Maria iracilda
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Ceará Colonial
O povo cearense foi formado pela miscigenação de indígenas catequizados e aculturados após
longa resistência, colonizadores europeus e negros que viviam como trabalhadores livres ou
escravos.[11] O povoamento do território foi bastante influenciado pelo fenômeno natural da
seca.
Graças ao contatos mantidos entre os índios Potyguara e portugueses, estes últimos
planejaram chegar ao Ceará e estabelecer um ponto de apoio na jornada para os Maranhão.
Desta forma a primeira tentativa efetiva de colonização portuguesa ocorreu com Pero Coelho de Sousa em 1603, que na sua fundou o Forte de São Tiago na Barra do Ceará. Em 1605, porém, sobreveio a primeira seca registrada na história
cearense, fazendo que Pero Coelho e sua família abandona-se o Ceará.
Depois do fracasso de Pero Coelho, os padres jesuítas Francisco Pinto e Pereira Figueira chegaram ao Ceará com o intuito de evangelizar os silvícolas. Avançaram até a Chapada da Ibiapaba, onde ficaram até a morte do padre Francisco Pinto em outubro do mesmo ano. O padre
Pereira Figueira retornou a Pernambuco em 1608, sem grandes sucessos.[19]
Em 1612, nova expedição foi enviada como parte dos esforços de conquista do Maranhão, então dominado pelos franceses. Fazia parte
desta jornada Martim Soares Moreno, que funda o Fortim de São Sebastião, também na Barra do Ceará. Ao retornar, em 1621, encontrou
o forte destruído, mas lançou as bases para o início da exploração econômica pelos portugueses e o apaziguamento dos nativos.[20][21]
Em 1612, nova expedição foi enviada como parte dos esforços de conquista do Maranhão, então dominado pelos franceses. Fazia parte
desta jornada Martim Soares Moreno, que funda o Fortim de São Sebastião, também na
Barra do Ceará. Ao retornar, em 1621, encontrou o forte destruído, mas lançou as
bases para o início da exploração econômica pelos portugueses e o apaziguamento dos
nativos.[20][21]
Os holandeses, já estabelecidos em Pernambuco desde 1630, tentaram invadir o Ceará já em 1631,
atendendo ao pedido das nações índigenas cearenses. Sendo que a primeira tentativa de
conquista holandesa fracassou.
Em 1637, o território foi tomado pelos holandeses, graças um trabalho conjunto com os índios nativos, no qual os portugueses foram feitos prisioneiros e
levados para Recife. Os holandeses estabelceram-se e também chegaram usar o Ceará com ponto de
apoio a conquista holandesa do Maranhão, em 1641.
Nesta época de ocupação holandesa (1637-1644), o forte da Barra do Ceará foi reformado, foi construído um forte em Camocim, as pesquisas para a exploração das salinas foram feitas e em
1639, George Marcgraf vem ao Ceará numa expedição. Uma expedição que se deu partindo do Fortim de São Sebastião percorreu o oeste
cearense até a região dos Imhamuns.[22]
Os holandeses ficaram no Ceará até 1644, quando Gideon Morris e sua tropa, que
retornavam das batalhas no Maranhão, foram mortos numa emboscada organizada pelos
próprios índios. Com a emboscada de 1644, o Fortim de São Sebastião também foi destruído.
Entre 1644 até 1649, o Ceará ficou sendo administrado pelas etnias existentes. A presença européia só retorna em 1649, depois de contatos e negociações feitas entres os nativos e Antônio
Paraupaba em 1648.[23]
Com a chegada de Matias Beck, em 1649, o Siará Grande entrou num novo período histórico: na embocadura do riacho Pajeú, o Forte Schoonenborch foi construído, os trabalhos de busca das supostas minas de prata foram iniciadas e os holandeses procuraram mais uma vez se estabelecer na região, sob forte hostilidade dos indígenas.[24]
Após a capitulação holandesa em Pernambuco, o forte foi entregue aos portugueses,
restabelecendo-se assim o poderio português, rebatizando-o de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção.[25] Neste período muitas das nações índigenas que apoiaram os holandeses, que não
estavam protegidas pelo Tratado de Taborda, fugiram para o Ceará, procurando refúgio das retaliações lusas.[26] Desta forma, o Ceará
acabou sendo o centro de batalhas na Guerra dos Bárbaros.
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