MARIA DA GRAÇA CARVALHO DEFENDE SIMPLIFICAÇÃO DOS ...

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AGRICULTURA Ajudas aos agricultores vão ter limite máximo de 300 mil euros Págs. 20 e 21 MERCADOS ANÁLISE FEP JÚNIOR CONSULTING Cartão de crédito BPI Gold é o mais barato do mercado Pág. 33 FISCALIDADE Bancos, seguradoras e SGPS têm acompanhamento fiscal privilegiado Pág. 3 JUSTIÇA Processo de inventário “transita” dos tribunais para os notários Págs. 6 e 7 Portos Coaching SUPLEMENTOS NESTA EDIÇÃO www.vidaeconomica.pt Nº 1485 / 22 de março 2013 / Semanal / Portugal Continental J 2,20 www.vidaeconomica.pt DIRETOR João Peixoto de Sousa Comissão anuncia fundo adicional de 60 mil milhões para travar o desemprego jovem Págs. 8 e 9 As empresas que pretendam aderir aos apoios à contratação da medida Estímulo 2012, criada pela Portaria n.º 45/2012, de 13 de fevereiro, já não terão de contratar apenas desempregados inscritos nos centros de emprego há pelo menos seis meses. (Cont. na pág. 5) 9 720972 000037 01485 PUB PUB Governo alarga apoios à contratação PUB MARIA DA GRAÇA CARVALHO DEFENDE SIMPLIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS DE APOIO Parlamento Europeu propõe 4500 milhões para inovação nas PME Págs. 4 e 5

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AGRICULTURA

Ajudas aos agricultores vão ter limite máximo de 300 mil euros

Págs. 20 e 21

MERCADOSANÁLISE FEP JÚNIOR CONSULTINGCartão de crédito BPI Gold é o mais barato do mercado

Pág. 33

FISCALIDADE

Bancos, seguradoras e SGPS têm acompanhamento fi scal privilegiado

Pág. 3

JUSTIÇA

Processo de inventário “transita” dos tribunais para os notários

Págs. 6 e 7

PortosCoaching

SUPLEMENTOS NESTA EDIÇÃO

www.vidaeconomica.pt

Nº 1485 / 22 de março 2013 / Semanal / Portugal Continental J 2,20

www.vidaeconomica.pt

DIRETORJoão Peixoto de Sousa

Comissão anuncia fundo adicional de 60 mil milhões para travar o desemprego jovem

Págs. 8 e 9

As empresas que pretendam aderir aos apoios à contratação da medida Estímulo 2012, criada pela Portaria n.º 45/2012, de 13 de fevereiro, já não

terão de contratar apenas desempregados inscritos nos centros de emprego há pelo menos seis meses.

(Cont. na pág. 5)

9 720972 000037

0 1 4 8 5

PUB

PUB

Governo alarga apoios à contratação

PUB

MARIA DA GRAÇA CARVALHO DEFENDE SIMPLIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS DE APOIO

Parlamento Europeu propõe 4500 milhões para inovação nas PME

Págs. 4 e 5

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VÍTOR GASPAR

O ministro das Finanças entrou “numa espiral recessiva” no que toca à sua própria credibilidade.

De facto, muito poucos serão aqueles que acreditam agora nas previsões do ministro das Finanças. Os números recentes deram razão aos mais pessimistas e Vítor Gaspar teve de admitir que a situação é preocupante. As suas previsões saíram completamente erradas e coloca-se a questão se acredita que a linha seguida vai dar resultados positivos. Se sim, então Portugal está numa posição complicada, se não, significa que as medidas impostas são inócuas. Ou seja, a política fiscal tem de ser absolutamente revista.

2 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

ABERTURA

Top da semana

ALEXANDRE SOARES DOS SANTOS

O grupo Jerónimo Martins continua imparável no seu processo de

internacionalização. Depois do sucesso que tem revelado o mercado polaco, a empresa de distribuição liderada por Alexandre Soares dos Santos está a dar os primeiros passos na Colômbia, país muito recetivo ao modelo de negócio da JM e que tem um enorme potencial de crescimento. Com as dificuldades a acentuarem-se no mercado interno, resta às empresas apostarem nos mercados externos e a Jerónimo Martins tem a liquidez necessária para proceder à sua diversificação geográfica, na altura certa.

DURÃO BARROSO

O responsável máximo da Comissão Europeia continua um percurso de subserviência ao “Diktat”

germânico. O que diz num dia pode não ser bem assim no seguinte. Durão Barroso deveria assumir uma posição de independência, mas o seu mandato continua a ser ditado pela vontade da Alemanha, o que acaba por ter um impacto muito negativo em toda a União Europeia. O presidente da Comissão deve ser totalmente isento e defender sobretudo os interesses dos países mais fragilizados. Barroso acabará o seu mandato sem fazer história em Bruxelas.

EXPANSIÓN

Malparado volta a subir em Espanha

Mudou o ano, mas não o ciclo. O malparado à banca espanhola continua a subir e os ativos duvidosos no sistema já atingiam em janeiro os 169,4 mil milhões de euros, o que se traduzia em cerca de 11% do total do crédito concedido.O crédito, entretanto, também mantém a sua tendência de descida. Em janeiro, o saldo do financiamento em mãos da banca registou uma quebra de mais de 21 mil milhões de euros, em apenas um mês. Em termos anuais, a descida do financiamento às famílias e empresas espanholas foi de 11%.

LES ECHOS

Ryanair encomenda 175 aparelhos à Boeing

Ainda não é uma encomenda firme, mas é uma promessa de compra num valor na ordem dos 15,6 mil milhões de dólares. Finalmente, depois de anos de conversações, a Ryanair chegou a um terreno de entendimento com a Boeing.

Este negócio gigantesco permitirá à primeira companhia aérea europeia de baixo custo renovar uma boa parte da sua frota, mantendo assim o seu crescimento. Até ao final de 2018, a companhia poderá contar até 400 aparelhos, de acordo com o seu plano estratégico, altura em que será ultrapassada a fasquia dos 100 milhões. Trata-se de uma das mais importantes encomendas realizadas na Europa no setor da aviação comercial

THE WALL STREET

JOURNAL

Bancos europeus defrontam-se com mais perdas

O crescimento económico ainda é anémico, o que leva a pensar em mais perdas para o setor bancário europeu. Os riscos para a estabilidade financeira da União Europeia ainda são elevados, avisa o Fundo Monetário Internacional.Considera a entidade que é urgente agir para capitalizar adequadamente os bancos da região e estabelecer um sistema partilhado que possa apoiar as instituições em risco de reestruturação ou de insolvência. Defende o fundo que ainda há muito trabalho por fazer, num contexto em que a procura de crédito, por parte das empresas e das famílias, está em quebra.

ImprensaEM REVISTA

Promar ..........................Pág. 09

Investimentos na economia do mar simplificados

Internacional ................ Pág. 10

Bruxelas dá sinais de querer abrandar nas medidas de austeridade

Ez.Biz ............................Pág. 28

Empresa lança projeto inovador na área dos serviços integrados

Empresas ......................Pág. 29

Sistema de Segurança Social não é sustentável no modelo atual

Turismo .........................Pág. 30

Ligação entre turismo e cultura pode representar 40% do PIB

BPI .................................Pág. 33

Cartão de crédito BPI Gold é o mais barato do mercado

AON ..............................Pág. 34

“Administradores vão começar a ser vistos negativamente”

Mercados ......................Pág. 38

Aumento das insolvências e quebra da procura explicam diminuição do crédito

Automóvel ....................Pág. 47

Jaguar prevê crescer em Portugal “à boleia” de novos produtos

Nesta edição

03 Atualidade

Bancos, seguradoras e SGPS com acompanhamento fiscal privilegiado

06 Atualidade

Processo de inventário retirado aos tribunais e entregue aos notários

08 Atualidade

Ajudas aos agricultores na nova PAC têm teto máximo de 300 mil euros

Humor económico

EDITOR E PROPRIETÁRIO Vida Económica Editorial, SA DIRETOR João Peixoto de Sousa COORDENADORES EDIÇÃO João Luís de Sousa e Albano Melo REDAÇÃO Virgílio Ferreira (Chefe de Redação), Adérito Bandeira, Ana Santos Gomes, Aquiles Pinto, Fernanda Teixeira, Guilherme Osswald, Marta Araújo, Patrícia Flores, Rute Barreira, Susana Marvão e Teresa Silveira; E-mail [email protected]; PAGINAÇÃO Célia César, Flávia Leitão, José Barbosa e Mário Almeida; PUBLICIDADE PORTO

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MEMBRO DA EUROPEAN BUSINESS PRESS

Criar um novo produto que per-mita a qualquer pessoa realizar tra-balhos em altura, utilizando ape-nas um arnês, em qualquer tipo de estrutura vertical, seja ela um pré-dio, uma ponte, um silo, uma torre eólica ou mesmo uma plataforma petrolífera foi o desafio lançado pela empresa portuguesa Traver.

Com a designação de STEP, o novo produto permite que pessoas comuns trabalhem acima de 120 m de altura, movimentando-se livre-mente de um lado para outro.

“A empresa-mãe, a Traver, Lda, iniciou a sua aventura pelo mun-do da manutenção, conservação de prédios, pontes, indústria, fis-calização e execução de relatórios, entre outros, em sistemas de ‘rapel’” – explica Manoel Junior, gerente da empresa. De outra forma, seria financeiramente inviável realizar os serviços.

A utilização de “rappel” permitiu que a Traver (www.traver.pt) re-gistasse um crescimento de 120% ao ano, atingindo, em 2012 1,2 milhões de euros com apenas 23 funcionários. Em 2012, abre uma filial no Brasil, desenvolvendo aí trabalhos, atingindo os grandes se-tores da construção civil no Estado

de Pernambuco.Para executar os serviços acima

referidos, a Traver utiliza as técni-cas mais recorrentes do mercado, como: andaimes, plataformas eleva-tórias ou bailéus, ou às mais arroja-das, tais como as cordas em modo de “rappel”. Porém, estes métodos apresentam sempre um nível de risco elevado e um tempo de execu-ção prolongado, apresentando, por vezes enormes dificuldades, como é o caso das manutenções em torres eólicas, das pontes e das limpezas exteriores de prédios com fachadas de vidro.

Aumentar a mobilidade

e segurança

“O tempo perdido para prepara-ção e montagem dos equipamen-tos, o número de intervenientes que participam nos trabalhos, associado aos elevados preços das máquinas e equipamentos utilizados, dimi-nuem consideravelmente as mar-gens de lucro, num mercado que se torna cada vez mais competitivo” – destaca Manoel Junior.

O ponto fraco dos trabalhos verticais está na possibilidade de ruptura das cordas de “vida” e de

“trabalho”, já que ambas passam obrigatoriamente por arestas vivas de um edifício, de uma ponte, de um silo, etc., como é o caso das pla-tibandas, varandas e janelas. Assim, não bastava criar um produto que aumentasse o rendimento e o de-sempenho dos seus operadores, era necessário criar um produto à prova de acidentes e falhas.

“Desta forma, pensamos em criar uma solução que conseguisse, de forma eficiente, resolver o nosso problema de mobilidade e seguran-

ça” - afirmou. “Quando criámos o STEP, não

pensávamos que ele pudesse ser usa-do em áreas tão diferentes e abran-gentes como: indústria, construção civil, manutenção e serviços, torres eólicas, etc.” – diz Manoel Junior.

O STEP tornou-se mais abran-gente do que o que se previa. Foram criadas as versões No Limits, 4Two, Wind, Energy, Cmilber, Home, Ofs e Ind cada um com caracterís-ticas específicas para a área que está direcionado.

Empresa portuguesa desenvolve produto inovador para facilitar a manutenção

O novo produto aumenta a produtividade e reduz os riscos nos trabalhos de manutenção.

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Bancos, seguradoras, SGPS e entidades que pagam de mais de 20 milhões de euros de impostos vão ter um acompanhamento fiscal permanente por parte da UGC – Unidade de Grandes Contribuintes. O objetivo é melhorar a eficiência do procedimento fiscal, desde a contabilidade ao relacionamento com a Autoridade Tributária, envolvendo os acordos prévios de preços de transferência ou a atribuição de benefícios fiscais especiais, entre outros assuntos.VIRGILIO FERREIRAvirgilio@vidaeconomica .pt

Estão identificadas as entidades que se-rão acompanhadas pela UGC – Unidade

de Grandes Contribuintes.A Portaria nº 107/2013, de 15 de mar-

ço, estabelece os critérios de seleção dos contribuintes cuja situação tributária deve ser acompanhada pela UGC.

No topo da lista surgem os bancos e outras entidades financeiras supervisiona-das pelo Banco de Portugal, assim como as seguradoras supervisionadas pelo ISP, com um volume de negócios superior a 100 milhões e 200 milhões de euros res-petivamente.

O diploma identifica também as SGPS com um valor total de rendimentos su-perior a 200 milhões de euros. Todas as entidades com um valor global de impos-tos pagos superior a 20 milhões de euros terão também um acompanhamento tri-butário permanente por parte da UGT.

Para além destes, a administração tri-butária pode, atendendo à “elevada rele-vância económica e fiscal de alguns con-tribuintes”, considerá-los também como grandes contribuintes para efeitos do seu

acompanhamento permanente e gestão tributária.

A generalidade dos países da OCDE jápossui serviços que se ocupam exclusiva-mente do acompanhamento dos grandes contribuintes, promovendo, entre outros aspetos, a assistência no cumprimento vo-luntário das respetivas obrigações fiscais e a redução do número de litígios de natu-reza fiscal.

Em Portugal, a UGC está operacional desde 1 de janeiro de 2012.

Gestor do contribuinte agiliza relação com a Autoridade Tributária

Recorde-se que a UGC é uma unidadenuclear da Autoridade Tributária Adu-aneira, estrutura criada pela Portaria nº320-A/2011, de 30 de dezembro. Apesarde competir à UGC a ação de inspeção e justiça tributárias, podem ser inspeciona-dos diretamente pelos serviços centrais os contribuintes designados pelo diretor-ge-ral da Autoridade Tributária e Aduaneira.

No âmbito das suas atribuições, com-pete à UGC, nomeadamente, “asseguraruma assistência personalizada aos con-tribuintes garantindo o acompanhamen-to do seu relacionamento global com aadministração tributária”, “assegurar aoscontribuintes que sejam considerados deelevada dimensão económica e fiscal, em função de critérios previamente definidospor despacho do diretor-geral da Autori-dade Tributária e Aduaneira, o acompa-nhamento do respetivo relacionamentocom a AT através de um interlocutor úni-co designado por gestor de contribuinte”, “prestar assistência pré-declarativa, nome-adamente através do acompanhamento e análise conjunta com os contribuintes das matérias de maior complexidade técnica”,“analisar e acompanhar o comportamen-to tributário e aduaneiro dos contribuin-tes e dos setores de atividade económicaem que se inserem, através da verificação, análise formal e coerência dos elementos declarados, bem como da monitorização e análise da informação constante das ba-ses de dados e da recolha sistematizadade quaisquer outros tipos de informaçãodisponível”.

CONTRIBUINTES COM MAIS DE 20 MILHÕES DE IMPOSTOS PAGOS TAMBÉM SELECIONADOS

Bancos, seguradoras e SGPS com acompanhamento fiscal privilegiado

Relacionamento com a AT acompanhado por um interlocutor único designado por gestor de contribuinte

A Unidade de Grandes Contribuintes está operacional desde 1 de janeiro de 2012.

Auditoria à contabilidade dos contribuintes

Cabe ainda à UGC “prestar informações sobre a situação dos contribuintes, bem como esclarecer as dúvidas por eles suscitadas, tendo em consideração as orientações administrativas que contenham a interpretação das leis tributárias”. Esta entidade irá acompanhar também “os procedimentos relativos à liquidação ou controlo da liquidação dos tributos” e “os processos de atribuição de benefícios fiscais que dependam do reconhecimento do Ministro das Finanças ou do diretor-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira”.A UGC avaliará e proporá “a aceitação de acordos prévios de preços de transferência”. Compete-lhe também, entre outras tarefas, “realizar procedimentos de inspeção à contabilidade dos contribuintes, com recurso a técnicas de auditoria, confirmando a veracidade das declarações efetuadas, por verificação substantiva dos documentos de suporte”. Cabe também à UGC a instauração, instrução e apreciação do procedimento tributário de revisão do ato tributário ou da matéria tributável e do procedimento de reclamação graciosa.

A economia sob o olhar de Miguel Cadilhe e Vítor Bento A análise da economia atual é o tema central do próximo ciclo das “Conferências do Palácio”,que tem início no dia 27 de março, no Palácio da Bolsa, no Porto, pelas 19h45. Os economis-tas Miguel Cadilhe e Vítor Bento participarão no primeiro jantar-debate. O segundo jantardebate, a realizar no dia 4 de abril, contará com a presença dos economistas Teixeira dos San-tos e Rui Leão Martinho.

ATUALIDADE

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JOÃO LUIS [email protected]

Os apoios obtidos pelas empre-

sas e instituições portuguesas não foram além de 65% da contri-buição nacional para o programa PQ7.

No próximo QCA que vai vigorar entre 2014 e 2020, o orçamento do Horizonte 2020 vai crescer mais de 50%, face ao programa anterior, situando-se entre 80 mil e 100 mil milhões de euros.

No trabalho desenvolvido como relatora do Programa Ho-rizonte 2020, Maria da Graça Carvalho introduziu mudanças que facilitam o acesso por parte das PME. No Horizonte 2020, tal como já acontece com o PQ7, não há verbas atribuídas a cada um dos Estados membros, em função do número e da qualida-de das candidaturas apresentadas.

No Horizonte 2020 foram in-troduzidas regras de simplificação e de racionalização que valorizam a qualidade e o mérito de proje-tos de menor dimensão, contra-riando a tendência para a con-centração dos apoios em grandes projetos.

Na proposta do Parlamento Europeu, as PME vão ter uma fa-tia de 4500 milhões de euros, ha-vendo o objetivo de atingir 20% das dotações, quando nos progra-mas anteriores a dotação para as PME ficou abaixo dos 15%.

“Em países como Portugal, a política de coesão continuará a ser o principal instrumento de investimento público no futuro próximo” – destacou Maria da Graça Carvalho.

Em relação a Portugal, o Hori-zonte 2020 deve atingir três obje-tivos: aumentar a competitivida-de industrial e modernizar a base empresarial e industrial através

da inovação, investir em ciência, inovação, educação e formação, e contribuir para uma economia mais eficiente do ponto de vista dos recursos naturais e mais ami-ga do ambiente.

Excelência científica, liderança industrial e desafios societais

O programa Horizonte 2020

assenta em três pilares: excelência científica, liderança industrial e desafios societais.

O pilar da excelência científica,

que inclui as infraestruturas de investigação, tem um financia-mento proposto de 24 mil mi-lhões de euros.

Quanto ao pilar da liderança industrial, está proposto um fi-nanciamento de 18 mil milhões de euros, repartidos entre as tecnologias industriais (desen-volvimento de nanotecnologias, materiais, biotecnologia), fabrico avançado e espaço, o acesso ao financiamento de risco e a ino-vação nas PME. Através deste pilar, as empresas podem obter incentivos para tecnologias das

MARIA DA GRAÇA CARVALHO DEFENDE SIMPLIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS DE APOIO

Parlamento Europeu propõe para inovação nas PME

“Em países como Portugal, a política de coesão continuará a ser o principal instrumento de investimento público no futuro próximo”, afirma Maria da Graça Carvalho.

Clientes da EDP vão receber sete milhões de eurosA Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) avançou com a proposta do paga-mento de sete milhões de euros aos clientes da EDP Distribuição, em regimes de tarifa bi e tri horária, tendo em conta os erros detetados nos contadores. Aquele valor deverá ser pago de forma automática aos consumidores, adianta a entidade reguladora do setor energético. A elétrica pagou mais de quatro milhões em agosto, aos quais acrescem agora os referidos sete milhões.

Bruxelas apela a coordenação prévia dos planos de reformas económicasA Comissão Europeia quer uma coordenação prévia dos planos de reformas económicas dos Estados-Membros e um mecanismo de convergência. A intenção é debater previa-mente matérias relacionadas com o emprego, a competitividade, os sistemas fiscais, entre outras, assim como a necessidade de um instrumento para a convergência e a competi-tividade.

ATUALIDADE

4 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

PUB

As empresas portuguesas têm a possibilidade de obter um aumento significativo nos apoios europeus para a inovação, investigação e desenvolvimento – considera Maria da Graça Carvalho. A deputada do Parlamento Europeu explicou, durante uma conferência organizada pela AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, que o nosso país aproveitou mal os apoios à inovação disponibilizados pelo atual QCA que termina no final do ano.

É necessário tirar o máximo partido das intervenções transfronteiriças”.

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4500 milhões

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 5

ATUALIDADE

fábricas do futuro, tecnologias para edifícios energeticamente eficientes, tecnologias sustentá-veis em processos com elevada intensidade energética e modelos empresariais novos e sustentáveis.

O pilar dos desafios societais tem proposto um financiamento superior a 30 milhões de euros, em várias vertentes, com grande interesse para as empresas que criem projetos inovadores.

As áreas previstas incluem uma grande diversidade de setores: saúde, alterações demográficas e bem-estar, segurança alimentar, agricultura sustentável, investiga-ção marinha e marítima e bioe-conomia.

Do conjunto de áreas previstas fazem parte a energia segura, não poluente e eficiente, os transportes inteligentes, ecológicos e integra-dos, a ação climática, eficiência na utilização de recursos e matérias--primas, bem como as sociedades inclusivas, inovadoras e seguras.

Simplificação e flexibilidade

Para que Portugal melhore o

aproveitamento dos fundos, Ma-ria da Graça Carvalho defende a simplificação da estrutura dos

programas, processos adminis-trativos e processos financeiros, assim como a utilização de “vou-chers”, ou seja, a atribuição de apoios de montante predefinido com regras de atribuição mais fá-ceis de cumprir.

Em simultâneo, deve haver mais flexibilidade, sendo também essencial garantir a manutenção de níveis elevados de cofinancia-mento comunitário.

Sinergias entre fundos Maria da Graça Carvalho con-

sidera importante desenvolver sinergias e complementaridades entre os fundos do QCA e ou-tras fontes de financiamento da UE numa abordagem estratégica e integrada, devendo combinar diferentes fundos, como por exemplo Horizonte 2020, Life, Desenvolvimento Rural, Feder e FSE.

“Portugal deve participar ativa-mente nas estratégias territoriais europeias, como é o caso da Es-tratégia para o Atlântico, sendo necessário tirar o máximo parti-do das intervenções transfrontei-riças”.

Fomentar a cooperação

Uma das prioridades para o

nosso país em termos de acesso nos apoios à inovação deve ser a cooperação entre as empresas. Na medida em que os incentivos apoiam a excelência dos projetos, é mais fácil conseguir aprovação e fundos para as candidaturas que sejam mais abrangentes, mais participados e que tenham maior visibilidade. Por isso, Maria da

Graça Carvalho considera desejá-vel o aumento de cooperação en-tre os destinatários do programa, envolvendo candidaturas com vários agentes económicos dentro de um mesmo setor ou dentro de uma região.

Para a deputada do Parlamento Europeu, é mais fácil desenvolver a cooperação na área científica do que no tecido empresarial. “Deve ser feito um esforço para pôr as empresas a cooperar” – afirma. A cooperação entre empresas pode materializar-se em áreas como a partilha de conhecimento ou a propriedade industrial.

Indústria deve ser inovadora

Para Aníbal Campos, a susten-

tabilidade da indústria depende da sua capacidade de inovação e de internacionalização, exigindo um investimento permanente nas duas vertentes. “Os programas de apoio à inovação desempenham um papel importantíssimo” – re-feriu. O presidente da AIMMAP lamentou a dificuldade de acesso ao QREN para apoio à interna-cionalização das empresas, devi-do à complexidade e desadequa-ção das regras existentes.

Soares dos Santos reconduzido na presidência da Jerónimo MartinsAlexandre Soares dos Santos vai ser reconduzido na presidência do conselho de administração da Jerónimo Martins, por um período de três anos. O nome está na proposta que vai ser apre-sentada na assembleia geral de acionistas, que decorre em abril. O empresário está à frente do grupo de distribuição desde 1996 e tem 78 anos de idade. Não há muito tempo, Alexandre Soares dos Santos revelou que ainda não tinha decidido se permaneceria no cargo.

Mota-Engil aumenta lucros em quase 22%A construtora Mota-Engil registou um resultado líquido de 40,7 milhões de euros, no ano passado. O que se traduziu num aumento de quase 22%, face ao exercício anterior. “Para o crescimento dos lucros contribuiu a atividade internacional, que já representa 66% do total, tendo o grupo crescido em dois dígitos em todas as regiões internacionais”, refere a empresa em comunicado à CMVM. Destaca os recordes alcançados em África e na América Latina. O EBITDA cresceu 3,6%, para 287,4 milhões de euros.

“Deve ser feito um esforço para pôr as empresas a cooperar”

Governo alarga apoios à contratação TERESA [email protected]

(Cont. da primeira página)

Os incentivos estendem-se, a par-tir de agora, às pessoas inscritas hápelo menos três meses, desde quenão tenham concluído o ensino básico ou que tenham 45 ou mais anos, podendo também abranger pessoas que não estejam inscritas na Segurança Social como trabalhador de determinada entidade ou como trabalhador independente nos 12 meses anteriores à data da candida-tura.

As alterações constam de uma nova portaria publicada a semana passada em Diário da República (Portaria n.º 106/2013, de 14 demarço) e entram em vigor 30 dias após a sua publicação.

Apoios financeiros podem ir até 544,98 euros

São requisitos de atribuição doapoio financeiro a celebração de contrato de trabalho, a tempo com-pleto ou a tempo parcial, sendo queas empresas podem receber um in-centivo do Estado durante seis ou 18 meses, equivalente a 50% do sa-lário mensal do trabalhador contra-tado, dependendo se o contrato é atermo ou sem termo. Já se se tratarde jovens até 25 anos, pessoas com50 ou mais anos, ou beneficiáriosdo Rendimento Social de Inserção,o valor da ajuda sobe para 60% daremuneração mensal.

A única limitação é que o mon-tante do apoio a receber não ul-trapasse de uma só vez o valor do Indexante de Apoio Social (419,22 euros, em 2013) em caso de um contrato a termo, com duração mí-nima obrigatória de 12 meses, e 1,3 vezes o IAS (544,98 euros) para umcontrato sem termo.

A portaria agora publicada re-fere, ainda, que a concessão destesapoios pode ser alargada nos casos em que esteja em causa um projetoque seja considerado de interesse estratégico para a economia nacio-nal ou de determinada região, e quecomo tal seja reconhecido, a título excecional, por despacho do mem-bro do Governo responsável pela área da economia.

Esta portaria assim como a me-dida Estímulo 2012 surgem no âmbito do Compromisso para o Crescimento, Competitividade eEmprego, firmado entre o Governo e a maioria dos parceiros sociais, em18 de janeiro de 2012, bem comono quadro do Programa de Relan-çamento do Serviço Público deEmprego, aprovado pela Resolu-ção do Conselho de Ministros n.º 20/2012, de 9 de março.

Portugal dá mais do que recebe para financiar a inovação

O balanço do 7.º Programa Quadro é desfavorável a Portugal. Por falta de projetos apresentados, o nosso país obteve apenas 300 milhões de euros nos últimos seis anos, o que representa 65% da contribuição nacional para o programa.O valor médio de financiamento por proposta aprovada é de 330 mil euros em Portugal, cerca de 40% menos do que a média dos outros países.Para melhorar o aproveitamento de fundos disponíveis, as empresas portuguesas devem apresentar mais candidaturas e projetos de maior dimensão.

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TERESA [email protected]

Vida Económica - Saiu publi-cada em Diário da República a Lei n.º 23/2013, de 5 de mar-ço, que aprova o regime jurídi-co do processo de inventário, conferindo aos notários novas responsabilidades nestes pro-cessos. Como vê tudo isto?

João Maia Rodrigues - A dis-ponibilidade dos notários em co-laborar com o Ministério da Jus-tiça para a boa administração da Justiça em Portugal é total. Prova disso é a recetividade com que acolhemos as novas competên-cias associadas ao Procedimen-to Especial de Despejo (Balcão Nacional de Arrendamento) e ao processo de inventário. Os notá-rios são profissionais liberais que se destacam dos demais, uma vez que são oficiais públicos nome-ados e fiscalizados pelo Estado, desempenhando uma função que

pode ser qualificada de parajudi-cial. Ora, estando o notariado li-gado a uma tradição de jurisdição voluntária, existindo necessidade de retirar competências aos tri-bunais, devem ser os notários os primeiros a ser escolhidos para o exercício das mesmas.

VE - A partir daqui, o poder

de controlo do juiz no proces-so de inventário é transferido para o notário. Estes profissio-nais têm mais facilidade no contacto direto com as partes envolvidas?

JMR - De facto, uma das mais--valias da transferência do proces-so de inventário para o cartório notarial poderá ser a personali-zação que irá acarretar, uma vez que passará a existir um contacto direto, imediato e permanente entre os vários intervenientes no processo. A interação que o am-biente do cartório proporciona é

distinta daquela que o contexto do tribunal permite. Mas eu iria mais longe: além de ter uma es-trutura moderna e diferenciada para atender os cidadãos, é pre-ciso destacar que o notário equi-para-se ao juiz pela formação aca-démica de base e porque acedeu à sua profissão através da prestação de provas no âmbito de um con-curso público. Além disto, tem uma elevada capacidade de me-diação, imparcialidade e isenção, que é intrínseca à função notarial e que é extremamente necessária num processo de inventário.

VE - Que meios têm os notá-rios que os juízes não têm no processo de inventário?

JMR - A nosso ver, é na ges-tão privada que os notários têm dos cartórios desde 2005 que reside a resposta a esta questão. Os notários são oficiais públicos, com todos os atributos inerentes

BASTONÁRIO DOS NOTÁRIOS REALÇA “CAPACIDADE DE MEDIAÇÃO, IMPARCIALIDADE E ISENÇÃO” DESTES PROFISSIONAIS

Processo de inventário retirado aos Em 2011, deram entrada nos tribunais 7295 processos de inventário, de acordo com os dados da Direção-Geral da Política de Justiça. Porém, a partir de setembro, com a entrada em vigor da Lei n.º 23/2013, de 5 de março, que aprova o novo regime jurídico do processo de inventário, todos os processos de inventário são retirados dos tribunais e direcionados para os cartórios notariais.Em entrevista à “Vida Económica”, o bastonário da Ordem dos Notários, João Maia Rodrigues, garante que haverá “um facilitar da vida do cidadão” e explica que, a partir de agora, “deixam de dar entrada em tribunal mais de sete mil processos em cada ano”, cessando, igualmente, de forma gradual, as pendências existentes.

A Ordem dos Notários vai implementar, “dentro em breve”, um Centro de Mediação e Arbitragem “de referência em Portugal”, revelou João Maia Rodrigues à “Vida Económica”.

Atualmente existem 369 notários em exercício em Portugal, sendo que um integra a Bolsa de Notários e 77 são estagiários

Expocosmética 2013 espera receber 45 mil visitantesA Expocosmética 2013 - Feira Internacional de Cosmética, Estética e Cabelo, a realizar de 6 a 8 de abril, na Exponor, Porto, estima receber 45 mil visitantes. As propostas avançadas por algumas das 200 empresas presentes assentam no universo feminino. Um equipamento “revolucio-nário” de remoção permanente do pelo, os tons da moda em cabelo, maquilhagem e vernizes, com demonstrações ao vivo, são alguns dos atrativos.

CPCI e AIP assinam parceria na reabilitação urbana Manuel Reis Campos e José Eduardo Carvalho, presidentes, respetivamente, da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) e da Associação Industrial Portuguesa (AIP-CCI), assinaram, durante a conferência “As Empresas e a Regeneração Urbana – Opor-tunidades, Desafios e Financiamento”, realizada esta semana no Porto, um acordo de parceria tendo em vista o desenvolvimento de um “Plano de Concertação de Ações de Apoio à Reabi-litação Urbana e Internacionalização” da construção e imobiliário.

ATUALIDADE

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tribunais e entregue aos notáriosa esta caraterística, mas detêm, ao mesmo tempo, a possibilidade de administrar autonomamente os seus cartórios. Esta condição permite a adequação permanente e imediata dos serviços às novas necessidades, através da mobili-zação de meios, quer informáti-cos, quer a nível de instalações e de recursos humanos, gerando maior efi ciência relativamente à gestão pública.

VE - Em que medida isto per-mitirá aliviar os tribunais des-tes processos?

JMR - De acordo com a Dire-ção-Geral da Política de Justiça, em 2011 deram entrada 7295 processos de inventário e perma-neceram pendentes 21 851. Com

esta alteração legislativa, e após setembro de 2013, todos os pro-cessos de inventário são direcio-nados para os cartórios notariais, deixando, assim, de dar entrada em tribunal mais de sete mil pro-cessos em cada ano e cessando-se, igualmente, de forma gradual, as pendências existentes.

VE - Uma das novidades é o recurso aos meios eletrónicos para a entrada de requerimen-tos e a realização de outros atos. Os notários e os cidadãos estão preparados?

JMR - Se a portaria que vai re-gulamentar o diploma estabelecer como única possibilidade a entra-da de processos e requerimentos por meios electrónicos, obvia-

mente que os notários vão estar preparados para isso. Atualmente ,os notários emitem certifi cados digitais para as empresas e para os cidadãos, encontrando-se, por-tanto, na vanguarda da informa-tização. O cidadão comum pode-rá não estar preparado. Porém, os seus mandatários certamente que estarão.

VE - Esta solução de libertar os tribunais dos processos de inventário foi uma imposição da ‘troika’? Que negociações houve a este nível com a ‘troi-ka?

JMR - Do memorando de entendimento entre o Estado português e as instituições que compõem a ‘troika’ consta a ne-

cessidade de “reforçar a utilização dos processos extrajudiciais exis-tentes para as ações de partilha de imóveis herdados”. Com a Ordem dos Notários não tiveram lugar quaisquer negociações.

VE - Esta é também mais uma medida no sentido da desjudicialização/desmateria-lização. É este o caminho, em sua opinião?

JMR - Não compete aos notá-rios decidir se o caminho é este, mas sim aos agentes políticos. Aos notários exige-se a disponibi-lidade para as tarefas e competên-cias que o poder político entenda retirar aos tribunais.

VE - E quanto aos custos

associados a estes proces-sos? Um processo de inven-tário passará a ficar mais caro por ser tramitado pornotários?

JMR - Até hoje, no âmbito dos contactos estabelecidos entre o Ministério da Justiça e a Ordem dos Notários acerca da transfe-rência do processo de inventá-rios para os notários, o tema dos “custos ou honorários” nunca foi abordado.

VE - Quantos notários priva-dos estão presentemente regis-tados na Ordem e a exercer?

JMR - Atualmente, existem369 notários em exercício, sendo que um integra a Bolsa de Notá-rios e 77 são estagiários.

ATUALIDADE

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 7

Véronique Creissels é a nova diretora de comunicação da AirbusVéronique Creissels foi nomeada diretora de comunicação da Airbus, cargo que passará a exercer a partir do início de junho de 2013. Reportando diretamente ao CEO Fabrice Brégier, a nova diretora de comunicação supervisionará a área de comunicação da Airbus. Sendo atualmente responsável pela comunicação do grupo Vallourec, Véronique tem uma grande experiência na indústria tecnológica e aeronáutica.

“Spin-off” da YDreams ganha prémio internacionalO Ziphius, “drone” aquático Português da autoria da Azorean (uma “spin-off ” da tecnológi-ca YDreams), venceu os dois prémios do concurso “Insert Coin” do site Engadget, ganhan-do 25 mil dólares. O “drone” pode ser utilizado para fi ns de entretenimento e, sobretudo, como tecnologia para a conservação dos oceanos, tendo também outras funções ligadas ao ambiente. O Ziphius foi o mais votado entre outros 10 produtos, tanto online como no próprio evento.

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José Manuel Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, colocou especial enfoque no combate ao desemprego jovem por parte da Comissão durante uma conferência de imprensa no âmbito da reunião de primavera do Conselho Europeu, e anunciou um Fundo de 16 mil milhões de euros a ser disponibilizado muito rapidamente, assim como 60 mil milhões suplementares para as regiões em que o desemprego jovem superior a 25%. “Na Europa, demasiados jovens se perguntam se alguma vez irão conseguir um emprego ou ter a mesma qualidade de vida que os seus pais e nós temos de lhes dar uma melhor perspetiva”.

DORA TRONCÃO EM [email protected]

“Desde janeiro de 2012 a Comissão tem vindo a trabalhar com equipas de ação dos oito estados membros com as maiores taxas de desemprego jovem. Juntos procurámos financiamento para criar oportunidades de emprego e os re-sultados foram positivos porque no iní-cio deste ano foi mobilizado um fundo de 16 mil milhões de euros para a ju-ventude, o dobro do montante esperado, para beneficiar cerca de 800 mil jovens e pôr a funcionar 50 mil SMI-S, isto, claro, é ainda trabalho em desenvolvi-mento. Mas reverter a situação de de-semprego [26 milhões de desempregados na UE] necessita de esforço sustentado e de longo prazo dos Estados que recen-temente se comprometeram no sentido de uma garantia positiva, dando a cada jovem europeu a promessa de um tra-balho, educação contínua ou formação operacional após quatro meses de de-semprego. Nas recentes negociações do orçamento, a Comissão lutou para asse-gurar um fundo elevado e maior para os jovens. Este programa para o emprego jovem providenciará 60 mil milhões de euros adicionais para regiões com rácio de desemprego jovem acima dos 25%. A Comissão atuou rapidamente nesta matéria e já esta semana fez as propostas necessárias para concretizar esta inicia-tiva assim que tivermos um acordo dos

JOSÉ MANUEL DURÃO BARROSO, PRESIDENTE DA COMISSÃO EUROPEIA, ANUNCIA

Fundo adicional de 60 mil milhões com rácio de desemprego jovem de

KAREL DE GUCHT, COMISSÁRIO EUROPEU PARA O COMÉRCIO

“Portugal tem de fabricar produtos de maior valor acrescentado”

A União Europeia (EU) abre guerra ao protecionismo, com especial enfoque na Argentina e no Brasil. Durante o Conselho de Primavera da UE, Karel de Gucht, comis-sário europeu para o Comércio, destacou o lançamento de um terceiro relatório sobre o protecionismo, com especial enfoque nas exportações, dado que 90% do crescimento do comércio mundial é gerado fora da UE e 40% das exportações se referem a bens. Quando questionado pela “Vida Económi-ca” acerca dos instrumentos utilizados no sentido de facilitar as transações comerciais com o Brasil, parceiro estratégico para as ex-portações portuguesas, Karel de Gucht rea-firmou “o interesse europeu nas transações com o mercado brasileiro e o facto de a UE ter relançado as relações com o Mercosur em 2010, a pedido do próprio Mercosur”, mas o comissário mostrou-se desiludido com os resultados das conversações e confessou não conseguirem até agora “trocar ofertas” e exis-tirem “muitos problemas com a Argentina, muitos relacionados com as expropriações e medidas protecionistas, como exigir que quem exporta tem de importar. Não vejo ne-nhuma perspetiva para a negociação região a região. Se isso vai mudar, não sei. Na úl-tima reunião disseram que fariam propostas até ao final de 2013. Nós queremos ter uma aproximação mais bilateral com aqueles que querem mesmo um compromisso, como o Uruguai e o Paraguai, mas, claro, têm de sa-ber o que querem fazer. Há muitas barreiras com o Brasil, que neste momento não tem uma atitude muito recetiva em relação a im-portações e podemos certamente dizer que é uma postura protecionista”.

Já no que concerne a Portugal, Karel de Gucht falou do país como tendo “um grande problema em termos de produção de pro-dutos de valor acrescentado”, devendo “mu-dar o tipo de produtos que quer exportar”; “aumentar a cadeia de valor ou então terão sempre salários muito baixos. E a única for-ma de aumentar a cadeia de valor é fabricar produtos com procura”.

José Manuel Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, falou no Conselho Europeu de Primavera que necessitará de cerca de 900 mil profissionais em 2015.

AT dá a conhecer taxas de derramaA Autoridade Tributária e Aduaneira publicou o ofício-circulado nº 20165, de 5 de mar-ço, no qual dá a conhecer a lista de municípios com a indicação dos códigos de distrito/concelho e das taxas de derrama lançadas para cobrança em 2013, necessárias ao preen-chimento do anexo A da declaração de rendimentos Modelo 22. No âmbito da nova Lei das Finanças Locais, estas taxas incidem sobre o lucro tributável do IRC relativo ao ano passado.

Sonae Sierra investe 4,5 milhões na expansão do AlgarveShoppingA Sonae Sierra, empresa gestora de centros comerciais, anunciou que vai proceder à expansão e à renovação do AlgarveShopping, numa operação avaliada em cerca de 4,5 milhões de euros. O objetivo é modernizar e reforçar a oferta comercial do centro situado na Guia. A interven-ção acrescenta três mil m2 de área bruta locável e vai representar a criação de uma centena de postos de trabalho, que se somam aos mil já existentes.

ATUALIDADE

8 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

Karel de Gucht, Comissário europeu para o Comércio.

Durão Barroso sublinha necessidade de programas específicos para a criação

de empregoO Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, manifestou-se muito satisfeito quanto ao facto de o “exame regular da “troika” revelar mais uma vez que o programa português de ajuda financeira está a ser executado corretamente no que diz respeito sobretudo ao grande objetivo do programa que é a possibilidade de Portugal poder financiar-se diretamente mercados. A execução do programa tem de permitir que os investidores retomem confiança na economia portuguesa. A Comissão aceitou e vai propor que o esforço orçamental se mantenha em termos estruturais e permitir que se atinja o défice abaixo dos 3% do PIB em 2015”, sendo “um sinal de compreensão em relação ao notável esforço feito pelos portugueses”. O desemprego em Portugal preocupa a Comissão Europeia, nomeadamente o desemprego jovem, e Durão Barroso falou da necessidade de “programas específicos” para a criação de emprego, “nomeadamente através da reafetação dos fundos estruturais. É necessária uma

implementação mais decidida destes fundos, embora o objetivo do programa para Portugal e para outros países seja poderem financiar-se novamente, e a prova de que os programas de assistência funcionam foi dada ainda esta semana pela Irlanda, que emitiu dívida a 10 anos a taxas inferiores às da Itália e da Espanha, ou seja, um país que ainda está sob programa consegue ir ao mercado e ter melhores condições do que esses países. Mesmo com um programa tão exigente quanto o português, hoje Portugal está em crescimento e também com crescimento de emprego. Os programas funcionam, como vimos, de maneira espetacular na Letónia, um país que, não sendo membro da zona euro, é um pais que aplicou programas ainda mais exigentes porque teve níveis de recessão muito mais elevados do que Portugal e que alcançou os 4 % a 5% de crescimento. É importante sublinhar isto para mostrar esperança. Sabemos que há sacrifícios muito pesados, mas é possível voltar a um nível de crescimento”.

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Há cerca de um ano e meio foi criada uma equipa na área do comércio particularmente pensada com o objetivo de olhar para as questões prioritárias: se a União Europeia está a conduzir a política comercial de forma correta? Como é que este contexto económico e político em mudança tem de ser tido em conta na forma como se desenha esta política comercial? “O Comércio enquanto Fonte Chave do Crescimento e Criação de Emprego para UE”, relatório publicado em resultado de uma parte do trabalho desta equipa, serviu de introdução à temática do comércio europeu para os jornalistas internacionais em Bruxelas durante o Conselho Europeu de Primavera, entre os quais estava representada a “Vida Económica”. DORA TRONCÃO EM [email protected]

Esta introdução focou os aspetos da con-tribuição da política comercial europeia para o crescimento e criação de trabalho, dada a conjuntura económica, sendo, todavia, nu-merosos os objetivos do comércio europeu, incluindo o desenvolvimento e a projeção dos interesses da UE no mundo. A mensa-gem transmitida foi a de que muitas vezes os factos da posição da UE no mundo são des-conhecidos, a saber: a UE é a primeira força comercial, o maior exportador, o maior im-portador, o maior investidor externo, o lugar mais atrativo para o investimento estrangei-ro. O que é ainda menos conhecido é como isso se traduz em cada país do mundo. Para 80 países no mundo, o parceiro comercial de referência é a UE, enquanto os Estados Unidos o serão para 25 países; a China para 16 países e o Japão para 8. Quando se fala de relações bilaterais, a UE é para 3/4 dos países mundiais a primeira escolha para as transa-ções comerciais e para 1\4 a segunda esco-lha. Nos países em que é o segundo parceiro é porque estão próximos de outro grande poder comercial e estão muito dependentes dessa relação. No entanto, querem desenvol-ver relações comerciais com a UE, diversificar o seu comércio e diminuir essa dependência. Os dados apresentados pela Comissão tive-ram como propósito desconstruir a ideia ge-neralizada de que a UE está parada e que a China e EUA estão a alcançá-la. Entre 2001 e 2011, a China tornou-se um dos países mais poderosos do mundo, no entanto, em termos da evolução das quotas de mercado o que é

muito claro é que a UE mantém a lideran-ça enquanto primeira força comercial. Há uma ligeira redução da quota de exportação de produtos maioritariamente explicada pelo petróleo e pelos preços do petróleo, produ-to que a UE não exporta e cujo peso cresceu muito nos últimos anos no comércio mun-dial. Mas, se olharmos para exportações sem os combustíveis, a posição europeia surge es-tável e olhando para os bens, mantém-se um pouco abaixo dos 20% nos resultados das ex-portações mundiais e até cresceu ligeiramente no final deste período. Em comparação com o Japão e os EUA, estes perderam 6 pontos percentuais de quota de mercado, de cada um nos últimos anos. A China aumentou signifi-cativamente a quota de mercado o que faz a UE decrescer naturalmente. Apesar desta ten-dência, a UE mantém a quota de mercado, com 25% nos serviços e 20% nos bens nas exportações.

A UE tem um défice na balança comercial sobretudo devido à conta de energia gigan-te e que duplicou nos últimos 10 anos, mas excedente em serviços, o que é relativamente

conhecido, e excedente na indústria a crescer300 mil milhões euros em 2011; 100 mil mi-lhões de serviços e mais de 400 mil milhões de défice em energias. O nosso excedente emindústria quintuplicou nos últimos 10 anose aumentou em 20 vezes em serviços, o quemais do que compensa a nossa conta energé-tica nos últimos 10 anos.

Segundo comunica a Comissão, é impor-tante perceber que a UE tem a capacidadede moldar as regras do comércio mundial por causa do peso económico e performanceeconómica e o comércio é hoje um dos pou-cos meios para desalavancar o crescimento económico. Em 2012, o comércio foi a única componente que teve uma contribuição po-sitiva para o PIB europeu e ajudou a cortar a dívida da recessão na UE. O comércio seráainda mais importante nos próximos anosse olharmos para previsões do FMI ou outro tipo de previsões do longo prazo: nos próxi-mos 15 anos, 90% do crescimento do PIB vai acontecer fora da UE por isso a comunidadeeuropeia tem de desenvolver uma política de trocas comerciais.

União Europeia é parceiro comercial de referência para 80 paísespara regiões

25%

estados membros do FMI, e o Parlamen-to possa chegar a um acordo formal para que este programa possa iniciar o mais rapidamente possível.”

Outro ponto analisado durante esta reu-nião do Conselho Europeu é que, se, por um lado, existem níveis de desemprego elevado, por outro, a falta de profissionais em certas áreas, como no caso de TIC, que deve requisitar 900 mil profissionais em 2015.Existe a oportunidade e temos de formar os nossos jovens para a preencher.” Na semana passada, a Comissão Europeia lançou a Grand Coalition for Digital Jobs (Grande Coligação para Empregos Digi-tais), trabalhando em parceria com asso-ciações empresariais e estados membros, recolheu promessas de 15 empresas e orga-nizações em relação a empregos, estágios, locais de formação, fundos para start-up e cursos universitários grátis online numa plataforma denominada de Academy Cube. Durão Barroso frisou ainda a neces-sidade assegurar que a educação académica está efetivamente de acordo com as neces-sidades do mercado de trabalho, sendo ne-cessário não apenas atuar ao nível europeu mas também individualmente a nível na-cional “para combater este problema social no curto prazo”.

da necessidade de formar profissionais na área das TIC

O relatório “O Comércio enquanto Fonte Chave do Crescimento e da Criação de Emprego paraa União Europeia” serviu de ponto de partida para a conferência de imprensa com os jornalistas oriundos de vários países da UE, entre os quais Portugal.

ATUALIDADE

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 9

Sonae e TEDx O’Porto desafiam jovens da Escola do Cerco à criatividade A Sonae vai permitir que alunos e professores da Escola do Cerco participem no TEDx O’Porto, evento que tem como objetivo estimular o aparecimento de novas ideias e a par-tilha de tendências nas áreas da tecnologia, entretenimento e design. A iniciativa realiza-se a 13 de abril, na Alfândega do Porto, e conta com a presença de diversos oradores nacionais einternacionais.

Portugal coloca 1,5 mil milhões em leilão de dívidaPortugal colocou, esta semana, um total de 1,5 mil milhões de euros em títulos de dívida a três e 18 meses. O montante é o máximo previsto e foram colocados 1,2 mil milhões em dívida a ano e meio e 300 milhões em bilhetes do tesouro a três meses. No prazo a 18 meses, os juros registaram uma descida, face ao anterior leilão, enquanto que nos títulos a três meses se verificaram taxas mais altas, de acordo com o Instituto de gestão de Tesouraria e do Crédito Público. Foi a segunda operação, desde a emissão a cinco anos de janeiro passado.

Comissão Europeia dá sinal de partida para comércio transatlântico UE-EUA

Numa altura em que se aproxima a reunião do G20, já em abril de 2013, a Europa tem de conseguir algum consenso para “impressionar” o Presidente americano Barack Obama. A Comissão Europeia aprovou o projeto para o acordo de Comércio Transatlântico e de Investimento em parceria com os Estados Unidos, dando início ao que se espera seja uma negociação relativamente rápida. O projeto é agora submetido a aprovação pelos Estados-Membros antes que as negociações comecem. Espera-se que, o mais tardar no verão deste ano, Obama exponha ao Congresso a intenção de negociar com a UE, demorando a resposta um máximo de 90 dias. A UE e os EUA representam 40% da produção económica global e o seu desenvolvimento económico bilateral já é o maior do mundo. O objetivo do acordo transatlântico tem especial enfoque na liberalização do comércio e dos investimentos entre os dois territórios. De acordo com um relatório divulgado pela Comissão Europeia – Reduzir as Barreiras Transatlânticas ao Comércio e Investimento –, o acordo final poderia aumentar as exportações da UE para os EUA em 28%, ganhando os exportadores de bens e serviços um valor suplementar de J187 mil milhões de euros por ano. Os consumidores beneficiarão também: em média, o acordo oferecerá J 545 em rendimento extra, por ano, para uma família de quatro membros na UE. Mais do que a remoção de tarifas durante a apresentação deste acordo, foi acentuada a importância de fazer convergir regulamentações, como, por exemplo, exigências ambientais, sanitárias e certificações de segurança. As estimativas mostram que 80% do total de ganhos potenciais deste acordo virá de corte de custos impostos pela burocracia e regulamentos, bem como da liberalização do comércio.

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Comissão Europeia quer que companhias aéreas paguem menos indemnizações A Comissão Europeia avançou com uma proposta de uma série de medidas para reduzir as indemnizações que as companhias aéreas pagam aos passageiros em caso de sofrerem atrasos ou cancelamentos. Com esta decisão, Bruxelas pretende evitar que os custos fi-nanceiros que implicam certas obrigações das companhias possam afetar a sua viabilida-de financeira.

Alemanha avisa França que deve cumprir compromissos orçamentaisO Governo alemão voltou a avisar o seu congénere francês que deve cumprir com os seus compromissos de consolidação orçamental para este ano e que obrigam a limitar o défice a 3% do PIB. Para a Alemanha, é fundamental que a França cumpra o Pacto de Estabilidade e Crescimento e comprometer-se com as reformas previstas para incentivar a competitividade.

Bruxelas dá sinais de querer abrandar nas medidas de austeridade

A disciplina orçamental continua a ser a principal preocupação dos responsáveis comunitários, quer do Banco Central Europeu, quer da própria Comissão Europeia. Mas começam a surgir sinais evidentes de um abrandamento nas medidas de austeridade. Bruxelas, em especial, está mais inclinada a favorecer me-didas de crescimento. Mas os casos terão de ser analisados individual-mente.

O Fundo Monetário Internacio-nal tem lançado avisos que não é possível os governos ficarem-se por uma política exclusivamente cen-trada na austeridade e esquecerem o crescimento. Aliás, o fundo chegou mesmo a apelar à Espanha para não

exagerar nas medidas de austeridade, sob pena de não ser criado empre-go. Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, ao anunciar a possibilidade de mais um ano para Portugal atenuar o seu défice orça-mental também se juntou a Chris-tine Lagarde. Os líderes europeus parecem estar cada vez mais certos da necessidade de inverter a atual estratégia.

Mantém-se a mensagem de rigor e de reformas, mas estão inclinados e fazerem uma análise caso a caso, isto é, será tido em conta a situação de cada país da Zona Euro. O que se pretende é uma consolidação orça-mental compatível com o crescimen-to e diferenciada, de acordo com as

regras inscritas no Pacto de Esta-bilidade. O acento é cada vez mais colocado nos esforços estruturais já realizados e na redução da despesa, tendo que ser encetadas reformas ca-pazes de recuperar a competitividade dos Estados-Membros. As eleições em Itália não passaram despercebi-das a Bruxelas. A Comissão Euro-peia está consciente que a Zona Euro está agora em risco constante. Pelos menos até serem resolvidas situações tão complicadas como aquelas que se vivem em Portugal, na Grécia, em Espanha e até em França. Com as maiores economias a entrarem em recessão, não é possível manter uma estratégia de austeridade a todo o custo.

O Banco Central Europeu vol-tou a defender as políticas de aus-teridade na Zona Euro. Também apelou ao países com problemas orçamentais para adotarem com urgência medidas adicionais de consolidação estrutural, que per-mitam reduzir o défice abaixo dos 3%, de forma sustentável.

O BCE considera que não exis-te qualquer alternativa viável a um ajuste orçamental rigoroso. As me-didas orçamentais devem centrar--se, sobretudo, no corte do consu-mo público improdutivo. Por sua vez, as medidas impositivas devem ter como objetivo os impostos não discricionários para limitar as repercussões negativas sobre o in-vestimento privado e o emprego. O banco deixa ainda outros recados, designadamente que qualquer decisão excecional de conce-der uma ampliação de prazos para corrigir os défices excessivos deverá ter como base uma avaliação prudente e de acordo com o objetivo primordial de garantir a sustentabi-

lidade das finanças públicas.Adianta ainda a instituição que a debilida-

de económica está a travar as pressões infla-cionistas. A inflação da Zona Euro foi, em fevereiro, de 1,8%, contra os 2% de janeiro. O BCE garante que a taxa de inflação está sob controlo, como aliás compete à entida-de reguladora e financeira.

BCE defende políticas de contenção

A diretora do Fundo Monetário Interna-cional (FMI), Christine Lagarde, apelou a uma união bancária real na Zona Euro. Para a responsável do FMI, ainda se está muito longe de atingir esse objetivo, ainda que se te-nham feito esforços para garantir o controlo da crise, em termos políticos e orçamentais.

Os dirigentes europeus compromete-ram-se a avançar com um mecanismo de supervisão dos bancos na Zona Euro, na-quela que poderá ser a primeira etapa para a criação de uma união bancária efetiva. O

MES poderá recapitalizar diretamente di-retamente os bancos em dificuldades. Esta união é defendida por alguns países, com especial destaque por parte da Espanha, que recentemente fez grandes esforços em matéria orçamental e para recapitalizar os seus bancos. A realidade é que alguns paí-ses, sobretudo do Sul da Europa, têm sido afetados pela crise económica e orçamen-tal, sendo necessário o apoio financeiro para fazer face às dificuldades que se lhes colocam.

FMI insiste numa “união bancária real”

ATUALIDADE/Internacional

10 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

A Comissão Europeia sabe que não é sustentável manter as atu-ais medidas de austeridade e promover o crescimento.

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Zenith apoia pintura na Marcolino Art GalleryA Zenith patrocina a exposição de pintura/escultura do artista Agostinho San-tos, que vai estar patente de 23 de março a 7 de maio, na Marcolino Art Gal-lery, no Porto. A exposição, intitulada “Confidências da cor da palavra”, vai apresentar mais de 20 trabalhos, de conceção recente, em tela, acrílico e gua-che. A inauguração da exposição está marcada para amanhã, pelas 17 horas.

Caves Taylor’s expõem pinturas feitas com vinho do PortoGabriela Gonçalves, que cria a partir da técnica de pintar com vinho, expõe nas Caves Taylor’s, de 22 de março a 25 de abril, trabalhos feitos com vinho do Porto Taylor’s. Segundo a artis-ta, foi “a contínua busca de criatividade na área das artes visu-ais que permitiu que esta nova relação arte-vinho acontecesse”.

ATUALIDADE/Opinião

NOVOS ARTIGOS DISPONÍVEIS

NO SITE VIDA ECONÓMICA

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CHEGOU A HORA DOS CONTEÚDOS

A história prova que Portugal é um país que privilegia o investimento em bens tangíveis, deixando sempre para segundo plano o investimento no software que irá alimentar e tornar esse hardware. Um desses exemplos é a política governamental implementada na última década de promoção das novas tecnologias, com investimentos em banda larga e nos famosos computadores “Magalhães”, que dotaram os jovens e as famílias portuguesas com as ferramentas necessárias para acesso em condições privilegiadas à rede Internet.

NUNO BERNARDOFundador e diretor-geral da beActive

QUAL É A SUA REALIDADE?

Cada um tem a sua realidade, cada um tem o seu tempo, cada um tem o seu mundo, cada um tem oseu futuro, cada um tem o seu passado, cada um tem o seu presente, cada um tem a sua escolha, cada um tem a sua consequência, cada um tem a sua resposta, cada um tem o seu resultado, cada um tem a sua atitude, cada um tem a sua alma, cada um tem a sua inspiração, cada um tem o que cada um quiser ser…“The key is not to prioritize what’s on your schedule, but to schedule your priorities.””The key is not to prioritize what’s on your schedule, but to schedule your priorities.””The key is not to prioritize what’s on your schedule, but to schedule your priorities.””The key is not to prioritize what’s on your schedule, but to schedule your priorities.”

MIGUEL DIASGestor de Propósitos

[email protected]

OE 2013: SUBSÍDIOS DE REFEIÇÃO, VALES REFEIÇÃO E SUBSÍDIOS

DE TRANSPORTE

Com a entrada em vigor do Orçamento de Estado para 2013 os valores fixados do subsídio de refeição e de transporte mantiveram-se inalterados. Assim, e no que ao subsídio de refeição diz respeito, o mesmo mantém-se no valor de J 4,27 por dia. Porém, passará a considerar-se que o valor limite excluído de tributação passará a ser J 4,27 quando pago em dinheiro. Logo, os subsídios que excedam este valor ficarão sujeitos a tributação em sede de IRS e Segurança Social, apresentando uma maior carga fiscal no IRS 2013.

MARGARIDA MARTINS LEITÃOAdvogada da Gali Macedo & Associados

A CRISE: A RAZÃO DA DIFICULDADE EM A RESOLVER

Em artigo anterior terminei por manifestar a estranheza por se não ter atalhado nos casos subsequentes as manifestações da crise nos primeiros.Em resposta a uma pergunta a este respeito que lhe foi feita por um jornalista do “The Economist”, Jean Claude Juncker, Primeiro- -Ministro do Luxemburgo e até há pouco presidente da comissão dos ministros das Finanças da UE, respondeu: “Todos nós (os parlamentares europeus) sabemos o que é preciso fazer; mas, se o fizermos, só o que não saberemos é como conseguir ser reconduzidos nas mesmas funções, quando chegarem as próximas eleições”.

MANUEL JOAQUIM MONTEIRO DE BARROSCounselor of real estate (CRE)

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 11

Os “clusters” vão ter uma nova agenda estratégica em Portugal. Pretende-se apostar em “clusters” de competitividade e internacionalização, que se assumam como verdadeiras plataformas para um novo modelo estratégico para a economia portuguesa. Em tempo de profunda crise internacional, com a maior parte dos setores de atividade confrontados com a falta de perspetivas de recuperação, a dinamização deste projeto é essencial. Os “clusters” de competitividade e internacionalização, como projetos integrados de base nacional, acabam por ser um importante teste à capacidade de encontrar novas soluções associadas à inovação e conhecimento, criando condições para uma nova aposta para o futuro. São por isso um grande desafio para o futuro.

Os atores económicos e sociais (municípios, universidades, associações empresariais, entre outros), na apresentação de soluções estratégicas para os pólos de competitividade, acabaram por ser uma surpresa positiva. Desde o “health cluster” ao automóvel e às TIC, entre outros, todos os protagonistas do conhecimento vieram a jogo. Trata-se dum movimento de “aglomeração de base” da sociedade civil, numa lógica de “eficiência

coletiva” em que a capacidade regional de afirmar capacidades numa lógica mais global vem ao de cima. Os objetivos estratégicos dos “clusters” de Inovação são claramente um exemplo de exame à capacidade efetiva dos territórios de “agarrarem” o desafio da competitividade duma forma estruturada e coerente. Impõe-se agora uma nova fase, mais ambiciosa, voltada para a internacionalização e para a criação de valor global.

O sucesso dos “clusters” de competitividade e internacionalização é fundamental para o futuro do país. É um objetivo que não se concretiza meramente por decreto. É fundamental que a sociedade civil agarre de forma convicta este desígnio e faça da criação destas “novas plataformas de competitividade” a verdadeira aposta estratégica coletiva para os próximos anos. O que está verdadeiramente em causa em tudo isto é a assunção por parte do país dum verdadeiro desígnio estratégico de alterar o modelo mais recente de evolução de desenvolvimento económico. Inovação, conhecimento e criatividade são as palavras-chave de uma estratégia centrada na criação de valor global com efeito no emprego e riqueza.

O papel do investimento direto estrangeiro de inovação, articulado

com universidades e outros centros de competência, vai ser decisivo nesta área, e ao Estado caberá a inelutável missão de regular com rigor e sentido estratégico. Mas a chave do segredo estará na capacidade local de fazer a diferença. Os atores da competitividade (municípios, universidades, associações empresariais) terão que saber desenvolver um verdadeiro “pacto estratégico” para o futuro do seu território, voltado para uma dimensão mais global. E as opções terão que ser claramente assumidas. Por isso, impõe-se que rapidamente este projeto estratégico passe a ser a base de uma nova agenda da competitividade e crescimento.

A economia portuguesa precisa de um novo choque. E compete aos “clusters” de competitividade e internacionalização a liderança do processo de mudança. Impõem-se “clusters” capazes de projetar no país uma dinâmica de procura permanente da criação de valor e aposta na criatividade. Num tempo de mudança, em que só sobrevive quem é capaz de antecipar as expectativas do mercado e de gerir em rede, numa lógica de competitividade aberta, os “clusters” não podem demorar. Têm que ser a base do futuro que queremos que seja já hoje!

A culpa de ainda não termos saído da crise é do Governo. Esta é uma afirmação que tem sido repetida nos últimos meses com a insistência e esperança com que a invocação Nanmu-Amida-Butsu é repetida por um bonzo amidista. Pode ser que com a repetição o Governo caia. E se cair, a esperança é que o que vier a seguir faça algo para acabar com a crise. E, num certo sentido, esta afirmação é correta: o país não sai da crise porque o Governo não faz o que deve.

Mas é incorreta num ponto fundamental. Não é pelo Governo “não ter apoiado a economia” que o país não sai da crise. O drama nacional é que, desde que há memória, o Governo, este e os que o precederam, não deixa de apoiar a economia. Acode à economia com planos de fomento, com ajudas setoriais, com fundos de apoio às pescas, à indústria, ao turismo. Impõe o condicionamento industrial agora e promove a internacionalização das

empresas depois. Tudo para apoiar a economia. Traz dinheiro de Bruxelas para mil projetos de desenvolvimento. Fomenta a agricultura com campanhas do trigo e com ajudas à reconversão do olival. Dá formação profissional a trabalhadores e apoia a requalificação de desempregados. Injeta liquidez em bancos e em grandes empresas, e assegura linhas de crédito às PME. Tudo para apoiar a economia. Dá dinheiro aqui, põe funcionários no terreno ali, e disponibiliza estruturas e outros recursos acolá. E de cada vez que o faz, esse setor enfraquece e, passado algum tempo, morre. Que governo não apoiou a agricultura? Ou as pescas? Ou a indústria automóvel? Ou o turismo? Ou as energias renováveis? Que indústria, já morta ou ainda agonizante, não recebeu apoio do Governo? O Governo tem feito tudo ao seu alcance para fomentar a economia nacional. Como mãe

carinhosa, mas com pouco juízo, deu o que tinha e o não tinha, mas não fez o que era essencial. Tem feito tanto para apoiar a economia que no processo até se endividou para além do que era razoável.

No entanto, a culpa por estarmos em crise é de facto do Governo. É porque o Governo se preocupa com o que não tem com que se preocupar, e descura aquilo que devia cuidar, que a economia está moribunda. O país não sai da crise porque o Governo, este e os anteriores, não facilita a atividade económica, antes a dificulta. Dificulta-a, primeiro, com leis complicadas, confusas e contraditórias. Existirá alguma lei redigida de modo que seja compreensível por um português comum? Dificulta-a, depois, ao não disponibilizar um sistema judicial que dirima em tempo útil os desacordos que surgem naturalmente da atividade económica. Assim, apenas os temerários e os exploradores de rendas se atrevem a empreender.

NOVA AGENDA DA COMPETITIVIDADE IMPLICA NOVOS DESAFIOS PARA AS EMPRESAS

A aposta nos “clusters”

A culpa

JOSÉ MIGUEL PINTO DOS SANTOSProfessor de Finanças, AESE

FRANCISCO JAIME QUESADOEspecialista em Estratégia, Inovação e Competitividade

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ATUALIDADE/Opinião

12 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

Vamos ao que importa: “Uma Ordem

ao serviço de todos”No próximo dia 2 de Abril,

iniciaremos um ciclo de apresentações por todo o território nacional, com o objectivo de expor, debater e desenvolver com os Advogados portugueses o presente e o futuro da Ordem dos Advogados. Começaremos pelo Porto, nas instalações do respectivo Conselho Distrital, pelas 18 horas e daí seguiremos para o Sul e Ilhas.

A Ordem, a Advocacia e a Justiça serão, pois, o centro das nossas atenções. Ao longo dos próximos meses, como sempre no passado, sabemos que é lado a lado com os Advogados que o futuro se constrói, discutindo tudo o que há para discutir com firmeza, mas também com lealdade e elevação, conforme, de resto, é timbre da nossa Profissão.

A Justiça não se defende contra os agentes da Justiça. A Advocacia não se elevará, por certo, contra os Advogados.

Importam-nos, pois, as causas que, estruturando uma ideia de Justiça e de Advocacia, sejam capazes de unir os Advogados Portugueses, sem, simultaneamente, anular o confronto de ideias e mesmo as discussões mais vibrantes.

Importa, pois, preservar e prestigiar a função ético-social da advocacia em cada um dos advogados portugueses: iguais entre iguais, venham de onde vierem, todos representam a combatividade profissional e o exemplo cívico dos seus pares, ao longo de séculos de História. À Ordem dos Advogados cumpre respeitar e saber interpretar, em cada momento, este legado secular, organizando, disciplinando e fiscalizando o exercício da profissão de Advogado, por um lado; defendendo o Estado de Direito e os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, por outro.

Importa dar à Ordem dos Advogados um modelo de gestão coletiva, que colha a experiência e o saber, mas também a juventude e a irreverência dos Advogados Portugueses, tornando-a mais eficiente e dinâmica, mais profissional e rigorosa. Só assim podemos ambicionar que a Ordem preste serviços de qualidade e em permanência aos seus membros, como a implementação de programas de formação contínua que permitam uma actualização adequada sobre as diferentes reformas legislativas.

Importa, também, que a Ordem saiba defender eficazmente as garantias constitucionais dos Advogados, como o segredo profissional, indispensáveis ao regular e livre exercício da advocacia, sem quaisquer reservas ou exceções, nos termos previstos nas conclusões do último Congresso.

Importa, muito em especial, garantir o pagamento atempado das quantias devidas aos Advogados que prestam Apoio Judiciário, mas também preservar a nobreza desta missão, ao serviço dos mais desfavorecidos, o que impõe uma atitude firme, mas consequente, na relação com o Governo.

O que importa, no fundo, julgamos nós, é que no meio de todas as discussões não se perca a essência do que nos move: a consolidação de uma Ordem de Advogados coesos entre si e unidos por um ideal de Justiça. Para isso, as Advogadas e os Advogados Portugueses podem contar connosco, sempre de pé e à Ordem!

ANTÓNIO RAPOSO SUBTILAdvogado e ex-presidente do CDL da OARaposo Subtil e AssociadosSociedade de Advogados, RL

Sei que há várias medidas recentes de apoio à contratação de trabalhadores. Pre-tendo contratar um trabalhador, a termo certo, por seis meses, para, a médio prazo, “substituir” um dos nossos melhores cola-boradores. Este já se disponibilizou para o ensinar.

Há algum apoio a que posso recorrer para a contratação deste trabalhador?

Como já temos vindo a referir, existem diversos apoios à contratação de novos trabalhadores e à criação de emprego, pelo que, no momento do recrutamento de um trabalhador, as empresas devem analisar aquelas que lhe poderão ser aplicáveis.

Para o caso em apreço, uma das medidas de apoio mais adequadas será a prevista na Portaria 106/2013, de 14 de março, a Medida Estímulo 2013 (doravante Medida). Isto porque a Medida prevê a concessão ao empregador de um apoio financeiro à celebração de contrato de trabalho com desempregado com a obrigação de proporcionar formação profissional – cfr. art. 1.º Portaria 106/2013.

A Medida consiste, então, na atribuição de um apoio financeiro – durante um período máximo de 6 meses (no caso de celebração de contrato de trabalho a termo certo) ou de 18 meses (no caso de contratação de trabalho sem termo) – que pode ascender a 60% da

retribuição mensal do trabalhador contratado. No entanto, o valor atribuído não pode ultrapassar o montante de 419,22 euros.

Este valor será atribuído desde que estejam preenchidos vários requisitos, nomeadamente a celebração de contrato de trabalho, a tempo completo ou a tempo parcial, com desempregado inscrito em centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional e a criação líquida de emprego. Para além disso, para garantir o apoio, o empregador tem de proporcionar formação profissional ao trabalhador ora contratado, numa das seguintes modalidades:

a) Formação em contexto de trabalho ajustada às competências do posto de trabalho (mediante acompanhamento de um tutor designado pelo empregador) ou

b) Formação ajustada às competências do posto de trabalho mas atribuída por entidade formadora certificada.

O contrato de trabalho a ser celebrado neste âmbito pode ser sem termo ou a termo certo, por prazo igual ou superior a seis meses, desde que se garanta, como referido, a criação líquida de emprego, isto é:

a) Que o empregador atinja, por via do apoio, um número total de trabalhadores superior à média mais baixa dos trabalhadores registados num período anterior à data de apresentação da candidatura;

b) Que o empregador registe, a partir da contratação e com periodicidade trimestral, um número total de trabalhadores igual ou superior ao número de trabalhadores atingido por via do apoio.

Para obtenção do apoio, o empregador deve apresentar a candidatura à Medida no portal NetEmprego, através do registo da oferta de emprego e da modalidade de formação profissional a proporcionar. Após a candidatura ser aceite pelo IEFP, compete ao empregador devolver o termo de aceitação da decisão de aprovação àquele instituto, para se proceder ao pagamento do apoio. Este pagamento será feito parcelarmente, sendo a primeira prestação (correspondente a 50% do apoio) paga nos 15 dias consecutivos após a devolução do termo de aceitação da decisão.

A Portaria que regula a Medida entrará em vigor 30 dias após a sua publicação, pelo que, à partida, as primeiras candidaturas poderão ser apresentadas a partir de 14 de abril de 2013.

Em suma, no caso em apreço, caso preencha os requisitos previstos na Portaria 106/2013, a empresa poderá apresentar uma candidatura à medida Estímulo 2013, indicando que fornecerá formação profissional através da designação de um tutor. Caso a sua candidatura seja aceite, receberá um apoio que, consoante o trabalhador contratado, poderá ascender a 60% da retribuição auferida por aquele.

O Euromilhões e a Publicidade Enganosa Apesar de viver na capital há mais de

cinquenta anos, gosto de viajar pelo Norte do país, ou não tivesse eu nascido e criado até aos onze anos no sopé da Lusitânia. Assim, na semana passada, meti-me no carro com destino à região do grande Porto, isto é, a “Invicta” cidade e toda a zona limítrofe. Estendemos, eu e a minha companheira de viagem, a visita até Vila do Conde , Póvoa do Varzim, etc. Como sou um apreciador de café, a popular “bica” (em Lisboa) ou o “cimbalino” (no Porto) e também um adepto e frequentador dos cafés, hábito que me vem desde a minha vida de estudante, procuro juntar o útil ao agradável e só não dou largas à satisfação desses dois hábitos (bebida e estabelecimento), porque a saúde me limitou à toma de duas “bicas” diárias. Nesse sentido, entrei no “Café Aroma Vivo” (agradável até no nome), no Largo das Dores (este já a lembrar quantas dores passam muitos dos poveiros pelas desgraças que o mar lhes traz) e pedimos duas bicas. Como o passeio estava a correr maravilhosamente e porque o café tinha também os jogos da Santa Casa, resolvi apostar no euromilhões, adquirindo duas apostas aleatórias. Pensei e disse para os meus botões, se está tudo a correr tão bem, desde que partimos de Lisboa, estarei então numa “maré de sorte”, por que não arriscar? Afinal, sempre é um “jackpot” de 51,6 milhões de euros, como os cartazes exibiam.

A última etapa, de regresso à capital, foi já um pouco cansativa, pois a saúde e a idade não perdoam, e também porque o regresso a casa é sempre, psicologicamente, menos interessante do que a ida. Os dias seguintes corriam calma e normalmente, até que peguei no boletim do euromilhões para verificar sobre a minha sorte ou falta dela e, vendo um por um os algarismos registados, coincidam com a chave do sorteio, incluindo as duas estrelas. Eu estava supermilionário ou, melhor dizendo, passava a ser mais um português excêntrico e com a alegria daqueles milhões virem para o nosso tão carenciado país. Com a vantagem

de ninguém me poder identificar como o feliz contemplado, para desgosto da imprensa, porque tinha registado o boletim a mais de trezentos quilómetros da minha residência. Se tivesse força suficiente para conter o segredo desse acontecimento, que começava a afetar a minha cabeça e a que já não ousava chamar-lhe sorte ou felicidade, poderia iniciar, anonimamente, pois nem à minha companheira de viagem eu anunciara a saída do 1º. prémio, o “calvário” dos excêntricos, nomeadamente: i) a segurança do “papelinho” mágico, era a primeira dor de cabeça, isto é, o que fazer e como proteger o valioso talão premiado contra todo o tipo de riscos? Tinha a possibilidade de telefonar para o Gabinete de Apoio ao Alto Premiado (GAAP) da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), a informar-me que medidas de protecção deveria tomar em relação ao talão e como proceder para receber o prémio. Teria ainda a possibilidade de pedir, através do GAAP, para que a PSP da minha área de residência me acompanhasse até à entrega do prémio, nas instalações da SMCL. Aquele gabinete (GAAP) aconselha os premiados a serem discretos e sigilosos sobre o prémio ganho; ii) o que fazer àqueles milhões de euros? Na minha cabeça, fervilhavam ideias, (in) decisões e muitas contas de dividir (“não colocar todos os ovos no mesmo cesto”- é uma máxima popular com bons resultados, pensava eu, ou não tivesse sido durante muitos anos a gestão financeira parte das minhas funções profissionais); iii) como vai ser o meu dia a dia, já como milionário? Passarei a andar rodeado de sanguessugas e muitos “amigos” e até corro o risco de a minha companheira de viagem intentar uma acção em tribunal a exigir a meação do prémio, como aquele célebre e velho caso do ex-casal de namorados do Norte?; iv) a angústia dos ricos apoderou-se de mim, eu que nunca fui nem sou um homem rico, embora me considere, sem falsa imodéstia, um “rico homem” de trabalho, de luta, de cumprimento da ética, da honestidade, da seriedade, etc.

Sentia-me inquieto, sem a paz que antes tinha e, acima de tudo, que os 51,6 milhões que eu sabia que o mágico talão representava não me estavam a trazer a felicidade que muitos pensamos adquirir com (muito) dinheiro. E num clique, lembrei-me que aos 4,5% de imposto de selo a que o prémio já tinha sido sujeito a montante, pois por força da lei dos jogos os prémios têm que ser anunciados líquidos dos impostos a eles sujeitos, que sobre este “jackpot” o Estado português iria cobrar mais 20 % de imposto de selo (retenção feita pela SCML), de acordo com a alteração introduzida com a lei do OE para 2013, como medida de combate ao défice, sobre o excedente ao valor de 5000 euros dos prémios levantados. Assim e afinal eu só iria receber 41,3 milhões, arrecadando o Estado 10,3 milhões de euros. Dei um grito e chamei “ladrões”, talvez influenciado por este “mimo” a que o povo, em geral e não apenas os sindicalistas e manifestantes, desataram a chamar a todos os actuais governantes. A minha angústia que o “jackpot” dos 51,6 milhões me estava a provocar converteu-se numa ira contra o “roubo” dos 10,3 milhões. Tinha agora em quem descarregar (Vítor Gaspar e Passos Coelho), porque, afinal, eu seria um excêntrico com “pouco mais” de quatro dezenas de milhões de euros, fora a “ninharia” do excedente de trezentos mil que, provavelmente e só por si, me trariam a felicidade. Vociferava ainda, em silêncio, que fui enganado pelo anúncio do “jackpot” em jogo, por utilização de publicidade enganosa que é crime.

A transpirar, apesar de estarmos no Inverno, e com o pijama encharcado, acordei, a meio da noite. Afinal, estava salvo, pois tudo aquilo, incluindo a viagem ao Norte, não tinha passado dum sonho, belo no seu início mas doloroso no seu final. O nosso subconsciente tem destas coisas e, em muitas delas, o sofrimento, como causa ou efeito, interrompe os nossos sonhos. Sosseguei-me, pensando no ditado popular: “Antes pobre honrado e feliz do que rico mas cheio de problemas provocados pela riqueza”.

A medida estímulo 2013

O exemplo da agricultura

SERAFIM MARQUES Economista

RICARDO MEIRELESadvogadoGabinete de Advogados António Vilar & Associadosricardomeirelesvieira@antoniovilar.ptwww.antoniovilar.pt

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FERNANDA SILVA [email protected]

As principais dificuldades com que se debatem as PME decorrem não só da “atu-al situação económica e financeira que o país vive”, como também de “fragilidades ao nível das competências de gestão”. E a inovação e a internacionalização são essen-ciais à sobrevivência destas empresas. Esta é a opinião de Carlos Melo Brito e José Luís Alvim, coordenadores do novo Pro-grama Avançado de Gestão, apresentado recentemente pela Porto Business School.

As empresas enfrentam, atualmente, dois problemas: a falta de liquidez finan-ceira e a contração do mercado na maioria dos setores, tanto a nível nacional como internacional.

Por aqui se compreende a oportuni-dade do curso Programa Avançado de Gestão lançado pela Porto Business School.

“O curso procura colmatar essas falhas, fornecendo ferramentas de análise e deci-são que vão possibilitar o desenvolvimen-to de processos de gestão que potenciem a competitividade das nossas empresas”,

afirma à “Vida Económica” Carlos Melo Brito.

Relativamente à necessidade de inovar, o docente José Luís Alvim entende que “não tem que ser necessariamente ao nível dos produtos. Pode ser, por exemplo, ao nível dos processos, da organização e do modelo de negócio ou até ao nível do marketing e da abordagem do cliente”.

A competititividade hoje faz-se à escala global

É também fundamental que se procu-rem novos mercados”, pois “hoje a compe-titividade faz-se à escala global. Isto signi-fica que da mesma maneira que as nossas empresas sentem no mercado nacional a concorrência de unidades económicas es-

palhadas pelo mundo fora, também nós teremos que ser capazes de fazer negócio em qualquer parte do mundo”. Por esse motivo, sentencia José Luís Alvim, “as nossas empresas têm que procurar estar aonível daquilo que de melhor se faz em ter-mos de qualidade, de serviço e de prazos. Etudo isto com preços competitivos”.

Questionado sobre quais as competên-cias que considera fundamentais ao nívelda equipa de gestão, Carlos Melo Brito diz que “num mundo onde a competitivida-de se joga cada vez mais à escala global, éfundamental que os gestores saibam dar resposta às oportunidades e ameaças daídecorrentes, mantendo-se atualizados ao nível dos conhecimentos mas também das competências e da atitude com que enfren-tam esses desafios”.

NEGÓCIOS

E EMPRESAS

JOSÉ LUÍS ALVIM E CARLOS MELO BRITO COORDENAM O PROGRAMA DE AVANÇADO DE GESTÃO DA PORTO BUSINESS SCHOOL

Inovação e internacionalização são essenciais à sobrevivência das PME

Vinhos Ameal reforçam presença em LondresOs vinhos da Quinta Ameal, produzidos por Pedro Araújo, refor-çam a sua presença na capital inglesa ao serem escolhidos para a carta de vinhos do mais conceituado restaurante japonês da cida-de, o Zuma. O Reino Unido está entre os principais mercados de exportação dos vinhos desta marca, presentes em mais de 20 restaurantes estrelas Michelin anível mundial, onde se inclui recentemente o Petrus em Londres.

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 13

«Sou proprietário de um primeiro an-dar, onde aparecem humidades causadas por infiltrações originárias do terraço su-perior, utilizado pelo proprietário do 2.º andar.

O condomínio responsabiliza o proprie-tário do 2.º andar;

A quem me devo dirigir: condomínio ou proprietário do 2.º andar?»

De acordo com o disposto na lei e salvo disposição em contrário, as despesas necessárias à conservação e fruição das partes comuns do edifício e ao pagamento de serviços de interesse comum são pagas pelos condóminos na proporção do valor das suas frações e as despesas relativas às partes comuns do prédio que sirvam exclusivamente algum dos condóminos ficam a cargo dos que dela se servem.

Pelo exposto e porque, nos termos da lei, os terraços de cobertura, ainda que se destinem ao uso de qualquer fração, são considerados, imperativamente, como partes comuns, em princípio, a respetiva reparação deve ser feita pelo condomínio, a expensas de todos os condóminos, na proporção do valor das respetivas frações.

Isto porque, muito embora a lei disponha que as despesas relativas às partes comuns do prédio que sirvam exclusivamente alguns condóminos ficam a cargo dos que delas se servem, o que nos levaria a imputar o custo das obras em questão apenas ao proprietário da fração com terraço, entende-se,

relativamente aos terraços de cobertura, que tal exclusividade apenas abrange o plano que constitui a face superior da placa que, na sua totalidade e na condição de cobertura e elemento da estrutura do edifício, serve todas as demais frações pelo que as respetivas reparações deverão ser suportadas por todos os condóminos na proporção do valor das respetivas frações autónomas.

Esta é a regra que só não deverá ser aplicada caso se constate que as infiltrações foram originadas por alguma atuação indevida dos utentes do terraço, p. ex., com a perfuração da tela asfáltica de impermeabilização, designadamente ao colocar uma antena ou fazer um canteiro. Neste caso a responsabilidade seria apenas do proprietário da fração em questão e, por esse motivo, não só teria que ser ele a suportar as despesas com as obras mas também a indemnizar o leitor pelos prejuízos provocados com a sua atuação.

Não se evidenciando que a necessidade das obras é devida a conduta dos utentes do terraço em questão, há que proceder à imputação dos respetivos encargos aos condóminos na proporção das respetivas frações.

Caso haja dúvidas sobre a origem das infiltrações, para melhor direcionar o seu pedido de reparações, o leitor poderá solicitar uma peritagem a um técnico especializado, que melhor poderá apurar a origem das infiltrações em questões.

PROPRIEDADE HORIZONTAL

Responsabilidade por reparação de infiltrações provenientes de terraço

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MARIA DOS ANJOS GUERRA [email protected]

É também fundamental que se procurem novos mercados”, pois “hoje a competitividade faz-se à escala global

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A Tecmaia – Parque de Ciência e Tecnologia da Maia vai realizar um seminário subordinado ao tema “As autarquias locais e o in-vestimento privado – uma opção

de desenvolvimento regional”. O evento tem lugar no dia 26 de

março, pelas 15 horas, no auditó-rio da Tecmaia, numa organização conjunta com a Tecparques.

A sessão de abertura vai contar com as presenças de António Ta-vares, presidente da direção Te-cparques, e Bragança Fernandes, presidente da Câmara Municipal

Tecmaia realiza seminário sobre autarquias locais e investimento privado

Vinhos Alandra comercializados em garrafa mais sustentávelA partir deste ano, os vinhos Alandra passam a ser comercializados numa garrafa mais sus-tentável. O Esporão procedeu à redução de 50 gramas de vidro em cada garrafa, eliminando o equivalente à emissão de 1160 toneladas de CO2, o que corresponde às emissões feitas por 490 viagens de ida e volta de avião entre Lisboa-Tóquio. Paralelamente reduziram-se as tintas, cores e verniz utilizados na impressão das caixas de transporte.

Everis no pódio das melhores empresas para trabalharA Everis, consultora multinacional de negócio, estratégia, tecnologias de informação e outsourcing, acaba de ver reconhecida mais uma vez, a sua excelência na Gestão de Talentos. A empresa foi distinguida pelo 3º ano consecutivo pelo Great Place to Work como a 3ª Melhor Empresa para Trabalhar em Portugal, tendo obtido na edição deste ano mais uma vez o prémio da Melhor Empresa para Trabalhar – Executivos.

NEGÓCIOS E EMPRESAS

14 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

Bragança Fernandes, presidente da Câmara Municipal da Maia

EDIFÍCIOSNO CENTRO DO PORTO

PRÉDIO NO CENTRO DO PORTO

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atualizadas

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Academia FLAG Marketing Digital prepara nova

edição

A Academia de Marketing Digi-tal, a FLAG – entidade de forma-ção especializada em tecnologias associadas ao desenvolvimento de artes/suportes visuais e interativos, nas vertentes print, web e motion, e player ativo na formação de pro-fi ssionais nas áreas criativas, design e comunicação –, vai lançar em Maio, em Lisboa e no Porto, a ter-ceira edição deste projeto.

Esta iniciativa visa a preparação e qualifi cação de profi ssionais espe-cializados em planeamento, imple-mentação e gestão de uma estraté-gia integrada de Marketing Digital, recorrendo, efi caz e efi cientemente, aos seus diversos instrumentos para o cumprimento dos objetivos de uma organização.

Com início agendado para Maio de 2013, a 3ª Edição da Academia FLAG de Marketing Digital apre-senta uma duração total de 429 ho-ras de formação presencial, tendo um número limitado de 12 vagas.

Com esta ação a FLAG pretende dar aos participantes uma prepara-ção para as necessidades atuais do mercado, através de um programa curricular multi e interdisciplinar, que aborda de forma prática, inten-siva e detalhada os vários domínios do Marketing Digital, independen-temente da diversidade dos meios onde se inserem.

da Maia e da Tecmaia. O primeiro tema vai incidir so-

bre as formas de captação de inves-timento numa economia globali-zada, tendo como oradores Jaime Quesado e Rui Trindade, cabendo a moderação a Jorge Teixeira, da “Vida Económica”.

Os trabalhos prosseguem com o tema relativo à criação de emprego e ao empreendedorismo, tendo em conta o papel das autarquias locais. Os oradores são Ana Rosas, do IA-PMEI, e Lino Ferreira, presidente da Área Metropolitana do Porto. Neste caso, a moderação fi ca a car-go de Fernando Moreira de Sá da Next Power.

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Solicito o envio dos livros abaixo assinalados no valor total de € , .SNC - Teoria e Prática (4ª edição) - 44.00€ Gestão Ambiental - 26.00€

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Mestrados e Doutoramentos - 28.00€ A banca e as PME - 25.00 €

Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o ,

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Produtores portugueses regressam em força ao ProweinOs produtores portugueses regressam em força à Prowein, que se re-aliza de 24 a 26 de março, na Alemanha. O Wines of Portugal é um stand, com 768 m2, que acolhe os 140 produtores nacionais partici-pantes e estará localizado no Pavilhão 2, entre o novo e o velho mun-do vinícola, espelhando o posicionamento de Portugal, que se destaca por ser a combinação do melhor dos dois mundos.

Heliportugal ganha concurso da Petrobrás no BrasilA Heliportugal ganhou um concurso da Petrobrás, através da Heli-barra, a sua empresa participada no Brasil, com uma proposta de 39 milhões de euros (ME) para cinco anos, um valor equivalente de 119 milhões de reais em moeda local. A Helibarra irá operar um Kamov propriedade da Heliportugal durante cinco anos prevendo-se, 60 ho-ras por mês de voo de carga suspensa.

As empresas que não se questionam têm o futuro em

dúvida. Há que saber antecipar o rumo do mercado,

reorganizando o seu modelo de negócio, sempre que

necessário. Algo que só se consegue com uma liderança

sólida e uma equipa motivada.

No 5º Congresso Nacional de Vendas e Desempenho

Comercial vamos dar-lhe as ferramentas que precisa para

atingir o sucesso que deseja. Tudo através de casos

práticos, expostos por diferentes oradores, que falarão

sobre problemas concretos e soluções reais. E o que se

disser aqui vai fazer eco na produtividade do seu negócio.

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sentaram na nossa plateia. CONGRESSO NACIONALDE MOTIVAÇÃO E DESEMPENHO COMERCIAL

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Face ao “elevado grau de de-pendência do Estado” e ao “peso dos bens não transacionáveis” na economia nacional, será ne-cessário “mais tempo” e “deter-

minação” das empresas e dos portugueses para o país retomar o caminho do crescimento eco-nómico – afirma Ribau Esteves, presidente da Comunidade In-termunicipal da Região de Avei-ro (CIRA).

“Desejo um país menos de-

pendente do Estado e mais pro-dutor de bens transacionáveis, e mais exportáveis”, afirmou Ribau Esteves, durante a sessão de abertura do Congresso da Região de Aveiro, que decorreu na passada semana no Parque de Feiras e Exposições da ci-

RIBAU ESTEVES, PRESIDENTE DA CIRA, AFIRMA

“A proposta de Lei das Finanças Locais irá reduzir em mais 20% as receitas dos municípios”

“O Estado existe para os cidadãos e são os cidadãos a sua razão de ser”, afirma Ribau Esteves.

PUB dade. Todavia, o presidente da CIRA reconheceu que, dado o “elevado grau de dependência do Estado e da produção de bens não transacionáveis” em Portugal, este é um caminho “que exige determinação e mais tempo, sob pena da ocorrência de “ruturas de graves conse-quências”.

Salientando que “o tempo que vivemos é exigente e difícil”, o responsável máximo da CIRA alertou ainda que as “platafor-mas alargadas de cooperação institucional, a proximidade dos governantes com os cidadãos e o aproveitamento das oportuni-dades de apoio ao investimento, são mais importantes que nun-ca”.

Estado mais eficiente e mais próximo dos cidadãos

Sublinhando que “o Estado existe para os cidadãos e são os cidadãos a sua razão de ser”, o autarca de Ílhavo defendeu também no seu discurso “uma profunda reforma do Estado”, visando alcançar uma estrutura governativa “que nos custe mui-to menos a todos”.

Ribau Esteves apontou a área da Justiça como prioritária e afirmou ser necessário “uma Jus-tiça com qualidade”, pelo que “é fundamental aumentar a sua velocidade de decisão”.

Num discurso de teor marca-damente político, o líder asso-ciativo criticou o novo regime jurídico para as autarquias lo-cais, nomeadamente no que res-peita ao seu “desajeitado modelo de gestão das comunidades in-termunicipais e áreas metropoli-tanas”, e mostrou o seu descon-tentamento com a proposta de Lei das Finanças Locais, que irá reduzir em mais 20% as receitas dos municípios.

A terminar, Ribau Esteves deixou ainda alguns reparos ao atual regime de portagens nas ex-SCUT, defendendo “um re-gime de isenções para os circui-tos de curta distância dentro de cada NUTIII e a isenção total na auto-estrada 25”.

NEGÓCIOS E EMPRESAS

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SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 17

NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME

um leque alargado de serviços de apoio aos proprietários

Os proprietários de imóveis estão confrontados com o aumento do IMI, taxas camarárias, os encargos inerentes à sua habitação e as alterações legislativas que regulam os seus direitos e obrigações.

A Aprenor – Associação de Proprietários do Norte de Portugal é uma nova estrutura associativa que lhe proporciona um conjunto único de serviços: gestão de condomínios, aconselhamento jurídico, atualização de rendas, arrendamento de imóveis, obtenção de benefícios fiscais em IMT, IMI, IVA, apoio à conservação de imóveis, assistência técnica.

Ao fazer a sua pré-inscrição na associação pode começar já a beneficiar dos serviços sem qualquer compromisso, tendo a opção de se tornar posteriormente associado, em condições preferenciais, com isenção de joia.

Pode efetuar a sua pré-inscrição por telefone

(tel. 223399492) ou por e-mail [email protected].

Aprenor – Associação de Proprietários do Norte de Portugal

Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 6.º - 4000-263 Porto

BELMIRO DE AZEVEDO NO CLUBE DOS PENSADORES

Agricultura, florestas e turismo podem criar milhares de postos de trabalho

“Não é possível aumentar salários sem aumentar a produtividade” – afirmou Belmiro de Azevedo no Clube dos Pen-sadores.

O presidente da Sonae considerou ser uma obrigação de todos os cidadãos fazer um esforço para merecer o salário seja ele qual for. E lamentou que alguns não es-tejam dispostos a fazer esse esforço.

Para inverter a escalada do desempre-go, Belmiro de Azevedo afirmou ser in-dispensável aproveitar as potencialidades do território e explorá-las com sabedoria na agricultura, floresta e turismo. “É pos-sível criar milhares e milhares de empre-gos no imediato no setor primário com custos muito baixos” – afirmou.

O outro fator decisivo é a educação e a formação permanente ao longo da vida. “Só assim é possível estar num mercado em constante movimento e alteração” - referiu. As pessoas podem aprender sempre, dependendo da sua atitude. E apontou como exemplo o facto de ter estudado o setor das telecomunicações antes de ser criada a Optimus.

O presidente da Sonae desvalorizou a importância do dinheiro como fator de poder. “Na Sonae a maior riqueza não está no dinheiro, mas sim nos valores e na ética” – garantiu.

Clube de Pensadores celebrou sete anos

“O Clube de Pensadores é um espaço

de verdadeira liberdade e cidadania em Portugal” – afirmou Joaquim Jorge. Ao longo dos últimos sete anos foram con-vidados Manuel Alegre, Vicente Jorge

Silva, Paulo Portas, Maria de Belém Ro-seira, António José Seguro, Pedro Santa-na Lopes, Luís Filipe Menezes, Narciso Miranda, António Barreto, Pedro Passos Coelho, Francisco Louçã, Jerónimo de Sousa, Carvalho da Silva, João Cravinho, Alexandre Soares dos Santos, Garcia Pe-reira, Manuel Monteiro, entre outros.

Teorias e factosAssisti ao longo dos últimos anos a um impasse na economia portuguesa. A situação cristalizou, não há ideias, nem estratégias, nem projectos para ultrapassar as enormes deficiências que afectam o nosso desenvolvimento.Como disse, há mais de 15 anos, o então diretor do jornal Público, Vicente Jorge Silva, para classificar Mikail Gorbatchev, que então tinha operado uma transformação histórica na URSS (depois Rússia) – é preciso “descongelar” a história.E a história económica de Portugal nestas últimas décadas traz-me à memória “Os Maias”, de Eça de Queiroz. Relendo este livro memorável, verifico que os termos da discussão sobre as reformas estruturais já se fazia na 2.ª metade do século XIX. Nestes cerca de cinquenta anos não fomos capazes de aprender nada sobre argumentos/práticas de melhores estratégias para promover o desenvolvimento económico de Portugal.Na minha opinião, as coisas difíceis, complexas e estruturais têm de ser decompostas em elementos mais simples: a economia portuguesa tem de tirar partido de todas as atividades onde seja competitiva. Tem que desenvolver o turismo, a agricultura, a pesca, a extração mineira, a indústria, o comércio, os serviços exportadores, etc.Não resisto a transcrever os pensamentos de Albert Einstein: “A imaginação é muito mais importante que o conhecimento”; “se os factos não encaixam na teoria, mudam-se os factos”.

JOSÉ MARTINOengenheiro agrónomojosemartino.blogspot.com

Para Belmiro de Azevedo, o setor primário permite criar postos de trabalho com um baixo custo.

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O Grupo CH foi novamente galar-doado nos Prémios Melhores Forne-cedores de RH 2013.

Na categoria Formação, Coaching e Desenvolvimento Profissional, o Gru-po CH alcançou o terceiro lugar, e o segundo lugar na categoria Consulto-ria, na edição deste ano do prémio.

Para além da distinção nas catego-rias mencionadas, o Grupo CH in-tegrou o TOP 5 do ranking global,

onde foram distinguidas também as seguintes empresas: Raposo Bernardo & Associados, Conceito O2, High Play Institute e Randstad.

Segundo Eva Matos, “partner” do Grupo CH, “sermos galardoados pelo segundo ano consecutivo com este prémio tem um significado muito especial, uma vez que este estatuto é obtido via auscultação dos nossos clientes. A CH presta um serviço de

excelência, que passa pelas melhores práticas de gestão e pela aposta na qualidade técnica e humana dos seus colaboradores, e esse mérito é reco-nhecido pelos nossos clientes que nos elegeram como um dos Melhor For-necedores RH 2013”.

O Prémio Melhores Fornecedores RH é uma iniciativa da APG, em parceria com as empresas Qmetrics e Mínimos Quadrados.

Grupo CH entre os melhores fornecedores

Miniempresas portuguesas vencem na Letónia

Quatro jovens alunos do Colégio Luso Internacional de Braga (CLIB), no âmbito do programa “A Empresa”, vence-ram a prestigiada competição da “JA-YE Europe Trade Fair 2013”, que decorreu no passa-do dia 14 de março, em Riga, na Letónia.

Portugal e a Junior Achieve-ment Portugal (JAP) estiveram assim representados por quatro alunos de Braga, que apresen-taram e defenderam o produto que eles mesmo idealizaram: a “Virtual Bag”, uma plataforma informática que pretende facili-tar o dia a dia de alunos e profes-sores, ao substituir os cadernos, livros, fichas de avaliação, etc.

Vários prémios foram atribu-ídos, no decorrer do evento, a miniempresas que se distingui-ram pelo seu desempenho, pela interligação e colaboração com outras equipas (miniempresas) de todo mundo, através do de-senvolvimento de parcerias que permitem ligações comerciais inovadoras e além-fronteiras.

“Conseguimos trazer dois prémios para Portugal, nomea-damente o ‘Best Overall Com-pany’, atribuído à empresa que obteve a melhor classificação composta de todos os critérios de avaliação e o ‘EwB Collabo-ration Award’, que distingue a excelência na colaboração além-fronteiras”, explica Gon-çalo Lopes, um dos jovens “em-presários” vencedores.

Os alunos distinguidos, Gon-çalo Lopes, Helena Domingues, Mafalda Anjos e Nuno Pacheco, frequentam o 10º e 11º ano do CLIB e concorreram pela pri-meira vez ao programa da “Ju-nior Achievement Portugal”, sob a orientação da professora Amanda Moreton Chohfi, dis-tinguida como professora do ano em 2011/2012 pela JAP.

Open Text premiada pela Frost & SullivanA OpenText™ foi reconhecida novamente pela Frost & Sullivan com a distinção Empresa do Ano 2013, um prémio que já lhe tinha sido atribuído em 2011. A OpenText, líder global em Enterprise Information Managment (EIM), é o maior fornecedor mundial de sistemas de gestão de conteúdos, tanto em termos de quota de mercado como de portfólio de produtos.

Especial Urban Market no PortoA Portugal Lovers, entidade promotora do Urban Market, apresenta nos dias 23 e 24 de março o Especial Urban Market, Dia Nacional dos Centros Históricos, cujo tema são os 250 anos da Torre dos Clérigos, uma parceria com a futura Enoteca “PROVA wine, food & pleasure ® ”, com o apoio da Câmara Municipal do Porto, através da Porto Lazer. Os dois dias vão ser animados com artistas e criadores portugueses de várias áreas, música pelos DJ Jr. Fernandez e Ricardo Amorim e degustação de vinhos pela futura Enoteca “PROVA wine, food & pleasure ®”.

NEGÓCIOS E EMPRESAS

18 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

Grupo CH recebe Prémio Melhores Fornecedores de RH 2013.

Nome

Morada

C. Postal

E-mail Nº Contribuinte

Solicito o envio de exemplar(es) do livro Esttuto dos Benefícios Fiscais - Anotado, com o PVP unitário de 20€.

Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o , no valor de € ,

Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).

ASSINATURA

Autor: Abílio Sousa

Páginas: 176

P.V.P.: € 20

(rec

orta

r ou

foto

copi

ar)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c

4000-263 PORTO

NOVIDADE

http://livraria.vidaeconomica.pt 223 399 400

Rui Pedro Almeida, Administrador e CEO do grupo Moneris

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NEGÓCIOS E EMPRESAS

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 19

APICER cria selo CeramicsA Associação Portuguesa da Indústria de Cerâmica (APICER) vai atribuir às empresas do setor o Selo “Ceramics – Portugal Does It Better”, com o objetivo de prestigiar e valorizar a produção de

cerâmica em Portugal, conferindo um re-conhecimento à excelência das empresas em diversos níveis.

Nescafé lança chá de menta MarrakeshFoi inspirado nos mercados e nas ruas misteriosas da exótica cidade de Marraquexe que NESCAFÉ Dolce Gusto desenvolveu o mais recente chá verde da marca, o Marrakesh. Um chá de menta com o poder de o transportar para o cenário exótico de Marraquexe, onde se fundem o requinte, a extravagância, o mistério e o fascínio desta mística cidade marroquina.

RESPOSTA

A contratação de pessoas não qualificadas é apoiada pela Medida Estímulo 2012, que será substituída pela Medida Estímulo 2013, criada no passado dia 14 de Março, mas que apenas entrará em vigor em 14 de Abril.Pode candidatar-se ao Estímulo 2013 a pessoa singular ou coletiva de direito privado, com ou sem fins lucrativos, que reúna os seguintes requisitos:

registada;

Fisco, a Segurança Social, IEFP e FSE;

acordo com o previsto na lei.São requisitos de atribuição do apoio financeiro:

tempo completo ou a tempo parcial, com

desempregado inscrito em centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional;

ou que seja responsável por família monoparental ou cujo cônjuge se encontre igualmente em situação de desemprego;

precedem a data da candidatura.b) A criação líquida de emprego.O empregador obriga-se a proporcionar formação profissional numa das seguintes modalidades:

período de duração do apoio, mediante

empregador;b) Formação em entidade formadora

data da candidatura).

desempregados:

inferior ao 3.º ciclo do ensino básico;

menos 12 meses consecutivos;

de atividade que tradicionalmente empregam uma maioria de pessoas do

O empregador tem direito a um apoio financeiro mensal até ao limite de 1 IAS

J

J), pelo período

sem termo. Este apoio pode ser cumulado com a isenção ou redução do pagamento de

O empregador tem, ainda, direito a um prémio de conversão, em caso de conversão de contrato a termo certo, anteriormente abrangido pelo Estímulo 2012 ou 2013, em contrato sem termo, correspondente ao anteriormente recebido, com o limite de 1 IAS

O empregador não pode contratar, ao abrigo

de contrato a termo certo, em cada ano, não

[email protected] 348 500

“O fluxo das pessoas em direção às cidades é um fenómeno contínuo e crescente, pois é aí que se concentram os recursos, os maiores investimentos, maiores oportunidades de trabalho” – afirmou Paulo Ramalho, vereador da Câmara da Maia, durante as conclusões da conferência “Golocal – Respostas Locais a Desafios Globais”, que decorreu na semana passada no Fórum da Maia.

Em 2030 cerca de 60% da população mundial estará a viver em áreas urbanas, sobretudo nas cidades, o que implicará ne-cessariamente novos desafios a nível social, económico e ambiental. Os municípios precisam de dar respostas a esses desafios, promovendo políticas capazes de prosse-guir a justiça social, a inclusão económica, a redução da pobreza e o desenvolvimento sustentável.

Esta foi uma das conclusões do “Golo-cal”, evento que contou com a presença do secretário de Estado dos Negócios Estran-geiros e da Cooperação, Luís Brites Pereira, e teve como oradores Bragança Fernandes, presidente da Câmara Municipal da Maia, Carlos Telles de Abreu, administrador do

Instituto Marquês de Valle Flor, Arlindo Cunha, antigo ministro das Cidades, do Ordenamento do Território e Ambiente, e Castro Almeida, vice-presidente da Junta Metropolitana do Porto.

A globalização é responsável pelo au-mento da concentração urbana e pelo cres-cimento súbito e desordenado de muitas cidades no mundo, o que em muitas situ-ações está a provocar fenómenos de exclu-são social, insegurança, perda de valores sociais, elevadas taxas de desemprego e constantes agressões ao meio ambiente. “A reflexão produzida aponta claramente para a necessidade de se passar para um novo paradigma de gestão dos municípios, em que a aposta será cada vez mais na qualida-de de vida das pessoas e na sustentabilida-de dos territórios, designadamente na sua vertente social, económica e ambiental” – referiu Paulo Ramalho.

O vereador da Câmara Municipal da Maia destacou a importância da participa-ção dos municípios na rede internacional, enquanto “espaços de partilha de experiên-cias e conhecimentos e até de procura de soluções comuns”.

Para Castro Almeida, o mérito da ação dos municípios será essencialmente avalia-do pela capacidade de se tornarem efetivos agentes de desenvolvimento económico e social.

Maior cooperação intermunicipal e partilha de responsabilidades

O novo modelo de desenvolvimento vai exigir uma maior cooperação intermunici-pal e mesmo uma maior partilha de res-

ponsabilidades entre o poder autárquico e a sociedade civil, as suas instituições e empresas, o que vai reforçar os valores da confiança e da solidariedade e, ao mesmo tempo, proporcionar novas soluções.

Nesta conferência intervieram também Francisco Mantero, presidente da ELO - Associação Portuguesa para o Desen-volvimento Económico e a Cooperação, Soraia Taipa, do Condomínio da Terra, Felipe Llamas, coordenador do Fundo Andaluz de Municípios para a Solidarie-

dade Internacional, Emil Savov, directorda Associação Nacional de Municípios daBulgária, Luís Mah, do Centro de Estu-dos sobre áfrica e do Desenvolvimento, doInstituto Superior de Economia e Gestãoda Universidade Técnica de Lisboa, Pe-dro Krupenski, presidente da PlataformaPortuguesa das ONGD, Luís Delgado, daCooperativa Venezuelana Gestão Partici-pativa, António Vigilante, responsável emBruxelas do Programa das Nações Unidaspara o Desenvolvimento.

CÂMARA DA MAIA DEBATE RESPOSTAS LOCAIS A DESAFIOS GLOBAIS

Globalização acentua concentração urbana

CONSULTÓRIO DE FUNDOS COMUNITÁRIOS

Estímulo 2013

Sou dono de uma empresa que presta serviços de canalizações e necessito de contratar um funcionário com experiência profissional de pelo menos 5 anos, não sendo necessário ter concluído o ensino secundário. Disseram-me que existem apoios à contratação deste tipo de trabalhadores. Como posso candidatar-me?

Luís Brites Pereira, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, foi umdos oradores da conferência Golocal.

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TERESA [email protected]

A reforma da Política Agrícola Comum (PAC) para o período 2014-2020, que o Parlamento Europeu aprovou a semana passada, em Estrasburgo – pagamentos diretos aos agricultores, organização co-mum de mercado (OCM única), desen-volvimento rural e um regulamento ho-rizontal sobre o financiamento, a gestão e o acompanhamento da PAC –, prevê a fixação de um teto máximo de 300 mil euros para as ajudas que podem ser re-cebidas por cada agricultor (o chamado “capping”), depois de deduzidos os gastos com o emprego.

Entre as medidas aprovadas, e como forma de acabar com os diferentes sis-temas do regime de pagamentos diretos na União Europeia, as regras propostas prevêem um novo regime de pagamen-to de base, que deverá estar, como atu-almente, subordinado ao respeito por certas normas ambientais (a chamada eco-condicionalidade), mas com diversas simplificações. Além deste pagamento de base, cada exploração deverá receber um pagamento por hectare por respeitar uma série de práticas agrícolas benéficas para o clima e o ambiente, podendo os Estados--membros utilizar 30% das dotações na-cionais para esse pagamento.

Os parlamentares clarificaram, durante as votações no Plenário, que os pagamen-

tos diretos só serão concedidos a agri-cultores ativos e não a outras entidades, como aeroportos ou campos de golfe, que não utilizem os seus terrenos primordial-mente para atividades agrícolas.

Esta é a primeira vez que o Parlamento Europeu legisla em pé de igualdade com o Conselho de Ministros da UE sobre a política agrícola, tendo os eurodeputados definido o mandato que o Parlamento vai

levar para a mesa de negociações com o Conselho e a Comissão e que deverão co-meçar a 11 de abril. Espera-se que este-jam concluídas até ao final de junho.

Seguros agrícolas com co-financiamento comunitário até 95%

Em declarações aos jornalistas no final

Ajudas aos agricultores vão ter teto máximo de

Ministros da Agricultura da UE adotam posição sobre a PACTERESA [email protected]

Os ministros da Agricultura da União Europeia, entre os quais a ministra por-tuguesa Assunção Cristas, definiram esta semana, em Bruxelas, a sua posição nego-cial sobre a reforma da Política Agrícola Comum (PAC 2014-2020), esperando-se agora um acordo com o Parlamento Euro-peu (PE) e a Comissão até final de junho.

Em declarações aos jornalistas em Bru-xelas, a ministra mostrou-se “confiante” num “fecho equilibrado” da reforma da PAC, que está a ser negociada, notando que Portugal já garantiu “ganhos signifi-cativos”.

“Nós estamos prestes a fechar os regu-lamentos da reforma da PAC e, neste mo-mento, estamos muito próximos de ter o objetivo assumido por Portugal e por outros países de conseguirmos ter uma reforma mais equilibrada entre os países e dentro do nosso próprio país, evitan-do transições abruptas que seriam muito nefastas para alguns setores, e, ao mesmo tempo, conseguirmos uma agricultura muito mais amiga do ambiente”, disse a ministra aos jornalistas.

Assunção Cristas destacou, aliás, os “ga-nhos significativos já assegurados para Por-tugal” relativamente à proposta inicial da Comissão Europeia, como são o “apoio a novas áreas regadas, que estava prejudica-da pelas propostas iniciais da Comissão”, a possibilidade de se apoiar “de forma mais generosa as florestas, com taxas de apoio melhores do que aquelas que estavam pro-postas”, a possibilidade de se considerarem como “amigas do ambiente” e, portanto, com uma ajuda a 100%, áreas de cultu-ra permanentes, nomeadamente pomares extensivos, e, por fim, a possibilidade de “prolongar um sistema de direitos de plan-tação da vinha”.

A ministra portuguesa disse ainda que “o que conseguimos até agora já foi muito positivo”, pois “corria-se o risco”, com as propostas da Comissão Europeia, de haver, em Portugal, “setores muito penalizados”. Para Assunção Cristas, estamos, pois, “no bom caminho para ter um fecho equilibra-do da reforma da PAC”.

Recorde-se que o PE adotou, a semana passada, em Estrasburgo, quatro propos-tas legislativas sobre a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) que dizem respei-to aos pagamentos diretos, desenvolvimen-to rural (da autoria do eurodeputado Luís Capoulas Santos), organização comum de mercado e regulamento horizontal sobre o financiamento, a gestão e o acompanha-mento da PAC.

Agora, e com a adoção, pelos respeti-vos ministros, ficam reunidas as condições para se iniciarem os trílogos negociais, ou seja, Conselho, PE e Comissão Europeia, já em abril.

CAP lamenta redução de mil milhões de euros nos fun João Machado alerta que a redução das verbas comunitárias vai “penalizar um setor da economia

TERESA [email protected]

Apesar das votações favoráveis em Es-trasburgo quanto à reforma da Política Agrícola Comum (PAC) para o período 2014-2020, há intervenientes do setor, nomeadamente em Portugal, desagradados com a solução final.

O presidente da Confederação dos Agri-cultores de Portugal (CAP) lamenta a pos-sível redução de cerca de mil milhões de euros nos fundos comunitários para a agri-cultura entre 2014-2020, dizendo tratar-se de “um corte muito significativo, se pen-sarmos que são para sete anos”, disse João Machado.

Recorde-se que o orçamento para a PAC não foi discutido a semana passada em Estrasburgo, ainda que o Parlamento Europeu já tivesse rejeitado a decisão do Conselho de 8 de fevereiro último, em que participou o Primeiro-Ministro Pedro Pas-sos Coelho, e que assegurou para Portugal um envelope finan ceiro para a Agricultura no valor de 8,1 mil milhões de euros (4,5 mil milhões para primeiro pilar e 3,6 mil

milhões de euros para o segundo) para os próximos sete anos.

Noutro prisma, o presidente da CAP também defende que a proposta da nova PAC “não é justa”, porque, “apesar de propor a convergência na atribuição das verbas, continua a criar divergências”. “Propõe-se que haja uma convergência das ajudas dentro do próprio país, mas há pa-íses dentro da União Europeia com agri-cultores que recebem muito mais do que os portugueses, logo não há convergên-cia”, disse João Machado, em declarações à agência Lusa. E frisou ainda que a atri-buição de igual valor de ajudas a cada agri-cultor e a cada setor de actividade “pode provocar o abandono da atividade e levar a que se deixe de produzir certas culturas, como o tomate ou o arroz”.

PCP quer modulação e plafonamento das ajudas diretas

A reforma da Política Agrícola Comum (PAC) que foi votada na sessão plenária de Estrasburgo da última semana também

não agrada aos deputados comunistas no Parlamento Europeu.

Em declarações à “Vida Económica”, Rita Magalhães chama a atenção para o facto de estes relatórios, ao “darem conti-nuidade às anteriores reformas, aprofun-darem a desregulação dos mercados, apon-tarem para a persistência de uma enorme desigualdade na distribuição das verbas da PAC entre países e produtores e manterem o desligamento das ajudas à produção”.

A eurodeputada considera que são “op-ções desfavoráveis aos interesses nacionais e ao necessário desenvolvimento da agri-cultura em Portugal”, afirmando que o PCP apresentou “mais de centena e meia de alterações na Comissão da Agricultura”, que não foram acolhidas.

Entre as soluções propostas, os comunis-tas defendem “o reforço dos instrumentos de regulação da produção que visam a ma-nutenção, para além de 2015, dos regimes de quotas de produção leiteira e do açú-car”, para além da “convergência dos paga-mentos diretos entre Estados-membros até ao final do período de vigência do Quadro

O Parlamento Europeu aprovou a semana passada, em Estrasburgo, a reforma da Política Agrícola Comum

Universidade de Yale e Universia assinam acordoO presidente da Universidade de Yale, Peter Salovey e o pre-sidente da Universia, Emilio Botín, acabam de assinar um acordo de colaboração entre as duas instituições. Através des-ta aliança, a Yale e a Universia estabelecem uma relação de co-laboração para promover a educação global e as oportunida-des de emprego em Espanha, Portugal e na América Latina.

ANETIE integra aliança tecnológica internacionalA ANETIE – Associação Nacional das Empresas das Tecnologias de Informação e Eletrónica acaba de inte-grar a WITSA – World Information Technology and Services Alliance. Este consórcio mundial reúne associações do setor das TIC, oriundas de um total de 82 países, com o propósito de defender os interesses do setor e fomentar internacio-nalmente o seu crescimento.

NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME

20 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

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TERESA [email protected]

O desenvolvimento da economia do mar vai permitir, até 2020, um aumento da con-tribuição direta do setor do mar em 50% para a criação de riqueza portuguesa, o que corresponderá a valores entre três e quatro por cento do PIB português, disse recente-mente a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, à saída de uma reunião interministerial para os Assuntos do Mar.

Para ajudar a alavancar os investimentos nesta área, o Governo aprovou, a semana passada, em Conselho de Ministros, uma proposta de lei que estabelece as bases da política de ordenamento e de gestão do espaço marítimo. Uma legislação que, se-gundo fonte do gabinete da própria minis-tra Assunção Cristas, ajudará a ultrapassar “algumas dificuldades administrativas re-lativas a licenciamentos” e que constituem hoje, a par com as dificuldades financeiras de alguns promotores, “os principais cons-trangimentos” a uma satisfatória execução do PROMAR (Programa Operacional das Pescas 2007-2013).

Entre as várias novidades introduzidas no diploma, destaca-se a simplificação do acesso ao licenciamento do uso do mar, que “será conseguida através de uma desmate-rialização, em plataforma eletrónica, e pela integração dos diferentes controlos num só procedimento”.

Em declarações enviadas recentemen-te à “Vida Económica”, fonte do gabinete do secretário de Estado Mar, Luís Pinto de Abreu, revelou que a taxa de execução do Programa apenas está nos 41%, ainda que tenham já sido “comparticipados in-vestimentos de montante superior a 180 milhões de euros”. A mesma fonte deu, po-rém, a “garantia” de estarem “em carteira os projetos suficientes para garantir a execução da totalidade do programa” até 2015.

A nova lei de bases da política de orde-namento e de gestão do espaço marítimo, agora aprovada em Conselho de Ministros, visa agora “criar um quadro de previsibi-lidade e segurança jurídicas, permitindo uma eficaz arbitragem entre atividades con-correntes, contribuindo para um melhor e maior aproveitamento económico do meio marinho, permitindo a coordenação das ações das autoridades públicas e da iniciati-va privada e conduzindo à minimização dos impactos das atividades humanas no meio marinho”, lê-se no comunicado divulgado pelo Governo no final da reunião.

AEP e Oceano XXI debatem quadro comunitário 2014/2020 no 3.º Fórum do Mar

O mar no quadro comunitário de apoio 2014/2020 vai servir de pano de fundo ao 3.º Fórum do Mar, que juntará na Exponor entre 29 e 31 de maio os agentes económi-cos e da comunidade científica nacional re-

lacionados com o setor a convite da AEP edo Cluster Oceano XXI.

Nesse evento participarão especialistas nacionais e estrangeiros, decisores políti-cos, dirigentes associativos, empresários egestores, académicos e investigadores e res-ponsáveis vários, para debater “esse recurso estratégico tão importante para o país que é o mar, designadamente na área da logística, aproveitando a nova centralidade de Portu-gal face às evoluções recentes e previstas das grandes rotas marítimas do comércio inter-nacional”, adiantou José António Barros, presidente da AEP, após a formalização do acordo com o Oceano XXI para a realizaçãodo fórum.

Por seu lado, José Ribau Esteves, presi-dente da Oceano XXI, salientou que “a co-operação entre as duas associações tem dadofrutos e ambas estão fortemente empenha-das em colocar o mar no topo das priorida-des nacionais e europeias durante o próxi-mo quadro comunitário”. Para o também vice-presidente da Associação Nacional de Municípios, “com uma estratégia que re-sulte do contributo dos diferentes ‘players’ que trabalham nas áreas do conhecimentoe da economia, o mar constitui um ativo

que pode ajudar Portugal a sair mais rapi-damente da crise, gerando riqueza e criando emprego”.

Coincidindo com a realização do 3.º Fó-rum do Mar, a Oceano XXI vai ser a an-fitriã de uma reunião informal dos clustersdo mar da fachada atlântica europeia. Oobjetivo, explica Ribau Esteves, é “articular propostas e aprofundar a colaboração” entre os sete clusters presentes no encontro. Até porque “as autoridades europeias têm o or-çamento plurianual da União em cima da mesa e só teremos a ganhar em cooperar, harmonizando propostas e estratégias”, dis-se ainda Ribau Esteves.

Por seu lado, a AEP vai aproveitar o even-to para “despertar os participantes paraos desafios” que colocará, no horizonte2014/2020, a nova macrorregião das Re-giões do Sudoeste Europeu (RESOE). “Na Europa do futuro, Portugal e Espanha vão ter forte concorrência no acesso aos fundos estruturais da UE e só com uma grande ma-crorregião, que corresponda a quase todo o arco atlântico, o mar pode voltar a conferir ao nosso país o mesmo protagonismo de há 500 anos”, sustentou José António Barros,presidente da AEP.

Investimentos na economia do mar simplificados

na nova PAC 300 mil euros

da votação, Luís Capoulas Santos, autor dos relatórios “Pagamentos Diretos” e “Desenvolvimento Rural”, que represen-tam cerca de 90% do orçamento total da PAC, explicou que as alterações aprovadas em plenário incluem “as questões funda-mentais para Portugal, donde se desta-cam o reforço do montante por hectare dos pagamentos diretos, o acréscimo dos apoios para os jovens e para os novos agri-

cultores, um novo estatuto mais vantajo-so e menos burocrático para os pequenos agricultores e um novo mecanismo de redistribuição através de um pagamento mais elevado para os primeiros hectares, visando reforçar o apoio para as pequenas e médias explorações”.

Num exclusivo para a “Vida Económi-ca”, o eurodeputado frisou ainda que foi possível conseguir “financiamento comu-nitário para o sistema de seguros agríco-las e fundos mútuos, que até agora eram exclusivamente pagos com dinheiros na-cionais”. E com um “co-financiamento comunitário que pode até 95%, o que significa que todo o sistema de seguros vai passar a ser financiado pela União Europeia em vez de ser financiado pelo Estado-membro, como agora acontece”, acrescentou Capoulas Santos.

Para além de medidas agro-ambientais e para a agricultura biológica, e questiona-do quanto às verbas destinadas ao segun-do pilar da PAC (desenvolvimento rural), o eurodeputado destaca “a continuação do programa LEADER, para apoiar in-vestimentos nas comunidades locais, mesmo fora do setor agrícola”. E garante que se mantêm os apoios ao investimen-to, que podem ir agora “até 95%”, dada a introdução de “uma cláusula segundo a qual os Estados membros que estão sob assistência financeira poderão ter compar-ticipação da UE até 95%, enquanto, regra geral, essa comparticipação é de 55%”.

dos comunitários para a agriculturaportuguesa que, neste momento, é o único que está a crescer”

Financeiro Plurianual 2014-2020”.A eurodeputada Rita Magalhães diz que

o PCP também defende “uma modulação e plafonamento das ajudas diretas, que li-mite os subsídios aos maiores beneficiários e os redistribua, numa redução progressiva em pagamentos superiores a 20 mil euros, 50 mil euros e 75 mil euros, na proporção escalonada de 20%, 50% e 80%, respec-tivamente”. O PCP quer ainda a criação de um “seguro agrícola público, financiado pelo orçamento da UE, para garantir um rendimento mínimo aos agricultores e seus trabalhadores assalariados afetados por ca-tástrofes naturais, incluindo incêndios flo-restais, doenças e pragas”.

Comissário europeu da Agricultura: “um passo importante na reforma da PAC”

O comissário europeu da Agricultura, Dacian Ciolos, presente no plenário em

Estrasburgo onde foi votada a reforma da PAC, assegura que este voto “é um passo importante neste processo”.

“Com a aplicação do procedimento de co-decisão pela primeira vez à PAC, o Par-lamento Europeu colocou sobre a mesa uma posição de negociação, tendo um tempo muito curto”, disse o comissário. E uma vez que o Conselho também definiu uma abordagem comum, “estaremos em posição de começar a fase final das nego-ciações, a fim de tornar a PAC mais jus-ta, mais verde, mais reativa na gestão dos mercados e mais aberta à diversidade dos territórios”, afirmou Dacian Ciolos em conferência de imprensa em Estrasburgo.

O comissário disse ainda estar “conten-te” por o Parlamento Europeu “retomar os princípios das propostas da Comissão”, in-cluindo o “plafonamento das ajudas, a eco-logização de 30% dos pagamentos diretos ou uma política de desenvolvimento rural mais adequada à diversidade dos desafios locais”.

(PAC) para o período 2014-2020.

NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 21

Iniciativa “Rumo” da Católica Porto mobiliza 45 empresasBanco Espírito Santo (BES), Sonae, Deloitte, Optimus, Frulact, RGVS (Decathlon), Socie-dade de Advogados, Expresso Emprego ou Rede Eures são algumas das empresas que parti-ciparam na edição de “Rumo”, fórum de recrutamento promovido esta semana pela CatólicaPorto, com o objetivo de potenciar os índices de empregabilidade. Estas empresas estiveram frente a frente com os alunos, apresentando o dia a dia das organizações que representam, assim como oportunidades de emprego, a nível nacional mas também internacional.

Porto Business School apresenta MBA A Porto Business School realizou, na última quarta-feira, uma ses-são de apresentação conjunta do MBA Executivo e do The Magellan MBA 2013-14. Nesta sessão, os participantes ficaram a conhecer em detalhe a estrutura, os conteúdos e as condições de acesso aos progra-mas de MBA, acreditados internacionalmente pela AMBA (Associa-

tion of MBA) e a EFMD (European Foundation for Management Development).

3º Fórum do Mar debaterá “os desafios” que colocará, no horizonte 2014/2020, a nova macrorregião das Regiões do Sudoeste Europeu (RESOE)

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NEGÓCIOS E EMPRESAS/Empresas Familiares

Empresa familiar de transporte aéreo ganha contrato milionárioO fabricante europeu Airbus ganhou uma encomenda de 234 aviões da companhia indonésia de baixo custo Lion Air, no valor de 18,4 mil milhões de euros. A transportadora aérea indo-nésia low cost “Lion Air”, que tinha apenas um avião há 13 anos, assina assim a sua segunda grande encomenda em 16 meses. Esta empresa familiar nasceu do sonho dos irmãos Kusnan e Rusdi Kirana, que a Forbes classifica em 33.º lugar na lista das maiores fortunas da Indonésia.

JP Sá Couto adia construção de nova fábrica em PortugalA ideia de construir uma nova fábrica em Portugal está, de momento, fora de questão. A empresa familiar norte-nha, que ficou conhecida pela invenção do Magalhães,

decidiu adiar o projeto e mostra-se focada no Brasil, Gabão e Angola. A JP Inspiring Know-ledge, novo nome da JP Sá Couto, direciona esforços para África e América Latina, em busca de oportunidades de negócio.

22 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

A Pão de Ló Ti’Piedade existe há 30 anos, vai na terceira gera-ção familiar e acaba de dar o pri-meiro passo na internacionaliza-ção. A empresa, cuja fábrica está situada no Cadaval, escolheu o Salão Internacional do Setor Ali-mentar e Bebibas (SISAB Portu-gal), que se realizou esta semana, para apresentar os dois produtos que desenvolveu especificamente para os mercados internacionais: um pão de ló de chocolate e ou-tro sem açúcar.

Depois de terem consolidado a marca no mercado interno, os seus responsáveis decidiram, as-sim, abraçar um novo desafio. “Decidimos que 2013 era o ano ideal para começarmos a exportar e esta é a primeira vez que apre-sentamos os nossos produtos a importadores”, explica Ana Filipa Martins, responsável pela área da exportação.

A empresa apresenta-se como a “única certificada no país” e mantém a tradição do fabrico ar-tesanal de pão de ló. Para acom-panhar a entrada em mercados externos, a Pão de Ló Ti’Piedade criou dois novos produtos que apresentou pela primeira vez, neste certame, em fevereiro: um pão de ló de chocolate e outro

sem açúcar.Os produtos da empresa não

passaram despercebidos no cer-tame, como explica Ana Filipa Martins: “Uma importadora da Califórnia adorou o pão de ló sem açúcar e referiu que é um produto ideal para as consumido-ras naquele estado norte-america-no”, revelou a responsável, acres-centando que a curiosidade em

relação a estes dois produtos tam-bém foi visível em importadores da China, Hong Kong, Macau e Argélia, que “não acreditavam ser possível congelar este produto, mantendo a sua qualidade”.

“Este é um produto muito nos-so, e como tal, uma mais-valia, sendo que mantemos a confeção artesanal, o que lhe confere qua-lidade”, sublinha.

A empresa de transportes Luís Simões aumentou o leque dos serviços prestados à Reckitt & Benckiser (R&B), multinacional na área da saúde e higiene, com o alargamento das operações lo-gísticas, realizadas em Portugal desde 2008, ao mercado da Ca-talunha, a partir deste ano. Em 2012, as operações contratualiza-das pela R&B à Luís Simões re-presentaram mais de três milhões de euros na faturação do grupo logístico.

“Em Portugal detemos 100% das atividades logísticas da R&B e o início desta operação no mer-cado espanhol permite-nos con-tinuar a crescer. A R&B é um cliente estratégico pelo setor de atividade e pelo volume de negó-cio, que nos oferece novas opor-tunidades enquanto parceiro de referência” explica Vítor Enes, diretor-geral de logística ibérica da Luís Simões.

O operador logístico é, assim, responsável pela receção e ar-mazenamento de produto, bem como pelas operações de picking e co-packing. O acordo com a R&B inclui também a distribui-ção a partir dos centros de ope-rações logísticas da Luís Simões

para o mercado ibérico.Do portefólio de produtos da

R&B fazem parte marcas de re-ferência para os consumidores, como Calgon, Vanish, Dr. Scho-ol e Strepsils.

A Luís Simões, empresa fa-miliar portuguesa, dedica-se ao transporte rodoviário de merca-dorias em Portugal e no merca-do de fluxos rodoviários entre os dois países ibéricos. Atualmente, gere uma frota de 2000 viaturas (próprias e subcontratadas), e conta com 1832 colaboradores. Esta empresa familiar presta ser-viços integrados de logística em toda a Península Ibérica, em mais de 20 armazéns que superam os 300 000 m2 de capacidade insta-lada em 10 regiões diferentes da Península Ibérica. A transporta-dora iniciou atividade em Loures, em 1948, e está no mercado espa-nhol há mais de 20 anos.

A génese de uma empresa familiar está, na maioria das vezes, suportada numa ideia que uma pessoa um dia teve ou acei-tou transformar em negócio. Esta atitude, só por si, já seria indiciadora da abertura da mente das pessoas ou dos empresários à novidade.

Mas se ainda é daquelas pessoas que tem a ideia de que uma empresa familiar se carate-riza por ser “tradicional”, muito fechada em si mesma, pouco inovadora, etc., pode estar ciente de que “a tradição já não é o que era”.

Os empresários familiares possuem uma postura de grande abertura, sem a qual se-ria muito difícil continuar a sobreviver nos competitivos dias de hoje.

Conceber e desenvolver um novo produ-to (Licor Beirão); encontrar um processo de fabrico distinto (fatos de banho LZR da Petratex); recorrer a novas matérias-primas (gelado com sabor a sardinha assada ou co-zido da Coromoto); encontrar uma nova aplicação ou fim distinto do comum (Pelcor

e cortiça no vestuário); desenvolver novos conceitos (Porto Editora e os conteúdos di-gitais como Infopedia); … acabam por ser alguns dos muitos milhares de exemplos que, em algum momento, despertaram a curiosidade de um empresário até ao ponto de o pretender lançar no mercado.

Mas nem sempre as novas ideias são sinó-nimo de sucesso, pelo que o grande desafio de qualquer empresário está na sua capaci-dade para gerir os seus “produtos de sempre” com a introdução de novos, que venham a ser aceites pelo mercado e assegurem a con-tinuidade e competitividade futuras.

O empresário familiar está aberto a novas ideias

ANTÓNIO NOGUEIRA DA COSTAConsultor Empresas [email protected]

REFLEXÕES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES

Especialistas na consultoria a Empresas Familiares e elaboração de Protocolos Familiares Santiago – Porto www.efconsulting.es

Pão de ló português conquista mercado internacional

Luís Simões reforça parceria ibérica com a Reckitt Benckiser

A Corticeira Amorim há mais de um século que está no negócio dos produtos de cortiça, sendo a maior empresa mundial neste setor de atividade e que está presente em todos os continentes. Tendo começado como uma pequena empresa familiar a produzir rolhas para vinho, conseguiu alcançar esta liderança global de todo o setor da cortiça (com exclusão da componente florestal), porque teve a abertura e visão para desenvolver novos produtos e aplicações desta matéria-prima, integrar todo o processo produtivo assegurando a valorização económica da cortiça sem produção de resíduos.Continuando a comercializar rolhas, agora com uma grande diversidade de tipos e preços – de 2 cêntimos a um produto de luxo (a Top Series ® foi escolhida para as três únicas garrafas do Dalmore Trinitas, o whisky mais caro do mundo - £100.000) muitas delas com patentes registadas; alargou a atividade aos pavimentos; aos aglomerados compósitos (com múltiplas utilizações que vão desde a casa ou local de trabalho à indústria automóvel) e isolamentos. Esta grande diversidade de produtos e aplicações, muitas delas desenvolvidas em conjunto com entidades do sistema científico nacional, reflete o resultado da abertura e predisposição contínua dos líderes da Corticeira Amorim para descobrir e enfrentar a novidade.

Temas para reflexão:

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DIREITOS

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 23

LEGAL & ILEGAL

Os novos contratos de fornecimento de energiaSei que as tarifas reguladas dos ser-

viços de fornecimento de energia vão terminar. Que precauções devo tomar aquando da celebração de um novo contrato com um comercializador em regime de mercado?

MÓNICA RODRIGUES MACHADOGabinete de Advogados António Vilar, Luís Cameirão & [email protected]

Com a extinção das tarifas reguladas, a partir de 1 de Janeiro de 2013, todos os clientes que ainda não celebraram um novo contrato de fornecimento de energia elétrica com um dos diversos comerciali-zadores a operar no mercado devem fazer cessar o seu contrato com o comercializa-dor de último recurso (“EDP – Serviço Universal”) e, em consequência, celebrar um novo contrato, até ao final do período transitório estipulado para o efeito (para uma potência contratada inferior a 10,35 kVA, o período transitório é de 3 anos –até o final de 2015 –, para uma potência igual ou acima de 10,35 kVA, o período transitório é de dois anos e meio – até ao final de 2014).

A estipulação deste hiato visa permitir uma passagem progressiva dos consumidores para o regime de mercado. Desta forma, estes vão conhecer e avaliar as diferentes propos-tas existentes, de modo a optarem pela mais adequada ao seu perfil de consumo.

Assim, aquando da mudança, quer seja no âmbito da extinção de tarifas reguladas, quer seja na procura de melhores condi-ções de fornecimento, o cliente deve fazer uma escolha informada, bem como pon-derada, devendo:

Procurar conhecer todos os comerciali-zadores a operar no mercado, bem como as respetivas condições de oferta;

Avaliar e ponderar as diversas propos-tas apresentadas, deve, nomeadamente, comparar os preços, a periodicidade de faturação, as condições e modos de paga-mento, os serviços fornecidos conexos com o fornecimento, as condições gerais e par-ticulares dos contratos, a duração mínima e as condições de cessação dos contratos, incluindo eventuais penalizações;

Escolher e contactar o comercializador que lhe apresente as melhores condições contratuais, sendo que estas devem ser previamente conhecidas do cliente e acor-dadas por este;

Celebrar o contrato com o comerciali-zador escolhido, que tratará de todos os procedimentos necessários, incluindo a

cessação do seu contrato anterior;Tomar nota da data em que o seu novo

contrato de fornecimento entrará em vi-gor, para que possa aferir qual será a últi-ma fatura emitida pelo antigo comerciali-zador, bem como quando iniciará a nova faturação.

Antes de celebrar qualquer contrato, o consumidor deve conhecer com clareza e exatidão todas as cláusulas que o com-põem. Assim, antes de o fazer, deve anali-sar minuciosamente e com atenção o teor do mesmo, nomeadamente as cláusulas que estipulem a duração, as condições de renovação, bem como as referentes ao seu termo e serviços que lhe estejam associa-dos.

Neste sentido, é importante ressalvar que os contratos celebrados com os comer-cializadores em regime de mercado têm a duração que resultar do prévio acordo en-tre as partes, podendo ser fixado um prazo mínimo de permanência. Para além disso, nestes contratos poderão vir a ser conven-cionadas condições especiais de “rescisão” – incluindo penalizações – a aplicar aos ca-sos em que a duração previamente estipu-lada não seja observada. Deste modo, será lícita a cláusula prevista no contrato que estatui a penalização a aplicar ao cliente nos casos em que este pretende a resolução unilateral do contrato antes do termo do prazo acordado.

Ora, em regime de mercado, qualquer uma das partes pode fazer cessar o contra-to, contudo, para o fazer, é sempre neces-sário atender ao convencionado nas suas cláusulas gerais e particulares. O mesmo já não se aplica quanto aos contratos ce-lebrados com um comercializador de últi-

mo recurso, dado que o seu termo podeacontecer pela denúncia do cliente – nos termos previstos no contrato, podendo a mesma ser efetuada a todo o tempo pelos clientes em BTN – ou pela celebração de um novo contrato de fornecimento com outro comercializador.

Por último, cumpre sempre alertar que as condições contratuais devem ser equita-tivas e previamente conhecidas do consu-midor antes da celebração ou da confirma-ção do contrato e, bem assim, ser redigidas em linguagem clara e compreensível, sem carácter enganador ou abusivo, em con-formidade com o regime jurídico vigente em matéria de cláusulas contratuais gerais.Além do mais, os consumidores devem ser informados de forma antecipada e funda-mentada de qualquer alteração das condi-ções contratuais, sendo livres de rescindir os contratos celebrados com os comercia-lizadores sempre que não aceitem as novascondições que lhe forem comunicadas.

Nunca é de mais alertar que o processo de mudança é gratuito, não exige a mu-dança de contador, é desencadeado pelocomercializador com quem celebrou onovo contrato e deverá ser concluído num prazo máximo de 3 semanas!

Assim, na atual conjuntura, se ainda não mudou para um novo operador, deve pon-derar fazê-lo, o mais breve possível, equa-cionadas todas as hipóteses de que dispõe – estar informado é vital para conseguir asmelhores condições contratuais -, uma vez que o preço a pagar por fatura poderá ser menor, atenta a concorrência entre comer-cializadores, bem como por não pagar o fator de agravamento que acresce à tarifa cobrada.

Abreu Advogados participa no seminário da AIJA em CannesDuarte de Athayde e Marta de Oliveira Pinto Trindade, sócios da Abreu Advogados, partici-param no seminário “Key Players in Cross-Border Real Estate Investments”, organizado em conjunto pela AIJA (International Association of Young Lawyers) e pela ABA (American Bar Association), que decorreu recentemente em Cannes, França. Duarte de Athayde participou como orador no tema “Como proteger o comprador em transações imobiliárias”.

Sou dono de uma empresa de peque-na dimensão, mas contrato com gran-des grupos empresariais. No entanto, no momento da negociação das con-dições contratuais tenho sido alertado que os mesmos dão prioridade aos for-necedores que procedem a práticas de responsabilidade social. Não faço ideia no que se concretizam essas práticas e, dado que o mercado é cada vez mais competitivo, gostava que me esclare-cesse.

ISABEL FRADAGabinete de Advogados António Vilar, Luís Cameirão & [email protected]

Hoje em dia, é cada vez mais comum depararmo-nos com o instituto da Responsabilidade Social das Empresas, uma vez que, ao longo das últimas décadas, a preocupação com o bem-estar e com o desenvolvimento sustentável passou a integrar o discurso empresarial.Atualmente, as empresas, ou, melhor dizendo, aqueles que as gerem, ganharam consciência da necessidade e das positivas

repercussões que podem advir das atuações adequadas, face ao meio envolvente, para a sociedade. A responsabilidade social está diretamente relacionada com o papel da empresa e do Estado na sociedade. Assim, esse instituto passou a estar nas primeiras linhas da agenda política das organizações internacionais, por força da precarização laboral, do aumento das desigualdades e do aumento do fenómeno de exclusão, mas, também, da crescente preocupação face aos danos provocados pelas atividades económicas no meio ambiente. É neste contexto que emerge um conceito de responsabilidade empresarial muito mais amplo do que as ações de voluntariado ou meros apoios enquadrados numa lógica filantrópica. Hodiernamente, há a noção de que a atuação socialmente responsável, a longo prazo, potencia ativos intangíveis, diretamente correlacionados com a reputação e com o nível de confiança, desencadeadores de uma dinâmica de eficiência positiva sobre o mercado e sobre a opinião pública.A RSE traduz-se em compromissos voluntários efetivados por recursos a mecanismos de soft law e é possível falarmos de uma “rede internacional” que tem sido vital na corporização do conceito da responsabilidade

social e que traz uma maior consistência a essas práticas.Os grandes grupos empresariais, no momento da seleção dos fornecedores, já não atendem exclusivamente à apresentação de propostas competitivas. Assim, além do respeito das cláusulas contratuais, das relações com parceiros de alianças ou de empresas, mostram-se igualmente importantes as questões de voluntariado e o cumprimento de valores ético-empresariais. Além disso, a consolidação dessas relações poderá resultar em expectativas, preços e termos equitativos, a par de uma entrega confiável e de qualidade. Face ao exposto, constata-se que, cada vez mais, os grupos empresariais socialmente responsáveis utilizam critérios de comprometimento social e ambiental no momento de selecionar quais os seus parceiros e fornecedores, considerando, por exemplo, o código de conduta destes em questões como relações com os trabalhadores ou com o meio ambiente. Há grupos empresariais que difundem os valores do código de conduta da empresa por toda a sua cadeia de fornecedores e empresas parceiras, procurando divulgar valores e contratar ou interagir com sociedade comerciais que valorizem os mesmos conceitos sociais. No fundo, a pretensão das sociedades

socialmente responsáveis ao atenderem a esses valores é, por exemplo, impedir que a redução de custos seja conseguida pela degradação das condições de trabalho e das relações com os trabalhadores. Acresce que, na senda da questão colocada pelo leitor, compreende-se que, pese embora a responsabilidade social se assuma de caráter voluntário, por vezes pode assumir um caráter impositivo, dado que os fornecedores serão preteridos e prejudicados nos seus interesses caso não assumam essas práticas responsáveis. A orientação da responsabilidade social para os fornecedores faz com que este instituto percorra a empresa e, simultaneamente, se transponha para a cadeia de produção e de consumo. A Responsabilidade Social das Empresas revela-se um dos temas mais marcantes e relevantes da atualidade encontrando-se sujeita à boa vontade e discricionariedade dos agentes empresarias. Todavia, a ascensão desta temática resulta da tomada de consciência, por parte daqueles que gerem as empresas, de todos os riscos sociais e ecológicos inerentes à atividade empresarial, sendo primordial alastrar o efetivo cumprimento dos ideais proclamados pela Responsabilidade Social das Empresas.

LEGAL & ILEGAL

RESPONSABILIDADE SOCIAL

“Com a extinção das tarifas reguladas, a partir de 1 de Janeiro de 2013, todos os clientes que ainda não celebraram um novo contrato de fornecimento de energia elétrica com um dos diversos comercializadores a operar no mercado, devem fazer cessar o seu contrato com o comercializador de último recurso”)

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SUSANA MARVÃ[email protected]

A IBM pegou na experiência acumulada em mais de 2500 projetos desenvolvidos com cidades em todo o mundo e resolveu aplicá-la no Porto. Esta semana, a tecnoló-gica assinou um protocolo com a autarquia portuense que resultará na criação de um Centro de Operações Integrado (COI). Este Centro será basicamente numa ferra-menta de gestão da autarquia, proporcio-nando uma visão amplificada, para uma maior eficiência e operacionalidade na gestão diária da cidade, explica a IBM. A empresa prevê que possa ainda servir de plataforma prestadora de serviços ao cida-dão e às empresas, abrangendo inicialmen-te apenas a cidade e, numa fase posterior, toda a Área Metropolitana do Porto.

Apesar de não terem especificado os montantes do investimento para a criação do novo centro, a IBM colocará à disposi-ção a infraestrutura de hardware e software necessária ao projeto ou, em alternativa, disponibilizará os serviços em modelo cloud.

“A tecnologia e a inovação têm hoje um papel fundamental na promoção da qualidade de vida do cidadão, e estamos muito orgulhosos de podermos participar nesta nova era colaborativa de desenvol-vimento do nosso país. As atuais capaci-dades de instrumentalização tecnológica,

de interconetividade e de processamento analítico da informação permitem identi-ficar ineficiências e criar soluções. E, neste contexto, as cidades são um microcosmos perfeito para a construção de um mundo mais inteligente”, sublinhou na cerimónia de assinatura do protocolo o presidente da IBM Portugal, António Raposo de Lima.

Ver, perceber, prever e atuar

À “Vida Económica” António Pires dos Santos, líder de Smarter Cities IBM Por-tugal, explicitou que o COI visa imple-mentar um conceito de Ciclo de Gestão da Cidade que permite ver, perceber, prever e atuar. “Esta iniciativa vai dar resposta a este ciclo através da integração de diferen-tes serviços existentes na cidade, criando uma plataforma com o objetivo de ‘ver’ o que se está a passar na cidade (monitori-zação), ‘perceber’ através da análise dos eventos gerados pelos diferentes sistemas quais os indicadores da cidade (KPI), fa-zer o tratamento analítico dos dados co-ligidos na monitorização (através de sof-tware analítico) para «prever» problemas, e, por fim, «atuar» através de interligação do COI com os dispositivos no terreno, usando plataformas de comunicação exis-tentes (modelo de machine-to-machine)”. O COI permitirá, então, ajudar os servi-ços da cidade a prepararem-se para even-

TECNOLÓGICA ASSINA PROTOCOLO COM AUTARQUIA PORTUENSE PARA A CRIAÇÃO DE UM CENTRO DE OPERAÇÕES INTEGRADO

IBM quer um Porto mais inte A IBM assinou esta semana um protocolo com a Câmara Municipal do Porto que se materializará na criação de um Centro de Operações Integrado. Este centro reunirá serviços da autarquia e de entidades externas, com o objetivo de visualizar e monitorizar as ocorrências de toda a cidade de uma forma integrada. Um projeto-piloto, com uma duração aproximada de seis meses, e que procurará agregar e atribuir valor à informação proveniente de diferentes fontes, para responder de forma rápida e eficaz a qualquer situação de emergência. O objetivo, diz a IBM, é transformar o Porto numa cidade mais inteligente. António Pires dos Santos, líder de Smarter Cities IBM Portugal, disse à “Vida Económica” que este projeto utiliza a experiência acumulada da IBM em mais de 2500 projetos desenvolvidos com cidades em todo o mundo.

Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto, assina o protocolo com a IBM PortugalMatos.

Na sua visita ao Porto, a IBM teve ainda tempo para dar um “saltinho” à Universidade do Porto (UP), onde assinou um protocolo que alarga o âmbito da parceria entre as duas entidades.

Sony Mobile aumenta gama de smartphonesA Sony Mobile lançou dois novos smartphones Xperia que vêm unir-se às no-vidades de 2013: o Xperia SP e o Xperia L. O Xperia SP proporciona uma performance LTE 4G e uma experiência de visualização excecional graças ao ecrã de alta definição integrado num design premium. O Xperia L inclui uma câmara com a tecnologia de ponta HDR para fotos e vídeos reproduzidos num ecrã de alta qualidade.

TECNOLOGIAS

24 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

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ligenteSafira faz balanço positivo após cinco anos nas redes sociais

Desde 2009 que a tecnológica portu-guesa Safira está presente nas redes sociais. Atualmente, a empresa tem presença ativa no Facebook participa no Twitter, Google+, LinkedIn, Vimeo e Youtube. Fonte oficial explicou à “Vida Económica” que as redes sociais funcionam essencialmente como um canal para aumentar o conhecimento e in-teresse sobre a empresa, complementando e reforçando as outras áreas do marketing, bem como para promover a interação e proximidade junto dos diferentes targets da empresa, nas diferentes geografias. Daí terem optado pelo inglês como língua uni-versal. “Com esta presença, alargamos o alcance da comunicação da Safira e a cons-ciência do seu valor acrescentado. A nível interno, ao incentivarmos os colaboradores a darem os seus contributos e partilharmos as diferentes iniciativas que vão ocorrendo, reforçamos o compromisso com a empresa e o sentido de pertença”. A empresa procu-ra ainda divulgar sempre conteúdos atuais, relevantes, úteis e interessantes para o target a quem se dirigem, incluindo áreas como a responsabilidade social, recrutamento e ini-ciativas de RH, eventos internos e externos, novos projetos, nomeações, prémios/resul-tados/conquistas, notícias de terceiros rele-vantes para a atividade, artigos escritos por colaboradores, casos de sucesso, informação sobre parceiros, vídeos, fotos, estudos/rela-tórios e outras curiosidades sobre a empresa e sua envolvência.

Gestão é feita pela equipa de marketing

A gestão desta presença é efetuada pela área do marketing, em parceria com a agência de comunicação, “mas todos os colaboradores são incentivados a contribuir com conteúdos e inputs para enriquecer este canal. No que respeita especificamente ao grupo interno (“Safira Inside” no Facebook), existe também uma grande dinamização por parte da área de recursos humanos, e qualquer colaborador da Safira pode publicar posts”.

Cinco anos depois, o resultado é “extre-mamente positivo”. “Através desta via, a Sa-fira tem chegado e interagido de forma mais regular e dinâmica junto de colaboradores, potenciais colaboradores, clientes, prospects e parceiros. Através das métricas analisadas, vimos um progressivo interesse e ação sobre as nossas publicações, um aumento da parti-cipação interna e um contínuo crescimento da comunidade em cada rede”.

Questionados sobre se procuraram algum tipo de consultoria ou aconselhamento antes de iniciarem a “aventura” nas redes sociais, fonte oficial da empresa disse que, na altura, em 2009, nem sequer existia um serviço de consultoria focado na área. “Mas percebe-mos o seu potencial, quer a nível de business development, quer de recrutamento e cola-borativo, e em parceria com a nossa agência de comunicação avançámos, aprendemos, experimentámos e fomos sempre evoluindo com a experiência, novas tendências, melho-res práticas e avaliação contínua”.

tuais problemas antes que eles surjam, e coordenar e gerir a resolução dos mesmos, facilitando a comunicação entre os dife-rentes intervenientes e permitindo a plani-ficação e sincronização dos esforços.

Mais, no documento distribuído à im-prensa, a IBM explana que o novo centro possibilitará que os cidadãos interajam em tempo real com a cidade, utilizando ferramentas colaborativas e redes sociais, deixando, por exemplo, sugestões ou assi-nalando situações de risco.

Questionado sobre se estão previstas outras formas de colaboração com a ci-dade do Porto, António Pires dos Santos especificou que o protocolo assinado visa exclusivamente a execução de uma pro-va de conceito para a criação do COI, usando o software Intelligent Operations Center da IBM. “Uma futura colabo-ração será analisada posteriormente”. “O nosso compromisso com o cidadão e com a eficiência dos serviços é diário des-de que assumimos a gestão do município. São exemplos disso o Gabinete do Muní-cipe, onde centralizámos o atendimento de todos os serviços municipais, o Gabi-nete do Inquilino Municipal, para rela-cionamento com os inquilinos dos bair-ros sociais, ou o Balcão de Atendimento Virtual onde virtualizamos o atendimen-to ao munícipe, indo assim de encontro às atuais necessidades e expectativas dos cidadãos”, referiu na mesma cerimónia o presidente da Câmara Municipal do Por-to, Rui Rio. Para o autarca, com este pro-tocolo foi dado mais um passo no sentido de estudar, desenvolver e testar soluções que visem tornar o Porto uma cidade ain-da mais inteligente, com maior envolvi-mento e maior proximidade do cidadão. “Agregar, integrar e relacionar informa-ção e interligar sistemas permitirá planear melhor, antecipar problemas, melhorar os processos de decisão e os níveis de serviço incentivando, construindo, assim, dia a dia, uma cidade melhor para viver e con-sequentemente melhor para visitar”.

UP também teve “direito” a protocolo

Na sua visita ao Porto, a IBM teve ainda tempo para dar um “salitinho” à Univer-sidade do Porto (UP), onde assinou um protocolo que alarga o âmbito da parceria entre as duas entidades. O novo protoco-lo entre a UP, a Faculdade de Engenharia (FEUP) e a IBM, no âmbito do Centro de Estudos Avançados (CAS IBM Portu-gal), prevê uma colaboração mais estreita com vista ao desenvolvimento de soluções avançadas nas áreas das tecnologias de co-municação e à utilização por parte da UP do software Intelligent Operations Center da IBM, no contexto do novo Centro de Competências para as Cidades do Futuro promovido pela FEUP.

TECNOLOGIAS

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 25

FACTIS lança Eh!Fatura2013 A FACTIS desenvolveu uma aplicação para dispositivos móveis que permite o registo simples de todas as faturas passíveis de aumentar o reembolso no IRS dos contri-buintes, no âmbito da medida do governo para incenti-vo ao pedido de fatura.

PHC “antecipa” versão 2014A PHC anunciou o lançamento da sua nova versão 2014 do Software PHC CS. Entre as novidades destacam-se a possibilidade de gerar ficheiros SEPA, o controlo das dívidas incobráveis de clientes ou a gestão de subsídios de alimen-tação.

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O Conselho Europeu insiste que é ne-cessário avançar com as reformas no sen-tido de garantir o equilíbrio orçamental. No entanto, chama a atenção que é ne-cessário reforçar os esforços de comba-te à fraude e à evasão fiscais, ao mesmo tempo que devem ser seguidas políticas favoráveis ao crescimento. Será dada prioridade aos trabalhos sobre os dossiês fiscais pendentes, como são os casos das propostas relativas à tributação da ener-gia, à matéria coletável comum consoli-dada do imposto sobre as sociedades e a revisão da diretiva da poupança.

No centro das preocupações do Con-selho Europeu, no que respeita à fiscali-dade, está o combate à fraude e à evasão fiscais, sendo fundamental que todos paguem a sua quota-parte de impostos. “Por conseguinte, são necessários esfor-ços renovados para melhorar a eficiên-cia da cobrança de impostos e combater a evasão fiscal, nomeadamente através de acordos sobre tributação da poupança com países terceiros e progressos rápidos na resolução do problema da fraude em sede do IVA. É necessária uma coopera-ção estreita com a OCDE e o G20 para o desenvolvimento de normas acordadas internacionalmente para a prevenção da erosão da base tributável e das transfe-rências de lucros.”

Fica a garantia de que a União Euro-peia vai coordenar, de forma efetiva, as suas posições. O Conselho Europeu ape-la a que sejam levados por diante os tra-balhos sobre os dossiês fiscais pendentes, como as propostas relativas à tributação da energia, à matéria coletável comum consolidada do imposto sobre as socie-dades e à revisão da diretiva Tributação da Poupança. Regista ainda que os tra-balhos sobre a cooperação reforçada, re-lativa a um imposto sobre as transações financeiras, estão a avançar.

O Conselho defende que estão a regis-tar-se progressos substanciais no sentido de assegurar orçamentos estruturalmen-te equilibrados, “devendo os mesmos ser prosseguidos”. Sublinha, em especial, a necessidade de uma consolidação orça-mental diferenciada e favorável ao cres-cimento, recordando as possibilidades oferecidas pelas regras orçamentais em

vigor do Pacto de Estabilidade e Cres-cimento e do Tratado sobre Estabilida-de, Coordenação e Governação. “Deverá dispor-se de um conjunto adequado de medidas, tanto do lado da despesa como da receita, incluindo medidas de curto prazo destinadas a impulsionar o cresci-mento e a apoiar a criação de emprego.

Conselho Europeu dá prioridade

a dossiês fiscais pendentesMARÇO

Até ao dia 25

Comunicação dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pessoas sin-gulares ou coletivas que tenham sede, esta-belecimento, estável ou domicílio fiscal em território português e que aqui pratiquem operações sujeitas a IVA.

Até ao dia 31

- Entrega da Declaração de rendimentos Mo-delo 3, em suporte de papel, pelos sujeitos passivos com rendimentos da trabalho de-pendente (Cat. A) e pensões (Cat. H). - Entrega da declaração de alterações, pe-los sujeitos passivos de IRS que pretendam alterar o regime de determinação do rendi-mento e que reúnam os pressupostos para exercer essa opção. - Entrega da Declaração Modelo 13, por trans-missão eletrónica de dados, pelas instituições de crédito e Sociedades financeiras que inter-venham nas operações com valores mobiliários, warrants autónomos e instrumentos financeiros derivados.

- Pagamento especial por conta – Paga-mento da totalidade ou da 1ª prestação do pagamento especial por conta de IRC pelas entidades residentes que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e não residentes com estabelecimento estável, com periodicidade coincidente com o ano civil. - Entrega da declaração de alterações para opção pelo regime especial de tributação de grupos de sociedades, ou para comunicação de inclusão ou de saída de sociedades do pe-rímetro ou ainda de renúncia ou cessação de aplicação do regime nos casos em que o pe-ríodo de tributação coincida com o ano civil.

- Pequenos retalhistas – Entrega pelos reta-lhistas sujeitos ao regime de tributação previs-to no art. 60º do CIVA, da Declaração Modelo 1074, em triplicado, donde constarão as aqui-sições efetuadas durante o ano anterior. - Entrega da Declaração de Alterações pelos sujeitos passivos que a 31 de dezembro de 2012 estavam abrangidos pelo regime de isenção previsto na alínea 33) do art.º 9.º, e que nesse ano tenham realizado um vo-lume de negócios superior a 10 000 J ou não reúnam as demais condições previstas no regime especial de isenção do art.º 53.º.- Entrega do pedido de restituição IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto suportado, no ano civil anterior, noutro Estado membro ou país terceiro, quando o montante a reembol-sar for superior a J 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos ou, se pe-ríodo inferior, desde que termine em 31 de dezembro do ano civil imediatamente anterior e o valor não seja inferior a J 50.

Liquidação e pagamento do Imposto Único de Circulação - IUC, relativo aos veículos cujo ani-versário da matricula ocorra no mês de março.

GRANDES

CONTRIBUINTESCritérios de seleção

Foi publicada no dia 13 de março a Portaria n.º 107/2013, diploma que vem estabelecer os critérios de seleção dos contribuintes cuja situação tributária deve ser acompanhada pela Unidade dos Grandes Contribuintes da Autoridade Tributária e AduaneiraAs entidades que nos, termos da referida portaria, sejam classificadas como “Gran-des Contribuintes” são identificadas em relação alfabética a aprovar por despacho do diretor-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira a publicar no Diário da Repúbli-ca. Esta relação tem uma vigência de qua-tro anos podendo, por despacho do diretor--geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, ser anualmente acrescida dos contribuintes que passem a preencher os correspondentes requisitos.

AGENDA FISCAL

FISCALIDADEA Universidade do Minho e a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas vão promover uma homena-gem a Joaquim da Cunha Guimarães no próximo dia 3 de maio. A conferência tem lugar na Uni-versidade do Minho, em Braga. “Desafios atuais da contabilidade pública – Da teoria à prática” é o tema do evento que durante um dia vai decorrer no Campus de Gualtar. Durante os trabalhos serão abordados temas que Joaquim da Cunha Guimarães analisou em trabalhos académicos e enquanto profissional, nas áreas da contabilidade, da fiscalidade e das finanças públicas.

26 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

O Governo português, por portaria, atualizou a lista dos paí-ses ou jurisdições que integram o conceito de “país terceiro equiva-lente”, no âmbito da prevenção e da repressão do branqueamento de capitais e do financiamento de capitais. O regime comuni-tário prevê medidas de natureza preventiva e repressiva.

Como foram aprovadas no-vas versões do Entendimento Comum adotado pelos Esta-dos-Membros da União Euro-peia no seio do Comité sobre a Prevenção do Branqueamento de Capitais e do Financiamen-to do Terrorismo, relativamen-

te à prevenção da utilização do sistema financeiro para efeitos de branqueamento de capitais e do financiamento do terro-rismo, tornou-se necessário proceder à atualização daquela lista. A Portaria nº 150/2013 considera como tendo regime equivalente ao nacional, no que respeita aos requisitos impostos em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terroris-mo e à respetiva supervisão os seguintes países ou jurisdições: África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Esta-dos Unidos, Hong-Kong, Ín-

dia, Japão, México, Singapura e Suíça.

A referida lista inclui ainda os territórios franceses de Mayot-te, Nova Caledónia, Polinésia Francesa, São Pedro e Mique-lão e Wallis e Futuna, bem como os holandeses de Aruba, Bonaire, Curação, Saba, San-to Eustáquio e São Martinho. Esta lista não é aplicável aos países da União Europeia ou do Espaço Económico Euro-peu que beneficiam de reco-nhecimento mútuo “de jure”, relativamente à prevenção da utilização do sistema financeiro para efeitos de branqueamento

de capitais.A lista é atualizada com base

na informação disponível a nível internacional, conside-rando os critérios definidos no âmbito do Comité de Pre-venção do Branqueamento de Capitais e do Financiamento do Terrorismo, tendo em con-ta a prevenção da utilização do sistema financeiro para efeitos de branqueamento de capitais, e de acordo com os relatórios públicos de avaliação adotados pelo Grupo de Ação Financei-ra Internacional, pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial.

Portugal atualiza lista que integra conceito de “país terceiro equivalente”

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O procedimento de reclamação graciosa visa a impugnação dos atos tributários de liquidação dos impostos, fixação da matéria coletável e, de acordo com as regras especiais previstas nos artigos 131.º a 133.º do Código do Procedimento e do Processo Tributário (CPPT), os atos de autoliquidação, retenção na fonte e pagamentos por conta.Nos termos do artigo 99.º do CPPT, ex- vi artigo 70.º, n.º 1, a reclamação graciosa é interposta com um dos seguintes fundamentos:a) Errónea qualificação e quantificação dos rendimentos, lucros, valores patrimoniais e outros factos tributários;b) Incompetência;c) Ausência ou vício da fundamentação legalmente exigida;d) Preterição de outras formalidades legais.Estes fundamentos não são, todavia, taxativos: é entendimento aceite pela doutrina e jurisprudência que o contribuinte pode invocar qualquer tipo de ilegalidade como fundamento para a reclamação. Pretende-se

que a reclamação graciosa seja o meio de defesa por excelência a utilizar pelos contribuintes antes do recurso aos meios judiciais. Neste sentido, o contribuinte não pode, em simultâneo, apresentar uma reclamação graciosa e uma impugnação judicial. Caso opte pela reclamação graciosa, o contribuinte deverá aguardar a decisão de indeferimento para recorrer, se assim o entender, aos meios judiciais (ou,

em alternativa, o indeferimento tácito).O prazo geral de apresentação da reclamação graciosa é de 120 dias, contados dos factos previstos no n.º 1 do artigo 102.º do CPPT, a saber:a) Termo do prazo para pagamento voluntário das prestações tributárias legalmente notificadas ao contribuinte;b) Notificação dos restantes atos tributários, mesmo quando não deem origem a qualquer liquidação;c) Citação dos responsáveis subsidiários em processo de execução fiscal;d) Formação da presunção de indeferimento tácito;e) Notificação dos restantes atos que possam ser objeto de impugnação autónoma nos termos deste Código;f ) Conhecimento dos atos lesivos dos interesses legalmente protegidos não abrangidos nas alíneas anteriores.

Impugnação do ato de liquidação

No Código do Procedimento e Processo Tributário consagram-se, ainda, alguns prazos especiais em que a reclamação graciosa deve, obrigatoriamente, preceder a impugnação judicial. No caso dos impostos autoliquidados (IVA ou IRC, p. ex.), o prazo de reclamação é de dois anos a contar da entrega da declaração (131.º, n.º 1); nos casos de impugnação de retenções na fonte, o prazo é de dois anos a contar do termo do ano em que tiver sido feito o pagamento indevido (artigo 132.º, n.º 3); por fim, relativamente aos pagamentos por conta, a reclamação graciosa deve ser apresentada no prazo de 30 dias a contar do pagamento indevido (artigo 133.º, n.º 2).Não existindo obrigatoriedade de apresentação de reclamação graciosa, o contribuinte pode impugnar diretamente o ato de liquidação, através de impugnação judicial a apresentar junto dos tribunais tributários, no prazo de três meses (102.º, n.º 1 do CPPT).Ultrapassados os prazos para apresentação de impugnação judicial ou reclamação graciosa, o contribuinte apenas pode, se preenchidos os respetivos requisitos, recorrer ao pedido de revisão do ato tributário.

Impugnação dos atos tributários– da reclamação graciosa

à impugnação judicial

AMÂNDIO SILVAJURISTA DA ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS

O contribuinte pode invocar qualquer tipo de ilegalidade como fundamento para a reclamação. Pretende-se que a reclamação graciosa seja o meio de defesa por excelência a utilizar pelos contribuintes antes do recurso aos meios judiciais

Reformulado regime de apoio à contratação de desempregadosFoi publicada a Portaria nº 106/2013, de 14 de março, a qual reformula o regime de apoio financeiro à contratação e promoção profissional de desempregados inscritos nos centros de emprego, sob a designação Medida Estímulo 2013. As principais alterações respeitam ao alar-gamento das categorias de desempregados elegíveis e ao aumento da duração máxima do pe-ríodo de concessão do apoio financeiro e o respetivo valor mensal.

AT uniformiza procedimentos relativos aos juros de moraA Autoridade Tributária e Aduaneira emitiu um ofício-circulado com vista à harmonização de procedimentos por parte dos seus serviços no que se refere à definição do momento que, face às alterações introduzidas pelo Orçamento do Estado, é relevante para efeitos de contagem de juros de mora, com vista à determinação do valor da garantia a prestar em processo de execu-ção fiscal, para efeitos da sua suspensão.

FISCALIDADE

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 27

CONTAS & IMPOSTOS

Prestações de serviços em imóvel situado em território nacional sujeitos a tributação em sede de IVAUma agência de viagens ou organizador de circuitos turísticos atua em nome próprio quando o cliente recorre aos seus serviços e é a agência ou organizador do circuito que fatura em nome próprio as prestações efetuadas.

Uma empresa arrenda casas para férias ao ano de forma direta e indireta (operações turísticas de arrendamento). Diretamente, quando têm um contrato de arrendamento do imóvel para subalugueres temporários ou anuais e indiretamente quando recebe uma comissão do cliente pela angariação de “inquilinos”. No âmbito da sua atividade, tem parcerias com operadores turísticos sediados no estrangeiro, nomeadamente França, Reino Unido, Suíça, entre outros. Nesta situação, a operação comercial que ocorre é a seguinte: a empresa no estrangeiro capta o cliente e encaminha-o para a empresa em questão que, por sua vez, encaminha o cliente para o proprietário que dá uma comissão ou então e empresa aluga essa casa pelo período solicitado. Como funciona o IVA nestas situações: deve existir lugar ao pagamento do IVA à taxa legal (para operações turísticas) ou estão isentos por ser uma transação internacional e/ou intracomunitária?

A empresa em questão presta serviços relacionados com um imóvel sito no território nacional. De acordo com as regras de localização do art.º 6.º do CIVA, são tributáveis as prestações de serviços relacionadas com um imóvel situado no território nacional,incluindo os serviços prestados por arquitetos, por empresas de fiscalização de obras, por peritos e agentes imobiliários, e os que tenham por objeto preparar ou coordenar a execução de trabalhos imobiliários, assim como a concessão de direitos de utilização de bens imóveis e a prestação de serviços de alojamento efetuadas no âmbito da atividade hoteleira ou de outras com funções análogas, tais como parques de campismo (art.º 6.º, n.º 8, al. a), do CIVA). Deste modo, se o imóvel está situado em Portugal, a operação é aqui tributada em IVA. Acerca do regime especial das agências de viagens importa ter em atenção o disposto no Decreto-Lei n.º 221/85, de 3 de julho, que estabelece as normas, em matéria de imposto sobre o valor acrescentado, pelas quais se regem as agências de viagens e organizadores de circuitos turísticos relativamente às operações em que atuam em nome próprio perante o cliente e façam recurso, para a realização dessas mesmas operações, a transmissão de bens e prestações de serviços efetuadas por terceiros. A aplicação destas normas às operações das agências de viagens e organizadores de circuitos turísticos pressupõe que essas entidades: - Atuem em nome próprio perante os clientes; - Recorram, para a realização dessas operações, a transmissão de bens ou a prestação de serviços, efetuadas por terceiros; - Tenham no território nacional sede ou

estabelecimento estável, a partir do qual os serviços sejam prestados. Uma agência de viagens ou organizador de circuitos turísticos atua em nome próprio quando o cliente recorre aos seus serviços e é a agência ou organizador do circuito que fatura em nome próprio as prestações efetuadas, sendo os serviços prestados por terceiros faturados em nome da agência. Quando tal não aconteça, ou seja, sempre que a agência de viagens intervenha como mera intermediária, atuando em nome e por conta do cliente, fica afastada a aplicação do regime especial das agências de viagens previsto no citado Decreto-Lei n.º 221/85 e a tributação é efetuada nos termos gerais do Código. O apuramento do IVA efetuado ao abrigo do Decreto-Lei n.º 221/85, de 3 de julho, é efetuado por período de tributação e não por operação. No exemplo apresentado, a empresa não irá aplicar o regime das agências de viagens. O alojamento será faturado à taxa reduzida e as

comissões de intermediação à taxa normal. Note-se que o regime de IVA nas agências de viagens e operadores de circuitos turísticos não se aplica apenas às entidades que detêm o estatuto de agência de viagens ou operador turístico. Também é entendimento já sancionado que a prática de uma única operação (como sendo a venda de alojamento previamente adquirido a terceiro) não impede a aplicação do regime. Porém, para que, no caso da venda de um serviço de alojamento previamente adquirido a terceiro seja considerado no âmbito deste Regime Especial de atuação de entidade vendedora (aqui a empresa). este não se pode limitar à mera reserva de alojamento, deve incluir outras prestações como as informações e conselhos para férias. Acresce ainda que os serviços prestados pela entidade que aplica o regime especial terão de se inserir no conceito de prestação de serviços de viagem ainda que não seja a própria entidade a fornecer o transporte. Ou seja, terão de se tratar da venda de alojamento turístico (e não, por exemplo, para habitação). Informação elaborada pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, segundo o Novo Acordo Ortográfico

De acordo com as regras de localização do art.º 6.º do CIVA, são tributáveis as prestações de serviços relacionadas com um imóvel situado no território nacional

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EMPRESAS

FERNANDA SILVA [email protected]

Foi inaugurada recentemente a primeira clínica 32 Senses Ad-vanced Oral Care no Porto. Em-bora a laborar desde janeiro de 2013, a nova clínica, situada na Av. Montevideu, na Foz do Dou-ro, só agora abriu oficialmente ao público.

A clínica, a segunda do grupo neste segmento, apresenta uma abordagem médica inovadora, em que as intervenções se ba-seiam no conceito de “full mouth rehabilitation”, que funde saúde oral e medicina estética. Apostan-do nas mais recentes técnicas de implantologia oral, ortodontia, periodolontologia, odontopedia-tria e cirurgia oral, este conceito permite estudar o rosto como um todo harmonioso que conjuga os vários elementos faciais.

Os pacientes podem, ainda, usufruir de um conjunto de ser-viços complementares, como o acompanhamento por um gestor de paciente, que torna todo o pro-cesso mais fácil e confortável, salas de recobro privativas ou mesmo salas de espera privadas.

Além de tudo isto, a 32 Senses Advanced Oral Care aplica ainda uma terapia, inédita em Portugal: a terapia linfo-energética. Trata--se de um método de drenagem que, através de suaves massagens no rosto e no pescoço, ativa a cir-culação sanguínea. “Quando rea-lizada no pré e pós-procedimento médico, acelera o fluxo linfático e reduz drasticamente o edema, aliviando a dor e facilitando a ci-catrização, para além de propor-cionar relaxamento e bem-estar”,

explica Carlos Falcão, diretor clí-nico.

As expetativas do grupo para este novo espaço são elevadas e apontam para uma faturação neste primeiro ano de cerca de 2 milhões de euros e para o retor-no do investimento em 2 anos. Diga-se, desde já, que este objeti-vo foi reforçado pela performan-ce do primeiro mês que atingiu

uma faturação próxima dos 200 mil euros. Espera-se também que cerca de 30% desta faturação seja conseguida através de pacientes estrangeiros, tendência que já se fez sentir neste primeiro mês de faturação.

Investimento de 20 milhões

Fundado em Março de 2011,

o 32 Senses Group nasceu de uma oportunidade identificada pela Inter-Risco — sociedade de capital de risco. Aberta a sua pri-meira clínica em Julho de 2011, o grupo conta já com 55 clínicas dentárias em todo o país, que re-presentam um investimento de 20 milhões de euros, e opera em três segmentos distintos: conve-niência, tradicional e premium.

HORA CERTA REÚNE NUM ÚNICO ESPAÇO VÁRIOS SERVIÇOS DE APOIO ÀS EMPRESAS

Ez.Biz lança projeto inovador de serviços integrados

Clínica 32 Senses Advanced Oral Care abre no Porto

FERNANDA SILVA [email protected]

A atual conjuntura económica tem tor-nado evidente uma crescente necessidade de remodelação dos modelos de negócio até agora seguidos. Exemplo disso mes-mo, a Ez.Biz acaba de apresentar o novo conceito Hora Certa Serviços Integrados, um projeto que visa reunir num único lo-cal um conjunto de serviços empresariais que vão da contabilidade, à solicitadoria, passando pelos seguros e pelos serviços bancários.

Situado em Oliveira de Azeméis, e já em funcionamento, o novo espaço resulta de uma parceria que “junta aos serviços já dis-ponibilizados pela Ez.Biz, os serviços do ju-rista Eduardo Martins, do advogado Miguel Pinheiro Paiva e do Santander Totta”. “Para breve” está ainda prevista uma parceria com “uma Agente de Execução”, explica Patrícia Valente.

Em declarações à Vida Económica , a res-ponsável da Ez.Biz, explica que a missão do projeto Hora Certa “concretiza-se pelo velho ditado “Um por todos, todos por um!”, pois “a conjuntura atual exige uma partilha de contactos, de conhecimentos, de serviços, de modo a que se verifique um ganho comum”.

Afirmando que “a era dos monopólios e

do egoísmo já não modela a nossa econo-mia, até porque, diariamente, verifica-se um fechar constante de portas de comerciantes locais, sejam de pequenas ou enormes di-mensões”, a técnica oficial de contas (TOC) defende que “existe, agora, a necessidade de partilha, até dos lucros”.

Prática de preços ajustados ao poder de compra atual

Em contrapartida, prossegue Patrícia Va-lente, “esta mesma realidade traz como mais--valia aos nossos clientes o solucionar dos problemas num único espaço”, sendo que

“a agregação de serviços permite a prática de preços ajustados ao poder de compra atual e, ao mesmo tempo, acresce o seu valor pela comodidade que proporciona aos clientes”.

Questionada se a contratação um gabine-te de contabilidade ainda é vista como uma obrigação ou são já reconhecidas as mais-va-lias decorrentes de uma verdadeira parceria, a responsável assegura que “existe, de facto, a obrigação de um contratar os serviços de um TOC para a maioria das entidades.

No entanto, esta obrigação tem-se trans-formado em necessidade”. Nesse sentido, a Ez.Biz “não pretende ser um mero gabinete de contabilidade. Temos um leque de serviços ao dispor dos nossos clientes, um atendimen-to personalizado, e, de facto, uma parceria contratualizada com eles”. Ainda assim, admi-te Patrícia Valente, “a mentalidade da maioria dos nossos comerciantes ainda se mantém um pouco fechada. No entanto, à medida que os vamos abordando, denotamos uma maior abertura para a necessidade de uma parceria, literalmente dita, com o seu contabilista, quer pela necessidade de uma gestão de tesouraria mais reduzida, quer por implementação de estratégias potenciadoras do seu desenvolvi-mento, quer pelo simples aconselhamento do próximo passo a dar por forma a manter a sobrevivência do negócio”, finaliza.

Solucionar vários problemas num único espaço é o objetivo do conceito Hora Certa.

Smile.Up Clínicas Dentárias, Alba — Saúde Dentária e 32 Senses Advanced Oral Care são as três marcas do grupo com serviços especializados para diferentes estratos da população

Immochan e IEFP criam bolsa de emprego para o Alegro SetúbalA Immochan, imobiliária comercial do Grupo Auchan Portugal, e o Instituto de Emprego e Formação Profissional estabeleceram um protocolo que visa a criação de uma bolsa de empre-go para o futuro Alegro Setúbal que irá criar mil postos de trabalho diretos e 500 indiretos e resulta de um investimento global de 110 milhões de euros, dos quais 70 milhões resultam da reconversão da Galeria Comercial Jumbo.

28 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

A clínica apresenta uma abordagem médica inovadora, em que as intervenções se baseiam no conceito de “full mouth rehabilitation”, que funde saúde oral e medicina estética.

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Há cada vez mais idosos e menos jovens na população ativa. Por isso, o atual sistema de segurança social, tal como está concebido na atualidade, não tem sustentação fi nanceira no futuro. A solução passa por constituir poupanças para a reforma. Esta é a opinião de duas especialistas na matéria, Graça Martins, “brand strategist” da Mola Ativism e fundadora da Bainha de Copas, e Mariana Branquinho, “managing partner” da Heidrick & Stuggles.

FERNANDA SILVA [email protected]

No cenário mais provável, daqui a 18 anos, Portugal poderá ser um país com me-nos pessoas e mais envelhecido. O número de idosos poderá vir a ser o dobro do dos jovens e por cada idoso poderá haver ape-nas duas pessoas em idade ativa. Conscien-te desta realidade, a Fundação Francisco Manuel dos Santos organizou recentemen-te um debate sob o tema “Que futuro para as nossas profi ssões?”

Em declarações à “Vida Económica”, Graça Martins, brand strategist da Mola Ativism e fundadora da Bainha de Copas, e Mariana Branquinho managing partner da Heidrick & Stuggles, falam da insusten-tabilidade do atual sistema de segurança social e do impacto que a crise pode ter nas gerações mais jovens.

“O atual sistema de segurança social será, certamente, incomportável por mui-

tos mais anos”, começa por afi rmar Graça Martins. Todavia, para a “brand strategist” da Mola Ativism e fundadora da Bainha de Copas, tal “não é uma fatalidade”, apenas o será “se não pararmos para perceber de que forma é que se podem gerar alternativas que, mais uma vez, dependam um pouco mais de cada um de nós”.

Ainda assim, para esta responsável, ainda “é difícil defi nir a linha certa entre o nível de proteção que se deve manter, que o sis-tema pode pagar, e o nível de incentivo, nomeadamente a recuperação ou criação do próprio emprego, que não deve deixar de existir”.

Salientando que a evolução da socieda-de “já há muito que deixou de ser com-patível” com sistemas de segurança social atualmente existentes, Graça Martins acre-dita ser já “mais ou menos consensual” que, no futuro, “será necessário, ou pelo menos prudente, incrementar o valor das poupanças ao longo da vida” de modo a ter um “pé-de-meia adicional” que permita complementar as pensões de reforma. Da mesma forma, para a “brand strategist” da Mola Ativism uma coisa “parece certa” quando se fala em aliviar os encargos da Segurança Social: “Vamos ter que traba-lhar até mais tarde” e “não vamos ter só uma profi ssão ou um só emprego”.

Já quanto à questão do plafonamento das pensões, com introdução de um limite legal máximo, a fundadora da Bainha de Copas é da opinião que esta “poderá ser uma medida necessária já no curto prazo, se escassearem as receitas para fazer face a todas as presta-ções sociais”. Contudo, o problema estará em “assegurar que a introdução destes tetos máximos não desrespeite a carreira contri-butiva de cada reformado”.

Mudança de paradigma ao nível do trabalho

Quando se tenta aferir quais são os gru-

POUPANÇAS DE REFORMA SÃO A ALTERNATIVA COMPLEMENTAR

Sistema de segurança social é insustentável

O número de idosos poderá vir a ser o dobro do dos jovens e por cada idoso poderá haver apenas duas pessoas em idade ativa.

pos etários mais afetados pela presente situação económica, os jovens surgem no topo da lista.

Questionada acerca do impacto da atu-al crise que herança poderá esta deixar aos mais jovens e, sobretudo, àqueles que procuram uma oportunidade no merca-do de trabalho, Mariana Branquinho da Fonseca, “managing partner” da Heidri-ck & Stuggles, é otimista e garante que, “mais que cicatrizes, o importante é qual a aprendizagem que se pode retirar” da atual situação.

“É sabido que o mercado se contraiu, o número de oportunidades é mais redu-zido, as empresas têm mais reservas em contratar, o próprio nível de exigência que colocam é maior, para além do facto

de existirem mais pessoas à procura, ou disponíveis”. Por essa razão, “hoje, encon-trar trabalho é um desafi o para qualquer pessoa, jovem ou não”, explica a respon-sável.

A terminar, a responsável da consultora Heidrick & Stuggles salienta que “esta-mos a assistir a uma mudança de paradig-ma”, na qual “passamos de uma geração onde a carreira profi ssional era desenvol-vida sempre na mesma instituição, e onde muitas vezes a pessoa seguia à ‘boleia’ dos desafi os que a organização propunha”, para uma “geração em que a carreira é fei-ta por projeto”, em que as pessoas “procu-ram fazer coisas diferentes, contra a rotina e com impacto, não estando preocupados com a estabilidade ou a continuidade”.

Roadshow “Viva o seu dia com a Avon” percorre Portugal A AVON Portugal realiza de 15 de março a 15 de junho, o roadshow “Viva o seu dia com a AVON” por Portugal Continental e Ilhas. Esta ação inclui o passatempo FASHION MAKE UP by AVON e decorrerá nas lojas C&A, percor-rendo cerca de 40 espaços comerciais, das principais cidades de Norte a Sul do país. Nestes locais, os clientes vão poder usufruir de uma sessão de maquilhagem gratuita com produtos AVON.

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 29

EMPRESAS

Amore Nostrum celebra 10º aniversário

A Amore Nostrum completou o seu 10º aniversário dia 20 deste mês de março. E além de celebrar o nascimento da primeira agên-cia, no Porto, outras cidades estão de parabéns, tais como Braga, Leiria e Coimbra, igualmente inauguradas no mês de março de anos posteriores.

OBJETIVOS GERAIS: ACTUALIZAÇÃO LEGISLATIVA.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Análise de todas as obrigações laborais a que estão sujeitos os empregadores. Análise da responsabilidade contra-ordenacional em caso de incumprimento dos vários procedimentos e formalidades no âmbito das relações laborais e condições de trabalho. Consequências e apreciação prática do preenchimento do Relatório Único.

DESTINATÁRIOS: Técnicos e Técnicos Superiores de Segurança do Trabalho, Contabilistas, Técnicos Oficiais de Contas, Técnicos de Contabilidade, Empregadores e Responsáveis dos Recursos Humanos.

PROGRAMA: Introdução:Enquadramento jurídico (Código do Trabalho - aprovado pela Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro; Lei n.º 105/2009 de 14 de Setembro; Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro).

Apreciação prática dos diversos formulários do Relatório Único:

segurança e saúde no trabalho

Contra-ordenações laborais:

PORTO 3 abril 2ª edição09h30-13h0014h30-18h00

Formadoras: Dra. Susana Pardilhó Ferreira,

nomeadamente em legislação laboral,

ambiente. Co-autora do livro “Relatório Único - Orientações práticas”.

Dra. Lurdes Oliveira, Licenciada

de Segurança do Trabalho. Co-autora do livro “Relatório único - orientações práticas”. Autora do livro “Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho - Manual de Apoio”. Co-autora da 4.ª edição da agenda SST anotada.

Preços (+ IVA): Geral G 75Ass. VE G 55Organização:

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: Vida Económica - Patricia Flores

[email protected]

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Aprofundar a ligação entre o turismo e a cultura pode representar “um pequeno salto” qualitativo para a economia nacional. No balanço de mais uma edição do Fantasporto, Mário Dorminski deu a conhecer os receios para o futuro do festival, que este ano recebeu 40 mil espectadores em sala.MARC [email protected]

A ligação entre o turismo e a cultura pode representar mais de 40% do PIB nacional e é fundamental “aprofundar esta relação”, para que o país possa dar “um pequeno salto”.

Na perspetiva de Mário Dorminski, um dos diretores do Fantasporto e atual vereador da cultura do município de Gaia, “o turismo e serviços associados representam 25% do PIB e a cultura 6%; se adicionarmos o cinema co-mercial, chegamos aos 16%”. Mas “em Por-tugal só se fala dos pastéis de Belém”, critica.

No decurso do balanço de mais uma edição do certame, a trigésima terceira, Mário Dor-minski deu como exemplo o facto de que, “durante o Fantas, os restaurantes do centro da cidade, que ao longo do ano encerram du-rante a noite, estão abertos, e a hotelaria tem a lotação esgotada”. É este efeito de arrasto que aquele responsável considera necessário aprofundar.

Porém, o cenário parece não ser esse. “Não sabemos qual o futuro do festival”, resumiu. “Em 2014, a verba que o ICA (Instituto do Cinema e Audiovisual) tem disponível para todos os festivais do país é aquela que con-sideramos justa para o Fantas”. Do Turismo de Portugal, o apoio é reduzido. Da parte dos privados, o panorama não se mostra mais po-sitivo: a Unicer, “nossa parceira de décadas, baixou em 80% o apoio ao Fantasporto”.

Por tudo isto, disse, “tem sido difícil nos últimos dois anos organizar o festival”. Apesar de tudo, “a inovação tem sido uma constante ao longo dos anos”, tendo sido criadas várias secções e eventos paralelos que possibilitaram levantar parcerias com outras entidades, como universidades e ordens profissionais. Estas, re-sumiu, “permitiram alargar os públicos”. Tudo isto contribuiu para tornar o Fantas, “mais que um festival de cinema, um evento cultural”.

Dorminski salienta que, em Portugal, “o Fantas é o evento da área do audiovisual com mais público”. Segundo dados fornecidos pela organização do certame, a última edição recebeu cerca de 40 mil espectadores em sala, número que cresce para 70 mil se incluídos os visitantes dos eventos paralelos.

A nível internacional, o Fantasporto “goza de uma imagem inovadora a nível de cine-matografia, sendo porta de entrada de muitos filmes para o cinema europeu”, acrescentou Mário Dorminski.

Também o cinema português esteve sem-pre presente, com uma secção competitiva própria. Esta edição, os vencedores nacionais foram “Mia Mia Sudan Tamam Tamam”, de Luís Moya, filme que traça um quadro do

Sudão e do seu povo que é, até certo ponto, o negativo da imagem internacional daquele país. O prémio do cinema português para escolas de cinema foi atribuído à RESTART – Instituto de Criatividade, Artes e Novas Tecnologias. “Nas escolas notou-se a conti-nuação de uma boa evolução técnica e uma grande diversidade de propostas temáticas”,

referiu o júri.Para o futuro, Dorminski mostrou-se espe-

rançado na realização do certame, mas em de-terminadas condições: “Não queremos fazer um micro-Fantas”, até pela “imagem interna-cional do festival, que queremos preservar”. O mesmo responsável afirmou que poderá verificar-se uma “mudança” do ponto de vis-ta da política cultural do município após as próximas eleições autárquicas “qualquer que seja o candidato vencedor, pois todos eles já demonstraram dar uma atenção especial à cultura”, concluiu.

CONVICÇÃO DE MÁRIO DORMINSKI, DIRETOR DO FANTASPORTO

Ligação entre turismo e cultura pode representar 40% do PIB

O Rivoli recebeu na última edição do Fantasporto cerca de 40 mil espectadores em sala, número que cresce para 70 mil se incluídos os visitantes dos eventos paralelos.

MARC [email protected]

A Weproductise, especialista em produtização, aposta numa ligação muito particular entre o turismo em ambiente rural e a produtização e conhecimento. Em traços gerais, pode entender-se produtização como a transformação de ideias e projetos de negócio num produto testado, embalado, com estratégia de marketing e pronto a vender.

A ideia nasceu de António Vieira, anterior diretor executivo do Cen-tro de Nanotecnologia e Materiais Inteligentes (CeNTI), que transfor-mou um espaço rural com 30 mil m2 em Ponte de Lima numa oferta turística, no mínimo, inusitada.

Neste conjunto, designado Cam-po da Inovação, “pretendemos criar um ambiente diferente para desen-volver ideias e projetos inovadores, sempre com os olhos postos na cria-

ção de produtos inovadores para comercialização”, disse à VE.

O hostel rural, denominado es-paço LaranjaLimão Alojamento e Escritórios, engloba espaços de tipologias e dimensões variadas. Os alojamentos resultam de uma transformação (que acontece em segundos) de todos os espaços in-dividuais de trabalho e vice-versa. Todos eles têm camas, secretárias, internet WiFi e WC.

Este serviço é complementar aos restantes segmentos da empresa, desde ‘workshops’ e eventos para indivíduos, famílias ou grupos de diversas idades nas áreas da Robóti-ca e/ou Arduíno, desenvolvimento de negócio e pessoal, tecnologias (impressão 3D), cozinha portu-guesa, vida saudável ou artesanato & agro. “A nossa oferta será sempre na área do conhecimento e procu-raremos que, quem visite o nosso Campo de Inovação, aprenda algo

que desconhecia”, resume António Vieira.

Na área das tecnologias e servi-ços, conta com impressoras 3D e oficina com corte a laser semi--industrial, fresadoras CNC, digi-talizadora de pequenos objetos e termoformação, bem como incu-badora de ideias, projetos e negó-cios segundo o conceito “produti-zação”.

Estão ainda em preparação um espaço para lazer e desportos, que será dado a conhecer a partir de 13 de abril, inserido numa área com

30 mil m2 de áreas verdes, incluin-do jogos tradicionais, e um espaço coberto tipo Dome com cerca de 110 m2 para praticar jogos indoor. Também em abril será apresentada uma loja ‘online’ e loja no jardim.

Para além de Portugal, “Espa-nha, Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Escandiná-via” são os mercados-alvo. A oferta é direcionada “não só para criativos e empresas como também para fa-mílias e grupos”, disse.

Paralelamente, a empresa esta-beleceu uma parceria com a lon-

drina Innovation Imperative, para divulgar um novo conceito de construção modular. O Tetra Shed “pode revolucionar o conceito de alojamento/escritório modular para utilização em espaços verdes”. Criado para o exterior, tem cerca de 8m2 úteis, portas e janelas reba-tíveis que proporcionam excelentes condições de luminosidade natural e contacto com a natureza. “É des-te modo que se insere totalmente no conceito e filosofia que a We-productise está a implementar no terreno”, concluiu.

Turismo em espaço rural junta conhecimento, natureza e produtização

Pelos caminhos de Santiago em BTTA Turel Viagens está a preparar para as datas de 7, 8 e 9 de Abril uma peregrinação a Santiago de Compostela em BTT. O programa prevê saída da Sé Catedral de Braga no dia 7 e chegada a Santiago no dia 9. O preço por pessoa é de J150, num máximo de 25 pes-soas. Caso o peregrino deseje ficar em hotel, acresce ao preço J 30, por pessoa, por noite.

TURISMO

30 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

A Unicer, baixou em 80% o apoio ao Fantasporto

Para além de Portugal, “Espanha, Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Escandinávia” são os mercados-alvo.

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Juntar autores de renome e programar viagens a destinos traçados e acompanhados pelos próprios constitui um nicho de mercado que a agência Pinto Lopes desenvolveu e pretende aprofundar, numa lógica ‘premium’. Gonçalo Cadilhe, José Luís Peixoto e Raquel Ochoa acompanham os turistas a destinos tão inusitados como a Coreia do Norte, a Índia Portuguesa ou em torno da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto.

MARC [email protected]

Especializada no segmento do turismo cul-tural, a agência Pinto Lopes criou em 2012 um novo produto, a que chamou viagens de autor. Trata-se, como explicou à VE Rui Pin-to Lopes, responsável desta empresa familiar sediada no Porto, de “uma oferta de viagens culturais ‘premium’, para grupos de 20 a 25 pessoas, em que o itinerário é defi nido por um autor famoso, baseado na sua obra”.

Os escritores Gonçalo Cadilhe, José Luís Peixoto e Raquel Ochoa integram este con-junto de autores cujos escritos e obra são o ponto de partida para a descoberta dos diver-sos destinos, sendo que o guia da viagem é o próprio autor.

Este ano teve já lugar o circuito “Na Ásia com Fernão Mendes Pinto”, em que Gonçalo Cadilhe convidou os viajantes a seguirem os passos do autor de “Peregrinação” pela Bir-mânia, Laos e Tailândia, num percurso de 15 dias que pretendeu acompanhar dois dos episódios daquela obra clássica.

Para além de “permitir o contacto direto com o escritor”, este produto turístico, “que é singular e extremamente exclusivo”, “terá

poucas repetições”, explicou Rui Pinto Lopes. Assim, apesar do sucesso desta viagem, “não vamos massifi car o produto”, disse. “Temos outros projetos com o Gonçalo, que terá ou-tras três viagens em 2013 connosco”. Trata-se dos circuitos “Mistério Etrusco, em Itália; a Namíbia no Verão e em Outubro uma via-gem à Ligúria (Cinqueterre)”.

Ao Gonçalo Cadilhe juntaram-se este ano dois novos escritores. São eles José Luís Pei-xoto e Raquel Ochoa. No seguimento do li-vro “Dentro de um Segredo – Uma viagem à Coreia do Norte”, o primeiro de viagens de José Luís Peixoto, o autor convida, em parce-ria com a agência de viagens, os interessados a conhecerem as duas Coreias e os seus con-trastes.

“Estávamos a estudar o destino há já vários anos, com todas as restrições que tem”, expli-cou Pinto Lopes. “Contactámos o José Luís Peixoto e aproveitámos as sinergias de quem já lá esteve para enquadrá-lo no nosso projeto de visita às Coreias, em setembro, incluindo a zona desmilitarizada”.

Já Raquel Ochoa propõe o percurso do seu primeiro romance, a “Casa-Comboio Portu-guesa” – biografi a do músico Bana, galardoa-do com o prémio revelação Agustina Bessa--Luís, com uma viagem temática a Cabo Verde, para dar a conhecer a passagem do músico Bana e a história das “mornas”. “Não é um Cabo Verde tradicional de praia, mas sim explorar a história da morna, os clubes e a vivência associada”, resumiu.

Também com a Raquel Ochoa está progra-

mada para Novembro uma viagem à Índia Portuguesa (Cochim, Goa, Damão e Diu). Esta viagem pretende juntar deslocações por avião, estrada e comboio (Bombaim-Goa). Serão ainda preparados vários ‘workshops’ de escrita criativa ao fi nal do dia durante vários dias de viagem.

Segundo Rui Pinto Lopes, “as portas não estão fechadas a outro tipo de autor que não necessariamente escritores, com destinos e estruturas muito diferentes do habitual. Já começámos a pensar nos destinos para 2014, mas sempre numa lógica de exclusividade e não massifi cada”.Uma visão de futuro

Nascida como empresa familiar, a Pinto Lo-pes Viagens decide, em 1973, arrancar com circuitos de viagens para o estrangeiro numa vertente cultural. Como recorda Rui Pinto

Lopes, que representa já a segunda geração deadministradores da empresa, “sempre tivemoseste pendor cultural, nunca nos especializá-mos em destinos de praia ou neve – trabalhá-mos o segmento puramente cultural”.

O cliente tipo é amplo: as escolas, porexemplo, “representam cerca de 15% na es-trutura da empresa em termos de faturação”,disse aquele responsável. “Fazemos cerca de60 grupos de escolas para o estrangeiro porano, com alunos entre os 12 e 16 anos, e te-mos inclusivamente programação própria”.

Rui Pinto Lopes classifi ca a empresa como “uma agência de grupos, abertos ou fechados,apesar de podermos realizar viagens à medi-da”. Assim, os grupos representam cerca de98% da faturação da Pinto Lopes Viagens. Porém, assegura, “não nos fechamos sobrenós próprios, e daí o lançamento deste seg-mento de turismo cultural e de autor”.

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Solicito o envio de exemplar(es) do livro Código Contributivo - Anotado e Comentado, com o PVP unitário de 22€.

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Autor: Cristina Kellem S. C. Fernandes Páginas: 248 P.V.P.: €22

Edição revista e atualizada que sistematiza, clarifica e harmoniza princípios, compilando numa só obra todos os normativos essenciais permitindo encontrar num único diploma resposta a dúvidas relativas à relação contributiva para com o Sistema de Segurança Social.

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Exclusivo paracompras online

Com as alterações introduzidas pela Lei

n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro (OE2013), Lei n.º 20/2012, de 14 de maio, Lei

n.º 64-B/2011 e Lei nº 55-A/2010, de 31 de dezembro

http://livraria.vidaeconomica.pt

NOVIDADE

CONCEITO “PREMIUM” DINAMIZADO PELA PINTO LOPES VIAGENS

Turismo de autor e cultural dinamizam nichos de mercado

TURISMO

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 31

alneário de Monfortinho inaugura ano termal O Balneário Termal nas unidades “Fonte Santa” e “Astoria”, situado nas Termas de Monfortinho, reabre no dia 16 de Março para mais um ano termal. Vigoram promoções especiais até 30 de Abril, com 15% de des-conto para tratamentos entre 12 e 15 dias, e 20% de desconto para tra-tamentos de duração superior a 15 dias. As unidades referidas oferecem preços a partir de J 40,50/noite para estadias mínimas de cinco noites.

IHG traça perfi l do turista para os próximos 10 anosO crescimento do número de turistas asiáticos e a emergên-cia de cidades ‘desconhecidas’ como destinos top de viagens são as principais tendências apontadas pelo grupo IHG para a próxima década. China e a Índia são os “novos exploradores globais“ e em 2020 os viajantes asiáticos serão responsáveis por um terço das viagens realizadas em todo o mundo.

A Pinto Lopes assume-se como “uma agência de grupos, abertos ou fechados”, que representam cerca de 98% da sua faturação, explicou o administrador Rui Pinto Lopes.

Preços por pessoa (já com taxas)

Viagens com Gonçalo Cadilhe:Mistério Etrusco (Itália) - J1575Namíbia no Universo - J4125 Ligúria (Itália) - J1425

Viagens com Raquel Ochôa:Cabo Verde - J1985 (partida do Porto) e J1950 (partida de Lisboa)Índia Portuguesa - J3475

Viagem com José Luís Peixoto: Coreias e China - J5550

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A balança comercial Portugal-Argé-lia tem conhecido uma evolução bas-tante positiva ao longo da última déca-da, abrangendo as áreas mais variadas de cooperação e setores de atividade, estando em perspetiva o aumento do número de negócios entre ambos os mercados.

A pensar nas potencialidades des-te fl uxo comercial, a Câmara de Co-mércio e Indústria Árabe-Portuguesa (CCIAP) e Fundação AIP promovem, hoje, sexta-feira, dia 22 de março, uma sessão de trabalho sobre a temática.

Construção e obras públicas, sanea-mento básico, aparelhos elétricos, ele-trónicos e mecânicos; tecnologias de

informação e de comunicação, ener-gias, agroalimentar, têxteis e pronto a vestir, calçado e couro, papel e pasta de papel, produtos químicos, produtos farmacêuticos e material de transporte são setores de atividade económica que constituem oportunidades de negócio, para Portugal, naquele mercado.

“É com o objetivo de continuar a reforçar as relações comerciais e eco-nómicas entre os dois países, dando a conhecer as oportunidades de investi-mento e negócio às empresas portu-guesas, que se realiza esta sessão focada no mercado da Argélia, explica a or-ganização, através de comunicado de imprensa.

Negócios entre Portugal e Argélia podem ser potenciados

“O sistema de reembolso foi alterado em Janeiro passado” – explica à Vida Económica Johannes Ruckert, director.

Inscrições / Informações: Patrícia Flores email: [email protected] Telef.: 223 399 466

Organização:

Objetivos:

Propor métodos de organização de um sistema de Controlo do Crédito a Clientes

Proporcionar métodos práticos de cobrança

Aumentar a formação das pessoas do departamentos de cobranças, assim como de todos os que integram as áreas comerciais, financeiras e administrativa e que de uma forma direta ou indireta têm uma ligação com o crédito a clientes e com as cobranças.

Mostrar a importância na tesouraria, dos créditos e dos encargos financeiros relativos às vendas de crédito.

Destinatários:

Quadros e pessoal administrativo das áreas: Comercial, Financeira e Administrativa

Programa:

1. Como diminuir o crédito vencido

2. Como organizar um serviço de cobranças

3. Ações a desenvolver no processo de cobranças

4. Os aspetos jurídicos e a cobrança das dívidas dos clientes

5. Os aspetos fiscais

6. Cuidados a ter com os meios de pagamento utilizados pelos clientes

7. O atraso nos pagamentos e a aplicação de Juros Comerciais

8. Como diminuir o risco de crédito

9. Cartas tipo e formulários para o controlo de crédito e cobranças

PPREÇO: AASSINANTES VE: G 80 (+IVA)

PPÚBLICO GERRAL: G 100 (+IVA)LLISBOA 25 e 26 MARÇOPPORTO 1 E 2 ABRILTotal 14 horas

AIP mostra potencialidades de negócio na Bahia, no BrasilNo âmbito do ciclo de sessões sobre o mercado brasileiro, a Fundação AIP organiza, no dia 25 de março, um encontro focado nas potencialidades de negócio na Bahia. O superintendente do Sebrae - Agência de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário da Bahia — Edival Passos, vai abordar “As potencialidades empresariais e de negócios para as micro e pequenas empresas na Bahia, bem como o papel facilitador e de apoio que o Sebrae poderá desenvolver com as empresas interessadas”.

ASSOCIATIVISMO

32 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

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MERCADOS

Dow Jones 20/Mar ..... 14510,63

Var Sem ................................0,38% Var 2013 ..............................10,73%

Nasdaq 20/Mar ...........3249,082

Var Sem ................................0,12% Var 2013 ................................ 7,60%

IBEX 35 20/Mar .............8416,30

Var Sem ...............................-0,97% Var 2013 ................................3,05%

DAX 20/Mar...................8001,97

Var Sem ................................0,39% Var 2013 ................................5,12%

CAC40 20/Mar ...............3829,56

Var Sem ............................... -0,17% Var 2013 ................................5,18%

COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR

PSI-20 (20.03) 6112,97

0,76% Var. Semana

5950600060506100615062006250

14 Mar 15 Mar 18 Mar 19 Mar 20 Mar8,10% Var. 2013

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 33

Cartão de crédito BPI Gold é o mais barato do mercadoFEP JUNIOR CONSULTINGAna MuasEduardo MachadoPedro Matos

O BPI destaca-se como a op-ção mais barata do mercado entre os cartões de crédito dourados. Analisada uma simulação de cré-dito de três mil euros, o cartão premium BPI Gold apresenta uma TAEG de 18,51%, incluin-do uma anuidade de 50 euros. O Cartão Gold do BPI apresenta ainda uma extensa linha de segu-ros, desde roubo e uso fraudulen-to, passando pelos acidentes pes-soais, sendo que o forte do BPI Gold é mesmo o seguro de saúde que é acompanhado por uma série de serviços e vantagens em cuidados médicos. Aquando da entrada em mora, o BPI cobra, no imediato, cerca de 15 euros.

Focando na anuidade, o Bar-clays destaca-se de forma clara, ao oferecer o Barclaycard Gold sem

qualquer custo fixo. Muito pró-ximo do Barclays surge o BIC, o Banco Popular e o Crédito Agrí-cola, que oferecem a primeira anuidade do cartão. No prisma oposto, encontra-se o Montepio e o BBVA, com anuidades nos valores de 72 euros e 72,5 euros, respetivamente, estando bastante acima da média dos bancos anali-sados (52 euros).

Com o objetivo de estabelecer uma base comparativa entre o custo dos diferentes cartões, me-diante a utilização de crédito, foi feita uma simulação, que mostra um resultado conclusivo: o BPI apresenta um custo de crédito nove pontos percentuais abaixo dos restantes concorrentes. O banco liderado por Fernando Ul-rich distancia-se da concorrência ao proporcionar aos seus clientes, com o BPI Gold, uma TAEG de 18,51%. É de notar, ainda,

o Santander, que oferece uma TAEG de 27,5%, colocando-se bastante à frente dos seus prin-cipais competidores do mercado, como o BCP, a Caixa Geral de Depósitos e o BES, que ocupam, por sua vez, o lugar de bancos mais caros, com uma TAEG de 34,24%, 34,8% e 35,13%, res-petivamente.

Para os clientes que querem ter no seu cartão Gold um parceiro para a vida, o VISA Excellence do Banif, o Gold do Millenium BCP e o Caixa Gold oferecem uma panóplia de parcerias, serviços e vantagens para toda a família. A grande aposta em termos de ser-viços são os cuidados de saúde e descontos em viagens. É de notar que, na análise efetuada, o BIC não apresenta qualquer regalia adicional para além dos seguros.

Em termos de seguros, ape-sar de esta ser uma componen-

te bastante subjetiva, a grande maioria dos bancos oferece uma boa cobertura, sendo que o BIC e o BPI apresentam uma oferta mais abrangente. Os seguros de responsabilidade civil, assistên-

cia em viagem e acidentes pesso-ais são comuns a quase todos osbancos escrutinados. As exceçõesaqui são o Barclays e a Caixa, que possuem uma diversidade de se-guros menor.

O cartão premium BPI Gold apresenta uma TAEG de 18,51%.

Banco Cartão TAEG com anuidade

TAEG sem anuidade

Entrada em Mora

Primeira Anuidade **

Restantes Anuidades ** Seguros Serviços

BES BES Gold Visa 35,13% 31,57% 25J* 35J* 35J*

Acidentes pessoais em Viagem; Cancelamento/Redução Viagem; Danos de Bagagem; Roubo; Proteção ao Crédito; Internamento Hospitalar; Participação e Resolução de Sinistros

Assistência ao Cliente, Assistência em Viagem a Pessoas; Acesso a cash de emergência no estrangeiro - 5000J; Descontos em múltiplas empresas

BIC Cartão Crédito Gold 31,57% 26,66% 7,5J* Isento 50J*

Morte ou Invalidez Permanente por Acidente; Anulação da Viagem; Bagagem; Responsabilidade Civil em Viagem; Assistência em Viagem; Hospitalização; Fraude do cartão; Proteção às Compras

N.E.

Santander Cartão Gold Visa 27,5% 26,66%

15J + 4% do valor em mora/ano

65J* 65J*

Acidentes Pessoais em viagem e na utilização do cartão; Complemento de Assistência em Viagem; Bagagem; Responsabilidade Civil; Utilização fraudulenta do cartão e Proteção às compras

Assistência em Viagem a Pessoas, veículos e ocupantes. Assistência Técnica ao domicilio. Assistência Médico-Sanitária no lar.

Barclays Barclaycard Gold N.E. 27,49%

25J* + 4% do valor em mora/ano

Isento Isento Viagem; Assistência em Viagem; Compras online.

Descontos em parceiros; Plano de proteção de compras; Isenção de taxa de abastecimento em gasolineiras; Serviço antifraude; Barclaycard online e Barclaycard 24

CGD Caixa Gold 34,8% 27,1% 2% do valor em mora/ano 67,31J* 67,31J* Acidentes pessoais (viagem, tempos livres e em 24h) e

acidentes às pessoas no estrangeiroDescontos: Tagus (hotéis, pacotes de férias, rent-a-car e viagens de avião)

Millenium BCP

Millennium BCP Gold 34,24% 29,71% 4% do valor

em mora/ano 43,27J* 43,27J*Acidentes pessoais e em viagem, imprevistos em viagem, roubo ou uso fraudulento do cartão e assistência às pessoas no estrangeiro

Descontos: Cinemas Zon Lusomundo, FNAC, Galp, Lojas de roupa, cosmética, viagens e tecnologia.

BPI BPI Gold 18,51% 14,16% 15J 50J* 50J*Saúde/Internamento Hospitalar, Acidentes Pessoas (viagem e estadia), Responsabilidade Civil, Utilização Fraudulento do Cartão, Roubo em ATM, Bagagem, Assistência Doméstica

Serviço de informações úteis (conselhos médicos, farmácias e trânsito), envio de médico ou medicamentos ao domicilio e procura de profissionais qualificados para reparações urgentes no domicílio.

BBVA Depois Gold BBVA 33,07% 25,63% 4% do valor

em mora/ano 72,5J* 72,5J*Proteção (ao cartão, crédito e compras), Viagem (acidentes pessoais, responsabilidade civil e bagagens) e de Assistência em Viagem e Pessoas.

Descontos: Vila Galé (estadia, restaurante e bar, SPAS e Clubes de Saúde, lavandaria e serviços de secretariado.

Banco Popular

Cartão VISA Gold 32,64% 26,71% 15J* Isento 60J* Acidentes Pessoais; Proteção à Conta-Cartão; Proteção ao

Cartão em viagem;

Serviço de Assistência em Viagem a Pessoas e Assistência em Viagem a Veículos e Ocupantes; Serviços de Assistência Jurídica no Estrangeiro, Serviço Assistência Técnica ao Domicílio e de Proteção Jurídica em Portugal.

Montepio Cartão Premier 29,94% 23,02% 4% do valor

em mora/ano 45J-72J* 45J-72J*

Proteção ao Cartão de Crédito em caso de Extravio, Perda, Furto ou Roubo, Acidentes Pessoais em Viagem, Assistência Jurídica no Estrangeiro, Assistência em Viagem ao Veículo e Responsabilidade Civil Familiar.

Cartão SOS Saúde; Serviços Visa Internacional; Cartão AVIS Preferred e Vantagens AVIS

Crédito Agrícola

Cartão Premier 32,24% 28,27% 10J* Isento 40J*

Assistência em Viagem; Proteção ao Crédito; Uso Fraudulento e Roubo em ATM; Comodidade na Proteção ao Lar; Proteção ao Desemprego.

Vantagens em Ação Social, Comércio e Serviços, Cultura e Saúde.

Banif Cartão VISA Excellence 30,18% 23,90%

23J + 4% do valor em mora/ano

65J 65JAcidentes Pessoais; Doença; Responsabilidade Civil; Assistência de Viagens.

Clubes diversificados: Viagens Banif, Rent-a-Car Hóteis, Vinhos, Golfe, Arte, Saúde, Fashion, Joias, Compras, Decoração, Automóvel, Segurança e Criança.

*Acresce imposto de selo** Alguns bancos apresentam condições de isenção mediante contratualização de outros serviços. Nota 1: Dada a multiplicidade de condições praticadas pelos diferentes bancos e o facto das TAEGs apresentadas por estes serem incomparáveis, foi necessário estabeler uma situação tipo para a análise da TAEG. Assim, as TAEGs apresen-tadas refletem um crédito de 3000J, amortizado ao longo de um ano, em que a prestação de cada mês inclui o pagamento da totalidade de juros, comissões e impostos gerados nesse mês. A anuidade foi considerada enquanto custo único e imputável ao primeiro mês. Esta simulação é meramente indicativa, dado que o valor da TAEG depende da avaliação caso a caso, de acordo com a situação financeira do contraente e produtos que já detém no banco.

Page 34: MARIA DA GRAÇA CARVALHO DEFENDE SIMPLIFICAÇÃO DOS ...

Mais um país do Sul da Europa caiu esta semana nas mãos da “troika” – Chipre – e sob condições que têm tanto de surpreendente como provavelmente de humilhante – um imposto sobre os depósitos bancários.

A medida, anunciada durante o fim de semana, provocou uma imediata corrida aos bancos na pequena Ilha, mas sem efeito porque as caixas ATM estavam desactivadas. Os mercados financeiros ressentiram-se e iniciaram a semana com alguma turbulência, e com o euro em baixa. Um pouco por toda a Europa, mas sobretudo nos países mais vulneráveis como Portugal, as pessoas questionaram-se sobre se os seus depósitos bancários também poderiam estar sujeitos a esta espécie de confisco. Pouco provável, para já.

A crise em Chipre é mais uma crise bancária do que um crise das finanças públicas, mesmo se as duas andam presentemente de mãos dadas na Europa. É mais uma crise semelhante àquela que afecta a Irlanda do que aquela que afecta Portugal ou a Grécia, e ameaça afectar a Espanha e a Itália.

No Chipre, como na Irlanda, os bancos são demasiados grandes para a dimensão da economia, há bancos que são mesmo maiores do que a própria economia do país, verdadeiros gigantes assentes em pés de barro. Perante uma crise de confiança na banca, não há maneira de o Estado nacional ter capacidade para lhes acudir. É necessária ajuda internacional.

A crise de Chipre não deixa de ser, porém, mais uma manifestação de um fenómeno mais geral e que afecta toda a Europa, e também a América – a sobre-alavancagem generalizada da banca – e que resulta de um longo processo que se vem paulatinamente desenvolvendo desde há mais de quarenta anos, mas que o euro veio intensificar.

Começou em 1971 quando o Presidente Nixon, nos EUA, em violação dos Acordos de Bretton Woods estabelecidos em 1946, cortou a relação entre a emissão de dólares e o ouro. A partir daí, o banco central americano e, em seguida, todos os bancos centrais passaram a emitir dinheiro sem restrições. Ao mesmo tempo, as taxas de reservas obrigatórias da banca comercial sobre

os depósitos foram sendo sucessivamente reduzidas a tal ponto que agora, na Europa, são próximas de zero e, nalguns casos, para certas categorias de depósitos, literalmente zero.

Tal significou que os bancos comerciais passaram a poder conceder crédito literalmente a partir do ar puro. Foi este processo de alavancagem desmesurada da banca que levou ao crédito fácil e ao endividamento excessivo das empresas, dos particulares e dos Estados.

Nos países mais pequenos e inspiradores de menor confiança, como a Irlanda, a Grécia, Portugal ou Chipre, cujos bancos tinham até então de se conduzir de forma mais prudente e conservadora, a adesão ao euro veio conceder-lhes, na aparência, igual estatuto ao dos bancos pertencentes às potências económicas da Europa, e as mesmas possibilidades de financiamento nos mercados financeiros internacionais e no mercado interbancário europeu.

O resultado foi um acréscimo de alavancagem e, portanto, de assunção de risco, com os resultados que agora estão à vista em Chipre, e que já se tinham

revelado em qualquer dos outros três países mencionados. A confiança é a base mais frágil em que pode assentar a actividade bancária de um país e, no caso de países pequenos e com pouca tradição de participação nos mercados financeiros internacionais, essa fragilidade é a dobrar.

Aquilo, porém, que é mais saliente no caso de Chipre é o imposto sobre os depósitos, que vai até 10%, aparentemente forçado pela Alemanha, em troca de uma ajuda de 10 mil milhões de euros. Fica agora a incerteza na Europa que, em caso de necessidade, já nem o dinheiro nos bancos está seguro.

São agora quatro os pequenos países que no seio da Zona Euro ficam sujeitos a medidas de austeridade e sob a acção da “troika” (embora, no caso de Chipre, pareça, para já, que o Fundo Monetário Internacional não está envolvido no empréstimo). Enquanto estas explosões acontecem em países pequenos, os fogos que daí resultam são apagáveis e a Zona Euro sobrevive. Mas, quando forem grandes países os afectados, as consequências vão, por certo, ser diferentes. A Espanha e a Itália estão na linha da frente.

Chipre

AQUILES [email protected]

A crise económica está a ter efeitos negativos na imagem dos administradores de empresas, de acordo com o advogado e eu-rodeputado Paulo Rangel, que recorda o recente referendo na Suíça, que aprovou leis restritivas nos pagamentos dos executivos. Rangel, que falava no Porto, na passada sexta-feira (15), no âm-bito de uma sessão de esclareci-mento sobre a responsabilidade pessoal dos administradores, or-ganizada pela seguradora AON e pela sociedade de advogados Cuatrecasas, Gonçalves Pereira (cujo escritório do Porto é lide-rado pelo eurodeputado), avisa que os gestores têm uma imagem cada vez mais próxima da dos po-líticos.

“Com a crise que vivemos, nunca o foco nos administrado-res foi tão forte como hoje, basta ver o recente referendo na Suíça. Os administradores vão começar a ser olhados como os políticos, ou seja, negativamente e vão es-tar muito sob foco”, disse Paulo

Rangel. “Logo a seguir ao refe-rendo suíço, a chanceler alemã iniciou um programa ainda mais forte do que o referendado na Su-íça. Este tema é, hoje, mais atual do que nunca”, avisou o eurode-putado do PSD.

“Culpa é presumida”

José de Freitas, sócio da Cua-trecasas, Gonçalves Pereira, expli-cou que “uma das razões” por que o tema da responsabilidade pes-soal dos administradores não ter, até há algum tempo, muita aten-ção era o facto de “as empresas serem mais ricas que os adminis-tradores. Hoje, não é assim”. O jurista recordou os presentes no Palácio da Bolsa que “a negligên-cia é suficiente para haver culpa, não é preciso haver dolo”.

O especialista explica que, em termos de responsabilidade ci-vil, “estando verificado o dano, a culpa é presumida e cabe ao administrador provar que não teve culpa” na situação em cau-sa. “Para esta culpa basta a mera negligência, não é preciso dolo”,

repete.O advogado aponta como si-

tuações em que os gestores se-rão considerados inocentes se tiverem atuado com informação e com critério de ação empresa-rial. “Se estiverem no campo da racionalidade empresarial, não há culpa”, refere.

Além disso, segundo José de Freitas, o administrador está isen-to de culpa quando provar que não esteve nas decisões ou votou contra as mesmas. “Mas atenção que se se provar que teve meios para se opor e não o fez, há res-ponsabilização”, disse, antes de acrescentar que, em princípio, “também não é culpável aquilo que é deliberado em assembleia”. O sócio da Cuatrecasas Gonçal-ves Pereira explicou ainda que pe-rante os credores sociais a culpa não é presumida.

Quanto à prescrição de eventu-ais ilícitos, o jurista informou que é de cinco anos a partir do ato ou do conhecimento do ato. “Ou seja, o prazo de prescrição é toda a vida mais cinco anos”, brincou José de Freitas.

PAULO RANGEL CONSIDERA

“Administradores vão começar a ser vistos negativamente”

EspeculaçãoPEDRO ARROJAPedro Arroja Gestão de Patrimónios, SA

“Os administradores vão começar a ser olhados como os políticos, ou seja, negativamente”, avisa o advogado e eurodeputado.

-0,06% Var. Semana -0,009% Var. Semana -0,46% Var. Semana

-1,82% Var. 2013 -0,889% Var. 2013 -2,78% Var. 2013

Euro/Libra 20/Mar ....0,8561

Var Sem .........................1,47% Var 2013 ........................ -5,14%

Euro/Iene 20/Mar .123,7880

Var Sem .........................0,65% Var 2013 .........................-7,54%

Euribor 3M 20/Mar ...0,2100

Var Abs Sem ................... 0,006 Var 2013 ......................... -0,791

Euribor 1Y 20/Mar ....0,5510

Var Abs Sem ................... 0,007 Var 2013 ......................... -0,953

Ouro 20/Mar .........1608,98

Var Sem ...................... 1,32% Var 2013 ..................... -3,98%

Prata 20/Mar ............28,79

Var Sem ..................... -0,28% Var 2013 ..................... -5,04%

COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR

EURODÓLAR (20.03) 1,2954 EURIBOR 6M (20.03) 0,3350 PETRÓLEO BRENT (20.03) 108,04

1,27

1,28

1,29

1,3

1,31

14 Mar 15 Mar 18 Mar 19 Mar 20 Mar0,32

0,325

0,33

0,335

0,34

14 Mar 15 Mar 18 Mar 19 Mar 20 Mar106

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110

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MERCADOS

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Numa semana absolutamente marcada pelos acontecimentos à volta de Chipre e quando as palavras austeridade, “troika”, desemprego, etc., voltam a estar mais que no ordem do dia, a vontade de acrescentar mais umas linhas a este assunto é enorme. Tenho a certeza, no entanto, que seja nas páginas deste jornal, ou dequalquer outro, seja via blogs ou artigos de opinião, ou em quase permanência nas notícias de rodapé das televisões, as abordagens a este assunto são mais que muitas, pelo que decidi virar a agulha e falar de trabalho.

Volto a repetir a palavra trabalho, para que não fique nenhuma confusão e a mesma seja confundida com a palavra emprego. Aliás, vou falar do trabalho que dá gerar dinheiro e não do dinheiro que dá um emprego.

No fim de contas, trabalhamos para gerar dinheiro. É muito avisado e meritório o dito popular “trabalhar para aquecer”.

Ninguém trabalha para aquecer, embora às vezes pareça. Trabalhamos para ganharmos dinheiro, ou, se quisermos, transformamos o nosso trabalho em dinheiro. Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Deverá ser a mesma lógica no binómio trabalho/dinheiro.

Aceitando o acima escrito como consensual, percebe-se imediatamente que esta relação vai sendo cada vez mais eficiente e feliz quanto maior for a quantidade de dinheiro gerado com o mesmo trabalho, ou, se preferirem, ganhar cada vez mais dinheiro com menos trabalho. Dito assim, pode soar a preguiça ou ociosidade, mas é exactamente o contrário.

Vamos introduzir dois conceitos. Fontes de rendimento activas e fontes de rendimento passivas. As primeiras são aquelas em que o nosso esforço é grande e normalmente nos ocupa grande parte

do tempo. São também aquelas em que o potencial de gerar dinheiro é mais limitado. O emprego do trabalhador dependente é o mais comum. Ocupamos com o mesmo a maior parte do dia e o dinheiro que geramos está limitado ao nosso vencimento mensal. Podemos até arranjar um segundo emprego, que infelizmente só vai provocar um enorme aumento de trabalho, sendo que o acréscimo de dinheiro está limitado a mais um vencimento. No limite até podemos nem dormir e estar sempre a trabalhar, mas o essencial não muda, já que o montante de dinheiro se vai manter limitado. É esta limitação logo à partida que urge combater. É como começar um jogo sabendo que nunca podemos passar do empate. Limita em si o potencial do ser humano e isso é de certeza “contra natura”.

Uma fonte de rendimento passivo são os investimentos. E investir é também uma forma de trabalho. Trabalho de conhecer os

produtos financeiros, trabalho de analisar os riscos e rentabilidades potenciais, trabalho de diversificar, trabalho até de assinar uma ficha de subscrição ou carregar num botão. A diferença é que depois não temos mais trabalho nenhum. Temos o dinheiro a trabalhar para nós. É um rendimento absolutamente passivo, já que não nos vai ocupar mais tempo. Até a dormir estamos a ganhar dinheiro. Aliás, a mesma lógica de quem tem uma casa arrendada. Dá trabalho, implica vigilância, provavelmente cobrar umas rendas em atraso e umas arrelias com os inquilinos, mas no final até a dormir estamos a ganhar dinheiro.

Enfim, seja por imobiliário ou investimentos, seja por “royalties” ou patentes, urge encontrar formas de rendimento passivo. Aumentar o potencial de rendimento das fontes de rendimento passivo é a única forma de colocarmos o dinheiro a trabalhar para nós.

Menos trabalho e mais dinheiro?

FMI diz que sistema financeiro europeu continua frágilO Fundo Monetário Internacional (FMI) avisa que a União Europeia deve reforçar os seus es-forços para estabilizar o sistema financeiro. O fundo defende a criação de um supervisor ban-cário único. Considera que a região se mantém muito vulnerável e que é fundamental avançar com reformas em várias áreas, de modo a garantir a necessária estabilidade do sistema finan-ceiro. A realidade é que muitos países continuam a sofrer as consequências da falta de confian-ça por parte dos mercados internacionais.

BBVA aprova fusão por absorção do Unnim BancO BBVA, único acionista do Unnim Banc, aprovou a fusão por absorção desta entidade, comtodos os seus direitos e obrigações, com carácter geral e sem reserva, nem limitação alguma.Com esta aquisição, o BBVA converteu-se no primeiro grande banco espanhol a dar um passoem frente na vaga de fusões do sistema financeiro do país vizinho. Consegue também reforçara sua presença na Catalunha, ao juntar 600 balcões e cerca de um milhão de clientes. A ope-ração foi acordada entre os administradores do BBVA e do Unnim Banc.

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MERCADOS

Banco Finantia mantém resultados

O Banco Finantia obteve um lucro lí-quido consolidado de 3,1 milhões de eu-ros em 2012, idêntico ao do ano anterior. Os depósitos de clientes atingiram 488 milhões de euros, mais 81% que os 269 milhões registados em 2011. “Este valor confirma a tendência positiva dos últimos exercícios e a estratégia de alargamento da base de clientes do Banco Finantia e o for-talecimento da presença da sua banca pri-vada, quer em Portugal quer em Espanha”, refere o banco, em comunicado.

Os custos operacionais situaram-se em 25,1 milhões de euros, uma redução de 13% face aos 28,9 milhões registados no ano anterior, situando o rácio de eficiência (cost to income) em 30%. O ano passado ficou igualmente marcado pelo reembolso em maio, do único empréstimo obrigacio-nista com garantia do Estado, no montan-te de 100 milhões de euros.

O Millennium bcp tem em curso, até ao fim de abril, uma campanha em que oferece condições para mais de 700 imó-veis. Sob o lema “Há oportunidades que só aparecem uma vez”, o banco vai co-mercializar imóveis que, além de já esta-rem catalogados a valores promocionais, poderão ser alvo de descontos adicionais que podem ascender a 12%.

“Um desconto de 10% sobre o valor do imóvel em catálogo será automatica-mente atribuído ao comprador que con-cluir a aquisição até ao dia 31 de março. A esse desconto será acrescentada uma nova redução de 2% caso a escritura do imóvel seja concluída até 31 de Maio”, refere um comunicado do BCP.

Algarve em destaque

A oferta de imóveis para esta campa-nha estende-se por todo o país (pode ser consultada na Internet, no endereço www.millenniumbcp.pt, entrando de-pois nos separadores imobiliário e cam-panhas), com especial destaque para a

região do Algarve, onde o Millenniumbcp tem mais de 500 imóveis prontos aserem comercializados.

A região Norte (com cerca de 40 fra-ções), a região Centro Norte (cerca de60 frações) e a região Centro Sul (cercade 100 frações) oferecem os restantesimóveis que completam os mais de 700que o Millennium bcp tem para comer-cializar a preços promocionais. Estão lis-tados vários tipos de imóveis – terrenos,apartamentos, vivendas, armazéns, lojase escritórios. Os apartamentos e viven-das têm preços entre 39 900 e 166 300euros, enquanto os espaços profissionaistêm valores entre 35 mil e 550 mil eu-ros.

Millennium bcp baixa preço dos imóveis em “stock”

Os preços variam entre 35 mil e 550 mil euros

PEDRO BORGESdiretor coordenador da Orey Financial

Volatilidades

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As plataformas de netbanking oferecem segurança, mas importa que os bancos continuem a apostar no reforço da solidez das suas plataformas. Porém, um dos fatores mais importantes para evitar ser alvo de phishing está nos cuidados que os próprios utilizadores devem ter, disseram à “Vida Económica” fonte de instituições bancárias e da Polícia Judiciária.AQUILES [email protected]

A utilização de sistemas de e-banking é segura, mas os utilizadores não devem es-quecer os cuidados essenciais para reduzir as hipóteses de verem as suas contas alvo do fenómeno de phishing, em que as pes-soas revelam, inadvertidamente, números de cartões de crédito, informação de con-tas bancárias ou outro tipo de informações pessoais (ver caixa com explicação).

Fonte da Polícia Judiciária do Porto re-feriu à “Vida Económica” acreditar que o e-banking “é um instrumento com segu-rança, mas que, essencialmente, depende de uma ação preventiva dos utilizadores, procurando não banalizar a utilização, pois aí podem ocorrer riscos acrescidos”. A mesma fonte acrescenta que, “sem dúvida, está nas mãos dos utilizadores a utilização criteriosa e cuidada e ainda das entidades bancárias que devem criar sistemas de utilização extremamente restritos e com exigências no que concerne aos códigos a utilizar, bem como ao sistema de segurança bancário”.

Para o BES, “todos os bancos do mer-cado têm adequado os seus sistemas in-formáticos e soluções aplicacionais para garantir” a segurança das contas dos clien-tes. “De facto, todos os dias milhões de

clientes usam os vários serviços de forma absolutamente segura, realizando as suas consultas e operações de quotidiano, sem qualquer problema”, indicou-nos fonte do banco.

Distrações podem ser fatais

O mesmo responsável acrescentou que “as raríssimas situações em que foram ve-rificadas fraudes bem sucedidas tiveram quase sempre a ver com o incumprimen-to de alguma recomendação básica de se-gurança” pelos utilizadores. “Estamos em crer que a evolução dos tempos e a maior consciência que parece a ver em relação à

necessidade de interagir em segurança com a internet têm vindo a alterar algumas prá-ticas menos boas”, indicou a mesma fonte, antes de assinalar, por outro lado, “o esfor-ço conjunto que os bancos nacionais têm feito de informar os clientes e o mercado das melhores práticas de segurança”.

Também o Millennium bcp considera o e-banking “seguro e capaz de transmitir a confiança necessária aos seus utilizadores para a realização de operações bancárias”, mas importa que sejam bem utilizados. “Na análise que efetuámos a todas as si-tuações de phishings concretizadas, verifi-camos que os mesmos ocorrem por negli-gência/distração do utilizador”, referiu-nos fonte do BCP, antes de salientar que “já existe muita informação” e os clientes “es-tão mais alertados para os perigos da utili-zação deste tipo de canais”.

Também o Montepio assegura a fiabili-dade do netbanking. “Os utilizadores por-tugueses podem confiar na segurança dos serviços de e-banking. Por dia, são efetu-adas milhões de transações nestes canais, com uma incidência mínima de situações de fraude. As instituições financeiras apos-tam fortemente na garantia de um nível de segurança muito elevado neste tipo de soluções”, disse-nos fonte da entidade.

“IR” AO BANCO PELA INTERNET É SEGURO SE HOUVER CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DAS PLATAFORMAS

Utilização displicente do e-ban aumenta riscos

Airbus ganha maior encomenda da história da aviação civilA companhia aérea Lion Air encomendou à Airbus 234 aviões da família A320, pelo valor de 18,4 mil milhões de euros. Trata-se do contrato mais importante de sempre na história da aviação civil. Com este pedido, a Lion Air estreia-se como novo cliente do consórcio europeu e pretende com a nova frota dar resposta à expansão da sua rede de rotas regionais e domés-ticas. O modelo A320 vai permitir à companhia indonésia obter os custos operacionais mais baixos possíveis e disponibilizar as tarifas mais competitivas de toda a região asiática.

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MERCADOS

Inovação da DST em debate no dia da associada COTECO grupo DST foi protagonista do Dia da Associada COTEC (na quarta-feira, 20). O grande objetivo deste evento foi potenciar a colaboração entre o Grupo DST e as empresas da rede PME Inovação e associadas da COTEC. A abertura e o encerramento estiveram a cargo de Daniel Bessa, dire-tor-geral da COTEC, e de José Teixeira, presidente do grupo DST.

Expressão phishing é trocadilho com pescar

A expressão phishing resulta de um trocadilho com “fishing” (pescar em inglês), dado que a informação é como que um “anzol” que se espera que alguém “morda”. De acordo com o projeto Internet segura, “consiste em utilizar métodos vários que levem o cibernauta a revelar dados pessoais e confidenciais”. Trata-se, segundo a mesma fonte, da utilização de SPAM ou mensagens de pop-up “para ludibriar pessoas no sentido de revelarem números de cartões de crédito, informação de contas bancárias, números de segurança social, passwords e outro tipo de informação confidencial ou sensível”.De acordo com os oito bancos que responderam às solicitações da “Vida Económica” para este artigo, os casos em que chegou a haver perda de dinheiro nas contas dos clientes são muito reduzidos. Ainda assim, toda a atenção é pouca.

Alterar as passwords com frequência é um dos conselhos que os utilizadores de netbanking devem seguir.

As mensagens de correio eletrónico de origem duvidosa são um dos principais avisos dos especialistas.

As situações em que foram verificadas fraudes bem sucedidas tiveram quase sempre a ver com o incumprimento de alguma recomendação básica de segurança, segundo os bancos.

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O grupo Crédito Agrícola associou-se, uma vez mais, à Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) e promove, até ao final do ano, uma campanha de an-

gariação de fun-dos nas agências a favor da luta

contra o can-cro da mama.

Com o objetivo de apoiar a LPCC nas ações de rastreio e prevenção do cancro da mama, os clientes encontram nas agências do Cré-dito Agrícola um mealheiro para fazer o seu donativo.

Com o mote “a luta contra o cancro da mama faz-se todos os dias, nos grandes e pe-quenos gestos”, o grupo espera sensibilizar e consciencializar as comunidades onde se in-sere para esta luta. Este projeto é mais uma iniciativa da CA Vida, a seguradora vida do grupo Crédito Agrícola, em colaboração com as agências.

king

Recuperação financeira não se reflete na economia realA agência de notação financeira Fitch considera que a recuperação recente do mercado finan-ceiro não se está a refletir numa recuperação efetiva da economia real. A agência de rating re-viu em baixa o crescimento mundial para este ano de 2,4% para 2,2%. As economias mais avançadas não poderão contar com tempos fáceis, já que o seu crescimento deverá ficar em apenas um ponto percentual. A recuperação sereá lenta sobretudo devido a cargas fiscais ele-vadas, baixo consumo e incertezas quanto ao clima económico.

MERCADOS

BPI recompra obrigações ao Estado portuguêsO BPI procedeu a uma operação de recompra de 200 milhões de euros de obrigações subor-dinadas de conversão contingente (CoCo). Com este reembolso, o montante de obrigações subordinadas de conversão contingente que se encontram na posse do Estado foi reduzido para mil milhões de euros. O Estado português está a receber uma margem de 5,2% ao ano para remunerar o risco do investimento no banco, que tem lugar no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira.

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 37

Responsáveis por Santander Totta, Banco Best, Crédito Agrícola, Banco Popular, Ba-nif e BIC “assinam” por baixo e sublinham a segurança dos sistemas, desde que os uti-lizadores tenham em atenção os conselhos de utilização.

Números contraditórios sobre fenómeno

As informações dos bancos sobre os nú-meros do fenómeno não são condizentes. Referindo-se a dados gerais e não da ins-tituição em particular, Banif, BES, Best e Popular referem haver decréscimo ao longo dos últimos anos, ao passo que BIC e Montepio apontam haver uma subida dos casos. Já a fonte do Millennium BCP indica que “a frequência deste fenómeno é inconstante”, embora ressalve que “os clientes já se encontram mais informados sobre o assunto”, o que pode levar a que se registem mais queixas, o que não significa, obrigatoriamente, mais burlas realizadas.

A Polícia Judiciária indicou-nos que na “região Norte foram registados cerca de 387 inquéritos por phishing nos anos de 2011 e 2012”. A mesma fonte não refere, contudo, se há uma tendência de aumento ou dimi-nuição das investigações desencadeadas.

Desconfiar de e-mails de desconhecidos

Há alguns sinais que os utilizadores de plataformas de e-banking devem ter em conta. “Em uma ou outra situação são re-cebidas mensagens de teor suspeito para que se proceda ao pagamento de um valor

O neurocirurgião João Lobo Antunes foi distinguido com o Prémio Universidade de Lisboa, que conta com o apoio do banco Santander Totta (e tem um valor de 25 mil euros). Segundo o júri do prémio, o médico, de 68 anos, é uma das figuras que mais con-tribuíram para o desenvolvimento e projeção da moderna cultura científica em Portugal.

Atualmente, o premiado é diretor do Ser-viço de Neurocirurgia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, presidente da Academia Portuguesa de Medicina e do Instituto de Medicina Molecular. João Lobo Antunes foi ainda o primeiro médico português a im-plantar o olho electrónico num invisual, em 1983, e tem publicados mais de uma centena de artigos científicos, além de quatro livros de ensaios. O júri, que atribuiu o prémio por unanimidade, é constituído por várias perso-nalidades, tendo como presidente o reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio

da Nóvoa, e como vice-presidente o admi-nistrador do Santander Totta, Luís Bento dos Santos.

A Novabase regressou na última segunda--feira (dia 18) ao PSI-20, o principal índice bolsista nacional. Seis anos depois de ter sa-ído, a tecnológica volta a fazer parte da lista das 20 maiores empresas nacionais, resultado da liquidez dos seus títulos, que já valorizaram 30% em 2013. O regresso ao PSI-20 aumen-ta a visibilidade do título da Novabase, o que poderá representar um aumento na liquidez da empresa com a entrada de novos acionistas.

Para Luís Paulo Salvado, CEO da Nova-

base, “este regresso significa um duplo re-conhecimento: à Novabase, pelo seu valor e pelo mérito do percurso que tem realiza-do, mas também a todo o setor das TI, que passa agora a estar representado no índice principal”. “Cotada na Euronext Lisbon desde 2000, a Novabase é a maior empresa nacional em TI”, refere um comunicado da empresa. Em 2012, a empresa faturou mais de 212 milhões de euros, com 29% do seu negócio fora de Portugal.

COM O APOIO DO SANTANDER TOTTA

Prémio Universidade de Lisboa distingue João Lobo Antunes

Crédito Agrícola apoia luta contra cancro

Novabase regressa ao PSI-20

Conselhos práticos para evitar fenómeno

– Não abrir mensagens de correio eletrónico de origem desconhecida e, sobretudo, nunca clicar em links nessas mensagens

– Em alguns casos, essas mensagens trazem propostas “aliciantes” de empregos que não são mais do que formas que os piratas informáticos têm de angariar colaboradores para as suas fraudes. Os utilizadores nunca devem responder a estas pseudopropostas, naturalmente, até porque podem incorrer na participação em actos criminosos, passíveis de ação judicial

– Não aceder a páginas de Internet desconhecidas ou pouco fiáveis e nunca fornecer dados pessoais como o nome, documentos de identificação, número de telemóvel ou telefone fixo, endereço de e-mail, etc., em páginas que não sejam de absoluta confiança

– Tomar atenção a alterações de aspeto, erros ortográficos ou outros formatos estranhos nas páginas de Internet visitadas, que possam indiciar que foram substituídas ou adulteradas

– Ter instalado e atualizado um programa de antivírus com firewall e antispyware

– Quando aplicável, verificar se a data e hora do último acesso estão certas

– Não aceder a homebanking em locais de partilha pública de Internet

– Alterar passwords com frequência, evitando chaves demasiado óbvias (por exemplo, data de nascimento, 1234 ou 0000)

– Não esquecer que dados de acesso são pessoais e intransmissíveis, devendo ser guardados de forma segura

para desbloquear o computador, nestes ca-sos significa que o computador foi alvo de acesso ilegítimo, podendo posteriormente ocorrer o acesso às contas bancárias; se o computador está anormalmente lento; mas essencialmente é preciso ter cuidado com as mensagens suspeitas face ao tipo de emissor”, referiu a fonte da Polícia Judici-ária do Porto.

As mensagens de correio eletrónico de origem duvidosa são, com efeito, um dos principais avisos dos especialistas. “Os uti-lizadores deverão estar atentos sobretudo a e-mails de origem duvidosa que solicitem os dados de segurança alegadamente por motivos de segurança. Nenhum banco so-licita códigos de segurança via e-mail nem envia mensagens com links diretos para as páginas de autenticação”, afirma fonte do BIC.

Outro sinal apontado por vários bancos é a verificação da data e hora do último aces-so, nos portais em que isso é possível. “As-sim é possível detetar se existiram acessos indevidos”, referiu-nos fonte do Montepio.

Outros conselhos práticos (ver caixa) para os utilizadores são, de acordo com os bancos e a Polícia Judiciária, evitar digitar os códigos completos, ter cuidado com as mensagens “spam” (que podem colocar ví-rus no computador), correr um antivírus com alguma periodicidade, não aceder a homebanking em locais de partilha pú-blica de Internet e, entre outros, alterar as passwords com frequência. Ainda sobre as passwords, importa evitar chaves demasia-do óbvias, como seja a data de nascimento ou conjugações demasiado óbvias (1234 ou 0000, por exemplo).

A campanha decorre até ao fim de 2013.

Lobo Antunes é neurocirurgião.

A empresa de TI regressa ao PSI-20 seis anos depois de ter saído.

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AQUILES [email protected]

A taxa sobre depósitos que este-ve para ser aplicada em Chipre (à hora do fecho deste artigo o Go-verno de Nicósia tentava encon-trar um plano B após o chumbo do resgate pelo parlamento) seria um revés para a Europa, de acor-do com os especialistas contacta-dos pela “Vida Económica”. Re-corde-se que a primeira “receita” para o resgate, entretanto chum-bada, previa taxar os depósitos bancários em 6,75% (até 100 mil euros) ou 10% (acima de 100 mil euros).

A razão de o “alvo” ter sido a banca prende-se com a dimensão do setor financeiro em Chipre, onde representa 700% do PIB da ilha mediterrânica. Segundo os especialistas, a União Euro-peia e a Comissão Europeia, com a Alemanha à cabeça, apresenta reticências relativamente à pro-veniência dos depósitos da ban-ca cipriota. “Estima-se que 20 a 30% dos depósitos tenham uma origem menos transparente, até porque o Chipre é um offshore com regime de fiscalidade favorá-vel”, disse fonte do Banco Best à “Vida Económica”.

Défice democrático e de competência

De qualquer modo, a medi-da teria afetado a confiança dos cidadãos na banca. De acordo com Salvador Nobre da Veiga, account manager da XTB, a taxa

constituiria, além disso, “um forte revés no espaço europeu e a sua confiança”. Para Filipe Garcia, economista da IMF, este caso teve dois elementos surpre-sa. “Um deles, óbvio, é o impos-to sobre depósitos, uma decisão discutível e arriscada do ponto de vista de risco sistémico e de coesão política e social. O outro, talvez ainda mais preocupante, é perceber-se que um conjunto de medidas tão sensíveis e de impacto potencialmente ele-vado – o mundo inteiro só fala de Chipre – parecem não terem sido alvo da devida preparação e reflexão”, avisa.

Para o especialista, o facto de terem ocorrido negociações para mitigar o impacto nos depositan-tes de menor dimensão “obriga a perguntar”: “Sendo que o au-xílio ao Chipre já era inevitável há semanas, porque tomar uma decisão tão precipitada? Ao défi-ce democrático junta-se o défice de competência?”. Filipe Garcia conclui que “a crise de Chipre não ajuda ao processo de estabi-lização da situação económica e financeira na Europa”.

Albino Oliveira, analista de mercados da Fincor, acredita que a taxação dos depósitos naquele país abriria “um precedente peri-goso” para países como Espanha ou Portugal. Aquela fonte recor-da que, “mesmo considerando que em ambos os casos os setores bancários foram já recapitaliza-dos, as duas economias apresen-tam ainda um nível de endivida-mento no setor privado bastante

elevado, pelo que este preceden-te” poderia criar receios “entre os investidores de que medidas semelhantes possam ocorrer no futuro”.

Medida não seria replicada em Portugal

O analista de mercados da Fin-cor não veria, no entanto, possi-bilidades de uma medida seme-lhante ser replicada em Portugal no curto prazo. Filipe Garcia e a fonte do Best têm a mesma opinião. “O problema em Chi-pre e de Chipre tem dimensões imensas face ao PIB do país e está sobretudo centrado na banca, que detém oito vezes o valor do PIB do país em termos de ativos. Em Portugal, o foco do proble-ma centra-se na dívida pública e decorre também, em segunda derivada, do facto de os demais agentes económicos não terem capacidade para relançar a econo-mia”, defende a fonte do Banco Best.

Já Salvador Nobre da Veiga acredita que, uma vez criado o precedente, uma medida naque-les moldes poderia ser replicada, “independentemente da maioria das vozes dos altos cargos euro-peus” referiram. “A verdade é que, se verificarmos os últimos três/quatro anos, o resgate à Gré-cia também era exceção, que ne-nhum outro país se lhe seguiria e na verdade é que vimos Irlanda, Portugal e Espanha a receberem pacotes de ajuda”, avisa o account manager da XTB.

ESPECIALISTAS CRITICAM POSTURA DAS AUTORIDADES COMUNITÁRIAS NO PROCESSO

Taxa sobre depósitos em Chipre seria revés para a Europa Portugal: a crescente divergência

entre o sentimento da população e o ajuste da economia

Segundo a última revisão da “troika”, o programa de

ajustamento da economia portuguesa continua a ser implementado com sucesso. Podemos encontrar sinais que confirmam esta conclusão pela capacidade demonstrada pelos bancos e por algumas empresas nacionais de voltar a financiar-se no mercado primário, pela emissão de dívida com maturidade de 5 anos realizada pela República Portuguesa (após uma forte queda nas yields em mercado secundário) e pela forte redução do défice da balança comercial. Aliás, a S&P referiu recentemente que o país deverá conseguir apresentar um saldo positivo na sua balança de transações correntes já em 2013.

Contudo, os protestos a nível doméstico por parte da população têm vindo progressivamente a crescer. Como explicar então esta crescente divergência?

Em primeiro lugar, pela evolução da taxa de desemprego. O aumento da taxa de desemprego reflete naturalmente a forte recessão que o país atravessa. Aliás, um menor ritmo de crescimento por parte da economia global e a recessão económica que a Zona Euro tem enfrentado prejudicaram a evolução das exportações da economia portuguesa em 2012 e contribuíram para o agravar da recessão no país (-3,2% em 2013, após -1,6% em 2012). Contudo, esta evolução também traduz a dificuldade de financiamento das nossas pequenas e médias empresas, consequência da necessidade dos bancos nacionais de reduzirem os seus rácios de transformação de depósitos em empréstimos, não só por tratar-se de uma imposição da “troika” mas, principalmente, porque só assim conseguiremos estabilizar as necessidades de financiamento externas da economia nacional. Em segundo lugar, devido à fortíssima contração do rendimento disponível, consequência do aumento de impostos realizado com o objetivo de reduzir o défice orçamental primário e do desaparecimento do falso “efeito riqueza” que tinha representado o aumento do endividamento ao longo dos anos anteriores. Finalmente, porque “troika” e agentes políticos não tiveram em conta a dificuldade que representava realizar o ajuste da dimensão pretendida no escasso espaço de tempo fornecido, num regime de câmbios fixos e com a economia global a crescer aquém do esperado.

É nesse sentido que devem ser vistas as revisões em baixa de algumas variáveis macroeconómicas que acompanham o comentário divulgado após a conclusão da 7ª revisão, nomeadamente o facto da taxa de desemprego dever atingir o seu pico este ano nos 18%, enquanto a economia deverá contrair 2,3% (face aos anteriores 1%). O que devemos então esperar? Refira-se que o mesmo relatório divulgado pela S&P (e acima referido) revela que Portugal permanece um dos países onde a dívida externa (líquida de ativos) é uma das mais elevadas em percentagem das receitas obtidas nas exportações (cerca de 300%). Ou seja, não só a questão da sustentabilidade da dívida pública poderá continuar presente como a redução do endividamento no setor privado parece estar ainda numa fase bem inicial. Aqui, começa a ser referido frequentemente, ainda que não por instâncias oficiais, a necessidade de ocorrer algum tipo de reestruturação. De certa forma, é o que irá já ocorrer se se confirmar a extensão das maturidades dos empréstimos cedidos pelos fundos de resgate da Zona Euro. Uma taxa de crescimento mais elevada será também necessária. Contudo, para isso, e mesmo considerando as metas mais baixas que o país tem agora em termos de execução orçamental, reformas estruturais terão de necessariamente continuar a ser implementadas. Não nos podemos esquecer que a taxa de crescimento média de Portugal entre 1999 e 2010 atingiu um valor ligeiramente acima de 1%, um valor demasiado baixo para um país que pretende continuar a aproximar-se da média europeia.

TEXTO REDIGIDO NO DIA 19 DE MARÇO DE 2013.

JOSÉ SARMENTOanalista de mercados da Fincor

Santander Totta cria poupança para o Optimus Alive O Santander Totta lançou um conjunto de depósitos a prazo – os Depósitos Alive – para per-mitir aos clientes fazer antecipadamente uma poupança para a aquisição dos bilhetes para o festival Optimus Alive, reservando desde já a sua entrada. Os Depósitos Alive podem ser subs-critos nas modalidades de bilhete diário ou de passe de três dias, até 26 de Abril. Os depósitos não exigem montantes mínimos, pelo que se podem reforçar até atingir o montante máximo, que equivale ao valor do bilhete escolhido (a TANB é de remuneração de 2%).

Sonae compra 700 milhões de euros a produtores nacionais O volume total de compras a produtores nacionais na área dos perecíveis da Sonae aumentou 2,1% em 2012 para cer-ca de 700 milhões de euros. “Este valor traduz um aumento

do peso das compras a produtores nacionais que, no último ano, ascendeu a quase 80% do total das compras realizadas”, refere um comunicado enviado pelo grupo liderado por Paulo de Azevedo.

MERCADOS

38 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2012

Uma medida sobre os depósitos seria, segundo os especialistas, arriscada do ponto de vista de risco sistémico e de coesão política e social.

Page 39: MARIA DA GRAÇA CARVALHO DEFENDE SIMPLIFICAÇÃO DOS ...

O Depósito Rendimento Imediato do Banif é um produto a 10 meses que paga uma taxa líquida de 2,6%. Não permite a mobilização antecipada nem o reforço de capital, mas, e como o próprio nome indica, o pagamento dos juros é feito de imediato aquando da adesão ao produto. O montante mínimo de subscrição deste depósito a prazo é de 5000 J, sendo o valor máximo de 50 000 J. A taxa líquida, quando comparada com produtos semelhantes, está acima de média. mas o facto de não permitir a mobilização antecipada é um ponto negativo.

MARTA ARAÚ[email protected]

Pagamos os juros no dia em que constitui o seu depósito

E porque também há moda nos produ-tos financeiros, esta ideia do pagamento dos juros efetuados logo na subscrição de produtos financeiros foi uma verdadei-ra tendência “in” na banca nacional em 2012. Para 2013, e como se pode consta-tar neste Depósito Rendimento Imediato do Banif, esta caraterística vai continuar.

O Depósito Já do Millennium bcp e o Depósito Rendimento Imediato do Banif são exemplo disso. Principalmen-te em tempos de crise, é um argumen-to positivo dar ao cliente a sensação de maior liquidez, e mais rapidamente, ao adiantar o pagamento dos juros. O prin-cipal inconveniente é o facto de qual-

quer destes produtos não possibilitar a mobilização antecipada dos montantes aplicados.

Regra geral, as condições necessárias para poder mobilizar antecipadamente devem ser um dos fatores mais impor-tantes de avaliar antes da subscrição de um depósito a prazo.

Merece atenção, apesar de não ser o melhor

Olhando especificamente para o De-pósito Rendimento Imediato do Banif, ganha realce o facto de pagar juros à taxa líquida de 2,6% no momento da cons-tituição do depósito. A taxa é atrativa, mas, pelo prazo de dez meses, o capital investido não é mobilizável antecipa-damente. O montante mínimo exigido para investir é de 5000 euros e máximo de 50 mil euros.

A taxa de juro é fixa, de 3,4% bruta, ou seja, 2,6% líquida à taxa de retenção na fonte em sede de IRS de 25%. Os juros são pagos por crédito na conta à ordem imediatamente na data de cons-

tituição do depósito.Conforme referido em cima, os juros

são pagos imediatamente na data de constituição do depósito, no entanto, não poderá mobilizar antecipadamente o capital aplicado no depósito. Essa é a desvantagem da aplicação porque, do ponto de vista do rendimento, a taxa líquida até está acima da média, igua-lando a taxa de inflação esperada pelo Banco de Portugal para 2013.

No entanto, alguns bancos apresentam depósitos a um ano mais rentáveis. É o caso do PrivatBank (até 4,1% líquidos), a conta para novos clientes do Banco Invest (3,4%), o depósito Renda Men-sal do Banco Big ou a conta para novos clientes do ActivoBank (ambas rendem 2,8%).

Este produto beneficia do Fundo de Garantia de Depósitos que é aplicado sempre que ocorra a indisponibilidade dos depósitos por razões diretamente re-lacionadas com a situação financeira do banco. O mesmo assegura o reembolso até ao valor máximo de 100 000 J por cada depositante.

Santander UK espera momento melhor para entrar em bolsaA colocação na Bolsa de Londres de uma participação do Santander UK continua em ponto mor-te. O calendário desta operação está sujeita às condições de mercado e ao surgimento de um con-texto mais favorável no que respeita aos bancos britânicos por parte dos investidores. Para todos os efeitos, os responsáveis daquela entidade financeira admitem que uma oferta pública de venda continua a ser um projeto de médio prazo. O Santander está à espera do melhor momento para vender cerca de 20% do seu negócio britânico, pelo qual pede perto de cinco mil milhões de euros.

BES Financial Group ganha mais de 313 milhõesO Espírito Santo Financial Group obteve um resultado líquido de 313,6 milhões de euros, noano passado, contra 121,4 milhões no exercício anterior. “Os resultados positivos alcançadospelas atividades bancária e de seguros foram reforçados pela consolidação do BES Vida e peloimpacto favorável da não consolidação integral da ES Saúde”, refere a empresa em comunica-do. O resultado financeiro consolidado cifrou-se em 1,27 mil milhões de euros, o que se tra-duziu num aumento de 1,7%, relativamente ao ano anterior.

A corretora Golden Broker lançou as “Sto-ck Picks Iberica”, tendo em conta a atrativi-dade do mercado ibérico, que incorporam recomendações sobre títulos do mercado nacional e espanhol, com uma abordagem técnica e sistemática.

“O mercado ibérico foi muito penalizado

nos últimos anos. Neste momento, vemos uma oportunidade de subida a prazo, que, com a nossa modelização, julgamos ser me-lhor captada do que pela lógica simples do buy and hold”, de acordo com o adminis-trador da Golden Broker, Alexandre Mota. A GBB está investida no BES, no BCP, na

Jerónimo Martins e na PT e no Santander, em Espanha. O tempo médio de cada ideia é de dez sessões. “As ideias das SPI permitem um acompanhamento dinâmico dos títulos, através de modelos técnicos. Penso que bate-remos a média de valorização do PSI-20 e do Ibex 35 com menor risco.” E fica o aviso: “À

semelhança dos últimos anos, poderemos as-sistir a uma correção e a um eventual regressodo medo durante os meses da primavera.” Denotar que, em fevereiro, os mercados acionis-tas estiveram mais voláteis e incertos do queno mês anterior. Na Europa, as eleições emItália penalizaram os índices.

Corretora Golden Broker lança “Stock Picks Iberia”

A NOSSA ANÁLISE

Depósito a 10 meses do Banif paga juros antecipados a 2,6% líquidos

CONSELHOS

J

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 39

MERCADOS

Page 40: MARIA DA GRAÇA CARVALHO DEFENDE SIMPLIFICAÇÃO DOS ...

Fixing20.mar.13

Variação semanal (%)

Variação no mês (%)

Desde 1 jan. (%)

EUR/USD 1.2945 0.06% -3.05% -1.89%

EUR/JPY 123.69 -0.88% -1.24% 8.87%

EUR/GBP 0.8552 -1.21% -0.78% 4.79%

EUR/CHF 1.2222 -1.01% -0.89% 1.24%

EUR/NOK 7.5450 0.17% 1.86% 2.68%

EUR/SEK 8.3374 -0.49% -1.45% -2.85%

EUR/DKK 7.4532 -0.06% -0.09% -0.10%

EUR/PLN 4.1609 0.14% -0.67% 2.13%

EUR/AUD 1.2469 -0.21% -3.68% -1.91%

EUR/NZD 1.5740 -0.45% -0.36% -1.90%

EUR/CAD 1.3271 -0.06% -1.25% 1.02%

EUR/ZAR 12.0201 0.51% 1.95% 7.58%

EUR/BRL 2.5651 0.75% -2.39% -5.12%

Euro/Gbp em mínimos do ano

PSI-20 - ANÁLISE DE LONGO PRAZO

O índice nacional afastou-se progressivamente do limite superior do canal ascendente de médio prazo, tendo este mês recuado até aos 6000 pontos. No entanto, o PSI 20 ressaltou com força do limite inferior do canal, mantendo-se a tendência ascendente. Os 5788 pontos são o suporte relevante mais próximo. Caso este último nível seja quebrado, a tendência de alta registada desde meados de Julho será invalidada e um recuo até os 5558 pontos deverá ser tido em mente.

DAX 30 - ANÁLISE DE LONGO PRAZO

O DAX mantém a forte tendência de alta observada desde finais de 2012, tendo a semana passada registado máximos de Dezembro de 2007. Este evento sinaliza a continuação do forte momentum ascendente do índice e afasta, para já, um recuo até à linha ascendente de curto prazo nos 7600 pontos. Caso estes valores sejam quebrados, os 6900 pontos serão o próximo suporte, pondo em risco a linha de tendência ascendente observada desde o terceiro trimestre de 2011.

No mercado monetário tem-se verificado uma ligeira subida das taxas Euribor, mas continua a não haver urgência em avançar para fixações. A turbulência financeira mais recente, relacionada com as situações de Chipre e Itália, deverá afastar o BCE da tomada de medidas inesperadas em termos de política monetária.A Alemanha irá poupar pelos menos 15 mil milhões de euros, na próxima década, devido à sua condição de “porto seguro” que obteve entre os investidores que se afastam da crise da dívida da Zona Euro, levando a uma redução dos custos de pedido de crédito. As baixas taxas de juro alemãs estão a ajudar o próprio Governo a reduzir a sua dívida e a atingir um orçamento equilibrado, estando em extremos opostos quando

comparado com os seus pares, tal como Portugal e Grécia.Portugal emitiu dívida esta semana a 3 e 18 meses. Dos 1,5 mil milhões emitidos, 80% foram colocados no prazo mais longo a 1,506%, face aos 1,963% do último leilão comparável. O mercado continua a privilegiar a compra de instrumentos dos periféricos devido à falta de alternativas de investimento. Apesar de não se ter notado a influência da crise cipriota na colocação desta semana, a “janela de oportunidade” para emissões a 10 anos deve estar fechada por algum tempo.Segundo Mario Draghi, um sistema financeiro europeu fragmentado levou também à fragmentação da transmissão da política monetária do BCE. Entre outras consequências,

esta situação provoca uma disparidade nos níveis de taxas de juro entre diferentes países da Zona Euro, tanto para as empresas como para as famílias. Por esta razão, o BCE está a tentar identificar os instrumentos de política mais eficazes, de forma a reparar estas discrepâncias. Atualmente, os agentes económicos dos países na periferia da Zona Euro enfrentam custos associados ao crédito mais elevados do que os países no núcleo central do bloco. Segundo o BCE, está a ser criado um acesso mais fácil por parte dos bancos aos colaterais que serão usados nas operações de crédito com o BCE, trazendo assim, liquidez para o sistema bancário.

ANÁLISE PRODUZIDA A 20 DE MARÇO DE 2013

Alemanha irá poupar 15 mil milhões de euros em juros

MERCADO MONETÁRIOINTERBANCÁRIO

FILIPE [email protected]

YIELD 10 ANOS PORTUGAL

Eur/Usd A quebra da linha de tendên-

cia ascendente abriu espaço para mais quedas no Eur/Usd. Esta semana, o câmbio desceu até no-vos mínimos do ano, cotando em valores abaixo dos 1,29 dólares. Neste momento o câmbio “ame-aça” mais quedas, com a figura do tipo “head and shoulders”, que atualmente se está a formar, a sugerir objetivos técnicos na zona 1,20-1,23. No entanto, estes são ainda valores distantes do cenário atual.

Eur/JpyO Eur/Jpy quebrou em finais

de fevereiro a linha de suporte ascendente que se registava desde novembro, recuando para míni-mos de um mês. Apesar de uma tentativa de recuperação ter sido posteriormente verificada, os má-ximos observados ficaram abaixo

dos máximos de 3 anos vistos em inícios de fevereiro. Este câmbio tem um cenário neutral, mas que deverá ser determinado por uma nova tentativa ou a máximos de 3 anos ou a mínimos de um mês.

Eur/GbpDepois de no mês passado, o

Eur/Gbp ter registado novos má-ximos de 16 meses, subindo para valores acima das 0,88 libras, o comportamento do câmbio des-de então foi caracterizado por um máximo relativo mais baixo, estando em curso a formação de um possível mínimo relativo. Para isso será necessário ao Eur/Gbp cotar em valores abaixo dos 0,8450 libras. Caso este cenário se concretize, poderemos ver o Eur/Gbp a recuar para valores dentro do canal ascendente que foi quebrado em alta no início do ano.

EVOLUÇÃO EURIBOR (EM BASIS POINTS)20.março13 31.outubro12 10.outubro12

1M 0.118% 0.118% = 0.000 0.120% -0.002

3M 0.210% 0.203% 0.007 0.221% -0.011

1Y 0.551% 0.542% 0.009 0.585% -0.034

TAXAS EURIBOR E REFI BCE

CONDIÇÕES DOS BANCOS CENTRAIS Minium Bid* 0,75%BCE Lending Facility* 1,50% Deposity Facility* 0,00%

*desde 5 de julho 2012

EUA FED Funds 0,25%R.Unido Repo BoE 0,50%Brasil Taxa Selic 7,25%Japão Repo BoJ 0,10%

EUR/USD

CARLOS BALULA [email protected]

FUTUROS EURIBORData 3 Meses Implícita

May 13 0.275%June 13 0.295%July 13 0.300%

December 13 0.340%March 15 0.580%

September 16 1.110%

EURO FRA’SForward Rate Agreements

Tipo* Bid Ask1X4 0.259 0.2693X6 0.282 0.2921X7 0.386 0.4013X9 0.432 0.447

6X12 0.471 0.48612X24 0.687 0.737

*1x4 - Período termina a 4 Meses, com início a 1M

EURO IRSInterestSwapsvs Euribor 6M

Prazo Bid Ask2Y 0.495 0.5153Y 0.597 0.6285Y 0.906 0.9378Y 1.409 1.429

10Y 1.682 1.702

Obrigações 5Y 10Y 4.83 6.04

3.67 4.980.90 2.030.36 1.373.38 4.640.73 1.860.79 1.930.12 0.59

Fontes: Reuters e IMF

MERCADOS

40 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

4.420

5.160

5.558

5.788

6.2006.350

Pric e

EUR

4.400

4.800

5.200

5.600

6.000

23 30 06 13 20 27 04 11 18 25 01 08 15 22 29 05 12 19 26 04 11 18 25 01 08 15 22 29 06 13 20 27 03 10 17 24 01 08 15 22 29 05 12 19 26 02 09 16 23 30 07 14 21 28 04 11 18 25 02 09 16 23 30 06 13 20 27 03 10 17 24 03 10 17 24 31 07 14 21

Q4 2011 Q1 2012 Q2 2012 Q3 2012 Q4 2012 Q1 2013

5.900

5.000

8.115 Pric e

EUR

4.000

5.000

6.000

7.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

2000 2010

Page 41: MARIA DA GRAÇA CARVALHO DEFENDE SIMPLIFICAÇÃO DOS ...

Cimpor foca atenção nos mercados emergentesA Cimpor considera que o sucesso da OPA da InterCement determina um novo perímetro geográfico da cimenteira, mais focado na América Latina e África, e proporciona estabilida-de acionista para o desenvolvimento do grupo. O novo perfil apresentou um EBITDA pró--forma de 760 milhões de euros e uma margem de 27%, no ano passado. O resultado líqui-do dos ativos que permaneceram na Cimpor cifraram-se em 49 milhões de euros, sendo que, excluindo não recorrentes e imparidades, teria superado o valor do exercício anterior, explica a empresa em comunicado.

MERCADOS

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 41

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Supervisor bancário europeu será criado em breveA Comissão Europeia, o Conselho Europeu e o Parlamento Europeu chegaram a acordo so-bre a criação do mecanismo único de supervisão bancária da Zona Euro. Deste modo, será possível a recapitalização direta dos bancos pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade. O acor-do preliminar terá agora que receber luz verde por parte de todos os Estados-Membros. Para já, são 17 países que integram o referido supervisor bancário, podendo juntar-se os restantesquando o desejarem. O Reino Unido, a Suécia e a República Chega adiantaram que não estãointeressados em fazer parte deste novo mecanismo.

PAINEL BANCO POPULARTÍTULOS EURONEXT LISBOA

PAINEL BANCO POPULARTÍTULOS MERCADOS EUROPEUS

Este relatório foi elaborado pelo Centro de Corretagem do Banco Popular, telf 210071800, email: [email protected], com base em informação disponível ao público e considerada fidedigna, no entanto, a sua exatidão não é totalmente garantida. Este relatório é apenas para informação, não constituindo qualquer proposta de compra ou venda em qualquer dos títulos mencionados.

Título Última Cotação

Variação Semanal

Máximo 52 Sem

Mínimo 52 Sem

EPS Est Act

EPS Est Fut

PER Est Act

PER Est Fut

Div. Yield Ind

Div. Yield Est

Data Atl Hora Atl

B.POPULAR 0,66 -2,37% 1,682 0,528 0,022 0,084 30,000 7,857 -- 1,06% 20-03-2013 16:38:00

INDITEX 103,1 -2,41% 111,800 63,970 4,280 4,808 24,089 21,443 1,84% 2,43% 20-03-2013 16:38:00

REPSOL YPF 16,72 -1,47% 20,465 10,900 1,656 1,734 10,097 9,642 5,82% 5,55% 20-03-2013 16:38:00

TELEFONICA 11,47 3,71% 12,793 7,900 1,135 1,182 10,106 9,704 -- 6,52% 20-03-2013 16:38:00

FRA. TELECOM 8,58 7,99% 11,720 7,203 1,100 1,069 7,800 8,026 9,09% 9,07% 20-03-2013 16:36:41

LVMH 133,3 -2,02% 143,400 111,000 7,571 8,494 17,607 15,693 2,18% 2,46% 20-03-2013 16:36:41

BAYER AG O.N. 80,36 4,09% 80,440 47,625 5,888 6,480 13,631 12,386 2,37% 2,58% 20-03-2013 16:35:27

DEUTSCHE BK 32,44 -3,88% 39,510 22,110 3,919 5,031 8,280 6,450 2,31% 2,38% 20-03-2013 16:35:02

DT. TELEKOM 8,54 2,15% 10,060 7,688 0,707 0,731 12,044 11,648 8,20% 6,27% 20-03-2013 16:35:24

VOLKSWAGEN 149 -6,61% 175,650 108,500 21,748 24,835 6,844 5,994 2,34% 2,85% 20-03-2013 16:35:17

ING GROEP 6,134 -4,01% 7,905 4,440 0,994 1,098 6,171 5,587 -- 0,28% 20-03-2013 16:37:30

Título Última Cotação

Variação Semanal

Máximo 52 Sem

Mínimo 52 Sem

EPS Est Act

EPS Est Fut

PER Est Act

PER Est Fut

Div. Yield IndDiv. Yield Est Data Atl Hora Atl

ALTRI SGPS 2,000 4,49% 2,030 0,945 0,200 0,167 10,000 11,976 1,00% 0,50% 20-03-2013 16:35:00

B. COM. PORT. 0,107 -1,84% 0,120 0,047 -0,014 0,006 -- 17,833 -- 0,00% 20-03-2013 16:36:25

B.ESP. SANTO 0,923 -4,45% 1,190 0,434 0,044 0,099 20,977 9,323 -- 0,65% 20-03-2013 16:35:00

BANIF-SGPS 0,129 -2,27% 0,170 0,118 -- -- -- -- -- -- 20-03-2013 16:35:00

B. POP. ESP. 0,670 0,00% 1,657 0,520 0,022 0,084 30,455 7,976 -- 0,00% 20-03-2013 16:06:00

BANCO BPI 1,104 -4,75% 1,380 0,338 0,064 0,097 17,250 11,381 -- 0,27% 20-03-2013 16:35:00

BRISA 2,080 -4,59% 2,785 1,620 0,109 0,097 19,083 21,443 -- 13,46% 20-03-2013 16:35:00

COFINA,SGPS 0,547 0,74% 0,730 0,300 0,047 0,060 11,638 9,117 1,83% 1,83% 20-03-2013 16:36:02

CORT. AMORIM 2,020 -1,46% 2,100 1,194 0,250 0,250 8,080 8,080 3,22% 4,95% 20-03-2013 16:14:05

CIMPOR,SGPS 3,400 -0,29% 5,700 2,930 0,370 0,430 9,189 7,907 4,88% 5,88% 20-03-2013 16:35:00

EDP 2,444 3,56% 2,455 1,628 0,263 0,287 9,293 8,516 7,57% 7,65% 20-03-2013 16:35:58

MOTA ENGIL 1,995 5,89% 2,400 0,951 0,220 0,250 9,068 7,980 5,51% 5,51% 20-03-2013 16:35:00

GALP ENERGIA 12,130 1,13% 13,530 8,330 0,496 0,566 24,456 21,431 2,64% 2,28% 20-03-2013 16:35:15

IMPRESA,SGPS 0,430 0,00% 0,540 0,260 0,020 0,037 21,500 11,622 -- 0,00% 20-03-2013 16:20:05

J. MARTINS 15,750 1,65% 16,660 11,071 0,722 0,841 21,814 18,728 1,87% 2,39% 20-03-2013 16:35:00

MARTIFER 0,650 -2,99% 0,950 0,500 0,020 0,020 32,500 32,500 -- -- 20-03-2013 16:35:00

NOVABASE 2,986 0,20% 3,080 1,660 0,253 0,370 11,802 8,070 1,00% 3,01% 20-03-2013 16:35:00

GLINTT 0,200 0,00% 0,210 0,090 -- -- -- -- -- -- 20-03-2013 16:26:14

P. TELECOM 4,054 1,15% 4,462 3,003 0,338 0,399 11,994 10,160 8,02% 8,14% 20-03-2013 16:35:00

PORTUCEL 2,726 -0,51% 2,915 1,680 0,254 0,266 10,732 10,248 8,11% 6,53% 20-03-2013 16:38:59

REDES E. NAC. 2,279 2,34% 2,389 1,800 0,251 0,263 9,080 8,665 7,46% 7,37% 20-03-2013 16:35:00

S. COSTA 0,230 4,55% 0,330 0,120 0,030 0,070 7,667 3,286 -- -- 20-03-2013 12:59:05

SEMAPA 7,100 4,43% 7,410 4,602 0,956 1,073 7,427 6,617 3,59% 3,63% 20-03-2013 16:35:00

SONAECOM 1,660 5,20% 1,800 1,042 0,153 0,168 10,850 9,881 4,22% 3,98% 20-03-2013 16:37:04

SONAE,SGPS 0,721 3,30% 0,759 0,366 0,053 0,067 13,604 10,761 4,59% 4,44% 20-03-2013 16:35:00

SONAE IND. 0,589 -1,17% 0,683 0,384 -0,157 -0,037 -- -- -- 23,77% 20-03-2013 16:35:01

SAG GEST 0,290 -3,33% 0,460 0,270 -0,050 -0,030 -- -- -- -- 20-03-2013 16:35:00

TEIX. DUARTE 0,490 -2,00% 0,610 0,190 -- 0,020 -- 24,500 -- -- 20-03-2013 12:53:39

Z. MULTIMEDIA 3,450 2,04% 3,635 1,977 0,147 0,193 23,469 17,876 3,48% 4,46% 20-03-2013 16:35:00

MARC [email protected]

O aumento do número de insolvências das empresas, bem como a menor procura de finan-ciamento por parte dos agen-tes económicos são explicações adiantadas pelo BPI para a dimi-nuição da concessão de crédito às empresas. Segundo o estudo “Portugal - Os condicionalismos da evolução do crédito a empre-sas e particulares”, que integra o relatório mensal sobre mercados financeiros daquela instituição, a que a “Vida Económica” teve acesso, “a evolução do crédito foi também influenciada pela me-nor procura de financiamento por parte dos agentes económi-cos”, o que reflete o “adiamento de decisões de investimento e de consumo por motivos de pre-caução”; estes, segundo o BPI, são “decorrentes do aumento da incerteza tanto no que se refe-re à evolução da procura como da deterioração das condições no mercado de trabalho, de-notando também esgotamento da capacidade de endivida-mento de famílias e empresas”. No setor empresarial, “os ele-vados níveis de endividamento observados”, bem como a re-tração do investimento dire-to estrageiros “constituíram um limite ao aumento dos níveis de alavancagem do setor”. Se-gundo o BPI, em 2011, as em-presas portuguesas (setor não financeiro) registavam níveis de endividamento em torno de 224% do PIB. “Nesse ano, apenas a Irlanda assinalava um rácio superior”, nota o estudo. Também os índices de capitaliza-ção são desfavoráveis às empresas nacionais. Portugal surge com um rácio de dívida/capital pró-

prio de 1,20 em 2011, superioraos níveis registados na maiorparte dos países da OCDE(EUA 0,69%; Suécia 0,73%).Assim, de acordo com informa-ção disponibilizada pelo Bancode Portugal, desde 2007, o endi-vidamento do setor empresarialnão financeiro aumentou 45,7mil milhões de euros, passandode 178% do PIB em 2007 para209% em 2012.

O endividamento das empre-sas privadas – que representacerca de 90% da dívida total dosetor empresarial não financeiro– registou um crescimento mé-dio anual de 2%, especialmenteimpulsionado pelo crescimentoda dívida a grandes empresas.Por seu turno, a dívida das PME“praticamente estagnou nos úl-timos cinco anos”, passando de169 mil milhões de euros em2007 para 173 mil milhões em2012, o que significa um cres-cimento médio anual de apenas0.4%.

O “forte aumento da quan-tidade de processos de insol-vência que deram entrada nostribunais” reflete, por seu turno,“a deterioração da qualidade decrédito do tecido empresarial,num contexto de redução daprocura agregada a uma maiordificuldade de acesso a financia-mento”, afirma o BPI.

O número acumulado deprocessos entrados nos tribunaisno final do terceiro trimestre de2012 foi de 15373, mais 47%do que no final de 2011. Em ter-mos de valor dos processos en-trados nos tribunais, “observa-seum aumento da proporção dosprocessos com valor inferior a 10mil euros e o aumento daquelescom valor acima dos 10 mil eu-ros”, nota o mesmo documento.

Insolvências e quebra de procura explicam diminuição do crédito às empresas

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A Volkswagen patrocina a edição de 2013 do Vodafone Rali de Portugal que terá lugar de 11 a 14 de abril. Este im-portante evento será a quarta prova do WRC e contará com a presença da equi-pa Volkswagen Motorsport, líder atual do campeonato de pilotos.

Esta parceria entre a SIVA, importador da Volkswagen para Portugal, e o ACP materializa-se no fornecimento de via-

turas à organização e permitirá à marca levar a cabo diversas ações de marketing com os seus clientes e concessionários. “A Volkswagen associa-se desta forma a um dos mais marcantes eventos despor-tivos em Portugal, reforçando a imagem desportiva da marca em complemento com a presença em prova do Volkswagen Polo R WRC”, refere a SIVA, em comu-nicado.

O Peugeot 208 foi o automóvel mais adquirido pelos clientes nacionais, em fevereiro de 2013. “Com 413 unidades vendidas, superou toda a concorrência, comprovando a sua enorme aceitação no mercado português, em termos estéticos, funcionais e na excelente relação preço/equipamento”, refere um comunicado da Peugeot Portugal.

Também no segmento dos comerciais, a marca francesa teve o modelo mais vendi-do em Portugal no segundo mês de 2013, graças ao Partner, modelo número um com 135 unidades vendidas. “Este facto merece particular destaque se se tiver em conta que, sendo o Partner um dos mo-delos fabricados no centro de produção

de Mangualde, as suas vendas se refletem num incremento direto do PIB”, refere a mesma

O diretor-geral da Peugeot Portugal, Al-fredo Amaral, revela natural satisfação pe-los resultados daqueles dois modelos. “Esta performance comercial, que nos enche de orgulho, é fruto de um trabalho continu-ado sobre a nossa gama de produtos, cada vez mais competitiva e adequada à procura nacional, quer por parte de clientes par-ticulares quer por parte de profissionais. Por outro lado, trata-se de um trabalho de equipa entre a Peugeot Portugal e a sua rede de concessionários, que no terreno é a face da marca junto do cliente”, referiu o líder da marca no nosso país.

Ricardo Tomaz (SIVA), Carlos Barbosa (ACP) e Mário Martins da Silva (ACP).

O 208 vendeu 413 unidades no mês passado.

AQUILES [email protected]

A Jaguar prevê aumentar as vendas no mercado português em 2013, fruto dos lançamentos no mercado, como a re-cém-chegada carrinha XF Sportbrake e o descapotável desportivo de dois lugares F-Type previsto para maio (ver caixa). “O nosso plano é registar crescimen-to na comparação com 2012, tanto em unidades como em quota de mercado, especialmente por causa do lançamento da XF Sportbrake e do novo desporti-vo da Jaguar, o F-Type, que começa a chegar ao mercado esta primavera”, disse à “Vida Económica” o diretor-geral de vendas da Jaguar Land Rover Espanha e Portugal, Javier Agote.

Nos dois primeiros meses do ano, as expectativas da marca concretizaram-se, com a Jaguar a crescer 39,3% no merca-do português, para 39 unidades. A nossa fonte considera que é um bom começo de 2013. “Evidentemente que sim e isso deve-se ao incremento de volume provo-cado pelo lançamento da nova versão XF Sportbrake, que, sem dúvida, representa uma grande oportunidade para Portu-gal”, referiu o diretor-geral de vendas da Jaguar Land Rover Espanha e Portugal.

O crescimento que Jaguar prever al-cançar no nosso país este ano compa-rará, a confirmar-se, com um 2012 em

F-TYPE E, SOBRETUDO, XF SPORTBRAKE IMPULSIONARÃO MARCA “PREMIUM” ES

Jaguar prevê crescer A Jaguar perspetiva ter um 2013 de crescimento no mercado português. A principal causa para o otimismo são a recente XF Sportbrake e o F-Type, segundo o diretor-geral de vendas da marca para Portugal. Em declarações à “Vida Económica”, Javier Agote garante, ainda assim, que as marcas “premium” também sentem os efeitos da crise.

“O nosso plano é registar crescimento na comparação

Peugeot 208 foi o carro mais vendido em Portugal em fevereiro

Volkswagen viatura oficial do Rali de Portugal

Porsche contrata mil trabalhadores para fábrica alemãA produção de um novo modelo, o Macan, está a levar a Porsche à contratação de mil trabalhadores para empregos permanentes na fábrica de Leipzig (Alemanha). Atualmente, a fábrica emprega 1150 trabalhadores e com a produção do SUV compacto, esse número vai subir para mais do dobro. As ofertas de trabalho podem ser visualiza-das online no seguinte endereço: www.porsche-leipzig.com/personal.

AUTOMÓVEL

42 SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013

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TE ANO

em Portugal à “boleia” de novos produtosque a marca britânica caiu 15,91%no mercado luso, de 132 para 111 unida-des. Javier Agote recorda, no entanto, que a marca conseguiu atenuar melhor os efeitos da crise do que a concorrên-cia e ganhar quota de mercado, pas-sando de 0,09% no fim de 2011 para 0,12% em dezembro último. “Apesar de mais um ano de declínio no número de matrículas, a Jaguar superou a in-dústria, o que se reflete num aumen-to na quota de mercado para o ano de 2011”, explicou.

“Marcas ‘premium’ também sentem crise”

As marcas “premium” têm, com efei-

to, ganho quota de mercado em Por-tugal. Quando questionado pela “Vida Económica” se as marcas “premium” sentem menos os efeitos de crises eco-nómicas como a que assola o nosso país,o diretor-geral de vendas da Jaguar Land Rover Espanha e Portugal responde não ser bem assim. “Não é certo [queas marcas “premium” sintam menos osefeitos da crise]. De facto, o mercado ‘premium’ sofreu ajustes importantes em anos anteriores. Além disso, se seanalisarem as vendas, observa-se umaclara deterioração no ‘mix de vendas.Os clientes optam agora por veículos commotorizações mais pequenas e, con-sequentemente, preços mais ajustados”,considera Javier Agote.

com 2012, tanto em unidades como em quota de mercados”, refere Javier Agote.

A carrinha do XF é uma das razões para o otimismo da marca.

AUTOMÓVEL

SEXTA-FEIRA, 22 DE MARÇO 2013 43

ANJE - Porto

6 de Abril17h30 às 20h30

ANJE - Lisboa

17 de Abril17h30 às 20h30

Objetivos do workshop

Cansado de não ter respostas das

empresas?

Não percebe porque não brilha nas

entrevistas?

Deseja encontrar um emprego que

o apaixone?

Durante 3 horas iremos abordar as temáticas de procura emprego e sucesso na candidatura ao mercado de trabalho.

Com muita diversão, sentido prático e foco no resultado, iremos perceber como o mundo mudou e como temos de nos adaptar para ter sucesso.

No final do workshop irá:

trabalho

Formador

Patrícia FloresE-mail: [email protected]

Telefone: 223 399 466

EMPREGOBom e Já!

Ricardo Peixe

Citroën e Continente com ação conjuntaA Citroën e o Continente têm em curso nova ação conjunta através da qual as compras feitas nas grandes superfícies Continente valem ensaios com os mais recentes modelos da gama Citroën e estes, por ser turno, podem valer cartões presentes, dos cinco euros aos cinco mil euros. A ação decorre até meados de julho em 20 das grandes superfícies do grupo Sonae de sul a norte do país.

ARAC reuniu com secretário de Estado do TurismoA ARAC – Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor, reuniu com o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes (foto). A entidade aproveitou para abordar as princi-pais preocupações das rent-a-car. Destaque para o aluguer de veículos de matrícula estrangeira, o pagamento de portagens pelos clientes, o

roubo de veículos ou, entre outras, o ISV.

Desportivo F-Type chega em maio

Com chegada a Portugal agendada para maio, o Jaguar F-Type é o novo descapotável desportivo de dois lugares da marca britânica. Com motor dianteiro e tracção traseira, o mais recente desportivo da Jaguar, foi, segundo a marca, “desenvolvido para proporcionar puro prazer de condução e prestações excecionais”. Em termos de imagem – algo importante em qualquer automóvel e ainda mais num com estas características – o F-Type apresenta a nova linguagem de design dos modelos desportivos da Jaguar, defi nida, como todos os modelos da marca britânica posteriores a 1999, pela mão de Ian Callum.Serão disponibilizadas três versões: F-Type, F-Type S e F-Type V8 S. Serão impulsionadas, respetivamente, pelo novo motor Jaguar V6 3.0 Supercharged a gasolina de 340 e 380 cv, e pelo V8 5.0 Supercharged com 495 cv. O topo de gama, acelera de zero a 100 km/h em 4,3 segundos e tem uma velocidade máxima de 300 km/h. O F-Type S V6 de 380 CV acelera de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos e atinge 275 km/h, enquanto os valores para o F-TYPE são 5,3 segundos e 260 km/h. Quanto a preços para Portugal, o F-Type custa 95 044 euros, o F-Type S 107 619 euros e o F-Type V8 S 142 472 euros.

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Vide artigos e gráficosblog: http://economiadasemana.blogspot.pt twitter: https://twitter.com/VasconcelloseSa

Embora a saúde não seja defi nida pela ausência de doenças, no extremo oposto daquela estão estas: 1) o autismo, 2) o maquiavelismo, 3) a doença de Parkinson e 4) a depressão.Autismo: sendo uma empresa um órgão da sociedade, o seu objectivo tem que ser encontrado nesta, fora daquela. Um pâncreas centrado em si próprio, segrega indiscriminadamente, tornando-se prejudicial ao corpo que alegadamente serve.Pelo que o objectivo externo de uma empresa é servir um cliente. Criar um entendido, “fanático”, pelos seus produtos ou serviços.É pois irónico a quantidade de empresas que por um misto de arrogância e preguiça, não têm um sistema de análise de clientes que, (pelo menos anualmente), produza um relatório de quais os perfi s fundamentais dos seus clientes (fase do ciclo de vida, classe social, sexo, estilo de vida, indústria, dimensão, tecnologia, etc.). E igualmente importante quem não é cliente, não nos compra e porquê. Todos constituindo oportunidades potenciais. Segue-se onde está o cliente (áreas geográfi cas, canais e localização no tempo). O que é valor para o cliente (e tão importante: o que não é valor, i.e. em que características do produto podemos poupar por o cliente não lhes dar importância) e que necessidades do nosso cliente não estão satisfeitas: em novos produtos ou diferentes modelos do(s) mesmo(s) produtos. Foi assim que a Amazon passou de uma simples livraria na internet para uma plataforma cujo portfolio incluí CDs, DVDs, jogos digitais, software, bens electrónicos (TVs, vídeos, etc.), bens para a casa e jardins, prendas, itens de beleza e desportivos.Depois, ninguém passa pela vida sem enfrentar uma, duas crises. Não se pode prever tudo. Mas pode-se ter uma battle-

ready empresa pronta para todos os combates.O oposto do que A. Jay descreveu em Maquiavel e a gestão das empresas: cortes bizantinos onde reina a intriga no lugar da competência; o conformismo em vez da performance; e a busca de aplausos substitui os resultados.Parkinson identifi cou uma terceira doença que recebeu o seu nome; empresas que são um emaranhado de regras e procedimentos cuja utilidade tendo caducado há muito, ninguém se lembra, contudo, de periodicamente passar a pente fi no, de uma ponta a outra da organização porque funcionam sob o princípio de que tudo o que se faz é eterno. Para sempre. Num mundo onde a única verdade é que tudo muda. Tudo passa.E assim as pessoas redobram o esforço porque perderam à muito a noção dos seus objectivos.Finalmente, o saudoso J. Meirim recorda-nos a quarta doença: a depressão. Para os com menos cultura futebolística J. Meirim foi um treinador que fez furor nos fi nais da década de 60, 70 e princípios de 80 em parte porque fazia manchetes nos jornais desportivos prometendo vitórias nas vésperas dos jogos com os grandes.Uma pedrada no charco, na altura. Uma vez perguntaram-lhe porque o fazia, ao que respondeu: “ já imaginou como entram os jogadores em campo quando os meus colegas treinadores dizem que difi cilmente deixarão de ser goleados pelo Sporting, Benfi ca ou Porto?”Por isso o primeiro dever de um gestor é combater a depressão, caso ela exista à sua volta.Quem entra em campo derrotado, nunca ganha. Melhor. Se somos derrotados só depende de nós. Porque só nós nos podemos dar por derrotados. Até então só podemos – e no máximo – estar a perder. E não mais que isso.

Nº 1485 / 22 de março 2013 Semanal J 2,20 Portugal Continental

As doenças organizacionais

NOTA DE FECHO

JORGE A. VASCONCELLOS E SÁ Mestre Drucker School PhD Columbia UniversityProfessor CatedráticoE-mail: [email protected] In: http://www.linkedin.com/in/vasconcellosesa

Uma edição

livraria.vidaeconomica.pt

A função pública já perdeu cerca de 50 trabalhadores, nos dois últimos anos, de acordo com Hélder Rosalino, secretário de Estado da Administração Pública. Des-te modo, contesta aqueles que dizem que agora é que está a ser feita a reforma do Es-tado. Na ótica do governante, o Governo tem adotado várias medidas para reduzir os funcionários públicos.

Também não concorda com a mensa-gem que tem sido transmitida de que o

Governo quer despedir, ao avançar com um programa de rescisões por mútuo acor-do. “O Executivo quer fazer exatamente o contrário, proteger o emprego público nas suas funções essenciais. Em nenhum mo-mento, o programa de rescisões amigáveis na administração pública será confundido com despedimentos. Por mútuo acordo pressupõe que trabalhadores e adminis-tração acordam pela avaliação mútua de interesses.”

Função pública já perdeu 50 mil funcionários

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, considera que o país deve as-sumir um Programa Cautelar, depois de concluído o Programa de Assistência Eco-nómica e Financeira. Esta seria uma for-ma de “garantir a operacionalização dos mecanismos europeus de intervenção no mercado da dívida pública”, disse durante uma conferência que teve lugar em Lis-boa, na SEDES.

“Um Programa Cautelar é um regi-me de acompanhamento das políticas e da evolução económica de um país que apresenta algumas vulnerabilidades. Não se trata de um programa de assistência

fi nanceira”, explicou. Ou seja, consiste num mecanismo com uma linha de cré-dito de reserva associada, a qual pode ser utilizada para fazer face a perturbações tem-porárias no fi nancia-mento ao mercado. “Implica a solidarie-dade dos parceiros europeus e contri-bui para consolidar a confi ança dos mer-cados nas políticas económicas do país.”

Carlos Costa defende criação de um programa cautelar

Os preços da produção industrial vol-taram a aumentar em fevereiro. O agra-vamento foi de 1,8%, face a igual mês do ano passado. Contudo, foi o quinto mês consecutivo em que se verifi cou um abran-damento dos referidos preços, segundo adianta o Instituto Nacional de Estatística.

“A desagregação do índice resultou do comportamento observado nos agrupa-mentos de bens de consumo e intermé-dios, que passaram de variações de 1% e 1,8%, em janeiro, para 0,8% e 1,6%, res-petivamente, em fevereiro.” A taxa de va-riação homóloga do índice das indústrias transformadoras foi de 0,8%, idêntico ao verifi cado no mês anterior. Quanto à varia-

ção mensal, o índice de preço cresceu cerca de 0,3%, no mês em análise, contra um aumento de 0,8%, em janeiro passado.

Preços da produção industrial aumentam