continue, efetue

Os verbos terminados em -air, -oer e -uir são grafados com i: cai, sai, mói, corrói, possui, atribui.

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS Semântica é o estudo da significação das palavras.

Sinônimos e Antônimos Sinônimos são palavras que têm um sentido geral

comum, porém distinguem por particularidades e se empregam em situações diferentes. Ex.: cara, face, rosto, fisionomia - todas significam parte da cabeça, todavia não se usaria indistintamente uma pela outra. Cara - palavra mais vulgar; rosto - expressão mais delicada; face - termo culto, próprio do estilo literário e fisionomia - sentimentos que transparecem no

rosto. Adversário – antagonista Transformação – metamorfose Antônimos são palavras de significação oposta.

Ordem - anarquia Largo - estreito Riqueza - pobreza Louvar – censurar Polissemia quando a palavra tem mais de um sentido.

Mangueira ( tubo de borracha ou de plástico para regar as plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de gado) Homônimos e Parônimos

Homônimos são palavras que apresentam a mesma

grafia e/ou a mesma pronúncia, com significados diferentes.

- homógrafos - apresentam a mesma grafia, mas

pronúncias diferentes. colher (verbo) - colher (substantivo) esforço (verbo) - esforço (substantivo) molho (caldo)- molho ( de chaves) jogo (verbo) - jogo (substantivo) - homófonos - possuem a mesma pronúncia, mas

grafias diferentes. conserto- concerto senso - censo incipiente - insipiente sessão - seção Parônimos são palavras parecidas que apresentam

grafias ou pronúncias diferentes. sentido. flagrante - fragrante vultoso - vultuoso pleito - preito eminente - iminente Denotação e Conotação Denotação é o emprego da palavra em seu sentido

próprio(usada quando se quiser dar caráter técnico ou científico ao texto) Conotação é o uso da palavra em sentido figurado,

dando ao texto várias interpretações ( nas obras literárias, os autores valem-se desse artifício) Construí um muro de pedra. (sentido denotativo) Ele tem um coração de pedra. (sentido conotativo) Particularidades Gramaticais 1. Porque / porquê / por que / por quê * Porque - conjunção (resposta)

- equivale a "pois", "uma vez que", "pelo fato" - Ex.: Não vim à aula porque estava doente. * Porquê - substantivo

- antecedido de artigo, pronome, preposição - substituir "o motivo" - Ex.: Não sei o porquê de sua ausência.

* Por que

- nas perguntas - Ex.: Por que você não veio à festa?

- quando se subentender a palavra "motivo" - Ex.: Ele não me disse por que (motivo) faltou à aula. - quando puder ser substituído por "pelo qual" e flexões. Ex.: Não vou dizer as razões por que deixei de vir à aula. * Por quê

- no final de frase. - Ex.: Você não veio à festa por quê? - Muitos estavam na passeata sem saber por quê. 2. Mau / Mal

Mau - contrário de "bom" Ex.: Ele estava de mau humor.

Mal - contrário de "bem" Ex.: Ele é muito mal-humorado.

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3. Ao invés de / Em vez de Ao invés de - significa "ao contrário de " Ex.: Ao invés de chorar, ele sorria. Em vez de - significa "em lugar de". Ex.: Em vez de estudar, preferiu ver televisão. 4. Acerca de / a cerca de / cerca de / há cerca de

Acerca de = sobre, a respeito de Ex.: Não disse nada acerca do plano econômico que elaborou. A cerca de = aproximadamente (distância) Ex.: Minha casa fica a cerca de cem metros da praia.

Cerca de = durante; aproximadamente Ex.: Falamos cerca de duas horas. Há cerca de = faz aproximadamente (tempo), existe

aproximadamente Ex.: Há cerca de dez anos que eles estudam esse assunto. Há cerca de mil alunos lá fora. 5. Há / A * Usa-se A - para exprimir distância ou tempo futuro. Ex.: Daqui a cinco anos estarei formado. Minha escola fica a duzentos metros de casa.

Usa-se Há - para tempo passado .Para saber se seu emprego está correto, substitua o verbo haver por fazer. Ex.: Há (faz) oito anos que não o vejo. * Diferença entre a tempo e há tempo: Ex.: Chegou a tempo de fazer as malas. Ele está na Austrália há (faz) tempo. 6. Mas / Mais Mas - conjunção coordenativa adversativa; equivale a contudo, porém, todavia. Ex.: O time terminou o campeonato sem derrota, mas não foi o campeão. Mais - pronome ou advérbio de intensidade. Tem por antônimo menos. Ex.: Ela era a aluna mais simpática da classe.

7. Cessão / sessão / secção / seção Cessão - ato de ceder, ato de dar. Ex.: A cessão do terreno para a construção do estádio agradou a todos os torcedores.

Sessão - intervalo de tempo que dura uma reunião, uma

assembléia, um evento. Ex.: Assistimos a uma sessão de cinema.

Secção e seção - parte de um todo, um segmento, uma

subdivisão. Ex.: Lemos a notícia na seção de esportes. 8. Ao encontro / De encontro

Ao encontro ( rege a preposição de ) significa a favor de Ex.: Aquelas atitudes vão ao encontro do que eles

pregavam. De encontro (rege preposição a) significa contra Ex.: Sua atitude veio de encontro ao que eu esperava. 9. A fim de / Afim A fim de é uma locução prepositiva que indica finalidade. Ex.: Ele saiu cedo a fim de poder chegar a tempo.

Afim é adjetivo e significa semelhante, por afinidade. Ex.: O genro é um parente afim. Tratava-se de idéias afins. 10. Tampouco / Tão pouco Tampouco - é advérbio e significa também não. Ex.: Não realizou a tarefa, tampouco apresentou

qualquer justificativa. Tão pouco - advérbio de intensidade tão modificando pouco. Ex.: Tenho tão pouco entusiasmo

11. Onde / Aonde Aonde - emprega-se com os verbos que dão idéia de movimento. Equivale sempre a para onde Ex.: Aonde nos leva com tal rapidez? Aonde você vai? Onde - emprega-se com verbos que não dão idéia de movimento. Refere-se a lugar, equivale a em que. no qual. Ex.: Não sei o local onde te encontrar. 12. À toa À - toa - é um adjetivo, refere-se, pois, a um substantivo e significa impensado, inútil, desprezível. Ex.: Ninguém lhe dava valor: era uma pessoa à-toa. À toa - é um advérbio de modo e significa a esmo, sem razão, inutilmente. Ex.: Andava à toa pela rua.

13. À medida que / na medida em que À medida que - dá idéia de proporção. Ex.: Vai melhorar à medida que (à proporção que) for tomando esse remédio. Na medida em que - da idéia de causa. Ex.: Vamos seguir o regulamento na medida em que (uma vez que) ele foi aprovado. 14. Todo / Todo o Todo - sem o artigo, generaliza o objeto, significa qualquer. Ex.: Todo livro traz sempre algum benefício ao leitor. Todo o - com o artigo, particulariza o objeto, significa inteiro, integral. Ex.: Todo o livro é perfeito. (o livro a que me refiro é

perfeito do começo ao fim) 15. Junto a Junto a - significa adido a

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7

Ex.: Ele é nosso representante junto à FIFA. Já esta frase não está correta : Você tem de se explicar junto ao banco. O certo é abandonar a palavra "junto" e usar a preposição exigida pelo verbo. Você tem de se explicar ao banco. 16.Demais / De mais Demais- pron. indefinido = outros Ex.: Chame os demais alunos.

- adv. de intensidade = excessivamente Ex.: Ele fala demais.

- palavra continuativa = além disso Ex.: Demais, quem trabalhou fui eu.. De mais – loc. Adjetiva = muito Ex.: Comi pão de mais. Não tem nada de mais sair

cedo. 17.Se não / senão

Se não - conjunção + advérbio= caso não Ex.: Se não pagas, não entras. - quando não Ex.: Ele foi grosseiro, se não mal educado.

Senão

- substantivo = defeito Ex.: Ela não tem um senão de que possa falar.

- - mas também Ex.: Não só me ajudou, senão defendeu-me. - palavra de exclusão = exceto Ex.: A quem, senão a meu pai, devo recorrer? - caso contrário Ex.: Estude, senão não passará no concurso.

18. Ao nível de / Em nível de Ao nível de = à mesma altura Ex.: O barco estava ao nível do mar. Em nível de = hierarquia Ex.: Isso foi resolvido em nível de governo estadual. 19. Em princípio / a princípio Em princípio = em geral Ex.: Em princípio, concordo com tudo isso. A princípio = no início Ex.: A princípio, eu lecionava inglês; agora, leciono

francês.

CLASSES GRAMATICAIS

Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, são dez as classes gramaticais, e podem ser identificadas

conforme as características que apresentam. O quadro a seguir apresenta as dez classes gramaticais.

Tipo Características Exemplo

Substantivo

Denomina os seres em geral. Designa: pessoa, animal, coisa (concreto), qualidade, estado, ação (abstrato).

Mesa, Fortaleza, Deus, porta, beleza, amor, saudade, velocidade, beija-flor, sol.

Adjetivo Acompanha o substantivo para indicar a qualidade dos seres, caracteriza o substantivo

Violência urbana,

sonhos impossíveis, sonho de criança (pueril).

Artigo definido – determina o substantivo indefinido – indetermina o substantivo

o, a os, as um, uma, uns, umas

Numeral

indica noção numérica (quantidade) a) cardinal b) ordinal c) fracionário d) multiplicativo

três, catorze, cinqüenta primeiro, quinto, décimo três-quartos dobro, triplo, quádruplo

Pronome Substitui (pron. substantivo) ou acompanha (pron.adjetivo) o substantivo.

Todos disseram-lhe a verdade. Nossos

assessores entregaram aquele

documento.

Advérbio Modifica o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio, pois exprime circunstância (tempo, lugar, modo etc)

Extremamente

irresponsável. Estudou muito. Muito bem !

Preposição Liga palavras, ou orações, estabelecendo noção de dependência.

Desejo de

vingança. Amor à vida.

Conjunção Liga orações ou palavras da mesma função.

Estudou bastante, logo deve ser aprovado. João e

Maria são irmãos.

Interjeição Expressa estado emotivo.

Oh ! ah ! Salve ! Ave !

Verbo Palavra que designa processo – ação, estado, aparência , fenômeno ou mudança de estado.

Um bêbado solitário atravessou a rua. A situação parece

tranqüila. Chovia

torrencialmente.

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8

Tornou-se

empresário..

______________________________________________ VERBO Verbo é a palavra que exprime ação, estado, mudança

de estado, fenômeno natural e outros processos, flexionando-se em pessoas, número, modo, tempo e voz. Os três exemplos seguintes foram retirados da obra de Fernando Pessoa: "Todos os amantes beijaram-se na minh'alma".(ação) "Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida" (estado) "Ah, na minha alma sempre chove."(fenômeno da natureza)

1. FLEXÃO

1.1. Número/Pessoa O verbo admite o singular ou o plural conforme a pessoa do sujeito.

SINGULAR PLURAL 1ª. pessoa eu trago 1ª.pessoa nós trazemos 2ª. pessoa tu trazes 2ª pessoa vós trazeis 3ª. pessoa ele traz 3ª. pessoa eles trazem 1.2. Tempo Presente – o fato ocorre no momento da fala.( Eu digo.) Pretérito (passado) – o fato ocorre antes do momento da fala.( Eu disse.) Futuro – o fato deverá ocorrer depois do momento da fala.( Eu direi.) 1.3. Modo

Indicativo: o fato – uma certeza (Eu compunha belas músicas.) Subjuntivo: o fato - uma hipótese, uma possibilidade (Talvez eu compre o terreno.) Imperativo: o fato – uma ordem, um pedido, um conselho. (Façam a lição.) 1.4. Vozes Ativa: o sujeito pratica a ação verbal. (Thomas Édson inventou a lâmpada elétrica.) Passiva analítica: o sujeito recebe a ação verbal. (A lâmpada elétrica foi inventada por Thomas Édson.) Passiva sintética: VTD + SE + sujeito passivo. .( Inventou-se a lâmpada.)

Reflexiva: O sujeito pratica e recebe a ação verbal ( A criança se feriu com o brinquedo. ) 2. ELEMENTOS ESTRUTURAIS

2.1. Radical - a parte imutável dos verbos: cant-ar, corr-er, abr-ir

2.2. Vogal temática - vogal característica da conjugação: 1ª. conjugação - cant-a-r, 2ª. conjugação - corr-e-r, 3ª. conjugação - abr-i-r

2.3. Tema - radical + vogal temática: canta-r, corre-r, abri-r

2.4. Desinências: terminações que indicam as flexões de

número,pessoa, tempo e modo. cant-á -sse-mos

cant - radical a - vogal temática sse - desinência modo-temporal (pret. imperfeito do

subjuntivo) mos - desinência número-pessoa ( 1ª. pessoa do

plural) 3. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 3.1. Regular - não apresenta modificações no radical

durante sua conjugação. Ex.: (cant-o, cant-ei, cant-ar) 3.2. Irregular - apresenta modificações no radical e às

vezes nas desinências. Ex.: (poss-o, pud-e, pod-er) 3.3. Anômalo - apresenta irregularidades profundas, às

vezes nem mantém o radical. Ex. ir (vou, ia, fui) ser (sou, era, fui, ser)

3.4. Defectivo - verbo de conjugação incompleta, faltam-

lhe pessoas, tempo e modo. 1ª. conjugação ADEQUAR 2ª. conjugação REAVER, PRECAVER-SE 3ª. conjugação DEMOLIR, COLORIR, FALIR, ABOLIR, BANIR

REAVER

Presente do Indicativo

Presente do Subjuntivo

Imperativo Afirmativo

Imperativo Negativo

* * * *

* * * *

* * * *

reavemos * * *

reaveis * reavei vós *

* * * *

3.5. Abundante – É aquele que apresenta duas ou três

formas de igual valor ou função. Essa abundância de formas é mais freqüente no particípio.

Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular

Aceitar aceitado aceito

acender acendido aceso

benzer benzido bento

dispersar dispersado disperso

eleger elegido eleito

entregar entregado entregue

isentar isentado isento

limpar limpado limpo

mistura misturado misto

ocultar ocultado oculto

morrer morrido morto

pagar pagado pago

prender prendido preso

romper rompido roto

salvar salvado salvo

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suspender suspendido suspenso

tingir tingido tinto

Com os auxiliares: Ter e Haver - emprega-se o particípio regular. Ex: Minha mãe já havia fritado os ovos.

Ser e Estar – emprega-se o particípio irregular. Ex: Os ovos já estão fritos. Observações:

1. Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver, vir e seus derivados possuem apenas o particípio irregular: aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto, vindo.

2. Na língua contemporânea, há uma certa tendência pelo uso dos particípios irregulares, o que justifica o desuso de ganhado, gastado e pagado. 4. TEMPOS PRIMITIVOS E DERIVADOS

4.1. Derivados do presente do indicativo: a) Presente do subj. (1ª.conj: e-es-e-emos-eis-em , 2ª.e3ª.conj: a-as-a-amos-ais-am) b) Imperativo afirmativo(tu e vós = Presente indic.menos o S; você, nós, vocês = Presente subj.) c) Imperativo negativo - (exatamente igual ao

Presente do subjuntivo). Observe o quadro: O radical provém do presente do indicativo (1ª pessoa singular- EU)

Presente do Indicativo

Imperativo Afirmativo

Presente do Subjuntivo

Imperativo Negativo

Faç o xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx faça xxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Fazes Faze tu faças Não faças tu

Faz Faça você faça Não faça você

Fazemos Façamos nós façamos Não façamos nós

Fazeis Fazei vós façais Não façais vós

Fazem Façam vocês façam Não façam vocês

______________________________________________ ADVÉRBIO Advérbios são palavras modificadoras do verbo. Servem

para expressar as várias circunstâncias que cercam a significação verbal. Alguns advérbios, chamados de intensidade, podem também prender-se a adjetivos, ou a outros advérbios, para indicar-lhes o grau: muito belo (= belíssimo), vender muito barato (= baratíssimo).

Alguns há, até, que não acompanham a verbos, mas somente a adjetivos e Advérbios – tais como, tão, quão, que, em frases assim: Nunca vi olhos tão lindos. Quão belas estás! Porque chegaste tão cedo?

Atente-se especialmente para o advérbio de intensidade QUE, figurante em frases exclamativas como estas. Que generoso coração! Que lua maravilhosa! Classificação

Distribuem-se os advérbios pelas seguintes espécies: 1. de dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente,eventualmente, etc 2. de intensidade: muito, pouco, assaz, bastante, demais, excessivamente, demasiadamente, etc. 3. de lugar: abaixo, acima, além, aí, ali, aqui, cá, dentro, lá, avante, atrás, fora, longe, perto, etc. 4. de modo: bem, mal, assim, etc.(e muitos adjetivos adverbializados com o sufixo mente ou sem ele) 5. de tempo: ainda, agora, amanhã, ontem, logo, já, tarde, cedo, outrora, então, antes, depois, imediatamente, anteriormente, diariamente, etc. Locução adverbial:

Duas ou mais palavras que funcionem como um advérbio constituem uma locução adverbial: às vezes, às cegas, às claras, às escondidas, às pressas, às tontas,de propósito, de frente, de repente, de um golpe, de viva voz, em mão (e não em mãos), por atacado, por milagre. Advérbios-Relativos

São os advérbios onde, quando, como -, empregados com antecedente, em orações adjetivas. Fica ali a encruzilhada / onde ergueram uma cruz de

pedra. Era no tempo/ quando os bichos falavam... Merece elogios o modo / como trata os mais velhos.

PRONOME

1.Definição: É a palavra variável em gênero, número e

pessoa que representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. Representa o substantivo Acompanha o substantivo Ele chegou. Convidei-o Esta casa é antiga. Alguns amigos virão aqui.

2. Classificação dos pronomes:

*PESSOAIS: retos: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas as formas oblíquas me, mim, comigo, etc; e os de tratamento Você. Senhor (a), Vossa Senhoria, Vossa Excelência, e outros. *POSSESSIVOS: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões; *DEMONSTRATIVOS: este, esse, aquele, e flexões, isto, isso, aquilo, o, a; *RELATIVOS: o qual, cujo, quanto e flexões, que, quem onde; *INDEFINIDOS: algum, nenhum, todo, muito, pouco, certo, tanto, quanto, qualquer, vários e flexões, alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo; *INTERROGATIVOS: que, quem, qual, quanto, empregados em frases interrogativas. 3. Emprego dos PRONOMES PESSOAIS Número

Pessoa

Pronomes Pronomes Oblíquos

Retos Átonos Tônicos

Singular

1ª. 2ª. 3ª.

eu tu ele / ela

me te se, lhe,o,a

mim, comigo ti, contigo si, consigo

1ª. nós nos conosco

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Plural 2ª. 3ª.

vós eles / elas

vos se, lhes, os, as

convosco si, consigo

3.1. O pronomes retos desempenham a função de sujeito e os pronomes oblíquos a função de complementos. Eles ainda não nos convocaram para a reunião.

pronome pronome reto oblíquo Sujeito Complemento OBSERVAÇÕES: a) Considera-se errado o emprego dos pronomes retos como complementos.

ERRADO: Convocaram ele para a reunião. CORRETO: Convocaram-no para a reunião.

b) Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando

precedidos de preposição, passam ter função de complemento. Informaram a eles o real motivo da

viagem. Disseram a nós que voltariam cedo. Deixaram para elas sua fortuna.

3.2. Os pronomes oblíquos O,A, OS, AS, colocados

depois dos verbos, tomam as formas: a) LO, LA, LOS, LAS, quando os verbos terminarem em R, S, Z.

Vou buscar meus direitos. Vou buscá-los. Vimos a cena. Vimo-la. Faz as contas. Fá-las.

b) NO, NA, NOS, NAS, quando os verbos terminarem em M, ÃO, ÕE.

Fizeram as provas. Fizeram-nas. Põe o chapéu aqui. Põe-no aqui. Dão o dinheiro como perdido. Dão-no como

perdido. 3.3. Os pronomes O, A, OS, AS são empregados como complementos de verbos transitivos diretos e LHE e LHES são empregados como complemento de verbos transitivos indiretos.

ERRADO CERTO Eu lhe vi ontem. Eu o vi ontem. Nunca o obedeci. Nunca lhe obedeci.

3.4. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser

empregados como reflexivos, isto é, referir-se ao sujeito da oração a que pertence. Ela feriu-se. (pronome se > ela) Cada um faça por si mesmo a redação. ( pronome si > cada um) O professor trouxe as provas consigo. (pronome consigo > professor)

ERRADO: CERTO Querida, gosto muito de si. Querida gosto muito de você.

Precisamos falar consigo. Precisamos falar com você.

3.5. Os pronomes conosco e convosco usados

normalmente nas formas sintéticas, devem ser usados analiticamente quando vierem seguidos de palavra de reforço: todos, mesmos, próprios, etc. Eles sairão conosco hoje. Participou com nós três da gincana.

3.6. EU ou MIM / TU ou TI

* Empregam-se as formas eu ou tu:

a) depois das preposições acidentais: afora, fora, exceto, menos, salvo, segundo, etc Todos saíram de casa, menos eu. b) como sujeito de verbos no infinitivo, por isso podem ficar ocultos. Estes documentos são para eu analisar. (Estes documentos são para analisar.) * Emprega-se as formas mim ou ti:

a) depois de preposições essenciais, como complementos. Ninguém irá sem mim. Nada havia para mim . O conhecimento que tenho de ti é supérfluo. Era difícil para mim aceitar o fato. b) Com a preposição ENTRE também se usa MIM ou TI. Nada houve entre mim e ela. 3.7. As formas de tratamento VOSSA EXCELÊNCIA, VOSSA SENHORIA, etc., assim como VOCÊ, SENHOR (A) exigem pronomes e verbos na 3ª. pessoa Obs.:

usa-se Vossa – falando com

usa-se Sua – falando de

Ex. Vossa Excelência faz um governo democrático, o que justifica sua popularidade.

Falei com Sua Excelência, o prefeito.

COLOCAÇÃO DE PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS

Os pronomes oblíquos podem ser colocados em três posições:

Próclise – antes do verbo Jamais me esquecerei de você.

Ênclise – depois do verbo O gerente lembrou-lhe o dia do contrato.

Mesóclise – no meio do verbo Avisar-lhe-ei a hora da partida.

PRINCÍPIOS BÁSICOS

1. Desde que não inicie oração, a colocação do pronome antes do verbo estará, quase sempre, correta. As competições se iniciaram na hora marcada. Observação:

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O pronome átono, no entanto, pode iniciar orações interferentes. As férias de julho, me diziam as crianças, foram as melhores. 2. Depois dos infinitivos invariáveis, a colocação será correta, mas não obrigatória. Não lhe dizer a verdade, será pior. Não dizer-lhe a verdade, será pior. 3. É proibida a colocação do pronome depois de verbos no particípio, no futuro de presente ou no futuro do pretérito. Tenho dedicado- me ao trabalho.(incorreto)

Tenho – me dedicado ao trabalho. (correto)

Avisarei-te assim que chegarem. (incorreto)

Avisar-te- ei assim que chegarem.(correto)

PRÓCLISE

Casos Obrigatórios

1. Orações negativas, exclamativas, interrogativas e optativas Ninguém o chamou aqui.

Como te iludes! Meu amigo.

Onde nos informarão a hora certa?

Bons ventos o levem. (!)

2. Orações subordinadas com a conjunção clara ou subentendida. O resultado será divulgado hoje, segundo me

informaram.

Solicitamos nos informem o resultado. (que nos

informem)

3. Com pronomes substantivos: a) Indefinidos – Todos nos elogiavam, mas ninguém nos defendia. b) Relativos – O “artista” a quem te referes é o Tiririca. c) Interrogativos – Quando me convencerás desta

necessidade. d) Demonstrativo – Isto me pertence.

4. Com advérbios de qualquer tipo. Talvez lhe interesse este produto.

Lá nos acusam de fraqueza.

Depois o informaremos do objetivo da reunião.

5. Com o gerúndio preposicionado (prep EM + gerúndio) O zagueiro adversário, em se defendendo, cortou-lhe a

frente.

6. Com verbos no infinitivo flexionado. Não serás criticado por me dizeres a verdade.

Próclise Facultativa

1. Estando o sujeito expresso Os alunos se arrependeram / arrependeram-se de não

terem estudado.

2. Com infinitivos invariáveis O meu propósito era não lhe obedecer / obedecer- lhe

mais.

3. Com as orações coordenadas sindéticas Ela chegou e me perguntou / perguntou – me pelo

filho.

ÊNCLISE

Casos Obrigatórios

1. Períodos iniciados por verbo “Vai-se a primeira pomba despertada!”

2. Pronomes o, a, os, as – seguidos de infinitivos com as preposições “a” e “por”. Sabe ele se tornará a vê- los algum dia?

Encontrei a madrasta a maltrata- las.

Ansiava por encontra- lo.

3. Orações imperativas afirmativas Procure suas amigas e convide-as.

MESÓCLISE

A mesóclise será obrigatória com verbos no futuro do indicativo, desde que não haja caso de próclise

obrigatória.

Afinal, ter – se – ão obtido os melhores resultados.

Encontrar- nos – íamos ainda uma vez

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

1. Não havendo caso de próclise: será livre a

colocação O diretor nos deve oferecer o prêmio.

O diretor deve-nos oferecer o prêmio.

O diretor deve oferecer- nos o prêmio.

2. Havendo caso de próclise: o pronome será colocado antes ou depois da locução verbal, isto é, não poderá ficar entre os verbos.

O rapaz não se deve casar hoje.

O rapaz não deve casar-se hoje.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NOS TEMPOS COMPOSTOS

Os pronomes se juntam ao verbo auxiliar e jamais ao particípio.

Os presos tinham-se revoltado.

Haviam – no declarado vencedor.

OBSERVAÇÃO:

A sintaxe Brasileira, isto é, a colocação do pronome

oblíquo “solto” entre os verbos, mesmo havendo fatores de próclise, vem sendo consagrada por escritores e gramáticos de renome, mas ainda não foi definitivamente aceita pelos padrões clássicos da língua.

Os alunos ainda não tinham nos informado a data.

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12

Numa prova de concurso, deve-se optar pela colocação tradicional:

Os alunos ainda não nos tinham informado a data.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

São pronomes que situam o ser no espaço, no tempo e no contexto lingüístico, tomando como ponto de referência as três pessoas gramaticais. QUADRO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Variáveis Invariáveis

este, esta, estes, estas isto esse, essa, esses, essas isso aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo EMPREGO 1. Indicar posição espacial do termo a que se referem,

em relação às pessoas gramaticais. a) este, esta, isto indicam que o ser está perto do

falante. Ex.: ...sempre que cruzo este rio costumo tomar a ponte... (João Cabral de Melo Neto) 1ª pessoa (este aqui) b) esse, essa, isso indicam que o ser está perto do

ouvinte. Ex.: ...sempre que cruzo esse rio costumo tomar a ponte... 2ª pessoa ( esse aí)

c) aquele, aquela, aquilo indicam que o ser a que se

refere o pronome está longe do falante e do ouvinte. Ex.: ... sempre que cruzo aquele rio

costumo tomar a ponte... 3ª pessoa ( aquele lá ) 2. Indicar posição temporal

a) este, esta, isto indicam o tempo presente em relação

ao falante. Ex.: A concorrência também aumentou: no ano passado, eram 12 candidatos por vaga. Este ano são 13. b) esse, essa, isso indicam o tempo passado ou o futuro

pouco distantes em relação à pessoa que fala. Ex.: Procurei Frederico Paciência essa noite e contei tudo. c) aquele, aquela, aquilo indicam tempo muito distante

em relação ao falante. Ex.: Durante todo aquele tempo em que fui aluno de um colégio de padres, aqui no Rio, ia à missa dominical. 1. Indicar a posição textual do referente, ou seja, se o

referente já apareceu no texto ou ainda aparecerá.. É a função mais importante dos demonstrativos, pois contribui para a articulação do texto. a) esse, essa, isso, empregados de preferência para

situar o que já foi anteriormente expresso no enunciado.

Ex.: Fazem parte do nosso dicionário palavras como poluente, entulho, resíduo, tóxico, efluente. (...) Esses termos surgiram junto com a sociedade do bem-estar. b) este, esta, isto para introduzir uma informação nova

no enunciado. Ex.: O fato é este: nos matadouros e em todo lugar onde se mata um animal para comer (...) essa eliminação é feita de modo cruel. É isto: estou cansado de mim, não me agüento mais. Observação:

Quando se retomam dois dados já enunciados numa frase, utilizamos aquele para o termo mencionado em primeiro lugar e este para o termo mencionado em último

lugar. Ex.: ... tudo ele podia esperar: a liberdade ou a morte, mais esta do que aquela. Rio de Janeiro e Salvador são belas cidades; aquela é caracterizada pelas belas praias que possui; esta pela comida típica.

PRONOMES POSSESSIVOS

São os que dão ideia de posse, em relação às pessoas do discurso. Elisabete chegou com nossos filhos.

Os pronomes pessoais me, te, nos, vos, lhe (e

variação) podem aparecer indicando posse, embelezando o estilo. Rasgaram-me a camisa. = Rasgaram a minha camisa. Roubaram-nos o dinheiro. = Roubaram o nosso

dinheiro.

O possessivo seu (e variações) pode causar

ambigüidade de sentido. Manuel foi ao cinema com sua mãe.

Mãe de Manuel ou da mãe da pessoa com quem se está falando? Para evitar a ambiguidade, usam-se as formas dele (e variações) , de você ou do senhor.

Os pronomes possessivos geralmente vêm anteposto ao substantivo; quando se pospõem, podem mudar de significado a expressão de que fazem parte. Suas notícias chegaram = notícias transmitidas por

você(s) Tivemos notícias suas = notícias a respeito de

vocês.

Em caso de concordância

Um só possessivo pode determinar vários substantivos, em concordância com o que lhe esteja mais próximo.

Nossa culpa e arrependimento. // Teus anseios e

esperanças.

Em expressões de tratamento Sua, Vossa Vossa Excelência (em tratamento direto), Sua Excelência

(em referência):

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A Vossa Excelência remeto, nesta data, os dados que

recolhi. Estive com Sua Senhoria em seu escritório.

PRONOMES INDEFINIDOS

São os que se referem a 3ª pessoa de modo vago ou impreciso. Alguém entrou no recinto.

Em frases negativas, algum (e variações), posposto ao nome, passa a ter valor de nenhum (ou variações) Não tenho dinheiro algum.

Todo, no singular e junto de artigo, significa inteiro; sem artigo, significa qualquer. Todo o edifício será pintado = O edifício inteiro será

pintado Todo edifício será pintado = Qualquer edifício será

pintado.

Seguido de numeral , todos somente aceita artigo quando há substantivo expresso: todos os três relógios, todas as cinco meninas. Não vindo expresso o

substantivo, dispensa-se o artigo. Encontrei casualmente na rua: Paschoal, Ivã e Luísa; todos três são velhos e bons amigos.

PRONOMES RELATIVOS

Pronomes relativos são aqueles que retomam um termo da oração que já apareceu antes (antecedente) projetando-o em outra oração. As tradições populares brasileiras falam no curupira. O curupira tem corpo de menino e pés virados para trás. As tradições populares brasileiras falam no curupira que tem corpo de menino e pés virados para trás. Os pronomes relativos são os seguintes: Variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais cujo, cuja, cujos, cujas quanto , quanta, quantos, quantas Invariáveis: que, quem, onde, como Emprego dos pronomes relativos

Os pronomes relativos virão antecedidos de preposição se a regência verbal assim determinar. Este é o autor a cuja obra me refiro. (referir-se a algo) Este é o autor de cuja obra gosto. (gostar de algo) São opiniões em que penso. (pensar em algo)

O pronome relativo quem é empregado com referência

a pessoas. Não conheço a menina de quem você falou. Este é o rapaz a quem você se referiu.

Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá sempre precedido de preposição. Lúcia era a mulher a quem ele amava.

É comum empregar-se o relativo quem sem

antecedente claro. Neste caso, ele é classificado como relativo indefinido. "Quem nasce lá na Vila / Nem sequer vacila"

(Noel Rosa) (Aquele que nasce lá na Vila...)

O pronome relativo que pode ser empregado com

referência a pessoas ou coisas. Não conheço o rapaz que saiu. Esta é a casa que comprei.

O pronome relativo que é empregado quando

precedido de preposição monossilábica. Com as preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões) Esta é a pessoa de que lhe falei. Esta é a pessoa sobre a qual lhe falei.

Com as preposições sem e sob , usa-se de preferência o relativo o qual (e flexões). O professor nos apresentou uma condição sem a qual

o trabalho não terá sentido. Este é o móvel sob o qual ficou escondido o

documento.

O pronome relativo que pode ter por antecedente o pronome demonstrativo o (e flexões) Sei o que estou dizendo.

O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo, equivalendo a do qual (e flexões) . Deve

concordar com a coisa possuída e não admite a posposição de artigo. Esta é a pessoa em cuja casa me hospedei.

(casa da pessoa) Feliz é o pai cujos filhos são ajuizados.

(filhos do pai)

O pronome relativo quanto (e flexões) normalmente tem por antecedente os indefinidos tudo, tanto, etc; daí

seu valor indefinido. Falou tudo quanto queria.

Quanto pode ser empregado sem antecedente. Esse

emprego é comum em certos documentos jurídicos. Saibam quantos lerem este edital...

O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a em que, no qual. Esta é a casa onde moro. Não conheço o lugar aonde você irá.

Onde é empregado com verbos que não dão idéia de

movimento. Sempre morei na cidade onde nasci.

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Aonde é empregado com verbos que dão idéia de movimento e equivale a para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde. Aonde eu for, virás comigo.

Onde pode ser usado sem antecedente Fique onde está.

PREPOSIÇÃO

As principais preposições são: a, ante, até, após, de, com, contra, desde, em entre, para, perante, por (per) sem, sob, sobre, trás. Sairemos após o jantar. Locuções prepositivas: ao lado de, além de, depois de, através de, dentro de, abaixo de, a par de. Antes de sair, feche portas e janelas. Valor semântico da preposição

As preposições, além de seu papel de ligar palavras entre si, têm valor semântico, isto é, significado próprio. Assim, o valor semântico da preposição é evidenciado pela relação que ele estabelece ente dois termos.

De acordo com essa relação, inúmeros são os valores semânticos que as preposições exprimem. Entre eles, citam-se:

assunto: O sacerdote falou da fraternidade.

causa: A criança estava trêmula de frio.

origem: As tulipas vêm da Holanda.

matéria: Ganhou uma correntinha de ouro.

direção contrária: Agiu contra todos.

posse: Esta casa é de meu pai.

lugar: Os livros estão sobre a mesa da sala.

meio: Vim de ônibus.

delimitação: É uma pessoa rica de virtudes.

conformidade: Como é teimoso! Saiu ao avô.

instrumento: Redigiu os artigos a lápis.

fim: Saíram para pescar bem cedinho. distância no espaço: Daqui a dois quilômetros há um

bar.

SINTAXE DE ORAÇÃO E PERÍODO TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO - SUJEITO E PREDICADO Termos essenciais - sujeito e predicado SUJEITOS : tipos Simples: Aquela noite era a folga de Aparecida . (um núcleo) Composto: O pai e o filho eram duas faces da mesma moeda. (dois ou mais núcleos) Oculto ou desinencial: Concordamos com suas idéias. (não está expresso, mas é reconhecido pelo verbo)

Indeterminado: Mandaram os acidentados para o hospital (verbo na 3ª p. pl.) Vive-se bem no campo. (V.I + SE) Precisa-se de carpinteiros.(V.T.I. + SE) Só raramente se assiste a bons filmes. (V.T.I + SE) É-se feliz. (V.Ligação + SE) Pegou-se da espada e começou a lutar (T.T.D prepos. + SE) Inexistente: Houve algum problema com você? (haver = acontecer) Há muitos sonegadores ainda impunes. (haver = existir) Faz dias que o carteiro não aparece. Era cedo quando ele chegou. Estava um dia chuvoso. Choveu muito ontem. Basta de reclamar. PREDICADO: tipos

Verbal: informa a ação. Os operários lutam por melhores salários.(núcleo) Acenderam-se as luzes.(núcleo) Nominal: informa um estado do sujeito. Com verbo de ligação.Com predicativo do suj. Aquelas esculturas eram valiosas. (núcleo) A população permanecia apreensiva.(núcleo) *Predicativo do sujeito: atribui característica ao sujeito.

As crianças continuam felizes. OBS. O pred. do sujeito pode aparecer com outros

verbos. As crianças saíram satisfeitas. (V.I. ) Os bancários terminaram o trabalho aliviados. (V.T.D.) Verbo-nominal: expressa dupla informação: ação e estado. Os operários chegaram cansados. *Predicativo do objeto: atribui característica ao objeto.

Os colegas consideram Daniel inteligente. (objeto direto) Chama-lhe ingrato. (objeto indireto) ______________________________________________ Distinção entre Predicativo do objeto e Adjunto adnominal * O Predic. do Objeto não pertence ao mesmo termo do objeto. Os alunos acharam a prova fácil. (Os alunos acharam-na fácil) * O Adjunto adnominal pertence ao mesmo termo do objeto. Os alunos fizeram uma prova fácil. (Os alunos fizeram-na.) ______________________________________________ Estrutura do Predicado Verbal: formado de verbo

transitivo e verbo intransitivo. V. Intransitivo: As árvores florescem na primavera. V.T.Direto: Os pássaros fazem seus ninhos.(fazem-nos) V.T.Indireto: O imóvel pertence aos herdeiros. (pertence-

lhes) V.T.D.I. : Certos alunos escrevem poesias à namorada. Sujeito e Vozes do Verbo

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*Sujeito Agente - voz ativa .

O menino quebrou o copo. *Sujeito Paciente - voz passiva.

O copo foi quebrado pelo menino. O edifício ficou deteriorado pelo tempo.(analítica) Reproduziu-se o acidente no depoimento.(sintética) *Sujeito Agente e Paciente - voz reflexiva.

A garota pintou-se rapidamente. Termos Integrantes - Complementos Verbais / Complemento Nominal / Agente da Passiva Complementos verbais * Objeto Direto : O cheiro de tinta contaminou o

ar.(contaminou-o) * Objeto Indireto : A notícia não agradou ao povo ( não

lhe agradou) * Objeto Direto Preposicionado: Amar a Deus sobre

todas as coisas (amá-lo) Estimava aos parentes. (estimava-os) A Abel matou Caim . (nas inversões) O capitão arrancou da espada.(colorido semântico) É o homem a quem amo. (amo-o) A notícia sensibilizou a todos. .Complemento Nominal:completa substantivo, adjetivo

ou advérbio.(com preposição) A lembrança do passado martelava-lhe na cabeça. O porão da casa estava cheio de ratos. Os bons políticos agiram favoravelmente ao povo. Agente da Passiva: termo que indica quem pratica a

ação sofrida pelo verbo. A cidade estava rodeada de saqueadores. Elenira era respeitada pelos companheiros do patrão. A grama fora cortada por Marilisa.

Termos Acessórios: Adjunto Adnominal / Adjunto Adverbial / Aposto / Vocativo Adjunto Adnominal: acompanha o nome

As nossas três pipas coloridas contrastavam com o céu azul.

Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal * Adjunto adnominal - termo preposicionado apresenta

ideia de agente. A redação do aluno foi perfeita. (o aluno redige) * Complemento Nominal - termo preposicionado

apresenta ideia de paciente A redação da lei não foi bem interpretada. (a lei foi redigida) ______________________________________________ Adjunto Adverbial: indica circunstância do verbo, do

adjetivo ou do advérbio. O tempo passou rapidamente. / Flávio é muito bom goleiro. / O pessoal saiu bem depressa.

Aposto: termo que explica, resume, esclarece outro

termo da oração. São Paulo, a maior capital do Brasil, vive hoje problemas sociais. Aqui está a mercadoria pedida: arroz, feijão e material de limpeza. O rio Amazonas é o maior do país. Os convidados não foram à festa, o que deixou o aniversariante frustrado. Vocativo: desligado da estrutura da oração, usado para

chamar/interpelar a pessoa. Companheiros, a decretação da greve será necessária Tenham cuidado com os copos, meus filhos.

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO Tipos de Oração: - Oração Absoluta - forma o período simples.

- Hoje as lojas estão movimentadas. - Oração Coordenada - mantém relação de

independência. Fomos ao cinema, mas ele estava lotado. - Oração Subordinada - depende sintaticamente de

outra oração. Procurei quem digitasse o trabalho. - Oração Principal - é aquela da qual a oração

subordinada depende. Procurei quem digitasse o trabalho. Coordenação- Oração Coordenada *Assindética - sem conjunção - Chegou, gostou, ficou

para sempre. *Sindética - com conjunção coordenativa

1.aditivas: ideia de adição (e, nem, mas também, mas ainda, como também...).

Os cubanos não só conheciam a música, mas também a literatura brasileira. 2.adversativas: ideia de contraste, de oposição.(mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto...)

Aquela estrada era perigosa, entretanto era muito usada. 3.alternativas: ideia de alternância.(ou, ou...ou, ora...ora, já...já...).

Ora chama pela mãe, ora procura o pai. 4.explicativas: expressam motivo, razão, explicação. (porque, que, pois (antes do verbo). É bom ser

criticado, porque assim crescemos interiormente. 5.conclusivas: ideia de conclusão.(logo, portanto, por conseguinte, pois (depois do verbo). Falta carne no

mercado; conheça, pois, a comida vegetariana.

SUBORDINAÇÃO – ORAÇÃO SUBORDINADA *Oração Subordinada Substantiva - tem função sintática.

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Conector: Conj. Integrantes:que e se (substituível por ISTO)

1) Subjetiva: sujeito da O. Principal . Cumpre que estudemos a lição. 2)Objetiva Direta: O.D. da O.Princ. Espero que os

reprovados aprendam a lição.

3)Objetiva Indireta: O.I. da O.Princ. Precisamos de que acabem as lutas. 4)Completiva Nominal: C.N. da O.P. Estamos desejosos de que a paz seja duradoura. 5)Predicativa: Pred. do Suj. da O.P. (v. ligação) Nossa

esperança é que os povos vivam em paz. 6) Apositiva: aposto da O.P. Queremos somente isto:

que a distribuição de renda seja mais justa.

Oração Subordinada Adjetiva - tem a função do adjetivo. Conector: Pronome Relativo (que=o qual ; quem, cujo, onde)

Assistimos a cenas que deprimem (cenas deprimentes) 1) Restritivas: restringem o sentido do termo a que se

referem. Os homens que são honestos merecem nosso diálogo. 2) Explicativas: tomam o termo a que se referem no seu

sentido amplo (à semelhança de um aposto). Sempre isoladas por vírgulas. Os homens, que são seres racionais, merecem nosso diálogo.

*Oração Subordinada Adverbial- tem a função de advérbio e funciona como adjunto adverbial da O.P.

Classificação feita segundo o sentido da circunstância adverbial que expressa. 1)Causais:ideia de causa.(porque, visto que, já que, porquanto, na medida em que, como, uma vez que...)

Chegou cansado, visto que seu trabalho fora muito pesado. 2)condicionais: ideia de condição. (se, caso, contanto que, desde que...)

Viajaremos ainda hoje, desde que o tempo continue bom. 3) consecutivas: ideia de consequência.( que(tal, tanto, tamanho, tão), de sorte que...) Estávamos tão cansados

na viagem que víamos imagens duplas. 4)conformativas: ideia de conformidade.(como, conforme, segundo, consoante...)

Segundo dizem os cientistas, a sociedade das formigas tem uma perfeita organização. 5) concessivas: ideia contrária.(embora, ainda que, se bem que, por mais que, posto que, conquanto, não obstante ...).Por mais que estude, ainda tem muito que

aprender.

6)comparativas:apresentam o 2º termo da comparação.(como, mais.. do que, menos...que, tão...como, tanto...quanto...) Nós corríamos como

lebres assustadas. 7)proporcionais: ideia de proporção. (à medida que, à proporção que...)

À proporção que limpávamos os livros, o cheiro de bolor sumia. 8) finais: ideia da finalidade do fato expresso na O.P.(a fim de que, para que...)

Fiz minha autocrítica a fim de que me sentisse melhor. 9) temporais:ideia do tempo em que ocorre o fato. (quando, logo que, até que, sempre que, enquanto, assim que, mal ...) Eu ficaria lendo até que o sono

viesse.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Regras Especiais 1. Adjetivo referente a vários substantivos de gêneros diferentes:

quando posposto, concorda com o mais próximo ou fica no masculino plural:

Dedicava-se todo seu tempo ao comércio e à navegação costeira (ou costeiros)

quando anteposto, concorda com o mais próximo, se

funcionar como adjunto adnominal; se predicativo (do sujeito ou do objeto), pode concordar com o mais próximo ou ficar no plural.

Nunca vi tamanho desrespeito e ingratidão.(adjunto adnominal) Permaneceu fechada a janela e o portão. (predicativo do sujeito) Encontrei abandonados a sala e o pátio (predicativo do

objeto) 2. Dois ou mais adjetivos referentes a um substantivo

determinado por artigo admitem duas concordâncias: Estudo as línguas italiana e francesa. Estudo a língua italiana e a francesa. 3. É proibido, é necessário, é preciso, é bom Quando se refere a sujeito de sentido genérico, o adjetivo fica sempre no masculino singular: É proibido entrada de estranhos no recinto. Fruta é bom para a saúde.

Mas, se o sujeito for determinado por artigos ou pronomes, a concordância é feita normalmente É proibida a entrada É necessária sua compreensão.

Os adjetivos e as palavras adjetivas ( artigos, pronomes adjetivos, numerais) e particípios - concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem. Os seus dois recentes livros foram lançados no

exterior.

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4.As palavras bastante, meio , pouco, muito caro, barato, longe, só :

com valor de adjetivo, concordam normalmente com o substantivo Estas frutas estão caras. Já é meio-dia e meia (hora)

com valor de advérbio, são invariáveis A porta, meio aberta, deixava ver o interior da sala. As frutas custaram caro? Obs.: A palavra bastante tem dois valores gramaticais. Para distingui-los, lembre-se de que, como advérbio, ela equivale a "muito, demais" e é invariável; como adjetivo, equivale a "muito(a), muito(as) e é variável. Observe os exemplos: Ele conhece bastantes países. Ele trabalhou bastante neste inverno. 5. Os adjetivos anexo, obrigado, mesmo, próprio, só, incluso, apenso, leso, quite concordam com o

substantivo a que se referem. Seguem anexas / inclusas as notas promissórias. Ela mesma providenciou ATENÇÃO

1) Os advérbios só (equivalente a somente), menos, pseudo e alerta e a expressão em anexo são sempre invariáveis.

Ela só espera uma nova oportunidade. Vou tomar um sorvete com menos calorias. Os vizinhos estavam alerta para impedir a violência. Leia a carta e veja as fotografias em anexo. 2) Pseudo e todo – usados em termos compostos

ficam invariáveis. A pseudo-sabedoria dos tolos é bem grande. A fé todo-poderosa que nos guia é nossa salvação. _____________________________________ 6. O adjetivo possível , nas expressões superlativas o mais possível, o melhor possível, o menos possível, o pior possível , concorda em número com o artigo.

Os alimentos eram o mais baratos possível . (ou os mais baratos possíveis) 7. Tal e qual – tal, como todo determinante, concorda em

gênero e número com o determinado: Tal opinião é absurda. // Tais razões não me movem. Em correlação, tal qual também procedem à mesma concordância. Ele não era tal quais seus primos. Os filhos são tais qual o pai. Os boatos são tais quais as notícias. 8. A olhos vistos É tradicional o emprego da expressão a olhos vistos no sentido de claramente, visivelmente, em referência a nomes femininos ou masculinos: “... padecia calada e definhava a olhos vistos”. 9. Adjetivo composto

Nos adjetivos compostos de dois ou mais elementos referidos a nacionalidades, a concordância em gênero e

número com o determinado só ocorrerá no último adjetivo do composto.

Acordo luso-brasileiro Lideranças luso-brasileiras. 10. Concordância do pronome

O pronome, como palavra determinante, concorda em gênero e número com a palavra determinada. Emprega-se o pronome oblíquo os em referência a nome de

diferentes gêneros. “A generosidade, o esforço e o amor ensinaste- os tu

em toda a sua sublimidade.” 11. Particípios que passaram a preposição e advérbios

Alguns particípios passaram a ter emprego equivalente a preposição e advérbio (por exemplo:exceto, salvo, mediante, não obstante, tirante, etc.) e, como tais,

normalmente devem aparecer invariáveis. Entretanto, não se perdeu de todo a consciência de seu antigo valor, e muitos escritores procedem à concordância necessária. “Os tribunais, salvas exceções honrosas, reproduziam... todos os efeitos do sistema.” A língua moderna dá preferência a dizer “salvo exceções” , “salvo a hipótese”.

CONCORDÂNCIA VERBAL Regra Geral

O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. O cigarro deve ser evitado; a poluição pode ser eliminada. Bastam alguns minutos de guerra, e o mundo se acaba.

CONCORDÂNCIA DO VERBO COM SUJEITO SIMPLES 1. Quando o sujeito for representado por um substantivo coletivo, o verbo ficará no singular. A torcida invadiu o campo e agrediu o juiz.

Quando o sujeito coletivo estiver acompanhado de adjunto ou distante do verbo, admite-se o verbo no plural. O grupo de estudantes gritavam (ou gritava) palavras

de ordem. O elenco se reuniu e, depois de quinze minutos de muita discussão, resolveram (ou resolveu) continuar o espetáculo. 2. Quando o sujeito for representado por nomes próprios de lugar ou título de obra:

o verbo ficará no plural se o nome estiver precedido

de artigo no plural Os Estados Unidos estão concedendo ajuda financeira aos países assolados pela seca.

o verbo ficará no singular, se o nome não estiver

precedido de artigo ou se o artigo estiver no singular. Contos Novos é uma das obras de Mário de Andrade.

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O Amazonas nasce em território peruano. 3. Quando o sujeito for um pronome de tratamento, o verbo ficará na 3ª pessoa . Vossa Senhoria está melhor agora? 4. Quando o sujeito for representado pelo pronome relativo que, o verbo concordará com o antecedente do

pronome. Hoje somos nós que cuidaremos do almoço. 5. Quando o sujeito for representado pelo pronome relativo quem , o verbo poderá ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com a pessoa do antecedente do

pronome. Fui eu quem fez a pesquisa. Fui eu quem fiz a pesquisa. 6. Quando o sujeito for o pronome relativo da expressão um dos que, o verbo ficará no plural (mais comum) ou no singular (mais raro). Uma das pessoas que desconfiavam (ou desconfiava ) de nós era João. 7. Quando o sujeito for um pronome interrogativo ou indefinido singular seguido das expressões de nós, de vós, dentre nós, dentre vós, o verbo ficará na 3ª pessoa do singular.

Qual de nós apitará o jogo amanhã? Algum dentre vós é o culpado.

Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no plural, o verbo ficará na 3ª pessoa do plural ou concordará com o pronome pessoal da expressão. Quais de nós sabem (ou sabemos) da verdade? Quais de vós sabem ( ou sabeis ) da verdade?

8. Quando o sujeito for expressão partitiva (parte de, uma porção de, a maioria de, grande parte de, a maior parte de) seguida de um substantivo no plural, o verbo ficará no singular ou no plural. A maioria dos funcionários preferiu (ou preferiram) férias coletivas. 9. Quando o sujeito contiver uma expressão que denota quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de, menos de), o verbo concordará com o numeral que o

acompanha. Cerca de dez mil pessoas assistiram ao campeonato mundial de futebol. Mais de uma pessoa correu em direção à porta de emergência.

Se a expressão mais de um estiver associada a

verbos com idéia de reciprocidade, o verbo ficará no plural.

Mais de um atleta se abraçaram entusiasticamente. (uns aos outros) * Se a expressão mais de um vier repetida , o verbo ficará no plural. Mais de um vereador, mais de um prefeito desistiram da eleição. 10. Quando o sujeito for a palavra relógio, sino, carrilhão ou o número de horas, o verbo concordará com esse sujeito, em se tratando dos verbos dar, bater e soar.

Davam três horas quando ele chegou ao recinto. O carrilhão da sala de jantar deu dez horas. Casos Especiais 1. Os verbos transitivos diretos ou os transitivos diretos e indiretos, quando apassivados pelo pronome se , concordam com o sujeito: Vendem-se casas e terrenos a prazo.

Se passarmos essa frase para a voz passiva analítica, a concordância do verbo com o sujeito ficará bem clara. Casas e terrenos são vendidos a prazo. Os demais verbos - de ligação, intransitivos e transitivos indiretos - , quando seguidos do pronome se, (índice de indeterminação do sujeito), ficam na 3ª pessoa do singular, porque seu sujeito é indeterminado

Precisa-se de serventes de pedreiro. 2. Os verbos impessoais, por não apresentarem sujeito (orações sem sujeito), ficam na 3ª pessoa do singular .

São impessoais: * os verbos que indicam fenômenos da natureza. Relampejou a noite toda. * o verbo haver com o sentido de "existir, acontecer". Já houve duas discussões sérias entre nós.

os verbos haver, fazer, estar, ir quando indicam

tempo. Há meses não o vejo Faz dois anos que não tiro férias. Está frio hoje. Vai em dois ou mais anos que eles se separaram. Obs. Nas locuções verbais, o verbo impessoal transmite sua impessoalidade ao verbo auxiliar. Ainda deve haver ingressos para o espetáculo de amanhã. Está fazendo alguns dias que ela esteve aqui. 3. Nas frases em que ao verbo parecer segue-se um infinitivo podem ocorrer dois tipos de concordância: Os exames parecem terminar mais cedo hoje. Os exames parece terminarem mais cedo hoje.

4. A expressão haja vista pode ser empregada de três

modos, embora a construção mais freqüente dessa expressão, com o valor de veja,é ter o verbo invariável,

qualquer que seja o número do substantivo seguinte. Hajam vista os quadros deste pintor. Haja vista os quadros deste pintor. Haja vista aos quadros deste pintor. 5. A concordância do verbo com sujeito oracional

Fica no singular o verbo que tem por sujeito uma oração, que, tomada materialmente, vale por um substantivo do número singular e do gênero masculino.

Parece que tudo vai bem. “Cá não se usa as noivas andarem a namoriscar à

surdina.” É bom que compreendas estas razões. 6. Concordância nas expressões de porcentagem.

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Nas linguagens modernas em que entram expressões numéricas de porcentagem, a tendência é fazer concordar o verbo com o termo preposicionado que especifica a referência numérica:

Noventa por cento do Brasil assistiu à transmissão dos jogos da Copa.

Noventa por cento dos brasileiros assistiram aos jogos da

Copa.

7. Concordância na Locução Verbal

Havendo locução verbal cabe ao verbo auxiliar concordar com o sujeito.

Bem sei que me podem vir com duas objeções que geralmente se costumam fazer.

Se se considera costumar fazer como dois verbos principais sem que haja locução verbal, o costumar terá como sujeito a 2ª oração que, considerada materialmente, vale como substantivo do número singular.

“Não se costuma punir os erros dos súditos sobre a efígie

venerável dos monarcas.”

CONCORDÂNCIA DO VERBO COM O SUJEITO COMPOSTO 1. Se o sujeito composto estiver anteposto ao verbo, este ficará no plural. O fazendeiro e o delegado compareceram à reunião dos agricultores. 2. Se o sujeito composto estiver posposto ao verbo, este concordará com o núcleo mais próximo ou com todos, ficando no plural.

Foi ao cinema a mãe, os filhos e a filha. Foram ao cinema a mãe, os filhos e a filha. 3. Se o sujeito composto for constituído por pessoas gramaticais diferentes, o verbo ficara no plural.

Havendo a 1ª pessoa ( eu, nós), ela prevalece sobre todas as outras; havendo 2ª pessoa (tu, vós) e 3ª pessoa (ele, eles), o verbo pode ficar na 2ª ou na 3ª pessoa. Eu, tu e ele ficaremos juntos no grupo de teatro. Tu e ele sois amigos? Tu e ela são amigos?

4. Se os elementos do sujeito estiverem unidos por ou, o verbo ficará no singular ou no plural, de acordo com o valor semântico da conjunção ou , se ela exprimir: * exclusão, o verbo ficará no singular. João ou Paulo dirigirá o carro agora. * retificação, o verbo concordará com o elemento mais próximo. O pai ou os pais dela virão falar com você hoje à tarde. * adição, o verbo ficará no plural. Cinema ou teatro agradam-me.

5. As expressões um ou outro exige verbo no singular. Um ou outro rapaz tinha a intenção de permanecer nesse emprego.

6. Se o sujeito for um e outro, o verbo ficará no singular ou no plural. Um e outro saiu (ou saíram)

Obs.: Constituído o sujeito pela série nem um nem outro,

fica o verbo no singular. Nem um nem outro sistema pode ser bom para o país.

7. Se os núcleos do sujeito forem ligados por com, o verbo ficará no plural. A mulher com as filhas entraram apressadamente na

loja. * O verbo pode ficar no singular quando se deseja enfatizar o primeiro elemento. O prefeito, com sua pequena comitiva, atrapalhou a

festa. 8. Se o sujeito for ligado por conjunções do tipo tanto ... como, não só ... mas também, o verbo ficará no plural.

Tanto Emília como Leonor estimam-no muito. 9. Se os núcleos do sujeito são infinitivos, o verbo ficará no singular.

Levantar cedo e bater cartão é a nossa rotina. * Se os infinitivos vierem determinados por artigo ou se forem antônimos, o verbo poderá ir para o plural

O levantar cedo e o bater cartão são a nossa rotina. Imergir e emergir eram tarefas do mergulhador. 10. Se sujeito composto for resumido por pronome indefinido (tudo, nada, ninguém) o verbo fica no singular. Parentes, vizinhos, conhecidos, ninguém duvidava de sua honestidade. Conselhos, advertências, repreensões, nada o demovia daquela idéia. 11. Se o sujeito for composto por núcleos sinônimos ou em enumeração gradativa, pode-se usar, indiferentemente, a concordância com todos os núcleos ou com o mais próximo. Raiva e ódio de todos o dominava (ou dominavam)

naquele instante. Um dia, um mês, um ano não bastava (ou bastavam) para esquecer a partida do filho. 12. A concordância no aposto

Quando a um sujeito composto se seguem, como apostos, expressões e valor distributivo como cada um, cada qual, o verbo, posposto a tais expressões,concorda

com elas: Pai e filho cada um seguia por seu caminho. Se o verbo vem anteposto a essas expressões, dá-se normalmente a concordância no plural com o sujeito composto ou no plural: “(...) não era possível que os aventureiros tivessem cada um o seu cubículo. Eles saíram cada um com sua bicicleta. CONCORDÂNCIA DO VERBO SER

A concordância do verbo de ligação SER costuma variar, ora se fazendo com o sujeito ora com o predicativo.

1. Quando o sujeito ou o predicativo for constituído por nome de pessoa ou por um pronome pessoal, a

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concordância do verbo ser se fará com a pessoa gramatical. Renato era as esperanças dos torcedores. A mais viva manifestação de entusiasmo da classe são eles. 2. Quando ou o predicativo ou o sujeito for nome de coisa ou estiver no singular e o outro no plural, o verbo ser concordará preferencialmente com o que estiver no plural. Os livros são a minha paixão. A minha paixão são esses quadros antigos. * Nesse caso, também se faz a concordância com o elemento que se quer enfatizar. A vida é esperanças. 3. Quando o sujeito for um dos pronomes tudo, isso, isto, aquilo, o verbo ser concordará de preferência com

o predicativo. Aquilo eram os restos da ceia. 4. Quando o verbo ser constituir, junto com seu predicativo, as expressões é muito, é pouco, é mais de, é menos de é tanto, especificando preço, peso, medida,

quantidade, ele ficará invariável. Cinco quilos de peixe é muito. É pouco vinte dólares. 5. Quando indicar hora e distância, o verbo ser concordará com o predicativo. Nesse caso, ele é impessoal, ou seja , não apresenta sujeito. Daqui até a feira, são dois quilômetros. É uma hora. São 64 quilômetros de estrada perigosa no trecho da Via Dutra que vai de Arujá a São Paulo * Na indicação de datas, o verbo ser admite duas construções. É (dia) doze de junho. São doze (dias) de junho

SINTAXE DE REGÊNCIA / CRASE REGÊNCIA NOMINAL

Ë a maneira de o nome se relacionar com seus complementos. Eis alguns nomes interessantes quanto à regência: Acostumado a/com (estar acostumado a/com

assaltos). Adido a (ser adido a uma embaixada) Adjunto a (ser adjunto a imprensa em palácio) Afável a/com/para com (Parecia afável a/ com/ para com todos). Afeiçoado a / por (afeiçoado aos estudos ; afeiçoado pela vizinha) Aflito com/por (aflito com a notícia; estar aflito por não

ter notícia) Amizade a/por/com (ter amizade à/pela/com a irmã

mais velha) Analogia com/entre (Não há analogia com/entre os

fatos históricos)

Apaixonado de/por (Era um apaixonado das/pelas

flores). Apto a/para (Estava apto ao/para o desempenho das

funções) Assíduo em (ser assíduo em bailes; ser assíduo nas aulas. Não convém usar: assíduo a Atenção a/para (prestar atenção a/para tudo). Não convém usar atenção em. Ávido de/por (Um homem ávido de/ por novidades) Chute a (treinar chutes a gol) Constituído de/por (Um grupo constituído de/por

várias turmas). Consulta a (fazer consulta ao dicionário; fazer consulta a um médico.) Contemporâneo a/de (Um estilo contemporâneo ao/do

Modernismo) Curioso de (estar curioso de saber notícias de lá) Deputado por (ser deputado por Goiás; tornar-se deputado pela Bahia). Desacostumado a/com (estar desacostumado a/com

eleições) Devoto a/de (Um aluno devoto às/das artes) Equivalente a/de (produto equivalente ao/do melhor do

mundo) Falho de/em (Um político falho de/em caráter) Falta a (sua falta ao trabalho, nossa falta à aula de

ontem). Grudado a (a bala ficou grudada aos dentes) Imbuído de/em (Ela estava imbuída de/em vaidades) Incompatível com (A verdade é incompatível com a

realidade) Invasão de (a invasão da Checoslováquia pelos russos; a invasão norte-americana de Granada). Quando aparece adjunto adnominal, rege em: a invasão dos russos (ou russa) no Afeganistão. Liderança sobre (exercer liderança sobre a classe

trabalhadora. Morador em (ser morador em bairro nobre; ser morador na Rua da Saudade). Ódio a/contra ( não ter ódio a/contra ninguém) Palpite sobre (dar palpite sobre um jogo da loteria esportiva). Não convém usar palpite para. Passagem por (a passagem de aviões russos por território alemão oriental). Não convém usar passagem sobre. Passível de (O projeto é passível de modificações) Preferência a/por (manifestar preferência a/por um

filho). Preferível a (a democracia é preferível a qualquer outro

regime de governo). Presente a (com nomes abstratos); presente em (com

nomes concretos). Ex.: estar presente a uma recepção; estar presente no

estádio. Pressão sobre (o vento faz pressão sobre a janela). Não convém usar pressão em. Propenso a/para (Sejam propensos ao / para o bem) Residente em (ser residente na Praça da Paz, na Rua da Alegria. Não convém usar residente a . Senador por (ser senador por Goiás; tornar-se senador pela Bahia). Sito em (o armazém sito na Rua da Paz, fechou). Não convém usar sito a. Situado em (estar situado em bairro distante; ficar situado na Rua da Alegria). Não convém usar situado a. Vizinho a/de (Um prédio vizinho ao / do meu)

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REGÊNCIA VERBAL

As palavras de uma oração relacionam-se entre si

para formar um todo significativo. Essa relação necessária que se estabelece entre duas palavras, uma das quais serve de complemento a outra, é o que se chama de Regência. A palavra dependente denomina-se Regida, e o termo a que ela se subordina, Regente.

Há verbos que admitem mais de uma regência, sem mudar de sentido. Exemplos: Cumpriremos o nosso dever. = Cumpriremos com o nosso dever. José não tarda a chegar. = José não tarda em chegar. Esforcei-me por não contrariá-lo. = Esforcei-me para não contrariá-lo. Outros verbos, pelo contrário, assumem outra significação, quando se lhes muda a regência. Aspirei o aroma das flores. = sorver, absorver Aspirei ao sacerdócio. = desejar, pretender Bonifácio assistiu ao jogo. = presenciar, ver O médico assistiu o enfermo. = prestar assistência, ajudar Olhe para ele. = fixar o olhar Olhe por ele. = cuidar, interessar-se

É importante conhecer a classificação dos verbos quanto à predicação, para que se entenda a regência verbal: Observe o quadro:

Classificação

Características

Exemplo

Verbo de ligação (V.L)

Não tem significação própria. Liga o sujeito ao predicativo

Ele era excelente aluno. As cidades ficaram

alagadas.

Verbo intransitivo (V.I)

Com significação completa, não precisa de complemento. Pode estar seguido de adjuntos adverbiais ou predicativos.

Anoiteceu. O menino sorriu satisfeito. O Presidente viajou nesta manhã.

Verbo Transitivo Direto (V.T.D)

Com significação incompleta, pede complemento sem preposição - objeto direto.

Assinei ...o quê

.... a duplicata. Vimos ...quem

... as crianças na praça.

Verbo Transitivo Indireto (V.T.I.)

Com significação incompleta, pede complemento com preposição - objeto indireto.

Gosto ...de que... de filmes

policiais. Obedeçam ... a que ... ao

regulamento.

Verbo Transitivo Direto e Indireto (V T D I)

Com significação incompleta, pede dois complementos, um sem preposição- objeto direto; outro com preposição - objeto indireto.

O povo deu-lhe razão VTDI OI OD Avisamos os alunos sobre o exame. VTD I OD OI

* É interessante recordar o que é preposição e

quais são as palavras que pertencem a essa classe gramatical. Preposição é a palavra invariável que liga duas

outras entre si, estabelecendo uma relação de regência. São preposições essenciais:

Regência de alguns verbos: 1. abraçar: pede objeto direto

Ex.: Eu o abracei pelo seu aniversário. 2. agradar : pede objeto direto, quando significa acariciar, fazer carinhos.

Ex.: O pai a agradava. No sentido de ser agradável exige objeto indireto. Ex.: A resposta não lhe agradou. 3. ajudar: pede objeto direto ou indireto.

Ex.: Nós sempre os ajudamos nas dificuldades. “Tendes vossos pais; ajudai-lhes a levar a sua cruz” (Colóquios Aldeões, 24) 4. aspirar: pede objeto direto, quando significa sorver, chupar, atrair o ar aos pulmões. Ex.: Aspiramos o perfume das flores. No sentido de ambicionar, desejar, pede objeto indireto. Em tal caso não admite o seu objeto indireto representado por pronome átono. Ex.: Jamais aspirou a ela (e não: lhe aspirou) Todos aspiram a vós (e não: vos aspiram)

a -ante - até - após - com - contra - de - desde - em - entre - para - per - perante - por - sem - sobre - sob - trás.

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5. assistir: pede objeto indireto iniciado pela preposição a, quando significa estar presente a, presenciar. Em tal caso não

admite o seu objeto indireto representado por pronome átono. Ex.: Ontem assistimos ao jogo. Não pude assistir a ele. (e não: lhe assistir) No sentido de ajudar, prestar socorro ou assistência, servir acompanhar pede indiferentemente objeto direto e indireto. Ex.: O médico assistiu o doente. (objeto direto). O médico o assistiu. O médico assistiu ao doente. (objeto indireto). O médico lhe assistiu. Obs.: Este último emprego ocorre com mais freqüência.

No sentido de morar, residir – emprego que é clássico e popular – constrói-se com a preposição em: “Entre os que assistiam em Madri...” No sentido de assistir o direito, caber pede objeto indireto de pessoa: Ex.: Não lhe assiste o direito de reclamar. 6. atender: pede objeto direto ou indireto.

Ex.: “Assevera D.Francisco M.de Melo que na criação destes corpos consultivos D.João IV atendera mais os desejos dos que aspiravam aos lugares do que as próprias opiniões.” “... e ambos capitães, sem atenderem às promessas de Castela, partiram de Cádis”. Obs.: Se o complemento é expresso por pronome átono, a tradição da língua dá preferência às formas o a, os, as em vez de lhe, lhes.

Ex.: “Não querem que el-rei o atenda.” 7. atingir: não se constrói com a preposição a em linguagem do tipo: A quantia atingiu cinco mil reais (e não: a cinco mil reais)

O progresso atingiu um ponto surpreendente. 8. chamar: no sentido de solicitar a presença de alguém, pede objeto direto. Ex.: Eu chamei José. Eu o chamei.

No sentido de dar nome, apelidar pede objeto direto ou indireto e predicativo do objeto, com ou sem preposição. Ex.: Chamavam-lhe tolo. Chamavam-lhe de tolo. Nós o chamamos tolo. Nós o chamamos de tolo. No sentido de invocar pedindo auxílio ou proteção, rege objeto direto com a preposição por como posvérbio. 9. chegar: pede a preposição a junto à expressão locativa:

Ex.: Cheguei ao Colégio com pequeno atraso. O emprego da preposição em, neste caso, corre vitorioso na língua coloquial e já foi consagrado entre escritores modernos. Obs.: Em cheguei na hora exata, a preposição em está usada corretamente porque indica tempo, e não lugar. 10. conhecer: pede objeto direto. Ex.: Todos conheceram logo o José. Ela a conheceu no baile.

11. convidar: pede objeto direto. Ex.: Não os convidaram ao passeio. 12. custar: no sentido de ser difícil, ser custoso, tem por sujeito aquilo que é difícil. Ex.: Custam-me estas respostas. Se o verbo vem seguido de um infinitivo, este pode ou não vir precedido da preposição a. Ex.: Custou-me resolver estes problemas. Custou-me a resolver estes problemas.

Na linguagem coloquial, o sujeito é a pessoa a quem o fato é difícil. Ex.: Custei resolver estes problemas. 13. esperar: pede objeto direto puro ou precedido da preposição por, como porvérbio(marcando interesse). Ex.: Todos esperavam Antônio. Todos esperavam por Antônio. 14. esquecer: pede objeto direto da coisa esquecida. Ex.: Não os esquecemos.

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A coisa esquecida pode aparecer como sujeito e a pessoa passa a objeto indireto. Ex.: Esqueceram – nos os livros. / Esqueceu-te o meu aniversário. Esquecer-se, pronominal, pede objeto indireto encabeçado pela preposição de. Ex.: Esqueci-me dos livros. 15. implicar: no sentido de produzir como conseqüência, acarretar, pede objeto direto.

Ex.: Tal atitude não implica desprezo. São esses os benefícios que a recuperação implica. Obs.: Deve-se evitar o emprego da preposição em neste sentido: Isso implicava em desprezo.

16. ir: pede a preposição a ou para junto à expressão de lugar. Ex.: Fui à cidade. / Foram para França. Obs.: “Nem sempre é indiferente o emprego de a ou para depois do verbo ir e outros que denotam movimento. A

preposição a ora denota a simples direção, ora envolve a idéia de retorno. A preposição para lança a atenção do nosso ouvinte para o ponto terminal do movimento ou não condiciona a idéia de volta ao local de partida. Nesta última acepção pode trazer para a idéia de transferência demorada ou definitiva para o lugar.”(Bechara, Evanildo) Deve-se evitar a construção popular: Fui na academia.

17. morar: pede a preposição em junto à expressão de lugar. Ex.: Atualmente eu moro em Curitiba. Com os verbos residir, situar e derivados, emprega-se a preposição em. Ex.: João reside na Rua das Carmelitas. / Prédio sito na Av. Marechal Deodoro. 18.obstar: pede o objeto indireto.

Ex.: “’E certo que outros entendiam serem úteis os castigos materiais para obstar ao progresso das heresias...” Com objeto indireto oracional pode omitir-se a preposição. 19.Obedecer: pede objeto indireto.

Os alunos obedeceram ao professor. Nós lhe obedecemos. 20. pagar: pede objeto direto do que se paga e indireto de pessoa a quem se paga.

Ex.: Pagaram as compras(obj. dir.) ao comerciante. (obj. ind.) Pagamos-lhe a consulta. 21. perdoar: pede objeto direto de coisa perdoada e indireto de pessoa a quem se perdoa.

Ex.: Eu lhe perdoei os erros. Não lhe perdoamos. 22. presidir: pede objeto direto ou indireto com a preposição a.

Ex.: Tu presidiste a reunião. (objeto direto) Tu presidiste à reunião. (objeto indireto) Pode-se dizer ainda: Tu presidiste na reunião. Ninguém lhe presidiu. Ninguém presidiu a ela. 23. preferir: pede a preposição a junto ao seu objeto indireto. Ex.: Prefiro o cinema ao teatro. Prefiro estudar a ficar sem fazer nada. Erra-se empregando-se depois deste verbo alocução do que. Ex.: Prefiro estudar do que ficar sem fazer nada. Recomenda-se que não se construa este verbo com os advérbio : mais e antes: prefiro mais, prefiro antes. 24. proceder: no sentido de iniciar, executar alguma coisa, pede objeto indireto com a preposição a. Ex.: O juiz vai proceder ao julgamento. 25. querer: no sentido de desejar pede objeto direto.

Ex.: Eu quero uma casa no campo. Significando querer bem, gostar, pede objeto indireto de pessoa. Ex.: Despede-se o filho que muito lhe quer.

26. responder: pede, na língua padrão, objeto indireto de pessoa ou coisa a que se responde, e direto do que se responde. Ex.: “O marido respondia a tudo com as necessidades políticas.”(M. DE ASSIS, Memórias Póstumas, 210)

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“Não respondera Cristina senão termos agradecidos à escolha...” (CAMILO, O bem e o Mal, 99) O objeto indireto pode ser representado por pronome átono. Ex.: Vou responder-lhe. Admite ser construído na voz passiva. Ex.: “... um violento panfleto contra o Brasil que foi vitoriosamente respondido por De Angelis.”

27. satisfazer: pede objeto direto ou indireto. Ex.: Satisfaço o seu pedido. Satisfaço ao seu pedido. 28. servir: no sentido de estar ao serviço de alguém, pôr sobre a mesa uma refeição, pede objeto direto. Ex.: Este criado há muito que o serve.. Ela acaba de servir o almoço.

No sentido de prestar serviço, pede objeto indireto com a preposição a. Ex.: Sempre servia aos amigos. No sentido de ser de utilidade, pede objeto indireto iniciado por a ou para ou representado por pronome (átono ou tônico) Ex.: Isto não lhe serve; só serve para ela. No sentido de oferecer alguma coisa a alguém: Ex.: Ela nos (obj.indir.) serviu gostosos docinhos.(obj.dir.)

29. socorrer: no sentido de prestar socorro pede objeto direto de pessoa. Ex.: Todos correram para socorre-lo. Pronominal, com sentido de valer-se, pede objeto indireto iniciado pelas preposições a ou de . Ex.: Socorreu-se ao empréstimo. Socorremo-nos dos amigos nas dificuldades. 30. suceder: no sentido de substituir, ser o sucessor de, pede objeto indireto. Ex.: D.Pedro I sucedeu a D.João VI. Nós lhe sucedemos na presidência do Clube. 31. ver: pede objeto direto. Ex.: Nós o vimos na cidade. 32. visar: no sentido de mirar, dar o visto em alguma coisa, pede objeto direto.

Ex.: Visavam o chefe da rebelião. O inspetor visou o diploma. No sentido de pretender, aspirar, propor-se, pede de preferência objeto indireto iniciado pela preposição a. Ex.: Estas lições visam ao estudo da linguagem. (BECHARA, Evanildo. Lições de Português pela análise sintática, 17ª edição,janeiro/2005) Observações importantes:

1. Os verbos transitivos indiretos não admitem voz passiva. Não são aceitas pela norma culta as construções: O filme foi assistido por nós. Corrija-se: Nós assistimos ao filme. Altos cargos são aspirados por todos. Corrija-se: Todos aspiram a altos cargos Obs.: Estas construções passivas tendem as ser usadas com mais freqüência e algumas delas já se toleram nos meios

cultos. Pagar: Os operários foram pagos. Responder: As cartas serão respondidas. Obedecer: O professor deve ser obedecido. Assistir: A missa foi assistida por todos. Apelar: A sentença foi apelada. Perdoar: Os devedores seriam perdoados. Aludir: Todas essas coisas poderão ser aludidas por ele.

2.A norma culta não aceita o mesmo complemento para verbos de regências diferentes.

São incorretas as frases, tipo:Assisti e gostei do filme. Deve-se dizer: Assisti ao filme e gostei dele. ou Gostei do filme a que assisti.

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3. O pronome relativo pode funcionar com complemento de verbo. Neste caso estará sujeito à regência do verbo do qual é o complemento. Este é o curso a que aspiro. ( aspiro a quê? a que = ao curso) São estas as verdades em que creio. (creio em quê? em que = nas verdades)

4. Os pronomes oblíquos - o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas - são complementos de VTD, ao passo que os pronomes lhe, lhes são complementos de VTI. Visitei-o no hospital. Preciso vê-lo. Enviei-lhe um telegrama.

5. Os verbos assistir (ver), aspirar (pretender) e visar (ter por objetivo) apesar de serem transitivos indiretos não aceitam os pronomes lhe, lhes como complementos. Aceitam apenas as formas a ele. a ela, a eles, a elas.

Aspira à vaga? - Sim, aspiro a ela. Assistiu ao filme? - Sim, assisti a ele.

1. “A preposição que serve a dois termos coordenados pode vir repetida ou calada junto ao segundo (e aos mais termos), conforme haja ou não desejo de enfatizar o valor semântico da preposição:

2. ”(BECHARA, Evanildo,Gramática Escolar da Língua Portuguesa) As alegrias de infância e de juventude. / As alegrias de infância e juventude Precisava da ajuda dos pais e dos parentes. / Precisava da ajuda dos pais e parentes.

______________________________________________ CRASE

Definição: fusão de * a (preposição) + a (artigo feminino) = à * a (preposição) + a (pronome demonstrativo feminino) = à(=aquela) * a (preposição) + aquele, aquela, aquilo(pronomes demonstrativos) = àquele, àquela, àquilo Ex.: Referia-se à duplicata de 15.08.96... (ao documento... Verbo referir-se pede preposição a e duplicata está antecedida pelo artigo

Dedicou-se àquela criança durante muito tempo. (Dedicou-se a esta criança ... verbo dedicou-se pede preposição a ) Minha caneta é igual à que você ganhou.

(Meu lápis é igual ao que você ganhou) Regras práticas:

1. Substituir a palavra feminina por outra masculina, de sentido equivalente. Se aparecer AO deve-se

usar crase diante da palavra feminina. se aparecer apenas A ou O

não se usa crase. (*)

Refiro-me à questão de Matemática. (Refiro-me ao problema de Matemática). Refiro-me a uma questão de Matemática. (Refiro-me a um problema de Matemática).

2. Caso sejam substituídas as palavras aquele(s), aquela(s),aquilo por a este(s), a esta(s), a isto

- deve-se usar crase; se apenas por este(s), esta(s), isto - não se deve

usar crase.

Fez referência àquelas pessoas estranhas. (Fez referência a estas pessoas estranhas). Convidou aquelas pessoas estranhas. (convidou estas pessoas estranhas).

3. Substituir os verbos que indicam direção (ir, vir a, dirigir-se, ...) por “vir”. Se venho da, crase há. Se venho de, crase para quê:

Vou a Roma - Volto de Roma. Dirigiu-se à França. - Voltou da França. Foi à Roma antiga. - Volto da Roma antiga.

* Se houver dificuldade de encontrar palavra masculina equivalente, substitui-se por local, fato, indivíduo,

conforme o sentido da frase. Crase Obrigatória

1. Diante de locuções femininas,

à noite, à tarde, às pressas, às vezes, à direita, à esquerda, às claras, à medida que, às escondidas, à proporção que, e outras.

2. Diante de horas O ônibus sai às dez

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Atualizada 03/02//2014 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

(troca-se as horas por ao meio-dia)

horas. À meia-noite haverá uma surpresa.

Crase facultativa

1.Antes pron. adjetivos possessivos femininos

pronome subst. possessivo = crase obrigatória Obs.: pron possessivo no

plural = crase obrigatória

Enviei o telegrama a sua secretária ou à sua secretária e não à minha(obrigatória)

Fiz referências às minhas alunas

2. Com a locução prepositiva até à / até a

O ônibus vai até a praça Osório ou até à praça Osório.

3. Antes de nomes próprios femininos.

Escrevi a Joana ou à Joana.

Crase proibida

1. Diante de palavras masculinas Exceto se estiver subentendida a palavra moda.

Fez referência a Caetano Veloso. Andar a cavalo. Isso ficou a critério da comissão de investigações. Fez um gol à Zico. Chapéu à Napoleão.

2. Diante de pronomes em geral, inclusive os de tratamento, (exceto senhora, senhorita, dona).

Quanto a essa proposta nada tenho a dizer. Refiro-me a Sua Excelência, o governador. Peça a ela e não a mim esse favor. Entregue isto à Senhora Clarice.

3. Diante de verbos Começou a falar em política Nada tenho a dizer.

4. Diante de palavra no plural antecedida de preposição(sempre sing.)

Não obedeço a leis injustas. Não vou a festas, não assisto a novelas.

5.Diante da palavra terra,

quando empregada em oposição a bordo. 6.Diante de numerais (exceto horas)

O pescador volta a terra depois de um dia cansativo de trabalho. Entregou o prêmio a uma aluna, somente. MAS: Cheguei às 10 horas.

7. Diante da palavra casa,

sem qualquer especificação, (própria casa)

Cheguei a casa cedinho. Cheguei à casa de Pedro. (Cheguei em casa. _ não aceita pela norma culta)

8. No meio de palavras repetidas

Cara a cara, frente a frente, lado a lado, face

a face, uma a uma, etc.

Tipos de A

A - preposição = até, para, da - Vou a Manaus. (Vou

para ...) A - artigo = uma - Consegui a viagem para o exterior.

(Consegui uma viagem ...) A - pronome pessoal = ela ( próximo de verbo, substitui

um nome) Levei-a comigo ao baile. (Levei a menina ao baile...) A - pronome demonstrativo = aquela

Esta pasta é igual a que ganhei no curso. ( é igual àquela que ...) A ou HÁ expressões de tempo

A = Tempo futuro. Daqui a quinze dias, faremos uma

longa viagem. HÁ = tempo passado. Há muitos anos moramos aqui.

PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação estão diretamente relacionados com a sintaxe das orações e das frases, servindo para marcar as pausas e a entonação e também para substituir outros componentes específicos da língua falada, como os gestos e a expressão facial. Desse modo facilitam a leitura e tornam o texto mais claro e preciso. A Entonação

Na fala, a frase é marcada pela entonação, isto é, pelo tom que o falante dá à voz para expressar sua intenção. A pontuação marca na escrita as diferenças de entonação, contribuindo para tornar mais preciso o sentido que se quer dar ao texto. A VÍRGULA A vírgula entre os termos da oração

Há um princípio básico que você deve saber em relação ao emprego da vírgula: nunca separe o sujeito do verbo e o verbo de seus complementos com uma vírgula.

As tardes ensolaradas da primavera traziam doces lembranças ao velhinho. O emprego da vírgula poderá ocorrer se houver interrupção da seqüência, com palavra, expressão ou oração intercalada. Veja: As tardes ensolaradas da primavera traziam, quase sempre, doces lembranças ao velhinho. Emprega-se a vírgula:

* para separar termos que exercem a mesma função sintática - sujeito composto, complementos, adjuntos -, quando não vêm unidos por e, ou, nem.

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Atualizada 03/02//2014 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

Deu-me presentes, livros de arte, discos antigos e CDs

para isolar o aposto: Um homem rico, banqueiro nos Estados Unidos, não deixaria um testamento sem pontuação.

para isolar o vocativo:

Meritíssimo Juiz, dê uma solução para esse caso complicado.

para isolar o adjunto adverbial, quando ele é

extenso ou quando se quer destacá-lo. Àquela hora do dia, já estávamos bastante cansados.

para isolar expressões explicativas como isto é, por exemplo, ou melhor, a saber, ou seja, etc.

Chamar o juiz foi , sem dúvida, o que deveria ter sido feito.

para isolar o nome de um lugar anteposto à data.

Curitiba, 24 de agosto de 2000. A vírgula entre as orações

Emprega-se a vírgula para separar:

as orações coordenadas assindéticas : Levantava-se cedo, tomava seu café tranquilamente, colocava uma roupa bem folgada, saía para caminhar pelo sítio.

as orações coordenadas sindéticas com exceção das introduzidas pela conjunção E

Subordinadas Substantivas Somente as orações subordinadas substantivas apositivas podem ser separadas por vírgulas (ou dois

pontos) da oração principal; as demais substantivas não. Só lhe pedimos um favor, que não nos visitasse mais, pois estávamos magoados com ela. Subordinadas Adjetivas

Somente as orações subordinadas adjetivas explicativas devem ser separadas por vírgula da oração principal, as restritivas não.

Curitiba, que é a capital do Paraná, apresenta boa solução para o problema do transporte urbano. Subordinadas Adverbiais As orações subordinadas adverbiais são separadas

por vírgula nos seguintes casos:

se vierem após a oração principal, a vírgula é optativa.

Os torcedores começaram a algazarra, assim que os jogadores entraram em campo.

se vierem anteposta ou intercalada à oração

principal, as vírgulas são obrigatórias. Assim que os jogadores entraram em campo, os torcedores começaram a algazarra. Os torcedores, assim que os jogadores entraram em campo, começaram a algazarra.

quando forem reduzidas de gerúndio, particípio e infinitivo, a vírgula é obrigatória.

Pensando desse jeito, jamais conseguiria o apoio de seus colegas de equipe. PONTO-E-VÍRGULA Emprega-se o ponto-e-vírgula:

nas orações sindéticas adversativas e conclusivas,

quando apresentarem a conjunção posposta ao verbo. Nesse caso, a conjunção vem entre vírgulas. O garoto queria sair com os amigos; seu pai, entretanto, não autorizou. Ele reclamava de tudo; é, portanto, um inoportuno.

para separar os itens dos enunciados enumerativos:

Os clientes que optarem por nosso plano de viagem terão direito a: a) uma passagem aérea com tarifa reduzida; b) um apartamento em hotéis da classe turística; c) café da manhã no hotel; d) visitas a locais turísticos com guias especializados.

para separar orações, desde que a segunda contenha zeugma: Vocês anseiam pela violência; nós, pela paz. DOIS - PONTOS

É usado para introduzir palavras, expressões, orações ou citações que servem para enumerar ou esclarecer o que se afirmou anteriormente: "Lembrei-me do nome e do tipo: era João Francisco Gregório, caboclo robusto, desconfiado..."(G.R.)

As orações coordenadas sindéticas unidas pela conjunção E podem vir separadas por vírgulas:

quando têm sujeitos diferentes: As crianças calaram-se, e

o menino gritou. quando a conjunção vem reiterada: Os jovens estão felizes, e jogam, e nadam, e conversam, e riem, e brincam

até de madrugada. quando a conjunção e tem valor adversativo: Estudou

muito, e não passou.

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PONTO Emprega-se no final de frases declarativas. Os livros foram danificados pelas traças. TRAVESSÃO

É utilizado:

para indicar a mudança de interlocutor nos diálogos - Quer saber de uma coisa? O melhor é nós terminarmos. - Terminarmos? Ele sentiu um frio. - Não combinamos mais mesmo.

para isolar a fala da personagem da fala do narrador: - Que deseja agora? - gritou-lhe afinal, a voz transtornada. - Já não lhe disse que não tenho nada a ver com suas histórias?

para destacar ou isolar palavras ou expressões no interior de frase: Grande futuro? Talvez naturalista, literato, arqueólogo, banqueiro, político, ou até bispo - bispo que fosse - , uma vez que fosse um cargo... RETICÊNCIAS

As reticências marcam uma interrupção da seqüência lógica da frase. Pode sem usadas: * com valor estilístico, isto é, com a intenção de permitir ao leitor completar o pensamento suspenso: Eu não vou dizer mais nada. Você já deve ter percebido que...

para indicar que parte de uma citação foi omitida (nesse caso, as reticências vêm entre parênteses. “Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui califa (....)”Machado de Assis. OS PARÊNTESES

Os parênteses servem para isolar explicações, indicações ou comentários acessórios. “Fui hoje cedo à casa deste último, apresentar desculpas (deve ter ficado aborrecido com a minha ausência no local determinado para o encontro) e repetir o convite para a pretendida visita.” (Cyro dos Anjos) “Ela (a rainha)é a representação viva da mágoa(...)”

(Lima Barreto) PONTO DE INTERROGAÇÃO

Usa-se nas interrogações indiretas. Depois de palavras, expressões ou frases, marcadas, na pronúncia, por entoação ascendente. Ex.: - Estará surdo?Estará a tentar irritar-me?

Observações:

a) O ponto de interrogação nunca é empregado no fim de uma interrogação indireta, uma vez que usa entoação ascendente, exigindo, por isso, ponto final. Exs.: - Quem chegou? (= interrogação direta) - Diga-me quem chegou. (= interrogação indireta)

b) O ponto de interrogação interno não exige a inicial maiúscula da palavra seguinte. Ex.: - Pensas que eu e meus avós ganhamos o dinheiro em casas de jogos ou a vadiar pelas ruas? pelintra!(M.A.)

PONTO DE EXCLAMAÇÃO

1.Usa-se depois de qualquer palavra, expressão ou frase, que indicar espanto, surpresa, entusiasmo, cólera, súplica. Ex.: Que gentil que estava a espanhola! (M.A.)

2.Emprega-se, também, depois das interjeições, dos vocativos e do verbo no imperativo. Ex.: Olé ! exclamei. (M.A.) Andrada! arranca esse pendão dos ares! Colombo! fecha a porta dos teus mares!(C.A.) Não vás! Volta, meu filho! Não vás! (É.V.) ASPAS

Empregam-se as aspas: 1. para isolar citação textual. Ex.1: Como afirma Caio Prado Jr., em História econômica do Brasil: “ A questão da migração européia do século XIX está intimamente ligada à escravidão”. Obs.: as aspas só aparecem depois da pontuação

quando abrange todo o período. Ex.2: “ Não tenhas ciúme de tua mulher para que ela não se meta a enganar-te com a malícia que aprender de ti.”

(M.A.) 1.para isolar palavras ou expressões estranhas à língua (gírias, estrangeirismos,etc). Ex.3: Ele era um “gentleman”. (estrangeirismo) Ele ficou “encafifado” com o resultado do concurso. (expressão popular)

2. para mostrar que uma palavra está em sentido diverso do usual (sentido irônico). Ex.4 : Sua idéia foi mesmo “brilhante”. Fizeste um “excelente” serviço.

3. para dar destaque a uma palavra ou expressão. Ex.5: Já entendi o “porquê” do seu projeto, só não percebo “como” executá-lo.

4. para indicar mudança de interlocutor, nos diálogos (normalmente substitui o travessão). Ex.6: “Vamos mudar de assunto”, eu disse. “Você quer falar de amor?” “É. Quero falar de amor.” (R.Fonseca)

FIGURAS DE LINGUAGEM Figuras de Palavras

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METÁFORA: é o desvio da significação própria de uma

palavra, nascido de uma comparação mental ou característica comum entre dois seres ou fatos. Exs.: Toda profissão tem seus espinhos. As derrotas e as desilusões são amargas. Murcharam-lhe os entusiasmos da mocidade.

METONÍMIA: consiste em usar uma palavra por outra,

com a qual se acha relacionada. Há metonímia quando se emprega:

a) o efeito pela causa Os aviões semeavam a morte.(= bombas mortíferas) [as bombas = a causa; a morte = o efeito) b) o autor pela obra

Nas horas de folga lia Camões. (Camões = a obra) c) o instrumento pela pessoa que o utiliza Ele é um bom garfo. (= comedor) d) o abstrato pelo concreto A mocidade é entusiasta.((mocidade = moços)

Figuras de construção ELIPSE: é a omissão de um termo ou que facilmente

podemos subentender no contexto. Exs.: As mãos eram pequenas e os dedos, finos e

delicados(elipse verbo eram) Os corpos se entendem, mas as almas não. (não se

entendem) PLEONASMO: é o emprego de palavras redundantes,

com o fim de reforçar ou enfatizar a expressão. Exs.: Foi o que vi com meus próprios olhos. A mim resta-me a independência para chorar. Os impostos é necessários pagá-los. SILEPSE: é quando efetuamos a concordância não com

os termos expressos, mas com a idéia a eles associada em nossa mente. A silepse, ou a concordância ideológica, pode ser: a) de gênero

Exs.: Vossa Majestade está informado acerca de tudo (Vossa Majestade = o rei) “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.”(G.Rosa) b) de número

Exs.: “Corria gente de todos os lados, e gritavam.”(Mário Barreto) “Minha amiga, flor tem vida muito curta, logo murcham, secam, viram húmus.”(José. J. Veiga) c) de pessoa

Exs.: “Aliás todos os sertanejos somos assim.” (Raquel de Queirós) “Ficamos por aqui, insatisfeitos, os seus amigos.” (C.D. de Andrade)

ANACOLUTO: é a quebra ou interrupção do fio da frase,

ficando termos sintaticamente desligados do resto do período, sem função. O termo sem nexo sintático coloca-se, em geral, no início da frase para se lhe dar realce.

Exs.: “Essas criadas de hoje não se pode confiar

nelas.”(Aníbal Machado)

“Eu não me importa a desonra do mundo.” (C.C.Branco)

Figuras de pensamento ANTÍTESE: consiste na aproximação de palavras de

sentido oposto. Exs.: A areia, alva, está agora preta, de pés que a pisam. Como eram possível beleza e horror, vida e morte

harmonizarem-se assim no mesmo quadro? EUFEMISMO: consiste em suavizar a expressão de uma

idéia triste, molesta ou desagradável, substituindo o termo contundente por

palavras amenas ou polidas. Exs.: Fulano foi desta para melhor. (=morreu) A senhora é moça, é normal, e se estiver em estado

interessante, o seu filho pode correr perigo terrível. (=grávida)

HIPÉRBOLE: é uma afirmação exagerada que visa a um

efeito expressivo. Exs.: Os cavaleiros não corriam, voavam. Chorou rios de lágrimas. Estou um século a sua espera. PROSOPOPÉIA(personificação): é a figura pela qual

fazemos os seres inanimados ou irracionais agirem e sentirem como pessoas humanas. Empresta-se vida e ação a seres inanimados.

Exs.: Lá fora, no jardim que o luar acaricia, um repuxo apunhala a alma da solidão.

O rio tinha entrado em agonia, após anos de devastação em suas margens.

A Morte roubou-lhe o filho mais querido. PARADOXO(oxímoro): consiste esta figura em usar,

intencionalmente, um contra-senso. Exs.: “Feliz culpa, que nos valeu tão grande

Redentor!”(Santo Agostinho) Valentia covarde assaltar e matar pessoas indefesas! IRONIA: é a figura pela qual dizemos o contrário do que

pensamos, quase sempre com intenção sarcástica. Exs.: “Há recessão, há desemprego, há miséria, mas

tudo está sob controle de geniais economistas.”(Evandro L. e Silva)

Vejam os altos feitos destes senhores: dilapidar os bens

do país e fomentar a corrupção!

FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

Em nossa língua, há dois processos gerais para a formação de palavras: derivação e composição. 1. DERIVAÇÃO: consiste em formar palavra nova

(derivadas) a partir de outra já existente(primitiva). Realiza-se de quatro maneiras:

por sufixação: acrescentando-se um sufixo ao radical: dentista, jogador, realizar

por prefixação: acrescentando-se um prefixo

ao radical: incapaz, desligar, supersônico, pré-história

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por derivação parassintética: anexando-se, ao

mesmo tempo, um prefixo e um sufixo ao radical: envergonhar (em+vergonha+ar), empalidecer (em+pálido+ecer), desalmado (des+alma+do).

É importante fazer distinção: Descarregar (des + carregar) – prefixação Achatamento (achatar + mento) – sufixação Amaciar (a + macio + ar) – parassíntese

por derivação regressiva: substituindo-se a terminação de um verbo pelas desinências –a, -o ou –e: mudar – muda; atacar – ataque; pescar

– pesca; chorar – choro; abalar – abalo. Além desses processos de derivação propriamente dita, existe ainda o da derivação imprópria, que consiste em

mudar a classe de uma palavra, estendendo-lhe a significação. Os adjetivos passam a substantivos: os bons, o verde; os particípios passam a subst. ou adjetivos: um feito heróico, ente querido, filho amado; os verbos passam a substantivos: o andar, o sorrir, o viver. 2. COMPOSIÇÃO

Pelo processo de composição associam-se duas ou mais palavras ou dois ou mais radicais para formar palavra nova. Pode ser :

por justaposição: unindo-se duas ou mais

palavras (ou radicais) sem lhes alterar a estrutura: passatempo, girassol, televisão, rodovia, sempre-viva, cor-de-rosa.

Por aglutinação: unindo-se dois ou mais

vocábulos ou radicais, com supressão de um ou mais de um de seus elementos fonéticos: aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora)

3. REDUÇÃO

Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida: cinema (por cinematografia); foto (por fotografia), moto (por motocicleta) 4. HIBRIDISMO

São palavras em cuja formação entram elementos de línguas diferentes : monocultura (mono + cultura, grego e latim); televisão (tele + visão, grego e latim); alcoômetro (álcool +metro, árabe e grego) 5.ONOMATOPÉIAS

São palavras que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres. Ex.: arrulhar (pombo, rola); badalar, repicar, repenicar (sino); bramar, bramir(feras, mar). ________________________________________

COESÃO E COERÊNCIA

Coesão textual

Segundo Faraco & Tezza (Prática de Texto,pág 137)todo texto bem escrito obedece a uma hierarquia de informações, que se dividem em parágrafos, isto é, o texto avança em partes semanticamente organizadas de modo que as informações não se atropelem. Mas o avanço das informações deve ser costurado, ou então será apenas uma seqüência avulsa de dados. É como se disséssemos, como no velho ditado: “uma coisa puxa a outra”.

Para que esta “costura” seja clara e lógica, a língua dispõe de uma série de recursos coesivos, que são aquelas palavras que estabelecem relação entre o que foi dito (elementos anafóricos) e o que se vai dizer (elementos catafóricos) que ligam uma coisa com outra. Essas palavras são chamadas de relatores.

Preste atenção nas palavras em negrito no texto a seguir:

Pede-se atenção ao teste que se segue. “ Era uma vez uma terra distante onde todo mundo trabalhava naquilo que mais gostava – e, mesmo assim só quando acordasse disposto. Nesse lugar, escola e assistência médica eram gratuitas, ninguém pagava aluguel e, nas horas de folga, todos se dedicavam à dança, ao teatro, à música e às artes em geral.”

Veja que em si essas palavras pouco significam – elas apenas “apontam” para outras palavras. Tais relatores são elementos extremamente importantes da linguagem escrita: a eles devemos a precisão e a clareza de um texto.

Os relatores são também fundamentais na costura dos parágrafos. Cada parágrafo novo deve contar com as informações dos parágrafos anteriores, que não precisam ser repetidas, mas que devem ser levadas em conta para que o texto não se transforme numa mera colagem de informações avulsas, sem relação entre si. De alguma forma, o início do parágrafo seguinte deve relacionar-se com o que foi dito antes. Por exemplo, o segundo parágrafo de um texto começa assim: “Quem escolheu a resposta D acertou na mosca (...) “. É claro que isso só faz sentido para quem já leu o parágrafo anterior. Só assim sabemos o que é “resposta D”.

Anáfora e Catáfora

Uma das modalidades de coesão é a remissão. E a

coesão pode desempenhar a função de (re)ativação do referente. A reativação do referente no texto é realizada por meio da referenciação anafórica ou catafórica,

formando-se cadeias coesivas mais ou menos longas. A remissão anafórica(para trás) realiza-se por meio de

pronomes pessoais de 3ª pessoa(retos e oblíquos) e os demais pronomes; também por numerais, advérbios, artigos e outros. Exemplos: 1. A jovem acordou sobressaltada. Ela não conseguia

lembrar-se do que havia acontecido e como fora parar ali. 2. Márcia olhou em torno de si. Seus pais e seus irmãos observavam-na com carinho. 3. O concurso selecionará os melhores candidatos. O primeiro deverá desempenhar o papel principal na nova

peça. 4. O juiz olhou para o auditório. Ali estavam os parentes

e amigos do réu, aguardando ansiosos o veredito final.

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5. Os quadros de Van Gogh não tinham nenhum valor em sua época. Houve telas que serviram até de porta de

galinheiro. (sinônimos) 6. Glauber Rocha fez filmes memoráveis. Pena que o cineasta mais famoso do cinema brasileiro tenha morrido tão cedo.(epíteto-expressão que qualifica a

pessoa) 7. O ministro foi o primeiro a chegar. (Ele) Abriu a sessão às oito horas em ponto e (ele) fez então seu

discurso emocionado.(elipse) 8. Lygia Fagundes Teles é uma das principais escritoras brasileiras da atualidade. Lygia é autora de "Antes do

baile verde", um dos melhores livros de contos de nossa literatura. (repetição de parte do nome) 9. Eles foram testemunhar sobre o caso. O juiz disse, porém, que tal testemunho não era válido por serem

parentes do assassino.(nominalização) 10. São Paulo é sempre vítima das enchentes de verão. Os alagamentos prejudicam o trânsito, provocando

engarrafamentos de até 200 quilômetros.(associação)

A remissão catafórica (para a frente) realiza-se

preferencialmente através de pronomes demonstrativos ou indefinidos neutros, ou de nomes genéricos, mas também por meio das demais espécies de pronomes, de advérbios e de numerais. Exemplos: 1. O incêndio havia destruído tudo: casas, móveis, plantações. 2. Desejo somente isto: que me deem a oportunidade de me defender das acusações injustas. 3. O enfermo esperava uma coisa apenas: o alívio de seus sofrimentos. 4. Ele era tão bom, o presidente assassinado!

Exemplo

Falar em direitos humanos pressupõe localizar a realidade que os faz emergir no contexto sócio-político e histórico-estrutural do processo contraditório de criação das sociedades. Implica, em suma, desvendar, a cada momento deste processo, o que venha a resultar como direitos novos até então escondidos sob a lógica perversa de regimes políticos, sociais e econômicos, injustos e comprometedores da liberdade humana.

Esse ponto de vista referencial determina a dimensão do problema dos direitos humanos na América Latina.

Nesse contexto, a fiel abordagem acerca das condições presentes e dos caminhos futuros dos direitos humanos passa, necessariamente, pela reflexão em torno das relações econômicas internacionais entre países periféricos e países centrais.

As desarticulações que dessa situação resultam não chegam a modificar a base estrutural destas relações: a extrema dependência a que estão

submetidos os países periféricos, tanto no que concerne ao agravamento das condições de trabalho e de vida (degradação dos salários e dos benefícios sociais), quanto na dependência tecnológica, cultural e ideológica.

(Núcleo de estudos para a Paz e Direitos Humanos, UnB

in:Introdução Crítica ao Direito, com adaptações)

Coerência textual “diz respeito ao modo como os

elementos subjacentes à superfície textual vêm a

constituir, na mente dos interlocutores, uma configuração veiculadora de sentido.”(KOCK, Ingedore Villaça). É a relação que se estabelece entre as diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento, à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê. Mas não basta costurar uma frase a outra para dizer que estamos escrevendo bem. Além da coesão, é preciso pensar na coerência. É possível escrever um texto coeso sem ser coerente. Observe:

Os problemas de um povo têm de ser resolvidos pelo presidente. Este deve ter ideais muito elevados. Esses ideais se concretizarão durante a vigência de seu mandato. O seu mandato deve ser respeitado por todos.

Ninguém pode dizer que falta coesão a esse parágrafo. Mas de que ele trata mesmo? Dos problemas do povo? Do presidente? Do seu mandato? Fica difícil dizer. Embora ele tenha coesão, não tem coerência. A coesão não funciona sozinha. No exemplo acima, teríamos que, de imediato, decidir qual a sua palavra-chave:

presidente ou problemas do povo? A palavra escolhida daria estabilidade ao parágrafo. Sem essa base estável, não haverá coerência no que se escrever, e o resultado será um amontoado de idéias.

Enquanto a coesão se preocupa com a parte visível do texto, sua superfície, a coerência vai mais longe, preocupa-se com o que se deduz do todo.

Na verdade a coerência não está no texto, ela deve ser construída a partir dele, levando-se, portanto, em conta

os recursos coesivos presentes no texto, funcionando como pistas para orientar o interlocutor na construção do sentido. A coerência exige uma concatenação perfeita entre as diversas frases, sempre em busca de uma unidade de sentido. Não se pode dizer, por exemplo, numa frase, que o "desarmamento da população pode contribuir para diminuir a violência", e , na seguinte, escrever: "Além disso, o desemprego tem aumentado substancialmente". É evidente a incoerência existente

entre elas. Assim também é incoerente defender o ponto de vista

contrário a qualquer tipo de violência e ser favorável à pena de morte, a não ser que não se considere a ação de matar como uma ação violenta.

(Obra consultada: Roteiro de Redação- VIANA, Antônio

Carlos -coord. et al)

RELAÇÕES LÓGICAS

O texto de opinião (argumentativo), escrito para

se defender ou para se atacar uma idéia, um ponto de vista qualquer, trabalha fundamentalmente com relações lógicas. E a língua concretiza essas relações lógicas através de relatores específicos que estabelecem uma ponte lógica entre o que se disse e o que se vai dizer: mas, porque, pois, se, quando, no entanto, apesar de, etc.

Observe esse exemplo:

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Os problemas sociais não são resolvidos porque não há vontade política de resolvê-los.

Nesse tipo de relação, apresenta-se um fato (os problemas sociais não são resolvidos) e a causa ( não há vontade política de resolvê-los) . Observe que a ordem dos elementos pode ser alterada, o relator pode ser outro, mas a natureza da relação (causa e efeito direto) permanece inalterada:

Não há vontade política de resolver os problemas sociais e por isso eles não são resolvidos.

Não esqueça: há muitos modos de marcar essa relação,

além dos populares “ porque” e “por isso”. Veja mais alguns:

Como não há vontade política de resolver os problemas sociais, eles não se resolvem. Já que não há vontade política, os problemas sociais não se resolvem.

Podemos também estabelecer relações de causa e efeito pelo uso de alguns verbos. Veja:

A falta de vontade política impede a solução dos problemas sociais. Decorre da falta de vontade política a ausência de solução para os problemas sociais.

INDICAÇÕES DE CIRCUNSTÂNCIAS – RELAÇÕES DE SENTIDO

Chama-se circunstância a condição particular que

acompanha um fato. Um grupo de palavras pertence a mesma área semântica, quando elas, num determinado contexto, têm em comum um traço semântico que as aproxime. Circunstância de CAUSA- vocabulário semântico

O processo mais comum de expressarmos as circunstâncias de causa é nos servirmos de conjunções adverbiais ou palavras que significam causa: *substantivos: motivo, razão, explicação, fundamento, desculpa, pretexto, o porquê, embrião e outros. * conjunções (e locuções): porque, visto que, pois, por

isso que, já que, uma vez que, porquanto, na medida em que, como, etc. * preposições(e locuções): por, por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em conseqüência de, por motivo de, por razões de, por falta de, etc. Circunstância de CONSEQUÊNCIA, FIM, CONCLUSÃO Se o fato determinante de outro é a sua causa, esse outro é a sua conseqüência. A conseqüência desejada é o fim (propósito, objetivo). Verifique os exemplos

seguintes: Causa: Os motoristas fizeram greve porque desejavam aumento de salário. Fim: Os motoristas fizeram greve para conseguir aumento de salário.

Conseqüência: Os motoristas fizeram tantas greves que conseguiram aumento de salário. Atenção: Em sentido inverso, partindo-se da conseqüência, chega-se à causa. Observe: Causa: Os motoristas conseguiram aumento de salário,

porque fizeram greve. Vocabulário semântico de consequência, fim e conclusão. 1. FIM, PROPÓSITO, INTENÇÃO *substantivos: projeto,objetivo, finalidade, meta, pretensão, etc. *partículas e locuções: com o propósito de, com a intenção de, com o fito de, com o intuito de, de propósito, intencionalmente – além das preposições para, a fim de, e as conjunções afim de que, para que. 2. CONSEQÜÊNCIA, RESULTADO, CONCLUSÃO

substantivos: efeito, sequência, produto, decorrência, fruto, reflexo, desfecho, desenlace, etc.

verbos:decorrer, derivar, provir, vir de, ter origem em, resultar, etc.

partículas e locuções: pois, por isso, por

conseqüência, consequentemente, logo, então, por causa disso, em virtude disso, devido a isso, em vista disso, visto isso, à conta disso, como resultado, em conclusão, em suma, em resumo, enfim

3. OPOSIÇÃO, CONTRASTE Vocabulário semântico na área de oposição

substantivos: antagonismo,

polarização,reação, resistência, competição, hostilidade, contraposição, obstáculo, empecilho, óbice, impedimento,objeção, contrapeso

verbos: ir de encontro a, defrontar-se,enfrentar, reagir, impedir, estorvar, obstar, objetar,opor-se, contrapor-se

preposições, locuções prepositivas e adverbiais: apesar de, a despeito de, sem embargo de, não obstante, malgrado, ao contrário, em contraste com, em oposição a, contra, às avessas.

Conjunções: coordenativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, senão(adversativas); Subordinativas: embora, se bem que, ainda

que, posto que, conquanto, em que pese a, muito embora,mesmo que.

PRONOMES RELATIVOS: que – quem - cujo – onde

Ao empregar um pronome relativo, devemos ter o seguinte cuidado: 1.Observar a palavra a que ele se refere para evitar erros de concordância verbal Encontramos um bom número de pessoas que estavam reivindicando os mesmos direitos dos vinte funcionários vitoriosos. (que = as quais- pessoas)

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2.Observar o fragmento de frase de que faz parte. Pode haver um verbo ou um substantivo que exija uma preposição. Nesse caso, ela deve preceder o pronome relativo. Ninguém conseguiu até hoje esquecer a cilada de que ele foi vítima. (de que= da qual – cilada). A preposição de foi exigida pelo substantivo vítima. As dificuldades a que você se refere são normais dentro de sua carreira. (a que= às quais – dificuldades). O verbo referir-se pede a preposição a. AS TRANSIÇÕES

Alguns dos conectores citados também aparecem iniciando frases, como se fossem uma espécie de ponte entre um pensamento e outro. O conhecimento desses elementos de transição ajuda a dar maior organicidade ao pensamento, o que faz o texto progredir mais facilmente. Saber usar os termos de transição deve ser uma preocupação constante de quem deseja escrever bem. Eles são muito úteis ao mudarmos de parágrafo porque estabelecem pontes seguras entre dois blocos de idéias.

Eis os mais importantes e suas respectivas funções: 1.afetividade: felizmente, queira Deus, pudera, Oxalá, ainda bem (que). 2. afirmação: com certeza, indubitavelmente, por certo, certamente, de fato. 3. conclusão: em suma, em síntese, em resumo 4. conseqüência: assim, conseqüentemente, com efeito. 5.continuidade: além de, ainda por cima, bem como, também. 6.dúvida: talvez, provavelmente, quiçá. 7.ênfase: até, até mesmo, no mínimo, no máximo, só. 8.exclusão: apenas, exceto, menos, salvo, só, somente, senão. 9.explicação: a saber, isto é, por exemplo. 10.inclusão: inclusive, também, mesmo, até. 11.oposição: pelo contrário, ao contrário de. 12.prioridade: em primeiro lugar, primeiramente, antes

de tudo, acima de tudo, inicialmente. 13.restrição: apenas, só, somente, unicamente. 14.retificação: aliás, isto é, ou seja. 15.tempo: antes, depois, então, já, posteriormente.