Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma...

19

Transcript of Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma...

Page 1: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor
Page 2: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

I

N2 172

NOVE PONTOS SOBRE 0 PLANO COLLOR II

Rubens Penha Cysne

Margo de 1991

Page 3: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

NOVE PONTOS SOBRE 0 PLANO COLLOR II

Rubens Penha Cysne

06 de Marro de 1991.

I. Economistas na Berlinda

Mesmo se restrito ac caso brasileiro recente,GeorgesPompidou

certamente teria pecado por excesso de generalizarao ao afirmar, como o

fez certa vez, que das tres maneiras de se chegar ao desastre a mais

rapida ester no jogo, a mais agradivel nas mulheres, e a mais segura na

consulta aos economistas. Afinal, no se pode responsabilizar toda uma

classe pelas peripecias de um reduzido grupo (que estiveram ou estao no

governo) cujas awes, na ordem comum que associa o desastre a divulga-

gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de

uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps

o Plano Collor II, ah, isto der. Afinal, somos muito mais criaturas de

emogao do que criaturas de logica. E a emosao sempre foi boa companhei

ra da indignagao.

A coluna "Panorama Economico" do Globo, de 22/02/91 chamou a

ateni^.ao para o empresario que trajava camisetas da Publicacao Casseta

Popular corn a inscrigao "Eu Odeio Economistas". Nada mais na moda. Pena

que o espago na camiseta no seja suficiente para dar nomes aos bois.

Afinal nao sao poucos os responsaveis pela inusitada balburdia institu-

cional que se abateu sobre a economia brasileira ao longo dos famigera

dos pianos Cruzado, Cruzadinho Bresser, Verao, Collor I e Collor II.

Cabe nao esquecer um destaque adicional, na ala da desoraanizacao economica,

para os economistas responsaveis pelos ultimos dois pianos. Apos tanto

se referirem ao pomposo termo "fragilidade financeira do setor publico",

Page 4: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

2.

a unica coisa que conseguiram ate agora foi adicionar a este a''fragilida

de publica do setor financeiro".

II. Empresarios Viloes. Poupadores Especuladores

Nao se sabe ainda qual o criador da tese muito em moda no Bra

sil atual Segundo a qual a melhor maneira de ajudar quern nao tern emprego

ou quem tern emprego e ganha pouco e agredir quem gera empregos e/ou

quem poupa. De um lado fica o empresario lutando contra a cultura anti-

empresarial que se instalou no pals desde 1986, corn recrudescimento nota

vel no ultimo ano. 0 empresario e acusado ou agredido quando lucra (pa-

ra isto, criou-se o termo "lucros abusivos", que em born portugues signi-

fica "lucros dos outros"), quando nao lucra e (consegaentemente) quebra,

quando contrata (nest.e caso, a agressao fica por conta dos exagerados

custos indiretos associados a utilizagao de fator trabalho), quando des-

pede (ocasiao em que e instado pela ministra da economia a "procurar ca-

minhos alternativos"), quando faz estoques, quando no faz estoques,quan

do aumenta pr_egos etc... De outro lado, o poupador e obrigado a percor-

rer uma verdadeira via-crucis que se inicia corn quatro tablitas em cinco

anos e termina no confisco de ativos financeiros decretado pelo Plano

Collor I. Isto para no falar nas mudangas abruptas no calculo de rendi

mento liquido dos ativos financeiros em geral e, em particular, da Cader

neta de Poupanga. A continua elevaga'o da inflagao apos cada piano impli

ca numa perda liquida garantida para o poupador que efetue saques da Ca-

derneta antes da inflagao se estabilizar. A sua contrapartida seria o

elevado juro real obtido nos trinta dias apos a decretagao dos congela-

mentos. Mas este ganho e sistematicamente anulado (a favor do Sistema

Financeiro da Habitagao) pelas novas regras ditadas pelos pianos de esta

Page 5: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

3

Bem feito para o poupador brasileiro, que ainda no assumiu

de vez o fato de que o seu maior devedor e juntamente o governo, e que es

to tem o der de mudar as regras do jogo a seu favor. Ao inves de garan-

tir a atual geragao de poupadores os recursos das geragoes futuras, fa-

zendo da divida publica o instrumento de tal transferencia, opta-se sis

tematicamente pela agressao frontal ao poupador, que se abstem do consu

mo para ser publicamente chamado de bobo (pelo confisco) e especulador.

0 resultado no poderia ser outro: falencia do financiamento publico e,

no longo prazo, queda da taxa de investimentos e da taxa de crescimento

economico.

III. Antecedentes

0 Piano Collor I, da forma como engendrado, tornou impossi-

vel a concatenagao de pregos estaveis com crescimento sustentado. A urgen

cia de se liquidar a inflagao em Margo de 1990 da forma alguma precisava pas

sar pelo infeliz confisco de ativos financeiros. 0 que se precisava, con

juntamente ao final da indexagao de salirios pela inflagao passada e ao

concomitante ataque ao deficit publico, era simplesmente canalizar a po

pularidade e autoridade presidencial entao existentes para resgatar o pres

tigio da divida publica. A ;*uinada de expectativas dal' decorrente, ajuda

da pela modificagao do procedimento operacional do Banco Central na "ze-

ragem" da divida publica, seria o suficiente para reduzir a inflagao a

niveis aceitaveis. Ao inves de um aumento da capacidade de financiamento

do governo e concomitante redugao da velocidade de circulagao de M4, entretanto, o

que se viu foi exatamente o oposto. Deu-se razao aqueles que apregoavam

o calote e o congelam3nto iminente ridicularizando-se uma vez mais o credo na p a la vra

publica. Um dos mandamentos bisicos da economi.a de mercado,"do not cheat

the saver",foi francamente violado.

Page 6: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

4.

IV. A Politica da Demanda Anterior ao Plano Collor II

Discute-se as vezes se a politica monetaria-fiscal foi aper

tada ou frouxa durante 1990. Nesta discussao cs numeros nao precisam

ser compulsoriamente incluidos. Quaisquer que tenham sidos o deficit

publico e a expansao de agregados monetarios do periodo, a politica de

demanda foi frouxa. Isto por doffs motivos: primeiro, o atual governo

no podia dar-se ao luxo de apresentar uma inflagao ultrapassando a ca

sa dos 20% ao mes. Dado o calote realizado em Margo, qualquer sinai de

descontrole na evolugao dos pregos poderia dar origem a uma abrupta re

dugEo de demanda por ativos financeiros (agora bem mais justificavel do

que durante o governo Sarney), detonando o inicio.de uma hiperinflagao.

Segundo, porque nao havia absolutamente qualquer espago para politicas

de rendas. Em suma, a unica variavel de controle da qual o governo dispu

nha pares controlar ainflagao abaixo de niveis criticos era a politica

de demanda. Como esse controle nao foi suficiente, concluiu-se que a

politica de demanda, qualquer que tenha sido, no foi suficientemente

apertada.

t importante lembrar que o desemprego e estagflagao dal de

correntes teriam na contengao de demanda o seu veiculo, mas nao a sua

causa. A recessao necessaria para o combate efetivo a inflagao ja ha-

via sido determinada bem antes, mais precisamente em Margo de 1990,com

um confisco inutil e desbaratado que minou a confianga dos poupadores

nos ativos financeiros domesticos. Este aumento de inseguranga, Como

se argumenta em Cysne (1989), conferiu a contengao do deficit publico

uma importancia demasiadamente importante para uma evolucao nao insta-

vel da economia. A consequuncia so poderia ser uma: uma brutal recessao em

Page 7: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

5.

1990, para impedir que a inflagao voltasse a recrudescer. Como nao hou

ve suficiente forma politica para implementar esta amarga consequencia

de erros tecnicos cometidos no Plano Collor I, a inflacao voltou a ga-

lope.

V. A Alternativa

Ao final de janeiro de 1991, a pessima situagao economica e-

xistente nada mais fazia do que retratar a colheita daqueles que

no souberam plantar. Se e verdade que uma inflacao de 20% ao mes no

se combate apenas com politica de demanda, e tambem verdade que a atual

equipe economica no tinha em maos ( em 30/01/91 ) qualquer possibilidade

de executar uma politica de rendas com um razoavel grau de credibilida-

de. 0 me.ihor a fazer no momento teria sido tentar retomar a credibilida

de perdida ao longo de 1990, propondo-se, a nivel politico, reformas

constitucionais que possibilitassem o necessario ataque ao deficit pu-

blico. Ao mesmo tempo, caberia ao governo sugerir medidas que viabili -

zassem a ja tao decantada independencia do Banco Central, bem como tor

rear clara e acessivel a metodologia de calculo de deficit publico. Uma

quarta medida importante e inadiavel teria sido (ao inves do que se fez

ap6s o Plano Collor II) um suficiente endurecimento do Banco Central '

com os bancos estaduais, que trouxesse como subproduto um substancialau

mento da disciplina fiscal de estados e municipios. Apos este elenco de

medidas poder-se-ia pensar na implementagao de uma temporaria politica

de rendas. Mas de prefereencia, sem congelamento. E de forma nenhuma

traumatizando uma vez mais todo o sistema de intermediagao financeira.

Page 8: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

VI. "Fundao": A Medida Errada na Hora Errada

6.

Ha muito tempo atras os economistas discutiam se era a pou-

panca que gerava o investimento ou o investimento que gerava a poupanga.

De um lado estava a escola Kaleckiana, que, tomando como base uma econo

mia com um mercado financeiro pouquissimo desenvolvido, argumentava que

o empresario so conseguiria comprar maquinas e equipamentos na medida

em que gastasse menos do que faturava e, retendo parte de seus lucros,

os alocasse em bens de capital. Aos lucros retidos der-se o nome de pou-

panga das empresas, originando-se desta linha de raciocinio o embasamen

to para a tese de que primeiro vem a poupanga e depois o investimento.

John Maynard Keynes, por outro lado, tratou de raciocinar relativamente

a uma economia com um mercado financeiro razoavelmente desenvolvido, on

de emprestimos sao obtidos a uma certa taxa de juros. Neste caso, argu-

mentava ele, se o.s empresarios realmente desejam investir, nao ha neces

sidade de reterem lucro, pois o capital de terceiros estara disponivel

a um certo.custo. Em adigao, o aumento de investimentos geraria um au-

mento da atividade economica nao de todo acompanhado de consumo. Esta-

ria assim criad.o o aumento subsegiiente da poupanga, que a taxa de juros

trataria de tornar, ex-post, igual ao aumento de investimentos. , Nesta

linha de raciocinio, e o investimento que gera a poupanga.

0 "Fundao" foi vendido ao publico na mais pura conceprEo Ka-

leckiana.Ele geraria a poupanga de longo prazo necessaria para as inves

timentos produtivos. Trata-se de um erro de conceprao. Ate o pipoqueiro

da esquina sabe que o que tem impedido os investimentos no Brasil sao exatamen

to estas mudangas de regra do jogo como as que caracterizaram a insti-

tuirao do "Fundao" e o langamento dos Pianos Collor I e II. Certamente

nao e por falta de poupanga que as investimentos tem despencado neste

pals. 0 mercado de capitais brasileiro ester longe de apresentar o pri-

mitivi_smo necessario a adequagao da realidade a hipotese Kaleckiana.

- I - . .___. ___ _ _______._- .. ___r___.__ 4- .m.,..,.-- 1 4 nc+- ^lorl

Page 9: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

7.

to um valor quase duas vezes inferior ao seu custo de reposicao. Quern

investira dois cruzeiros para montar uma fabrica se as expectativas so

bre o futuro sao tao caoticas aue se pode compra-la por um cruzeiro

na Bolsa de Valores? Certamente nao serao mudancas abruptas deste ti-

po que trarao de volta os investimentos. 0 que se precisa e de apenas

duas coisas: estabilidade e credibilidade.Garantidos estes parame-

tros, a perspectiva de lucros futuros se constroi automaticamente no

ciclo economico. Afinal, nem as estoaues nem os bens de capital duram

para sempre. Se hoje ha recessao, amanha deveri haver uma retomada da

atividade produtiva (supondo-se, o que ja e muito no caso brasileiro,

que o governo no atrapalhe).

0 "Fundao" nao altera significativamente a vida do poupa-

dor, pelo menos enquanto nao leva a falencia a instituicao financei-

ra da esquina onde este faz as suas aplicagoes. Ou entao a da proxi-

ma esquina, cujos passivos sao ativos da primeira. De fato, do ponto

de vista do poupador, sob o horizonte de curto prazo, o que ha de no-

vo e uma taxagao bem mais pesada nas aplicacoes por poucos dias. Mas

para aumentar desta forma a demanda por M1, objetivando reduzir

a inflagao necessaries a coleta do imposto inflacionario que fecha as

contas publicas,nao se precisava criar o "Fundao". Bastava aplicar

a atual progressividade tributaries (incidindo sobre a reducao de matu

ridade) sobre os ativos financeiros ja existentes.

As coisas mudam, e muito, do ponto de vista dos intermedia

rios financeiros. Estes tiveram as suas aplicacoes ativas rigidamen

to engessadas pela nova legislagao, pouco lhes sobrando de margem , de

manobra. Alguns ativos componentes do "Fundao" nunca encontrariam com

pradores as taxas e prazos com que pretendem (por forga de Medida Pro

visoria)ser neaociados. Ao mosmo tempo em aue dirigem-se as institui-

Page 10: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

8.

vol valor do mercado, acena-se aos poupadores corm uma licr idez diaria.

Das duas uma: ou o Banco Central entrara no jogo garantindo ligtYidez

permanentemente ao Fundao, ou corre--se o risco de uma quebradeira ge-

neralizada. A menos do algumas pequenas instituig6es financeiras que

dificilmente conseguirao repassar "Fundinhos" (quotas de Fundoes) a

seus clientes, esta segunda hipbtese e altamente improvavel. 0 mais

provavel e que o Banco Central deva estar, daqui para a frente, sem-

pre atento para impedir que as medidas recentes gerem desastres de

grandes propogoes.

Neste ponto explicitam-se todas as desvantagens do Fundao:

por mexer em regras e aumentar a instabilidade, reduz compulsoriamen-

te as investimentos privados e a poupanca privada voluntaria. Ao mes-

mo tempo, indo frontalmente contra os seus objetivos, reduz o horizon

to de planejamento tanto de investidores quanto de poupadores. Em

terceiro lugar, exatamente no momento em que se deveria perseguir uma

atitude contraria, torna todo o sistema financeiro muito mais vulnera

vel e.dependente da politica seguida pelo Banco Central. Quando o siste

ma financeiro operava de forma mais livre, nao restava duvida sobre

a conveniencia de o Banco Central deixar de conferir liquidez prima -

ria aos seus passivos. Agora, esta conveniencia persiste a nivel ma-

croeconomico. Mas tornou-se praticamente impossivel em termos microe-

conomicos.

VII. Aprendizado Penoso

t impressionante a pouca disposicao daqueles aue legislam

sobre materia economica de aprenderem com as experiencias passadas (de-

les ou de outros) . Quando se fala de congressistas querendo a todo o

Page 11: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

9.

co aprendizado, mas de demagogia ou embuste (quando no de terceiros,

de sua propria racionalidade). Mas quando se observa a tentativa de se

acabar novamente com a indexacao por Medida Provisoria (chegando-se ao

cumulo de al incluir a extincao do calculo de. um indice pelo IBGE), no

se pode evitar um misto de indignacao, revolta e tristeza. Sera que ain

da nao se percebeu que tal tentativa e infrutifera e que a sua necessa-

ria reversao oficial, alguns meses depois, nada mais faz do que cor-

roer substancialmente a credibilidade na propria equipe econ6mica?

Parece tambem nao ter havido aprendizado sobre a inoperan-

cia do congelamento ou sobre a inconstitucionalidade das tablitas sem

reforma monetaria concomitante (o que tambem ocorreu no Plano Bresser).

Onde se espera chegar de choque.em choque? A desmoralizagao da Oonsti-

tuigao ou aodesmoronamento da economia?

VIII - Uma Tablita Errada, Inconstitucional e Arbitriria

As agressoes a ordem juridicas desde o Plano Collor I sao

bem conhecidas. A mais recente, como nos lembra Sergio Werlang em ar-

tigo no Jornal do Brasil, foi a criacao do Direito Romano Oral, pelo

qual o feriado bancario de 19 de irgo foi.decretado anteriormente a

sua publicagao no Diario Oficial. Uma segunda agressao gratuita a con-

tratos juridicamente perfeitos foi a tablita. Quando corretamente calcula

da e acompanhada de reforma rnonetaria, ela consegue justificar-se disfar

Cando-se sob a sombra de uma taxa de cambio entre duas moedas. Mas na

ausencia desta, a tablita representa,do ponto de vista juridico, uma in

terferencia totalmente injustificavel do governo sobre acordos e contra

tos firmados entre terceiros.

Page 12: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

10.

Passemos agora a analise economica da tablita. Em sua concep

rao original, a tablita e um valor T pelo qual se divide o valor Vt+1

de um ativo financeiro a vencer na data t+1 de tal forma que o seu ren-

dimento real esperado antes do piano se verifiaue apos o piano (observe

aqui que, no limite, a tablita e uma fungao aue tenta levar uma econo-

mia as expectativas sobre si mesma). Assim, se 11t representa a infla-

cao esperada e JYt a inflacao efetiva entre os instantes t e t+l,tem-se,

para o calculo da tablita:

Vt+l _ Vt+l

Vt.T(1+1t) Vt. (1+ te)

Seguindo dal que T = (1+ II. e) / (l+^iIt

(1)

(2)

Um problema corriqueiro no calculo da tablita e" que geraimen-

te assume-se it= 0, quando em verdade ocorre lrt 0. Isto leva a um pre

juizo para o poupador (credor) e a um ganho para o devedor, pois as

valores da tablita tornam-se superestimados. Este fato foi marcante no

recente piano de estabilizagao, que se fez acompanhar por um inusitado

tarifago (aumento geral dos preros de bens e servigos diretamente con-

trolados pelo governo) e no qual a tablita foi calculada fazendo-se

t = 0.

Outra curiosidade relativa ao mais recente calculo da tabli

to foi a regra baixada pelo Banco Central de que ela so seria utilizada

ate o ponto em que a taxa de juros nominal do poupador nao caisse abai-

xo de zero. Trata-se novamente de um absurdo do ponto de vista juridico

e no minimo de uma arbitrariedade do ponto de vista economico. Por esta

Page 13: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

11.

nova regra, chega-se a estranha (no que difere de (2)) formula utiliza

da pelo governo para o calculo da tablita:

T=1+min ^,Tt (3)

que se obtem fazendo t = 0 em (2 ) e incorporando-se a regra acima ex-

posta . Nesta formula , i representa a taxa de juros nominal previamen-

te acertada para o titulo em questao.

A titulo de exemplo, tomemos um CDB comprado a taxa de 15%

ao mes no final de janeiro. Na ausencia de pianos de estabilizagao, es

se negocio deveria dar bom dividendos profissionais ao gerente do Ban-

que conseguiu "empurri-lo" para o poupador, pois a taxa media de infla

gao esperada a epoca girava em torno de 21%, o que se associava a um

prejuizo real esperado para o poupador da ordem de 4,96%. Supondo que

a nova inflagao apos o piano tivesse sido de 7%, a tablita para o tri-

gesimo dia apos o piano deveria ser (por 2) 1,13084 (121/107). Com is-

to o poupador receberia, para cada Cr$ 100,00 empregado no CDB, Cr$ 101,69

(Cr$ 100 x 1,15/1,13084) no final do periodo. Isto igualaria o valor

real esperado para a data de maturagao do titulo de seus Cr$ 100,00 a-

plicados antes do inicio do piano (Cr$ 100 x 1,15/1,21) ao valor real

efetivamente recebido apos o piano (Cr$ 100 x 1,15/1,07 x 1,13084).

Na primeira utilizagao da tablita divulgada pelo governo,

sem a aplicacao da regra anteriormente exposta, o poupador deveria re-

ceber, (fazendo-se t = 0 em 2) Cr$ (100 x 1,15/1,21) = Cr$ 95,04.

Mas o Banco Central resolveu estipular (ao que tudo indica, apos con-

sultas a psicologos) que ninguem deveria receber menos em termos nomi-

nais do que aplicou. Assim, utilizando-se finaimente a formula (3) im

Page 14: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

12.

plicitamente introduzida pelo governo, este poupador acabara por rece-

ber Cr$ 100,00 (Cr$ 100 x 1,15 / min f1,21; 1,15})no vencimento de seu

CDB. Haja arbitrariedade! Observe-se que o valor final de Cr$ 100,00

nao difere muito, no exemplo apresentado, dos Cr$ 101,69 que o poupador

receberia na hipotese de utilizapao da formula usual (2). Isto ocorre

devido a uma duplicidade de erros que (por coincidencia ou nao?) no se

somam, mas tendem a cancelar.se Esquecendo clue a inflagao apos o pla-

no e maior que zero, o governo prejudica o poupador. Isentando-o de re-

ceber valores nominais abaixo dos valores aplicados, ele o protege. 0

problema e que a economia nao tem apenas um poupador que espera infla-

gao de 21% e compra CDBs que pagam 15% ao mes. Beneficiados e prejudi-

cados sao atores bem distintos neste jogo. Como toda nova regra econo-

mica , esta tambem gera redistribuigao de renda entre grupos . 0 problema

e que neste caso exagera - se no arbitrio.

IX - CONCLUSOES

Citamos novamente aqui as palavras de ordem: estabilidade e

credibilidade. Isto e o que precisamos, o que mais precisamos e quase

que so o que precisamos do governo no momento. Chega de tornar o presen

to um presente para os que foram os mais ceticos no passado, prevendo

congelamentos e calotes . Chega de regras que mais se assemelham declara

goes de desejos sobre o mundo. Basta de Medidas Provis6rias.

Que a equipe economica do Governo tem a-melhor das intengoes

e que o Presidente Collor tomou a direcao certa no que apresentou de

antitese a administracao Sarney ninguem duvida. 0 problema, rela_

Page 15: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

13.

e boas intenroes nao se chega muito longe. 0 que atrapalha o pal's no

e excesso de tecnocracia, mas a falta de uma tecnocracia mais apurada.

Pois esta, quando :-zpurada, sabe limitar- se a si mesma.

Referencias Bibi iograf

Cysne, Rubens Penha - "Plano Collor: Contra Factualidade e Sugestoes

Sobre a Conducao da Politica Monetaria-Fiscal - Revista Brasileira de

Economia -- Edigao Especial sobre o Plano Collor I.

Page 16: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

i

ENSIITOS ECON6MICOS DA EPGE

(a partir do n° 100)

100. OUROS, PREr.OS E DfVIDA PU3LICA VOLUME I: ASPECTOS TEORICOS

Marco Antonio C. Martins e Clovis de Faro - 1987 (esgotado)

101. JURO , PREcOS E DI\JID , PLBLICA VOLUME 11 : A ECONOMIA BRASILEIRA 1P71/E- Antonio Salazar P. cr andao, C lis e F?ra o Marco A. C. Vartirs - lr:5i7 (e l ^)

102. MACROECONOMIA KALEC,IP,NA - Rubens Penha Cysne - 1987

103. 0 PREMIX] DO DOLAR Ni] f°iERCADO PARALELO. 0 SUBFATURAMENTO DEEXPOR T A4cJES E 0 SLPERF/; i UP,; ENT0 DE IMFC.UA7 DES - Fernando de HolardaF'arbosa - Rubens Panha Cysne e Marcos Costa Hc'a da - 1907 (esgotado)

104. BRAZILIAN EX' ERIENL.L WITH EX 1E RNAL D EBT AND PROSPECTS FOR ORCU P,-Fernando de Holanda Barbosa and Manuel Sa:ichez de. La Cal - 1937 (;go+ad,)

105. KEYNES N A S E DIcAO DA tSCOLHA P6SLICA - Antonio Pala Silve ira-1987( ss:gcta:o)

106. 0 TEOREMA CE FROBENIUS-PERRY - Carlos Ivan Simonsen Leal - 1937

1.07. POPULAQ1O BRASILEIRA - Jesse Montello-1987 (esootedc)

108. MACROEC0NNOY1A - CAPfTULO VI: "DEMANDA FOR MOEDA S A CURVA LM"- Mario Henrique Simonsen e Rubens Penha Cysne-1987 (esgotsdo)

109. MACROECONOMIA - CAPITULO VII: "DEMANDA ACREGADA E A CURVA IS'r- Mario Henrique Simonsen e Rubens Penha Cysne - 1967 - (esgotado)

110. Mt;CROECONO,'11A - MODELOS DE EQUILfBRIO AGREGATIVO A CURTO FRAZO- Mario Henrique Simonsen e Rubens Penha Cysne-1987 (esgotado)

111. THE BAYESIAN FOUNDATIONS OF SOLUTION CONCEPTS OF GAMES - SergioRibeiro da Costa Werlang e 7oTr;;y1 Chin-Chiu Tan - 1987 (esootado)

112. PREC05 LfgUIDGS (PREGCS DE VALOR ADICIONADO) E SECTS DETE?t,,ITNANTES;DE PRODUTCS SELECIONADOS, NO PERIODO 1970/12 Semestre/1986 -- Raul Ekerman - 1987

113. EMPRESTIMOS BANCARIOS E SALDO-MEDIO: 0 CASO DE PRESTAQOES -- Clovis de Faro - 1988 (esgotaH_c')

114. A DINAFIICA DA INFLAcAO - Mario Henrique Simonsen- 1988 (esgctado)

115. UNCERTAINTY AVERSION AND THE OPTIMAL CHOISE OF PORTFOLIO -.James - Dow e Sergio Ribeiro da Costa u!erlang-1938 (esgotado)

116. 0 CICLO ECONOMICO - Mario Henrique Simonsen - 1968 (esgctado)

117. FOREIGN CAPITAL AND ECONOMIC GROWTH - THE BRAZILIAN CASE STUDY-Mario Henrique Simonson - 1988 .

1.18. COMMON KNOWLEDGE - Sergio Ribeiro da Costa Werlang - 1986(esgjt.,aLil)

119. OS FUNDAMENTOS DA ANALISE MACROECON(;MICA-Prof.MMlaric HenriqueSimonsen e Prof. Rubens Penha Cysne - 1988 (esgotado)

120. CAPITULO XII - EXPECTATIVASS RACIONP15 - Mario HenriqueSimonsen - 1958 (esgotado)

121. A OFERTA ACREGADA E 0 MERCADO DE TRAOALHO - Prof. Mario Henrique

Simonsen e Prof. Rubens Penha Cysne - 1988 (esgotado)

122. IN_`RCIA INFLACIONARIA E INFLA4AO INERCIAL•- Prof. Mario Hoer :quo

Simonen - 1358 (esgotado)

11 r) z nnnnci nc: hn ;_Inrncr1• Ern^ln?,4 Tt n ai)MTNT=;TP!f.^(.l - AntnIn in Maria dti

Page 17: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

l?.;, [ ► FEI i^'Ci VAG3 C0 DO CHOQIIE HEI IPE)DOX0 - Fernando d(? HoI Dnda DLi-11 Or nAntonio S r)iezer F'eosoa Drandc'o e Clovis de Faro - 1900 ( gotado)

)26. PLAND C1UZADD : C0I:,,EPCA0 C 0 ERRO DE POLI1ICA FISCAL - Ruben.Penha Cy :,nr - 1906 .

127. TAXA DE JURDS FLUTUANTE VERSUS CCIRREt 7 O MOC,ET1R1A DAS PRESTA; IIES:UI'1A CDI^f r, )A^ O ND CPSD DD SAC C INFLAc WO CDNSTANTE Clovis deFaro - 195D

128. CAPITULO I: - C1DNETARY CORRECTION AND REAL INTEREST ACCOUNTIi-,G- Ruhen E Pu n;^ Cys. ne - 1986

129. CAPT1ULO LII - II^CG:;E ANDDEMAN D PDLICICS' IN BRAZIL - Ruben:,Perm Cycnc - 1938

13D. CAPITULD IV - BRAZILIAN ECONOMY IN THE EIGHTIES. AND THE DEBTCRISI` - Rubes.! PEnha CysnE - 2908

131. THE EFr17_1LIAN AGRICULTURAL POLICY EXPERIENCE: RATIONALE ANDFUTURE D?nE:CT1G1: S - Antonio Salazar Pessoa Brandaao - 198E

132. I'OhE ,iG'r:]T INTERIJA, DIVIDA PUBLICA E JUROS REAiS - M aria SilviaBasco,- M--rques e Sergio Ribeiro da Costa Iderlang - 1985

133. CAPITULO IX - TEORIA DO CRESCIMEIJTO ECONU ICO - Mario HenriqueSirr,on : en - 198E

134. C0NGELAMENTO C01-1 ABONO 5ALARIAL GERANDO EXCESSO DE DL-' ANDA -Joarquim Uieira Ferreira Levy e Scrcio Rib_iro da Coste Warlanc -

335. AS ORIGENS E COIN SECUENCIAS DA INFLA^: .O NA AMERICA L.A T IN•JA -Fernando de Holande Barbosa -'1988

136. A CDNTA-CDRRENTE DO GOVERNO - 1970-19BB - Mario HenriqueSimonsen. - 1989

1.37. A REVIEW ON THE THEORY OF COMMON KNOWLEDGE- Sergio Ribeiro da Costa Weriang - 1969

138. KA.CROEC0"' 0'.1 A- Fernando' de Yolanda Barbosa - 1989 (e5got6du)

139. TEORIP. DO EALAN'^'.O DE PAGAI•MENTOS: U'1A ABORDPPGEM SIMPLIFICADA -- Joao Luiz Tenreiro Ba:roso - 1989

140. CONTA6ILIDADE COP JUROS REAIS - RUBENS PENHA CYSNE - 1989

11

1ti1. "CREDIT RATIONING AND THE PERMANENT INCOME HYPOTHESIS" - Vicente Madric 1,

Tommy Tan, Daniel Vicent , Sergio Ribeiro da Costa ''erlang - 11,465

142. "A AMAZONIA BRASILEIRA " - Ney Coe. de Oliveira - 1989

143. DESAGIL DAS LFTs E A PROBABILIDADE IMPLICITA DE r?ORA.TC:,IA

N ria Silvia Easton Ma rques e Se.rFio Ribeiro da Costa V.erlanr - 19i•.``

144. THE LDC DEBT PROBLEM : A GAME-THEORETICAL ANALYSIS

Mario Henrique Simonsen e Sergio Ribeiro da Costa Werlang - 1989

145. ANALISE CONVEXA NO Rn - Mario Henrique Simonsen - 1989

146. A CONTROVERSIA MONETARISTA NO HEMISFERIO NORTE

Page 18: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

4,

1/11. RETOR'i;0> EN EDUCrt4 O NO I?RA IL: 1976-1986Carlos ivun Simonsen Leal e Sergio Ribeiro da Costa t',eriang - 108>9

149. I'REFERE^;CF S, CO,*•11.101': KNOWLEDGE, AND SPECULATIVE TRADE - James Dow,Vicente Nadrigal, Sergio Riboiro da Costa Nerlang - 1990

150. FDvCF,C'0 E DISTi IBUIC7ti0 DE RI"NDA

Carlos Ivan Si[aon:>en Leal e Sergio Ribeiro da Costa - 1990

151. ORSERVA4 LS A NARCF^• 1 DO TRABALHO "% A`iA7.ONIA BRASILEIRA" - NeyCoe de Oliveira - 1990

152. PLANO COLLOR: UN GOLPE DE NESTRE CONTRA A INFLAq?0?- Fernando de Hola.nda Barbosa - .1990

153. 0 EFEITO DA TAXA DtE JUROS E DA INCERTEZ7 SOBRE A CURVA DF. PHIIL iP

DA ECONC:iIA BRASI1, ,IRA - Ricardo de Oliveira Cavalcanti - 1990

154. PLANO COLLOR: CONTRA FACTUALIDADE; E SUGESTOES SOBRE A CONDUcAO

DA POLITICA M01ET'`_r IA-FIS C:L - Rubens Penha Cvsne - 1.990

155. I)EPOSIT'OS DO TESOURO: NO BANCO CENTRAL OU NOS BANCOS CO"N;ERCIAIS?Ruben-- Penha Cysne - 1990

156. SISTEi'IA FINANCEIRO DE HABITASAO: A QUESTAO DO DESEQUILIBRIO DO

FCVS - Clovis de Faro - 1990

157. COMPLEMENTO DO FASCICULO N°- 151 DOS "ENSAIOS ECONOMICOS" (A AMA-

ZONIA BRJ,SILEIRA) -- Ney Coe de Oliveira - 1990

158. POLITICA MONETARIA OTIMA NO COMBATE A INFLAcAO

- Fernando de Holanda Barbosa - 1990

159. TEORIA DOS JOGOS - CONCEITOS BASICOS - Mario Henrique Simonsen -

-- 1990

160. 0 MERCADO A;3ERTO R'RASILEIRO: AN$LISE DOS PROCEDIMENTOS OPERACID.-NAIS - Fernando dr_ Holanda arbosa - 1990

161 . A RELAS'T O ARBITRAGi ti ENTRE A ORT N CAMBIAL E A CRTN NONETARIA -

- Luiz Guilherme Schymura de Oliveira - 1990

162. SUBADDITIVE PRORi. ILITIES AND PORTFOLIO INERTIA - Mario Ilenriyue

Simonsen e Sergio Ribeiro da Costa Werlang - 1990

163. NACROECO"101'11A COM M4 -- Carlo, Ivan Simonsen Leal e Sergio Ribeiro da Costa

Werlang - 1990

164. A RE-EX4i11NATION OF SOLON' S GROWTH MODEL WITH APPLICATIONS TO

CAPITAL MOVEMENTS - Near.tro Saavedra Fivano - 1.990

165. '1'i-'l, PUBLIC CHOICE BEDITION: V .RI7ITION?S ON THE THEME OF SCII:NTIf'ICI"A FAR?: - Antonio Maria c?a Silvo.ira: 1990

16(. rf'}IL TPUBT,TC' CHOICE T'ERSPECTIVE AND KMIG[(T'S-- Ant.OniO Maria da Silvc.lra - 1.990

Page 19: Margo de 1991 - FGV EPGE...gao, tendem a (i.ncorretamente) simbolizar todos os representantes de uma categoria profissional. Mas que der vontade de citar Pompidou apps o Plano Collor

168. JAPANESE DIRECT INVESTMENT IN BRAZIL - Neantro Saavedra Riva

no -- 1990

169. A CARTEIRA DE ACOES DA CORRETORA : UMA ANALISE ECONOMICA-Luiz

Guilherme Schymura de Oliveira - 1991

170. PLANO COLLOR : OS PRIMEIROS NOVE MESES - Clovis de Faro -1991

171. PERCALgOS DA INDEXAcXO EX-ANTE - Clovis de Faro - 1991

172. NOVE PONTOS SOPRE 0 PLANO COLLOR II - Rubens Penha Cysne-19991