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Matemática na Arte: uma proposta de ensino envolvendo a pintura e a geometria no ensino fundamental

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Alessandra Pereira da Silva

Ana Cristina Ferreira

Matemática na Arte: uma proposta de ensino envolvendo a pintura e a

geometria no ensino fundamental

Ouro Preto | 2014

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© 2014

Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas | Departamento de Matemática

Programa de Pós-Graduação | Mestrado Profissional em Educação Matemática

Reitor da UFOP | Prof. Dr. Marcone Jamilson Freitas Souza Vice-Reitor | Profª. Célia Maria Fernandes Nunes

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E BIOLOGIAS

Diretora | Profª. Raquel do Pilar Machado Vice-Diretor | Prof. Fernando Luiz Pereira de Oliveira

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Pró-Reitor | Prof. Dr. Valdei Lopes de Araújo Pró-Reitor Adjunto | Prof. Dr. André Talvani Pedrosa da Silva

Coordenação | Prof. Dr. Dale William Bean

MEMBROS

Profa. Dra.Ana Cristina Ferreira Profa. Dra. Célia Maria Fernandes Nunes Prof. Dr. Dale William Bean Prof. Dr. Daniel Clark Orey Prof. Dr. Dilhermando Ferreira Campos Prof. Dr. Frederico da Silva Reis Profa. Dra.Marger da Conceição Ventura Viana

Profa. Dra. Maria do Carmo Vila Prof. Dr. Milton Rosa Prof. Dr. Plínio Cavalcanti Moreira Profa. Dra.Regina Helena de Oliveira Lino Franchi Profa. Dra.Teresinha Fumi Kawasaki

Reprodução proibida Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados.

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O desejo de saber é inato a todos os homens bons. Leonardo da Vinci

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Expediente Técnico

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Organização | Alessandra Pereira da Silva

Pesquisa e Redação | Alessandra Pereira da Silva

Ana Cristina Ferreira

Projeto Gráfico e Capa | Editora UFOP

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Índice _________________

1. Introdução........................................................................................... 11

2. O ensino e a aprendizagem da geometria......................................... 13

3. Apresentando e discutindo as tarefas................................................ 16

4. Comentários gerais............................................................................. 51

Referências............................................................................................. 52

Anexos.................................................................................................... 53

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Apresentação _________________

Caro(a) Leitor(a),

Apresentamos a você uma versão preliminar da 4ª Coleção Cadernos de

Ensino e Pesquisa em Educação Matemática. Nela, você encontrará livretos com

propostas de ensino e de formação de professores.

Cada Caderno representa o esforço de um(a) professor(a) de Matemática em

buscar alternativas para a melhoria do ensino dessa disciplina. Todos os autores

cursaram o Mestrado Profissional em Educação Matemática da Universidade

Federal de Ouro Preto e suas pesquisas tiveram como foco a sala de aula, a

formação de professores e/ou processos que envolvem professores, alunos e a

Matemática.

Esperamos, em breve, dispor da versão definitiva disponível para aquisição

(impressa) e na página do Programa (www.ppgedmat.ufop.br).

Espero que gostem!

Mestrado Profissional em Educação Matemática

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Prezados Colegas,

As tarefas apresentadas aqui foram desenvolvidas em uma turma de 42

alunos do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola privada de Belo Horizonte

(MG). Seu propósito era procurar experimentar em sala de aula uma dinâmica

diferente, na qual os alunos fossem convidados a relacionar conhecimentos de

História, Geografia, Arte e Matemática de forma criativa e interessante.

Compartilhamos com vocês as tarefas que propusemos em cada um dos

nove encontros que tivemos com a turma, bem como alguns dos resultados obtidos

com os alunos. Procuramos trabalhar com a pintura, desde a criada na Pré-História

(pintura rupestre) até o Renascimento, buscando discutir, na medida do possível, o

papel da cultura, da sociedade e da política de cada época e as reflexões acerca do

contexto histórico, social e cultural que circundava cada período artístico, bem como

os conhecimentos matemáticos, e mais especificamente, geométricos, necessários

para construí-las.

Nossa intenção é compartilhar essa experiência e convidá-los a criar suas

próprias. Assim, não pretendemos oferecer um manual para ensinar a técnica da

perspectiva ou conteúdos de geometria plana, mas um apoio aos professores que

desejarem trabalhar tais conteúdos de maneira diferenciada, proporcionando ao

aluno uma ativa participação na construção da Matemática. Elas servem como uma

ideia inicial para que você possa adaptá-las às suas necessidades.

Esperamos que esta proposta possa contribuir para suas aulas de geometria.

Alessandra e Ana

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1. Introdução _________________

Em minha experiência docente1, principalmente com alunos do ensino

Fundamental, verifiquei, mais de uma vez, o que já percebia desde o tempo de

estudante: os alunos apresentam grande dificuldade na aprendizagem da geometria,

até mesmo porque, às vezes, ela é deixada de lado pelos próprios professores, e

também porque os alunos não estão acostumados a relacionar a Matemática com

outras áreas do conhecimento.

A presente pesquisa nasceu justamente da tentativa de modificar o ensino da

Matemática, alterando a forma compartimentada como os diversos conteúdos são

transmitidos. Pretendia buscar uma abordagem na qual a Matemática se

relacionasse, de modo natural e harmonioso, com outras áreas escolares e não

escolares (com a arte e a cultura no sentido mais amplo) e fosse efetivamente

apropriada pelos alunos (de modo reflexivo, interessante).

Durante o Mestrado Profissional em Educação Matemática, realizado na

Universidade Federal de Ouro Preto, pude colocar em prática minhas ideias e avaliar

seu potencial e limitações.

A proposta de ensino que apresento aqui foi realizada em uma turma de 42

alunos do 9º ano do ensino fundamental de uma escola privada de Belo Horizonte

(MG). Com a permissão da direção e o apoio da professora da classe, realizamos

nove encontros de 1h30min de duração cada.

O livreto está organizado da seguinte forma: primeiro, apresentamos

rapidamente as ideias que fundamentaram a proposta de ensino, ou seja, leituras e

reflexões que nortearam a construção de cada tarefa.

Em seguida, apresentamos as atividades realizadas, seus objetivos, materiais

utilizados, ilustrando algumas respostas dadas pelas participantes e comentando

aspectos importantes.

Finalmente, compartilhamos algumas ideias que podem enriquecer ou ajudá-

los a adaptar as tarefas.

1 Na introdução e em algumas passagens específicas do texto, em trechos vinculados à experiência

pessoal e profissional da autora, utilizaremos a primeira pessoal do singular. Contudo, optamos por utilizar a primeira pessoa do plural no restante do texto, por considerá-lo uma produção conjunta de orientadora e orientanda.

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2. O ensino e a aprendizagem da geometria _________________

O ensino de geometria deve privilegiar o desenvolvimento do raciocínio, da

criatividade e da autonomia dos alunos, que nasce da própria habilidade para

enfrentar desafios. Além disso, espera-se que o aluno sinta-se capaz e seguro de

construir e utilizar conhecimentos matemáticos em situações da vida cotidiana e que

isso o ajude a construir conhecimentos em outras áreas curriculares, desenvolvendo,

também, sua autoestima (PCN, 1998).

Mas muitas vezes, nos percebemos atuando de forma muito próxima à visão

que consideramos ‘tradicional’, ou seja, tratando o saber matemático como um

produto a ser transmitido para nossos alunos, de uma forma única para todos,

independentemente das experiências já vividas pelo aluno, das diferentes

capacidades de inferência, e das formas que cada aluno utilizou para reter o

conhecimento. Contudo, existe o desejo consciente de avançar rumo a uma

perspectiva mais crítica e mais próxima de uma prática social – ensinar Matemática

na escola – que leve em conta outras práticas sociais – como, por exemplo – o

conhecimento matemático, a cultura, a Arte.

Por isso, adotar uma perspectiva cultural para um currículo de Matemática é

importante porque, ao apresentar aos estudantes o simbolismo, os conceitos e os

valores da cultura Matemática, leva os alunos a perceberem essa disciplina como

um conhecimento social e historicamente construído, que tem impulsionado o

desenvolvimento científico e tecnológico (TOMAZ e CARVALHO, 2011).

Assim como Tomaz e David (2008, p.31), entendemos a aprendizagem como

“uma participação de uma prática, fundamentando-se em teorias socio-históricas que

focam a atenção nas atividades sociais das quais o indivíduo participa”.

Nessa concepção, a noção de aprendizagem envolve a ideia de prática, que

“conota fazer algo, mas não simplesmente fazer algo em si mesmo e por si mesmo;

é fazer algo em um contexto histórico e social que outorga uma estrutura e um

significado ao que fazemos. Neste sentido, a prática é sempre uma prática social”

(WENGER, 2001 apud VILELA, 2006, p.46).

De modo simplificado, pode-se considerar que nesta abordagem da

aprendizagem existem três aspectos centrais: que aprender está diretamente ligado

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à participação em comunidades; que o conhecimento é algo que só tem significado

quando relacionado às práticas sociais nas quais se desenvolve, e que os

conhecimentos e as identidades expandem-se na relação constante das pessoas na

ação com o mundo não só material, mas essencialmente, social, histórico e cultural

(SANTOS, 2004).

É comum, hoje em dia, escutarmos o argumento, tanto de professores quanto

de alunos, que ensinar de forma contextualizada e interdisciplinar é uma forma de

driblar os problemas do ensino, em particular do ensino de geometria, tornando-o

mais prazeroso, interessante e efetivo. Os substantivos contextualização e

interdisciplinaridade surgem constantemente nos discursos que permeiam a

Educação, sempre pautados na ideia de que o ensino de Matemática deve buscar as

aplicações de seus conteúdos.

Entendemos que a utilização dessas ideias pode levar a uma abordagem

inovadora e frutífera em todos os níveis de ensino.

Portanto, entendemos a interdisciplinaridade como uma possibilidade de

planejar atividades que, a partir da investigação de um tema, objeto, projeto ou

conteúdo, promovam aprendizagens vistas como relacionadas, entre as práticas

sociais das quais alunos e professores participam, incluindo as práticas disciplinares.

Isso significa que a interdisciplinaridade de uma proposta ou atividade só se

configura no momento da prática, ou seja, no momento em que estão sendo

desenvolvidas, pela participação do aluno e do professor e não somente pelo que foi

planejado ou proposto (TOMAZ e DAVID, 2008).

Dessa forma, acreditamos que quando organizamos o tratamento dos

conteúdos disciplinares pela da escolha de temas, promovemos a

interdisciplinaridade e a contextualização, pois criamos condições para que os

alunos discutam sobre diferentes aspectos e conteúdos relacionados ao tema e

estimulamos o desenvolvimento de competências críticas2 (TOMAZ e DAVID, 2008). Por isso, a Arte, e, em especial, a pintura, oferecem um grande potencial para

a criação de um espaço em sala de aula rico, criativo e dinâmico de reflexão, de

diálogo, de descobertas e de construção de conhecimentos. Um ambiente em que a

percepção, a intuição, a sensibilidade, o senso crítico, a criação e a imaginação se

2 Termo-chave da Educação Matemática Crítica. Competência crítica é considerada como um recurso a ser desenvolvido pela participação tanto dos alunos como dos professores nos processos educacionais (TOMAZ e DAVID, 2008, p.20).

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façam presentes e favoreçam a mobilização de saberes matemáticos, históricos,

geográficos, dentre outros.

Nesse sentido, entendemos que a Arte – e mais especificamente a pintura –

pode se constituir em um contexto relevante para o ensino, dentre outras coisas, da

geometria, pois se alicerça num conjunto interligado de ideias que atribui sentido

para as partes, ou seja, tanto para a própria pintura quanto para os conhecimentos

geométricos existentes nela.

Ao construirmos as tarefas, buscamos explorar, da forma menos artificial

possível, as relações entre a pintura de uma determinada época e os conhecimentos

matemáticos que poderiam ter sido empregados. Buscamos romper com a forma

como usualmente se ensina Matemática – extenso currículo composto por conteúdos

que são transmitidos de forma compartimentada – por acreditarmos que os

conhecimentos matemáticos, assim como os conhecimentos das demais disciplinas,

trabalhados isoladamente, não favorecem o entendimento global das situações

vivenciadas pelos alunos (TOMAZ e DAVID, 2008). Procuramos construir um ambiente de aprendizagem no qual a pintura, como

forma de expressão culturalmente desenvolvida desde os povos primitivos, se

constituísse em tema de estudo de uma classe de 9º ano do ensino fundamental.

Dessa forma, procuramos aliar diversas áreas do conhecimento tais como Geografia,

História, Matemática e relacionando a Arte com a história da humanidade, de modo a

compreender em distintos períodos da história o contexto sociocultural da sociedade

que a produziu, bem como a evolução do próprio conhecimento matemático,

investigando quais os objetivos da Matemática em cada época, a quem ela servia e

para quê.

As tarefas propostas envolvem o contato com pinturas de épocas distintas,

bem como a reflexão sobre o papel da Arte naquela cultura e sobre os

conhecimentos necessários para desenvolvê-la (em especial, os matemáticos).

Nesse sentido, pretendíamos envolver os alunos no ‘clima’ da época propondo que

buscassem reproduzir algumas pinturas da forma como acreditavam que os pintores

da época o teriam feito. Com isso, esperávamos que eles, gradativamente, fossem

percebendo a evolução das técnicas de pintura e como instrumentos e conceitos

matemáticos ganhavam relevância.

Optamos por realizar as atividades em grupo por acreditar que, quando os

alunos realizam tarefas de forma cooperativa em sala de aula, cria-se um espaço

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mais rico de discussão e explicação de ideias. Nele, os alunos expõem, avaliam e

refutam pontos de vista, argumentos e resoluções, criando, dessa forma,

oportunidades de enriquecer a confiança em seus próprios conhecimentos, pois

cada um dos companheiros do grupo está comprometido na busca da resolução da

tarefa (CARVALHO, 2009).

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3. Apresentando e discutindo as tarefas _________________

Tarefa 1: Sondagem Objetivos

• Identificar os conhecimentos prévios dos alunos sobre razões, proporções, simetria, unidades de medida de comprimento, formas geométricas, áreas, perímetros e arte;

• Observar se sabiam manusear objetos como a régua e compasso, pois seriam instrumentos muito utilizados nas atividades de aplicação da técnica da perspectiva.

Materiais: folha de papel, lápis, borracha e régua Desenvolvimento

Pedimos aos alunos que registrassem todos os cálculos ou considerações que julgassem necessário para o entendimento do raciocínio utilizado para responder cada questão, na própria folha da atividade. A tarefa foi realizada em dupla e não era obrigatório colocar os nomes na folha.

A tarefa de sondagem continha um texto sobre Leonardo da Vinci e outra de suas principais criações. O texto explicava quem foi Leonardo da Vinci e detalhava a técnica usada por ele para a criação do desenho intitulado Homem Vitruviano. Juntamente com o texto, foi entregue uma cópia do desenho em tamanho proporcional ao original. A seguir, o texto e a figura.

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Leia atentamente o texto a seguir.

Leonardo da Vinci foi uma das figuras mais criativas de seu tempo. Ele viveu na Itália no século XV e criou algumas obras mundialmente conhecidas, com a Mona Lisa e A Última Ceia. Além da pintura, esse grande mestre dedicou-se aos estudos da arquitetura, engenharia, anatomia, entre outros. Ele conseguiu, como ninguém, aproximar a ciência da arte.

Da Vinci produziu um estudo sobre as proporções do corpo humano, baseado no tratado feito pelo arquiteto romano Marcus Vitruvius, no século I a.C. Vitruvius havia descrito as proporções ideais do corpo humano, segundo um padrão de harmonia matemática. Assim como muitos outros artistas, Da Vinci interessou-se pelo trabalho do arquiteto e registrou-o em um de seus cadernos de anotação. No meio dessas anotações, desenhou a figura de um homem dentro de um círculo e de um quadrado. Essa figura, chamada de Homem Vitruviano, acabou se tornando um de seus trabalhos mais conhecidos, simbolizando o espírito renascentista. Essa obra atualmente faz parte da coleção da Gallerie dell`Accademia (Galeria da Academia), em Veneza, na Itália. Reproduzimos a seguir alguns trechos do texto de Da Vinci que acompanham a gravura do Homem Vitruviano.

[...] o comprimento dos braços abertos de um homem é igual à sua altura [...]; desde o fundo do queixo até ao topo da cabeça é um oitavo da altura do homem [...]; a maior largura dos ombros contém em si própria a quarta parte do homem. [...] Desde o cotovelo até o ângulo da axila é um oitavo da altura do homem. A mão inteira será um décimo da altura do homem.[...] O pé é um sétimo do homem [...]; a distância entre o fundo do queixo e o nariz e entre as raízes dos cabelos e as sobrancelhas é a mesma e é, como a orelha, um terço da cara.

(adaptado de www.cdcc.usp.br/matematica/ApostilaMinicursoGeo(8%20e%209).pdf

).

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Data: 1490 – Técnica : Lápis e tinta – Dimensão Original : 34 x 24 cm

Disponível em: pt.scribd.com/doc/79594566/6/O-Homem-vitruviano-e-as-razoes-no-corpo-humano

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A primeira questão a ser respondida de acordo com informações contidas no

texto era:

a) Com base no texto apresentado anteriormente, pre encha a tabela a seguir com as razões entre as partes do corpo humano.

Razão entre Fração Longitude do braço e altura 1/1 Altura da cabeça e altura Largura dos ombros e altura Distância dos cotovelos à axila e altura Comprimento da mão e altura Comprimento do pé e altura Distância do queixo ao nariz e face Distância da sobrancelha à raiz do cabelo e face

Comentário A maioria das duplas acertou todos os itens, por isso acreditamos que os erros que aconteceram se devem a uma interpretação equivocada do texto, mas em geral os alunos interpretaram-no bem.

Na segunda questão, os alunos deveriam utilizar o desenho do Homem Vitruviano,

que foi entregue juntamente com toda a atividade, para completar a tabela a seguir:

b) Agora, verifique se as razões descritas por Leon ardo Da Vinci no texto anterior realmente correspondem ao corpo retratado em seu desenho. Para isso, meça o comprimento de cada parte do corp o do Homem Vitruviano usando uma régua milimetrada. Em seguida, calcule as razões entre as medidas obtidas e a altura do homem ou a altura da face.

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Registre os resultados obtidos na tabela abaixo. Medidas em cm Medidas em cm Altura do homem: Longitude dos braços: Altura da cabeça: Largura dos ombros: Do cotovelo às axilas: Comprimento da mão: Comprimento do pé: Altura da face (queixo à raiz dos

cabelos): Do queixo ao nariz: Da sobrancelha à raiz do cabelo:

Comentários

Nessa atividade, a maioria das duplas se saiu muito bem, apenas poucas duplas se confundiram com a transformação de números decimais em frações, além disso, algumas duplas questionaram durante a atividade se era correto deixar o numerador e o denominador escritos como números decimais.

A terceira tarefa pedia que os alunos fizessem o seguinte:

Considere a observação feita na tarefa anterior e r esponda: Razão entre Fração Longitude do braço e altura Atura da cabeça e altura Largura dos ombros e altura Distância dos cotovelos à axila e altura Comprimento da mão e altura Comprimento do pé e altura Distância do queixo ao nariz e face Distância da sobrancelha à raiz do cabelo e face

c) Que formas geométricas você identifica no desenh o de Leonardo da Vinci? Descreva-as, meça suas dimensões com uma régua milimetrada e calcule seu perímetro e sua área.

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d) Você consegue identificar alguma simetria no des enho de Leonardo da Vinci? Se sim, explique sua resposta.

e) Que outros conhecimentos matemáticos você acha q ue

Leonardo Da Vinci utilizou para compor o desenho do Homem Vitruviano?

Comentários

Na questão c), os alunos identificaram o quadrado como forma geométrica e calcularam área e perímetro corretamente; duas duplas definiram a figura como polígono regular de 4 lados; somente uma dupla identificou a figura presente no desenho de Leonardo da Vinci como sendo um retângulo e calculou área e perímetro corretamente de acordo com as dimensões medidas. A maioria identificou o círculo como figura geométrica presente no desenho. As outras sete duplas identificaram como circunferência. Três duplas calcularam erroneamente a área e o perímetro do círculo e uma delas deixou essa questão em branco. Apenas uma dupla tentou definir o que é um círculo, mas definiu como figura curva, o que não é satisfatório como uma definição formal e calcularam área e perímetro corretamente. A seguir exemplos de respostas dos alunos:

Resposta dada por um participante não identificado.

Fonte : Estudo, 2012

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Resposta dada por um participante não identificado. Fonte : Estudo, 2012.

Apenas uma dupla identificou no desenho, além do quadrado e do círculo, um triângulo e calculou por meio de medidas encontradas por eles a área e o perímetro dessa figura. Acreditamos que os alunos tenham confundido as quatro figuras formadas pela interseção entre a circunferência e o quadrado, pois nos cantos do quadrado foram formadas figuras que se pareciam com um triângulo só que a “suposta” hipotenusa foi representada por um pedaço da circunferência, portanto não era um segmento reto e, por conseguinte, não determinava a formação de um triângulo. Percebemos com essa atividade que alguns alunos confundiram a definição de círculo e circunferência e não conseguiram utilizar corretamente a fórmula para cálculo de área do círculo e perímetro da circunferência. A questão d) foi a tarefa em que os alunos mais demonstraram dificuldade, pois a maioria não se lembrava o que era simetria. A constatação de que a turma parecia não saber o que era simetria, quais suas características e tipos foi importante, pois nos mostrou que esse deveria ser um tema estudado com os alunos uma vez que seria utilizado nas próximas tarefas. A seguir algumas respostas dos alunos:

Resposta dada por um participante não identificado.

Fonte : Estudo, 2012. .

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Resposta dada por um participante não identificado. Fonte : Estudo, 2012.

Na questão e), duas duplas afirmaram não saber que outros conhecimentos foram usados por Leonardo da Vinci. Os demais apresentaram respostas que envolviam diversos conteúdos da Matemática e muitos se repetiram em vários grupos. Na opinião dos alunos, os prováveis conhecimentos matemáticos utilizados por Leonardo da Vinci para compor o Homem Vitruviano foram proporção, geometria, razão, circunferência e simetria. Foi uma surpresa verificar que muitos grupos apontaram a simetria como conhecimento utilizado mesmo não sabendo identificar ou definir o que isso significava. Outros conhecimentos apontados foram área, perímetro, lógica, escala, frações, medidas e homotetia. A seguir algumas respostas dos alunos:

Resposta dada por um participante não identificado.

Fonte : Estudo, 2012.

Resposta dada por um participante não identificado.

Fonte : Estudo, 2012 Tarefa 2: A pintura na Pré-História

Objetivo • Sensibilizar os alunos para a arte e a observação;

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• Dialogar sobre a existência de pinturas desde épocas bem antigas, localizá-

las no mundo (apresente imagens de diferentes partes do mundo para não

passar a ideia de que aconteceu apenas na Europa);

• Trabalhar o desenho, explorando a noção de ampliação e redução, discutir

questões a respeito de como: como reproduzir tais pinturas, o que é preciso

para elaborar uma pintura desse tipo, como as pinturas evoluem, etc;

• Iniciar um trabalho de pesquisa sobre as pinturas na Pré-História.

Materiais: um caderno de desenho, uma pasta, ou folhas avulsas para cada aluno,

réguas, esquadros, transferidores, compassos, lápis, borracha, lápis de cor, gizão de

cera, cópias de pinturas, arquivo com imagens para lousa colorida

Desenvolvimento

Inicialmente explicamos aos alunos que trabalhariam com arte na Pré-História

e apresentamos slides de pinturas dessa época (ver exemplo no Anexo 1, p. 59),

comentando onde foram localizadas, qual a interpretação dada pelos cientistas, qual

a função da arte nesse período, na perspectiva dos cientistas, etc.

Distribuímos, em seguida, uma figura do mapa-múndi a cada um dos alunos

solicitando-lhes que localizassem cada país ou região que mencionássemos

enquanto conversávamos sobre as pinturas.

Em seguida, organizamos os alunos em grupos de cinco e distribuimos uma

pintura por grupo diferente das apresentadas, bem como réguas, esquadros,

transferidores, compassos, lápis, borracha, lápis de cor, gizão de cera, etc. A seguir,

um exemplo de uma pintura distribuída:

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Exemplo de pintura entregue aos alunos.

Cada aluno procurou, em seu caderno ou folha, reproduzir a pintura, da forma

mais fiel possível.

Ao final da aula, conversamos com os alunos sobre o que acharam da tarefa,

se foi fácil ou difícil, qual seria sua função, ou seja, por que os homens e mulheres

daquela época fariam uma pintura daquela. Deixamos cada grupo comentar sua

perspectiva acerca de sua figura.

Levantamos alguns questionamentos aos grupos: por que comunidades que

enfrentavam tantas adversidades (fome, doença, ataques de animais perigosos, etc.)

“perderiam tempo” pintando nas paredes das cavernas. Então passamos a outros

tipos de perguntas, como, por exemplo, quando queremos fazer uma reprodução –

cópia fiel – o que é preciso ser feito e perguntamos, no fim da aula, se conseguiram

reproduzir a figura.

Propusemos, como tarefa de casa, uma pesquisa sobre a pintura na Pré-

História, sobre onde poderíamos encontrar exemplos de pinturas pré-históricas no

mundo e qual seria seu significado, por exemplo. Cada aluno deveria registrar em

seu caderno do projeto sua pesquisa.

Também, ao final dessa atividade, pedimos aos alunos que escrevessem um

comentário relatando o que acharam da atividade, o que aprenderam e qual técnica

o grupo ou o próprio aluno usou para reproduzir a pintura.

Comentários

A seguir, apresentaremos um exemplo de um desenho e comentário de um dos alunos da turma:

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Comentário3 do aluno A4, registrado em seu caderno, após a tarefa.

Fonte: Estudo, 2012

3 ‘Ao realizar essa atividade pude notar que o braço é na forma de um retângulo, a palma da mão é na

forma de um quadrado já os dedos lembram cilindros. Eu utilizei da técnica de reconhecimento de formas pra fazer meu desenho, que por sinal ficou terrível mostrando assim que eu sou desprovida de dom artístico’.

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Tarefa 3 : A pintura na Antiguidade Objetivos

• Desenvolver a observação e a comparação entre estilos de pintura distintos,

relacionando essas diferenças à cultura de cada época;

• Observar a evolução das pinturas da Pré-História para as pinturas de alguns

dos povos da Antiguidade,

• Trabalhar o desenho, explorando a noção de ampliação e redução, discutir

questões a respeito de reproduzir, o que é preciso para elaborar uma pintura,

como as pinturas evoluem, etc.

• Dar continuidade ao trabalho de pesquisa sobre as pinturas na Antiguidade.

Materiais: os mesmos da aula anterior.

Desenvolvimento

Primeiramente, discutimos a pesquisa (dever da aula passada) realizada por

eles e depois explicamos que trabalharíamos com as pinturas da Antiguidade. Em

seguida, começamos a apresentar slides das sociedades egípcia, grega, e romana,

respectivamente, destacando localização geográfica, organização social, onde

moravam, como se vestiam, como viviam, como trabalhavam, etc. Procuramos

construir um conjunto de slides para cada cultura e deixamos as pinturas em outro

arquivo (ver exemplos no Anexo 2, p. 59). Mostramos os slides aos alunos sem dizer

a que cultura pertenciam e perguntamos se saberiam como identificar isso. Pedimos

que justificassem por que pensavam daquele jeito, ou seja, o que os levava a pensar

que seriam de uma cultura ou outra? Fizemos ainda outras perguntas do tipo: qual a

função da arte nesse período, quem pintava, etc.

Em seguida, organizamos os alunos em grupos de cinco e distribuímos uma

pintura por grupo, diferente das apresentadas, bem como régua, esquadro,

transferidor, compasso, lápis, borracha, lápis de cor, gizão de cera, etc. A seguir, um

exemplo de uma pintura distribuída:

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Exemplo de pintura entregue aos alunos.

Cada aluno deveria, em seu caderno ou folha, reproduzir a pintura, da forma

como conseguisse.

Ao final da aula, conversamos com eles sobre o que acharam da tarefa, se foi

fácil, difícil, qual seria sua função, e deixamos cada grupo comentar sua perspectiva

acerca de sua figura. Outras questões podem ser formuladas visando à observação

da imagem, o modo de construção, e os elementos matemáticos que aparecem

como paralelas, perpendiculares, formas geométricas, e também símbolos e o uso

das cores (como conseguiam essas cores, por exemplo), que tipo de conhecimento

deveria ter aquele pintor, etc.

Como tarefa de casa, propusemos que pesquisassem sobre as pinturas da

Antiguidade (o que é Antiguidade, a que período se refere, etc.). Procuramos

destacar o valor de se conhecer as obras em seu devido contexto, ou seja, como

‘’funcionava’’ cada sociedade e que tipo de pinturas produziam, qual seu sentido, etc.

Cada aluno deveria registrar em seu caderno do projeto sua pesquisa.

Também ao final dessa atividade, pedimos aos alunos que escrevessem um

comentário relatando o que acharam do exercício, o que aprenderam e qual técnica

o grupo ou o próprio aluno usou para reproduzir a pintura.

Comentários A seguir, apresentaremos um exemplo de desenho de um dos alunos e seu

comentário:

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Produção do Aluno A11.

Fonte: Estudo, 2012.

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Tarefa 4 : A pintura medieval Objetivos

• Desenvolver a observação e a comparação entre estilos de pintura distintos,

relacionando essas diferenças à cultura de cada época;

• Observar como evoluem as pinturas da Antiguidade para os estilos de arte

islâmica, bizantina, pré-românica, românica, gótica até chegar ao

Renascimento.

• Trabalhar o desenho, explorando a noção de ampliação e redução, discutir

questões a respeito de como reproduzir, o que é preciso saber para elaborar

uma pintura, como as pinturas evoluem, etc.

• Dar continuidade ao trabalho de pesquisa sobre as pinturas dos estilos já

citados.

Material : os mesmos da aula anterior

Desenvolvimento

Primeiramente, discutimos sobre o dever da aula passada e depois

explicamos aos alunos que trabalharíamos com Arte Medieval e começamos a

apresentar slides das sociedades de cada estilo supracitado, respectivamente,

destacando localização geográfica, organização social, onde moravam, como se

vestiam, como viviam, como trabalhavam, etc. Procuramos construir um conjunto de

slides para cada cultura e deixamos as pinturas em outro arquivo (ver 3, p. 60).

Mostramos os slides aos alunos sem dizer a que cultura pertenciam e perguntamos

se saberiam como identificar isso. Pedimos que justificassem por que pensavam

daquele jeito, ou seja, o que os levava a pensar que seriam de uma cultura ou outra?

Fizemos ainda outras perguntas do tipo: qual a função da arte nesse período, quem

pintava, etc.

Em seguida, organizamos os alunos em grupos de cinco e distribuímos uma

pintura por grupo, diferente das apresentadas, bem como régua, esquadro,

transferidor, compasso, lápis, borracha, lápis de cor, gizão de cera, etc. A seguir, um

exemplo de pintura que foi entregue aos alunos.

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Exemplo de pintura entregue aos alunos.

Cada aluno deveria, em seu caderno ou folha, reproduzir a pintura, da forma

como conseguisse.

Ao final da aula, conversamos com eles sobre o que acharam da tarefa, se foi

fácil, difícil, qual seria sua função, e deixamos cada grupo comentar sua perspectiva

acerca de sua figura. Outras questões podem ser formuladas visando à observação

da imagem, o modo de construção, e os elementos matemáticos que aparecem

como paralelas, perpendiculares, formas geométricas, e também símbolos e o uso

das cores (como conseguiam essas cores, por exemplo), que tipo de conhecimento

deveria ter aquele pintor, etc.

Como tarefa de casa, propusemos que pesquiassem sobre a pintura de cada

estilo de arte: islâmica, bizantina, pré-românica, românica, gótica e renascentista (o

que significou cada estilo, a que período se refere, etc.). Procuramos destacar o

valor de se conhecer as obras em seu devido contexto, ou seja, como ‘’funcionava’’

cada sociedade e que tipo de pinturas produziam, qual seu sentido, etc. Cada aluno

deveria registrar em seu caderno do projeto, sua pesquisa.

Também ao final dessa atividade pedimos aos alunos que escrevessem um

comentário relatando o que acharam da atividade, o que aprenderam e qual técnica

o grupo ou o próprio aluno usou para reproduzir a pintura.

Comentários

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A seguir apresentaremos um exemplo de desenho de um dos alunos e seu

comentário:

Produção4 do aluno A9. Fonte: Estudo, 2012

4 “Vi que ao longo das atividades as figuras que eram pintadas antigamente começaram a se

aperfeiçoar, por exemplo, as pinturas rupestres, elas eram desenhos com poucos detalhes, não tinham nenhum tipo de técnica para se pintar, simplesmente desenharam o que viam no seu dia a dia. Os anos foram passando e vi que os pintores conseguiram ter formas, teve esboço e ter mais detalhes, reparei que as pessoas começaram a ter mais cuidado na hora de pintar. Queriam que ficassem perfeitas suas pinturas. Pareciam que começaram a usar a matemática como, por exemplo a simetria, formas geométricas, e etc.”

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Tarefa 5: A pintura renascentista – Estudo do manua l de pintura de Alberti: La Pittura – Parte 1 Objetivos

• Desenvolver a observação e a comparação entre estilos de pintura distintos,

relacionando essas diferenças à cultura de cada época.

• Observar como as pinturas evoluíram desde a Pré-História até a pintura

gótica e como elas podem melhorar ainda mais a partir do século XV.

• Introduzir conceitos relacionados à perspectiva: noções de geometria plana,

propriedades que alteram a superfície da pintura, ponto de fuga, linha do

horizonte, linha da terra, etc;

• Trabalhar o desenho, explorando a perspectiva, a noção de ampliação e

redução, simetrias, noções de volume e espaço e discutir questões a respeito

de a matemática influenciou o desenvolvimento da perspectiva, o que é

preciso saber para aprender essa nova técnica de pintura, como as pinturas

evoluem, etc.

• Dar continuidade ao trabalho de pesquisa sobre as pinturas do estilo citado,

propondo pesquisas sobre Alberti e o momento histórico em que ele viveu.

Material: os mesmos da aula anterior

Desenvolvimento

Primeiramente, discutimos sobre o dever da aula passada, além disso, esse

foi um bom momento, já que seria iniciado o estudo da perspectiva, de sistematizar

todos os conceitos que os alunos encontraram dificuldade até aquele momento.

Após essa sistematização, propusemos aos alunos uma viagem no tempo

para que pudéssemos estudar o manual de pintura (Della Pittura) de Alberti. Nesse

momento, fantasiamos que todos eram aprendizes de pintores, vivendo no século

XV na cidade de Florença, estudando em uma escola de Arte, aprendizes de

pintores que acreditavam no antropocentrismo e que buscavam pintar o próprio

cotidiano tentando retratá-lo da forma mais realista possível. Enquanto

conversávamos, passamos, na lousa interativa, diversas imagens da época sem

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mencionar datas nem dados que lhes permitissem identificar facilmente o período

em questão. Mostramos slides de imagens antigas (de preferência) das cidades

italianas, francesas e etc; no período da renascença. Destacamos localização

geográfica, organização social, onde moravam, como se vestiam, como viviam,

como trabalhavam, etc. Tudo isso sem dizer claramente que estávamos no período

do Renascimento.

Nessa escola, eles aprenderiam uma nova técnica de pintura inventada para

ajudar os pintores a produzir imagens da maneira mais realista possível. Essa

técnica seria capaz de dar a ideia de volume, movimento e tridimensionalidade. Para

aprendê-la, sugerimos que estudássemos um importante manual de pintura – La

Pittura, escrito pelo pintor Leon Batista Alberti, que sistematizou essa técnica

inovadora.

Em seguida, apresentamos e comentamos as várias definições presentes no

manual – por exemplo, ponto, linha, reta, superfície, área, perímetro, ângulos, tipos

de ângulos, qualidades que alteram e não alteram a superfície, sítio, luz, superfícies

equidistantes e colineares, superfícies não equidistantes, triângulos semelhantes,

casos de semelhança e círculos – que são os conceitos centrais da nova técnica.

Utilizando desenhos no quadro branco, explicamos como o autor definia o que eram

raios visuais, linha do horizonte, linha da terra e ponto de fuga.

Antes de iniciarmos a tarefa em que deveriam utilizar a nova técnica,

mostramos diversos slides, com pinturas renascentistas (ver Anexo 4, p. 61) com o

objetivo de “treinar” o olhar dos alunos em busca do ponto de fuga. Em cada uma

das pinturas mostradas, questionamos os alunos a localização ponto de fuga de

cada pintura e a linha do horizonte, tão importantes para a técnica.

Durante a aula, fizemos outras perguntas do tipo: qual a função da arte nesse

período, quem pintava, etc.

Em seguida, organizamos os alunos em dupla e propusemos a seguinte

tarefa: reproduzir, utilizando a técnica descrita, uma rua de Florença, onde, no

contexto da tarefa, ‘’eles viviam e atuavam com pintores’’. Também construímos o

desenho no quadro passo a passo com a ajuda dos alunos. A seguir, a foto entregue

aos alunos.

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Exemplo de pintura entregue aos alunos.

Cada aluno deveria, em seu caderno ou folha, reproduzir a foto da forma

como conseguisse, utilizando a nova técnica aprendida e com nossa orientação no

quadro.

Ao final da aula, conversamos com os alunos sobre o que acharam da tarefa,

se foi fácil, difícil, qual seria sua função e deixamos cada grupo comentar sua

perspectiva acerca de sua figura. Outras questões foram formuladas visando à

observação da imagem, o modo de construção, e elementos matemáticos que

aparecem como paralelas, perpendiculares, formas geométricas, e também

símbolos, e o uso das cores (como conseguiam essas cores, por exemplo) e que tipo

de conhecimento deveria ter aquele pintor, etc.

Como tarefa de casa, pedimos que pesquisassem, detalhadamente, tudo

sobre o mestre Leon Battista Alberti e o período em que ele viveu, o que significou

essa nova técnica para o aprimoramento das pinturas, a que período se refere, etc.

Procuramos destacar o valor de se conhecer as obras em seu devido contexto, ou

seja, como ‘’funcionava’’ essa sociedade e que tipo de pinturas produzia, qual seu

sentido, etc.

Também ao final dessa atividade, pedimos aos alunos que escrevessem um

comentário relatando o que acharam do exercício, o que aprenderam e se

conseguiram utilizar a técnica para reproduzir a foto.

Comentários

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A seguir, apresentaremos um exemplo de desenho de um dos alunos e o

comentário.

Desenho de uma rua da cidade de Florença, usando perspectiva, feito pelo aluno A9.

Fonte: Estudo, 2012

Comentário do aluno A19. Fonte: Estudo, 2012

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Tarefa 6 : A pintura renascentista _ Estudo do manu al de pintura de Alberti: La Pittura – Parte 2 Objetivos

• Desenvolver a observação e a comparação entre estilos de pintura distintos,

relacionando essas diferenças à cultura de cada época.

• Observar como as pinturas evoluíram desde a Pré-História até a pintura

gótica e como elas podem melhorar ainda mais a partir do século XV;

• Introduzir conceitos relacionados à perspectiva: noções de geometria plana,

propriedades que alteram a superfície da pintura, diferenças de pinturas com

um e dois pontos de fugas, linha do horizonte, linha da terra, etc;

• Trabalhar o desenho, explorando a perspectiva, a noção de ampliação e

redução, simetrias, noções de volume e espaço e discutir questões a respeito

de como a matemática influenciou o desenvolvimento da perspectiva, o que é

preciso saber para aprender essa nova técnica de pintura, como as pinturas

evoluem, etc;

• Dar continuidade ao trabalho de pesquisa sobre as pinturas do estilo citado,

comparando pinturas com 1 e 2 pontos de fuga, pesquisando ideais e

pintores da época.

Material : os mesmos da aula anterior

Desenvolvimento:

Primeiramente, discutimos sobre o dever da aula passada: características do

período estudado, sobre quem foi Alberti e pinturas da época. Em seguida,

sistematizamos alguns conceitos, já que, na tarefa anterior, vários foram discutidos.

Prosseguimos com a proposta de uma viagem no tempo para que

pudéssemos dar continuidade ao estudo do manual de pintura (Della Pittura) de

Alberti, dessa vez explorando a construção de pavimentos (citados no manual) e

também os desenhos com dois pontos de fuga.

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Mostramos imagens antigas (de preferência) na lousa interativa das cidades

italianas, francesas e etc, no período da Renascença. Continuamos destacando

localização geográfica, organização social, onde moravam, como se vestiam, como

viviam, como trabalhavam, etc. Procuramos construir um conjunto de slides que

apresentasse pinturas com 1 ponto de fuga (para perceber se os alunos conseguiam

localizá-lo) e depois 2 pontos de fuga. Durante toda a aula, fizemos perguntas do

tipo: qual a função da arte nesse período; quem pintava; etc.

Após a apresentação dos slides, mostramos como construir um desenho com

2 pontos de fuga. Os alunos acompanharam a construção tentando reproduzi-la em

seus cadernos.

Em seguida, distribuímos uma foto da pintura a ser reproduzida, para cada

aluno que, naquele momento, estava sentado em dupla, ou em grupo, para retratar a

foto utilizando a perspectiva. Eles usaram régua, esquadro, transferidor, compasso,

lápis, borracha, lápis de cor, gizão de cera, etc. A seguir, um exemplo de pintura

entregue aos alunos.

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Exemplo de pintura entregue aos alunos.

Cada aluno deveria, em seu caderno, reproduzir a foto, empregando a técnica.

Ao final da aula, conversamos com os alunos sobre o que acharam da tarefa, se foi fácil, difícil, qual seria sua função, e deixamos cada grupo comentar sua perspectiva acerca de sua figura. Outras questões foram formuladas visando à observação da imagem, o modo de construção e elementos matemáticos que apareceram, e sobre o tipo de conhecimento deveria ter aquele pintor, etc.

Como tarefa de casa pedimos que entrassem no site de algum museu (de preferência, por exemplo, o Louvre ou a Galeria Uffzi) que possuem pinturas do Renascimentio e que pesquisassem algo sobre essas pinturas. Deveriam escolher uma delas para reproduzir e colar na capa do caderno. Pedimos que colassem a reprodução de maneira centralizada na capa do caderno e, assim, exploramos a discussão de como encontrar o centro de um retângulo, por exemplo.

Também ao final dessa atividade, pedimos aos alunos que escrevessem um comentário relatando o que acharam da terefa, o que aprenderam, e se conseguiram aplicar a técnica para reproduzir a pintura.

Comentários A seguir um exemplo de desenho de um dos alunos e seu comentário.

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Produção do aluno A11. Fonte: Estudo, 2012

Comentário do aluno A11. Fonte: Estudo, 2012.

Tarefa 7 : A pintura renascentista _ Estudo do manu al de pintura de Alberti: La Pittura – Parte 3

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Objetivos

• Desenvolver a observação e a comparação entre estilos de pintura distintos,

relacionando essas diferenças à cultura de cada época;

• Observar como as pinturas evoluíram desde a Pré-História até a pintura

gótica e como elas podem melhorar ainda mais a partir do século XV;

• Reforçar conceitos relacionados à perspectiva estudada até o momento.

• Trabalhar o desenho, explorando a perspectiva, a noção de ampliação e

redução, simetrias, noções de volume e espaço, e discutir questões a

respeito de como a matemática influenciou o desenvolvimento da

perspectiva, o que é preciso saber para aprender essa nova técnica de

pintura, como as pinturas evoluem, etc.

Material : os mesmos da aula anterior

Desenvolvimento

Primeiramente, discustimos sobre o dever da aula passada, depois

prosseguimos com a proposta de uma viagem no tempo para que pudéssemos dar

continuidade ao estudo do manual de pintura (Della Pittura) de Alberti, dessa vez

explorando a reprodução de umas das obras mais conhecida no mundo, A Última

Ceia, de Leonardo Da Vinci.

Apresentamos slides de pinturas renascentistas, comentando onde foram

localizadas, qual a interpretação das mesmas pelos cientistas, qual a função da arte

nesse período, na perspectiva dos cientistas, período, quem pintava, etc.

Após a apresentação dos slides, distribuímos uma foto da pintura a ser

reproduzida, para cada aluno que, naquele momento, estava sentado em dupla, ou

grupo, para retratar a foto utilizando a perspectiva. Eles usaram régua, esquadro,

transferidore, compasso, lápis, borracha, lápis de cor, gizão de cera, etc. A seguir,

um exemplo de pintura entregue aos alunos:

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Exemplo de pintura entregue aos alunos.

Cada aluno deveria, em seu caderno, reproduzir a foto, empregando a

técnica.

Ao final da aula, conversamos com os alunos sobre o que acharam da tarefa,

se foi fácil, difícil, qual seria sua função, e deixamos cada grupo comentar sua

perspectiva acerca de sua figura. Outras questões foram formuladas visando à

observação da imagem, o modo de construção, e elementos matemáticos que

apareceram, e sobre o tipo de conhecimento daquele pintor, etc.

Também ao final dessa atividade, pedimos aos alunos que escrevessem um

comentário relatando o que acharam da tarefa, o que aprenderam, e se conseguiram

aplicar a técnica para reproduzir a pintura.

Comentários A seguir, um exemplo de desenho e comentário de um dos alunos da turma.

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Produção do aluno A17. Fonte: Estudo, 2012.

Comentário do aluno A6. Fonte: Estudo, 2012.

Tarefa 8 : Avaliação final

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Objetivos

• Verificar se os alunos aprenderam, revisaram conceitos matemáticos,

perceberam relações entre a Matemática e a Arte e outras disciplinas

escolares, e se adquiriram os conceitos matemáticos necessários para

aprender e utilizar a perspectiva em seus desenhos.

Materiais: folha de papel, lápis, borracha e régua

Desenvolvimento:

Os alunos puderam realizar a avaliação final individualmente ou em duplas,

sem a necessidade de identificação.

Na primeira questão: Questão 1) a) Em sua opinião, qual o papel da pintu ra para o ser humano? b) Em todos os momentos da história da humanidade, a pintura sempre teve o mesmo papel? Explique sua resposta.

O objetivo dessa questão foi avaliar se os alunos perceberam a importância

da Arte, mais especificamente da pintura, na representação de cada momento

histórico, a diferença entre suas culturas e entre o pensamento das diferentes

sociedades de cada época.

Comentários

Verificamos que a maioria alegou que antigamente as pinturas eram uma

forma de comunicação entre as pessoas e que essas pessoas retratavam

seu modo de vida. E que atualmente, pinta-se para representar os

sentimentos e a beleza.

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O objetivo da segunda questão foi perceber a qual ou a quais fatores e/ou

elementos os alunos atribuem as mudanças nas pinturas ao longo dos tempos. A

seguir a segunda questão:

Questão 2) a) A pintura muda ao longo dos tempos? b ) O que muda? c)

Por que será que isso acontece?

Comentários

A maioria dos alunos respondeu que a pintura mudou ao longo dos tempos.

E, que isso aconteceu devido à mudança das técnicas com o passar dos

anos, uma vez que os conhecimentos adquiridos, principalmente os

matemáticos, aumentaram e evoluíram muito com o avanço da humanidade,

o que, por sua vez, faz com que as técnicas de pintura utilizadas sejam

aperfeiçoadas.

Agora observe as questões 3, 4, 5 e 6 a seguir:

Questão 3) Que instrumentos, técnicas e conheciment os são utilizados

nas pinturas ao longo dos tempos?

Questão 4) Você afirmaria que existe algum conhecim ento matemático

na pintura?

( ) Sim ( ) Não. Explique com detalhes por que pens a assim.

Questão 5) Você acha que o conhecimento matemático desenvolvido

ao longo dos tempos foi incorporado à pintura? ( ) Muito ( ) Um pouco (

) Nada. Explique sua resposta.

Questão 6) Você aprendeu algo novo (em qualquer áre a) com as

atividades realizadas?

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( ) Sim ( ) Não. Explique sua resposta.

Os objetivos dessas questões foram avaliar se os alunos perceberam a

presença da interdisciplinaridade e da contextualização nas atividades, da

importância do contexto sociocultural abordado, se a evolução do conhecimento,

principalmente o matemático, contribuiu para a criação de novas técnicas de pintura

e se ajudaram a reproduzir mais fielmente a realidade.

Comentários

Na questão 3, as respostas mais comuns foram compasso, régua, tinta,

pincel, simetria, semelhança, congruência, proporção, ponto de fuga,

perspectiva, geometria, formas geométricas, circunferências e medidas.

A maioria dos alunos afirmou existir conhecimento matemático na pintura

(Questão 4).

Na questão 5, também a maioria dos alunos afirmou que muito

conhecimento matemático foi incorporado.

Na questão 6, a maioria respondeu que aprendeu uma nova técnica de

pintura, no caso a perspectiva, assim como conhecimentos matemáticos

relacionados à geometria e à simetria. Entretanto alguns alunos afirmaram

ter aprendido sobre diversos temas conectados à Arte, à História, à

Matemática e aos conhecimentos gerais além do aprendizado sobre culturas

e sociedades do passado.

Questão 7.

7) Descubra nas pinturas abaixo, alguns elementos m atemáticos, se

existirem, como ponto de fuga, simetria, formas geo métrica e outros.

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A Adoração dos Magos, Sandro Botticelli, 1485-1486

A Escola de Atenas, Rafael Sanzio, 1511

O objetivo foi localizar elementos matemáticos, como por exemplo, ponto de

fuga, simetria, formas geométricas e quaisquer outros que encontrassem, nessas

duas pinturas do Renascimento.

Comentários

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A maioria das respostas mencionou ponto de fuga, simetria e formas

geométricas em geral. Outros foram mais específicos afirmando que

encontraram triângulos, quadrados e retângulos.

A questão 8 teve como objetivo verificar se os alunos entenderam e

conseguiram utilizar em um desenho aleatório a técnica da perspectiva.

8) Imagine que você está concluindo seu curso no at eliê de pintura de

Alberti. Você estudou bastante a noção de perspecti va e agora

apresentará ao mestre uma amostra de sua capacidade . Observe a foto

que lhe foi dada. Represente-a utilizando adequadam ente tudo o que

aprendeu e registre ao lado o que fez (onde está o ponto de fuga, por

que escolheu essa posição, onde está a linha do hor izonte, como traçou

as linhas, etc.). Caso prefira, escolha uma parte d a foto para representar.

Utilize a folha de sulfite e seu material de desenh o.

Arco do Triunfo, Paris, França. Comentários

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Grande parte dos alunos parece ter se empenhado em utilizar os

conhecimentos de perspectiva para reproduzir a foto, pois deixaram marcado

no desenho ponto de fuga, linha da terra e linha do horizonte. Alguns alunos

não deixaram essa marcação explícita no desenho, sugerindo que eles talvez

tenham desenhado à mão. A seguir, um exemplo da reprodução feita por um

aluno:

Fig. - Resposta dada por um participante não identificado. Fonte: Estudo, 2012.

O objetivo da questão 9 foi analisar o que os alunos acharam das tarefas e o

que poderíamos fazer para melhorá-las.

9) Em sua opinião, o que poderia ser melhorado no t rabalho que realizamos?

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Comentários A maioria dos alunos respondeu que nada precisava ser melhorado e que

tinha gostado muito do trabalho. Dois alunos disseram que trabalhar com

reproduções de desenho a maior parte das aulas e colorir foi um pouco

cansativo. Um desses alunos sugeriu que as atividades fossem ser

diversificadas e deu como exemplo a atividade do mapa-múndi (marcar no

mapa todos os países que foram citados por algum motivo em sala de aula).

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4. Comentários Gerais ________________________

Esperamos com essas tarefas que os alunos consigam estabelecer relações

relevantes entre as duas áreas do conhecimento, Matemática e Arte, e que,

efetivamente, revisem e aprofundem conteúdos já estudados e aprendam um novo

conhecimento que é a técnica da perspectiva.

Os professores que se aventurarem a trabalhar com essa proposta em sala

de aula, utilizando nosso produto educacional como aliado, também poderão propor,

além de reproduções de obras de arte conhecidas, que os alunos criem suas

próprias obras, retratando paisagens ou o que desejarem como forma de incentivar a

criatividade e a reflexão.

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Referências ________________________

ALBERTI, Leon Batista., Da pintura; tradução de Antônio da Silveira Mendonça. –

Campinas: Editora da Unicamp, 1989.

CARVALHO, Carolina. Comunicações e interacções sociais nas aulas de

Matemática (In: LOPES, C. A. E. E NACARATO, A. M. [org] Escritas e leituras na

Educação Matemática, 1 ed. Belo Horizonte. Autêntica, 2009. 192 p., p.15-34).

FARTHING, Sephen. Tudo sobre Arte; tradução de Paulo Polzonoff. et al. – Rio de

Janeiro: Sextante, 2011.

FLORES, Cláudia R. Olhar, saber e representar: sobre a representação em

perspectiva. São Paulo: Editora Musa, 2007.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: matemática /Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998.

SANTOS, M. P. Encontros e esperas com os ardinas de Cabo Verde: aprendizagem

e participação numa prática social. Tese de doutoramento em Educação (Didactica

da Matemática) apresentada à Universidade de Lisboa através da Faculdade de

Ciências, 2004.

TOMAZ, Vanessa Sena; CARVALHO, Giovanna Cotta. A Influência da

contextualização para a compreensão de problemas de Matemática. XIII Conferência Interamericana de Educação Matemática. Recife, 2011.

TOMAZ, Vanessa Sena; DAVID, Maria Manuela Martins Soares. Interdisciplinaridade

e aprendizagem da Matemática em sala de aula. Belo Horizonte, MG: Autêntica

Editora, 2008.

VILELA, Denise Silva. Notas sobre a Matemática escolar no referencial sócio-histórico-

cultural. Horizontes, v. 24, n. 1, p. 43-50, jan./jun. 2006.

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Anexos _________________

Anexo 1

Caverna de Lascaux, França (FARTHING, 2011)

Anexo 2

Nefertite ofertando a deusa ISIS (FARTHING, 2011)

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Afresco do Toureiro (Creta 1500 a. C) (FARTHING, 2011)

Anexo 3

A virgem e o Menino entronado (c. 1280-1285) – Giovanni Cimabue – Galeria uffzi

(FARTHING, 2011)

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Anexo 4

A Última Ceia (1495-1497) – Leonardo Da Vinci (FARTHING, 2011)

A Escola de Atenas (1509), Rafael Sanzio (FARTHING, 2011)

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Este trabalho foi composto na fonte Myriad Pro e Ottawa. Impresso na Coordenadoria de Imprensa e Editora | CIED

da Universidade Federal de Ouro Preto.