MARCAS E PATENTES: Um estudo de caso na franquia Cacau...

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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Fabrício Danillo Kataoka Lenise Vassoler da Silva MARCAS E PATENTES: Um estudo de caso na franquia Cacau Show Lins /SP LINS SP 2016

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UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Fabrício Danillo Kataoka

Lenise Vassoler da Silva

MARCAS E PATENTES: Um estudo de caso na franquia Cacau Show

Lins /SP

LINS – SP

2016

FABRÍCIO DANILLO KATAOKA

LENISE VASSOLER DA SILVA

MARCAS E PATENTES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a orientação das professoras Ma. Máris de Cássia Ribeiro Vendrame e Esp. Érica Cristiane dos Santos Campaner.

LINS – SP

2016

Kataoka, Fabrício Danillo; Silva, Lenise Vassoler

K31m Marcas e patentes: franquia Cacau Show Lins / Fabrício Danillo

Kataoka; Lenise Vassoler Silva. – – Lins, 2016.

73p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em

Administração, 2016.

Orientadores: Máris de Cássia Ribeiro Vendrame; Érica Cristiane

dos Santos Campaner

1. Marcas. 2. Patentes. 3. Franquia. I Título.

CDU 658

FABRÍCIO DANILLO KATAOKA

LENISE VASSOLER DA SILVA

MARCAS E PATENTES

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em: _____/_____/_____

Banca Examinadora:

Prof(a) Orientador(a): Máris de Cássia Ribeiro Vendrame

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura:________________________________

1°Prof(a):_______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura:________________________________

2°Prof(a):_______________________________________________________

Titulação:_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura:________________________________

Agradeço primeiramente a Deus, que me deu coragem, sabedoria e me

iluminou, estando sempre presente, dando forças para superar todos os

obstáculos.

Dedico esta, bem como todas as minhas demais conquistas, a meus

pais, que sempre foram e sempre serão a base de tudo, sempre me

incentivando e apoiando, não medindo esforços para a realização de sonhos.

Às minhas irmãs que sempre estiveram presentes, me auxiliando e

incentivando cada vez mais a não desistir dos meus objetivos.

À minha namorada Maria Fernanda que sempre me incentivou e me

apoiou durante a faculdade e, em especial, no período preparatório e

conclusivo deste trabalho de conclusão de curso.

A todos os amigos que fiz durante o curso, em especial a Lenise, que

dividiu comigo momentos exaustivos de estudos e pesquisa, mas também

momentos felizes e produtivos; desejo a você toda felicidade e sucesso do

mundo!

Aos mestres e à Instituição que me ensinaram e orientaram durante este

período, contribuindo para meu crescimento profissional.

Obrigado a todos por fazerem a diferença na minha vida!

“Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá.

De alguma maneira você chega lá.” Ayrton Senna

Fabricio Danillo Kataoka

Primeiramente a Deus pela oportunidade e por me sustentar até aqui.

À minha tia, Elenice Di Lello, que não mediu esforços para que eu

concluísse a graduação. Por tudo que fez até hoje para eu me tornar a pessoa

que sou; a senhora é um grande exemplo pra mim.

Aos familiares, palavras não descreveriam o quanto gostaria de

agradecer àqueles responsáveis pelo meu caminhar, pela minha evolução

diária, por me manter no caminho da verdade, por mostrar que a união faz a

força, que o mundo pode desabar, mas nosso alicerce que é Deus,

prevalecerá. Obrigada família!

Em especial, obrigada Vô Domingos, Vó Eunice, que são exemplos a ser

seguido, de bondade e honestidade. E minha mãe, tudo é por você e para

você!

Ao incomparável amigo e parceiro Fabrício, sem dúvida o melhor.

Desejo todo o sucesso à você, que Deus te ilumine sempre. Obrigada por tudo.

E a todos que contribuíram direto e indiretamente, obrigada!

“Felicidade não é utopia. Ela existe. Não como prêmio, mas

como conquista. Não é uma estação onde chegamos. E maneira de

viajar”

Roque Schneider.

Lenise Vassoler da Silva

AGRADECIMENTOS

A Deus

Agradecemos primeiramente, a Deus por nos permitir a não desistir

facilmente dos obstáculos que foram impostos.

À Professora Máris de Cássia Ribeiro Vendrame

Pela confiança depositada em nós. Agradecemos por todos os

ensinamentos e paciência, pela orientação, amizade, profissionalismo e

exemplo. Obrigado por tudo!

À Professora Érica Cristiane dos Santos Campaner

Pelos ensinamentos, ajuda, auxílio e conselhos de todos os momentos.

Com todo o nosso carinho, um muito obrigado!

Aos Professores

A todos os que ajudaram em nossa formação acadêmica, pelos

conhecimentos compartilhados. Em especial ao Irso Tófoli e João Artur, mais

que professores; grandes amigos.

Ao Unisalesiano

Pela oportunidade e contribuição necessária para o nosso crescimento e

aprendizagem ao longo desta jornada.

A Cacau Show Lins

A franquia Cacau Show Lins, pela ajuda e cooperação em nosso

trabalho e pelas informações necessárias ao projeto. Muito obrigado (a) Sr.

Ronaldo e Sra. Márcia.

Fabrício e Lenise

RESUMO

Este estudo tem como objetivo analisar a importância do registro da marca e patentes para a franquia Cacau Show de Lins. Para isso, foi necessária a realização de uma análise sobre a história do chocolate e um estudo sobre a empresa matriz desde sua fundação pelo Sr. Alexandre Tadeu da Costa, passando por sua ascensão como a maior empresa de chocolates finos do mundo em 2008, até a sua posição atual com mais de 2000 franquias espalhadas pelo país. A marca é um símbolo que deve identificar os bens ou serviços de um fornecedor e diferenciá-los dos da concorrência, ou seja, proporciona reconhecimento de mercado. A patente assegura ao seu titular exclusividade no uso de bens, serviços ou produtos e exige de terceiros uma licença para poder explorá-los. Durante o estudo, verificou-se a relevância desse registro no sistema de franquias, uma vez que o franqueado pode usufruir do espaço ocupado pela empresa no mercado, direito à venda de produtos já consagrados pelo público, além de uma clientela relativamente fiel à marca. Entretanto, a falta de conhecimento por parte dos empresários sobre a importância desse recurso e a lentidão do governo brasileiro em aprovar as patentes têm feito com que muitas instituições sintam-se desestimuladas a recorrer ao processo e, consequentemente, tornam-se mais vulneráveis à concorrência no mercado. Por fim, concluiu-se que o registro da marca e patentes nessa empresa foi fundamental para o crescimento da organização e para seu sucesso com o sistema de franquias, uma vez que o franqueado, protegido pela lei de patentes, usufrui de maior segurança de rentabilidade.

Palavras-chave: Marcas. Patentes. Franquia.

ABSTRACT

This study has the aim to analyze the importance of the brand and charters for the franchise cacao Show of Lins. This way it was necessary the accomplishment of an analysis about the chocolate history and a study about the matrix company since its foundation by Mister Alexandre Tadeu da Costa, which became the biggest chocolate company of the world in 2008 and nowadays there are 2000 franchises spread out in the country. The brand is the symbol that should identify the properties or services of a provider and distinguish it among its competitors because it provides acknowledgment in the market. The charter assures its holder exclusivity to use properties, services or products and requires from the third parties a license to exploit them. During the study, it was verified the relevance of this register in the franchise system once the franchise can use the occupied space by the company in the market, have the right to sell products a beady accepted by the public, besides having customers relatively loyal to the brand, however, the back of the businessmen’s know ledge about this resource and the slowness of the Brazilian government to approve the charters have desmotivated many institutions to appeal to the process and consequently they become more vulnerable to the competition in the market. It was concluded that the register of the brand and charters in this company was fundamental to increase the organization and obtain success with the system of franchises, once the franchises, protected by the charter haw, gets more security and profitability. Keywords: Brands. Charters. Franchise.

LISTA DE FIGURAS Figura 1: Alexandre Tadeu da Costa ................................................................ 19

Figura 2: Depósito de pedido de patente .......................................................... 37

LISTA DE TABELAS Tabela 1: Tabela de retribuições dos serviços prestados pelo INPI ................. 40

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AACD: Associação de Apoio a Criança Deficiente

ABICAB: Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim,

Balas e Derivados

ABPI: Associação Brasileira da Propriedade Intelectual

AMA: American Marketing Association

APP: Área de Preservação Permanente

CD: Compact Disk

GRU: Guia de Recolhimento da União

HDL: Lipoproteínas de alta densidade

INPI: Instituto Nacional de Propriedade Industrial

LDL: Lipoproteínas de baixa densidade

LPI: Lei da Propriedade Industrial

SBT: Sistema Brasileiro de Televisão

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 11

CAPÍTULO I – A EMPRESA ............................................................................ 13

1. HISTÓRIA DO CHOCOLATE ................................................................ 13

1.1 Benefícios e malefícios do chocolate ..................................................... 13

1.2 Comércio de chocolates ......................................................................... 14

1.3 História da Cacau Show ......................................................................... 15

1.3.1 Filosofia .................................................................................................. 16

1.3.2 Missão.................................................................................................... 17

1.3.3 Visão ...................................................................................................... 17

1.3.4 Valores ................................................................................................... 17

1.4 Dificuldades enfrentadas pela empresa ................................................. 17

1.5 Alexandre Tadeu da Costa .................................................................... 18

1.6 Fábrica ................................................................................................... 19

1.7 Lojas ...................................................................................................... 20

1.8 Franquias ............................................................................................... 20

1.9 Responsabilidade social e ecológica ..................................................... 21

1.9.1 Ações sociais ......................................................................................... 21

1.9.2 Ações ecológicas ................................................................................... 21

1.9.3 Logística ................................................................................................. 22

1.10 Perfíl do consumidor .............................................................................. 22

1.12 Franquias Cacau Show Lins .................................................................. 22

1.12.1 Proprietários ........................................................................................... 23

1.12.2 Público alvo ............................................................................................ 23

1.12.3 Concorrentes ......................................................................................... 23

1.12.4 Produtos ................................................................................................. 24

1.12.5 Rotina da empresa ................................................................................. 24

1.13 Fornecedores ......................................................................................... 25

1.14 Marketing ............................................................................................... 25

1.15 Sistemas de informação ......................................................................... 26

CAPÍTULO II – MARCAS E PATENTES ......................................................... 27

2 DIREITOS DE PROPRIEDADE ............................................................. 27

2.1 As marcas .............................................................................................. 27

2.2 As patentes ............................................................................................ 28

2.3 A proteção dos produtos no mercado .................................................... 30

2.3.1 INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial ................................ 31

2.4 Lei 9.279/96 ........................................................................................... 31

2.5 Processos do patenteamento ................................................................ 32

2.5.1 Entenda .................................................................................................. 32

2.5.2 Faça a busca ......................................................................................... 32

2.5.3 Pague a taxa .......................................................................................... 33

2.5.4 Inicie o pedido ........................................................................................ 33

2.5.5 Acompanhe ............................................................................................ 33

2.5.1 No Brasil ................................................................................................ 34

2.5.2 Documentos necessários para o patenteamento ................................... 35

2.5.3 Valor do patenteamento ......................................................................... 40

2.5 A importância da marca ......................................................................... 46

2.6.1 O marketing da marca............................................................................ 46

2.6.2 A natureza das marcas .......................................................................... 47

2.6.3 Formas de apresentação de marcas ..................................................... 48

2.6.4 O valor da marca ................................................................................... 49

2.6.5 A importância da marca para uma empresa .......................................... 50

2.7 O registro da marca de franquias ........................................................... 50

2.8 O marketing em franquias ...................................................................... 51

2.9 Diferença entre marca e patente ............................................................ 51

CAPÍTULO III - PESQUISA .............................................................................. 53

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 53

2 O PROCESSO DE PATENTEAMENTO DA MARCA DA FRANQUIA

CACAU SHOW LINS ........................................................................................ 55

3 OS BENEFÍCIOS DO PATENTEAMENTO DA MARCA CACAU SHOW

LINS .................................................................................................................. 56

4 A IMPORTÂNCIA DA MARCA E DA PATENTE PARA A IDENTIDADE

DE UMA EMPRESA NO MERCADO. .............................................................. 56

5 PARECER FINAL DO CASO ................................................................ 57

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 59

CONCLUSÃO ................................................................................................... 60

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 62

APÊNDICES ..................................................................................................... 67

11

INTRODUÇÃO

A presente monografia baseia-se na importância da marca e o registro

de patentes para as organizações. Tal pesquisa apresenta-se oportuna diante

do contexto atual, o qual conta com clientes cada vez mais exigentes em um

mercado empresarial altamente competitivo.

Segundo definição do INPI (2015), marca é todo sinal distintivo,

visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços, bem

como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou

especificações técnicas. Já a patente, de acordo com Strenger (2004),

caracteriza-se por um título de propriedade temporário, oficial, concedido pelo

Estado, por força de lei, ao seu titular ou seus sucessores (pessoa física ou

pessoa jurídica), que passam a possuir os direitos exclusivos sobre o bem, seja

de um produto, de um processo de fabricação ou aperfeiçoamento de produtos

e processos já existentes, objetos de sua patente. Dessa forma, nota-se a

importância de registrar a marca e patenteá-la, juntamente com os produtos e

demais serviços da empresa, para a proteção legal da organização e sua

segurança no mercado consumidor.

No intuito de se obter uma compreensão mais adequada da aplicação,

do patenteamento e de seu processo, bem como mostrar a utilidade e as

características da marca, foi realizada essa pesquisa na empresa Cacau Show.

O objetivo geral do trabalho foi verificar se a empresa teve obrigatoriedade de

patentear a sua marca e, consequentemente, analisar a importância da marca

e da patente para a identidade de uma empresa no mercado.

Para tanto, a metodologia utilizada foi a revisão de literatura; foram

pesquisados autores que conceituam marca, patente, valor de marca,

diferencial competitivo e marketing, através de levantamento bibliográfico em

livros e artigos científicos.

Os objetivos específicos, bem como os métodos e técnicas utilizadas

para a realização desse trabalho de conclusão de curso, estão minuciosamente

descritos no capítulo III.

A pergunta-problema que norteou o trabalho foi:

- A marca Cacau Show, constituída através da franquia, recorreu ao

patenteamento da mesma para garantir os direitos de seu franqueador?

12

Em resposta a tal questionamento, surgiu a seguinte hipótese:

- Por se tratar de uma marca conceituada no mercado atual, a Cacau

Show, constituída através de franquia, expandiu de forma significativa. Desta

forma, o patenteamento foi viável para assegurar o total direito referente a

marca e constitui uma segurança tanto para franqueados quanto para

franqueador. Além disso, a proteção através de ativos intangíveis garantem a

sustentabilidade da organização.

O trabalho está assim estruturado:

O capítulo I, descreve a evolução histórica da empresa.

O capítulo II, discorre sobre a fundamentação teórica sobre marca e

patenteamento.

O capítulo III, demonstra a pesquisa de campo realizada na empresa.

Por fim, vem a Proposta de Intervenção e a Conclusão.

13

CAPÍTULO I

A EMPRESA

1 HISTÓRIA DO CHOCOLATE

1.1 Benefícios e malefícios do chocolate

Estudos comprovam que o chocolate, além de trazer a sensações de

bem estar, “é rico em carboidratos, que ajudam na produção da serotonina,

neurotransmissor responsável pela sensação de prazer.” (DAMASCENO, 2016)

Porém, encher-se de chocolate não é a solução para suprir suas

demandas nutricionais. Para usufruir destes benefícios, é necessário escolher

as opções com maior concentração de cacau e menor quantidade de açúcar e

leite, sem esquecer de administrá-las em doses saudáveis.

Altamente calórico, o chocolate é o vilão das dietas, mas pode ser

consumido com moderação por pessoas saudáveis. (BOTELHO, 2010)

Os benefícios atribuídos ao chocolate devem-se à presença do cacau

em sua composição. Os componentes encontrados no cacau, os flavonóides,

são responsáveis pela proteção contra doenças cardiovasculares. Em um

estudo realizado em 2004, o consumo de cacau e de chocolate aumentou a

concentração de colesterol HDL (colesterol ‘bom’), o que está relacionado com

a diminuição do risco de doenças cardiovasculares. Em um diferente estudo, foi

demonstrado que o LDL (colesterol ‘ruim’) não sofre oxidação dentro do

organismo por causa do efeito antioxidante de compostos presentes nos

alimentos, como os flavonóis do chocolate, a vitamina E e C14. Os flavonóides

encontrados no cacau agem também na diminuição da pressão arterial,

interferindo na melhora da função endotelial dos vasos. (SILVA, 2011)

Além disso, concentra outras substâncias, como triptofano, teobromina,

feniletilamina, tetrahidrocarbolines, fenilalanina e tirosina, os quais reforçam a

sensação de bem-estar. (DAMASCENO, 2016)

Existem também seus malefícios, por ser altamente calórico, quase não

contém fibras e é pobre em vitaminas e sais minerais. Muitas dessas

propriedades estão presentes no cacau em estado bruto, mas acabam sendo

14

perdidas com a industrialização do produto. Pessoas sensíveis podem ter

enxaqueca provocada por alergias ou devido à ação de substâncias

vasodilatadoras presentes no chocolate, além de irritações na pele, no

estômago e na mucosa intestinal. A tosse pode ocorrer como manifestação

alérgica, embora não seja comum. A diarreia pode ser causada pelo consumo

excessivo, devido ao alto teor de gordura, razão pela qual pessoas com

problemas no fígado devem evitá-lo. Estima-se também que de 10% a 15% das

pessoas com doenças labirínticas tenham problemas com o metabolismo de

açúcar. (BOTELHO, 2010)

O perigo do chocolate mora no exagero. Passar da conta ao comer

chocolate traz complicações a curto e a longo prazo. Dos problemas imediatos,

pode-se citar: agitação, insônia e azia.

Pelas ricas propriedades e componentes que há no chocolate, este é um

dos doces preferidos. Deve ser consumido moderadamente, pois traz suas

vantagens à saúde, mas vale lembrar que pode causar danos ao organismo.

1.2 Comércio de chocolates

O mercado de chocolates deve crescer, até 2018, 10% ao ano, segundo

a consultoria Euromonitor. Em 2012, o produto movimentou 12,5 bilhões de

reais. Na Páscoa, o investimento em ovos mais elaborados fez os preços

subirem, em média, 6,78%. (CARVALHO, 2014) De ingredientes a sabores diferenciados, empresas nacionais do setor

de chocolate estão investindo em novidades com toque exclusivo brasileiro

para ingressar no mercado exterior e melhorar os negócios. (RENATO, 2015) Em meio à crise econômica que o Brasil vivencia, há, sim, uma boa

notícia para as empresas e produtos brasileiros. É hora de exportar! (RENATO,

2015)

A Cacau Show, que encerrou 2015 com duas mil lojas no País, prevê

crescimento de 18% nas vendas e abriu seis mil vagas temporárias no período

de Páscoa. A empresa produziu 7,9 mil toneladas de chocolate e fez 20

lançamentos para se juntar aos 50 produtos que já possui. (UCHA, 2016)

De acordo com Getúlio Ursulino Neto, presidente

da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim,

15

Balas e Derivados (Abicab), o Brasil é hoje o quarto maior produtor mundial de

chocolate, atrás apenas dos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.

(PIMENTEL, 2012)

Embora o consumo médio ainda seja considerado baixo pelas empresas

do setor (2,3 quilos per capita anuais), a expansão deste mercado foi de 39%

nos últimos cinco anos. (PIMENTEL, 2012)

1.3 História da Cacau Show

A Cacau Show começou na Páscoa de 1988, quando Alexandre Tadeu

da Costa, um rapaz com 17 anos de idade, filho de pai tecelão e mãe

vendedora de produtos de beleza em domicílio, resolveu revender chocolates.

Logo Alexandre conseguiu uma encomenda de 2 mil ovos de 50 gramas.

Sua maior surpresa ao chegar com o pedido na fábrica foi que não havia

possibilidade de produzir ovos com esse peso. Para honrar o compromisso

assumido, resolveu produzir os ovos por conta própria, comprou a matéria-

prima e contratou uma senhora que fazia chocolate caseiro. Após três dias,

com jornadas de trabalho de 18 horas, o pedido foi entregue. (SUA

FRANQUIA, 2015)

Depois da experiência, Alexandre percebeu que havia um mercado

muito pouco explorado de chocolates artesanais e resolveu investir nisso. O

lucro da primeira encomenda, aproximadamente US$ 500,00, foi o capital

inicial para Costa criar a Cacau Show. Na época, o empreendimento

estabeleceu-se em uma sala na empresa dos pais do fundador, no bairro da

Casa Verde, em São Paulo. Porém, logo depois passou a pagar aluguel pelo

espaço. (SUA FRANQUIA, 2015)

Costa orgulha-se em dizer que, durante toda a história da empresa, em

nenhum momento, contou com capital externo ou empréstimos bancários.

Nessa época, o processo de produção era bem precário: ele e um amigo

produziam e saíam vendendo as guloseimas em padarias, contando também

com a ajuda de revendedores. Porém, foi preciso mudar a estrutura de

distribuição, pois, para o tipo e o custo do produto vendido, ficava muito caro o

sistema de comissões e de prazos de pagamento habituais ao canal de venda

domiciliar. Foi nesta época que Alexandre optou por atender diretamente a

16

pequenos pontos de venda, como bares e lanchonetes, sem contar com a

intermediação de atacadistas ou distribuidores. A experiência de sair vendendo

pessoalmente, de loja em loja, foi considerada insubstituível pelo empresário,

pois graças a ela, hoje ele sabe exatamente como se vende, conhece

profundamente o mercado e o perfil dos compradores, as dificuldades e

oportunidades encontradas, podendo, portanto, preparar seus vendedores da

melhor maneira para o dia a dia nas ruas. (SUA FRANQUIA, 2015)

A primeira loja da Cacau Show foi construída no final de 2001, na cidade

de Piracicaba, interior de São Paulo e o negócio cresceu rapidamente. No ano

seguinte, eram 18 pontos de venda padronizados com a marca da empresa.

Logo depois, já eram 46 e, na sequência, 130. Mais um ano, e

totalizavam 230, o que já fazia da Cacau Show a maior rede de chocolates

finos do Brasil em número de lojas.

Em 2005, Alexandre foi condecorado com o prêmio ‘Melhor Franquia do

Ano’, na categoria Cafeteria e Confeitaria, dado pela Editora Globo, em

parceria com a Fundação Getúlio Vargas. A Cacau Show destaca-se por

possuir o Selo de Excelência em Franchising 2008/2009. Receber o Selo de

Excelência em Franchising significa que a empresa franqueadora recebe um

atestado de sua real capacidade de praticar o sistema de franchising. As

normas são impostas pela Associação Brasileira de Franchising - ABF, como

instituição que reúne, no âmbito nacional, todas as principais empresas que

trabalham com franquia. (SUA FRANQUIA, 2015)

Em 2008, a Cacau Show ultrapassou a norte-americana Rocky Mountain

e tornou-se a maior rede de lojas de chocolates finos do mundo. Hoje, a

empresa conta com mais de 1000 em todo o país e, com isso, tornou-se a

maior rede de alimentação do Brasil. A fábrica, instalada em Itapeví, na Grande

São Paulo, em 2006, possui 18 mil metros quadrados e produz 250 tipos de

produtos. Mas, com o crescimento constante, quase não basta para o tamanho

da empresa. Por isso, Costa investiu R$ 20 milhões na ampliação da fábrica,

que até o final do ano terá dobrado de tamanho, chegando a 36 mil metros

quadrados.

1.3.1 Filosofia

17

Para o empresário Alexandre Tadeu Costa, tudo isso tem um significado

ainda maior. Cada trufa, tablete ou bombom é uma forma de despertar um

sorriso. Por isso, a Cacau Show esforça-se ao máximo para que seus produtos

sejam acessíveis ao maior número possível de pessoas.

1.3.2 Missão

Proporcionar ao maior número de pessoas uma experiência memorável

e excelência em produtos e serviços, sendo referência em gestão do negócio

de chocolate.

1.3.3 Visão

Ser a maior e melhor rede de chocolates finos do mundo, oferecendo

aos seus clientes e parceiros uma relação duradoura, com foco no

crescimento, rentabilidade e responsabilidade socioambiental.

1.3.4 Valores

Ética, respeito e honestidade, compromisso com o crescimento e

resultado, prática da inovação, incentivo e reconhecimento ao desenvolvimento

individual, cuidado consigo mesmo, com o outro e com os detalhes.

1.4 Dificuldades enfrentadas pela empresa

Um momento difícil para a empresa ocorreu no verão de 1992. Como é

natural e ocorre em todos os verões com produtos à base de chocolate, a

venda dos produtos da marca caiu acentuadamente. O produto parou de rodar

no ponto de venda e, devido à sua curta vida útil, começou a estragar. Todos

os produtos deteriorados foram trocados sem qualquer ônus para o varejista.

Até aí era uma situação tradicional de verão, quando frequentemente é

necessário ‘colocar dinheiro’ na empresa; foi então que a crise se instalou,

porque não havia caixa suficiente para cobrir as despesas. Mais uma vez,

Alexandre não ficou parado, reclamando, nem saiu atrás de empréstimos para

cobrir as despesas. Ao contrário, buscou oportunidades de longo prazo.

18

Como o fim do ano aproximava-se, comprou uma máquina para fazer

panetones, e vendeu-os; montou quiosques em feiras de natal para oferecer

não só seus chocolates, mas também produtos adequados à temperatura do

verão, como salgadinhos e sucos, adquiridos de terceiros: ou seja, quando a

situação de seus produtos se complicou, a empresa mudou, rápida e

temporariamente, sua oferta ao mercado para poder suprir os problemas e sair

em boas condições.

1.5 Alexandre Tadeu da Costa

O grande fundador da Cacau Show é o empresário Alexandre Tadeu da

Costa, 45 anos, casado e com três filhos, residente na cidade de São Paulo.

Cursou até o segundo ano de Administração. Fundou a Cacau Show

quando tinha apenas 17 anos de idade.

No ano de 1994, Alexandre participou de um curso técnico na Bélgica

sobre fabricação de chocolates, o primeiro de muitos outros que ele fez ao

longo da carreira. Faz parte do Instituto Empreendedor Enviado desde 2004,

que abre oportunidades de palestrar sobre empreendedorismo. Com dinheiro

que adquire com as palestras, realiza doações para instituições de caridades.

No ano de 2005, lançou um livro a pedido do Endeavor e da livraria

Saraiva, junto com demais empreendedores, com o título ‘Como fazer uma

empresa dar certo num país incerto’, em que traz relatos nas áreas de gestão,

pessoas, dinheiro, sociedade e comunicação. Além deste livro, ele é autor de

outros dois, ‘O cacau é Show’ e ‘Uma trufa e... 1000 lojas depois’, lançados no

ano de 2008 e 2010, respectivamente.

Em 2005, a revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios premiou a

Cacau Show como melhor franquia de cafeteria e confeitaria.

No ano de 2010, Alexandre foi homenageado em Brasília, recebendo

um diploma de Honra ao Mérito entregue pelo Sr. Reinhold Stephanes, Ministro

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pela Câmera Setorial da Cadeia

Produtiva do Agronegócio Cacau. Esse prêmio foi concedido pelo seu

pioneirismo, destaque e importante papel como empreendedor na indústria

brasileira de chocolates, valorizando o cacau produzido no Brasil.

19

Alexandre Costa também foi eleito o Empreendedor do Ano de 2011,

categoria Master, pela Ernst & Young Terco, e representa o Brasil na

premiação mundial em Mônaco. Além do reconhecimento como empresário de

sucesso, Costa é membro da Academia Brasileira de Marketing.

Com muitas histórias para contar, representa uma equipe de mais de

sete mil pessoas Brasil afora, incluindo os colaboradores da fábrica, área

administrativa, franqueados, vendedores das lojas, além de todos os

envolvidos na cadeia produtiva da Cacau Show, onde os chocolates são feitos

com tanta paixão. O espírito empreendedor de Alexandre Tadeu da Costa

tornou a marca referência no mercado nacional.

Para o francês Fabrice Lenud, um dos mais consagrados pâtissiers do

Brasil, Costa é o ‘Bill Gates do chocolate’.

Em outubro de 2013, a Cacau Show ganhou um prêmio internacional.

Alexandre Costa, presidente da marca, esteve no World Retail Awards (WRA),

uma das mais importantes premiações do universo varejista, no Salle Wagram,

em Paris. A empresa foi a vencedora na categoria Varejista do Ano de

Mercados Emergentes. (SUA FRANQUIA, 2015)

Figura1: Alexandre Tadeu da Costa

Fonte: UOL 2016

1.6 Fábrica

20

A antiga fábrica localizada na capital paulista com cinco mil metros

quadrados teve que ser abandonada devido à expansão do negócio. Em 2008,

foi inaugurada a nova fábrica de Cacau Show com 17 mil metros quadrado na

cidade de Itapeví, interior do estado de São Paulo.

Além desse grandioso investimento, houve também a compra de

maquinários, incluindo a máquina para a fabricação de trufas, que é

considerada a maior da América do Sul, produzindo uma tonelada de trufas por

hora. Além desta, existem outras quatro fábricas em funcionamento: Campos

do Jordão (SP), Curitiba (PR), São Paulo (a primeira sede) e uma segunda em

Itapeví, que juntas produzem mais de 12 mil toneladas de chocolate por ano.

(FERREIRA, 2012)

1.7 Lojas

Desde a abertura da primeira loja padronizada com a marca Cacau

Show, em 2002, na cidade de Suzano (SP), o crescimento foi muito rápido. Em

2004, a marca tornou-se a maior rede de chocolates finos do Brasil, com 230

lojas e, em 2008, ultrapassou a norte-americana Rocky Mountain e tornou-se a

maior rede de chocolates finos do Mundo. Já em 2010, foi alcançada a marca

de 1000 lojas. A empresa fechou o ano de 2013 com 1540 lojas, espalhadas

por 700 municípios, em todos os 26 estados do Brasil, além do Distrito Federal.

Em plena recessão, a rede de franquias de produtos de chocolate está

em busca de novas lojas, novos canais de venda e até novos produtos. O

objetivo em 2015 era chegar a duas mil lojas da marca, meta razoável para

quem entrou o ano com 1.770 pontos de venda. Atualmente, são 90 lojas em

fase de implantação, após 150 abertas ao longo do ano. (LIGNELLI, 2015).

1.8 Franquias

A Cacau Show é uma empresa líder em franquias, atualmente é a maior

rede de chocolates finos do mundo e a maior de alimentação do Brasil. Hoje,

são mais de 1800 lojas espalhadas pelo Brasil. A empresa foi eleita como a loja

de chocolates finos mais lembrada pelas classes A, B e C pelo Top of Mind.

Recebeu o Prêmio de Excelência da Associação Brasileira de Empresas de

21

Franchising em 2014 e em 2015, que reconhece as melhores franquias para

investir no Brasil. Também conquistou o Prêmio BRWeek que nomeia as

melhores performances do varejo brasileiro e conquistou o selo de Smart

Storytellers pelo excelente resultado em engajamento nas redes sociais, ambos

em 2015.

1.9 Responsabilidade social e ecológica

1.9.1 Ações sociais

Em outubro de 2007, aconteceu o primeiro dia da trufa Solidária, nas

franquias Cacau Show de todo o país. Foi uma parceria feita com o programa

Teleton, de forma que os clientes que comprassem trufas a granel, no valor de

R$ 1,00 cada, estariam arrecadando parte da renda para o programa Teleton.

Desde então, a Cacau Show firmou um contrato com o Sistema Brasileiro de

Televisão (SBT), para que todo o ano ocorra a campanha.

No período de Páscoa, destinam alguns ovos para enviar a crianças

carentes e creches. Toda a rede Cacau Show participa de três formas: pela

ação Trufa do Bem, na qual parte da renda arrecadada na venda de trufas na

semana do Teleton (21 a 25 de outubro) é revertida à AACD; pela lei Rouanet,

ou seja, por meio de incentivo fiscal, e também através da doação de produtos

ao evento. Em 2008, a melhor páscoa para os franqueados de Lins, foram

arrecadados 400 ovos de Páscoa e distribuídos em quatro creches. Já em

2010, foram distribuídos por volta de 550 ovos para creches e crianças

carentes.

1.9.2 Ações ecológicas

O terreno da fábrica principal da Cacau Show possui uma área total de

73 mil m², dos quais são 57 mil m² de área construída. Além disso, a Área de

Preservação Permanente (APP) possui um total de mais de 15 mil m². Gestão

Ambiental, embora a água não seja utilizada na composição do chocolate, ela é

de extrema importância para o desenvolvimento das atividades na fábrica,

principalmente nas atividades de limpeza e higiene. Para isso, a empresa

adquire água através de uma empresa contratada que faz a captação

22

subterrânea, na região de Santana de Parnaíba. Em 2014, consumiram 43.729

m³ (quarenta e três mil setecentos e vinte e nove metros cúbicos).

A geração de resíduos é uma consequência dos processos produtivos.

Na IBAC, o gerenciamento desses materiais é realizado de acordo com a

legislação vigente e tem por objetivo dar o melhor destino a cada tipo de

resíduo. Para isso, o descarte e coleta são feitos de forma seletiva, desde a

área administrativa até as operacionais. Nesse tipo de coleta, são separados

os materiais que ainda podem ser aproveitados daqueles que não têm mais

utilidade. A maior parte dos resíduos que a Cacau Show gera tem como

destino a reciclagem, por serem resíduos classificados como não perigosos.

(CIRILO; OLIVEIRA, 2013)

1.9.3 Logística

Por se tratar de um produto delicado, o chocolate para sua distribuição

precisa adequar-se para algumas regiões, de acordo com o clima. Para isso, a

empresa não limitou apenas em vendas no varejo, apostando também em

vendas através de catálogos e lojas próprias.

1.10 Perfil do consumidor

Crianças, jovens, adultos e idosos podem consumi-los das mais variadas

maneiras, como chocolate ao leite, bombons, puro, amargo, chocolate em pó,

barra, com castanhas, frutas, derretidos, gelados, entre outras mais variadas

formas. Não existem restrições para consumir o chocolate. Pesquisa feita em

2002, pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, constatou que 63% das

pessoas referiam-se ao chocolate como uma dependência, vício. As

declarações obtidas demonstraram que para muitos é quase impossível resistir

até comer o último bombom da caixa. Há quem coma doce durante o banho, há

quem sai de casa de madrugada para comprar e até mesmo quem coma

escondido para não ter que dividir com ninguém. Há ainda, quem tenha

conseguido largar o vício do álcool, drogas, mas não o do chocolate. (ROCHA;

SILVA, 2008)

1.12 Franquias Cacau Show Lins

23

A Cacau Show surgiu em Lins, no dia 04 de maio de 2005. Foi fundada

pelo casal Ronaldo Petrucci e Márcia Cristina Campaner Petrucci.

O primeiro contato do casal com a franquia foi na cidade de Catanduva,

interior de São Paulo, onde residiam e procuravam uma franquia para abrir seu

negócio. Após conhecer a empresa, optaram pelo ramo dos chocolates. Como

já havia uma franquia aberta na cidade de Catanduva resolveram abrir em Lins,

cidade onde nasceram e onde também não havia nenhuma loja do ramo.

1.12.1 Proprietários

Ronaldo Petrucci e Márcia Cristina Campaner Petrucci são linenses e

residem na cidade de Catanduva, interior de São Paulo. Sempre tiveram

vontade de abrir seu próprio negócio. Mesmo com profissões bem diferentes do

ramo do chocolate, fundaram a franquia Cacau Show na Cidade de Lins, no

ano de 2005.

A rotina de ambos torna-se bem agitada, pois além de seus empregos

na cidade onde residem, é necessário viajar periodicamente para cuidar dos

afazeres da loja.

1.12.2 Público alvo

Algumas pessoas dizem que chocolate é coisa para criança. Porém, a

Cacau Show demonstra ter o seu público um pouco mais maduro: mesmo

tendo uma clientela infantil, seus chocolates atingem mais jovens, adolescentes

e casais.

Há várias linhas como: infantil, a linha de presentes e oferece também

uma linha de diets, podendo, assim, agradar e atrair a todos.

Na cidade de Lins, pode-se dizer que o público mais atendido é o de

classe média e baixa. A loja foi aberta no Calçadão, justamente para atrair esse

público, pois é este o que mais circula nas proximidades da loja.

1.12.3 Concorrentes

24

Os principais concorrentes da Cacau Show em Lins são os chocolates

vendidos em supermercados como: Lacta, Nestlé e Garoto, isto porque as

pessoas têm o hábito de comprar chocolates em suas compras mensais.

Como a marca Cacau Show não pode ser vendida em outras lojas, o

público acostumado a ele não tem alternativa a não ser comprá-lo na própria

loja. Algumas empresas na cidade como floriculturas usam os bombons da

marca Gardner que também são produzidas pelas Cacau Show, porém não é

muito conhecida.

Pode-se citar como concorrentes, além da Nestlé, Lacta e Garoto, que

não são produtoras de chocolates finos e nem um tipo de artesanal, as

empresas Kraft e Kopenhagen, que também trabalham com chocolates finos,

porém com preço mais elevado.

1.12.4 Produtos

A Cacau Show oferece aos seus franqueados um mix de produtos

bastante amplo como trufas (trinta sabores), produtos diet, tortas, tabletes e

doces gelados, infantis, granel, presentes, doces para datas especiais, cookies,

bananinhas.

A franquia de Lins apresenta bem menos produtos do que a

franqueadora oferece. Na empresa só há dez sabores de trufas, tabletes e

alguns produtos a granel, alguns para datas especiais e embalagens,

bananinhas, alfajor, mints dream cookies, golden bytes entre outros. A franquia

de Lins não dispõe de tortas e doces gelados.

Os produtos que são oferecidos pelas franqueadas sofrem variação de

acordo com a região devido às diferenças climáticas.

1.12.5 Rotina da empresa

Às 8h30 min, inicia-se o expediente da loja. Como na parte da manhã o

movimento é mais fraco, as funcionárias encarregam-se de alguns detalhes

como a reposição de produtos e limpeza da loja. O horário de almoço é das

10h às 13h, sendo revezado entre as funcionárias.

25

À tarde, o atendimento aos clientes é mais intenso, entre um cliente e

outro é feita a organização da loja e a transferência do fluxo de vendas para o

sistema de informação.

O término do expediente é às 18h. Aos sábados, a loja é aberta às 8h30

min e fecha entre 15h e 16 horas. É feita uma contagem do estoque uma vez

por mês. É registrado em um cronograma o vencimento dos produtos para

serem retirados ou o franqueado solicita uma autorização para realização de

promoções.

A movimentação de entradas e saídas dos produtos da loja fica

registrada em um sistema para ser enviado à matriz.

1.13 Fornecedores

A própria marca Cacau Show é a principal fornecedora de chocolate aos

franqueados. Em seguida, encontram-se fornecedores terceirizados tais como:

a RCKY, que fornece o Sistema de Informação aos franqueados; a PH FIT, que

se encarrega das fitas; a SP Modal, que se encarrega da entrega das

mercadorias de forma muito competente, por se tratar de produtos muitos

frágeis, zelando para que as caixas não amassem e não rasguem. Geralmente,

as entregas são feitas na semana seguinte em que são feitos os pedidos, e os

dias de entrega são quintas e sextas-feiras.

1.14 Marketing

Há uma certa preocupação por parte dos franqueados para que as

embalagens sejam iguais em todas as lojas, e já está havendo um novo

compromisso em buscar novas maneiras de atrair clientes através das fitas,

cestas e outras embalagens. Antigamente, não existia padronização quanto a

isso, porém já existem algumas empresas terceirizadas que oferecem as fitas

com a logomarca da Cacau Show.

O marketing da Cacau Show é feito por meio de taxas pagas à

franqueadora para que se tenha a propaganda da empresa em revistas,

programas de TV e propagandas em horário nobre.

Já no caso da Cacau Show, a taxa é cobrada sobre o volume das

compras.

26

Na loja de Lins algumas propagandas são feitas pelos donos, em rádio e

jornais da cidade. É uma forma de divulgar a marca. Também é utilizada a

entrega de catálogos nas ruas de maior fluxo de pessoas.

1.15 Sistemas de informação

Desde 2003, as franquias contam com um software criado pela empresa

RCKY, o qual auxilia no cadastro de clientes, de vendas (entradas e saídas) de

produtos, fluxo de caixa, estoques, contas a pagar e a receber.

Todos os dias, de forma minuciosa, ao término do expediente, as

informações são passadas para a empresa RCKY e para a matriz. Caso a

franquia não faça esse processo de envio de informações, automaticamente, é

feito o bloqueio no outro dia impedindo de ser usado o sistema de informação.

Quando se abre a franquia, o franqueado recebe um compact disk (CD),

de fácil instalação. Quando há novas instalações é utilizada a internet, em que

o franqueado recebe por e-mail avisos de que existem atualizações novas a

serem feitas. Geralmente eles enviam um link para acesso direto dessas

atualizações. Caso o franqueado não atualize, este aviso continuará a ser

enviado, porém em algumas semanas o sistema é bloqueado.

O sistema tem a cor da Cacau Show e é de fácil utilização. Assim que o

código de barras do produto é passado, o sistema já acusa, como, por

exemplo, o preço e quantos ficaram no estoque. O programa mostra algumas

mensagens de otimismo ou sobre a Cacau Show.

As funções do programa variam de acordo com a região do país devido

à tributação. O programa só permite acesso àquela loja.

O sistema não conta com recursos para o franqueado fazer compras;

neste caso, é preciso entrar em um site específico de vendas da Cacau Show,

em que, por meio de datas já agendadas, podem ser efetuadas. (TOMAZELE,

et al, 2012)

27

CAPÍTULO II

MARCAS E PATENTE

2 DIREITOS DE PROPRIEDADE

2.1 As marcas

A utilização e a aplicação de marcas existem há séculos como meio de

diferenciar os bens de um fabricante dos bens de outro. Na verdade, a palavra

brand (marca, em inglês) deriva do nórdico antigo brandr, que significa

‘queimar’. Isso porque as marcas a fogo eram, e de certa maneira ainda são

usadas pelos proprietários de gado para marcar e identificar seus animais.

(KELLER; MACHADO, 2006) Segundo a definição da American Marketing

Association (AMA), “marca é um nome, termo, símbolo, desenho ou uma

combinação desses elementos que deve identificar os bens ou serviços de um

fornecedor ou grupo de fornecedores e diferenciá-los dos da concorrência”.

Portanto, tecnicamente falando, sempre que um profissional de marketing cria

um novo nome, logotipo ou símbolo para um novo produto, ele cria uma marca.

(KELLER, 2003)

Uma marca é um nome diferenciado e/ou símbolo (tal como um logotipo,

marca registrada, ou desenho de embalagem) destinado a identificar os bens

ou serviços de um vendedor ou de um grupo de vendedores e diferenciar esses

bens e serviços daqueles dos concorrentes. Assim, uma marca sinaliza ao

consumidor a origem do produto e protege, tanto o consumidor quanto o

fabricante, dos concorrentes que oferecem produtos que pareçam idênticos.

(AAKER, 1998)

Na prática, muitos administradores referem-se a uma marca como mais

do que isso, definindo-a como algo que criou um certo nível de conhecimento,

reputação e proeminência no mercado. Assim, pode-se fazer uma distinção

entre a definição de marca da AMA e uma marca ‘com M maiúsculo’.

Assim, a chave para criar uma marca, segundo a definição da AMA, é

“encontrar um nome, logotipo, símbolo, desenho de embalagem ou outro

28

atributo que identifique o produto e o diferencie dos outros”. (KELLER;

MACHADO, 2006, p. 2)

As marcas, assim como as indicações geográficas, estão elencadas em

documentos nacionais e internacionais referentes à proteção da propriedade

intelectual. O uso das marcas também configura um mecanismo para agregar

valor aos produtos no mercado e credibilidade perante os consumidores.

Diferentemente das indicações geográficas, as marcas, embora se

preocupem com a origem, não atestam a qualidade de determinado produto

que será lançado no mercado. A perspectiva comercial também se manifesta

quando se pretende usar as marcas como forma de tornar um produto

conhecido no mercado e ‘proteger um nome comercial’. (VARELLA, 2005)

De acordo com Petit (2006), uma marca hoje ou no século XIX é

qualquer coisa: um bicho, um objeto, uma paisagem, uma fruta, um pneu, uma

faca, uma chave, um olho, uma orelha, uma onda do mar, um rio, uma pedra,

uma mão, o dedo, a lua, o sol, um mapa. Tudo pode ser uma marca, ela tem

que nascer principalmente de uma idéia visual, sonora, musical, multicor,

intrigante, alegre, sóbria ou dramática. Ela tem de ter, acima de tudo, caráter.

Assim como as crianças, os velhos, as mulheres lindas ou feias, tudo é

uma marca.

2.2 As patentes

Considera-se, geralmente, que o direito moderno das patentes surgiu em

torno do ano 1400, quando a República de Veneza começou a reconhecer aos

inventores direito exclusivo de exploração de suas novas máquinas. Esse

direito de exploração era reservado somente aos venezianos mas, em 1443,

um cidadão francês conseguiu a concessão de um monopólio para construir

moinhos em Veneza e em sua região, o que foi consagrado publicamente por

uma lei da República de Veneza, em 19 de março de 1474, que concedia

monopólio de exploração de dez anos a todo ‘inventor de um novo

procedimento engenhoso’(nuovo ed ingegnoso artificio). (STRENGER, 2004)

Em 1614, a Inglaterra adotou o Statute of monopolies que reconhecia

um monopólio de quatorze anos a todo verdadeiro inventor de um novo modo

de fabricação. Alguns anos mais tarde, um certo número de Estados

29

americanos seguiram o exemplo da Inglaterra. O primeiro desses Estados foi o

de Massachusetts que, em 1641, reconheceu a Samuel Winslow uma patente

no processo de fabricação de sal. Na mesma época, a Alemanha já tinha

adotado um sistema bastante sofisticado para o reconhecimento de patentes.

(STRENGER, 2004)

Conforme Strenger (2004), a fonte das normas convencionais que

disciplinam as patentes encontram-se na convenção de Paris de 1883, sobre a

proteção da propriedade industrial, bem assim no texto revisado de Estocolmo,

do qual o Brasil é signatário e aderente. Tanto na norma convencional como na

legislação interna encontram-se, para as invenções, os modelos e desenhos

industriais, regras de coordenação, de atuação e ainda de unificação. Nesta

última, preserva-se o direito moral do inventor, assegurando-lhe a menção de

seu nome na patente e também direitos dos quais goze o titular da invenção.

Patente é um título de propriedade temporário, oficial, concedido pelo

Estado, por força de lei, ao seu titular ou seus sucessores (pessoa física ou

pessoa jurídica), que passam a possuir os direitos exclusivos sobre o bem, seja

de um produto, de um processo de fabricação ou aperfeiçoamento de produtos

e processos já existentes, objetos de sua patente. Terceiros podem explorar a

patente somente com permissão do titular (licença). Durante a vigência da

patente, o titular é recompensado pelos esforços e gastos despendidos na sua

criação.

A Lei n° 9.279, de 14 de maio de 1996 - Lei da Propriedade Industrial -

LPI2 , que regula direitos e obrigações relativos à Propriedade Industrial,

estabelece a concessão de patentes (Art. 2° da LPI) , cujos dispositivos

constam do Art. 3° ao Art. 93 e do Art. 212 ao Art. 244, considerando o seu

interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País. A

concessão da patente é um ato administrativo declarativo ao se reconhecer o

direito do titular, e atributivo (constitutivo), sendo necessário o requerimento da

patente e o seu trâmite junto à administração pública. É uma forma de

incentivar a contínua renovação tecnológica estimulando o investimento das

empresas para o desenvolvimento de novas tecnologias e a disponibilização de

novos produtos para a sociedade. (STRENGER, 2004) Segundo Strenger (2004), os arts. 6º§§, 1º, 2º, 3º, 4º, e 7º, parágrafo

único tratando da titularidade, fazem-no com o mesmo posicionamento

30

assentado pela lei anterior, com modificações meramente esquemáticas, mas,

de modo explícito, ressalva-se ao requerente da patente sua legitimação pelo

simples ingresso do pedido, valendo dizer que está, a partir desse momento,

absolutamente a salvo das usurpações, a não ser que existam elementos

cabais provando o contrário. O registro de patentes não tem caráter

personalista, ou seja, restrito à pessoa de seu inventor, podendo os direitos

daí decorrentes beneficiar todos aqueles que têm vocação hereditária, de

acordo com o Código Civil (arts. 1.603 a 1.619).

2.3 A proteção dos produtos no mercado

Segundo Strenger (2004), tanto as patentes como as marcas estão

intimamente ligadas ao produto, pois aqueles são seus aspectos componentes

que individualizam e facilitam a seleção por parte do consumidor.

O nome identifica-se com o trabalho de tal maneira que a marca para

sempre os diferenciará dos demais. Todo produto é suscetível de ser

diferenciado de outro similar mediante uma marca que o individualize.

Devido ao fato de o produto estar totalmente ligado à marca, a real

proteção do produto no mercado, nada mais é do que a proteção da marca

trazendo segurança tanto para produtores quanto para consumidores. O fato

de se ter uma marca registrada evita fraudes e plágios .

Conforme Keller (2003), o contrato de uma marca com o cliente é mais

econômico que legal. Marcas são mais significativas em relação a outros sinais

isolados de confiabilidade, por exemplo, selos de certificação de qualidade. Em

um ambiente de concorrência, uma grande marca pode ser um caminho efetivo

para a lucratividade.

A proteção da marca tem por objetivo a repressão à concorrência

desleal, buscando evitar a possibilidade de confusão do consumidor que

adquire determinado produto ou serviço, pensando ser outro, bem como o

locupletamento com o esforço alheio.

O direito à exclusividade ao uso da marca, em decorrência de seu

registro no INPI, é limitado à classe para a qual foi deferido, não abrangendo,

pois produtos outros não similares, enquadrados em outras classes,

executadas as hipóteses de marcas notórias. (STRENGER, 2004)

31

2.3.1 INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial

Criado em 1970, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é

uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e

Serviços, responsável pelo aperfeiçoamento, disseminação e gestão do

sistema brasileiro de concessão e garantia de direitos de propriedade

intelectual para a indústria. Entre os serviços do INPI, estão os registros de marcas, desenhos

industriais, indicações geográficas, programas de computador e topografias de

circuitos, as concessões de patentes e as averbações de contratos de franquia

e das distintas modalidades de transferência de tecnologia. Na economia do

conhecimento, estes direitos transformam-se em diferenciais competitivos,

estimulando o surgimento constante de novas identidades e soluções técnicas. O INPI é composto pela sua Presidência, órgãos vinculados e quatro

diretorias: Administração - DIRAD; Patentes - DIRPA; Marcas - DIRMA; e Contratos, Indicações Geográficas e Registros - DIC IG. A estrutura

completa encontra-se no Decreto nº 8.686 e os dirigentes do Instituto. (INPI,

2016)

2.4 Lei 9.279/96

A lei anterior de propriedade industrial foi revogada em 21 de dezembro

de 1971, e englobava o seguinte título: ‘Dos contratos de licenciamento de

marcas, patentes e transferência de tecnologia’. Em 14 de maio de 1996, o Congresso Nacional decretou e o Presidente

da República na época, Fernando Henrique Cardoso, sancionou a Lei nº

9.279/96 que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.

A atual lei contém, além das disposições preliminares, oito títulos

subdivididos da seguinte maneira: (DIREITOCOM, 2016)

a) Título I: Das patentes (art. 6 a 93); b) Título II: Dos desenhos industriais (art. 94 a 121); c) Título III: Das marcas (art. 122 a 175); d) Título IV: Das indicações geográficas (art. 176 a 182);

32

e) Título V: Dos crimes contra a propriedade industrial (atr. 183 a 210);

f) Título VI: Da transferência de tecnologia e da franquia (art. 211); g) Título VII: Das disposições gerais (art. 212 a 228); h) Título VIII: Das disposições transitórias e finais ( art. 229 a 244). A lei brasileira segue a convenção de Paris para proteção de

propriedade industrial.

No Brasil, ainda existem as Leis nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998,

que regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os

direitos de autor e os que lhes são conexos; Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro

de 1998, que dispõe sobre a proteção de propriedade intelectual de programa

de computador, sua comercialização no país, e dá outras providências, e o

Decreto nº 2.553, de 16 de abril de 1998, que está bastante relacionado com a

lei de propriedade industrial. (DIREITOCOM, 2016)

2.5 Processos do patenteamento

2.5.1 Entenda

Quando se inventa uma nova tecnologia, seja para produto ou processo,

pode buscar o direito a uma patente. A patente também vale para melhorias no

uso ou fabricação de objetos de uso prático, como utensílios e ferramentas. Ela

pode ser uma Patente de Invenção (PI) ou Patente de Modelo de Utilidade

(MU). Tudo especificado no Manual para o Depositante de Patentes e também

na legislação sobre o tema. (INPI, 2016)

2.5.2 Faça a busca

É necessário verificar se o que pretende solicitar não foi protegido antes

por terceiros. Mesmo não sendo obrigatória, a busca é um importante indicativo

para decidir se entra com o pedido ou não. Assim, para avaliar se o pedido

atende aos requisitos de patenteabilidade, é aconselhável fazer uma busca

prévia. As classificações e as formas de fazer a busca de patentes, encontra-se

no site do INPI. (INPI, 2016)

33

2.5.3 Pague a taxa

Confira os valores das taxas. Pessoas físicas e microempresas, entre

outros, têm direito a desconto. Para o pagamento de taxas no INPI é

necessário o cadastramento no e-INPI. Emita e pague a Guia de Recolhimento

da União (GRU), colocando o código 200. Guarde o número deste documento,

pois ele será necessário para o início do processo. (INPI, 2016)

2.5.4 Inicie o pedido

Reúna os documentos: (1) conteúdo técnico - relatório descritivo, quadro

reivindicatório, listagem de sequências (para pedido da área biotecnológica),

desenhos (se for o caso) e resumo; (2) formulário FQ 001; e (3) comprovante

de pagamento da GRU. (INPI, 2016)

Para entender como o material deve ser apresentado, leia o documento

com as orientações para o depósito. (INPI, 2016)

Depois, acesse o e-Patentes e preencha o formulário online. Confira o

manual do sistema online. O sistema e-Depósito, que depende de download do

programa e uso de token, também está disponível. Para o depósito em papel,

acesse os formulários necessários. (INPI, 2016)

2.5.5 Acompanhe

Conforme INPI (2016), o processo passará por diferentes etapas, que

poderão exigir o envio de novos documentos. Lembre-se: é de

responsabilidade exclusiva do usuário acompanhar o andamento do pedido.

Para não perder os prazos, faça o procedimento das seguintes formas:

a) Consulte a Revista da Propriedade Industrial (RPI), publicada às

terças-feiras;

b) Acesse o sistema de busca de patente, pois lá se pode selecionar o

processo e incluí-lo em ‘Meus Pedidos’, sistema que avisa por e-mail

quando houver movimentação. Este é um serviço adicional prestado

pelo INPI e não substitui a consulta à RPI.

34

Após dar entrada no pedido. Em alguns casos, é possível acelerar o

exame de patentes: idade, uso indevido do inventor ou pedido de recurso de

fomento; patentes verdes, e produtos para saúde.

Após o depósito, a patente fica até 18 meses em sigilo e, depois, o

depositante deverá pedir o exame ao INPI.

Precisará pagar anuidades a partir do 24º mês de depósito do pedido até

o fim da vigência da patente. Além disso, existem taxas para o pedido de

exame e para a expedição da carta-patente, entre outras, dependendo do caso.

A patente de invenção é válida por 20 anos a partir do depósito e o

modelo de utilidade, por 15 anos.

2.5.1 No Brasil

O governo brasileiro demora, em média, 11 anos para aprovar uma

patente. No setor de telecomunicações, por exemplo, a espera é ainda maior,

de 14 anos. No ranking mundial de backlog - tempo de pedido de patente e

emissão dela, o Brasil ocupa o 19º lugar, poucos passos à frente da Polônia,

última colocada. (JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO, 2015)

A patente é uma espécie de proteção, que dá direito exclusivo por um

longo período sobre um produto ou processo. Os países mais rápidos nesse

processo são os Estados Unidos e a Coreia do Sul, mas os vizinhos sul-

americanos, como Colômbia e Peru, levam de dois a três anos.

A situação agravou-se com o sucateamento do INPI, autarquia veiculada

ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que

concede e garante direitos de propriedade intelectual. Em 2003, o tempo médio

era de 6 anos. Passou para 9 anos em 2008. Agora são 11. (JORNAL O

ESTADO DE SÃO PAULO, 2015)

Atualmente, há 184 mil pedidos de patentes para ser em avaliados por

192 examinadores (980 pedidos por examinador). Nos Estados Unidos, a

relação é de 77 por examinador. O número de examinadores do INPI caiu. Em

2012, o INPI tinha 225. Cerca de 100 examinadores que passaram no concurso

esperam ser chamados a trabalhar. (JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO,

2015)

35

Essa demora faz com que alguns pedidos nem façam mais sentido

porque a tecnologia ficou obsoleta. Há processos, ainda em andamento, de

pedidos de patentes de software feitos em 1997. "O ciclo de vida útil de uma

inovação está cada vez mais curto. Claro que depende da área, mas esse

tempo é muito maior do que o ciclo médio de cinco anos para lançamento de

inovações", diz Elisabeth Kasnar Fekete, presidente da Associação Brasileira

da Propriedade Intelectual (ABPI). (JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO,

2016)

2.5.2 Documentos necessários para o patenteamento

O Pedido de Patente de Invenção ou de Modelo de Utilidade, ou o

Certificado de Adição de Invenção deverá conter, além do conteúdo técnico:

I Relatório descritivo;

II Reivindicações (quadro reivindicatório);

III Listagem de sequências, se for o caso;

IV Desenhos, se for o caso; e

V Resumo.

As informações básicas para elaboração do Pedido de Patente ou

Certificado de Adição constam a seguir, devendo ser consultadas as Instruções

Normativas 30/2013 e 31/2013, que dispõem sobre a aplicação da Lei de

propriedade industrial em relação às patentes e aos certificados de adição, e os

demais normativos vigentes no INPI; Um requerimento – formulário ‘Depósito

do Pedido de Patente’, disponível no portal do INPI, acessando ‘Formulários’, e

o comprovante do pagamento da retribuição relativa ao depósito (GRU) (Art. 19

da LPI). Para retirar a GRU, é necessário que o usuário se cadastre com senha

e login no portal do INPI, conforme roteiro a seguir (caso já esteja cadastrado

inicia-se pelo nº 6):

I Acessar o Portal oficial do INPI: www.inpi.gov.br

II Acessar a opção ‘Cadastro no e-INPI’ disponível na capa do portal.

36

III Nesta página – Cadastro nos Serviços INPI, cadastrar-se conforme a opção ‘Cliente ou ‘Advogado ou Procurador’;

IV Caso seja aceito o Termo de Adesão pressionar ‘eu aceito’ para abrir a

página de cadastro;

V Preenchê-lo e clicar em ‘salvar’;

VI Acessar o link ‘Emita a GRU’ no ‘Acesso rápido’ na capa do portal,

entrar com seu login e senha, e clicar em ‘OK’;

VII Escolher a unidade ‘Patente de Invenção e Modelo de Utilidade’;

VIII Escolher o serviço ou digitar o código do serviço, e teclar ‘enter’;

IX Em ‘Peticionamento’, informar como será a apresentação do serviço, em

papel ou eletrônica e em ‘Natureza’, escolha a natureza do depósito, e

clicar em ‘Confirma’;

X Se o valor da guia estiver correto, clicar em ‘Finalizar Serviço’ e, a

seguir, em ‘Emissão da GRU’;

XI Clicar no ícone ‘imprimir’ e em seguida em ‘OK’ ;

XII Pagar a guia preferencialmente em uma agência do Banco do Brasil.

Junto ao requerimento (2 vias do formulário), deverá ser apresentado 1

(UM) Original + 1 (UMA) cópia do Pedido, TODOS os documentos em papel

tamanho A4.

Toda a matéria descrita no Pedido deve obedecer às especificações

gerais, conforme definidas na IN 31/2013. Não sendo o pedido depositado pelo

próprio requerente (cliente), deverá ser apresentada Procuração recente (vide

IN 31/2013, Art. 42).

Importante não esquecer o login e a senha, a fim de poder efetuar

futuras emissões de guias; uma via do boleto impresso ficará no banco e a

outra (original) tem que ser anexada obrigatoriamente ao processo.

37

Figura 2: Depósito de pedido de patente

Fonte: INPI, 2016

38

Figura 2: Depósito de patente

Fonte: INPI, 2016.

39

Figura 2: Depósito de patente

Fonte: INPI, 2016.

40

2.5.3 Valor do patenteamento

Com a finalidade de expor ao empreendedor os custos dos serviços

relativos ao patenteamento,o INPI disponibilizou uma tabela como referência.

Tabela 1 : Tabela de retribuições dos serviços prestados pelo INPI

(continua)

Tabela 1: Tabela de retribuições dos serviços prestados pelo INPI

Fonte: INPI, 2016

41

(continua)

42

(continua)

43

(continua)

44

(continua)

45

(conclusão)

Fonte: INPI, 2016

46

2.5 A importância da marca

Segundo definição do INPI, marca é todo sinal distintivo, visualmente

perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços, bem como certifica a

conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações

técnicas. Pode-se dizer também que marca é a representação figurada de

qualquer produto ou serviço, seja lá qual for ele. Em suma, marca é um nome,

um som, uma imagem uma palavra, ou até mesmo uma letra, que faz com que

as pessoas identifiquem um produto ou serviço. (METIDIERI, 2012) Visto que houve aumento na importância das marcas corporativas como

alavanca do crescimento das empresas sob a ótica do longo prazo, uma marca

forte não apenas endossa produtos ou serviços de uma companhia, mas

principalmente ‘traduz’ a essência, os valores e a cultura da organização. Se

corretamente gerenciadas, as marcas têm o grande poder de influenciar o

consumidor a optar por este ou outro serviço, desde que esta o lembre de

experiências positivas sobre a organização. As marcas também podem tornar-

se bens intangíveis incrivelmente valiosos para as empresas se forem

trabalhadas corretamente e vistas por seus gestores como um capital que

agrega valor à empresa e a seus produtos/serviços. (MARCAS PATENTES,

2016)

2.6.1 O marketing da marca

A marca é um dos ativos mais importantes de um produto, determinando

claramente quais atributos estão inseridos, seja em um produto ou serviço,

para que o seu público alvo perceba o que está por adquirir. É uma forma de

manter na mente das pessoas, marketshare, uma posição amplamente

destacada e que é referência quando há necessidade de comparação entre

produtos e serviços disponíveis no mercado. (MENSHHEIN, 2007) Tratar as marcas da maneira correta é saber que todo o esforço para

fixá-las na mente do consumidor é resultado de estudos elaborados e

coletados perante a opinião dos mesmos, gerando uma parceria entre empresa

e consumidor, cuidando dos interesses de ambos e que a proposta do

47

posicionamento do produto será mantido na mente do

consumidor. (MENSHHEIN, 2007)

Identificar o público alvo é importante porque diferentes consumidores

podem ter diferentes estruturas de conhecimento de marca e, por isso,

diferentes percepções e preferências. Para definir e segmentar um mercado e

escolher segmentos alvo nesse mercado alguns elementos devem ser

considerados. (KELLER, 2006, p. 70)

Cada vez mais as marcas tomam conta do mercado, são fáceis de

lembrar, possuem um desenho que pode ser facilmente decorado por qualquer

pessoa, pois o impacto gerado por uma marca que não remete a nada é fatal.

Por isso, é necessário estar pronto para atualizar ou revitalizar uma marca no

mercado, procurar tendências que flutuam com o tempo e geram a

necessidade de mais esforços em campanhas de Marketing no mercado

mundial. (MENSHHEIN, 2007)

2.6.2 A natureza das marcas

Conforme MGC (2014a), existem três formas de classificações distintas

para uma marca quanto ao seu uso:

a) marca brasileira : aquela regularmente depositada no Brasil, por

pessoa domiciliada no país;

b) marca estrangeira: aquela regularmente depositada no Brasil, por

pessoa não domiciliada no país; aquela que, depositada

regularmente em País vinculado ao acordo ou tratado do qual o

Brasil seja partícipe, ou em organização internacional da qual o país

faça parte, é também depositada no território nacional no prazo

estipulado no respectivo acordo ou tratado, e cujo depósito no país

contenha reivindicação de prioridade em relação à data do primeiro

pedido;

c) quanto ao uso: marca de produto ou serviço que são aquelas

utilizadas para distinguir produto ou serviço de outro idêntico,

semelhante ou afim, de origem diversa. A mesma pessoa física ou

48

jurídica de direito público ou de direito privado, poderá requerê-la na

atividade que exerça licita e efetivamente; d) marca de certificação: aquela utilizada para atestar a conformidade de

um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações

técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material

utilizado e metodologia empregada. Pode ser requerido por pessoa

jurídica ou física, sem interesse comercial ou industrial e usada direto

no produto ou serviço atestado. O requerente não poderá exercer

atividade que guarde relação direta ou imediata com o produto ou

serviço a ser certificado;

e) marca coletiva: aquela utilizada para identificar serviços ou produtos

provenientes de uma entidade específica, ou seja, de empresas

associadas ou participantes de um mesmo grupo econômico. O

registro de marca coletiva só pode ser requerido por pessoa jurídica

representativa de coletividade. O requerente deverá enquadrar os

respectivos pedidos nas classes correspondentes aos produtos ou

serviço provindos dos membros da coletividade. Todavia poderá

exercer atividade distinta daquela exercida pelos membros desta

coletividade.

2.6.3 Formas de apresentação de marcas

De acordo com a prescrição realizada pelo INPI quanto à sua

apresentação, as marcas podem assumir quatro formas distintas:

a) nominativa: são constituídas por uma ou mais palavras no sentido

amplo do alfabeto romano, compreendendo, também, os

neologismos e as combinações de letras e/ou algarismos romanos

e/ou arábicos;

b) figurativa: são constituídas por desenho, imagem, figura ou qualquer

forma estilizada de letra e número, isoladamente, bem como dos

ideogramas de línguas tais como o japonês, chinês, hebraico, etc.

Nesta última hipótese, a proteção legal recai sobre o ideograma em

si, e não sobre a palavra ou termo que ele representa, ressalvada a

hipótese do requerente indicar no requerimento a palavra ou o termo

49

que o ideograma representa, desde que compreensível por uma

parcela significativa do público consumidor, caso em que se

interpretará como marca mista;

c) mista: são constituídas pela combinação de elementos nominativos e

elementos figurativos ou de elementos nominativos, cuja grafia se

apresente de forma estilizada;

d) tridimensional: são constituídas pela forma plástica (entende-se por

forma plástica, a configuração ou a conformação física) de produto

ou de embalagem, cuja forma tenha capacidade distintiva em si

mesma e esteja dissociado de qualquer efeito técnico;

e) marca de alto renome: a legislação brasileira confere ainda proteção

especial às marcas consideradas de Alto Renome. Neste caso, fica

assegurada a proteção especial em todas as classes, desde que

fique comprovado que o sinal devidamente registrado goze de um

renome que transcenda o segmento de mercado para o qual ele foi

originalmente destinado. Reconhece ainda, a notoriedade de uma

marca no seu ramo de atividade, nos termos do artigo 6ºBis da

Convenção União de Paris, independentemente de estar

previamente depositada ou registrada no Brasil;

f) marca notoriamente conhecida: a marca notoriamente conhecida em

seu ramo de atividade nos termos do artigo 6º Bis (I) da Convenção

União de Paris, para Proteção da Propriedade Industrial, goza de

proteção especial, independentemente de estar previamente

depositada ou registrada no Brasil. A proteção de que trata este

artigo aplica-se também à marca de serviço. O INPI poderá indeferir

de ofício pedido de registro de ma rca que reproduza ou imite, no

todo ou em parte, marca notoriamente conhecida. (MGC, 2014b)

2.6.4 O valor da marca

O valor da marca é formado por um conjunto de associações positivas

ao produto/serviço e à própria organização, que se traduzem em resultados

intangíveis como aceitação, satisfação e benefícios. Consequentemente,

50

esses resultados convertem-se em resultados tangíveis e pode-se mensurar o

retorno sobre os investimentos apropriados aos esforços de marketing. O valor de uma marca (brand equity) é o resultado do grau de lembrança

ou conscientização pelo público somado ao grau de fidelidade dos seus

clientes e a força da imagem associada à marca. Ele é expresso pelo seu valor

de venda. Por exemplo, uma marca como a Coca-Cola® tem um valor de

venda superior ao do total dos ativos da empresa (MARKETING FUTURO,

2016)

2.6.5 A importância da marca para uma empresa

Além da qualidade do produto, a imagem da empresa é fundamental

para conquistar a clientela e garantir bons resultados.

A marca é o DNA de uma empresa e é o que conecta o cliente ao

produto. Por isso, ela precisa demonstrar a capacidade do negócio para

atender às necessidades do consumidor, garantindo satisfação e melhor

experiência de quem escolhe o seu empreendimento.

Ela deve representar o conjunto de valores pensados pelo empresário

para dar identidade ao negócio. (SEBRAE, 2015)

2.7 O registro da marca de franquias

Um dos ativos mais valiosos no sistema de franquias é a marca. Muitas

vezes uma franquia tem como principal atrativo o valor da sua marca, e assim

é importante muita atenção neste assunto. (LABATUT, 2014) Segundo Emerson Hofart, sócio proprietário da Cia da Marca, empresa

especializada no registro de marcas e patentes, é recomendável que antes de

adquirir uma franquia, ou mesmo pedir o registro de uma marca, seja feita

busca de anterioridade para verificar a sua viabilidade. Esta busca é

importante para verificar se existe registro da marca franqueada, ou no caso de

haver somente um pedido de registro, apurar a existência de impedimentos ou

riscos da marca não ser concedida. O fato de existir um protocolo de pedido de

registro não garante a concessão da marca. (E-COMMERCE NEWS, 2011)

Ao adquirir uma franquia que não possui a marca registrada, o

franqueado corre o risco de perder seu investimento.

51

Em todo caso, para quem tem uma empresa e pensa em ser um

franqueador, o melhor é solicitar o pedido de registro da marca o quanto antes.

Para fazer a solicitação de registro da marca, o empresário pode contratar o

serviço de uma das inúmeras empresas autorizadas a realizar este trabalho,

ou ainda, fazer o processo por conta própria, seguindo o passo a passo do

INPI. (LABATUT, 2014)

2.8 O marketing em franquias

Conforme Bittencourt (2011), as franquias têm a mesma necessidade de

realizar ações de marketing como qualquer outro negócio, o que difere é que

elas devem seguir as regras estipuladas pela franqueadora em relação ao tipo

de comunicação, linguagem, aplicação de logo e fornecedor.

Geralmente, as ações e peças são programadas para o ano, de acordo

com as datas comemorativas e os franqueados utilizam esse material e

orientação em suas unidades.

Além das ações no ponto de venda, hoje as franquias utilizam muito as

redes sociais como meio de comunicação para divulgação de seus produtos e

serviços.

Nas franquias, existem dois tipos de ações de marketing: um deles é o

marketing institucional, que envolve a marca e é aplicado pela franqueadora

com recursos do Fundo de Propaganda. O outro, é o marketing local, para

ações que estimulem vendas e atração de clientes, feito com custos total do

franqueado.

O Fundo de Propaganda é um valor que o franqueado contribui sobre o

faturamento. O franqueador deve prestar contas da aplicação desses recursos

uma vez que é um dinheiro da rede toda. (BITTENCOURT, 2011)

2.9 Diferença entre marca e patente

Marca é sempre um nome e/ou imagem capaz de identificar um produto

ou serviço; assim o consumidor consegue reconhecer, dentre tantos outros

disponíveis, o produto ou serviço que está buscando .

52

Já a patente, sempre está relacionada a uma invenção , ou seja, trata-se

de um produto inovador. (LEAL, 2012)

O registro de marca é a proteção de um nome, um sinal, um símbolo, ou

uma figura que individualiza os produtos ou serviços de uma determinada

empresa e distingue-os dos produtos ou serviços de seus concorrentes. A

propriedade de uma marca é obtida pelo registro devidamente concedido pelo

INPI, que garante ao titular seu uso exclusivo em todo o território nacional. Já o registro de patente, é um título de propriedade conferida pelo

Estado, que também é concedido pelo INPI. Este documento descreve uma

invenção, que pode ser um produto ou um processo, que proporciona um novo

e inventivo modo de fazer algo, ou oferece uma nova e inventiva solução

técnica a um problema. Uma patente confere, entre outras coisas, os direitos à

prevenção que proíbe terceiros de fabricarem, usarem ou comercializarem tal

invento.

É importante observar que, tanto o registro de marca, quanto o registro

de patente são primordiais para quem quer ter exclusividade na exploração

comercial de sua marca ou na fabricação e comercialização de seus produtos.

Sendo assim, qualquer pessoa física ou jurídica pode entrar com um pedido de

marca, ou com o pedido de patente, desde que tenha legitimidade para obtê-la.

(GRUPO MERCOSUL, 2014)

53

CAPÍTULO III

PESQUISA

1 INTRODUÇÃO

Marca é um termo frequentemente usado como referência a uma

determinada empresa: um nome, marca verbal, imagens ou conceitos que

distinguem o produto, serviço ou a própria empresa.

No entanto, o conceito de marca é bem mais abrangente que a sua

representação gráfica. Uma empresa através de seu nome fantasia e da sua

representação gráfica - comunica a ‘promessa’ de um produto, seu diferencial

frente aos concorrentes que o faz especial e único. Busca-se associar às

marcas a uma personalidade ou uma imagem mental. Assim, pretende marcar

a imagem na mente do consumidor, isto é, associar a imagem à qualidade do

produto.

Marca não é um conceito fácil de definir. Na sua definição e na sua

análise devem-se levar em consideração as disciplinas que a utilizam e

regulam mais diretamente, que são o direito comercial e a gestão de marketing.

Para o direito comercial, a marca é um sinal: a Organização Mundial de

Propriedade Industrial – (OMPI), a qual define a marca como um sinal que

serve para distinguir os produtos ou serviços de uma empresa dos outros de

outras empresas. A definição da American Marketing Association, ainda

adaptada em edições clássicas de marketing, acrescenta a definição jurídica: a

marca é um nome, um termo, um sinal, ou um desenho, ou uma combinação

destes elementos, com vista a identificar os produtos e serviços de um

vendedor, ou de um grupo de vendedores e a diferenciá-los dos concorrentes.

Segundo Kotler (2000), talvez a habilidade mais característica dos

profissionais de marketing seja a capacidade de criar, manter, proteger uma

marca. Para os profissionais de marketing, o estabelecimento de uma marca é

a arte e a essência do marketing.

Para ter exclusividade sobre o nome de um serviço ou produto, ou ainda,

um logotipo que o identifique, precisa-se registrar uma marca. Uma patente, na

54

sua formulação clássica, é uma concessão pública, conferida pelo Estado, que

garante ao seu titular a exclusividade ao explorar comercialmente a sua

criação. Em contrapartida, é disponibilizado acesso ao público sobre o

conhecimento dos pontos essenciais e as reivindicações que caracterizam a

novidade no invento. (INPI, 2016)

Os registros de patentes, por estarem disponíveis em bancos de dados

de livre acesso, constituem grandes bases de conhecimento tecnológico, que

podem ser usadas em pesquisas de diversas áreas.

O registro da patente protege uma invenção ou uma criação

industrializável de concorrentes.

Considera-se Patente um documento formal, expedido por uma

repartição pública, por meio do qual se conferem e se reconhecem direitos de

propriedade e uso exclusivo para uma invenção descrita amplamente.

Trata-se de um privilégio concedido pelo Estado aos inventores (pessoas física

ou jurídica) detentores do direito de invenção de produtos e processos de

fabricação, ou aperfeiçoamento de algum já existente.

Com o objetivo de verificar a importância da marca e da patente para a

identidade de uma empresa no mercado, foi realizada uma pesquisa de campo

descritiva com abordagem qualitativa na franquia Cacau Show, uma empresa

localizada na cidade de Lins – SP na Rua Vinte e um de abril, nº 280.

A Cacau Show é uma empresa do ramo alimentício que teve o início de

sua história no ano de 1988 na zona norte de São Paulo. Criada pelo jovem

Alexandre Costa, teve sua primeira loja inaugurada somente no ano 2000, e

em 2008, tornou-se a maior rede de chocolates finos do mundo e hoje, a

franquia Cacau Show conta com mais de 1000 lojas.

Os objetivos específicos desta pesquisa foram:

- Descrever o processo de patenteamento da marca e franquia Cacau

Show.

- Verificar se a Cacau Show, por ser uma franquia, teve obrigatoriedade

de patentear a sua marca.

- Avaliar os benefícios do patenteamento da marca Cacau Show bem

como o seu valor intangível.

- Verificar a importância da marca e da patente para a identidade de

uma empresa no mercado.

55

Para a realização da pesquisa, utilizaram-se os seguintes métodos:

- Método de Estudo de Caso: foi realizado um estudo de caso na

franquia Cacau Show Lins, analisando a importância da marca e da patente

para a identidade de uma empresa no mercado.

- Métodos de Observação Sistemática: foram observados, analisados e

acompanhados os procedimentos aplicados ao processo da marca e da

patente da franquia Cacau Show.

- Método histórico: foi observada a evolução histórica da franquia Cacau

Show Lins.

Técnicas.

Roteiro de Estudo de Caso (APÊNDICE A).

Roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B).

Roteiro do Histórico da franquia Cacau Show Lins (APÊNDICE C).

Roteiro de entrevista para a gerente da franquia Cacau Show Lins.

(APÊNDICE D).

Outros registros: dados ilustrativos.

Segue relato e discussão da pesquisa.

2 O PROCESSO DE PATENTEAMENTO DA MARCA DA FRANQUIA

CACAU SHOW LINS

Penteado (2007) define patente como o direito de explorar

comercialmente uma invenção por um tempo determinado, constitutivo de uma

espécie de contrato em que o direito à exclusividade é trocado pela divulgação

pública do invento. Para ele, a patente viabiliza a pesquisa científica, por

proteger o resultado obtido pelos investimentos realizados.

A patente da franquia Cacau Show pertence à franqueadora, porém os

franqueados possuem um contrato para poder explorar a marca. Dessa forma,

não existe uma Cacau Show Lins, apenas Cacau Show.

Nesse contexto, a obrigatoriedade de patenteamento compete

exclusivamente a franqueadora, ou seja, o franqueado, no caso a Cacau Show

unidade Lins, possui apenas o contrato de exploração.

Vale salientar que todos os passos para o patenteamento de uma marca

estão minuciosamente descritos no capítulo II deste trabalho.

56

3 OS BENEFÍCIOS DO PATENTEAMENTO DA MARCA CACAU SHOW

LINS

Os benefícios giram em torno da exploração de uma marca já

consolidada e reconhecida no mercado mundial, o que confere ao franqueado:

a) exclusividade na exploração da marca, produtos e serviços;

b) suporte para vendas;

c) qualidade dos produtos;

d) estrutura e planejamento da franquia;

e) maior segurança de rentabilidade.

A Cacau Show, por ser uma franquia, tem sua marca patenteada.

Adicionalmente, toda empresa que deseja ser uma franquia tem a

obrigatoriedade do patenteamento para garantir seus direitos.

3.1 O valor intangível da marca Cacau Show Lins

O valor intangível da marca ganhou destaque ao longo dos anos de

existência da franquia, pois de uma marca pouco conhecida em 2005, tornou-

se referência no segmento de chocolates tanto no comércio de Lins quanto

para toda a região. Além disso, a marca ganhou um conceito positivo no

mercado mundial, chegando a posição de maior empresa de chocolates finos

do mundo.

Conforme Hendriksen e Van Breda (1999), qualquer tipo de ativo deve

proporcionar benefícios econômicos futuros prováveis, inclusive os ativos

intangíveis. De forma semelhante, Lev (2001), considera ativos intangíveis

como direitos a benefícios futuros que não possuem uma materialização física

ou financeira, como a patente, a marca ou uma estrutura organizacional

singular.

Por essa razão, o patenteamento fornece proteção e sustentabilidade

para organização.

4 A IMPORTÂNCIA DA MARCA E DA PATENTE PARA A IDENTIDADE

DE UMA EMPRESA NO MERCADO

57

A marca Cacau Show era pouco conhecida e os primeiros franqueados

tiveram muito esforço para consolidar a marca. Atualmente, os novos

franqueados entram para uma franquia com identidade e consolidada no

mercado de chocolates finos, o que facilita para que suas franquias tenham

mais aceitação na região em que estabelecem suas lojas.

Firmas que depositam marcas e patentes são mais agressivas no

mercado, buscando a diferenciação contínua de seus produtos e serviços por

meio de inovações tecnológicas e de marketing. Firmas que só depositam

marcas são igualmente diferenciadoras, mas atuam exclusivamente sob a

percepção a sensibilidade do consumidor. As firmas que só depositam patentes

auferem ganhos exclusivos de melhorias tecnológicas sem associá-las a uma

imagem. A apropriação dos ganhos com patentes se dá por meio do seu uso

direto, que lhe dará economias sob todos ou alguns fatores de produção, ou

pelo licenciamento das patentes para que outras firmas possam introduzi-las no

mercado. (LUNA; BAESSA; ALVES, 2007)

Portanto, o registro da marca no INPI garante direitos específicos, pois

obter o registro da sua marca é a melhor forma de proteger sua empresa. Com

a marca registrada, a empresa garante seu espaço no mercado e assegura ao

franqueado a exclusividade da exploração da marca.

5 PARECER FINAL DO CASO

Em virtude do exposto, infere-se que o registro de marcas e patentes foi

relevante para a ascensão e a manutenção da empresa Cacau Show no

mercado de chocolates finos. Tal êxito, manifestou-se tanto na lucratividade

quanto na expansão e reconhecimento da empresa. Assim, tornou-se viável o

estabelecimento de um sistema de franquias ao qual a empresa Cacau Show -

unidade Lins pertence.

O processo de patenteamento da marca foi realizado com o objetivo de

garantir a exclusividade de exploração de seus serviços e produtos. Essa ação

garante ao franqueador maior segurança de rentabilidade e consequentemente

assegura a sustentabilidade da empresa e suas franquias.

Enfim, o questionamento de que a marca Cacau Show, constituída

através de franquia, recorreu ao patenteamento da mesma para garantir os

58

direitos de seu franqueador, foi respondida e a hipótese, de que por se tratar de

uma marca conceituada no mercado atual, a Cacau Show, costituída através

de franquia, expandiu de forma significativa. Desta forma, o patenteamento foi

viável para assegurar o total direito referente a marca e constitui uma

segurança tanto para franqueados quanto para franqueador. Além disso, a

proteção através de ativos intangíveis garantem a sustentabilidade da

organização foi solucionada.

59

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Em virtude do estudo realizado, infere-se que, embora a franquia Cacau

Show Lins desfrute de determinado sucesso nas vendas, existem medidas que

podem expandir ainda mais os lucros da empresa.

Diante do exposto propõe-se:

Ampliação da gama de produtos da marca, passando a incluir a venda

de produtos da linha Gelateria Cacau Show. Tal expansão seria viável, pois a

cidade de Lins apresenta temperaturas predominantemente altas ao longo do

ano, com destaque para um verão extremamente quente, o que é responsável

pelo grande consumo de sorvetes por seus habitantes e visitantes.

Criação de pequenos pontos de vendas nas universidades da cidade,

disponibilizando apenas os produtos mais vendidos pela loja. Esses pontos

poderiam contribuir não só para o aumento das vendas de imediato, mas

também pelo aumento da popularidade da marca. Isso seria possível, pois as

universidades são frequentadas por estudantes provenientes de várias cidades

da região, as quais, muitas vezes, não possuem um representante da marca

Cacau Show.

Uma proposta de propaganda local em parceria com universidades da

cidade de Lins, buscando promoções a seus estudantes, em troca as

universidades disponibilizariam o logotipo da marca Cacau Show em camisetas

de alunos, banners, folders, nos sites e em eventos realizados. Através dessa

divulgação, a marca Cacau Show Lins ganharia um maior destaque em Lins e

região, consequentemente geraria uma maior rentabilidade para a empresa.

60

CONCLUSÃO

Em um cenário empresarial competitivo, são as ações estratégicas que

destacam uma empresa no mercado dos negócios, sendo de suma importância

para uma instituição consolidada o registro da marca que, por vezes, é deixada

de lado. Porém, este ato garante a segurança e proteção para a empresa

evitando a má utilização da marca por terceiros e consequentemente a

fidelidade e confiança de seus clientes.

Uma marca é um nome, termo, símbolo, desenho ou uma combinação

desses elementos. Esse ícone deve identificar os bens ou serviços de um

fornecedor ou grupo de fornecedores e diferenciá-los dos da concorrência

fazendo com que ganhe reconhecimento de mercado. A marca conceituada é

assegurada por experiência, pois geralmente representa qualidade dos

produtos, porém não basta apenas registrar a marca, é necessário patenteá-la.

A patente é um documento público concedido pelo estado por força de

lei que assegura ao seu titular exclusividade no uso de bens, serviços ou

produtos e exige de terceiros uma licença para poder explorá-los. A

exemplificação disso manifesta-se na empresa Cacau Show, a qual é

reconhecida mundialmente por ser a maior rede de chocolates finos do mundo.

Tal empresa, através do registro da marca e o benefício do patenteamento,

garantiu total segurança e consequentemente, rentabilidade. Esse

reconhecimento ocorre devido à marca ser protegida por patente, a qual cria

um valor intangível para a empresa, valor este que representa seu símbolo e

espaço conquistado no mercado.

O patenteamento ainda é um recurso pouco procurado pelas empresas

brasileiras. Esse desinteresse ocorre devido a burocracia e lentidão do

processo no país, além da falta de conhecimento sobre a importância da

patente. Prova cabal disso, manifesta-se nos onze anos necessários para o

governo brasileiro aprovar uma patente, enquanto países como o Peru levam

de dois a três anos.

Apesar das dificuldades, é notória a importância do registro da marca e

das patentes não só para o sucesso da empresa em si, mas também de suas

franquias. Para o franqueado, isso gera segurança no investimento, uma vez

que poderá usufruir do espaço ocupado pela empresa no mercado, direito à

61

venda de produtos já consagrados pelo público, além de uma clientela

relativamente fiel a marca.

Conclui-se que a pergunta problema foi respondida e a hipótese de que

por se tratar de uma marca conceituada no mercado atual, a Cacau Show,

constituída através de franquia, expandiu de forma significativa. Desta forma, o

patenteamento foi viável para assegurar o total direito referente a marca e

constitui uma segurança tanto para franqueados quanto para franqueador.

Além disso, a proteção através de ativos intangíveis garantem a

sustentabilidade da organização foi solucionada.

62

REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

Será realizado um levantamento de dados da evolução histórica da

franquia Cacau Show Lins para verificar a importância da marca e da patente

para a identidade da empresa no mercado.

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

As informações serão coletadas através de entrevista para a gerente da

franquia Cacau Show Lins em visita ao local da empresa.

1.2 Discussão

Através da pesquisa será realizado confronto entre teoria e prática, por

meio do referencial teórico estudado.

1.3 Parecer Final

Parecer final sobre o caso e sugestões sobre melhorias.

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APÊNDICE B – Roteiro de observação Sistemática

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Origem da franquia Cacau Show.

2 Descrição das etapas para patentear a marca Cacau Show.

3 Vantagens da patente para a marca Cacau Show.

4 Dificuldades no processo de patenteamento da marca Cacau Show.

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APÊNDICE C – Roteiro Histórico da Empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

Data da Fundação:

II ASPECTOS HISTÓRICO DA FRANQUIA CACAU SHOW LINS

1 Surgimento

2 Missão, Visão, Valores, Crenças

3 Evolução

4 Produtos

5 Serviços

6 Concorrentes

7 Clientes

8 Fornecedores

9 Projeto de Expansão

10 Organograma

11 Responsabilidade Social e Ambiental

12 Propagandas e Promoções

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APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista para a Gerente da Franquia Cacau

Show

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome:

Cargo:

Escolaridade:

Experiências Profissionais:

Outras Experiências:

Residência / Local:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1- Quais os fatores que diferenciam a Cacau Show das outras franquias?

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2- Quais as vantagens e desvantagens de se abrir uma franquia?

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3- Por qual motivo você escolheu a franquia Cacau Show?

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4- No seu ponto de vista, qual o poder da marca hoje no mercado?

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5- A Cacau Show tem preocupação com a Responsabilidade Social e Ambiental?

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6- A Cacau Show tem projetos de expansão?

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7- Em quais épocas do ano; é maior o fluxo de clientes?

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8- Como é o processo de distribuição dos produtos até sua franquia?

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9- Quais seus concorrentes hoje no mercado?

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10- Como é o processo de fabricação dos produtos Cacau Show?

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11. Descreva o procedimento de patenteamento da Cacau Show?

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12. O processo de patenteamento foi difícil?

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12.1 Se sim, por quê?

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13. Quais são as vantagens de se ter uma marca patenteada?

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14. Como vocês trabalham a solidificação da marca Cacau Show?

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15. Toda franquia tem que ter a marca patenteada?

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15.1 Por quê?

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