Marco Correia ([email protected])...O Medo de Falhar foi destacado pela investigação como a...
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Do ponto de vista das teorias das emoções, o medo é
considerado como uma emoção básica, fundamental,
discreta, presente em todas as idades, culturas, raças ou
espécies, ou seja , Universal.
(Barlow, 2002; Ekman & Davidson, 1994; Lewis & Haviland Jones, 2000;
Plutchik, 2003)
2Marco Correia
REAÇÃO EMOCIONAL
AMEAÇAESTÍMULO
Emoção mais temida de todas (Izard, 1971).
MEDO
3Marco Correia
4
Marco Correia
Conceptualizações (Sorin, 2003) :
Medo Herdado (i.e., adquirido geneticamente)
Charles Darwin – “The Expression of Emotions in Man andAnimals”
Medos de sobrevivência
Medo Modelado
Medo através da observação
Medo da Separação
Estado de medo criado pela separação
Medo Desenvolvido
Produto do desenvolvimento e da maturidade5Marco Correia
6
Marco Correia
Âmbito da investigação do Medo de Falhar*
Rothblum, E. D. (1990). Fear of failure: The psychodynamic, need achievement, fear of success, and procrastination models. In H. Leitenberg (Ed.) Handbook ofSocial and Evaluation Anxiety. New York, NY: Plenum Press.
MEDO DE
FALHAR
Modelos Psicodinâmicos
Motivação para a
Realização
MF
vs.
Medo do Sucesso
MF enquanto antecedente
de procrastinação
7Marco Correia
MODELOS PSICODINÂMICOS
O método de investigação utilizado era a observação e estudos de
caso.
Não possuíam uma escala específica para mensurar o MF.
No entanto foi usado algumas vezes o Teste de Aperceção Temática
(TAT).
Resultados têm que ser vistos com algumas reservas.
8Marco Correia
MOTIVAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO
Compreensão do MF através de estudos experimentaisrelacionados com a Teoria da Motivação para a Realização.
1. Atkinson & McClelland –N Achievement
2. Criação de programas para aumentar skills académicos e técnicos (Pós 2ª Guerra)
9Marco Correia
Características do Indivíduo com Medo de Falhar
A maior tendência do Indivíduo com MF é evitar a experiência doFracasso.
A estratégia mais óbvia é evitar essa situação de realização ondeexistirá sempre uma possibilidade de fracasso.
…mas nem sempre é possível evitar situações de realização!!
Uma pessoa motivada pelo Medo de Falhar possuirá maisestímulos de fracasso, sendo esta uma expressão do ind. comMF.
10Marco Correia
Tendência estável para anteciparvergonha e humilhação após fracasso(Atkinson, 1957).
No entanto…
O fracasso por si só é insuficiente paracausar vergonha (Byrney, Burdick, &Teevan,1969). 11Marco Correia
Byrney, Burdick, e Teevan (1969)
Primeiros investigadores que procuraram perceber os resultadosperante uma situação de evitamento.
Os sujeitos temem e procuram evitar as consequências adversasdo fracasso e não o fracasso por si só.
Consequências do
Fracasso
MEDO DE
FALHAR
12Marco Correia
Byrney, Burdick, e Teevan (1969)
Criam o 1º Instrumento para medir o Medo de Falhar
Hostile Press
Génese no TAT
Sistema de pontuação estruturado (4 figuras)
What is happening? Who are the persons?
What has led up to the situation?
What is being thought? What is wanted?
What will happen? What will be done?13Marco Correia
Byrney, Burdick, e Teevan (1969)
Situações não familiares, complexas, de execução rápida eavaliativas colocam em desvantagem os sujeitos com MF.
As únicas situações onde o sujeito com MF tem uma melhorperformance são as que envolvem cooperação com os outros.
Influência social determinante, pois o sujeito com MF sacrificaráo sucesso da realização de uma tarefa pela aceitação social.
O facto de não atingir um objetivo pré-determinado não pode serconsiderado como uma situação aversiva.
14Marco Correia
Byrney, Burdick, e Teevan (1969)
Situação receada/temida → “característica secundária punitiva”
1. Desvalorização da Autoestima
2. Punição Extrínseca (“non-ego punishment”)
3. Redução do Valor Social
15Marco Correia
1. Desvalorização da Autoestima
Def. Autoestima: avaliação que o indivíduo faz de si mesmo.
Relação direta do sentimento de fracasso com a autoestima.
Se o objetivo não for atingido e não houver implicação do nível deautoestima, então não haverá o sentimento de fracasso.
Será importante perceber a importância que a situação tem para o sujeito.
16Marco Correia
1. Desvalorização da Autoestima
Probabilidade de atingir o objetivo.
Importância do evento.
Redução da autoestima.
+ MF
- MF
17Marco Correia
2. Punição Extrínseca (“non-ego punishment”)
Em todas as culturas, existem skills que são valorizados e quem ospossuir é recompensado.
Quem os possui de forma deficitária ou simplesmente não os possui,são punidos, através da negação da recompensa existente.
Existem diferentes formas de informar o sujeito acerca do nível do seuskill, além da punição, sendo a forma mais básica de todas o nãoatingir o objetivo.
Os dispêndios de tempo e esforço gastos quando não se atinge objetivosão punições.
18Marco Correia
2. Punição Extrínseca (“non-ego punishment”)
Variação da magnitude da punição.
Possibilidade de não atingir o objetivo.
Possibilidade de punição.
19Marco Correia
3. Redução do Valor Social
Quanto maior a possível perda de valor social, maior o medo de falhar.
Maior efeito perante outros importantes/significativos.
Maior efeito em detrimento do número de pessoas a assistir.
20Marco Correia
3. Redução do Valor Social
Probabilidade de fracasso.
Importância do evento.
Importância das pessoas que assistem.
Número de pessoas que assistem ao fracasso.
21Marco Correia
Sempre que o fracasso ainda não ocorreu, o sujeito tem a
possibilidade de ter um comportamento de
evitamento/defensivo.
Sempre que o Medo de Falhar aumenta é esperado uma maior
tendência para se comportar numa maneira defensiva (e.g.,
Self-handicapping).
22Marco Correia
Comportamentos Defensivos (Autoestima)
Evitar uma Autoestima precisa
“Quando a autoestima está em risco, a ignorância é uma bênção e o conhecimento
uma devastação” (Byrney, Burdick & Teevan, 1969)
Preferência por grupos não comparáveis
Sujeitos que preferem evitar informação da sua performance procuram outros
abaixo da sua performance (Teoria da Comparação Social - Festinger)
23Marco Correia
Comportamentos Defensivos (Autoestima)
Preferência por tarefas/objetivos fáceis e/ou muitodifíceis
É esperado que um sujeito com MF escolha tarefas muito difíceis ou muito
fáceis, uma vez que estas tarefas emitem pouca informação.
Poderá escolher tarefas moderadamente difíceis desde que a informação
seja limitada
24Marco Correia
Comportamentos Defensivos (Autoestima)
Preferência pela privacidade
Preferência por medidas de avaliação imprecisas e não fiáveis
Rejeitar o resultado da performance como medida de avaliação do
skill
O Sujeito com MF poderá sempre rejeitar o resultado da sua performance
alegando que é um indicador inadequado da sua performance
25Marco Correia
Comportamentos Defensivos (Autoestima)
Preferência por situações vagas de realização (IC)
O indivíduo escolhe um nível de dificuldade, tendo como “baseline” o fracasso (i.e.,
abaixo de uma linha onde a performance onde o resultado da performance gerará
desvalorização da autoestima) e tendo como “baseline” o sucesso (i.e., uma linha
onde acima da mesma irá gerar um aumento de autoestima)
The confirming interval is that range between the highest test score or grade one can
reasonably hope to achieve and the lowest acceptable outcome
É esperado que o sujeito com MF tente manter um IC grande
26Marco Correia
Sucesso
IC
Fracasso
Comportamentos Defensivos (Autoestima)
Preferência por situações lúdicas e de aprendizagem (não
avaliativas)
Perante uma situação de realização o sujeito poderá afirmar que “é apenas um jogo”
ou “estou a treinar”
Procurar apoio social
Quando se pretende reduzir a importância de uma tarefa/skill é expectável
que se procure outros que tenham a mesma conceção27Marco Correia
Comportamentos Defensivos (Autoestima)
Reduzir a importância do atributo
Se o sucesso potencia o interesse, por outro lado, o fracasso fomenta a
indiferença
Reduzir a importância dada a um determinado skill/tarefa à medida que se
descobre a sua incompetência na mesma será uma maneira ideal de
reduzir o MF
28Marco Correia
Comportamentos Defensivos (Autoestima)
Esquecer situações de fracasso
As pessoas tendem normalmente a suprimir pensamentos acerca do fracasso,
sendo esta tendência maior nos sujeitos com MF
Definição de objetivos muito altos e baixos
Quando define objetivos baixos (i.e., não atingir a performance) reduz a sua
expetativa e o nível de desapontamento se a não realização se confirmar
Quando define objetivos altos, servirá para convencer o sujeito que poderia ter
sucesso se ao menos tentasse29Marco Correia
Comportamentos Defensivos (perda de valor social)
Informar outros importantes/significativos acerca da realização
O sujeito com MF irá esconder dos outros os seus fracassos, mas também
irá evitar mostrar a sua performance antes dos outros, exceto se estiver
absolutamente certo do seu resultado final
30Marco Correia
Comportamentos Defensivos (perda de valor social)
Dar desculpas
Sempre que se encontra numa situação onde não poderá evitar
a realização da tarefa, o sujeito irá utilizar desculpas e
justificações para o seu possível fracasso
Para além das desculpas dadas, o sujeito terá que convencer
quem está assistir, das suas desculpas (e.g., má forma física,
doença, cansaço, etc.)
31Marco Correia
32
Marco Correia
Mais recente modelo
multidimensional do MF
Mede os níveis das crenças
individuais do fracasso
associadas às suas
consequências adversas
PFAI
Birney,
Burdick, &
Teevan (1969)Atkinson
(1957)
McClelland
(1953)
TCMR
Lazarus (1991)
33Marco Correia
Medo de
sentir
vergonha e
embaraço
Medo de
desvalorizar
a autoestima
Medo de ter
um futuro
incerto
Medo de
outros
importantes
perderem
interesse
Medo de
preocupar
outros
importantes
O MF envolve percecionar uma ameaça numa situação em quese pretende atingir um objetivo significante e que poderáresultar numa performance fracassada.
Dimensões associadas às consequências do fracasso:
34Marco Correia
A teoria de Lazarus procura realçar a relação existente entre as cognições as emoções e os comportamentos.
COGNIÇÃO
MOTIVAÇÃORELACIONAMENTO
35Marco Correia
RELACIONAL
As emoções são sempre acerca dos relacionamentosexistentes entre o indivíduo e o ambiente, sendo mutáveis.
MOTIVACIONAL
As emoções são reações aos objetivos, nos encontros do dia-a-dia e na vida em geral.
COGNITIVA
É através do conhecimento e da avaliação cognitiva queatribuímos significados específicos.
36Marco Correia
Na sua teoria o processo emocional é composto por variáveis independentes:
1. Variáveis Antecedentes
2. Variáveis Mediadoras do Processo1. Avaliação Cognitiva
2. Tendências para a Ação
3. Coping
3. Resultados
37Marco Correia
1. Variáveis Antecedentes
Características individuais
Motivos e crenças que foram adquiridas na vida
Condições Ambientais que compreendem exigências,
recursos e constrangimentos sobre o que está a ser
encarado (relação indivíduo-ambiente)
38Marco Correia
Primária
O indivíduo classifica o grau de ameaça
Sem importância para o bem-estar dosujeito.
Positivo (o sujeito antecipa asconsequências positivas da interação).
Stressante:
Desafio: possibilidade de progredir, dedominar ou de ganhar;
Ameaça: potenciais danos ou perdas;
Dano e perda: prejuízo já ocorridorelativo à amizade, à saúde, àautoestima.
Secundária
Avaliação dos recursos disponíveis parafazer face à situação
A avaliação serve para que o indivíduodetermine o que preciso fazer para evitar oubeneficiar da situação
Variáveis Mediadoras do Processo
Avaliação Cognitiva (avaliação do que está a acontecer)
39Marco Correia
40Marco Correia
Avaliação Cognitiva Primária Avaliação Cognitiva Secundária
O que posso
fazer?
Como fazer?
O que vai
acontecer?
Como vai afetar
o meu bem-
estar?
41Marco Correia
Avaliação Cognitiva ≠ Conhecimento
Conhecimento – entendimento geral e específico decomo as coisas funcionam.
Avaliação Cognitiva – avaliação da significânciapessoal do que está a acontecer em detrimento do bem-estar pessoal.
42Marco Correia
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
43
Marco Correia
As perceções de Medo e de Ansiedade envolvem sempreuma antecipação de um resultado ameaçador ou defracasso (Lazarus, 1991).
Para haver MF é necessário:
1. Antecipar, prever ou percecionar o fracasso;
2. Percecionar que o fracasso terá consequênciasadversas.
44Marco Correia
O MF envolve percecionar uma ameaça numa situaçãoem que se pretende atingir um objetivo significante eque poderá resultar numa performance fracassada.
Dimensões associadas às consequências do fracasso.
45Marco Correia
Medo de
sentir
vergonha e
embaraço
Medo de
desvalorizar
a autoestima
Medo de ter
um futuro
incerto
Medo de outros
importantes perderem interesse
Medo de
preocupar
outros
importantes
46Marco Correia
O Medo de Falhar foi destacado pela investigação como a maior fonte de
preocupação e ameaça sentida pelos atletas. (4)
Diversas consequências nefastas foram identificadas
em atletas devido ao Medo de Falhar, entre elas:
(4)Gould, D., Horn, T., & Spreeman, J. (1983). Competitive anxiety in junior elite wrestlers. Journal of Sport Psychology, 5, 58-71.
Medo de
Falhar
Depressão
Ansiedade
Baixa Autoestima
Uso de Drogas
Abandono Desportivo
Burnout
Diminuição da
Motivação
Marco Correia 48
Marco Correia 49
Obj.: Investigar o efeito de um programa de intervenção psicossocial para
treinadores nos níveis do MF.
N= 135 atletas de nataçãoInstrumentos: PFAI; Coach Behaviour Assessment System – CBAS (Smith, Smoll, & Hunt,
1977)
Aplicação CET (Coach Effectiveness Training; Smith & Smoll, 1996) – Programa estratégias
comportamentais para treinadores.
Resultados & Conclusões: Redução não significativa do MF em
atletas que tiveram os Treinadores com CET
Conroy & Coatsworth (2004)
Conroy & Coatsworth (2004). The effects of coach training on fear of failure in youth swimmers. Applied Developmental
Psychology, 25, 193-214.
Marco Correia 50
Obj.: Perceções do comportamento do Treinador e alterações no MF (6
semanas).
N = 165 atletas Natação (7-18 anos; M = 11,17; SD = 2,21)
Resultados & Conclusões: Atletas que percecionavam menor crítica por parte dos
Treinadores apresentavam maiores decréscimos do MF.
Perceção de comportamentos afiliativos do Treinador aumenta a satisfação
individual, reduzindo os níveis do MF.
Comportamento do Treinador tem um papel socializador no MF
Conroy & Coatsworth (2007)
Conroy & Coatsworth (2007). Coaching Behaviors Associated With Changes in Fear of Failure: Changes in Self-Talk and Need
Satisfaction as Potential Mechanisms. Journal of Personality, 75(2), 193-214.
CLIMA MOTIVAÇÃOMEDO DE
FALHAR+ -
51Marco Correia
Obj.: Influência do Clima sobre a Motivação e sobre o Medo de Falhar
N = 313 atletas Basquetebol (13-42 anos; SD = 1.67)
Murcia & Marín (2011)
Murcia & Marín (2011). Predicción del miedo a equivocarse en jugadores de baloncesto a través del clima tarea de los iguales.
Revista Mexicana de Psicología, 28(1), 43-52
EMPATIA
MEDO DE
FALHAR
MEDO DE SENTIR VERGONHA OU
EMBARAÇO
MEDO DE DESVALORIZAR A
AUTOESTIMA
MEDO DE TER UM FUTURO INCERTO
MEDO QUE OUTROS IMPORTANTES
PERCAM INTERESSE
MEDO DE PREOCUPAR OUTROS
IMPORTANTES
Proximidade
Compromisso
Complementaridade
3 C’s(Jowett, 2007)
AUTOCONTROLO
52Marco CorreiaSagar & Jowett (2015). Fear of Failure and Self-Control in the Context of Coach-Athlete Relationship Quality. International Journal
of Coaching Science, 9(2), 3-21.
Sagar & Jowett (2015)
N = 367 atletas (M= 20,11; SD = 1.45)
53
O Treinador tem um papel crucial no desenvolvimento
do Atleta, principalmente através da relação que
estabelece com ele (Martens, 1990; Haslam, 1988;
Bloom, Durand-Bush, Schinke & Salmela, 1998).
Comunicação com o Atleta (Martens, 1990; Wishnietsky
& Felder, 1989; Cassidy, Jones & Potrac, 2004).
Marco Correia
Marco Correia 54
Marco Correia 55
Obj.: Verificar a variação do MF ao longo época desportiva (3
momentos/semanas) e a eficácia de um programa psicosocial de treinadores no
desenvolvimento do MF.
N= 135 atletas de Natação (7-18 anos; M = 11.4; SD = 2.23)
Resultados & Conclusões:
• Ligeira redução do MF ao longo da época desportiva.
Conroy & Coatsworth (2004)
Conroy & Coatsworth (2004). The effects of coach training on fear of failure in youth swimmers. Applied Developmental
Psychology, 25, 193-214.
Marco Correia 56
Obj.: Verificar a variação do MF ao longo época desportiva (3
momentos/semanas) e relação com perceção de competência e autoestima.
N = 165 atletas de Natação (7-18 anos; M = 11,17; SD = 2,21)
Resultados & Conclusões:
• Diminuição do MF ao longo da época desportiva
• Maior MF → Menor Autoestima e Menor Perceção de
Competência
Conroy, Coatsworth, & Fifer (2005)
Conroy, D. E., Coatsworth, J. D., Fifer, A. M. (2005). Testing Dynamic relations Between Perceived
Competence and fear of Failure in Young Athletes. Revue Européenne de Psychology Appliquée, 55, 99-110.
Diminuição do MF ao longo da época desportiva
No entanto…
Cuidado com limitações inerentes aos estudosrealizados
Habituação ao questionárioFamiliarização com a atividade
Aumento da perceção de competênciaEscassez de estudos 57Marco Correia
Marco Correia 58
Marco Correia 59
Obj.: Determinar as estratégias de coping utilizados por atletas universitários
N = 95 atletas Universitários (13-18 anos; M = 15.06; SD = 1.34)
Resultados & Conclusões:
• É nos Desportos Coletivos que existem maiores níveis do MF,
principalmente medos referentes à desvalorização social.
Massey (2006)
Massey, W. V. (2007). Demographic differences in shame coping styles for high school freshmen athletes.
Marco Correia 60
Obj.: Verificar diferenças entre atletas face à idade, ao género, ao nível
competitivo e ao tipo de modalidade desportiva praticada.
N = 396 atletas (16-27 anos; M = 20.0; SD = 2.26)
Resultados & Conclusões:
• Verificadas diferenças no MF entre desportos individuais e
coletivos.
• Maior incidência do MF nos Desportos Coletivos (exceto
MDAE).
Sagar, S. & Jowet, S. (2012)
Sagar, S., & Jowet, S. (2012). The Effects of Age, Gender, Sport Type and Sport Level on Athletes’ Fear of
Failure: Implications and Recommendations for Sport Coaches. International Journal of Coaching Science,
2, 61-82.
Marco Correia 61
Obj.: Verificar os efeitos do MF no contexto desportivo Português
N = 405 atletas (12-20 anos; M = 15.26; SD = 2.51)
Resultados & Conclusões:
• Atletas de Desportos Coletivos apresentam maiores níveis do
MF (e.g., MPOI e MOIPI)
Correia, Rosado, Serpa, & Ferreira (2015)
Correia, M., Rosado, A., Serpa, S., & Ferreira, V. (2015). Fear of Failure in Athletes: Gender, Age and Type of
Sport Differences. Comunication presented at XVI Jornadas da Sociedade Portuguesa de Psicologia do
Desporto.
Desportos Coletivos
Maior Medo de Falhar
Marco Correia 62
Desportos Individuais
Menor Medo de Falhar
Medo Outros Importantes Percam Interesse
Medo de Preocupar outros Importantes
Marco Correia 63
Marco Correia 64
Marco Correia 65
MOTIVAÇÕES
AMIZADE
AFILIAÇÃO
DIVERSÃO
COMPETIÇÃO
RECONHECIMENTO
ESTATUTO
MEDO DE FALHAR
Perceção de Competência Física Diferente entre Géneros
Rapazes Possuem maior PCF
Decréscimo de PCF nas raparigas naadolescência
Marco Correia 66Klomsten, Skaalvik, & Espnes (2004). Physical Self-Concept and Sports: Do Gender Differences Still Exist? Sex Roles,50(1), 119-
127.
Marco Correia 67
Obj.: Verificar se o MF e a experiência desportiva predizia comportamentos
antissociais e se existiam diferenças entre géneros relativamente ao MF.
N = 331 atletas universitários (18-29 anos;176 M; 155 F; M = 20,11; SD = 1,65)
Resultados & Conclusões:
Não se verificaram diferenças entre género relativamente aos comportamentos
antissociais.
Atletas masculinos reportaram maiores níveis do Medo de Outros Importantes
Perderem o Interesse.
Atletas femininas reportaram maiores níveis do Medo de Desvalorizar a
Autoestima.
Sagar, Boardley, & Kavussanu (2011)
Sagar, Boardley, & Kavussanu (2011). Fear of failure and student athletes’ interpersonal antissocial behaviour
in education and sport. British Journal of Educational Psychology, 81.
Marco Correia 68
Obj.: Verificar as relações entre as estratégias de coping, MF e perfeccionismo.
N = 285 atletas universitários (154 M - 131 F; M = 19.8; SD = 1.54)
Resultados & Conclusões:
Atletas femininas registaram maiores valores referentes ao Medo de
Desvalorizar a Autoestima.
Elison & Partridge (2011)
Elison, J. & Partridge, J. (2011). Relations between shame-cping, fear of failure, and perfectionism in college athletes. Journal of
Sport Behaviour, 35(1).
Marco Correia 69
Obj.: Explorar os efeitos que os fatores pessoais e contextuais, como a idade, o
género, tipo de desporto e nível de participação, têm no MF.
N = 396 atletas (180 F; 216 M; 16-27 anos; M = 20.0; SD = 2.26).
Resultados & Conclusões:
Atletas masculinos revelaram menor Medo de Desvalorizar a
Autoestima.
Sagar & Jowet (2012)
Sagar, S., & Jowet, S. (2012). The Effects of Age, Gender, Sport Type and Sport Level on Athletes’ Fear of Failure: Implications and
Recommendations for Sport Coaches. International Journal of Coaching Science, 2, 61-82.
Marco Correia 70
Obj.: verificar os efeitos do MF no contexto desportivo, tendo em consideração o
género, o tipo de modalidade desportiva praticada e a idade.
N = 405 atletas (99 F; 306 M; 12-20 anos; M = 15.26; SD = 2.51)
Resultados & Conclusões:
Atletas Femininas possuem maiores níveis de Medo de Desvalorizar a
Autoestima e Medo de Sentir Vergonha e Embaraço.
Atletas Masculinos possuem maiores níveis de Medo de Ter um Futuro
Incerto.
Correia, Rosado, Serpa, & Ferreira, (2015)
Correia, M., Rosado, A., Serpa, S., & Ferreira, V. (2015). Fear of Failure in Athletes: Gender, Age and Type of Sport Differences. Comunicação
apresentada nas XVI Jornadas da Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto, I.P. Guarda, Portugal, 6,7 novembro.
Marco Correia 71
ATLETAS FEMININAS
MEDO DE DESVALORIZAR A AUTOESTIMA
MEDO DE SENTIR VERGONHA E EMBRARAÇO
Marco Correia 72
MEDO DE DESVALORIZAR A AUTOESTIMA
Género Feminino tende a possuir menor autoestima,
principalmente relacionado com situações sociais,
criticismo, aparência física, e habilidade física (Rentzsch,
Wenzler, & Schütz, 2016).
Meta-análises: Feingold, 1994; Kling, Hyde, Showers, & Buswell, 1999; Major, Barr, Zubek, &
Babey, 1999; Wilgenbusch & Merrell, 1999; Gentile et al., 2009.
MEDO DE SENTIR VERGONHA E EMBRARAÇO
Devido a fatores (estereótipos) sociais as mulheres são mais
propensas a sentir/demonstrar vergonha.
As mulheres ao internalizarem mais as emoções tendem a
sentir mais vergonha.
Teoria de Lewis (1971); Ferguson & Crowley (1997)
Marco Correia 73
MEDO QUE OUTROS IMPORTANTES PERCAM INTERESSE
Maior importância dada ao estatuto social dentro do grupo.
MEDO DE TER UM FUTURO INCERTO
Têm uma maior perceção de que o fracasso vai condicionar o seu futuro.
Marco Correia 74
Marco Correia 75
Definição: Exigência imposta, a si mesmo ou aos outros, de um elevadonível de desempenho, superior ao exigido pela situação, acompanhada deuma avaliação extremamente crítica (Frost et al., 1990).
PERFECCIONISMO
Gosto pelo desporto reduzido
Performance afetada
Depressão
Ansiedade
Desordens alimentares
Redução autoestima
Utilização de estratégias ineficazes
de coping
Marco Correia 76
PERFECIONISMO
PREOCUPAÇÃO COM OS ERROS
Reações negativas aos erros
DÚVIDAS NA AÇÃO
Dúvidas sobre a capacidade de cumprir as tarefas
EXPETATIVAS PARENTAIS
Tendência para acreditar que os pais estabelecem níveis exigentes de
objetivos
CRITICISMO PARENTAL
Perceção de que os pais são demasiado críticos
PADRÕES DE REALIZAÇÃO
PESSOAL
Estabelecimento de altos níveis de realização pessoal e ao excessivo foco
nesse nível como autoavaliação
ORGANIZAÇÃO Ênfase na importância e preferência pela ordem, organização e arrumação.
Marco Correia 77
Obj.: Verificar possíveis relações entre o Medo de Falhar e o Perfeccionismo (5
dimensões do MF com Padrões de Realização Pessoal e Preocupação com os Erros).
Investigar a relação entre o MF e Pressão Parental e do Treinador.
N = 388 atletas universitários (18-27 anos; M = 20.7; SD = 1.8)
Sagar, & Stoeber (2009)
Sagar, S. S., & Stoeber, J. (2009). Perfectionism, Fear of Failure and Affective Responses to Success and Failure: The Central Role
of Fear of Experiencing Shame and Embarrassment. Journal of Sport and Exercise Psychological, 31, 602-627.
PRP
MSVE
MSVE
Pressão
Treinador
MFPreocupação
Erros
Pressão
ParentalMPOI
Marco Correia 78
Obj.: Explorar o número e tipo de perfis de perfeccionismo em atletas de elite.
N = 423 atletas (14-66 anos; M = 25.64; SD = 8.54)
Gucciardi, et al., (2012)
Gucciardi, D., Mahoney, J., Jaleh, G., Donovan, R.; & Parkes, J. (2012). Perfectionsm Profiles Among Elite Athletes and
Differences in Their Motivational Orientations. Journal of Sport & Exercise Psychology, 34, 159-183.
MF
MF
Perfeccionismo
Adaptativo
Perfeccionismo
Maldaptativo
Marco Correia 79
Obj.: Verificar as relações entre o MF e o Perfeccionismo e que dimensões do
Perfeccionismo predizem os níveis do MF.
N = 350 atletas (12 aos 18 anos; M = 15.65; SD = 2.45)
Correia, Rosado, & Serpa (2015)
Correia, M., Rosado, A., & Serpa, S. (2015). Fear of Failure and Perfectionism in Sport. Cuadernos del Psicologia del Deporte (Submetido – a aguardar
decisão)
MEDO DE
FALHAR
MEDO DE SENTIR VERGONHA OU
EMBARAÇO
MEDO DE DESVALORIZAR A
AUTOESTIMA
MEDO DE TER UM FUTURO INCERTO
MEDO QUE OUTROS IMPORTANTES
PERCAM INTERESSE
MEDO DE PREOCUPAR OUTROS
IMPORTANTES
PERFECIONISMO
PREOCUPAÇÃO COM OS ERROS
DÚVIDAS NA AÇÃO
EXPETATIVAS PARENTAIS
CRITICISMO PARENTAL
PADRÕES DE REALIZAÇÃO
PESSOAL
ORGANIZAÇÃO
+
+
Marco Correia 80
Os problemas estão diretamente associados com a avaliaçãoaltamente crítica.
A performance terá que ser perfeita e sem quaisquer erros, poispoderá ser considerada um fracasso.
Marco Correia 81
A exagerada preocupação com os
erros e o facto de ser demasiado
crítico consigo próprio, conduz a
um maior nível do Medo de Falhar.
Se um atleta formula elevados
padrões de realização pessoal,
poderá sentir-se mais motivado e
com vontade de atingir os objetivos.
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Influência Parental
no Desporto
Motivação para a
Competência (Harter, 1999)
Expetativa-Valor
(Eccles & Harold, 1991; Fredricks &
Eccles, 2005)
Motivação para a
Realizaçâo(Nicholls,
1989)
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ENVOLVIMENTO PARENTAL
SUPORTE
SATISFAÇÃO; ENTUSIASMO; AUTONOMIA;
PERCEÇÃO SKILLS
PRESSÃO
ANSIEDADE; AFETOS NEGATIVOS;
DESCONTENTAMENTO COM A MODALIDADE
Dorsch, Smith, & Dotterer (2016)
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O Pais têm apresentado uma influência sobre o MF dosseus filhos (Elliot & Trash, 2004).
Fatores responsáveis pelo desenvolvimento do MF:
1. Comunicação e Interação pais-filhos;
2. Clima Familiar;
3. Expetativas e Exigências Elevadas Parentais.
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Formas de transmissão e de desenvolvimento do MF
Controlo Parental
• Assistir Treinos
• Assistir Competições
• Fazer parte da preparação da competição (Instruções, Briefing)
• Análise pós-competição
Expetativas Elevadas
• Esforço máximo
• Boas atitudes
• Boas performances
• Evitar erros
• Ganhar competições
• Atingir eventos nacionais
• Obter sucesso
• Retorno do investimento
Punição Parental
• Criticismo
• Durante e pós-competição (erros, esforço)
• Punição
• Privação Afeto
• Privação Regalias
• Ameaça
• Exclusão da equipa/treinos/eventos
Sagar & Lavallee (2010)
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Privação Afetiva tem sido apontado como um dos mais fortes preditores do
desenvolvimento do MF, pois após o fracasso dá a entender à criança/jovem
que falhar é motivo de ter vergonha, não sendo merecedores de amor e afeto
(Lewis, 1992).
Controlo Parental é realizado numa tentativa de evitar o fracasso dos filhos e
o seu fracasso enquanto pais, receando essencialmente uma avaliação social
negativa.
Expetativas Elevadas e o desejo de ir ao encontro das expetativas do pais têm
sido reportado como uma das maiores fontes de stresse pelos jovens atletas,
demonstrando baixos níveis de satisfação (Scanlan, Stein, & Ravisa, 1991),
sentindo vergonha, culpa e desapontamento.
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Atletas com elevados níveis de MF olham
para os eventos desportivos, não apenas
como uma oportunidade de aprendizagem,
de desenvolvimento de competências, mas
como uma situação de ameaça, de
avaliação e que poderá colocar a sua pessoa
em perigo.
Marco Correia
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O empreendedorismo é como o BASE jumping, pois édado um passo para a incerteza, onde o medo estápresente.
O medo está incorporado no processo de decisão e vaiinfluenciar todo o processo cognitivo e comportamental(Damasio, 1994).
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Aversão ao Risco
(Traço)
Perceções Ambientais
(Estado)
Investigações Empreendedorismo
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Estudos relacionados com o traço (i.e., características
individuais) conduziram a resultados inconsistentes e
inconclusivos (e.g., Brockhaus, 1980; McMillan &
Scheinberg, 1992).
Neste contexto, futuros estudos deverão incidir no
estado psicológico que antecipa as manifestações
comportamentais do Medo de Falhar.
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Outras variáveis deverão ser tidas em conta de modo a reduzir os níveis
do Medo de Falhar:
• Tarefas
• Processo de empreendedorismo (fases):
• Avaliadores Risco
• Todas as ações são sujeitas a avaliação e criticismo.
• Competências
• Capacidade de tornar algo rentável e com potencial.
• (…)
Ideia Operacionalização Implementação Crescimento
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Sugestões de pesquisa
Desenvolvimento de um quadro conceptual específico.
Criação de um instrumento específico para avaliação do MF.
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Conclusões
O Medo de Falhar faz parte da viagem do empreendedorismo.
Ambição
Paixão
Entusiasmo
Resiliência
Medo de Falhar
Perder clientes
Não ser pago
Falhar objetivos
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Dados Estatísticos*
• 25% dos portugueses tem medo de falhar na criação do seu
próprio negócio.
• 67% dos portugueses têm uma atitude positiva em relação ao
empreendedorismo, ligeiramente abaixo da média europeia
(69%).
*Relatório Europeu de Empreendedorismo 2012, promovido pela empresa de venda
directa Amway. inquéritos (entrevistas telefónicas e contactos one-to-one) a 17.800
pessoas (992 das quais portuguesas) de 16 países.
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A MENSAGEM
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“A nossa maior glória não está em nunca cair, mas em levantar cada vez que caímos.”
– Confúcio
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OBRIGADO!
Ensino Superior com Paixão e Inovação!