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Missões Nacionais Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista “Da cracolândia para o campo missionário: Silvia Regina é comissionada à Missionária em Formação” Página 07 Igreja Batista Central em Resende - RJ inaugura Projeto “Repartir o Pão” Página 10 IB Filadélfia em Itarantim - BA realiza “Projeto Cabra Macho” e beneficia centenas de homens da comunidade Página 08 Confira o pronunciamento da CBB a respeito da Reforma da Previdência Página 12 ISSN 1679-0189 Ano CXVI Edição 17 Domingo, 23.04.2017 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Marque presença, valorize e aprenda mais sobre a Palavra de Deus! 4 o domingo de abril: Dia da Escola Bíblica Dominical

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o jornal batista – domingo, 23/04/17

Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

“Da cracolândia para o campo missionário: Silvia Regina é comissionada à

Missionária em Formação”Página 07

Igreja Batista Central em Resende - RJ inaugura

Projeto “Repartir o Pão”Página 10

IB Filadélfia em Itarantim - BA realiza “Projeto Cabra

Macho” e beneficia centenas de homens da comunidade

Página 08

Confira o pronunciamento da CBB a respeito da

Reforma da PrevidênciaPágina 12

ISSN 1679-0189

Ano CXVIEdição 17Domingo, 23.04.2017R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Marque presença, valorize

e aprenda mais sobre a Palavra de Deus!

4o domingo de abril: Dia da Escola Bíblica Dominical

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2 o jornal batista – domingo, 23/04/17 reflexão

E D I T O R I A L

EBD: prioridade ou opção?

Durante todo este mês de abril lem-bramos com ca-rinho da Escola

Bíblica Dominical (EBD). E, neste domingo, celebra-mos um dia dedicado a ela. Contudo, como cristãos, não podemos ignorá-la ou subs-tituí-la nas outras semanas. É através desta escola que aprendemos mais sobre o que Deus espera de nós, co-nhecemos Suas promessas,

Seus mandamentos, perce-bemos Sua fidelidade desde a antiguidade, aprendemos sobre a vida de Jesus e Sua trajetória aqui na Terra, rece-bemos conselhos, aprende-mos com os erros dos irmãos que viveram antes de nós. Ou seja, a Bíblia é uma En-ciclopédia e reúne histórias que confirmam que o nosso Deus é o mesmo ontem, hoje e será eternamente.

Às vezes, não damos o de-

vido valor à EBD e não nos esforçamos para marcar pre-sença. Utilizamos as mais variadas desculpas, como “Já levanto cedo todos os dias para trabalhar, no domingo preciso dormir mais um pou-quinho”. São, de fato, situa-ções que acontecem no coti-diano e também merecem a nossa atenção, mas onde está a nossa prioridade? Por mais que leiamos a Bíblia todos os dias em nossos momentos

de devocional diários, é ne-cessário nos aprofundarmos em conhecimento da Pala-vra e debatermos assuntos relevantes e bíblicos com nossos irmãos. Estudar, além de gerar conhecimento, gera crescimento.

Que neste dia possamos repensar o valor da Escola Bíblica Dominical para o de-senvolvimento da nossa vida cristã e nos empenharmos para sermos alunos aplicados.

Cartas dos leitores

[email protected]

Evangelho e ética social

Graça e paz!Gostaria, neste breve registro,

de deixar meus parabéns ao pastor Alonso Gonçalves, pelo artigo publicado em O Jornal Batista do dia 02/04/2017, página 14, com o título: “Evan-gelho e ética social: uma conta que não fecha com os evangéli-cos no Brasil”. Ressaltar a ética como disciplina norteadora do ser humano como indivíduo e ser social é de suma importân-cia, tendo em vista sua escassez

prática comportamental muito em voga nos dias atuais, princi-palmente, entre alguns cristãos evangélicos. Isso sem falar na discrepância existente entre o discurso “bíblico” e a prática de vida. Levantemos esta dis-ciplina a cada dia em nossas Igrejas e comunidades cristãs. Deus o abençoe!

Elias Gomes de Oliveira, pastor da Primeira Igreja

Batista Missionária em Parque das Missões - Duque

de Caxias - RJ

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

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3o jornal batista – domingo, 23/04/17reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

A primei ra B íb l i a não tinha capa e faltavam algumas folhas; encontrei-a

no fundo do baú. Fora usada por meus pais quando re-cém-casados. Não sei o mo-tivo de tê-la abandonada. A família católica do meu pai considerava a Bíblia como livro do Diabo, o livro de capa preta. Talvez por esse motivo não tivesse capa; foi adquirida de um colportor ligado aos letos de Palmas.

Comecei a lê-la por curio-sidade e por instigação de um espírita que tentava ca-tequizar-me para Allan Kar-dec. Dizia ele que na Bíblia estava escrito: “De mil pas-sará, mas a dois mil não che-gará”. Nunca encontrei tal dito na Bíblia. Aprendi com o tempo e convívio com as pessoas que muita gente faz afirmação que diz estar na Bíblia, mas não está. Não encontrei o tal texto, mas

Roberto do Amaral Silva, pastor da Igreja Batista no Jardim Dom Fernando - GO

As origens bíblicas da Escola Bíblica Dominical (a EBD) remontam a Moisés

mandando os pais ensinarem aos seus filhos, conversando com eles sobre a Palavra de Deus, sentados em casa, an-dando pelo caminho, quan-do forem deitar e quando se levantarem (Deuteronômio 6.7), passando por Esdras à frente de uma imensa Escola Bíblica formada por homens, mulheres e crianças, em fren-

encontrei I Timóteo 2.5, que me libertou do culto à Apa-recida. Se há um só media-dor, Jesus Cristo, Aparecida não pode ser mediadora de ninguém perante Deus. Tal descoberta custou-me caro. O preço pago para não de-sistir de Jesus gerou-me mui-tas lágrimas e sofrimentos. Sou grato a Deus por aquela velha Bíblia, sem capa, cuja leitura o Espírito Santo usou para levar-me a Jesus como Salvador e Senhor.

A segunda Bíblia tinha capa azul. Brochura. Foi companheira durante muitos anos. Em suas páginas fiz muitas anotações pessoais. Com a mente fotográfica era possível localizar os textos preferidos com facilidade. Perdi-a em uma excursão missionária do Coral da Igre-ja Batista da Graça - BH. Ou-tras Bíblias foram adquiridas. Duravam, em média, cinco anos de uso. Traduções di-

te à porta das Águas, ouvin-do atentamente a leitura do Livro da Lei (Neemias 8.2-3) até o relato do Novo Testa-mento com o Senhor Jesus e Paulo, dedicados ao ensino da Palavra de Deus.

O que nos chama a aten-ção, ainda no Antigo Testa-mento, é o bom exemplo do rei Josafá que, para restaurar o culto verdadeiro, enviou seus oficiais a “Todas as cida-des do reino de Judá, levando consigo o Livro da Lei do Senhor e ensinando o povo” (II Cr 17.9).

Portanto, é correto dizer que a EBD já era projeto de

ferentes para gotejar o texto e seu real significado. Todas com anotações pessoais, acrescidas de marcas textos com diferentes cores.

No seminário, uma Bí-blia popular me serviu para acompanhar as aulas de Novo Testamento e grego dos saudosos professores A. Ben Oliver e Rodney B. Holfard. Considero-a uma relíquia. Sempre a cotejo quando desejo entender o verdadeiro significado de uma palavra ou expressão grega. Os meus professores continuam falando através da Bíblia que recebi da Igre-ja Batista em Cachambi ao ser aprovado pelo concílio que me examinou e me re-comendou ao ministério em 26 de dezembro de 1969. Na dedicatória constam os nomes dos pastores que formaram o concílio. Dos nove que assinaram, cinco já foram convocados ao lar

Deus para seu povo atra-vés dos tempos. O povo de Deus não pode viver sem conhecimento. Isaías decla-ra que o povo de Deus iria para o exílio por falta de conhecimento (Isaías 5.13). Miquéias denuncia também a falta de conhecimento em sua época: “Porque os lábios do sacerdote devem guar-dar o conhecimento, e da sua boca todos esperam a instrução na Lei, porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos. Mas vocês se desviaram do caminho e pelo seu ensino causaram a queda de muita gente;

celestial. Dia memorável marcado pela exigência do examinador que só aceitava respostas com fundamenta-ção bíblica. Meu ministério devia ser exercido e firmado no conhecimento bíblico. Tenho cumprido as exigên-cias do concílio ao longo dos anos, sem arrependi-mento.

Uma Bíblia em latim e português, dois grossos volumes, presente de um general do Exército, traz o imprimatur da inquisição. Data a criação do mundo em 4.156 anos A.C. A longa introdução trata da autentici-dade do texto sagrado e sua inspiração. Repudia os livros apócrifos, citando documen-tos do segundo século que não aceitavam sua inclusão no Canon. Cita várias tradu-ções da septuaginta (Setenta) realizadas ao longo dos anos com objetivo de alcançar o povo com a mensagem bíbli-

vocês quebraram a aliança de Levi”, diz o Senhor dos Exércitos” (Mq 2.7-8 - NVI).

Nas páginas do Novo Tes-tamento, vemos como Jesus dá atenção especial ao en-sino, o que entusiasmava a quem o ouvia: “Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu en-sino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei” (Mt 7.28-29 - NVI).

Paulo escreve ao Efésios so-bre a importância do ensino: “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profe-

ca. A riqueza de informações sobre o texto sagrado leva--nos a redobrar o nosso amor à Palavra de Deus.

Essas velhas Bíblias guar-dam ricos tesouros. Servem como estímulo a continuar fiel ao texto sagrado, inspira-do e preservado pelo Espírito Santo para os nossos dias.

A Bíblia é fonte inesgo-tável de sabedoria. Sua existência até os nossos dias reafirma o testemu-nho do salmista: “Tenho mais entendimento do que os meus mestres, porque medito nos teus testemu-nhos” (Sl 119.99). A Bíblia permanece atualíssima; im-possível possuir excelente cultura sem conhecê-la. “Oh! Quando amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia” (Sl 119.97). Sou grato a Deus pela Bíblia e por minhas velhas Bíblias, companheiras inseparáveis na caminhada para o lar.

tas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mes-tres, com o fim de preparar os santos para a obra do mi-nistério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cris-to” (Ef 4.11-13 - NVI).

Portanto, comemoremos em abril o mês da EBD. Mas a melhor forma de celebrar é sendo um aluno sempre presente, pontual e partici-pante nos estudos bíblicos de classe.

Origens bíblicas da EBD

Minhas velhas Bíblias

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4 o jornal batista – domingo, 23/04/17 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Preste atenção ao que lhe contar

E disse-me o homem: Fi-lho do homem, vê com os teus olhos, e ouve com os teus ouvidos, e põe no teu coração tudo quanto eu te fizer ver; porque para to mostrar foste tu aqui tra-zido; anuncia, pois, à casa de Israel tudo quanto vires” (Ez 40.4).

Quando o exílio já estava no seu vigésimo quinto ano, o Senhor re-

velou a Ezequiel mensagens de esperança, que ele deveria cuidadosamente anunciar ao povo de Israel. “E Ele me dis-se: Filho do homem, fixe bem os olhos e procure ouvir bem e preste atenção a tudo o que vou lhe mostrar, pois para isso você foi tirado daqui. Conte à nação de Israel tudo o que você vai ver” (Ez 40.4).

Antes de voltar aos céus, Jesus deixou bem clara a função que Seus discípu-los deveriam desempenhar: discípulo de Jesus deve agir como testemunha de Jesus (Atos 1.8). Por definição,

testemunha que se preza é aquela que não inventa nada, da sua própria cabeça. A função dela é relatar, com detalhe e veracidade, o que quer que ela tenha constata-do. Uma testemunha de valor não usa expressões como “eu acho que”, ou “tinha que ser assim”, ou “eu concluo que”. Ela tem que se limitar ao que “viu” e “ouviu”, de primeira mão.

Cristãos não foram voca-cionados para pregar suas próprias ideias a respeito de Cristo. Cristãos são chamados para dizer ao mundo aquilo que já experimentaram em sua própria vida: a graça res-tauradora do Pai e a fé indis-cutível no Filho. Ainda que, pela nossa erudição, nossa mensagem tenha mais lógica, aquilo que tem transformado a história é “a loucura da pregação”, como disse Paulo. Por isso, a instrução que o Senhor deu a Ezequiel vale para nós, em nosso “exílio” contemporâneo: “Conte à nação de Israel tudo o que você vai ver”.

Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB

“Porque o Senhor passará para ferir os egípcios; quan-do, vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o Senhor aquela porta, e não permitirá ao destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir” (Ex12.23).

Às vésperas de cum-prir sua promessa de libertar a na-ção de Israel do

cativeiro egípcio, o Senhor Deus ordenou a Moisés que determinasse a todas as famílias que tomassem um cordeiro de sua proprieda-de, o sacrificasse e com o seu sangue marcasse a ver-ga e ombreiras das portas de suas casas. Isso seria como um marco para que o anjo destruidor, que passaria para eliminar os primogêni-tos dos egípcios, por resisti-

rem a ordem de Deus de al-forriar Israel, não atingissem as famílias de Israel. Isso ocorreria no décimo dia do primeiro mês do calendá-rio judaico, abibe (março/abril). Assim aconteceu, Israel foi libertado e iniciou sua caminhada rumo à terra a eles prometida, Canaã. O Senhor, então, determinou que esse cerimonial fosse celebrado anualmente pela nação e suas gerações como memorial dessa libertação. Assim, páscoa, derivado do hebraico “pasah”, tem como sentidos, a libertação de uma escravidão e o selo ou marca que sinaliza os que estão sob a proteção do Senhor que tem o controle do poder destruidor para não serem por ele atingidos.

Vindo a plenitude dos tem-pos, quando Deus cumpriu seu propósito de oportunizar toda a humanidade de ser liberta do cativeiro espiritual, ou seja, escravizada pelo pe-

cado, todos tínhamos nossas almas condenadas, com pena já decretada, de sofrimento eterno. Isso ocorreu, por ini-ciativa do próprio Deus ao nos enviar seu filho Jesus para ser morto e, com Seu sangue, redimir perpetuamente toda a humanidade dessa terrível condenação. O cordeiro de Deus, e não nosso, que tira o pecado do mundo. Isso é a nossa Páscoa, ou seja, os que voluntariamente e, por fé, lavarem-se no Sangue do Cordeiro de Deus, estarão li-bertos do pecado e marcados para serem salvos do poder destruidor, que lançará no so-frimento eterno as almas dos que não estiverem sob essa cobertura. “Alimpai-vos pois do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (I Co-ríntios 5.7). Bem-aventurados os que assim celebram a sua Páscoa.

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

A exemplo do Natal, a Páscoa também é comemorada sem enfatizar o verda-

deiro motivo da comemo-ração. No Natal, Jesus fica esquecido e somente se ouve a respeito do falado Papai Noel e panetone. Na Páscoa, a figura do coelho e ovos é que aparecem. Infelizmen-te, nesta época de Páscoa,

é passado para as crianças conceitos errados, e elas se encantam com o que é apre-sentado.

Se pe squ i s a rmos dez crianças perguntando o que é a Páscoa, nove diriam que é ovo de chocolate e coelho. Precisamos, como líderes em nossas Igrejas, alertar os pais a respeito da importância de ensinar o significado real da Páscoa para os seus filhos. “No pen-samento cristão, como tam-

bém no judaísmo, a Páscoa, a Festa dos Pães Asmos, e a dedicação dos primogênitos tem sido tradicionalmente considerados memoriais in-timamente relacionados de acontecimentos interdepen-dentes do Êxodo histórico e sua posterior comemoração repetida” (O Novo Dicioná-rio da Bíblia - Edições Vida Nova).

A Páscoa foi uma festa em que o povo de Israel come-morou a saída da escravidão

egípcia. No Novo Testamen-to é apresentado Jesus como nosso cordeiro pascoal, isso é, nosso substituto na cruz. A Bíblia diz que Jesus veio para nos libertar, dar vida em abundância, então, para nós, cristãos, a Páscoa é muito significativa.

Se o povo hebreu tinha o que comemorar, nós também temos. Se no passado eles foram escravos do Egito, nós éramos escravos do pecado. Quando o povo hebreu se

viu livre, eles festejaram. Aprendemos nas Escrituras que se o Filho nos libertar, verdadeiramente seremos livres, e Ele já fez isso.

Hoje, todos que depositam a fé em Jesus tem motivos para festejar e comemorar a verdadeira Páscoa, a nossa libertação. Somos livres do pecado, libertos por Jesus, nosso cordeiro pascoal. En-sine o verdadeiro significa-do da Páscoa para os seus filhos.

A Páscoa e seus significados ao longo

da história

Páscoa

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5o jornal batista – domingo, 23/04/17reflexão

Mario Jorge Castelani, presidente da Associação Nacional das Escolas Batistas (ANEB)

A Associação Nacio-nal das Escolas Ba-tistas (ANEB), tem trabalhado em tor-

no do tema “A unidade for-talece os nossos rumos”. O objetivo principal é resgatar a importância de uma relação mais próxima e, portanto, mais comprometida entre as várias escolas Batistas es-palhadas por todo Brasil. Partimos do pressuposto de que, se estivermos unidos, contribuiremos com maior eficiência para enfrentarmos a crise educacional que vive-mos no Brasil, em condições de oferecermos a melhor das alternativas para a educação dos nossos concidadãos: uma educação fundada em valo-res cristãos.

Nossa Missão é represen-tar e integrar as Instituições

Leila Regina Amorim de Matos, membro da Igreja Batista Vida em Niterói - RJ

Quando ainda criança,Antes mesmo de aprender a lerJá recebia ensinos para a vidaNas classes de EBD.

Eram lições importantes,Que jamais irei esquecerGravadas na mente e coraçãoO que aprendi na EBD

O domingo era esperado,Pois tinha a Escola Bíblica DominicalAula com fantoche, músicas, histórias,Onde a Bíblia era o tema central.

Mas, hoje, não é só domingo,Temos EBD qualquer hora e diaA Bíblia deve ser ensinadaCom fé, contextualização e alegria.

EBD pode ser entãoEscola Bíblica DiáriaPois os ensinos bíblicosDevem ser a bússola da nossa história.

Qualquer dia, hora e lugar,Na classe de EBDOntem, hoje, amanhã,É um espaço para crescer.

Crescer no conhecimento bíblicoCrescer como cristãoCrescer como Servo de DeusCrescer no cumprimento da nossa missão.

Uma escola como estaTemos, portanto, que valorizar.EBD é teoria, prática, edificação e comparti-lhamento,Capacitando-nos para no mundo atuar.

Educacionais Batistas asso-ciadas e promover educação acadêmica de excelência, for-talecendo a natureza confes-sional com base em valores e princípios bíblicos.

Temos como Visão “Ter reconhecimento como en-tidade representativa das Instituições Educacionais Batistas, nas quais seus alu-nos alcancem sabedoria e co-nhecimento, demonstrados em suas vidas pelo caráter, liderança, serviço e vida de-vocional”.

Nossos Valores:• Compromisso com a Bí-

blia como fundamento;• Cooperação nas reali-

zações e no desenvolvi-mento de soluções;

• Integração de conheci-mentos e de experiências para crescimento corpo-rativo;

• Unidade de princípios e propósito entre asso-ciados;

Zeli Bertassoni Rende, membro da Igreja Batista Serrana - Teresópolis - RJ

Quero ser fiel, muito fielÀ Tua graça, ao Teu amor,Às Tuas bênçãos caídas dos céus.Muito fiel a Ti, meu Senhor.

Quero ser fiel aos Teus ensinamentos,À Tua Palavra, que é vida e luz.Fiel em todos os momentosMuito fiel a Ti, meu Jesus.

Quero ser fiel ao Teu sofrimentoQue foi por mim, grande pecador.Fiel aos Teus mandamentos.Muito fiel a Ti, meu Senhor.

Quero ouvir Tua voz sem igual“Bem está servo bom e fielSobre o pouco foste justo e leal,Eu te darei o gozo aqui do céu”.

• Excelência em todas as ações como expressão do caráter de Deus.

Podemos dizer que a ANEB tem experimentado duas eta-pas distintas:

A primeira de 1963 a 1990, quando tratou somente dos assuntos e interesses das ins-tituições e dos diretores.

Na segunda etapa, de 1990 até os dias atuais, a ANEB se reestruturou, passou a traba-lhar a inserção dos professo-res em seus congressos, bem como aprofundar o debate de interesse organizacional e administrativo dos colégios afiliados.

A ANEB já realizou 18 grandes congressos nacio-nais e regionais, os quais têm se constituído em momentos ricos e inspirativos, de alto teor pedagógico, cultural e espiritual, desenvolvendo o aperfeiçoamento de admi-nistradores, professores e ca-pelães das escolas afiliadas.

Os dois últimos foram re-alizados no Sistema de Edu-cação Batista Mineiro, em Belo Horizonte, em 2010, e no Colégio Batista Brasilei-ro, em São Paulo, em 2012; tivemos a realização de dois encontros de diretores em 2015 em Manaus e 2016 em Belo Horizonte.

Queremos manifestar a todos que estamos cada mais confiantes no tipo de educa-ção que os nossos Colégios Batistas podem oferecer ao povo brasileiro. Nesse sen-tido, os Colégios Batistas representam o fortalecimento da esperança que nos move e uma demonstração de que nossos sonhos continuam muito vivos. Pensando nisso, convidamos a todos para que venham participar desses sonhos, na certeza de que é Deus mesmo quem nos con-voca para levarmos, através da educação, os princípios da fé cristã a todos os nossos concidadãos.

Todos os Colégios Batistas têm uma educação forte em princípios de valores éticos e morais pautados na Bíblia, o que mais hoje a sociedade necessita, pois não só forma-mos excelentes alunos para disputarem os melhores luga-res em Universidades/Facul-dades de primeira linha, mas formamos cidadãos íntegros para a sociedade tão carente de valores éticos.

Finalmente, conclamamos a todos os líderes Batistas, Igre-jas e Convenções estaduais a orarem pela educação Batista no Brasil, entendendo que se trata, também, de uma ação missionária, e que seja dada autonomia administrativa aos diretores de escola para que façam uma gestão eficiente, de tal modo que o nome de Deus seja glorificado.

Procure um Colégio Batista mais próximo de você e, com certeza, estará matriculando seu filho (a) na melhor ins-tituição de ensino do Brasil.

Educação no Brasil: “A unidade fortalece os

nossos rumos”

Quero ser fielEBD

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6 o jornal batista – domingo, 23/04/17 reflexão

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

Leve esperança até que Ele venha é um tema cativante e atu-al. É cativante por-

que nos lembra que para nós, cristãos, a nossa mis-são de pregar e anunciar as Boas Novas é transmitir uma mensagem de espe-rança que conduz a nossa vida e, ao mesmo tempo, é cativante porque ao anun-ciar que “Jesus é a nossa esperança”, estamos cum-prindo a nossa missão e aguardando a Sua vinda. A

José Manuel Monteiro Jr., pastor da Igreja Batista do Paiva - São Gonçalo - RJ

Crise! Esta é a pa-lavra da moda. O país está em crise, afundado em um

cipoal de lama e corrupção. A família também está em crise. Em nossa reflexão, ten-taremos responder três per-guntas: Quais são as crises que abalam a família? Quais são as lições que podemos extrair da crise? De que for-ma podemos vencer as crises familiares?

O que tem levado as fa-mílias a viverem de forma

Igreja evangélica brasileira tem perdido concepção de que Jesus está voltando. Ele vem buscar a Sua Igreja. Ele vem! E enquanto Jesus não vier, a nossa missão é compartilhar a nossa espe-rança que está depositada no Pai, por meio de Jesus. A certeza da salvação nos leva, ou nos deveria levar, a uma proposta missional, ou seja, deveríamos viver intensamente a missão de sermos filhos de Deus. Os fi lhos de Deus, também chamados de discípulos, devem compartilhar as Boas Novas com as pessoas de

tão disfuncional nos dias hoje? Dentre as coisas que podemos destacar, uma me chama atenção. A má ad-ministração financeira. Di-nheiro é um dos grandes responsáveis pelo campo de batalha em que a família se torna. O pesquisador Jeffrey Dew constatou que casais com dívidas passam menos tempo juntos, brigam mais e são menos felizes. Inúmeros divórcios ocorrem por conta de desentendimentos relacio-nados ao dinheiro.

O que a crise revela? É pos-sível tirar algum proveito da crise que enfrentamos em fa-mília? Duas coisas merecem

sua rede de relacionamento cotidiano, e devem clamar pela obra missionária do mundo, que está um caos.

As s i tuações caó t icas são alarmantes. A situação econômica só agrava as situações de pobreza e os bolsões de miséria aumen-tam em algumas regiões do mundo. Por outro lado, a violência crescente aliada ao extremismo religioso, tem fomentado um clima de guerra e de conflitos sem fim. A situação políti-ca tem agitado as relações entre as nações e muitas complicações poderão ser

destaque: a primeira é que a crise nos aproxima de Deus. É justamente nessa hora que nossos joelhos se dobram, e ai pedimos auxílio e socorro do Senhor. Segundo, a crise revela quem são os verda-deiros amigos. São nos mo-mentos mais difíceis da vida que os verdadeiros amigos revelam-se.

De que forma podemos vencer as crises? Usando a Bíblia como nosso referen-cial, vamos elencar alguns princípios importantes. Em primeiro lugar, cultive a es-piritualidade no contexto da família. Priorizamos tantas coisas que nos esquecemos

vivenciadas pelas incertezas políticas. A crise imigratória ainda persiste e vidas têm sido ceifadas por fugir do contexto de guerra e opres-são religiosa.

A Junta de Missões Mun-diais está em 92 países do mundo, e nos últimos anos conseguiu entrar em 07 pa-íses que eram considerados os mais fechados do mundo para a obra missionária. Deus tem nos dado vitórias como povo Batista abrindo portas e nos ajudando a sustentar obreiros no campo missionário, que incansavel-mente estão anunciando a

do principal dentro do con-texto do lar: Deus! Quanto mais buscarmos a Deus, mais amaremos a nossa família. Uma família feliz precisa es-tar firmada no Senhor.

Em segundo lugar, escolha com sabedoria o tempo para falar. Viver em família exige sabedoria. Existe no seio da família filhos que estão extre-mamente machucados com as palavras de maldição dos pais. Esposas, esposos que estão feridos por conta de palavras ferinas. Nossa língua pode ser medicina que cura ou espada que fere. Há poder em nossas palavras. Ter em nossos lábios palavras aben-

esperança em Jesus, Autor e Consumador da nossa fé. Pela graça de Deus precisa-mos avançar no propósito de levarmos a esperança que há no nome de Jesus até os confins da terra, mas a começar da nossa realidade. Mais do que uma campanha missionária, precisamos nutrir e redescobrir o ardor missionário, o desejo de ver almas convertidas de todas as nacionalidades, o desejo de clamar pelas vidas dos missionários que estão na linha de frente. Leve espe-rança até que Ele venha! Façamos nossa parte!

çoadoras revela o quanto o nosso coração está atrelado ao de Jesus.

Por último, cuide de sua família. Existe uma gran-de lição que aprendemos em família. Cuidar do outro. Cuidar é prestar atenção, é verbalizar o quanto amamos aqueles que estão ao nosso redor em casa. É ter tempo de qualidade. O apóstolo Paulo afirma: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e es-pecialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (I Tm 5.8). Que Deus abençoe cada família, em nome de Jesus.

Leve esperança até que Ele venha

Famílias fortes em um tempo de crise

ERRATANa edição de OJB do dia 16/04/2017, na página 12, onde se lê “PIB em Vila Natal – SP recebe Seminário Igreja Multiplicadora”, o correto é “Igreja Batista em Vila Natal – SP recebe Seminário Igreja Multiplicadora.”

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7o jornal batista – domingo, 23/04/17missões nacionais

A Junta de Missões Nacionais (JMN) está em festa pelo comissionamen-

to da irmã Silvia Regina à Missionária em Formação, que aconteceu no sábado, dia 08 de abril, na Primeira Igreja Batista do Andaraí - RJ. Resgatada das drogas pela Cristolândia de São Paulo, Silvia tem mostrado através de sua vida o poder transfor-mador de Jesus. No início de abril, ela contou sua história no programa de TV “Fantás-

tico” e impactou milhões de telespectadores.

Atualmente, Silvia está cursando Teologia no Cen-tro Integrado de Educação e Missões (CIEM) e já havia mostrado o desejo de atuar como missionária. O objeti-vo, segundo ela, é transmitir tudo que tem aprendido e colaborar para a obra que um dia a resgatou.

No primeiro domingo de abril, o Brasil acompanhou, através do programa “Fan-tástico”, a história dela, que

passou anos nas ruas, vítima da exclusão social e presa no mundo das drogas e do crime. Essa realidade mu-dou quando ela conheceu a Cristo através do trabalho da Cristolândia SP.

Para a JMN, é uma alegria ter na equipe essa mulher que é um testemunho vivo da obra salvífica e regeneradora do Evangelho. Louvamos a Deus por essa vida, que tem sido benção em todo o Brasil através de seu testemunho de transformação.

Os missionários Luiz Fernando Nunes e Sueli de Oliveira Fernan-

des têm feito um lindo traba-lho de evangelização disci-puladora com os moradores do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro - RJ. O projeto “Buscando os filhos da paz” tem a intenção de abordar novamente pessoas que um dia foram evangelizadas, com objetivo de criar um relacionamento discipulador com elas.

No dia 04 de março, os missionários realizaram o impacto evangelístico “Bus-cando os filhos da paz” na comunidade Pedra do Sapo, no Complexo do Alemão. Vinte e cinco irmãos de Igre-jas Batistas e outras Igrejas

parceiras participaram da mobilização, que resultou em 12 decisões por Cristo, com nove lares com portas abertas para o início do RD.

No dia 1° de abril foi rea-lizado na comunidade Uga, na Barreira do Vasco, em São Cristovão, tendo como base a Igreja Batista Nova Jerusalém neste lugar. Sete pessoas se decidiram por Cristo e abri-ram as portas de suas casas para o relacionamento disci-pulador.

Louvamos a Deus pelos re-sultados desse lindo projeto, que tem alcançado pessoas com o Evangelho a partir dos princípios de Igreja Multipli-cadora. Você pode ser um parceiro desta obra. Acesse o site de Missões Nacionais e torne-se um colaborador.

Da cracolândia para o campo missionário:

Silvia Regina é comissionada à Missionária em Formação

Famílias de comunidades do Rio de Janeiro são alcançadas e abrem

as portas para o relacionamento discipulador

Famílias de comunidades do Rio abrem as portas para evangelização discipuladora

Silvia Regina é comissionada a Missionária em Formação

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8 o jornal batista – domingo, 23/04/17 notícias do brasil batista

Acom CBPE

A União Feminina Missionária Batis-ta de Pernambuco realizou no dia 18

de março de 2017 a sua 44ª Assembleia Anual da UFM-BPE. O local escolhido foi a Escola Técnica Estadual Ma-ria Eduarda Ramos de Barros, na cidade de Carpina, Região Mata Norte de Pernambuco.

O tema foi o mesmo da Convenção Batista Brasileira (CBB), “Anunciando o Reino com o Poder de Deus”. Na ocasião, mais de 1200 mu-lheres Batistas, de 16 Asso-ciações, estiveram presentes para celebrar e agradecer ao Senhor pelas bênçãos e o pri-vilégio de servir na Sua obra.

Na ocasião, houve mo-mento cívico, nomeações de comissões, saudações das As-sociações, agradecimentos, homenagens e também foi celebrado o Centenário do Seminário de Educação Cris-tã (SEC). A Assembleia ain-da contou com espaço para apresentação de relatório das áreas, louvores congregacio-

Anacleto Torres, pastor da Igreja Batista Filadélfia em Itarantim - BA

A Igreja Batista Filadél-fia em Itarantim-BA, filiada a Associação Batista Itapetiguense

e a Convenção Batista Baiana e Brasileira, realizou nos dias 08 e 09 de abril o “Projeto Cabra Macho”, uma ação so-cial com o objetivo de cons-cientizar e realizar exames

nais e momentos musicais, despertamento missionário com a participação da Junta de Missões Mundiais e Junta de Missões Nacionais, elei-ção da diretoria, momentos de comunhão, crescimento espiritual e adoração.

À frente do trabalho estava a secretária Executiva da UFM-BPE, professora Daisy Santos Correia, que ressalta que a Assembleia foi “Grandemente abençoada” e agradeceu ao “Excelente trabalho da Asso-ciação Vale do Capibaribe e Igrejas da região e pastores”.

Na ocasião, houve a elei-ção da nova diretoria, sendo

de próstata para homens de baixa renda com idade supe-rior a 45 anos.

O Projeto aconteceu no se-gundo fim de semana de abril e, no primeiro dia, 08/04, os participantes puderam ouvir uma palestra educativa com o médico urologista doutor Marcos Vinicius Xavier, que trouxe informações valiosas sobre a saúde do homem e sobre a próstata. No segundo dia, 09/04, foram realizados

reeleita a professora Cassia Guimarães. Ela reforçou a alegria de estar à frente desse trabalho com Mulheres com-prometidas com o Evangelho, mulheres que se dedicam. Só podemos estar alegres, o Se-nhor tem sido bondoso para conosco”.

A professora diaconisa Adeilda Costa, da Igreja Ba-tista Memorial do Carpina e presidente da Associação Vale do Capibaribe, reforça que “O Senhor nos propor-ciona alegria e o prazer de ver a união e a comunhão das Igrejas Batistas neste grande evento. São mulheres

os exames de PSA e do to-que. No total, foram realiza-dos 218 exames de próstata gratuitamente.

A Igreja Batista Filadélfia recebeu uma caravana com 50 pessoas, dentre eles, pro-fissionais de saúde, equipe médica e laboratorial, profis-sionais liberais, empresários, professores, todos da cidade de Itabuna-BA, membros da Igreja Batista Teosóplis - BA.

“Uma benção, um presente

dedicadas à obra do Senhor e que elas fazem com ale-gria, com dedicação e com renúncia”.

Representando o poder Executivo do município, es-teve presente a secretária de Educação de Carpina e mem-bro da Primeira Igreja Batista Carpina, a diaconisa Milca Maria. “Para nós, enquanto poder público, nos traz gran-de alegria em poder estar neste dia recebendo mais de mil mulheres, servas de Deus” e reforça o “sentimento de gratidão a Deus, porque co-nhecemos o trabalho dessas mulheres, de forma pedagógi-

que ganhei, sonhava com este exame há muito tempo, mas nunca tinha condições de fazer, mas hoje eu fiz, através deste projeto maravilhoso”, disse Celio Silva, um dos be-neficiados com a iniciativa.

Para o pastor Anacleto Tor-res, presidente da Igreja Batis-ta Filadélfia, “O Projeto Cabra Macho foi um marco em nos-sa cidade, foi um marco para nossa Igreja. Abençoar mais de 200 homens com esses

ca, que vem desde a criança até a terceira idade”.

Composição da nova diretoria da UFMBPE

Presidente: Cássia Virgínia Guimarães - IB Capunga1ª vice-presidente: Benícia Pereira de Moraes - IB Ca-punga2ª vice-presidente: Ana Rosa da Costa Lima Sousa - Nova IB do Cordeiro1ª secretária: Iolanda Cleide Andrade - PIB Abreu e Lima2ª secretária: Eunice Gomes da silva - IB do Centenário em Curado I

exames foi algo maravilhoso. Que Deus possa abençoar todos que nos ajudaram na realização deste Projeto”.

O “Projeto Cabra Macho” contou com a colaboração de várias pessoas da nossa comunidade e algumas enti-dades. Fica aqui registrada a nossa palavra de gratidão a Igreja Batista Teosópolis, em Itabuna-BA, e as secretarias municipais de Saúde e Ação Social de Itarantim-BA.

Cidade de Carpina - PE é escolhida para sediar 44a Assembleia anual da UFMBP

IB Filadélfia em Itarantim-BA realiza “Projeto Cabra Macho” e beneficia centenas de homens da comunidade

Nova diretoria da UFMBPE

Foto: Divulgação Foto: Acom CBPE

Mais de 1200 mulheres Batistas se fizeram presentes

Projeto tinha como foco homens com idade superior a 45 anos

Participantes ouviram palestra sobre a saúde do homem

Mais de 200 exames de próstata foram realizados

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9o jornal batista – domingo, 23/04/17notícias do brasil batista

Marcos Luis Lopes, pastor da Primeira Igreja Batista em Saracuruna - RJ

Em 25 de maio de 1947 foi organizada a ope-rosa Primeira Igreja Batista em Saracuruna

- RJ. E, neste ano, estamos celebrando os 70 anos inin-terruptos de serviço ao Reino de Deus.

Neste período pré-aniver-sário que acontecerá na se-mana de 21 a 28 de maio de 2017 tivemos quatro encon-tro singulares preparando--nos para viver a temática da celebração do nosso Jubileu de Vinho.

No dia 08 de janeiro de 2017 recebemos o lindo ca-sal de adoradores Eduardo e Silvana. No dia 12 de fe-vereiro de 2017 tivemos o Irmão Robson Duarte com seu Ministério de Música que muito nos edificou. No dia 12 de março de 2017, a Igreja foi abençoada pela presença do pastor Marqui-nho Menezes e de sua esposa Lilian Azevedo.

Haroldo Rosendo Rico, pastor da Igreja Batista IV Centenário - SP

No dia 25 de março de 2017 aconte-ceu o culto solene de posse do pastor

Salvador Soler no pastorado da Igreja Batista Nova Alian-ça em Vila Guilhermina, dirigido pelo vice-presidente e diácono Isidro Silva Garcia.

Nessa ocasião, o inusitado e o honroso se encontraram em um só momento e um só lugar. Inusitado, pois é rara a experiência de uma Igreja convidar pela segunda vez um ministro para retomar seu pastorado. Inusitado pelo fato de que o convite foi for-mulado por unanimidade de votos. Inusitado porque a valorosa congregação reco-nhece o equívoco, a injustiça e o desacerto que ensejaram

No último dia 02 de abril de 2017 tivemos o pastor Vanderlei Batista Marins, presidente da Convenção Ba-tista Brasileira e pastor titular da Primeira Igreja Batista em Alcântara, em São Gonçalo - RJ, junto com o Grupo Nova Razão, da mesma Igreja do nosso distinto presidente.

Neste período ainda, entre-gamos ao povo Batista brasi-leiro mais três obreiros que passaram pelo concílio: Erik da Cruz Mendonça, Marcelo Luís Alves e Ricardo Perei-ra de Oliveira. Além disso celebramos os 69 anos das

a saída do obreiro que ora queriam de volta. Inusitado pela atitude tipicamente cristã de pedir perdão ao ministro, comportamento não somente de extrema raridade, mas revelador de um corpo de crentes que se deixa levar pelo Espírito Santo. Honroso por realçar o caráter sem jaça de um pastor correto, íntegro e de conduta inatacável, fato este reconhecido pela Igreja inteira e materializado no convite para retornar seu pas-torado. Por seu lado, valorosa foi a atitude do pastor ao acei-tar o convite para o retorno.

O orador da solenidade foi o pastor José Vieira Rocha, que transmitiu uma comovente mensagem apropriada para a ocasião. Com a presença de 22 pastores, entre eles: represen-tante da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), da Ordem dos Pastores Batistas

Mulheres Cristãs em Ação (MCA).

Nossa agenda do Jubileu de Vinho consta das seguintes programações:

21/05/2017 - Manhã Evan-gelística na Praça da estação de Saracuruna;

21/05/2017 - 19 h - Cul-to cantado, inauguração do Centro Social Pastor Pedro Heitor de faria e Pregação com o pastor Ebenézer Soa-res Ferreira;

22/05/2017 - 19h - Pastor e cantor Fernandinho e Banda;

23/05/2017 - 19h - Noite da MCA com a pregando

do Brasil - São Paulo (OPBB--SP) e de diversas Associações da CBESP, além dos parentes, vizinhos, amigos e irmãos de outras Igrejas. Templo super-lotado, com a apresentação de orquestra, coro da Igreja, solo e quarteto Nova Vida, que trou-xeram inspiração no momento do culto ao nosso Deus.

a irmã Esmeralda Augusto, presidente da UFM Batista Fluminense;

24/05/2017 - 19h - Pastor e cantor Victorino Silva e noite de homenagens a Associação Batis-ta Caxiense e de sua Ordem de Pastores, com a mensagem do pastor Ademir Fernandes;

25/05/2017 - 19h - Igreja Batista Atitude - Mensagem com o pastor Thiago - com a presença da Igreja Organiza-dora, com as Igrejas Filhas e com os ex-pastores;

26/05/2017 - 19h - SIB em Fragoso - Mensagem com o pastor Paulo Garcia.

Após a leitura do compro-misso do termo de posse, o pastor Haroldo Rosendo Rico, da Igreja Batista IV Cen-tenário-SP, foi convidado a orar. Os membros da Igreja estavam exultando de alegria com a volta do seu pastor depois de três anos. Desta-cando uma das mensagens

27/05/2017 - 19h - Cia de Teatro Jeova Nissi;

28/05/2017 - 09h - Or-questra Sinfônica da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro;

28/05/2017 - 19h - Batis-mos e noite da Convenção Batista Fluminense, com mensagem do pastor Amilton Ribeiro Vargas.

Venha fazer parte desta história. Estamos esperando você e sua família na Aveni-da Barão do Rio Branco, Lt 18 - Saracuruna - Duque de Caxias - RJ.

recebidas: “Querido pastor Soler, um professor que nos ensina em silêncio. Aprende-mos através de sua conduta íntegra e de sua vida que dá testemunho daquilo que crê e prega. Obrigado!” (pastor Adesilto Silvestre de Asevedo - PIB do Brás-SP).

O ambiente do culto em todas as suas partes, assim como no todo das partes refletiu e patenteou a pre-sença de Deus. A alegria ao Senhor estampada nas faces dos membros da Igreja Nova Aliança, do pastor Soler, sua esposa, professora Lydia Korps Martines Soler, era a evidência de que uma nova fase, um novo tempo estavam sendo desenhados por Deus para o pastor e para a Igreja. A Deus seja toda honra e toda glória, porque é para Ele e por Ele que nos colocamos a seu serviço.

PIB em Saracuruna - RJ se organiza para celebração dos 70 anos da Igreja

Pastor Salvador Soler toma posse na Igreja Batista Nova Aliança, em Vila Guilhermina - SP

Pastor Salvador Soler apresentando o pastor José Vieira Rocha, orador da solenidade

Evento contou com a participação do cantor Robson Duarte Pastor Vanderlei Batista Marins com o Grupo Nova Razão

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10 o jornal batista – domingo, 23/04/17 notícias do brasil batista

Luciano Cozendey, pastor presidente da Igreja Batista Central em Resende - RJ

Após uma viagem em prol de missões para apoiar a mis-sionária Noêmia

em Moçambique e ajudar a revitalizar a padaria que estava desativada, o pastor Luciano Cozendey, junto aos irmãos Ricardo e Adriana, voltaram sonhando em im-plantar uma padaria escola como projeto social visando alcançar pessoas carentes e,

assim, amá-las intencional-mente com o Amor de Jesus.

Em 2016, a Igreja Batista Central em Resende-RJ, após orar, decidiu definir sua visão e dentro do que foi proposto, o encaminhamento foi ser uma Igreja bíblica e relevante para a sociedade, comprometida com a Grande Comissão para anunciar o Evangelho de todas as maneiras e formas possíveis, intencionalmente, multipli-cando discípulos de Cristo, plantando Igrejas e exercendo o Amor de Deus por meio da fé. E assim, dois anos depois

da experiência em Moçambi-que, inaugurou-se na Igreja o primeiro projeto de relevância para a sociedade, o “Repartir o Pão”, que já conta com uma turma de 16 pessoas e, dentre elas, alunos com necessidades especiais.

Uma grande vitória e uma experiência ímpar de poder servir ao próximo. Deus tem enviado os recursos e suprido todas as necessidades. Todo maquinário novo foi doado por uma Fundação que apoia projetos sociais no Brasil. E

agora, a Igreja conta com man-tenedores e com as orações. Os irmãos Ricardo e Adriana são os gestores do Projeto e a Igreja tem avançado para a Glória de Deus. Orem por nós, pois grandes coisas o Senhor tem feito em nosso meio.

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Nossa missão é oferecer aos nossos alunos uma educação cristã de alta qualidade. Para nós, uma educação centrada em Cristo significa a busca da excelência acadêmica, apoiada por uma perspectiva bíblica. Cremos que Deus tem grandes planos para a sua vida, e queremos ajudá-lo a descobrir mais sobre esses planos aqui na DBU.

Luiz de [email protected] | [email protected]

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Igreja Batista Central em Resende - RJ inaugura projeto “Repartir o Pão”

Ricardo e Adriana são os gestores do projeto Iniciativa já conta com turma de 16 pessoas

Projeto teve início após viagem missionáriaPadaria escola visa alcançar pessoas carentes da comunidade local

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11o jornal batista – domingo, 23/04/17missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

“Um a v i t ó -r ia para a Gló r i a de Deus”, as-

sim reagiu o supervisor do Programa Radical, Fernando dos Santos, ao receber a no-tícia de que a jovem Raquel Coelho, que participou da segunda turma do Radical Haiti, foi aprovada em um importante programa de mes-trado na Suécia. A própria jovem afirma que sua expe-riência no campo através do Radical foi relevante para sua aprovação.

“E também recebi um e--mail informando que con-segui a bolsa”, conta Raquel, que aos 27 anos cursará mes-trado em Serviço Social e Direitos Humanos na Univer-sidade de Gotemburgo, uma das maiores da Suécia e das mais prestigiadas na Europa. “Estou muito grata porque o Radical tem tudo a ver com isso”, diz a jovem de Cam-pina Grande-PB, que terá passagens e despesas pagas pelo governo sueco.

Não foi a primeira vez que Raquel tentou bolsas para es-tudar no exterior, e conseguir essa oportunidade na Suécia

Marcia Pinheiro - Redação de Missões Mundiais

Há quase dois anos na Ásia, os mis-sionários Paulo e Izabel Botelho

têm vivido um tempo de fortalecimento de amiza-des e formação de parcerias com lideranças de Igrejas clandestinas locais. Muitas destas Igrejas foram estabe-lecidas em comunidades de minorias étnicas que pos-suem menos de 0,1% de pessoas que se declaram cristãs.

Neste país, cujo nome não podemos revelar por questões de segurança, as autoridades locais punem com muita severidade os cidadãos que forem pegos compartilhando a Palavra do Senhor com outros.

“Recentemente, ouvimos

foi a confirmação pessoal de que Deus a queria no Radical Haiti.

“Antes de ir para o Radical, eu já tinha tentado outras bol-sas e não tinha dado certo. E agora deu certo, e eu tenho certeza que foi porque Deus queria que eu fosse para o Radical, pois seria algo que mudaria minha vida”, afirma.

diversos relatos de que as autoridades, estimuladas pelo governo central, au-mentaram a vigilância e o controle sobre os cristãos, locais e estrangeiros, com o objetivo de inibir o cres-cimento do cristianismo em todo o país, punindo severa-mente os locais e expulsan-do os estrangeiros”, conta o missionário Paulo.

Mas, por meio das ami-zades e parcerias, nossos missionários têm alcançado excelentes resultados para o avanço do cristianismo em terras asiáticas. Recentemen-te, eles receberam o convite de um líder de Igrejas clan-destinas junto a comuni-dades de minorias étnicas para pregar, e ajudá-lo com treinamento e discipulado.

Em sua pregação, Paulo mostrou um culto aqui no Brasil, deixando os irmãos

Inspiradora a história da Raquel, não é mesmo? Já pensou em participar do Pro-grama Radical? Você pode usar suas habilidades e dons para levar esperança a comu-nidades e pessoas na Améri-ca Latina, África, Ásia e Haiti.

As inscrições para o Ra-dical ficam abertas o ano inteiro, mas se você quer par-

asiáticos maravilhados. Eles ficaram exultantes em ver a liberdade que temos em cultuar ao Senhor em nossas Igrejas.

“Um dos momentos mais emocionantes deste encon-tro em nossa casa foi quan-do, no vídeo, o pastor da Igreja da qual fazemos parte em nosso país começou a pregar. Enquanto traduzía-mos para eles o que o pas-tor dizia, o líder local me perguntou se aquele pastor não poderia auxiliá-lo, tra-zendo uma palavra de en-corajamento, treinamento sobre liderança, entre outras coisas. Eu lhe respondi que não seria muito fácil, diante da logística e das diversas atribuições que o pastor tem em nosso país. Mas ele disse que oraria e que tem fé de que Jesus dará as condições para que o pastor esteja com

ticipar da turma do Radical Latino-Americano que será enviada em 2018, escreva agora para [email protected]. Esse projeto é voltado para jovens solteiros de 18 a 30 anos de idade que querem fazer a diferença no campo através da sua vocação. Além da idade, o candidato ao Radical Latino-Americano

deve ter no mínimo o ensino médio completo e pertencer à mesma Igreja Batista há, pelo menos, dois anos.

Se o seu perfil não se encai-xa no de um missionário Ra-dical, mas você deseja fazer parte desta missão, ajude a identificar vocacionados para este programa e o ajude com sustento e oração.

Missionários na Ásia participam de culto com a igreja sofredora

eles”, disse Paulo.A sua oração também pode

mover situações e levar pes-

soas escolhidas por Deus para anunciar o Evangelho aos sedentos.

Raquel Souza Coelho, da segunda turma do Radical Haiti, foi aprovada para mestrado em universidade na Suécia

Uma aprovação Radical

Culto com a Igreja Sofredora

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12 o jornal batista – domingo, 23/04/17 notícias do brasil batista

CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

PRONUNCIAMENTO DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA SOBRE A REFORMA PREVIDENCIÁRIA (PEC 287/2016)

“O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna”. (Provérbios 29.4)

A CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA, através de sua Diretoria, representando as milhares de Igrejas a ela filiadas, presentes neste país desde 1871 e das quais hoje participam mais de três milhões de cidadãos brasileiros, vêm manifestar suas preocupações diante das propostas de mudanças no regime previdenciário brasileiro contidas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287/2016).Conquanto defendamos o princípio da separação entre Igreja e Estado, é nosso dever levantar a voz (como fizeram os profetas da Bíblia e no correr da história cristã) sempre que a justiça social estiver sob ameaça que, como cremos, é o caso da reforma nos termos preconizados, se for implementada. Assim,1. Começamos por lembrar que o sistema previdenciário brasileiro cumpre fundamental papel na redistribuição e realocação da renda, constituindo-se em eficaz instrumento de inclusão social, pelo combate que promove à desigualdade social e pela provisão de segurança ali-mentar para significativa parcela da nossa população.

2. Reconhecemos que a expectativa média de vida dos brasileiros vem aumentando, ainda que lentamente diante das necessidades humanas e desigualmente entre os segmentos da sociedade, sobretudo entre os mais pobres, que ainda morrem muito cedo.

3. Concordamos que há razões que fundamentam a reforma da Previ-dência, uma vez que o equilíbrio destas contas interessa ao desenvolvi-mento econômico e social e que a manutenção dos parâmetros vigentes de aposentadoria significa, do ponto de vista técnico e atuarial, permitir que a atual geração consuma todos os recursos do sistema, o que poderá condenar as gerações futuras a não receber os benefícios pelos quais contribuíram ao longo de todas as suas vidas.No entanto, as alterações propostas pelo Poder Executivo e em discussão no Poder Legislativo obrigam-nos a formular as seguintes ponderações:

1.Uma vez que, no Brasil, a Previdência Social é um direito social com garantia fundamental (conforme previsto na Constituição Federal de 1988), entendemos que alterar extemporaneamente as suas regras sem uma ampla discussão por parte da sociedade é injustificável, sob quais-quer argumentos, já que impõe milhões de brasileiros ao desamparo, por lhe faltar um seguro social e, consequentemente, ao extermínio.

2. Uma vez que as razões de ordem técnica não obtiveram o consenso dos especialistas, entendemos que essas razões não podem ser apresen-tadas como se fossem a única saída, como dizem as peças publicitárias governamentais, com o objetivo de mascarar os números e cercear um debate absolutamente necessário e urgente.

3. Uma vez em que não se pode ignorar que todo sistema previdenciário será injusto, se os seus gestores não fazem o que é preciso ao longo de tempos de acumulação, no seu dever de proteger e garantir a susten-tabilidade, a irredutibilidade do poder aquisitivo dos beneficiários, a distributividade, a dignidade e a paz social, entendemos que a reforma não pode ser tratada como medidas políticas paliativas e capazes de ferir de morte a confiança da população contribuinte, que se sente ludibriada, com consequências ainda mais nefastas, inclusive, para o influxo de mais recursos.

Assim, viemos responsavelmente conclamar que:1. A Reforma da Previdência, como proposta pelo governo federal, seja retirada da pauta no Congresso, até ser discutida amplamente pela sociedade civil, com apresentação de números inquestionáveis e correspondentes parâmetros de alteração para o aperfeiçoamento do sistema, dadas as consequências das alterações para a geração atual e para as futuras.

2. As medidas a serem propostas, depois de profundamente discutidas, venham a considerar os aspectos de alcance social e não apenas finan-ceiro, como: a) a necessidade de se manter as diferenças de tempo de contribuição entre homens e mulheres, as quais sabidamente exercem uma dupla jornada laboral, que implica em pesada carga sobre seus corpos e projetos de vida; b) a sabedoria de se considerar nossos graves desequilíbrios regionais, bem como as diferenças de expectativa de vida entre as populações das regiões mais pobres em contraponto com as de maior poder aquisitivo; c) a justiça de se levar em conta que os trabalhadores mais pobres e sem qualificação, muitos sem a proteção das carteiras de trabalho, os quais só excepcionalmente alcançarão os 49 anos propostos de contribuição para fazerem jus aos proventos de aposentadoria integrais; d) o cuidado de os benefícios a perceber jamais sejam inferiores a um salário-mínimo.

3. O governo federal considerará como receitas para a Previdência So-cial rubricas que hoje não contabiliza, entre elas a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a contribuição para o financiamento da Seguridade Social, o PIS-Pasep e outras receitas. Providência que alte-rará substancialmente os números apresentados para o alegado déficit do sistema.

4. O governo federal liderará, junto com órgãos internos, acompanhados com órgãos externos competentes, uma investigação profunda da aplica-ção dos recursos arrecadados para sustentar a previdência e a seguridade social, o que passará pela transparência governamental em relação aos números superficialmente apresentados, para que os desmandos come-tidos com o suor dos trabalhadores contribuintes não dilacerem o futuro de nossa nação e a sobrevivência dos nossos irmãos.

5. O governo federal, usando dos recursos legais que dispõe, cobrará as dívidas de empresas junto à Previdência, que totalizam mais de R$ 426 bilhões, inadimplência e atraso que são abusos que não podem ser permitidos, uma vez que inviabilizam o sistema e penalizam os mais pobres.

6. O governo federal reduzirá as desonerações fiscais concedidas aos segmentos privados, com prejuízo para o equilíbrio das contas do Estado e das nossas famílias. Por fim,Desafiamos efetivamente a todos os que se reúnem em nossas Igrejas a orar pelo bem de nossa Nação, no comum desejo de que Deus nos permita participar da construção de um país em que justiça social e o cuidado com os mais necessitados sejam pauta permanente de nossas políticas públicas, conforme o belo programa que temos na Bíblia, espe-cialmente no livro do profeta Isaías, capítulo 65, versos 17 a 25, cuja lei-tura recomendamos aos poderes da República por seu valor atemporal.

Rio de Janeiro, 05 de abril de 2017

Pr. Vanderlei Batista Marins Pr. Sócrates Oliveira de Souza Presidente Diretor Executivo

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 23/04/17notícias do brasil batista

Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel de Italva - RJ

Aqui está descrito um resumo da vida da nossa irmã Glória Pinto de Oliveira

Ferreira, uma irmã muito que-rida por todos da nossa Igreja.

A irmã Glória nasceu no dia 30 de agosto de 1952. Pertenceu à Primeira Igreja Batista em Anchieta, no Rio de Janeiro, de onde foi para a Igreja Batista Betel de Italva, no estado do Rio de Janeiro, em 20 de abril de 2003, permane-cendo até o Senhor chamá-la.

Era uma pessoa simples, mas muito dedicada ao tra-balho do Senhor. Fazia tudo com muita dedicação e amor.

Miriam Figueira Herdy, filha primogênita

Presenteado pelo ir-mão Mario, papai, Izaias Herdy, foi as-sinante de O Jornal

Batista nos últimos anos de sua vida. Esperava com an-siedade a chegada do Jornal às quintas-feiras, quando iniciava a leitura, muitas vezes lendo mais de uma vez a mesma reportagem. No dia dois de setembro de 2016, ele sucumbiu à falta de mamãe, que havia parti-do 18 meses antes.

Papai foi um dos funda-dores da Igreja Batista em Rudge Ramos, em São Ber-nardo do Campo-SP, mem-bro ativo e muito querido por todos os irmãos. Em seus guardados, encontrei um texto amarelado, escrito por ele e fazendo referên-cia à sua mãe, que quero

Foi presidente da MCA, di-retora e professora da EBD, foi responsável pela Terceira Idade, organizadora do cur-so de artesanato na Igreja, coordenadora de Missões Estaduais e Nacionais e tam-bém uma das tesoureiras da Igreja. Amava a Casa Sonho de Mãe; tinha um carinho muito especial por aquelas que ali vivem.

No dia 17 de março de 2017, o Senhor a chamou para a Sua Glória. O que nos conforta é saber que ela partiu sem sofri-mento para o encontro com o Senhor, e deixou um legado a ser seguido, de uma serva fiel, que combateu o bom comba-te, acabou a carreira e guardou a fé, como está escrito na Bíblia em II Timóteo 4.7.

compartilhar com todos. Acredito que ele também poderia recitar o Salmo 23, da mesma forma.

“A felicidade de termos o Senhor como nosso Pastor

Vendo a mamãe já des-falecida, com os olhos fe-chados, com todos nós ali presentes, eu pensei que ela poderia estar recitando o Salmo 23, assim:

Senhor, que fostes o meu pastor em todos os dias da minha vida e nada me dei-xaste faltar; que me guiou sempre em pastos fartos e mansas e tranquilas águas esteve comigo até hoje. que pelo Teu amor sempre fizes-te a minha alma refrigerada me conduzindo em justiça, ainda que eu andasse por vales sombrios da vida (até esse da morte), Tu sempre estivestes comigo, não ten-do necessidade de temer mal algum, pois via sempre

a Tua vara e o Teu cajado em minha defesa.

Mesa preparada para mim na presença até de possíveis inimigos, Tu preparaste, tendo ungido sempre a mi-nha cabeça com o Teu óleo e constante cálice trans-bordante. Por isso tenho a certeza que a Tua bondade e misericórdia me seguiram todos os meus dias de vida. Agora tenho certeza que habitarei na Tua casa eter-namente. Amém!

Foi assim que vi pela últi-ma vez aqui na terra, o rosto de minha querida mãe, que tudo fez por mim. Me criou, educou, aconselhou e sem-pre buscou o Senhor por mim. Me amou. Louvado seja o Senhor!”.

E foi assim também que vi meu pai pela última vez, e acredito que foi assim que todos os presentes ao culto de despedida o viram.

Histórico da irmã Glória Pinto de Oliveira Ferreira

Izaias Herdy e a felicidade de ter o Senhor como seu Pastor

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14 o jornal batista – domingo, 23/04/17 ponto de vista

A palavra Páscoa vem do hebraico pesah, que significa “pas-sar por cima” no

sentido de ‘poupar’ (Êxo-do 12.13-27). O cordeiro pascal foi imolado por de-terminação de Jeová como juízo a Faraó e, consequen-te, libertação dos israelitas do poder egípcio. Todos os primogênitos do Egito foram mortos e poupados os do povo de Israel. Cada cordeiro imolado, sacrifício passageiro, aponta para o Cordeiro de Deus, Aquele que se deu por nós na cruz eternamente, que tira o pe-cado do mundo (João 1.29). É maravilhoso o sentido da Páscoa, o sentido da liberta-ção. Paulo testemunha aos Gálatas: “Foi para a liberda-de que Cristo nos libertou (de uma vez para sempre)” (Gl 5.1). Páscoa significa sa-crifício vicário, substituto. É a realidade da vida de Cristo por nossa vida. O Senhor Jesus satisfez plenamente a Justiça de Deus. Cristo morreu e ressuscitou para a nossa justificação, para nos tornar justos diante de Deus Pai (Romanos 5.1-2). Páscoa é o Evangelho de Cristo em carne e osso, pois “O Verbo se fez carne e habitou entre

nós, cheio de graça e de verdade” (João 1.14).

Páscoa nos remete à recon-ciliação com Deus e com o próximo. Paulo ensina que “Deus estava em Cristo re-conciliando consigo o mun-do e nos deu o ministério da reconciliação” (II Co 5.18-20). A realidade da Páscoa é vertical e horizontal. Co-munhão com Deus e com o próximo. É a formação da nova comunidade por meio de Cristo (Colossenses 2.10-15; Efésios 2.19-22). A comunidade da aceitação, do perdão e da festa. Corpo de Cristo e comunidade terapêu-tica. Sabemos que o cordeiro que o pai do filho pródigo preparou é o cordeiro da re-conciliação, da volta do filho perdido, morto em seus deli-tos e pecados (Lucas 15.22-24; Eféios 2.1-3). O nosso coração deve estar sempre cheio de louvor a Deus Pai pela obra de Cristo, nosso Cordeiro pascal (I Coríntios 5.7). O sacrifício de Cristo por nós na cruz nos conduz ao serviço abnegado e amo-roso em favor do próximo.

O cântico da Páscoa é o cântico da vitória de Cristo Jesus sobre morte e a nossa garantia de que nada, abso-lutamente nada, nos poderá

separar do Amor de Deus que está em Cristo Jesus, nos-so Senhor (Romanos 8.3839). A cada dia somos desafiados a pregar o Évangelho que revela o incomparável Amor de Deus em Cristo Jesus, nosso Salvador e Senhor. Por esta razão, o apóstolo Paulo declara: “Porque não me envergonho do Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê, primeiro do judeu, depois do grego” (Rm 1.16). Só prega o Evangelho com a palavra e a vida aquele que tem convicção da tão grande salvação ofertada por Deus em Cristo Jesus. Aquele que possui a vida eterna garantida pela salvação operada por Cristo. Deus nos amou e deu o Seu Filho para morrer em uma cruz por nós (João 3.16).

Páscoa é a certeza da espe-rança garantida perfeitamen-te pelo Cordeiro de Deus. Somos o povo da esperan-ça concretizada antes dos tempos eternos em Cristo, Aquele que sem Ele nada do que foi feito se fez (João 1.3). O apóstolo testemunha que nEle, em Cristo Jesus, estava a vida e esta vida era a luz dos homens; e a luz resplan-dece nas trevas, e as trevas não a compreenderam (João

1.4-5). A festa da Páscoa é a festa da ordem sobre o caos; da vida sobre a morte; da ale-gria sobre a tristeza profunda; a harmonia sobre a desar-monia; da esperança sobre a desesperança; do descanso sobre o esforço carnal; da fé sobre a incredulidade; da sa-tisfação sobre a insatisfação; da suficiência de Cristo sobre a insuficiência da religião; da luz sobre as trevas; e do céu sobre o inferno. Portanto, de-vemos viver a páscoa todos os dias.

Páscoa é alegria em Deus pela revelação, ministério, sofrimento, morte, ressur-reição, ascensão e a con-vicção profunda do retorno de Cristo, que acontecerá com grande poder e grande glória. Rendamos graças a Deus pelo Verbo que deu a Sua vida voluntariamente por nós, derramando o Seu precioso sangue na cruz do Calvário. Esta verdade nos conduz ao serviço amoro-so, pois o “Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28). Podemos con-fiar nAquele que é sempre Fiel e não pode negar-se a Si mesmo (II Timóteo 2.13). O nosso amor a Cristo e ao pró-

ximo deve nos levar às raias da morte. Paulo tinha esta certeza quando testemunhou aos pastores de Éfeso: “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evange-lho da Graça de Deus” (At 20.24). Aqui vemos clara-mente uma vida vivida sob a verdade da Páscoa, que ex-perimentou verdadeiramente a sua crucificação, morte e ressurreição com Cristo Jesus (Romanos 6.4-6).

Celebremos a Páscoa com gratidão no coração! Reco-nheçamos o quanto fomos abençoados em Cristo Je-sus, o nosso Cordeiro pascal. Celebremos a Páscoa com louvor! Que a nossa Páscoa seja todos os dias. Que a ressurreição de Cristo seja ce-lebrada a cada manhã. Que a Páscoa sempre nos inspire a fazer o bem onde quer que estejamos. Reconheçamos o valor imenso, incomparável e insubstituível de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). Louvado seja o Senhor pelo Seu dom inefável em Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador.

Celebrando a Páscoa

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15o jornal batista – domingo, 23/04/17ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

É provável que algum leitor fique incomo-dado com a palavra “revolucionária”, pois

pode dar a impressão de que envolve ação violenta, agres-siva ou algo parecido. Mas, neste artigo, estou utilizando a palavra com o significado de “Introdução de novos pro-cessos e renovações impactu-ais”, que aliás, também figura no Dicionário Aurélio. Então o que estarei propondo é ter-mos Igrejas locais e a própria vida denominacional revolu-cionária, isto é, que germine processos contextualizados, criativos, impactantes diante do nosso âmbito interno e, muito mais, perante o mundo externo, tendo como ponto de partida os ideais e princí-pios bíblicos.

No início da história da Igreja temos esta ação “revo-lucionária” descrita em Atos 17.6: “Estes que têm trans-tornado o mundo chegaram também aqui...” como reação aflitiva dos habitantes da ci-dade grega de Tessalônica ao tomarem conhecimento da chegada do apóstolo Paulo naquela cidade. Isto porque eles já sabiam o que o Evan-gelho estava provocando na vida das pessoas que a ele se convertiam e também no seu estilo de vida e até mesmo promovendo transformações

radicais na vida comunitária das cidades. Sabiam que te-riam que deixar sua “zona de conforto”, que seus valores e estilo de vida seriam con-frontados pelas verdades do Evangelho.

No texto de Atos, o verbo “transtornar” no original gre-go (anastatoo) tem o signifi-cado geral de “Agitar, excitar; inquietar, incitar revolta”, mas também pode dar a ideia de “Virar o mundo de cabe-ça para baixo” (Eerdman´s Exegetical Dictionary of the New Testament). E o tempo verbal (aoristo particípio) pode indicar uma ação esta-belecida (aoristo constativo ou histórico, isto é, que vê uma ação em sua totalidade e estabelecida). Mais ainda, no grego, o verbo “chegaram” (pareimi) pode significar que estão se aproximando, estão perto, pois está no tempo pre-sente (que indica uma ação em andamento). Resumindo, poderíamos traduzir assim “Aqueles que tem virado o mundo de perna para o ar estão se aproximando...”, dando a ideia do medo e do desespero que deveriam ter segundo o aviso dos judeus ao verem Paulo e os discípu-los chegando na cidade.

Depois disso, caro leitor, me diga se o Evangelho é ou não é revolucionário? Será

que, como Igrejas, estamos fazendo diferença no mundo, no meio ambiente em que vivemos? Veja que estou me referindo à Igreja-comuni-dade-pessoas convertidas e não ao templo, à estrutura eclesiástica ou mesmo deno-minacional. Estou falando em vidas provocando “revolu-ção” em vidas, na sociedade.

Estamos vivendo tempos difíceis, aliás, já previstos no Novo Testamento (I Timóteo 4.1ss; II Timóteo 3.1ss), que exigem vidas transformadas, conhecimento profundo e sério das Escrituras, mas tam-bém dos cenários em que estamos inseridos e das ten-dências que formarão novos e mais complexos cenários em relação aos valores cris-tãos. Para isso, precisamos de vidas transformadas que reflitam o Amor de Deus, que reflitam ações transformado-ras de estruturas corrompidas nos mais variados âmbitos da vivência humana. Aqui entra o que em Lausanne I (1974) mencionava como responsa-bilidade social da Igreja em que o desafio era não apenas promover obra assistencial, mas ação social.

Como isso pode se tornar concreto? Primeiro, se con-seguirmos superar o salvacio-nismo em que começamos a história humana apenas

na queda e não desde antes da fundação do mundo, no coração de Deus e nos seus ideais em nos criar. Mas tam-bém superar a visão de que a salvação é um fim em si mesmo e o principal tema das Escrituras, em vez de ser Deus e Seu plano criador. Quando, então, considerarmos a salva-ção como obra de conserto, que traz o ser humano de volta à Sua origem na ordem do plano criador de Deus.

Mas também quando su-perarmos a ideia de que o imperativo, o grande desa-fio de Jesus na Grande Co-missão (Mateus 28.18-19) não é o Ide (no grego aoristo particípio, aqui um aoristo ingressivo, isto é, que dá início a uma jornada), mas o fazer discípulos (aqui está o imperativo no texto original grego) e isso envolve promo-ver vidas transformadas que também transformem outras vidas. Em outras palavras, tornar pessoas imitadoras nossas ao sermos imitadores de Cristo (I Coríntios 11.1). Aqui é mais difícil, pois tra-balhar na vida eclesiástica não exige necessariamente alguma mudança em meu temperamento, em meus impulsores emocionais, etc., é só fazer a obra, contribuir, frequentar e viver finais de semana deslumbrantes diante

da programação dominical.Fazer discípulos envolve

muito mais do que isso, é levar pessoas a Cristo para sua conversão e investir em sua formação integral (co-nhecimento, vida, exercício dos dons de serviço, mobi-lização para influência com os valores cristãos no meio ambiente em que vivem, etc.). Isso significa formar homens e mulheres que as-sumirão funções estratégicas na sociedade, nas empresas, nos órgãos de governo, no cotidiano como cidadãos, e que exercerão significativa influência a partir dos ideais bíblicos e cristãos.

Neste momento, por exem-plo, em que a Operação Lava Jato está atuando de forma como “Nunca antes vista neste país” (você se lembra de quem é esta famosa frase?) na promoção da limpeza éti-ca em nossa Nação, quantos cristãos que foram discipu-lados por meio de elevados valores éticos cristãos estão fazendo diferença?

É sobre isso que estou fa-lando, termos Igrejas revo-lucionárias. A sua Igreja é revolucionária, faz discípulos ou apenas oferece apólice de seguro contra o incêndio do inferno. Sei que é uma pala-vra dura, mas, mesmo assim, pense nisso!

Por uma Igreja revolucionária!

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