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Este caderno faz parte integrante da edição 1706 do Jornal de Leiria, de 23.03.2017 e não pode ser vendida separadamente. Edição: MARINHA GRANDE

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Este caderno faz parte integrante da edição 1706 do Jornal de Leiria, de 23.03.2017 e não pode ser vendida separadamente.

Edição:

MARINHAGRANDE

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FICHA TÉCNICAEDIÇÃO: JORLIS - EDIÇÕES E PUBLICAÇÕES, LDA. / Director: João Nazário Redacção: Paula Lagoa / Serviços Comerciais: Lúcia Alves, Rui Pereira e Sandra Nicolau/ Foto da capa: Ricardo GraçaPaginação: Isilda Trindade e Rita Carlos/Impressão: Grafedisport /Tiragem: 15.500 exemplares / Nº de registo: 109980 / Depósito legal nº: 5628/84 / JORNAL DE LEIRIA, Edição n.º 1706, 23 de Março de 2017

No dia 26 de Março a Marinha Grande comemora 100anos da sua elevação. O concelho, o que muitos nãosabem é que o concelho da Marinha Grande já tinhasido instituído por força da organização administra-tiva levada a cabo pelo governo da nação em 6 de No-vembro de 1836 e reforçada pelo decreto especial de17 de Agosto de 1837. Mas, para grande desconten-tamento da população, não durou mais de um ano, jáque viria a ser revogada em 17 de Abril de 1838, ain-da antes de estar o concelho devidamente instaladoe organizado.

“As forças vivas da Marinha Grande e a sua popu-lação manifestaram-se das mais variadas formas con-

MARINHA GRANDE: 100 ANOS DA RESTAURAÇÃO DO CONCELHO. 80 À SUA

tra esta medida lesiva dos interesses desta vila que,na altura, representava já uma das regiões mais im-portantes da indústria nacional”, referem Gabriel Rol-dão e Luís Abreu e Sousa, autores do livro A Restau-ração do Concelho da Marinha Grande em 1917, umaedição do Município da Marinha Grande, apresenta-da no Edifício da Resinagem, no arranque das co-memorações do centenário, a 20 de Janeiro.

Mas o descontentamento manifestado de nadaadiantou, assim como as muitas cartas, manifestos,discursos e petições elaboradas ao longo dos 80 anosque separam a data da revogação da da restauraçãodo concelho. São vários os momentos referidos pe-

Marinha Grande foi elevada a concelho a 26 de Março de 1917

A Marinha Grande já tinha sido elevada a concelho em 1836 mas a decisão seria revogada um ano depois. O períodopor uma luta persistente de diversas entidades, de avanços e recuos até à sua tão almejada restauração

2 Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 MARINHA GRANDE

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CONQUISTA

Importância Industrialera, já na época, argu-mento para a elevaçãoa concelho

de 1837 a 1917 foi marcado

MARINHA GRANDE

los autores da obra que documentam essas mesmastentativas de sensibilização dos governantes para acausa marinhense.

O padre António Lopes Rego, que presidiu à paró-quia de 20 de Janeiro de 1889 até 13 de Janeiro de1899, é um deles e é citado por ter escrito ao rei pe-dindo-lhe que intercedesse, lembrando-o que “aMarinha Grande é há muito chamada a Manchesterdo distrito de Leiria, manifestando-se a actividade dosseus habitantes na importante industria e commer-cio que a engrandece, que a dilata todos os dias, fa-zendo-a impor-se ás povoações suas visinhas, peloseu desenvolvimento material e pelos melhoramen-tos que consegue, de iniciativa particular na sua maiorparte”. E continuou: “N’estas circunstancias, pois, es-pera a Junta supplicante que Vossa Magestade, at-tendendo á importancia industrial d’esta povoação, ásituação geographica, economica e commercial; ás ur-gentes necessidades dos povos e até ao interesse daFazenda Nacional; ao seu direito e á sua justiça; ao

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facto de ella é há muito a séde administrativa da pri-meira floresta do paiz, da primeira manufactura na-cional em vidraria, que não desmerece de identicasassás consideradas no estrangeiro, de outras de re-sinação, etc.; com excelentes instituições de creditoque a engrandecem, séde de distrito de paz, ligada aosnossos principais centros commerciais e de consu-mo pela linha ferrea do Oeste, cuja estação é das maisimportantes pelo seu rendimento, se dignará acolhercom benevolencia os seus desejos, e por isso pede aVossa Magestade que Haja por bem de mandar res-tabelecer o concelho da Marinha Grande, creado pelacarta de lei de 6 de novembro de 1836”. O pedido terá,até, tido eco na imprensa regional da época mas semefeito sobre o disposto.

Também o comendador Joaquim Taybner de Moraisterá tentado, em 21 de Agosto de 1892, na cerimóniade cumprimentos a D. Carlos, no palácio da Real Fá-brica, entregando-lhe uma petição que “o Rei, depoisde guardar o documento que lhe era confiado, pro-meteu que faria quanto lhe fosse possível junto dosseus ministros, para ser agradável à Marinha Gran-de”, referem Gabriel Roldão e Luís Abreu e Sousa.Mas, dizem os autores, “esta petição foi mais uma ajuntar a tantas outras que, ao longo do tempo foramsendo enviadas para os órgãos do poder”, afirman-do mesmo que “muito provavelmente” o documento“terá sido esquecido nalgum bolso do fato de caça doRei pintor”, porque “do seu reflexo nada se vislum-brou a não ser a dura prova de submissão a que ospeticionários se submeteram”.

No período anterior à restauração do concelho a po-pulação tinha aumentado 42% em poucos anos e aMarinha Grande gozava de grande desenvolvimentoeconómico, “beneficiando da implantação e cresci-mento da indústria vidreira para além da exploraçãoflorestal.” Era já na época, “concelho gerador de mui-tas outras industrias periféricas como a resinageme a serraria de madeiras, serralharia e cerâmica, atra-vés da notável capacidade de produzir emprego, ob-rigando a um rápido desenvolvimento do comércio”,lembram os autores de A Restauração do Concelhoda Marinha Grande em 1917.

Na obra explica-se que “não se conhecem as ver-dadeiras razões que dificultaram a instalação do con-celho, mas depreende-se que de alguma oposição deLeiria, que teria criado muitos obstáculos à formaçãoda comissão instaladora para a sua organização”.

A independência era premente. A riqueza geradapela laboriosa Marinha Grande seguia directa para oscofres de Leiria e a vila não se conformava.

Muitos foram os intentos, colectivos e individuais,que são referidos no livro, até que “no período em queFrederico Varnhagem esteve na vila como adminis-trador do Pinhal Real, depois de identificar o valor eco-nómico desta terra e as suas necessidades sociais,resolveu exercer as suas influências na Corte de Lis-boa, de modo a ser instalado o concelho e definir osseus limites”, documentam os investigadores.

“Pretendia organizar de melhor forma as popula-ções que viviam na dependência do pinhal e ao mes-mo tempo criar condições mais eficazes ao cumpri-

mento das obrigações fiscais da sua administração.A Marinha Grande, fazendo parte do concelho de Lei-ria como sua mais importante e próspera freguesia,carecia de quase tudo. Não havia um só metro de es-tradas capazes de permitir pôr os pés. Pelos cami-nhos só era possível transitar com carros puxados poranimais, não havia fontes, os abastecimentos quer decarnes verdes quer de pão dependiam da sede do con-celho e eram fornecidos com má qualidade e, para cú-mulo, os impostos, fossem quais fossem, teriam queser pagos em Leiria a uma distância difícil de per-correr por aqueles tempos.”

A investida de Varnhagem surte, finalmente, efei-to “sendo redigido um decreto a 6 de Novembro de

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No período anterior àrestauração do concelho apopulação tinha aumentado42% em poucos anos e aMarinha Grande gozava degrande desenvolvimentoeconómico

4 Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 MARINHA GRANDE

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Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 5MARINHA GRANDE

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H Á M A I S D E 2 0 A N O S A O S E R V I Ç O D A E X C E L Ê N C I A

R I G O R . P R E C I S Ã O . P R O F I S S I O N A L I S M O . E X P E R I Ê N C I A

S e p r o c u r a s u m a c a r r e i r a n a á r e a d o p o l i m e n t o d e m o l d e s d e p r e c i s ã o c o n t a c t a - n o s

F r a c ç ã o A n . º 6 0 3 . R u a d a I n d . M e t a l ú r g i c aC u m e i r a - E m b r a . 2 4 3 0 - 5 2 8 M a r i n h a G r a n d e

Te l . : 2 4 4 5 7 5 0 2 1 . F a x : 2 4 4 5 7 5 0 2 4i n f o @ p o l i a l f a i a . c o m . w w w. p o l i a l f a i a . c o m

09:00 horas | Praça Guilherme Stephens Recepção às entidades 09:30 | Praça Guilherme Stephens Hastear da Bandeira Hino interpretado por Luísa Oliveira 10:00 | Salão Nobre dos Paços do Concelho Sessão solene com discursos oficiais 11:00 | Visita ao Museu do Vidro 12:00 | Edifício actualmente ocupado pelo Centro de Aco-lhimento GirassolDescerramento de placa comemorativa

15h00 | Auditório da Resinagem Apresentação do livro Elucidário do Pinhal do Rei, da autoria de Gabriel Roldão 17:00 | Casa da Cultura Teatro Stephens Gala de Talentos, organizada pelo município, no âmbito daSemana da Educação e Juventude da Marinha Grande,que pretende dar a oportunidade aos jovens, até aos 18anos, de mostrarem o seu talento para a música.

*Até ao final do ano, serão realizados diversos even-tos evocativos da efeméride

1836 que vai a publicar no Diário do Governo núme-ro 283, de 29 do mesmo mês e que cria o concelho daMarinha Grande. Mas “as forças vivas da MarinhaGrande não conseguiram organizar-se por diver-gências de carácter político ao mesmo tempo que oAdministrador Geral do Distrito procurou não fazernada para contrariar o impasse, como era determi-nado por esta portaria, defendendo-se assim a Câ-mara de Leiria da partilha do seu território. O impasseacabaria por levar à publicação do decreto de extin-ção do concelho da Marinha Grande, em 17 de Abrilde 1838, no Diário do Governo. “A partir deste acon-tecimento, muito desagradável para a população davila, várias foram as comissões organizadas para pe-dir ao governo a restauração do concelho”, dizem osautores.

Com a implantação da República abriam-se de novoportas e o clima tornava-se mais favorável à conquistade décadas. A campanha a favor da criação do con-celho continuou, tendo a visita de 700 marinhensesa Lisboa, “para agradecer ao novo governo republi-cano pela implantação do novo regime e reivindicara restauração concelhia”, tido peso nos desenvolvi-mentos do processo, admitem os investigadores.

A 8 de Janeiro de 1917, o Senado aprovava o pro-

PROGRAMA DO CENTENÁRIO DA RESTAURAÇÃO DO CONCELHO, 26 MARÇO DE 2017

jecto de Restauração do Concelho da Marinha Gran-de sem discussão, através da Lei nº 644 publicada em20 de Janeiro desse ano. No dia 16 de Fevereiro de1917, o Governo Civil de Leiria nomeou a ComissãoInstaladora do Concelho da Marinha Grande presidi-da por José dos Santos Barosa.

A 26 de Março de 1917 tinha lugar a cerimónia de

tomada de posse dos titulares dos cargos e a câma-ra municipal instalava-se no edifício do Largo D. Di-nis (onde actualmente funciona o Centro de Acolhi-mento Girassol).

Ironicamente, é no dia das mentiras, a 1 de Abril de1917 que a Câmara Municipal da Marinha Grande ini-cia os seus trabalhos. �

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PAULO VICENTE, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA MARINHA GRANDE

“POUCOS CONCELHOS NA NOSSA REGIÃO UMA MARCA IDENTITÁRIA TÃO VINCADA E RECONHECIDA COMO A MARINHA GRAA crise, da qual o País ainda se está a refazer, não pas-sou ao lado da indústria da Marinha Grande, mas a di-nâmica empresarial que lhe é característica fez com queas empresas mais bem preparadas reagissem positiva-mente, mantendo o seu valioso contributo para a balançacomercial do concelho e do País. É, naturalmente, um mo-tivo de orgulho para o município.A Marinha Grande é o principal pólo de desenvolvimen-to económico de natureza industrial da nossa região e umadas referências nacionais nessa área. Quando falamos deindústria abarcamos naturalmente toda a cadeia de va-lor que lhe está associada. Nós somos, por direito e mé-rito próprio, o Centro da Engenharia e Design. Nós so-mos a marca reconhecida, nacional e internacionalmente,da indústria associada aos métodos mais avançados, àinovação, à tecnologia e à excelência de resultados. A Ma-rinha Grande, pelo desempenho histórico e actual dosseus investidores e empreendedores, compara-se como que de melhor se faz no mundo. O mérito é natural-mente dos nossos empresários que constituem ummotivo de orgulho para nós e para toda a comunidade,mas é também dos quadros e trabalhadores que diaria-mente contribuem para a afirmação da Marinha Gran-de naquilo que constitui inequivocamente a sua identi-dade, a indústria. Poucos concelhos na nossa região pos-suem uma marca identitária tão vincada e reconhecidacomo a Marinha Grande. Quando falamos da MarinhaGrande imediatamente se associa à indústria. Por issoé essencial dedicarmos o melhor do nosso esforço, naparte que cabe à autarquia, a contribuir para que exis-tam as melhores condições para que os nossos empre-sários continuem a investir e a criar riqueza e valor acres-centado, mas também adoptando medidas de promoção,interna e externa, que reforcem o nosso reconhecimen-to como um território de excelência e inovação. O con-tributo da Marinha Grande para o saldo positivo da ba-lança comercial é um resultado que nos orgulha, mas nãonos conforma. A nossa pretensão é o de que essa con-tribuição evolua ainda mais, mas que noutros indicado-res também se solidifique a nossa posição de liderança.Somos líderes nas exportações, mas também somos lí-deres na inovação, na tecnologia, na produtividade.Nesta senda, a Câmara Municipal quer ser um agente fa-cilitador e amigo do investimento, assente numa apos-ta que se suporta na afirmação da identidade industrialda Marinha Grande e da sua confluência na marca Cen-tro da Engenharia e Design. Tudo isto são razões bastantespara termos confiança no futuro da Marinha Grande e paraacreditarmos que, para além do caminho já percorrido,

6 Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 MARINHA GRANDE

RICARDO GRAÇA

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MARINHA GRANDE

POSSUEM

NDE”podemos e iremos mais longe. A autarquia criou apoios à indústria, nomeadamente oPrograma de Apoio ao Investimento Industrial (PAII), em2015, que visava incentivar os empreendedores a inves-tirem no concelho da Marinha Grande e, simultanea-mente, a criarem emprego. Que repercussões teve estamedida? A Câmara apoiou a criação de várias dezenas de postosde trabalho. Temos desenvolvido todos os esforços parafacilitar o investimento industrial. Para referir apenas al-guns, alterámos o Plano Director Municipal e o Plano dePormenor da Zona Industrial de Casal da Lebre para per-mitir a expansão das nossas indústrias, de forma a queestas possam responder ao volume de encomendas quelhes são solicitadas quase na totalidade para exportação.Reduzimos as taxas devidas pela construção de pavilhõesindustriais contribuindo de forma significativa para a re-dução dos custos de investimento. Implementámos,desde 2013, um programa de apoio ao investimento in-dustrial que em função dos postos de trabalho criadospermite a isenção ou redução de taxas urbanísticas, quetambém contribuiu para a redução dos custos de inves-timento. Desenvolvemos em conjunto com as associaçõesempresariais e com o IPL um projecto de requalificaçãoda zona industrial de Casal da Lebre. Mantivemos e me-lhorámos as condições de funcionamento, na MarinhaGrande, do Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sus-tentado do Produto (do IPL), que é uma referência nacionale internacional nas suas áreas de actuação. Estamos ago-ra a desenvolver um conjunto de esforços com vista à in-tegração das associações empresariais, centros tecno-lógicos e das empresas no reforço da promoção da Ma-rinha Grande como Centro da Engenharia e Design.Em que ponto se encontra a tão reivindicada ampliaçãoda zona industrial? A Câmara já é proprietária do terreno que permite a cria-ção de 22 lotes industriais e que permite a criação de maisuma ligação (entrada - saída da ZIMG para a Estrada doGuilherme). Para a concretização e delimitação desteslotes foram elaborados os projectos de execução das in-fraestruturas, respeitantes às vias e às diversas redessubterrâneas. Estas obras implicam um elevado esfor-ço financeiro, pelo que se têm procurado garantir apoiosfinanceiros no quadro comunitário para permitir a suaexecução no mais curto espaço de tempo.O mercado municipal continua a fazer-se em estrutu-

ras provisórias?Na sequência de um estudo de mercado, realizado poruma entidade credenciada e independente, a Câmara Mu-

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nicipal já aprovou a nova localização do mercado muni-cipal a construir. Este ficará nas imediações da sua ac-tual localização provisória. Neste momento, estão em cur-so os procedimentos para a conclusão do projecto deconstrução do novo mercado municipal.Já há alguma actividade no edifício da antiga Ivima. Queprojectos estão a ser desenvolvidos lá? Uma parte do edifício foi cedida a sete associações do con-celho, para desenvolveram actividades ao nível da in-tervenção social. As associações que aí desenvolvem ac-tividades são a Associação de Dadores Benévolos de San-gue da Marinha Grande, a Associação de Desenvolvimentoe Cooperação Atlântica, a Associação de Jovens da Ma-rinha Grande, a Associação Novo Olhar II, a Associaçãode Ocupação de Tempos Livres do Sport Operário Mari-nhense, a Federação Concelhia das Associações dePais e a Liga Portuguesa Contra o Cancro.Em 2011 anunciou-se para lá a criação de uma crechesocial, aberta durante 24 horas para dar resposta às ne-cessidades de quem trabalha nas fábricas, por turnos.A medida foi aplaudida e recebida com entusiasmo masnunca saiu do papel. Esta creche vai mesmo existir?A instalação da creche social continua a ser uma prio-ridade que não avançou pelos atrasos ocorridos aquan-do da revisão do orçamento do ano passado. O projec-

to das obras de adaptação do espaço está concluído. Oconcurso público para a sua execução será lançado nomês de Maio, após a incorporação do saldo da gerên-cia de 2016.E os incentivos à natalidade criados pela autarquia sãopara continuar? Já foi feito algum balanço da aplicaçãodestas medidas de apoio às famílias?Fomos pioneiros, na nossa região, na criação de medi-das de apoio às famílias, aos mais diversos níveis. A co-meçar pelo nascimento, considerámos que era útil con-ceder algum apoio que contribua para que os pais se pos-sam sentir mais apoiados numa fase tão importante dasua vida. Por outro lado, tudo o que possa ser feito a fa-vor de um crescimento sustentado da natalidade é ab-solutamente crucial para o futuro. Mas este esforço nãose cinge ao nascimento, a Câmara Municipal continua aconceder importantes apoios nas fases seguintes, é o casoda oferta dos manuais escolares a todos os alunos do 1.ºciclo do ensino básico da rede pública, é o caso da me-lhoria contínua do funcionamento das escolas que estãosob nossa responsabilidade, é o caso da comparticipa-ção no custo dos materiais escolares disponibilizados pe-las escolas aos seus alunos, para além de variadas ini-ciativas que dirigimos às nossas crianças, procurando comprojectos atractivos ligá-las à sua terra.

A Marinha Grande recebe diariamente centenas de pessoasque cá trabalham mas não residem. Tem, portanto, forte po-tencial para ter uma população muito maior do que a quetem efectivamente. Há interesse em fixar esses trabalha-dores no concelho com uma perspectiva de desenvolvimentodo mesmo? Qual o caminho a fazer para tornar o concelhomais atractivo à fixação de pessoas? A atractividade de um concelho é construída, em primeirolugar, pela forma como acolhemos aqueles que se nosdirigem e, em segundo lugar, por um conjunto de res-postas às necessidades das pessoas. Creio que podemose devemos melhorar cada um desses aspectos. Por ve-zes, não somos os melhores embaixadores da nossa ter-ra. Isto verifica-se muito ao nível político, existe uma ex-cessiva conflitualidade entre os agentes políticos, o queafasta as pessoas da vida pública e, sobretudo, transmitepara fora a imagem de uma terra conflituosa e compli-cada. Ora, esta não é intrinsecamente a nossa natureza.Assim, em primeiro lugar, temos de, todos os agentes po-líticos, assumir um compromisso firme com o futuro daMarinha Grande. Independentemente das diferençasde opinião e de políticas, não existem fundamentos sé-rios para que os políticos critiquem a terra que dizem de-fender. Em segundo lugar, a atractividade passa, por umlado, pela oferta de serviços públicos de qualidade, seja

8 Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 MARINHA GRANDE

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em matéria de ordenamento do território e urbanismo,seja na área cultural, desportiva e recreativa, para queexistam verdadeiras opções de lazer. É indiscutível quea Marinha Grande é um centro de cultura de grande qua-lidade, e ainda em matéria de acessibilidades e de con-forto. Mas também passa, por outro lado, pela oferta deserviços privados, ou seja, as pessoas querem ter um con-junto de opções, na saúde, nos serviços, nas compras, nolazer. No plano da saúde, é sabido que o Centro de Saúde daMarinha Grande apresenta vários problemas que im-possibilitam uma resposta eficaz aos seus utentes. Aquem cabe resolvê-los e o que pode a autarquia fazer paraos solucionar?A Câmara Municipal tem desenvolvido todos os esforçosjunto do Ministério da Saúde para a resolução urgente dasituação da prestação de cuidados de saúde no nosso con-celho. Temos a garantia de que tudo está a ser feito paraque sejam colocados médicos no Centro de Saúde. Na-quilo que podemos estamos também a intervir, é o casodas obras de requalificação do edifício, em que vamos as-sumir um investimento que, à partida, não nos caberia.Mas, para nós, o que conta são os cuidados de saúde queos utentes devem usufruir e as condições em que elessão prestados. Com estes objectivos é natural o nosso em-

penhamento em afectar parte do orçamento municipalpara as obras no Centro de Saúde. Um concelho com história, geograficamente bem loca-lizado, com praias excelentes, uma vasta área florestal,bom clima e gastronomia tem, certamente, o investimentoem turismo nos seus horizontes. Que projectos e ideiasexistem no âmbito do desenvolvimento turístico? O turismo pode assumir um papel importante no quadrodo nosso desenvolvimento económico. Os grandes in-

O contributo da MarinhaGrande para o saldo positivoda balança comercial é umresultado que nos orgulha,mas não nosconforma

vestimentos passam necessariamente pelo sector pri-vado. O papel da câmara deve ser de interlocutor e deagente de promoção da oferta turística. Há uma área emque é fundamental criar condições para a valorização daoferta turística, a exploração das potencialidades do Pi-nhal do Rei, cuja riqueza é inequívoca. O desafio para apróxima década é o da dinamização turística do Pinhaldo Rei, para a qual é necessária uma articulação mui-to próxima com o Governo. E o futuro, por onde passa?O futuro da Marinha Grande passa pela sua afirmaçãocomo um concelho industrial, líder na inovação, na tec-nologia e nas exportações, que simultaneamente se cons-titui como uma comunidade inclusiva que oferece con-dições excepcionais de qualidade de vida, desde o nas-cimento até ao envelhecimento activo, que acolhe novosresidentes com alegria e lhes oferece o que tem de me-lhor, que está disponível para acudir a todos os que, mo-mentaneamente, se encontrem em situação de fragili-dade social ou económica e ainda por ser uma comuni-dade com uma forte dinâmica cultural e desportiva, atra-vés de políticas públicas de oferta directa de serviços, mastambém através do apoio aos projectos das associaçõese clubes concelhios, que são uma prova viva da força cí-vica da Marinha Grande. �

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Plasticidade Humana:o que nos molda e torna grandesSão os anos, as tentativas e erros, as vivências e

partilhas de experiências entre pessoas que se

relacionam, dialogam e levantam questões, que

nos transportam mudança, oferecem

conhecimento e nos levam a olhar para a frente e

evoluir.

É com esse nosso potencial, com essa nossa

plasticidade que transformamos hoje o que

ontem já achávamos perfeito. Conseguir

reconhecer isso é reconhecer que somos seres

humildes, ao mesmo tempo que somos seres

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Não somos de plástico, nem de vidro e nem de

aço, mas temos a capacidade de nos redesenhar

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inovar e criar novas realidades. Temos esse

enorme potencial, de conseguirmos “rebarbar”

excessos, erodir e dar forma às ideias, criando

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CENTRO TRADICIONALCOMBATE ABANDONO E DESERTIFICAÇÃO

Salvar os centros tardicionais e históricos das cida-des do abandono e desertificação tornou-se, nos úl-timos anos, um assunto transversal a muitas cidadesdo País e a Marinha Grande não é excepção.

É no centro que estão os edifícios com história, queoutrora foram casa de famílias numerosas, em ruas

onde estavam instaladas as mercearias e lojas tra-dicionais, que atraíam pessoas e contribuíam para amovida da cidade. Hoje, muitos desses edifícios pre-cisam reabilitação, as ruas já não se enchem de gen-te e poucos são os negócios que subsistem no vaziodeixado.

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Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 11MARINHA GRANDE

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Cuidamos da sua saúde.

Atenta ao problema, a Câmara Municipal da Mari-nha Grande tem em curso um conjunto de medidasde apoio e benefícios fiscais para a reabilitação ur-bana na área do centro tradicional, previstas pelo Re-gulamento Municipal de Edificação e Urbanização(RMEU), em vigor desde Maio de 2010, e direcciona-das para a Área de Reabilitação Urbana (AUR), apro-vada em 2014.

Entre os benefícios estão “a isenção ou redução até50% das taxas pela realização de operações urba-nísticas nas obras de reconstrução, com e sem pre-servação das fachadas, e as obras de alteração a rea-lizar na AUR”, informa a autarquia.

A isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis(IMI) e do Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT)nas aquisições para habitação própria e permanen-te são alguns dos benefícios, mas as acções abran-gidas por estes têm que ser concluídas até 31 de De-zembro de 2020.

Para efeitos de acesso a estes benefícios fiscais,“as ações de reabilitação em imóveis localizados

na ARU constituem intervenções destinadas a con-ferir adequadas características de desempenho ede segurança funcional, estrutural e construtivaa um ou vários edifícios, ou às construções fun-cionalmente adjacentes incorporadas no seu logra-douro, bem como às suas fracções, ou a conceder-lhe novas aptidões funcionais, com vista a permitir no-vos usos ou o mesmo uso com padrões de desem-penho mais elevados, das quais resulte um es-tado de conservação do imóvel, pelo menos, doisníveis acima do atribuído antes da intervenção”, ex-plica a câmara.

O município encara a requalificação urbana “como

RICARDO GRAÇA

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50%isenção ou redução de taxas pode iraté metade do valor

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um desafio e como uma oportunidade, e no caso con-creto da Marinha Grande, como uma oportunidadepara o seu centro tradicional”

A operação de reabilitação urbana para o centro tra-dicional contém uma visão de desenvolvimento paraesta parte do território, que se sintetiza nos seguin-tes eixos estratégicos: 1- Reforçar o uso habitacional,assegurando a sua integração funcional na diversi-dade económica, social e cultural no tecido urbanoexistente; 2- Valorizar o património cultural, afirmandoos valores patrimoniais, materiais e simbólicos comofactores de identidade, diferenciação e competitividadeurbana; 3-Requalificar a paisagem urbana, como for-ma de desenvolver o turismo cultural e patrimonial.

UM CENTRO VOLTADO PARA A CULTURAA instalação e dinamização de equipamentos cultu-rais no centro tradicional, nos últimos anos, pode servista como a grande medida de combate à desertifi-cação desta zona da cidade. Museus, galerias, ofici-nas e auditórios são a atracção de um centro cada vezmais voltado para a cultura, com uma oferta cuida-da e contemporânea.

“A entrada em funcionamento da Casa da CulturaTeatro Stephens, em Outubro de 2014, depois de uma

profunda intervenção de requalificação, veio supriruma carência fundamental de oferta cultural noconcelho da Marinha Grande, oferecendo um cartazcom espectáculos de música, teatro e dança, que foi

reforçado com a programação regular de cinema”, sa-lienta a Câmara Municipal. A vida cultural do centrotradicional foi também enriquecida com o Núcleo deArte Contemporânea do Museu do Vidro, inaugurado

RICARDO GRAÇA

12 Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 MARINHA GRANDE

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em Outubro de 2013, no Edifício da Resinagem, que“com uma programação de âmbito nacional e inter-nacional tem granjeado indiscutível prestígio e po-tenciado em diversas valências a já muito forte pre-

Instalação de equipamentosculturais na zona promoveua afluência de públicos

sença do Museu do Vidro, aberto ao público desde De-zembro de 1998”. Também no Edifício da Resinagemestá situada a Colecção Visitável do futuro Museu daIndústria de Moldes, inaugurada em Dezembro de

RICARDO GRAÇA

Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 13MARINHA GRANDE

2013. O Auditório do Edifício da Resinagem acolheeventos promovidos pelo município, por associa-ções e por entidades privadas. Ainda na área do cen-tro tradicional localiza-se o Museu Joaquim Correia,que apresenta a obra do mestre escultor Joaquim Cor-reia, desde 1997.

No centro tradicional estão ainda ao dispor as Ofi-cinas de Artesanato de Vidro trabalhado ao vivo, queintegram o Museu do Vidro, e o Estúdio PoeirasGlass. “Um conjunto de intervenções públicas rea-lizadas nos anos mais recentes tem permitido e in-centivado a instalação de novas unidades comer-ciais”, diz a autarquia. �

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Reabriu no mês passado, numa ala da antiga Fábrica da Re-sinagem da Marinha Grande, em pleno centro tradicional, oespaço do futuro Museu da Indústria de Moldes, com a ex-posição Esculpir o Aço, uma mostra que faz um resumo his-

tórico desde os primeiros moldes para vidro e plástico à ac-tualidade.

Através de um circuito montado cronologicamente, comrecurso a textos, fotografias, vídeos, objectos, máquinas e fer-

PAULA LAGOA

Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL

ramentas, conta-se a história de uma indústria que teve oseu grande impulso no pós 2ª Guerra Mundial.

Dos rudimentares, mas engenhosos para a época, pri-meiros moldes para vidro até aos mais recentes componentespara a indústria automóvel, concebidos com a tecnologia maisavançada, é dado a conhecer o percurso de uma indústriaque foi e continua a ser uma das mais dinâmicas e inova-doras do mundo.

Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL - Associa-ção Nacional da Indústria de Moldes, entidade responsável peloespaço, explica que a mais importante razão de ser desta co-lecção visitável é, “por um lado, preservar a memória destaindústria e, por outro, mostrar às pessoas a sua importânciae as diversas áreas em que está presente”.

“A indústria dos moldes é, hoje, moderna, dinâmica e for-temente inovadora, está presente num número indetermi-nado de coisas do quotidiano e aqui é possível perceber isso”,diz Manuel Oliveira. “Todos os dias usamos produtos que osmoldes originam, sem sabermos, e é isso que este espaçopretende explicar a quem o visita, nomeadamente às crian-ças que aqui vêm em âmbito escolar.”

A indústria dos moldes fechou o ano de 2016 com 626 mi-lhões de euros em exportações, o que representa o maiorvalor de sempre, mantendo-se há cinco anos consecutivosa bater o seu próprio record. Portugal é o terceiro maior pro-dutor europeu de moldes e o oitavo a nível mundial. Há noPaís cerca de 450 empresas do sector, concentradas na re-gião Centro, com grande predominância no concelho da Ma-rinha Grande e em Oliveira de Azeméis. �

ESPAÇO NO ANTIGO EDIFÍCIO DA FÁBRICA DE RESINAGEM REABRIU HÁ UM MÊS

ESCULPIR O AÇO CONTA A HISTÓRIADA INDÚSTRIA DE MOLDES

14 Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 MARINHA GRANDE

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EXPOSIÇÃO PATENTE ATÉ 23 DE ABRIL NO NÚCLEO DE ARTE CONTEMPORÂNEA

ALUNOS DE BELAS ARTES INTERPRETAM BORDALO PINHEIRO

Bordalo Pinheiro 170 anos depois por alunos de BelasArtes é o nome da exposição patente até 23 de Abril noprimeiro piso do Núcleo de Arte Contemporânea (NAC)no centro da Marinha Grande.

A exposição apresenta cerca de três dezenas deobras em vidro e cerâmica, resultado da interpretaçãoindividual do trabalho do ceramista Bordalo Pinheiro porestudantes dos diferentes ciclos de estudo da Faculda-de de Belas Artes da Universidade do Porto e chega aoNAC através de uma organização conjunta da Unidadede Cultura da Reitoria da Universidade do Porto e da Fa-culdade de Belas Artes da Universidade do Porto(FBAUP).

A exposição revela assim um conjunto de trabalhosembebidos na linha artística de um dos nomes maioresda cerâmica nacional, onde a forte presença dos animaise dos elementos da natureza não foi esquecida, ao mes-mo tempo que revela o cunho pessoal de cada um dosjovens autores.

Subindo ao segundo piso é ainda possível visitar a ex-posição permanente do NAC que reúne um conjunto deobras do acervo do Museu do Vidro que representam cer-ca de 25 anos de vidro de expressão plástica contem-porânea realizado em Portugal. Contempla também umaselecção de obras em vidro de artistas internacionais queforam sendo adquiridas ou doadas para a colecção dearte contemporânea do Museu do Vidro. Encontram-se organizadas cronologicamente, desde meados da dé-cada de 80 do século XX até à actualidade.

O Núcleo de Arte Contemporânea do Museu do Vidrositua-se no “cubo de vidro” do Edifício da Resinagem, foiprojectado pelo gabinete de arquitectura Cremascoli,

Okumura e Rodrigues Arquitectos, sendo constituído portrês pisos, com uma área total de 1000 metros quadra-dos e uma altura de aproximadamente 15 metros, queo faz sobressair em relação ao edifício existente. O ma-terial que o reveste (vidro) confere-lhe leveza e trans-parência permitindo a sua integração no conjunto.

O NAC é um espaço dedicado à arte contemporânea,que se constitui como complemento ao Museu do Vidro,foi inaugurado em 2013 e é já um dos mais emblemá-ticos equipamentos culturais da cidade. �

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O NAC foi inaugurado em2013 e é já um dos maisemblemáticos equipamentosculturais da cidade

PAULA LAGOA

Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 15MARINHA GRANDE

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BRUNO LEMOS, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DA MARINHA GRANDE

“OS MARINHENSES VÃO ÀS COMPRAS AOSEUA, AO REINO UNIDO, À CHINA”Como classifica o comércio da Marinha Grande?É um comércio de proximidade, em que as lojas aindase relacionam com os seus clientes de uma forma mui-to personalizada e quase familiar. Um comércio compouca diversidade, muito por culpa da dimensão da nos-sa cidade, da oferta existente em Leiria e da consequentefalta de massa crítica. Um comércio a reinventar-se, comnovos conceitos e ambientes, a pensar num mercadomais jovem e muito mais exigente.Em que áreas se destaca o comércio da zona históricada cidade?Restauração de qualidade, nomeadamente com váriassoluções ao nível das principais refeições, lojas de opor-tunidade, como as papelarias e pequenos minimerca-dos, prestação de serviços, como é o caso dos cabelei-reiros, barbearias, sapatarias e floristas. Enfim, umaoferta significativa e representativa daquilo que é a vidadas pessoas no centro da cidade. Mesmo assin, não é errado se dissermos que o comércionunca foi o ponto forte da Marinha Grande?É verdade, quando comparado com o sector industrial.É verdade quando comparado há três décadas com asCaldas da Rainha, e nas últimas duas com Leiria. Masa Marinha Grande teve uma actividade comercial mui-to interessante e dinâmica nas décadas de 80 e 90. Ac-tividade essa que tem vindo a sofrer enormes ataquesde vários lados. Recordo-me bem do impacto que tive-ram as obras no nosso centro, logo após os investi-mentos no âmbito do PROCOM. Poderíamos falar da saí-da do Mercado Municipal do seu edifício no centro da ci-dade. Do fecho das principais fábricas da indústria ar-tesanal vidreira, da abertura descontrolada de espaçoscomerciais de grandes dimensões, da crise no sectordos moldes nos primeiros anos deste século. O problemaé que foi tudo muito rápido, não deixando espaço paraos empresários deste sector descobrirem novas formasde se posicionar neste mercado que hoje é mundial.Está enraizado nas pessoas o hábito de procurar cida-des maiores, com mais oferta, para fazerem compras.Os marinhenses vão a Leiria, assim como os leiriensesvão a Coimbra ou Lisboa. Como se explica este fenómenoe o que há a fazer para convencer ou sensibilizar os con-sumidores para a importâcia de apoiarem mais as suascidades, consumindo nelas?Essa realidade era verdade há 10 anos. Hoje é bem mais

complexa. Os marinhenses vão às compras aos EUA, aoReino Unido, à China. O mundo virtual abriu portas aocomércio de todo o mundo. Pensar que é possível con-vencer os consumidores no que quer que seja é tra-varmos uma luta inglória e sem possibilidade de ser ven-cida. O desafio é perceber como actuar neste mercado.Satisfazer os marinhenses que aqui vivem, os leirien-ses que aqui vêm passear os seus filhos nos nossos par-ques, os turistas que passam pelas nossas praias e oshabitantes de uma pequena cidade do Brasil que podeestar a adquirir um artigo numa loja online da MarinhaGrande.E o comércio tradicional, as lojas de rua, que contribuempara a caracterização e identidade das suas cidades, quesalvação podem ter quando o seu maior oponente sãoos colossais shoppings e grandes superfícies?Não acredito que os shoppings sejam nesta altura oprincipal concorrente directo do comércio dos centrosdas cidades. Aquilo que um consumidor procura nes-te comércio de proximidade é muito diferente daqui-lo que encontra num shopping. Temos é que perceberessa realidade e adaptar-nos a isso mesmo. Em tem-pos, todas as cidades procuravam conseguir para assuas ruas as famosas lojas âncoras. Lojas de marcaque garantiam gente nas ruas. Hoje, Leiria vive um mo-mento muito curioso, em que essas lojas não conse-guem sobreviver em ruas movimentadas, com carrosa passar junto às suas montras e num ambiente so-cial e cultural muito significativo. São realidades

muito diferentes e que nos obrigam a olhar para o fu-turo de forma também ela diferente.Que esforços têm sido feitos para implusionar o comérciona Marinha?A ACIMG, enquanto associação comercial, não tem comoprincipal função impulsionar o comércio. Tem sim a deapoiar os empresários desse sector. Ajudá-los com ac-ções de formação diversas, disponibilizar serviços quefacilitem a sua vida empresarial, informar sobre ques-tões legais, laborais, de tendência, fazer a ligaçãocom as mais diversas instituições, dar respostas ob-jectivas aos problemas comuns. Permitir que esses mes-mos empresários, muitas vezes únicos funcionários dassuas lojas, possam focar-se no seu negócio, em terem

Não acredito que osshoppings sejam nestaaltura o principalconcorrente directo docomércio doscentros das cidades

16 Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 MARINHA GRANDE

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artigos importantes para o seu cliente, serviços ade-quados, preços justos e um posicionamento perfeito.Olhar para a Associação como uma entidade animado-ra, ou organizadora de eventos, é ter uma ideia desa-justada da realidade.Que conquistas foram feitas com essas medidas?A ACIMG nos últimos anos, tem formado centenas decomerciantes. Temos tido uma actividade formativa degrande importância, pelo seu volume e qualidade.Prestamos diversos serviços de apoio aos associadose seus colaboradores, através dos nossos técnicos, deparcerias estabelecidas com outros técnicos que dis-ponibilizam algumas horas da sua actividade profissionalpara nos ajudar e de empresas parceiras. Temos tido

uma posição forte e objectiva na defesa dos interessesdos nossos associados, nas questões das revisões dosdiversos regulamentos autárquicos. Temos procuradocriar pontes e facilitar as diversas actividades de ani-mação promovidas pela autarquia, pelos sócios, por en-tidades terceiras e, em alguns casos, dinamizadaspela própria associação.No que toca a preços, as lojas e espaços destinados acomércio têm rendas acessíveis?É uma questão com realidades muito diferentes. Temosrendas baixíssimas, com problemas ao nível dos pro-prietários que não conseguem manter os edifícioscom os níveis de qualidade e segurança mínimos. E te-

mos rendas altíssimas em zonas sem qualquer possi-bilidade de tornar um espaço comercial rentável. Essaé uma das muitas razões que levam à existência de mui-tas lojas vazias no centro da cidade.Como se posiciona a ACIMG neste cenário?A ACIMG tem procurado estabelecer pontes com osagentes imobiliários. Na tentativa de sensibilizar osseus investidores para a importância de termos as lo-jas ocupadas. Para além disso, temos alguma infor-mação disponível ao nível das oportunidades exis-tentes, de espaços bem localizados a preços justos.É um dos serviços que temos disponibilizado aos in-vestidores da nossa cidade. �

RICARDO GRAÇA

Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 17MARINHA GRANDE

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PORTAS ABERTAS HÁ 37 ANOS, RESTAURANTE É UMA REFERÊNCIA DA GASTRONOMIA LOCAL

SOPA DA EMBRA E BIFE NO JOÃO JÁ SÃO TRADIÇÃO

IGUARIA TÍPICA DO NORTE DO PAÍS ATRAI CLIENTES DE VÁRIOS CONCELHOS

ZÉ DAS FRANCESINHAS TROUXE O SEGREDO DE GAIA PARA A MARINHA

João Loureiro assumiu há 27 anos a grande respon-sabilidade de dar continuidade ao negócio dos pais, quepopularizaram a localidade da Embra com a sua sopa.O restaurante O João, nome do pai, é conhecido pelafamosa sopa da Embra, uma iguaria que dispensa se-gundo prato, pela fartura de carnes, feijão, hortaliçase legumes, que junta num apetitoso caldo picante q.b.

“Há 37 anos a sopa foi inventada pelos meus pais quequeriam ter uma sopa diferente para os clientes. Podedizer-se que é uma sopa de feijão, parecida com a sopada pedra, no entanto, diferente”, explica João Loureiro.

Mas O João não é só conhecido pela sopa da Embra,os bifes são igualmente famosos pela generosidade equalidade das peças de rosbife. O rosbife à moda dochefe, guarnecido com camarões, e acompanhado dearroz, batata frita, salada e frutas é um manjar para os

olhos e foi até premiado num concurso local com a dis-tinção de “melhor prato”.

N’ O João “chegaram a realizar-se muitos casa-mentos e baptizados, antes do aparecimento dasquintas”, explica o proprietário. Agora, as grandes sa-las recebem almoçaradas em família, jantares degrupo, de empresas e, diariamente, para almoçar, quemtrabalha na Marinha Grande.

A carta é variada, há diárias com uma ementa rota-tiva. À quinta-feira é dia de cozido à portuguesa e esseé o único dia em que não há sopa da Embra, que é subs-tituída pela sopa do cozido. Pratos de borrego e cabritosão o forte ao fim de semana. O João fica no número18 da Rua Jornal da Marinha Grande, na Embra. A se-gunda-feira e domingo à noite são para descanso dopessoal. �

José Chaves leva 60 minutos a fazer 20 litros de mo-lho e diz que é precisamente esse caldo, que rega amega sandwich, tradicional do Porto, “que dita o su-cesso de qualquer francesinha”.

O Zé das Francesinhas abriu portas há dois anos, nalocalidade de Pedrulheira e está a atrair gente de todaa região. Além da Marinha Grande, riscam o livro depresenças “muitas pessoas de Leiria, das Caldas,Pombal, Coimbra e Ourém”, diz o proprietário.

Quem gosta sabe que o molho é metade do segre-do de uma boa francesinha, mas não é tudo. José Cha-ves é de Vila Nova de Gaia, teve um restaurante em Ca-nelas durante 17 anos, de onde trouxe a experiênciae a fama, o que ajuda a entender o sucesso. “O dia daabertura foi uma loucura, devemos ter servido à vol-ta de umas 150 francesinhas. Desde então temos tidosempre casa cheia, o que me deixa muito satisfeito”,diz o dono do restaurante.

Na ementa há pouco mais do que francesinhas, comou sem ovo, inteira ou partida ao meio para duas pes-

soas, “sempre acompanhada de batata frita. Há saladaou arroz a pedido, mas nunca como sugestão da casa”,explica José Chaves, para quem a francesinha e a ba-tata frita “são inseparáveis”.

E o que também é inseparável de uma boa france-sinha é o picante. O molho destas não chega a fazersuar, muito menos chorar, até porque sofreu ajustesentre Gaia e a Marinha Grande. “Faço-as menos pi-cantes aqui do que fazia lá em cima, porque as pes-soas me foram pedindo, mas não me peçam para fa-zer sem picante nenhum que é impossível. Sem pi-cante o molho fica completamente comprometido”, dizJosé Chaves.

Molho à parte, o recheio parece não ter segredo.Carne de vaca, “bons bifes”, diz o cozinheiro, pá fu-mada, linguiça e fiambre encaixam-se dentro deduas fatias de pão cobertas de queijo gratinado, comum ovo estrelado no topo. A especialidade custa 10 eu-ros, serve-se no rés-do-chão do número 3, na RuaPrincipal, Pedrulheira, a chegar a Picassinos. �

RICARDO GRAÇA

PAULA LAGOA

18 Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 MARINHA GRANDE

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PU

BLI

CID

ADE

ANTÓNIO MONTEIRO, metalúrgico reformado 1- Café Cristal2- Parque da Cerca3- Edifício da Resinagem

SÓNIA RODRIGUES, lojista1- Restaurante do Hotel Cristal2- Praia de S. Pedro de Moel3- Museu do Vidro

RICARDO PATO, estudante1- Mega Cachorro2- Parques de merendas da Mata Nacional3- Casa da Cultura

HELENA CORTES, administrativa reformada1- Rusticana2- Praia Velha3- Museu Joaquim Correia

SOFIA FIGUEIREDO, auxiliar da 3ª idade1- Café Cristal2- Parque de merendas de Pedreanes3- Museu do Vidro

JOAQUIM SANTOS, verificador de qualidade reformado1- Restaurante do Hotel Mar e Sol2- Farol do Penedo da Saudade e área envolvente3- Casa da Cultura

GRAÇA CRUZ, promotora de cosmética 1- Rei do Kebab2- Parque dos Combatentes3- Museu do Vidro

BRUNA NORTE, estudante1- Restaurante Fabioca2- Tremelgo e o seu eucalipto centenário3- Museu Joaquim Correia

VOX POPFomos perguntar aos marinhenses o que acon-selhariam a alguém que os abordasse na rua elhes perguntasse:

1- Onde comer? 2- Um lugar para um passeio? 3- Um equipamento cultural a visitar?

MARINHA GRANDE Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 19

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20 Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 MARINHA GRANDE

CURSOS DE GESTÃO E ESTRATÉGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO E PRODUÇÃO E INOVAÇÃO INDUSTRIAL ARRANCAM AINDA ESTE MÊS

DUAS NOVAS PÓS GRADUAÇÕES NO ISDOMSurgem com o objectivo de “dar resposta às necessidadessentidas pelo meio empresarial”, os dois novos cursos do Ins-tituto Superior D. Dinis (ISDOM) nas áreas de Gestão e da Pro-dução Industrial que começam ainda este mês.

“Esta proposta formativa visa proporcionar um conjuntode saberes teórico-práticos susceptíveis de assegurar umaresposta de qualidade e uma especialização nas respecti-vas áreas de formação”, explica a directora do ISDOM, Cris-tina Simões.

O curso de pós-graduação em Gestão e Estratégia de In-ternacionalização visa dotar os alunos de ferramentasavançadas de gestão, com especial incidência na gestão damudança, desenvolvimento dos colaboradores e organiza-ções, planeamento estratégico, e ainda permitir adquirir eaprofundar conhecimentos científicos e técnicos nos domí-nios da integração económica, do comércio internacional, dosmercados financeiros, da estrutura e gestão das empresasnacionais e multinacionais, das estratégias de investimen-to adequadas e da internacionalização no contexto do sistemamundial globalizado.

O curso de pós-graduação em Produção e Inovação In-dustrial propõe-se fornecer aos alunos ferramentas avan-çadas de gestão da produção com especial incidência na ges-

tão da produção e inovação industrial (aplicada ao «chão defábrica») e da Engenharia e Automação Industrial, e aindapermitir adquirir e aprofundar conhecimentos científicos etécnicos nos domínios da gestão financeira das empresas esustentabilidade das indústrias.

“Com uma estrutura curricular flexível, ambas as pós-gra-duações oferecem várias unidades curriculares adaptadasàs diferentes formações de base dos alunos”, explica.

As inscrições nestes dois cursos fecham amanhã, as au-las começam dia 31 de Março e decorrem em horário pós-laboral às sextas-feiras à noite e ao sábado de manhã.

O ISDOM reforça assim a sua oferta formativa, mantendoa estratégia de resposta às necessidades do meio em-presarial, garantindo altos níveis de empregabilidadepara os seus cursos. Em actividade desde 1990, a instituiçãode ensino superior particular já formou milhares de pes-soas que estão colocadas nos quadros de grandes em-presas nacionais e internacionais, sediadas na MarinhaGrande e no distrito, “prova de um ensino de qualidade ecom muita importância para a região e para o País”, sa-lienta a directora.“O estabelecimento de protocolos comentidades e empresas da região envolvente, proporcionandoestágios aos nossos alunos, tem contribuído fortemente

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para a sua formação e para o sucesso da sua emprega-bilidade”, refere a directora.

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL ENTRE OS CURSOS COM MAIS EMPREGABILIDADE NO PAÍSO curso de licenciatura em Engenharia da Produção Industrialdo ISDOM é um exemplo de “enorme sucesso com uma em-pregabilidade de 100%”, estando no ranking dos cursos commaior empregabilidade em Portugal, revela a Cristina Simões,com base em dados da Direcção Geral do Ensino Superior.“A qualificação e competências adquiridas pelos nossos alu-nos são reconhecidas pelos empresários e pelas entidadesempregadoras sendo crescente a procura de alunos a ter-minar o curso.”

A recepção de ofertas de emprego para engenheiros daprodução industrial é uma constante. Todos os alunos do cur-so estão colocados no mercado de trabalho e alguns, ain-da a frequentar o primeiro ano do curso, já se encontram atrabalhar. “Na área da engenharia a procura é superior à ofer-ta o que significa que os jovens devem apostar fortementenesta área”, diz a directora do ISDOM. �

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Uma freguesia onde dá gostoviver e que dá gosto visitar

VIEIRA DE LEIRIA há 100 anos no concelho

A recepção de ofertas deemprego para engenheiros daprodução industrialé uma constante

ARQUIVO/JL

Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 21MARINHA GRANDE

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OBRA DA ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DA MOITA RONDA UM MILHÃO DE EUROS

SÃO SILVESTRE PROCURA APOIOS PARACONSTRUIR LAR E CENTRO DE DIA

Está praticamente concluída a segunda das primeiras trêsfases de um projecto cuja dimensão se mede pela vontadede quem todos os dias presta auxílio a cerca de 30 idosos dasfreguesias da Moita, Marinha Grande e Martingança, mas ain-

da falta muito para descerrar a placa do Lar e Centro de Dia,que começaram a ser construídos em Novembro passado.

O projecto da Associação São Silvestre “é uma obra de ca-rência evidenciada no último Relatório de Diagnóstico Social

do concelho e será uma mais-valia não só para a freguesiada Moita como para o concelho da Marinha Grande e con-celhos limítrofes,” explica Álvaro Martins, presidente da SãoSilvestre e da Junta de Freguesia da Moita.

A obra divide-se em duas partes: o bloco 1 - que se des-tina ao funcionamento das valências de Serviço de Apoio Do-miciliário (SAD) e Centro de Dia, e o bloco 2 - onde funcio-nará a Estrutura Residencial para Idosos, com capacidadepara 20 camas.

A Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), ar-rancou para um projecto orçado em cerca de um milhão deeuros com 100 mil de capitais próprios e 150 mil de apoiocamarário. Deve até ao final do mês terminar as duas pri-meiras fases do projecto e a terceira “só arranca quando hou-ver dinheiro para o fazer”, diz Álvaro Martins.

Praticamente a meio de ver o sonho realizado é tempo deapelar à participação da população, autarquias, empresase entidades governamentais para que “o mais breve possí-vel se termine o bloco 1 e se possa transferir as actividadesde SAD e dar início à valência de Centro de Dia nas novas ins-talações”, explica o presidente. “Depois do bloco 1 terminadoe em funcionamento podemos focar-nos na construção dolar [bloco 2] que terá capacidade para 20 camas e ficará pre-parado para poder ter mais um piso com outras 20.”

A São Silvestre é uma instituição sem fins lucrativos, cria-da em 2004. Em 2008, quando conseguiu “reunir as condi-ções mínimas exigidas pela Segurança Social” deu inicio àsua primeira actividade, o Serviço de Apoio Domiciliário, quemantém até hoje, já com cerca de 30 utentes.

Álvaro Martins, presidente da Junta de Freguesia da Moita e da Associação São Silvestre

RICARDO GRAÇA

22 Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 MARINHA GRANDE

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As novas instalações vão permitir aumentar o Serviço deApoio Domiciliário para 42 utentes, abrir o Centro de Diapara mais 30 e dar cama a 20 pessoas na Estrutura Resi-dencial para Idosos a instalar no bloco 2.

A São Silvestre apela ao apoio através de donativos, quepodem ser feitos por transferência bancária para o NIB:0033.0000.45280784953.05, dando a garantia de que “aoapoiar este projecto está a apoiar os idosos mais caren-

ciados a nível económico e de afectos que, muitos deles,vivem completamente isolados, sem visitas de familiarese cuja única companhia diária que têm é a das colabora-doras da instituição”.�

PAULA LAGOA

Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 23MARINHA GRANDE

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REQUALIFICAÇÃO DO PERCURSO QUE LIGA A VILA À PRAIA E LARGO DA REPÚBLICA PRESTES A TERMINAR

VIEIRA DE LEIRIA CONCLUI DUAS OBRAS“ESTRUTURANTES”

A obra de requalificação da estrada que liga a vila da Vieiraà praia encontra-se em fase de conclusão. A próxima épo-ca balnear já será servida pela nova estrada, ciclovia e pas-seio pedonal, oferecendo assim melhores condições a mi-lhares de pessoas e viaturas que ali transitam diariamen-te no Verão.

A obra, da responsabilidade da Câmara Municipal da Ma-rinha Grande, teve início em Novembro do ano passado, re-presenta um investimento de cerca de 800 mil euros e tempor objectivo “a valorização de um percurso muito utiliza-do por ciclistas e peões, mas sem condições de segurançae comodidade”, justifica a autarquia.

O percurso de cerca de 2,5 quilómetros, ladeado de pinhalem ambas as margens, há muito que serve o tráfego auto-móvel, ciclistas e peões, apesar de não possuir pista de ci-clistas e do pavimento dos passeios ser em saibro. Além dis-

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A qualificação e formação dostrabalhadores das empresas do setormetalúrgico, metalomecânico eeletromecânico, e indústria de moldes,deve ser uma prioridade de atuação porparte das empresas e uma preocupaçãoconstante de melhoria dos processosformativos dos agentes que estãoenvolvidos nessa resposta. Sendo este

um setor pilar da indústria transformadora nacional efundamental para a economia do país, a qualificação eformação dos trabalhadores é, por isso, também não só umaprioridade, mas similarmente uma obrigatoriedade. O Estadotem aqui as suas responsabilidades, pois deve proporcionar osrecursos e meios financeiros adequados para que os agentescomprovadamente competentes – estando mais do que naaltura de definitivamente “separar o trigo do joio”, comovulgarmente diz com sabedoria o povo – e, nomeadamente, oCENFIM, que reconhecidamente tanto tem contribuído aolongo de 32 anos de atividade para o desenvolvimento dasempresas, do setor e da indústria nacional, possa exercercada vez mais e melhor a sua missão: QUALIFICAR e FORMAROS TRABALHADORES PORTUGUESES (jovens e adultos). OEstado deve assim ser o agente promotor e facilitador paraque tudo isto aconteça e nunca, no nosso entender, o próprioa criar constrangimentos que possam condicionar estaatividade. Não perceber ou atender a isto irá colocar emcausa milhares de empresas (maioritariamente PME) queestão necessitadas, pelo seu desenvolvimento e capacidadeexportadora, de trabalhadores qualificados para fazer face aoextraordinário crescimento dos últimos anos, e atenderem aoscompromissos assumidos com os seus clientes e mercadosonde operam.Cientes de estarmos perante um setor que está na vanguardada tecnologia (e continuará a estar, veja-se a tão faladaIndústria 4.0; Digitalização Industrial ou a Quarta RevoluçãoIndustrial; e que facilitará a visão e execução de “FábricasInteligentes”), terá cada vez mais requisitos de exigência emrelação ao potencial humano que incorpora, seja de nívelintermédio ou superior. As empresas têm, por isso, vindo amanifestar uma forte apreensão por o sistema educativo /formativo não estar a responder a todas as solicitações eofertas de trabalho que provêm da Indústria – e na nossaregião particularmente da área dos moldes e injeção deplásticos. O que sendo um facto tinha (e tem) algumasevidências (e razões) que não podemos ignorar, as jáanteriormente indicadas e, igualmente, a enorme dificuldadeque a indústria tem em chamar para si e atrair jovens. Porisso, suspender, adiar ou simplesmente não dotar o CENFIMcom os meios adequados para responder a estes desafiospode prejudicar, e muito, as empresas, assim como a dinâmicae o trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo de todosestes anos. Mas acima de tudo penaliza as pessoas quepodem deixar de ter acesso às oportunidades que estão aí,mas que lhes exigem elevados conhecimentos, e a aquisiçãode um conjunto de competências que só aqueles que dominamos processos educativo e formativo, que conhecem osconteúdos curriculares e as práticas pedagógicas, quepossuem os mestres nas áreas técnicas de intervenção, e queentendem as empresas e a indústria, os podemverdadeiramente ajudar.O futuro apresenta-se ainda incerto, é um facto, mas areindustrialização do país (e da Europa) é condição irreversívelpara voltar a colocar esta zona do mundo na frente daeconomia universal, e as empresas no centro dacompetitividade, e isso só se conseguirá, entre outros fatores,apostando na capacidade produtiva, na inovação, nadiferenciação e qualidade de produtos e serviços, na formaçãoe qualificação das pessoas, no investimento e,fundamentalmente, na disponibilização de fundos financeirosque possam concretizar políticas e projetos. Carlos Manuel Silva(Diretor do Núcleo do CENFIM da Marinha Grande) Texto escrito de acordo com a nova ortografia

OPINIÃO

“AS QUALIFICAÇÕES, A FORMAÇÃO E O TRABALHO:COM OS RECURSOS E MEIOSFINANCEIROS ADEQUADOSRUMO À EMPREGABILIDADE”

800.000euros investidos no percurso de 2,5quilómetros da vila à praia, com ciclovia, passeio pedonal e estrada nova

24 Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 MARINHA GRANDE

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so, refere o presidente da Junta de Freguesia da Vieira de Lei-ria, Joaquim Vidal Tomé, “a manutenção daquele asfalto temsido dispendiosa, face aos danos provocados pelos muitoscarros que ali circulam na época alta”.

A obra contempla o alargamento da plataforma, permi-tindo dar continuidade à ciclovia já existente na Praia da Viei-ra, garantindo a adequada compatibilização da circulação ci-clável e pedonal com a circulação viária, naquele itinerário,explica a Câmara.

Novas infraestruturas subterrâneas, nomeadamente a redede iluminação pública, as condutas elevatórias para o re-servatório de Vieira de Leiria e da Praia da Vieira, assim comoas condutas de abastecimento de águas, saneamento do-méstico e drenagem pluvial na zona urbana à saída da vila,fazem também parte dos trabalhos em curso.

Joaquim Vidal Tomé não esconde a satisfação por ver qua-

se terminada “uma obra estruturante há muito esperada ede grande importância para a freguesia”. “Será uma gran-de mais valia para as pessoas da Vieira, para os veranean-tes e turistas que em breve começam a chegar”, acrescen-ta o autarca.

A Câmara acredita que “a realização desta obra vai per-mitir proporcionar alternativas de circulação ambientalmentesustentável, promovendo a adopção de um estilo de vida sau-dável, quer na prática de cicloturismo, quer nas caminha-das, muito utilizadas pela população e por muitos daquelesque visitam a Vieira”.

Alinhado com essa vontade, o presidente da Junta deFreguesia refere ainda a intenção de “renovar o circui-to de manutenção instalado naquela zona, que se en-contra degradado” e que, acredita, “será uma mais va-lia para locais e visitantes”.

UM MÊS PARA A CONCLUSÃO DA REQUALIFICAÇÃO DO LARGO DA REPÚBLICATambém o Largo da República, zona central da vila daVieira, está prestes a ter uma nova dinâmica. A obra derequalificação e promoção da mobilidade nesta zona“deve terminar dentro de um mês”, avança o presiden-te da Junta de Freguesia, Joaquim Vidal Tomé.

A obra, levada a cabo pela Câmara Municipal da Ma-rinha Grande, representa um investimento de cerca de200 mil euros e visa resolver problemas de acessibili-dade e reabilitação do largo, com intervenção ao níveldas áreas verdes, eixo viário, rede eléctrica e ilumina-ção, espaços pedonais, zona recreativa e melhoriasorientadas para o cumprimento da legislação relativa-mente aos acessos para pessoas com mobilidade con-dicionada.

RICARDO GRAÇARICARDO GRAÇA

Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 25MARINHA GRANDE

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Os velhos pinheiros mansos e cepos de árvores queforam sendo cortadas ao logo do tempo dão agora lu-gar a árvores ornamentais. Genericamente, explica a Câ-mara da Marinha Grande, “o projecto contempla alte-rações funcionais, que visam garantir melhores condi-ções de coexistência no largo entre áreas pavimentadase áreas verdes, estando salvaguardada a plantação denovos exemplares arbóreos, em caldeiras de áreas maisgenerosas, capazes de garantir melhores condições paraa sua instalação, sem que tal se traduza em danos nospavimentos envolventes”.

No que repeita aos espaços pedonais, estão a ser co-locados novos pavimentos, “preservando o desenho ac-tual e a identidade do largo”, assegura a autarquia, “coma substituição de todos os elementos pétreos que se en-contravam degradados ou partidos, além da alteraçãodo material nos acessos às passadeiras que se situamna área de intervenção, “apostando na aplicação de pa-vimento táctil, com vista a garantir a sua leitura e ade-quada utilização, de forma autónoma, por pessoascom mobilidade condicionada”.

Uma rampa de acesso à igreja, repavimentação da estrada,

reformulação do parque infantil foram também contempla-das, além de “uma profunda remodelação da rede eléctri-ca e equipamentos de iluminação pública, no sentido de re-duzir os consumos de energia e de melhorar os níveis de ilu-minação disponíveis no local”, explica a câmara.

A intervenção obrigou a algum condicionamento dotrânsito e estacionamento durante o decurso dos tra-balhos, que acabaram por demorar mais do que o pre-visto, mas com a conclusão da obra nas próximas qua-tro semanas, tudo voltará à normalidade, diz JoaquimVidal Tomé. �

Com a conclusão da obranas próximas quatrosemanas, tudo voltará ànormalidade, Joaquim Vidal Tomé,presidente da Juntade Freguesia deVieira de Leiria

RICARDO GRAÇA

26 Jornal de Leiria, 23 de Março de 2017 MARINHA GRANDE

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A empresa Crioclean, do sector das limpezas profissionais, domésticas e empresariais, es-

tendeu a sua actividade ao concelho da Marinha Grande, com o objectivo de “oferecer uma

vasta gama de serviços”, que vão desde as limpezas gerais, manutenção de património,

higienização de instalações e limpezas técnicas, “garantindo aos seus clientes um serviço

de excelência antes, durante e após a execução de serviços, por profissionais competen-

tes e formados”, afirma Carlos Santos, director geral da empresa.

A CrioClean, focada na manutenção industrial, utiliza um serviço “inovador e eficaz”, a

limpeza criogénica (tecnologia de gelo seco), “um revolucionário método mais limpo, rá-

pido e seguro, podendo assim responder às principais exigências de qualidade e certificação

das empresas”, explica o responsável. A CrioClean apresenta-se como “uma empresa mo-

derna, utilizando um serviço ecológico e fiável. Num mercado cada vez mais global e preo-

cupado com questões ambientais, tem como objetivo respeitar o meio ambiente, prestando

um serviço simples, rápido e ecológico”.

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CRIOCLEAN CHEGOU À MARINHA GRANDE

EXPOSIÇÃO E PROCISSÃO NA PRAIA DA VIEIRA

CULTURA AVIEIRA EM DESTAQUE

Está patente até Maio, na capela daPraia da Vieira, a exposição Avieiros doTejo, alusiva à comunidade de pesca-dores da Praia da Vieira que, em, mea-dos do século XIX, impossibilitadosde pescar no mar violento de Inverno,se começaram a fixar nas margens dosrios Tejo e Sado. Migravam sazonal-mente até estas zonas ribeirinhas,onde construíram uma comunidade,conhecida por Os Avieiros. De barco oude carroça, partiam em busca de sus-tento e só regressavam quando o marvoltava a acalmar. Muitos foram fican-do, construindo aldeias típicas nasmargens desses rios, fixando as suasfamílias, com uma cultura muito par-ticular, identificada pelos trajes, aoralidade, as embarcações, casas tí-picas, gastronomia, artesanato, músi-ca e cultos religiosos. Restam já pou-cas dessas aldeias, mas a culturaavieira foi ficando registada na des-cendência dos homens que a criaram,

sendo hoje candidata a PatrimónioNacional, pela mão de diversas enti-dades, incluindo a autarquia de Vieirade Leiria.

No dia 2 de Abril a imagem de Nos-sa Senhora dos Avieiros regressa deVale Figueira, Santarém, à Praia daVieira, depois de cumprir mais umano de itinerância, pelas aldeias aviei-ras. Pelas 16 horas, a santa padroeirados Avieiros é exibida numa procissãoentre o Largo dos Pescadores e a Ca-pela. O dia é especial para a Praia daVieira por trazer de volta à terra mui-tos descendentes dos pescadores daVieira responsáveis pela criação des-ta comunidade.

As equipas de atletismo de Vale Fi-gueira e do Vieirense assinalam a datacom uma prova de estafeta entre a vilado concelho de Santarém e a Praia daVieira. O percurso será também assi-nalado por uma actividade de ciclotu-rismo. �

DR

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