Maquinas Para Colheita de Milho
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8/18/2019 Maquinas Para Colheita de Milho
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MÁQUINAS PARA COLHEITA DE MILHO
José Antonio Portella
INTRODUÇÃO O grão de milho, logo após a maturação plena (35 a 40 % de umidade), pode ser colhido. Entretanto para se realiar uma colheita mec!nica ade"uada # necess$rio "ue a
umidade do grão estea entre &0 ' &5 %. s colhedoras atuais podem trilhar at# mesmo com
uma umidade de 40 %, emora *enham a produir perdas e+cessi*as e um grande
detrimento da "ualidade. e a umidade durante a colheita esti*er superior aos 30 %, danos podem ser causados aos grãos, não sendo aconselh$*el o emprego destes grãos para
semente.
-uando a colheita # le*ada a cao com umidade alta, o grão de*e ser seco at# 4 ' 5% de umidade antes de armaenar.
e a colheita # /eita em espigas, a solução "ue mais se recomenda # colocar sore umestrado de apro+imadamente l ' ,5 m de altura e e+por ao *ento seco neste caso, a trilha #/eita no arma#m, durante o in*erno.
TIPOS DE COLHEDORAS DE MILHOOs di/erentes tipos de m$"uinas e+istentes para a colheita do milho são1
. Arrana!oras !e es"i#as ' /oram as primeiras m$"uinas "ue promo*eram umaeconomia na /orça de traalho. Emora ainda continuem sendo usadas em algumas
regi2es, não as descre*eremos por"ue são semelhantes as arrancadoras'despalhadoras,
sal*o "ue elas não tm o mecanismo despalhador.
&. Arrana!oras$!es"al%a!oras ' "ue poderiam se chamar de colhedoras de espigas, pois, al#m de apanhar, elas remo*em as /olhas para /acilitar a secagem.
3. Arrana!oras$!es"al%a!oras$!e&'l%a!oras ' ou tam#m chamadas colhedorasespeciais de milho, pois, al#m de arrancar e des/olhar, realiam a deulha das espigas.
4. Col%e!oras !e ereais o( a&e)ote !e (il%o ' adaptadas nos seus di/erentes, desde atrilha at# a limpea, para a colheita do milho.
Arrana!oras$!es"al%a!oras !e Es"i#ass arrancadoras'despalhadoras de espigas (6ig. ) podem ser m$"uinas montadas,
semi' montadas, ou de arrasto e emora muito raramente, autopropelidas.
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*i#'ra + $ Arrana!ora !e es"i#as, a- Arrana!ora (onta!a !e !'as lin%as. &-Arrana!ora se(i$(onta!a !e '(a lin%a e o( !'as ro!as/
7entre as partes principais da m$"uina podemos distinguir1
. o mecanismo arrancador.&. o mecanismo despalhador.
+/ Meanis(o arrana!or ' # uma cominação, em essncia, de cilindros $speros degrande comprimento (l a ,5 m) "ue giram em sentidos opostos. alimentação dos
cilindros # realiada por meio de duas correntes com pontas "ue centram e introduem os
colmos do milho nos cilindros arrancadores. Estes são mais estreitos na parte anterior "uena posterior, de /orma "ue o espaço li*re entre eles se estreita da /rente para atr$s, com
possiilidade de regulagem. *elocidade peri/#rica destes cilindros # algo em torno de 3
m8s. espiga, por ser mais grossa "ue o colmo, não passa entre os cillindros, causandoassim a /ratura do ped9nculo (6igura &). :eralmente, o cilindro e+terno # localiado um
pouco mais alto "ue o interior para audar a passagem das espigas para um ele*ador
transportador.
*i#'ra 0 $ Cilin!ros arrana!ores se( &arras se"ara!oras/
;ara e*itar "ue, "uando arrancando as espigas os cilindros começem uma trilha,
algumas m$"uinas são pro*idas de arras separadoras sore os cilindros deste modo as
espigas sempre são arrancadas, mas sem entrar em contato direto com os cilindros (6igura
3).
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*i#'ra 1 2 Cilin!ros arrana!ores o( &arras se"ara!oras
0/ Meanis(o !es"al%a!or ' lgumas arrancadoras'despalhadoras tem os cilindrosarrancadores de espigas "ue se prolongam como cilindros despalhadores, /ormando o "uese chama de cilindros cont=nuos, emora normalmente, neste tipo de m$"uinas o
mecanismo arrancador e o despalhador *ão separados.
plata/orma # constitu=da por um grupo de 4 a & cilindros de 0,> ' ,&0 m decomprimento de ?,5 a @,5 cm de di!metro. super/=cie do mecanismo despalhador
condiciona o rendimento da m$"uina. O cilindros estão preparados em duplas,
normalmente entre dois e trs para cada linha, girando em direç2es opostas e ligeiramentede/asados em altura. naturea e /orma dos cilindros pode ser di/erente1 os dois podem ser
/undidos, com pe"uenos dentes ou entalhes os dois podem ser de aço, recoertos
parcialmente de orracha, ou um de orracha e outro met$lico, com an#is de orracha. Os
entalhe, de*ido a pressão dos cilindros entre si, arrastam as r$cteas das espigas /aendo'asatra*essar os cilindros e assim des/olhando a espiga.
O acionamento dos cilindros normalmente # realiado mediante um trem de
engrenagens localiado em uma de suas e+tremidades. *elocidade dos cilindros oscilaentre &50 e @00 rpm.
Os mecanismos de alimentação, conhecidos como retardadores ou .empurradores de
espigas, distriuem estas uni/ormemente nos cilindros e regulam o seu a*anço de uma/orma uni/orme. E+istem *$rios mecanismos de alimentação, tais como cilindros com
pontas de orracha, ou ei+os trans*ersais com rodas de dedos de orracha, esco*as de /ira
sint#tica e correntes transportadoras com p9as. s espigas despalhadas caem em um pe"ueno depósito em cuo /undo sai o ele*ador
"ue as le*a ao reo"ue. Em algumas m$"uinas se disp2e de um *entilador "ue, na ca=da
das espigas para o reo"ue /a a limpea de /olhas e outros materiais.
COLHEDORAS DE MILHO7a m$"uina mais poli*alente para a mais espec=/ica distinguem dois tipos de
colhedoras1
. Aolhedora de cereais modi/icada para milho.&. rrancadora'despalhadora'deulhadora, ou tam#m conhecida como colhedora de milho.
Col%e!ora !e ereais (o!i3ia!a "ara (il%o
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utiliação de colhedoras de cereais para colheita do milho tem certas *antagens, mas
tam#m algumas incon*enincias . Estudaremos as principais modi/icaç2es "ue sãonecess$rias de le*ar a cao nos mecanismos de corte e cilindro deulhador do milho.
+/ Meanis(os !e orte/ ;or ser a planta de milho muito mais resistente e mais longa "ue
a planta de cereais, as mudanças mais comuns nos mecanismos de corte são as seguintes1a) ;lata/orma para milho ' emprego de pont2es di*isores, com supressão do molinete
(6igura 4).
*i#'ra 4 2 Di5isores ao"la!os 6 &arra !e orte
) Aaeçotes recoletores de milho. Este e"uipamento sustitui o conunto da arra de corte
e molinete das colhedoras de cereais, apanhando as espigas mecanicamente e dei+ando oscolmos na terra, sem cortar. 7este modo, somente as espigas passam pela m$"uina, com o
"ue o *olume de produto diminui e, por conseguinte, aumenta o rendimento da colhedora.
operação do caeçote recoletor # semelhante ao mecanismo arrancador de espigas
descrito pre*iamente. Os di*isores, normalmente entre trs e seis, passam entre as linhasde milho e guiam o colmos para as correntes recolhedoras e da= para o mecanismo
arrancador de espigas. s espigas deste modo passam para o interior da colhedora.
0/ Cilin!ro !e&'l%a!or e 7na5o/ O cilindro deulhador pode ser pro*isto de tampas de proteção dispostas entre as arras e*itar "ue as espigas e os grãos seam introduidos emseu interior (6igura 5). ua *elocidade diminui para 500'?00 rpm (*elocidade peri/#rica
menor "ue 4'? m8s). O uso de placas de proteção # aconselh$*el "uando a *elocidade do
cilindro # ai+a nos outros casos não se *eri/icam ene/icios apreci$*eis.O cBnca*o de*eriam estar /ormando por uma grelha mais larga "ue a normal, portanto
são suprimidas alternati*amente as arras aumentando as separaç2es &0'40 mm na partedianteira e 0'&0 mm na parte traseira.
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*i#'ra 8 $ Cilin!ro !e&'l%a!or e 7na5o (o!i3ia!os "ara a ol%eita !e (il%o/
Arrana!ora$!e&'l%a!ora Esta m$"uina, em geral automotri, nós poder=amos dier "ue # a colhedora espec=/icade grão de milho. sua concepção # semelhante a da colhedora de cereais com caeçote de
milho, mas todos seu orgãos de trilha e limpea /oram proetados especi/icamente para esteculti*o (6igura ?).
*i#'ra 9 $ Col%e!ora !e (il%o, +/ Siste(a reoletor . 0/ Ele5a!or . 1/ Cilin!ro!e&'l%a!or . 4/ Li("e:a !o #r;o . 8/
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RE@ULA@ENS Desta seção de austes e regulagens daremos especial atenção Cs colhedoras de cereais
trans/ormadas para colheita de milho e as colhedoras especi/icas de milho. Aonsiderando
"ue estas m$"uinas tm todos os elementos das arrancadoras de espigas, serão as
regulagens das colhedoras capa de ser tam#m aplicadas aos di/erentes elementos dasarrancadoras.
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*i#'ra > 2 Cilin!ros arrana!ores
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PERDAS DE @RÃOEmora os procedimentos "ue são usados para *eri/icar as perdas de milho seam
semelhantes aos usados em colhedoras de cereais, descritos no cap=tulo anterior, alguns
pontos são espec=/icos para o milho1
. perdas de espigas antes da colheita.&. perdas de espigas no caeçote de milho.
3. perdas de grãos no caeçote de milho.
4. perdas na unidade deulhadora.5. perdas no sacapalhas.
?. perdas nas peneiras.
determinação destas perdas re"uer ensaios muito lentos e em geral os crit#rios são
semelhantes aos empregados nas colhedoras de cereais.
Em geral as perdas de espigas antes da colheita são de*idas as condiç2es
climatológicas ou *ariedades não adaptadas as perdas "ue ocorrem na colheita são principalmente de*idas ao tipo de m$"uina, regulagens, *elocidade de a*anço, #poca de
colheita, teor de umidade, *ariedade, etc.
s perdas aumentam en"uanto a estação de colheita *ai a*ançando. ;ara uma*elocidade m#dia de 4 m8h as perdas de grão podem ser distriu=das do seguinte modo1
Meanis(os !e Per!as7i*isores e correntes recolhedoras & ' 5
Ailindros arrancadores e despalhadores ' 4
Ailindro trilhador 0,5 '
eparação e limpea 0 ' 0,5
Gotal 3,5 ' 0,5
partir destes dados pode ser apreciada a import!ncia de uma oa regulagem do
caeçote, desde "ue normalmente isto representa entre ?0 e >5 % das perdas da m$"uina.
;ara *elocidades superiores a 4 m8h, as perdas são considera*elmente crescentes e acaamdorando para uma *elocidade pró+ima a @ m8h.